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INTRODUÇÃO
Página | 222 Decorrente das lacunas apresentadas acima, propomos, por meio do presente
estudo, analisar como o Ensino de Ciências tem sido difundido e abordado na
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Educação do Campo, verificando sua relevância nas pesquisas acadêmicas
publicadas em quatro periódicos, nos últimos 10 anos. Assim, este se constitui
como uma pesquisa bibliográfica do tipo estado do conhecimento.
Para o desenvolvimento deste trabalho, primeiramente, situamos como o
Ensino de Ciências tem sido trabalhado nos estudos de Educação do Campo.
Posteriormente, a partir da leitura dos artigos e por meio da Análise Textual
Discursiva (ATD), estabelecemos categorias com a finalidade de responder a
seguinte questão da pesquisa: Como o Ensino de Ciências tem sido difundido e
abordado nas revistas de Educação do Campo?
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aconteça no espaço geográfico campesino e que seja contextualizada à sua
realidade, como conceitua Caldart (2005, p. 27) [...] uma educação que seja no e
do campo. No: o povo tem direito a ser educado no lugar onde vive; Do: o povo
tem direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.
Assim, foi, a partir do final da década de 1990, que a concepção e o
pensamento sobre a educação destinada para o homem do campo se firma, por
pressão dos movimentos sociais, especificamente do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), universidades e instituições públicas e
privadas (ANTUNES-ROCHA, 2010; SANTOS, 2016). Assim, a 1ª Conferência
Nacional Por uma Educação Básica do Campo, em 1998, foi o marco dessa
discussão e formalização. Desta Conferência em parceria com o MST, UNB, UNICEF
e outros movimentos sociais do campo, resulta a criação da Resolução 01/2002, a
qual versa sobre as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do
Campo, que aponta preceitos e critérios que auxiliam na orientação para a
organização das escolas do campo. É uma política pública que reconhece as
especificidades do modo de vida do campo, assim como a identidade dos sujeitos
campesinos e traça estratégias apropriadas para que sejam garantidas a essa
população o acesso à educação básica e profissional (BRASIL, 2002). Dessa forma,
fica claro que os movimentos sociais não lutaram apenas por escolas públicas e
gratuitas, mas também reivindicaram um projeto educativo que estivesse
vinculado às questões do campo e aos conjuntos de processos formativos que
foram constituídos historicamente. Trata-se de um projeto educativo para os
trabalhadores e trabalhadoras campesinos que vai de encontro ao modelo
pragmático de educação que fragmenta o conhecimento em cursos, áreas e
disciplinas. (CALDART, 2005; MOLINA; FREITAS, 2011).
Diante disso, as escolas do campo, ao desenvolverem seu projeto
institucional, devem ter como base norteadora as Diretrizes Operacionais para a
Educação Básica nas Escolas do Campo, que, no Art. 4º, afirmam que este projeto
se constitui como um espaço público de experiências, investigações e estudos que,
além de ser direcionado para o mundo do trabalho, direciona-se, também, para o
desenvolvimento social, econômico, justo e ecologicamente sustentável. Já no Art.
13º, inciso II, este documento evidencia que a escola do campo, em suas propostas
pedagógicas de ensino, deve valorizar também o avanço científico e tecnológico
(BRASIL, 2002).
Portanto, a escola do campo é o espaço em que se produz o conhecimento a
partir da cultura e do modo de vida. Sendo assim, o ensino de ciências deve estar
estruturado e pautado em uma perspectiva que valorize o contexto da
comunidade. A partir dessa perspectiva, as instituições de educação do campo
devem ter suas propostas pautadas em um ensino que atenda as especificidades e
valorize a identidade do povo campesino. Nesse sentido, o Artigo 2º da Resolução
01/2002 que institui as Diretrizes ressalta que esta identidade se define através da
vinculação com as questões que são da realidade e ancora-se nos saberes
inerentes dos alunos, como também “[...] na memória coletiva que sinaliza futuros,
na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais
em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à
qualidade social da vida coletiva no país” (BRASIL, 2002, p. 1). Assim, as
Página | 224 experiências vivenciadas pelos estudantes representam o ponto de partida para
todo ensino, sendo este, consequentemente, feito a partir da teoria e prática,
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aproximando o contexto do aluno com o da escola para que o mesmo se aproprie
do conhecimento científico da realidade (LINDEMANN, 2010; MST, 1996, 2005).
