INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Curso de Licenciatura em Enfermagem
Trabalho de Campo da disciplina de Prevenção e Controle de Infecções
Tema: Directrizes para o isolamento CDC e seu papel das na prevenção de infecções
adquiridas em unidades sanitárias.
Nome do aluno: Nelson Daniel Tibeiro
1º Ano
Código: 71232549
Quelimane, Agosto, 2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Curso de Licenciatura em Enfermagem
Trabalho de Campo a ser submetido na
Coordenação do Curso de Licenciatura
em Enfermagem da UnISCED.
Nome do aluno: Nelson Daniel Tibeiro
1º Ano
Quelimane, Agosto, 2023
Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
OBJECTIVOS .................................................................................................................. 4
DIRETRIZES PARA O ISOLAMENTO CDC E SEU PAPEL DAS NA PREVENÇÃO
DE INFECÇÕES ADQUIRIDAS EM UNIDADES SANITÁRIAS. .............................. 5
PRECAUÇÕES PADRÃO ............................................................................................... 5
TÉCNICA PARA USO DE ÁGUA E SABÃO LÍQUIDO .............................................. 7
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS ................................................................................ 7
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS QUARTO PRIVATIVO
PODE SER COMPARTILHADO ENTRE PORTADORES DO MESMO
MICRORGANISMO. ....................................................................................................... 8
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS .............................................. 8
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 11
Introdução
A infecção hospitalar (IH) é definida como “aquela adquirida após a admissão do
paciente e que se manifesta após a internação ou a alta, quando puder ser 5 relacionada
com a internação ou procedimentos hospitalares” . A importância das IH transcende os
aspectos médicos individuais, pois sua apresentação endêmica, e freqüentemente
epidêmica, confere ao problema dimensão de saúde pública. Trata-se de problema
epidemiológico com implicações económicas e sociais graves. As IH somam-se às
disfunções físicas e estresse emocional do paciente, podendo levar a condições
incapacitantes, reduzindo a qualidade de vida e, eventualmente, levando ao aumento da
letalidade. O aumento nos custos associados à assistência à saúde é um efeito das IH, no
qual o prolongamento do tempo de hospitalização do paciente com IH é um elemento
importante, produzindo não só um aumento nos custos directos como também nos
indirectos, devido a perdas de dias de trabalho. Além disso, o aumento do número de
drogas utilizadas, a necessidade de procedimentos de isolamento e precauções, exames
laboratoriais e outros estudos diagnósticos adicionais também produzem efeitos nos
custos atribuídos.
Objectivos
Geral:
Conhecer as directrizes para o isolamento CDC e seu papel das na prevenção de
infecções adquiridas em unidades sanitárias.
Específicos:
Conceituar CDC
Identificar directrizes para o isolamento CDC e seu papel na prevenção de
infecções adquiridas em unidades sanitárias
Caracterizar o papel da CDC na prevenção de infecções adquiridas em unidades
sanitárias.
Diretrizes para o isolamento CDC e seu papel das na prevenção de infecções
adquiridas em unidades sanitárias.
As Diretrizes do “Center for Diseases Control “(CDC) orientam que para o ambiente
hospitalar, componentes chaves para as precauções/isolamentos são indicadas, sendo
elas baseadas em três pilares:
Precaução Padrão;
Precaução de Contato;
Precaução Respiratória para aerossóis.
PRECAUÇÕES PADRÃO
Devem ser todas as situações de atendimento aos pacientes, independente de suspeita de
doença transmissível, para prevenir a transmissão de microrganismos inclusive quando
a fonte é desconhecida. Protegem o profissional, e também previnem a transmissão
cruzada entre pacientes.
1) HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS: Com água e sabão ou gel alcoólico, após contacto
com fluidos corpóreos, após manipular materiais e equipamentos contaminados, após
retirar luvas, antes e após contacto com qualquer paciente.
2) LUVAS: Se houver risco de contacto com sangue ou outros fluidos corpóreos.
