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TRABALHO

Este documento discute a importância da psicologia educacional em Moçambique. Aborda brevemente a evolução histórica da psicologia e da educação e identifica fatores do processo de aprendizagem e situações especiais em Moçambique. Também discute a importância da psicologia educacional no país.

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TRABALHO

Este documento discute a importância da psicologia educacional em Moçambique. Aborda brevemente a evolução histórica da psicologia e da educação e identifica fatores do processo de aprendizagem e situações especiais em Moçambique. Também discute a importância da psicologia educacional no país.

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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 2

1.2 Objectivos......................................................................................................................... 3

1.2.1 Geral:......................................................................................................................... 3

1.2.2 Objectivo Específicos: .............................................................................................. 3

1.3 Metodologia ..................................................................................................................... 4

2 Contextualização ..................................................................................................................... 5

2.2 A Psicologia: noções básicas e sua evolução histórica .................................................... 5

2.2.1 Educação ................................................................................................................... 5

2.2.2 Psicologia Educacional ............................................................................................. 6

2.3 Fatores do Processo de Aprendizagem, Situações Especiais em Moçambique ............... 7

2.4 Psicologia Escolar ............................................................................................................ 8

2.5 O Psicólogo Escolar na Intervenção com o Aluno ........................................................... 9

3 Discussão e resultado dos dados ............................................................................................ 10

3.2 Importância da Psicologia Educacional Em Moçambique ............................................. 10

3.2.1 Escoa aberta ............................................................................................................ 11

3.2.2 Finalidades da Psicologia Escolar ........................................................................... 12

4. Conclusão .............................................................................................................................. 14

5. Bibliográficas......................................................................................................................... 15
1. Introdução

A realidade nas escolas necessita que, os psicólogos ocupem o seu lugar, devido à necessidade que
sentem sobre a atuação deste profissional. Entretanto, a maioria dos educadores visualiza essa
atuação de forma distorcida, como se tivesse a solução capaz de resolver os problemas que surgem
no âmbito escolar, tanto no comportamento do aluno, como nas dificuldades de aprendizagem que
muitos alunos apresentam.

Diante disso, emerge um problema a ser pesquisado: como ocorre a atuação do psicólogo
que atua na instituição escolar e como sua atuação pode minimizar o fracasso escolar? Há uma
hipótese de que a atuação psicológica na instituição escolar favorece o desenvolvimento e a
consequente aprendizagem do aluno, cuja atuação pode minimizar o fracasso escolar.

O tema em causa aborda, "A Importância da Psicologia da Educação para Construção de uma
Escola de Todos e Para Todos em Moçambique". Desta forma, na atualidade, muitos autores têm
dedicado seus estudos a delimitar a atuação do profissional de Psicologia, no contexto escolar, o
que tem gerado muitas discussões e debates ao longo da história. Mas, nada se concluiu até o
momento, visto que isso envolve questões sociais, políticas, ideológicas e educacionais.

2
1.2 Objectivos

1.2.1 Geral:

 Bordagem em torno da Importância da Psicologia da Educação para Construção de uma


Escola de Todos e Para Todos em Moçambique

1.2.2 Objectivo Específicos:


 Contextualizar Breve Retrospectiva de sua evolução Histórica
 Identificar fatores do Processo de Aprendizagem, situações especiais em Moçambique
 Mostrar importância da Psicologia Educacional em Moçambique

3
1.3 Metodologia
Para a materialização do presente trabalho, predominou o método de pesquisa bibliográfica, que
consistiu em pesquisar em diferentes manuais, conteúdos referentes ao tema em estudo para
melhor perceber alguns conceitos relacionados com a cadeira de Psicologia Educacional.

Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando o método hipotético dedutivo de Marconi e


Lakattos (2005), onde o método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com
maior segurança e economia, permitem alcançar os objetivos e os conhecimentos fidedignos. O
método hipotético dedutivo permite processar uma discussão por meio de hipóteses na leitura dos
artigos. Na medida em que estas vão se confirmando pelas leituras se passa a abstrair o conteúdo
que pode ser redigido.

4
2 Contextualização
2.2 A Psicologia: noções básicas e sua evolução histórica
No início do percurso desta disciplina, necessitamos conhecer um pouco da história do estudo
dos processos de desenvolvimento e de aprendizagem pela Psicologia. Segundo Guzzo et al.
(2012), o conhecimento dessa origem pode ser um importante subsídio para a compreensão dos
caminhos pelos quais seguiram as pesquisas sobre o processo de desenvolvimento e de
aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos, relevantes para o pensamento pedagógico sobre
a aprendizagem e o seu desenvolvimento.