Dessa forma, o contexto será a premissa principal para a construção de práticas
pedagógicas de ensino e aprendizagem.
PERCURSO METODOLÓGICO
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saberes do campo” como categoria a priori. No que compete às categorias
emergentes, no presente estudo, não foram identificadas.
Baseando-se na ATD, primeiramente, foram selecionadas as unidades de
sentido a partir das leituras dos trabalhos na íntegra que tratavam sobre Ensino de
Ciências e Educação do Campo. Foram destacados e selecionados os elementos
constituintes e que são pilares na Educação do Campo, o que nos subsidiou
reafirmar a categoria a priori apresentada anteriormente, que discutiremos mais à
frente e comporá a parte da ATD, denominada de metatexto.
Durante as discussões apresentadas nos metatextos, os artigos são
identificados como artigo 1 - que se refere ao artigo escrito por FONSECA, E. M. e
KRAUSE BIERHALZ, C. D.; e artigo 2 – desenvolvido por OLIVEIRA, J. S; CAMARGO,
T. S; SANTOS, R. B.
Tabela 1 - Produção Científica apresentada nas quatro revistas analisadas, nos últimos
dez anos.
Total
Período/
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
revista
Extensão
05 11 10 10 11 12 19 24 27 29 158
Rural
Revista Estudos
Sociedade e 14 13 12 15 13 19 18 - - - 104
Agricultura
RBEC - - - - - - - - - 27 27
NERA 15 19 14 16 14 17 16 18 42 49 220
Total 15 19 14 25 60 65 75 42 69 101 509
Observamos, por meio da Tabela 1, que durante 10 anos foram publicados um
total de 509 artigos, no entanto, nem todos os periódicos possuem publicações
recorrentes nesse período. A revista RBEC teve seu primeiro número em 2016 com
um total de 27 artigos. A revista Estudos Sociedade e Agricultura apresentou
produção até o período de 2013, somando um total de 104 publicações. Dentre as
revistas analisadas, apenas a NERA com 220 artigos e a Extensão Rural com 158
artigos tiveram produções recorrentes nos últimos 10 anos em que foram
publicadas.
Apresentamos, na Tabela 2, a frequência em que foram publicados estudos
direcionados ao Ensino de Ciências nas revistas de Educação do Campo.
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Tabela 2 - Trabalhos direcionados ao Ensino de Ciências publicados em revistas da
Educação do Campo.
Total de trabalhos Porcentagem em relação
Total de
Revista relacionados ao Ensino ao número de total de
trabalhos
de Ciências trabalhos
Extensão Rural 158 - -
Estudos
Sociedade e 104 - -
Agricultura
RBEC 27 2 7,4
NERA 220 - -
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Por meio dos dados apresentados na Tabela 3 referentes às características dos
estudos identificados que possuem como escopo a Educação do Campo,
observamos que estes foram oriundos do mesmo periódico e no mesmo
número/ano de publicação. No entanto, foram produzidos por autores e
universidades distintas, sendo o artigo 1 relacionado ao Ensino Fundamental I e ao
Ensino de Ciências da Natureza e o Artigo 2, aos anos finais do Ensino Fundamental
II e Ensino Médio, abrangendo como área do conteúdo a Biologia.
Teremos como foco, a seguir, a discussão de algumas características gerais
dos artigos.
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Posteriormente, evidenciaremos a categoria a priori identificada por meio da
ATD.
