PALAVRA PUXA PALAVRA 5 – TESTE DE AVALIAÇÃO B
ESCOLA: ___________________________________________________ DATA: ____/ ____/
20__
NOME: ______________________________________________________ Nº ____ TURMA: ____
GRUPO I – ORALIDADE
Para responderes à questão que se segue, vais ouvir uma reportagem sobre o
teatro Luís de Camões (https://ensina.rtp.pt/artigo/o-meu-teatro-chama-se-lu-ca/).
Antes de iniciares a audição da reportagem, lê a questão. Em seguida, ouve-a
atentamente duas vezes e responde ao que é pedido.
1. Classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o
texto que ouviste.
Afirmações V F
a) Beatriz Vasconcelos é atriz.
b) Este é o primeiro teatro no país a apresentar programação
exclusiva para crianças e jovens.
c) Os bastidores situam-se ao lado do palco.
d) Das varandas técnicas, os profissionais afinam os projetores
de luz.
e) No teatro Luís de Camões, é possível ver exposições, ler e
desenhar.
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GRUPO II – LEITURA, EDUCAÇÃO LITERÁRIA E ESCRITA
Texto A
Lê, atentamente, o texto seguinte.
Entrevista a António Torrado
As quatro turmas vencedoras da iniciativa “Agora o escritor és tu!” mostraram que a imaginação
não tem idade e conceberam muitas reviravoltas na continuação do livro Teatro às três pancadas.
Numa sessão dominada pela boa disposição, entrevistaram António Torrado, que lançou o mote:
“Façam descer a pergunta desde o cérebro, indo pelo ombro, descendo o cotovelo, até chegar à
5 ponta do dedo.”
Já foi jornalista. Foi assim que aprendeu a escrever para crianças?
Isso deu-me uma certa prática de escritor. Como eu era o mais novo da redação, atribuíram-me a
responsabilidade de fazer o suplemento infantil do jornal A capital. Todas as semanas eu tinha de
inventar uma história. Às vezes, esquecia-me... Então, eu dizia ao ilustrador: “Ó Martim, faz aí um
10 cavalo a beber água numa fonte e umas pessoas a espreitar lá atrás.” Eu nem sabia ainda como
seria a história, mas depois escrevia-a para o desenho.
Já escreveu histórias sobre a sua família?
Não. Mas estive há pouco tempo em Castelo Branco, a cidade dos meus avós. As duas casas das
minhas tias ficavam num primeiro andar, e, no rés do chão, havia um armazém de azeite. As noites
15 eram frias, e elas diziam-me: “Ó António José, vai para o armazém, filho.” E eu dizia que não
porque não havia luz elétrica no armazém e só existia uma vela que projetava sombras de
monstros. Aterrorizado, eu imaginava ratazanas nos cantos, sentia teias de aranha a passarem-me
pelo nariz. Mas as minhas tias tanto insistiram que, um dia, resolvi ir para o armazém. Comecei a
assobiar para espantar o susto, e lá fui percebendo que não havia monstros. Consegui assim
20 vencer o medo.
Quais são os géneros que gosta mais de escrever?
Tenho fases. Agora estou na fase da escrita para teatro. Mas eu também já pisei um palco, e fui
logo despedido. Foi numa peça de teatro em que eu fazia de boletim meteorológico [risos]. Nos
ensaios, correu tudo bem. Mas, no dia da estreia, o encenador, que é quem manda no espetáculo,
25 pediu-me para tirar os óculos. Sem óculos, eu vejo muito mal, e fiquei cheio de medo de cair do
palco. Esqueci-me do texto e disse: “Amanhã é natural que chova.” Arranjaram logo outro para ler o
boletim meteorológico [risos].
Visão Júnior online, 9 de janeiro de 2017
(texto com supressões, acedido em maio de 2023)
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1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa corretamente cada frase,
de acordo com o sentido do texto.
1.1. Os alunos que entrevistaram António Torrado tiveram também de
A. imaginar um novo título para o livro Teatro às três pancadas.
B. dar continuidade à história do livro.
C. representar a peça em palco.
1.2. António Torrado já foi jornalista, o que lhe permitiu
A. ganhar experiência como escritor.
B. acumular dinheiro para a publicação dos seus livros.
C. aprender a desenhar.
1.3. O escritor fala de um episódio da sua infância no qual
A. venceu o medo num armazém bastante iluminado.
B. enfrentou ratazanas e aranhas num armazém.
C. venceu o medo num armazém sem luz elétrica.
1.4. Na sua primeira experiência como ator, António Torrado
A. brilhou enquanto boletim meteorológico.
B. decidiu tirar os óculos e caiu do palco.
C. teve de representar sem óculos e esqueceu-se do texto.
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Texto B
Lê, atentamente, o texto seguinte. Se necessário, consulta o vocabulário.
