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Introdução À Parasitologia

Este documento apresenta uma introdução à parasitologia, abordando tópicos como classificação, ciclo de vida e tipos de parasitas, além de suas interações com os hospedeiros humanos. O texto também discute conceitos epidemiológicos relacionados à disseminação e prevenção de doenças parasitárias.
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Este documento apresenta uma introdução à parasitologia, abordando tópicos como classificação, ciclo de vida e tipos de parasitas, além de suas interações com os hospedeiros humanos. O texto também discute conceitos epidemiológicos relacionados à disseminação e prevenção de doenças parasitárias.
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Introdução à

Parasitologia
Prof. Fabrício Monteiro
[email protected]
Classificação dos Parasitos
Protozoa
Helmintos
DEFINIÇÃO

HOSPEDEIRO: Ambiente PARASITO: Que fica ao


para o parasito lado do seu hospedeiro

PARASITO:
PARA = Ao lado
SITO = Sitio alimento
Parasitismo
Associação entre os seres vivos com unilateralidade de benefícios

MECANISMOS DE MECANISMOS DE
INFECÇÃO DEFESA
Tendência da relação
Parasito Hospedeiro
Alterações Morfológicas

Adaptações Morfológicas
Regressivas: perdas de órgãos locomotores e digestivos
(Taenia não possui tubo digestório)
Hipertróficas: quando órgão ou organela aumenta para
exercer melhor sua função (fixação)
Adaptações Biológicas
Reprodução em massa: resulta em dezenas e centenas de
formas infectantes ou milhares de ovos
Capacidade de resistência ao sistema defesa
Ações do Parasito sobre o Hospedeiro
Mecânica: é uma ação exercida pela presença do parasito em determinado órgão,
podendo ser uma ação destrutiva durante sua migração.
Ex. enovelamento do A. lumbricoides no intestino e migração da Fasciola hepática no fígado
Espoliativa: quando o parasito espolia, isto é, retira nutrientes do hospedeiro.
Ex. Taenia
Traumática: quando o parasito promove traumas no hospedeiro, tanto na forma
adulta quanto na fase larvária.
Ex. fixação de Ancilostomideo na mucosa intestinal e migração de larvas de helmintos nos pulmões
Ações do Parasito sobre o Hospedeiro
Tóxica: quando produtos do metabolismo do parasito são tóxicos para o hospedeiro.
Ex. formação de granulomas pelos ovos de Schistosoma mansoni
Imunogênica: quando partículas antigênicas de parasitos sensibilizam tecidos do
hospedeiro, aumentando a resposta imunológica, a qual agrava a parasitose.
Ex. Malária, a doença de Chagas e as leishmanioses
Traumática: quando o parasito promove traumas no hospedeiro, tanto na forma
adulta quanto na fase larvária.
Ex. fixação de Ancilostomideo na mucosa intestinal e migração de larvas de helmintos nos pulmões
Ações do Parasito sobre o Hospedeiro
Irritativa: desse-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas,
irrita o local parasitado.
Ex. ação de ventosas da Taenia ou de lábios de Ascaris na mucosa intestinal
Inflamatória: o próprio parasito ou produtos do seu metabolismo estimulam células
inflamatórias locais.
Ex. formação de granulomas em torno de ovos de S. mansoni
Enzimática: é o que ocorre na penetração da pele
Ex. penetração de cercarias de S. mansoni
Anóxia: Quando ocorre grande consumo de oxigênio pelo parasito nas hemácias, podendo
provocar anóxia generalizada.
Ex. o parasitismo de hemácias pelos plasmódios
Tipos de Hospedeiros
• Hospedeiro Definitivo: aquele que alberga o parasito em sua
forma adulta ou forma reprodutiva final.
Ex. Homem na Ascaridíase
• Hospedeiro Intermediário: usualmente é um molusco ou
artrópode no qual se desenvolvem as fases jovens ou assexuadas
de um parasito.
Ex. caramujo na Esquistossomose
Os parasitos podem ser
classificados conforme:
Tamanho Microscópico
Macroscópico

Localização Endoparasito
Ectoparasito

Grau de Dependência Obrigatório


Não obrigatório
Tipos de Parasito
Acidental: é o que parasita algum hospedeiro que não o seu habitual.
Ex. Dipylidium caninum, parasitando uma criança
Errático: é o que vive fora do seu hábitat normal.
Ex. Ascaris lumbridoides no canal colédoco
Estenoxênico: é o parasita espécies de vertebrados muito próximas.
Ex.algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, só aves.
Tipos de Parasito
Eurixeno: é o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes.
Ex. Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves
Facultativo: é o que pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro (nesse último
caso, isto é, quando não está parasitando, é chamado de vida livre).
Ex. larvas de moscas que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria orgânica
Heterogenético: é o que apresenta alternância de gerações.
Ex. Plasmodium, com ciclo assexuado no mamífero e sexuado no mosquito
Tipos de Parasito
Monoxênico: é o que possuiu apenas o hospedeiro definitivo.
Ex. Enterobius vermicularis, A. lumbricoides
Monogenético: é o que não apresenta alternância de gerações (isto é, possui apenas
um só tipo de reprodução sexuada ou assexuada).
Ex. Ascaris lumbridoides, Entamoeba histolytica
Obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro.
Ex: Toxoplasma gondii, Plasmodium
Periódico: é o que frequenta o hospedeiro intervaladamente.
Ex. os mosquitos que se alimentam sobre o hospedeiro a cada 3 dias
Tipos de Ciclos Biológicos
Vetor
É um artrópode, molusco ou outro veículo capaz de transmitir o parasito entre
dois hospedeiros. Podem ser vivos ou não vivos, sendo divididos em:
Vetor Biológico: quando o parasito se reproduz ou se desenvolve no molusco
ou no artrópode.
Vetor Mecânico: quando o parasito não se reproduz e nem se desenvolve no
vetor, pois esse apenas o transporta.
Vetor Inanimado ou fômite: quando o parasito é transportado por objetos,
tais como seringa, espéculo, talher, copo.
POBREZA Pobreza que gera
mais doença