Diante disso, é perceptível a busca por uma escola que em seu projeto
institucional valorize o reconhecimento da população campesina como
construtora da educação do campo. Um projeto educativo que esteja vinculado às
experiências dos educandos, ofertando-lhes os direitos a uma educação que esteja
pautada nas peculiaridades do povo campesino. Desse modo, o ensino
contextualizado passa a ser o eixo fundamental presente nas propostas
pedagógicas das escolas do campo.
Não se trata de troca de saberes, nem de trazer para o currículo temáticas do
cotidiano, mas, para além disso, a contextualização resulta na problematização e
transformação da realidade, envolvendo comunidade e escola. Partindo dos
pressupostos apresentados pelas Diretrizes Operacionais para a Educação Básica
das Escolas do Campo referente à necessidade de propostas de ensino que prezem
pelo desenvolvimento de atividades contextualizadas e através das formas como
o contexto tem sido evidenciado nos artigos que tratam do Ensino de Ciências na
Educação do Campo, percebemos a necessidade de explicitar as diferenças entre
os termos cotidiano e contextualização no ensino.
Outrossim, o Ensino de Ciências no campo deve estar articulado ao modo de
vida campesina e isso implica na valorização da realidade em que os alunos estão
inseridos, articulando os conteúdos com os saberes do campo em um movimento
dialético de problematização e dialogicidade que envolva comunidade e
escola, sempre procurando ir além do cotidiano, da imediaticidade pragmática que
as relações sociais vigentes estabelecem entre homem/natureza e
homem/homem. Defendemos que os saberes do campo precisam ser valorizados
como ponto de partida da prática pedagógica, tendo como objetivo maior a
superação do mesmo, na busca das máximas generalizações da ciência, filosofia e
artes conquistadas pela humanidade, potencializando os sujeitos do campo com
relação à sua capacidade interventiva e transformativa da realidade social.
De acordo com o dicionário HOUASSIS (2011, p.242), o termo cotidiano
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significa “que é comum a todos os dias; diário; dia a dia”. Enquanto
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contextualização significa “ato ou efeito de contextualizar; integrar no contexto;
prover de contexto" (2011, p.228).
Relacionando os significados de tais termos ao ensino, podemos verificar, de
acordo com um estudo desenvolvido por Wartha, Silva e Bejarano (2013, p. 83),
que o termo cotidiano no Ensino de Química “vem se caracterizando por ser um
recurso com vistas a relacionar situações corriqueiras ligadas ao dia a dia das
pessoas com conhecimentos científicos”. Os autores enfatizam que o propósito
das disciplinas ao evidenciar o contexto restringe-se à aprendizagem de conceitos.
Nessa perspectiva, o cotidiano passa a ser considerado um instrumento
motivacional, cujo objetivo é direcionar a atenção dos alunos para algo que é da
convivência deles, por meio da exemplificações e ilustrações.
Por outro lado, a contextualização, segundo os PCN, constitui-se um recurso
que busca ressignificar o conhecimento escolar, de modo que a aprendizagem
aconteça de forma significativa. Para isso, o docente leva em consideração a
relação entre sujeito e objeto no desenvolvimento das atividades (BRASIL, 1998).
Frequentemente, os termos cotidiano e contextualização são utilizados como
sinônimos, o que provoca uma confusão entre eles e um reducionismo em seus
significados, levando-se, consequentemente, à compreensão de que tanto o
cotidiano como a contextualização sintetizam-se na busca da explicação dos
conhecimentos nos fatos do cotidiano (BEJARANO, 2013; SANTOS, MORTIMER,
1999; WARTHA, SILVA).
A escola do campo busca ir além do cotidiano, pois está centrada em uma
concepção de educação que está para além dos muros da escola. O seu projeto
educativo está pautado na emancipação humana e isto implica uma relação de
experiências vivenciadas entre escola e comunidade. Assim, coadunamos com a
afirmação de Caldart (2009, p. 43) quando ressalta que a escola do campo deve ser
pensada “[...] com prioridade, mas sempre em perspectiva, para que se possa
transformá-la profundamente, na direção de um projeto educativo vinculado a
práticas sociais emancipatórias mais radicais”.