Trocar as luvas entre procedimentos no mesmo paciente se houver contacto com
secreções contaminantes. Calçar luvas limpas antes de manipular mucosas ou pele não
íntegra superfícies com as luvas (ex: telefone, maçaneta). Retirar as luvas
imediatamente após o uso, e higienizar as mãos.
3) AVENTAL : Se houver risco de respingo ou contacto da pele ou roupas do
profissional com fluidos, secreções ou excreções do paciente (ex: dar banho, aspirar
secreção, realizar procedimentos invasivos). Dispensar no “cesto próprio” após o uso.
Não usar o mesmo avental para cuidados a pacientes diferentes.
3) MÁSCARA, ÓCULOS, PROTETOR FACIAL: Sempre que houver exposição da
face do profissional a respingos de sangue, saliva, escarro ou outros fluídos e secreções
de pacientes. O profissional que apresentar infecção das vias aéreas (ex: gripe,
resfriado), deve utilizar máscara cirúrgica até a remissão dos sintomas.
4) PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES: Não
reencapar a agulha. Não desconectar a agulha da seringa antes do descarte.
Disponibilizar caixas de descarte em locais de fácil acesso.
5) DESCONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE: Realizar limpeza concorrente do
mobiliário e bancadas a cada plantão. Realizar limpeza terminal na alta do paciente.
Limpar e desinfetar superfícies sempre que houver presença de sangue ou secreções.
6) ARTIGOS E EQUIPAMENTOS: Todos os artigos e equipamentos devem ser
submetidos a limpeza e desinfecção ou esterilização antes de serem usados para outro
paciente.
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS
A higienização das mãos é a principal e mais simples medida para prevenção das
infecções hospitalares e da multirresistência bacteriana. Portanto, deve se tornar um
hábito incorporado de forma automática às atividades do profissional de saúde.
OBJETIVOS
Remover sujidade, suor e oleosidade. Remover a flora microbiota transitória da camada
mais superficial da pele, evitando a transmissão de infecções dos pacientes para os
profissionais e a transmissão cruzada entre os pacientes através das mãos dos
profissionais.
MATERIAL
1. Água, sabão líquido e papel toalha, ou
2. Gel alcoólico a 70%. 23. Para evitar ressecamento e dermatites, é contra-indicado
higienizar as mãos com água e sabão imediatamente antes ou após o uso de gel
alcoólico.
OS 5 MOMENTOS DE HIGIENIZACAO DAS MAOS
Fig.nº5 Os 5 momentos de Higienização das mãos.
INDICAÇÕES PARA USO ESPECÍFICO DE ÁGUA E SABÃO LÍQUIDO
• Sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com fluídos
corporais.
• Ao iniciar o turno de trabalho.
• Antes e após realizar atos pessoais (ex: alimentar-se, assoar o nariz, ir ao toalete,
pentear os cabelos).
• Antes do preparo de medicamentos.
• Antes de preparo de alimentos.
• Também podem ser usados água e sabão nas situações abaixo descritas para uso de gel
alcoólico.
TÉCNICA PARA USO DE ÁGUA E SABÃO LÍQUIDO
• Abrir a torneira, molhar as mãos e colocar o sabão líquido(±2ml)
• Ensaboar e friccionar as mãos durante 40 a 60 segundos, em todas as suas faces,
espaços interdigitais, articulações, unhas e pontas dos dedos. É importante estabelecer
uma seqüência a ser sempre seguida, assim a lavagem completa das mãos ocorre
automaticamente.
• Enxaguar as mãos retirando toda a espuma e resíduos de sabão.
Enxugar as mãos com papel toalha.
• Fechar a torneira com o papel toalha, evitando assim recontaminar as mãos.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS
As infecções de transmissão respiratória podem exigir precauções com gotículas ou com
aerossóis, a depender da doença.
GOTÍCULAS
A transmissão por gotículas ocorre através do contato próximo com o paciente.
Gotículas de tamanho considerado grande (>5 micras) são eliminadas durante a fala,
respiração, tosse, e procedimentos como aspiração. Atingem até um metro de distância,
e rapidamente se depositam no chão, cessando a transmissão. Portanto, a transmissão
não ocorre em distâncias maiores, nem por períodos prolongados. Exemplos de doenças
transmitidas por gotículas: Doença Meningocócica e Rubéola.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS QUARTO PRIVATIVO
Pode ser compartilhado entre portadores do mesmo microrganismo.