Salários suficiente
MAIS DOENÇA MAIS DOENÇA
apenas para subsistir

Poucas possibilidades de
efetiva recuperação da saúde
Baixo investimento em saúde
Energia humana Nutrição deficiente
deficiente Educação
insuficiente
Vivenda inadequada

Doença que
DOENÇA
perpetua pobreza Fonte: OMS
Distribuição das parasitoses
Depende dos seguintes fatores:
• Migrações humanas;
• Baixas condições de vida.
• Densidade populacional;
• Hábitos higiênicos;
• Presença de hospedeiros susceptíveis apropriados;
• Condições ambientais favoráveis (temperatura, umidade, altitude)
Tríade Epidemiológicas de Doenças

Dose infectante
Tempo de exposição
Local de entrada
Multiplicação
Virulência

Condições climáticas Fatores genéticos


Condições sócio econômicas e Estado nutricional
culturais Idade
Estado imunológico
Formas de Disseminação
Veículo Comum: transmissão de forma única
Ex. água, alimentos, ar.
Propagação de Pessoa a Pessoa: disseminado pelo contato entre indivíduos infectados e
suscetíveis
Ex. por via respiratória, genital ou por vetores (leishmaniose, chagas, malária)
Porta de entrada do hospedeiro humano: Trato respiratório, gastrointestinal, geniturinário,
cutâneo
Ex. tuberculose, cólera, HIV, leishmaniose, doença de chagas.
Reservatórios dos agentes: quando o homem é o único reservatório dos agentes, a doença é
classificada como uma antroponose (sarampo), quando o homem e outros vertebrados são
reservatórios, a doença é classificada como uma zoonose (leishmaniose, doença de chagas).
Período de Incubação
Definido como intervalo entre a exposição ao agente (contato) e o
aparecimento da enfermidade. As doenças infecciosas apresentam período de
incubação específico, que depende diretamente da taxa de crescimento do
agente infeccioso no organismo do hospedeiro e também de outros fatores,
como a dose de agente infeccioso, a porta de entrada do agente e o grau
de resposta imune do hospedeiro.
Ex. para a malária por Plasmodium falciparum é de 12 dias, para a amebíase é entre 2 e 4
semanas, para a esquistossomose entre 2 e 6 semanas.
Doenças Clínicas e Subclínicas
Em muitas doenças, a proporção de indivíduos infectados sem sinais ou sintomas
clínicos (doença subclínica) pode ser bem maior que a proporção de indivíduos que
apresentam sintomas clínicos (doença clínica). A doença subclínica ou inaparente pode
incluir:
Doença pré-clínica: inicialmente não é detectável por intermédio de sintomas
clínicos, no entanto, progride para a forma clínica
Doença subclínica: permanece em forma clínica, sendo detectável por exames
sorológicos (anticorpos)
Doença latente: infecções em que o agente permanece em forma latente, não se
multiplica
Dinâmica da Distribuição
das Doenças na População
Endemia: é definida como a presença constante de uma doença em uma
população de determinada área geográfica;
Epidemia: é conceituada como a ocorrência de uma doença em uma
população, que se caracteriza por uma elevação progressiva, inesperada e
descontrolada, ultrapassando os valores endêmicos ou esperados.
Pandemia: são as epidemias que ocorrem ao mesmo tempo em vários
países.
Medidas preventivas
• Prevenção Primária: medidas que procuram impedir que o indivíduo adoeça, controlando os fatores de
risco; agem, portanto, na fase pré-patogênica ou na fase em que o indivíduo se encontra sadio ou suscetível.
Ex. moradia adequada, saneamento ambiental, educação, alimentação e etc
• Prevenção Secundária: medidas aplicáveis aos indivíduos que se encontram sob a ação do agente
patogênico. Elas visam impedir que a doença se desenvolva para estágios mais graves, que deixe sequelas ou
provoque morte.
Ex. diagnóstico da infecção ou da doença e o tratamento precoce.
• Prevenção Terciária: consiste na prevenção da incapacidade usando medidas destinadas a reabilitação,
aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença. Processo de reeducação e
readaptação.
Ex. inclui a reabilitação, fisioterapia, Terapia ocupacional, cirurgias de reparo e a colocação de próteses, marcapasso.
História natural das doenças
e medidas preventivas
EXPOSIÇÃO APARECIMENTO DOS SINTOMAS
Período de Incubação
Modificações Momento do
Patológicas diagnóstico

Estágio da Estágio da Estado da Morte ou cura


suscetibilidade doença subclínica Doença clínica ou incapacidade
Prevenção secundária: Prevenção terciária:
Prevenção
Redução da duração Redução de
primária: redução
e gravidade complicações e
de novos casos
incapacidade

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