O termo “Psicologia” tem origem grega, sendo derivado da junção de duas palavras - Psyché e
logos - significando o “estudo da mente ou da alma”. Psicologia, então, é a ciência que estuda o
surgimento e o desenvolvimento dos fenômenos e dos processos psicológicos que motivam e
orientam o comportamento humano (CORREIA, L. M. 1999).

A história da psicologia começa com os gregos no século III antes de Cristo. Os avanços que os
gregos produziram na arquitetura, agricultura, física, geometria, política permitiram que o cidadão
se ocupasse das coisas do espírito, como a filosofia e a arte. Entre os filósofos gregos surge a
primeira tentativa de sistematizar a psicologia.

Trabalhavam com a parte imaterial do ser humano sem considerar o pensamento, os sentimentos
de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção (Nwanwenda, 2005). Com
Sócrates, Platão e Aristóteles observamos as primeiras reflexões sobre o estudo da mente e alma
humanas.

Os pensadores legaram à humanidade considerações importantes, de caráter psicológico, sobre


aprendizagem e o ensino, entre vários outros temas.

2.2.1 Educação
Mergulhando no Manual de Psicologia da Educação, podemos encontrar diferentes formas de
definir a educação, seus objectivos e processos. Por serem históricas, as definições e
caracterizações da educação estão intimamente relacionadas com uma determinada época ou
perspectiva teórico-filosófica dos seus autores (Barbosa (2001, apud MACHADO, 2010).

Por sua vez, as definições de educação consideram-na, genericamente, enquanto processo de


socialização por excelência. Ao receber educação, a pessoa assimila e adquire conhecimentos.

5
A educação também envolve uma sensibilização cultural e de comportamento, onde as novas
gerações adquirem as formas de se estar na sociedade transmitida das gerações anteriores.

O processo educativo é materializado numa série de habilidades e valores, que promovem


mudanças intelectuais, emocionais e sociais no indivíduo. Dependendo do grau de sensibilização
alcançado, esses valores podem durar toda a vida ou apenas um determinado período de tempo.
No caso das crianças, a educação visa (entre outros) fomentar o processo de estruturação do
pensamento e das formas de expressão (Barbosa (2001, apud MACHADO, 2010).

De igual modo, contribui para o processo de maturidade sensório-motor e estimula a integração e


o convívio em grupo. Por outro lado, convém acrescentar que a sociedade moderna atribuiu grande
importância ao conceito de educação formação contínuas, e o conceito mais recente de
aprendizagem ao longo da vida, que defende que o processo educativo não se limita meramente à
infância e à juventude, já que o ser humano adquire conhecimentos ao longo de toda a sua a vida.

De uma forma global, consideramos que a educação é uma prática de humanização que visa
munir o indivíduo de conhecimentos (normas, crenças, valores) que permitem a moldagem do
seu comportamento aos padrões pré-determinados da sociedade onde se encontra inserido,
influenciados pelos seus padrões culturais específicos (como teremos oportunidade de discutir
em secção posterior).

2.2.2 Psicologia Educacional


Para Barbosa (2001, apud MACHADO, 2010) compreende-se por Psicologia Escolar um
campo de atuação do psicólogo, caracterizado pela utilização da Psicologia no contexto escolar.
Tem o objetivo de contribuir para aperfeiçoar o processo educativo, entendido como complexo
processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade

A educação representa desde os primórdios e principalmente na atualidade o recurso mais


precioso numa sociedade, fator reforçado no mundo globalizado em que vivemos. As gerações
precedentes a nós fizeram muitos esforços para educar as novas gerações. Desse modo, a
Psicologia da Educação constitui um campo do conhecimento que historicamente vem atuando no
sentido de subsidiar a prática educacional em todos os contextos nos quais o homem torna-se
humano. O interesse pela educação, suas condições e seus problemas foi sempre uma constante
entre filósofos, políticos, educadores e psicólogos.

6
De acordo com o Modulo Único de Psicologia Educacional, não existe uma definição única de
Psicologia Educacional, por esta razão, serão apresentadas aqui algumas dessas definições, com
particular relevância das propostas de Nwanwenda (2005).

Apesar da diversidade de definições que podemos encontrar na literatura, existem diferentes


elementos comuns entre elas.