Os quatro pés do trono
Em cena, coberto por um lençol, está o trono do Rei.
Entram dois Cortesãos1, um dos quais empunha um espanador e o outro um pano de pó.
Gestos elegantes e cerimoniosos, a contradizer com as funções.
Ligeira agitação, à entrada, cada qual a querer dar a primazia 2 ao outro. Estas vénias
5 protocolares3 repetir-se-ão ao longo da cena.
CORTESÃO 1: Faça favor, meu caro duque...
CORTESÃO 2: Por quem é, meu caro marquês...
Vénias e mais vénias, o Cortesão 1 entra primeiro.
CORTESÃO 2 (contemplando o trono coberto): É uma honra!
1 CORTESÃO 1: Uma enorme honra!
0
CORTESÃO 2: Sermos nós os nomeados para uma função tão delicada...
Fazem vénias um ao outro e ambos levantam o lençol, descobrindo o trono.
CORTESÃO 1: Limpar o pó ao trono de Sua Majestade...
CORTESÃO 2: Não é para qualquer um.
CORTESÃO 1 (limpando o suor): E se o trono é difícil de limpar.
1
5 CORTESÃO 2: Muito requintado, muito trabalhado...
CORTESÃO 1: É um trono em estilo rococó4.
CORTESÃO 2 (entusiasmado, cantando):
E eu limpo o pó do trono rococó
a dançar o sol-e-dó.
2 CORTESÃO 1 (severo, detendo-o): Schiu, que vem aí o Rei.
0
Põem-se os dois Cortesãos em sentido. Ouvem-se trombetas e/ou rufar de tambores.
Entra o Rei, com uma desenvoltura nada protocolar. Há de ter o aspeto desataviado 5 e
bonacheirão6 de quem não liga às etiquetas da corte.
Vem de coroa à banda, que frequentemente lhe escorrega ou cai da cabeça. Acena aos
dois Cortesãos perfilados e senta-se no trono.
2
5 REI (suspiro fundo): Que cerimónia temos hoje?
O trono estremece um pouco, como se estivesse mal equilibrado.
CORTESÃO 1: Vossa Majestade vai receber os ministros, os conselheiros, os
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embaixadores, os marqueses e as marquesas, os duques e as duquesas, os condes e as
condessas... Tudo gente de bom-tom.
O trono volta a estremecer.
3
REI: Este trono não está bom.
0
CORTESÃO 2: Nós acabámos de limpá-lo, Majestade.
O trono estremece.
REI (espreitando para as pernas do trono): Está desequilibrado. Descaído. Querem ver?
(Fazendo estremecer o trono.) Balança.
CORTESÃOS 1 E 2 (em coro, desolados): O trono balança.
3
5
REI: Precisa de ser arranjado.
CORTESÃO 2: Põe-se um calço debaixo de uma perna e já fica direito.
CORTESÃO 1 (escandalizado): Um calço por baixo? De um trono?
CORTESÃO 2: Não lhe parece bem?
CORTESÃO 1 (severo): Não me parece bem.
4 REI: Então, chamem o marceneiro real. Ele é que sabe. Ele é que arranja. Ele é que
0 conserta.
António Torrado, Teatro às três pancadas, 14.a ed., Alfragide,
Editorial Caminho, 2019, pp. 93-98 (texto com supressões)
4
5
2. Na primeira didascália (linhas 1-5), aparece duas vezes a palavra “cena”.
2.1. Associa cada uma dessas ocorrências (coluna A) ao sentido que tem (coluna
B).
Coluna A Coluna B
a) “Em cena” (linha 1) 1. parte de um ato
b) “ao longo da cena” (linha 5) 2. palco
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a) _____ b) _____
3. Assinala com X as três personagens deste texto.
A. Rei C. Trono E. Cortesão 2
B. Rainha D. Cortesão 1 F. Cortesão 3
4. Completa o texto acerca do comportamento inicial dos Cortesãos, colocando no
local correto as palavras dadas.
limpeza corte Rei desajustado encargo
O comportamento dos Cortesãos é a) _______________ às suas funções, pois eles
entram em cena comportando-se como elementos da b) _______________,
quando, na realidade, tinham a seu c) _______________ a d) _______________
dos móveis do e) _______________.