A mesma autora, citada acima, partilha de uma concepção de educação do
campo que esteja vinculada às questões inerentes da vida, porém não no sentido
de trabalhar o cotidiano linear e superficial, mas “[...] como síntese de múltiplas
relações, determinações, como questões da realidade concreta” (p. 46). Diante
disso, a partir das análises dos artigos, observamos que, no artigo 1, os autores
destacam, ancorados na atual LDB e nas DOEBEC, a relação que deve existir entre
o que se ensina na escola do campo com o que os estudantes vivenciam no dia a
dia. Sendo assim, o Ensino de Ciências não pode estar desconectado da realidade
da comunidade em que os alunos estão inseridos, como apontam os trechos
abaixo:
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favorecendo um ensino significativo, que contempla o local onde se vive
(Artigo 1, p. 276).
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Dos 16 (dezesseis) conteúdos trabalhados no caderno C8, evidencia-se uma
similaridade na ordem dos conteúdos expostos com os tópicos apresentados no
livro didático Ciências novo pensar: corpo humano, de Gowdak e Martins (2012)
(Artigo 1- 267).
Nesse sentido, os autores destacam a similaridade entre a organização e
apresentação dos conteúdos e a forma como os mesmos estão estruturados no
Livro Didático (LD). Podemos inferir que o LD, nesse contexto, assume um papel
norteador na prática pedagógica desses docentes, influenciando diretamente na
dinâmica do processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, sua influência
restringe-se apenas à seleção e organização dos conteúdos, não se estendendo a
pensar em um ensino contextualizado.
Diante disso, com base nas influências apresentadas pelo LD adotado pela
escola, constatamos que o mesmo não é específico do campo, pois não se encontra
na lista das coleções aprovadas pelo Plano Nacional do Livro Didático-PNLD
Campo. De acordo com Brito e Rodrigues (2014), uma das exigências das coleções
para o campo é apresentar uma estrutura que possibilite e estimule o processo da
contextualização dos conteúdos com a realidade dos alunos.
Na defesa de um ensino que valorize o cotidiano dos estudantes, os autores
do artigo 2 evidenciam o distanciamento entre o que se ensina na escola com o
que os alunos vivenciam, como afirma o fragmento abaixo:
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articulando a prática do campo aos conceitos teóricos estudados (Artigo 1, p.
274).
Tal necessidade é evidenciada por meio da análise dos cadernos dos alunos
ao perceber a disparidade entre os conteúdos de Química, Física e Biologia na
prática pedagógica dos professores. Outro ponto observado pelos autores refere-
se à necessidade de um aprofundamento conceitual pelos professores e um
preparo profissional da área para o trabalho pedagógico direcionado à Educação
do Campo, considerando as especificidades desse contexto, bem como as
múltiplas relações que são possíveis de serem estabelecidas entre os conteúdos
científicos de Ciências e o contexto sócio histórico da população do campo.
É importante destacar que a formação de professores tanto inicial quanto
continuada está formalizada por meio de decretos e resoluções, como, por
exemplo, o Decreto 7.352/2010 que dispõe sobre a política de educação do campo
e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Este Decreto
institui que a formação de docentes deve observar os aspectos da identidade dos
sujeitos do campo e a mesma poderá acontecer concomitantemente ao exercício
de docência, atendendo as especificidades deste espaço geográfico (BRASIL, 2010).
Entretanto, pesquisas apontam uma lacuna na formação de professores do
campo, a exemplo de Santos e Souza (2015), as quais constataram, a partir de
investigações realizadas na Bahia e no Paraná, que mais de 70% dos professores
não têm formação específica para atuar em escolas do campo. Lindemann (2010)
destaca também a necessidade de processos formativos para educadores do
campo.
Dessa forma, justifica-se a necessidade de formação de professores na área
de ciências, apontada pelos autores do artigo 1, para que os mesmos estejam
preparados a relacionar o estudo teórico com as vivências práticas dos estudantes.