2.3 Fatores do Processo de Aprendizagem, Situações Especiais em Moçambique


A qualidade do trabalho pedagógico está associada à capacidade de promoção de avanços no
desenvolvimento do aluno. O resgate de importantes contribuições teóricas para a Psicologia e
para a Educação tem sido um fenômeno significativo nas últimas décadas, por possibilitar a
ampliação das dimensões consideradas na análise dos processos de desenvolvimento e
aprendizagem e permitir uma compreensão mais abrangente, totalizante e integrada do aluno.

De acordo com Penteado (1980),os principais fatores de aprendizagem ligados ao individuo são:
Saúde física e mental: para que seja capaz de aprender, a pessoa deve apresentar um bom estado
físico geral. As perturbações na área física, como na sensorial e na área nervosa poderão constituir-
se em distúrbios da aprendizagem.

Motivação: é o fator de querer aprender; despertar o interesse é fundamental para a aprendizagem.

Prévio domínio: domínio de certos conhecimentos, habilidades e experiências anteriores.

Maturação: é o processo de diferenciações estruturais e funcionais do organismo. A maturação


neurológica cria condições à aprendizagem, havendo uma interação entre ambas.

Inteligência: capacidade para assimilar e compreender informações e conhecimentos.

Concentração e atenção: capacidade de fixar-se em um assunto/tarefa.

Memória: a retenção da aprendizagem.

Existem outras variáveis ligadas diretamente ao processo de aprendizagem, como por exemplo, as
metodologias e recursos didático-pedagógicos, contexto sócio-econômico-político-cultural, entre
outros.

Na Psicologia da Educação, há uma forte discussão e mobilização para a ampliação do


conceito/concepção de aprendizagem, em especial, há uma ferrenha oposição às visões que podem

7
levar a “culpabilização” e “psicologização” da aprendizagem e suas possíveis dificuldades, já
abordados pelos autores Patto (2002,20013) e ainda Gatti (2014) e outros autores da área. Na
escola inclusiva, professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar
as diferenças.

Esse movimento de inclusão traz várias reflexões, necessidade de adaptações pelos profissionais,
novos paradigmas, mudanças na organização de todo o trabalho pedagógico na instituição de
ensino. A reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nos estabelecimentos
de ensino provoca de modo à instituição atender à diversidade dos alunos, numa abordagem
humanística, democrática, que se permite perceber o sujeito e suas singularidades, tendo como
objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social.

Em Moçambique, a Política Nacional de Educação Especial do ano de 2008, na perspectiva da


educação inclusiva, assegura acesso ao ensino regular a alunos com algum tipo de deficiência
como mental, física, surdos e cegos com transtornos globais de desenvolvimento e a alunos com
altas habilidades, como superdotados, desde a educação infantil até a educação superior
(Chabanne, J. L. 2000).

2.4 Psicologia Escolar


Segundo Andaló (1984), a instituição escolar é um campo que tem como objetivo desempenhar
várias ações para o bem-estar dos indivíduos imersos nessa área. Dentre esses objetivos se
destaca a prevenção do não aprender e/ou ter dificuldades na aprendizagem; evitação e/ou fuga
das atividades escolares; impossibilidade de promoção escolar; bem como caráter de
impedimento para que não ocorram questões problemáticas envoltas nesse ambiente.

Embora na prática exista uma grande quantidade de conflitos e problemáticas nas instituições
escolares. Weiss (2001, p. 22) menciona que na instituição escolar: [...] no que se refere ao aluno,
engloba tantos aspectos emocionais que estão relacionados ao desenvolvimento afetivo, assim
como com o processo para adquirir conhecimentos, deste modo refletindo na produção escolar, o
que remete as características envoltas na forma de aprendizagem, cujo fato de dificuldade
relacionada à aprendizagem esteja estritamente na manifestação de problemas relacionais entre a
criança, ambiente familiar ou escolar.

8
Guzzo et al. (2012) relata que, concernente à Psicologia no campo da educação, esta reflete como
uma vertente da ciência da Psicologia. Ressaltando que em Moçambique, a Psicologia Escolar está
em processo de concretização de sua atuação e prática, necessita que haja profissionais que se
impliquem no desenvolvimento do aluno, modificando a realidade advinda da educação escolar
no país.