5. “Este trono não está bom.” (linha 33).
5.1. Achas que os Cortesãos perceberam o que o Rei queria dizer? Justifica a tua
resposta.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
6. “Está desequilibrado. Descaído. Querem ver? (Fazendo estremecer o trono.)”
(linhas 36-37).
6.1. Sublinha a opção que na passagem acima corresponde:
a) a uma fala da personagem
Está desequilibrado. Descaído. Querem ver? / (Fazendo estremecer o trono.)
b) a uma indicação cénica
Está desequilibrado. Descaído. Querem ver? / (Fazendo estremecer o trono.)
7. Associa cada indicação cénica (coluna A) à informação que transmite (coluna B).
Coluna A Coluna B
a) “Em cena, coberto por um lençol” (linha 1) 1. Sentimentos das personagens
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b) “Entra o Rei” (linha 23) 2. Movimentações das personagens
c) “(em coro, desolados)” (linha 38) 3. Cenário
a) _____ b) _____ c) _____
GRUPO III – GRAMÁTICA
1. Completa a tabela com as palavras dadas, tendo em consideração que as palavras
de cada linha têm de pertencer à mesma família.
honrar limpeza honroso/a descontraído/a limpar descontração
Nomes Adjetivos Verbos
a) honra
b) limpo/a
c) descontrair
2. Lê a frase e atenta nas palavras sublinhadas. “Este trono não está bom.”
2.1. Copia das palavras sublinhadas:
a) um nome comum – _________________ c) um verbo –
____________________________
b) um adjetivo qualificativo – ___________
d) um determinante demonstrativo –
______
3. Associa cada elemento sublinhado nas frases da coluna A à função sintática
correspondente da coluna B.
Coluna A Coluna B
a) Os Cortesãos eram engraçados. 1. Sujeito simples
b) Eles limpavam o pó. 2. Predicado
c) O Rei entra em cena de forma descontraída. 3. Complemento direto
d) – Cortesãos, onde está o marceneiro real? 4. Vocativo
a) _____ b) _____ c) _____ d) _____
4. Completa as frases reescritas com a substituição de cada elemento sublinhado pelo
pronome pessoal adequado.
a) O Rei quer ver os Cortesãos. O Rei quer vê-____.
b) Os Cortesãos limpam o trono real. Os Cortesãos limpam-____.
5. Associa cada forma verbal sublinhada nas frases da coluna A aos correspondentes
tempo/modo/forma da coluna B.
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Coluna A Coluna B
a) O trono do rei está coberto por um lençol. 1. Pretérito imperfeito do indicativo
b) – Chama alguém para arranjar o trono! 2. Imperativo
c) O Rei falará com os seus convidados. 3. Futuro do indicativo
d) Todos estavam confusos. 4. Particípio
a) _____ b) _____ c) _____ d) _____
GRUPO IV – ESCRITA
Imagina que a história do Texto B continua e que o Rei convida os ministros, os
conselheiros, os embaixadores, os marqueses e as marquesas, os duques e as
duquesas, os condes e as condessas para um jantar no seu palácio.
Escreve um texto narrativo, no qual relates um acontecimento insólito que tenha
surgido nesse jantar.
O teu texto, com um mínimo de 80 e um máximo de 100 palavras, deve:
apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão;
descrever o jantar;
explicar o acontecimento insólito;
incluir pelo menos um momento de diálogo;
ter um título adequado.
No final, faz a revisão do teu texto, verificando se:
respeitaste o tema proposto e o género indicado;
as partes estão devidamente ordenadas;
há repetições que possam ser evitadas;
usaste corretamente a pontuação.
Título ___________________________________
Numa bela noite de verão, aconteceu finalmente o tão esperado jantar.
Introdução _____________________________________________________________
_____________________________________________________________.
As senhoras, muito bem vestidas, e os cavalheiros, muito elegantes,
começaram a sentar-se na enorme mesa de mármore que ficava no centro
do salão. E eis que de repente, ____________________________________
_____________________________________________________________
Desenvolvimento
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________.
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No final do jantar, ______________________________________________
Conclusão _____________________________________________________________
_____________________________________________________________.
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