Para além disso, os autores defendem que é preciso uma reorganização do
currículo para que os conteúdos possam se articular com as questões presentes na
comunidade em que os alunos estão inseridos. Já no artigo 2, os autores apontam
que são poucas as temáticas da comunidade que são abordadas na disciplina de
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Ciências e defendem um Projeto Político Pedagógico (PPP) em que suas práticas
estejam voltadas para as necessidades do campo.
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Acerca da discussão sobre cotidiano e contextualização já apresentada,
percebemos que, no artigo 1, existe uma discussão acerca da contextualização
ainda que insípida. Os autores defendem uma articulação entre conteúdos e
saberes dos alunos, mas defendem também uma relação com a escola e com a
comunidade. Entretanto, a discussão acerca da contextualização não é rica de
referenciais que defendem a temática em educação do campo. Já no artigo 2, os
autores usam o termo cotidiano como se este fosse sinônimo de contextualização.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Field education and science education in
Brazil: a state of knowledge of the last ten
years
ABSTRACT
The objective of this work is to analyze how science education has been disseminated and
approached in Field Education, verifying its relevance in the academic research published in
four national periodicals on Field Education in the last 10 years. For this, through a
qualitative approach the articles published in the period from 2007 to 2016 were analyzed
in order to understand what has been presented at the same time on science teaching. We
used Textual Discursive Analysis (ATD) to identify the main thematic focuses presented by
the works. Thus, from the Field Education referential we choose an a priori category,
namely: "articulation between the Teaching of Sciences and the knowledge of the field".
The results pointed out a lack of work in the area of science education, as well as the
impoverished discussion of references that deal with the field education and science
teaching.
KEYWORDS: Education of the field. Science teaching. Contextualization.
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AGRADECIMENTOS
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BRITTO, N.S.; RODRIGUES, L. Z. Para quem e para que ensinamos ciências? Eis
uma questão para refletirmos sobre o livro didático nas escolas do campo. In:
CARVALHO, G. T.; MARTINS, M. F. A. (Orgs.) Livro Didático e Educação do Campo.
Belo Horizonte: Faculdade de educação da UFMG, 2014.
R. bras. Ens. Ci. Tecnol., Ponta Grossa, v. 12, n. 1, p. 221-239, jan./abr. 2019.
______. Sobre a educação do campo. In: SANTOS, Clarice Aparecida dos (Org.).
Educação do campo: campo-políticas públicas – educação. Brasília, DF: INCRA -
MDA, 2008. p. 67- 86.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Página | 237
______. Dossiê MST Escola: Documentos e Estudos 1990-2001. Cadernos de
Educação nº. 13. Edição Especial. 2005.
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______. O que queremos com as escolas dos assentamentos. Cadernos de
Formação nº. 18, 1991.
OLIVEIRA, J. S.; CAMARGO, T. S.; SANTOS, R. B. Escola do campo: uma visão dos
jovens sobre as aulas de Biologia de uma comunidade rural no município de
Cunha/SP. Revista Brasileira de Educação do Campo, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 344-363,
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Acesso em: 06 set. 2017.
R. bras. Ens. Ci. Tecnol., Ponta Grossa, v. 12, n. 1, p. 221-239, jan./abr. 2019.
Disponível em: <http://www.qnesc.sbq.org.br/online/qnesc35_2/04-CCD-151-
12.pdf>. Acesso em 12 set. 2017.
Recebido: 2017-12-20
Aprovado: 2018-07-13
DOI: 10.3895/rbect.v12n1.7547
Como citar: SILVA, F. N. S.; LIMA, L. R. F. C.; MORADILLO, E. F.; MASSENA, E. P.
Educação do campo e ensino de Ciências no Brasil: um estado do conhecimento dos
últimos dez anos. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 12, n. 1, 2019.
Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/7547>. Acesso em:
xxx.
Correspondência: Francislene Neres Santos Silva - [email protected]
Direito autoral: Este artigo está licenciado sob os termos da Licença Creative
Commons-Atribuição 4.0 Internacional.
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