MÁSCARA
Usar máscara cirúrgica ao entrar no quarto. A máscara deve ser desprezada na saída do
quarto.
TRANSPORTE DO PACIENTE
Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.
Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado.
AEROSSÓIS
A transmissão por aerossóis é diferente da transmissão por gotículas. Algumas
partículas eliminadas durante a respiração, fala ou tosse se ressecam e ficam suspensas
no ar, permanecendo durante horas e atingindo ambientes diferentes, inclusive quartos
adjacentes, pois são carreadas por correntes de ar.
Poucos microrganismos são capazes de sobreviver nessas partículas, podendo ser
citados como exemplos: M.tuberculosis, Vírus do Sarampo, Vírus Varicela-Zoster.
PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS
QUARTO PRIVATIVO Obrigatório, com porta fechada e ventilação externa.
Preferencialmente deve dispor de sistema de ventilação com pressão negativa e filtro de
alta eficácia (no momento não disponíveis no HU-USP).
MÁSCARA É obrigatório o uso de máscara tipo N95 ao entrar no quarto. Deve ser
colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, podendo ser
reaproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada.
TRANSPORTE DO PACIENTE
Quando for necessário sair do quarto, o paciente deverá usar máscara cirúrgica.
Comunicar o diagnóstico do paciente à área para onde será transportado.
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Aplicadas na suspeita ou confirmação de doença ou colonização por microrganismos
transmitidos pelo contato. ara maiores detalhes, consultar também os cap tulos
“ actérias ultirresistentes” e “Indicações de precauções respiratórias e de contato”.
QUARTO PRIVATIVO
Recomendado. Pode ser individual, ou compartilhado entre pacientes portadores do
mesmo microrganismo.
LUVAS
Uso obrigatório para qualquer contato com o paciente ou seu leito. Trocar as luvas entre
dois procedimentos diferentes no mesmo paciente. Descartar as luvas no próprio quarto
e lavar as mãos imediatamente com degermante contendo antisséptico (clorexidina ou
triclosan).
AVENTAL
Usar sempre que houver possibilidade de contato das roupas do profissional com o
paciente, seu leito ou material contaminado. Se o paciente apresentar diarréia,
ileostomia, colostomia ou ferida com secreção não contida por curativo, o avental passa
a ser obrigatório ao entrar no quarto.
Dispensar o avental no “cesto proprio” imediatamente após o uso (não pendurar).
TRANSPORTE DO PACIENTE
Deve ser evitado. Quando for necessário o transporte, o profissional deverá seguir as
precauções de contato durante todo o trajeto. Comunicar o diagnóstico do paciente à
área para onde será transportado.
ARTIGOS E EQUIPAMENTOS
São todos de uso exclusivo para o paciente, incluindo termômetro, estetoscópio e
esfigmomanômetro. Devem ser limpos e desinfetados (ou esterilizados) após a alta.
CONCLUSÃO
Concluímos que: se há um consenso em controle de infecção hospitalar, este é a
lavagem das mãos, pela diminuição do risco de transmissão de germes infectantes
dentro do hospital. Todos os textos pesquisados colocam esse procedimento como o
mais importante isoladamente, dentre todas as estratégias de controle de infecção
hospitalar. Deve ser uma rotina repetitiva e indispensável. O controle de infecção é um
indicador de qualidade da assistência prestada. O controle de infecção informa sobre
prevenção e controle, fornecendo subsídios aos trabalhadores e ao administrador para
proteção da saúde dos servidores e pacientes.
.
Referências bibliográficas
1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2006). Institucional. Apresentação.
Legislação e Criação de um Programa de Prevenção e Controle de Infecção
Hospitalar. In: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
2. Ministério da Saúde. Portaria 2616/MS/GM, de 12 de maio de 1998. Diário
Oficial da União,Brasília, 13 de maio de 1998. Seção I, Brasil.