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Isto Matará Aquilo

O documento analisa o excerto "Isto Matará Aquilo" de Victor Hugo, onde o autor prevê que a imprensa matará a arquitetura. Hugo acreditava que a imprensa minaria a fé religiosa e que os edifícios e obras de arte perderiam importância diante da informação em massa. No século 15 em Paris, a igreja exercia grande influência social e econômica, enquanto o povo tinha menos poder, controlado pelas classes dominantes.

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Isto Matará Aquilo

O documento analisa o excerto "Isto Matará Aquilo" de Victor Hugo, onde o autor prevê que a imprensa matará a arquitetura. Hugo acreditava que a imprensa minaria a fé religiosa e que os edifícios e obras de arte perderiam importância diante da informação em massa. No século 15 em Paris, a igreja exercia grande influência social e econômica, enquanto o povo tinha menos poder, controlado pelas classes dominantes.

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Análise discursiva do excerto

“Isto Matará Aquilo”

Comunicação Aplicada: Marketing, Publicidade e Relações Públicas

Metodologias de Análise de Texto e Discurso

Trabalho realizado por:

Marco Machado

22109187

Novembro 2021
A obra “Ceci Tuera Cela” (“Isto Matará Aquilo”) é um capítulo de “Norte-Dame
de Paris”, um romance de Victor Hugo.

No início do capítulo, o Padre Claude Frollo proclama a frase que deu o nome
ao capítulo: “Isto Matará Aquilo”. “Isto” sendo o livro, que com a chegada da
imprensa, a informação produzida em massa é divulgada para a população.
“Aquilo” a catedral e tudo o que ela representa. A obra passa-se em Paris no
ano de 1482, onde na altura se pressentia um sentimento de desprezo pelas
construções melancólicas, principalmente Norte-Dame. A Catedral era
considerada, pelas pessoas que viviam em Paris, como uma lembrança de um
passado cruel.

Quando tentamos perceber o porquê de Victor Hugo ter pensado nas palavras
“Isto Matará Aquilo” pensamos em dois cenários. O primeiro, sendo mais claro,
pode ser representado como “O livro matará o edifício” que corresponde
exclusivamente que a imprensa viesse aviltar a religião, ou como o autor
menciona no texto, “minar a fé” e “desentronizar a crença”. Victor Hugo tentou
também explicar, recorrendo ao exemplo de Gutenberg, de que forma os
edifícios e as obras de arte, que foram muito importantes para a história da
Humanidade, perdem o seu espaço diante da imprensa. Antes do surgimento
da imprensa, consideravam-se às peças arquitetónicas e obras de arte como
“Livros” da Humanidade.

Num segundo cenário, a frase que dá ênfase ao capítulo, traduz-se sendo: “A


Imprensa matará a arquitetura”. Para Victor Hugo, a história da arquitetura é a
história da escrita. O autor escreve sobre a história da arquitetura, desde os
primórdios da humanidade, quando se comunicava por meio da arquitetura.
Essa arte era a principal expressão do Homem, pois o Homem transcrevia a
arquitetura de maneira visível e duradora quando as palavras se tornavam
confusas “(…) a arquitetura é o grande livro da humanidade; a expressão
principal do homem nos seus diversos estados de desenvolvimento, seja como
força seja como inteligência.”

No século XV em Paris, notava-se que a igreja emitia os costumes, valores


espirituais e influenciava a economia da cidade. Não só a igreja tinha influência
na economia, como também avançava entre os aspetos sociais, políticos e
económicos. Sendo assim, a Igreja, a Nobreza, o Clero e o povo tinham
diferenças claras. A Igreja e a Nobreza tinham grandes influências na
sociedade, enquanto o povo trabalhava e tinha responsabilidades e deveres,
pois, o controle político e económico estavam nas mãos de quem tinha mais
poder. Então os sistemas eram criados e mantidos pelas classes dominantes
para ser possível controlar a sociedade.

Em suma, o século XV foi o ano em que o livro matou a arquitetura, o


conhecimento ficou nos livros e não na arte, as esculturas tornam-se
independentes e são criadas por um escultor e não um arquiteto. “Isto Matará
Aquilo” é um súplico à cautela e ao desenvolvimento das gerações futuras
como a atual. Victor Hugo assume uma posição a favor da imprensa, pois
considera ser a arte que mais se desenvolveu e que é a única que compreende
todas as ideologias dos povos.

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