Mergulhando nos pensamentos de Antunes e Meira (2003) apontam que, nos dias atuais o
profissional de Psicologia no contexto escolar é muito requisitado. Entretanto, sua intervenção
ainda é entendida como aquele profissional que irá tratar o aluno tido como problema, como se a
causa da não aprendizagem estivesse só no aluno. Muitas vezes, a causa não se encontra nele, mas
apenas o sintoma do não aprender.

Neste sentido, ainda expõem que, a atuação do Psicólogo Escolar é confundida com a atuação
clínica. Este profissional não trabalha com o modelo clínico e somente com o escolar. Assim, a
confusão da noção de cura deve ser desfeita, visto que o aluno não está sendo trabalhado para a
cura, mas sim, para a aprendizagem.

Em Moçambique, a frequência da atuação e intervenção do psicólogo escolar no contexto da


rede pública de educação moçambicana é ainda visto como uma utopia, se considerarmos a
quantidade de profissionais lotados nas instituições escolares, suas condições de inserção e
efetividade nessa área. Embora exista uma demanda imensurável, o que possibilita a implantação
desse profissional, não há nada tão significativo (Chabanne, J. L. 2000).

Deste modo a importância do profissional de psicólogo no campo da educação se constitui pela


finalidade em contribuir para constituição do processo de educação. Ficando nesse processo com
o intuito de contribuir para a socialização do conhecimento histórico concentrado para o
desenvolvimento ético. Assim colaborando para detectar problemas educacionais e problemas
interpostos nos próprios alunos.

2.5 O Psicólogo Escolar na Intervenção com o Aluno


Segundo Andrada (2005), historicamente o psicólogo tinha como fundamento na sua atuação
modelo clínico dentro da escola, no qual realizava diagnóstico. Após processava o
encaminhamento dos alunos que apresentavam desvios de comportamento, tais como: dificuldades
no direcionamento de atenção e concentração, disciplina, deficiência mental e intelectual,

9
desestruturação familiar. Assim como outras causais que justificavam o fracasso escolar, sendo
este um tema central da atuação desse profissional.

Para Martins (2003), com relação ao trabalho do Psicólogo na instituição escolar é possível
destacar que sua atuação deve estar focada nas relações que se estabelecem no contexto escolar,
sempre levando em consideração o meio social em que elas acontecem. O Psicólogo pode ainda
ajudar a aumentar a qualidade e eficiência do processo educacional através do uso dos
conhecimentos psicológicos. Desta forma, este profissional assume o papel de agente de
mudanças, com a sua atuação nos processos de aprendizagem.

Para Cassins (2007) a participação do psicólogo escolar na equipe multidisciplinar é


imprescindível, uma vez que, respalda essa equipe, com conhecimentos e experiências científicas
acerca do processo de aprender e aprendizagem do aluno. Mostrando que, os déficits de
aprendizagem muitas vezes têm as causas na educação familiar, outras vezes na ausência de uma
vinculação sólida familiar. Desta forma, é preciso levar em conta a relação professor-aluno e
estudar cada caso em profundidade.

Cassins (2007) descreve que a atuação do psicólogo também visa subsidiar a distribuição
apropriada de conteúdos programáticos, que deve ser efetuada de acordo com as fases de
desenvolvimento dos alunos, seleção de estratégias, apoio ao professor no trabalho com uma

3 Discussão e resultado dos dados


3.2 Importância da Psicologia Educacional Em Moçambique
A importância da Psicologia Educacional para os professores pode ser comparada à importância
da anatomia para os médicos, ou da física para os engenheiros. Assim, o psicólogo no âmbito
escolar, conforme apresenta Fonseca (1995), é colocado como um cientista, engenheiro, fundador
de projetos voltados para educação, utilizando de instrumentos e técnicas, buscando efetuar seu
trabalho de maneira fidedigna. Isto deve ser feito no ambiente escolar como um todo. Para tal, se
volta para os educadores, para o aluno, para a família, buscando detectar problemas que impedem
o crescimento e desenvolvimento do sujeito em questão no âmbito escolar. Foge do modelo
patológico, do modelo clínico, pois visa a aplicação de solidificação de métodos científicos, tendo
como resultado a resolução das problemáticas encontradas na educação.

10
Naquilo que diz respeito à dimensão do ensino, a Psicologia Educacional parte de uma abordagem
tradicional de descoberta de como as pessoas aprendem, se desenvolvem e pensam e questiona
como é que os estudantes aprendem matérias específicas como por exemplo, como é que aprendem
as matérias das disciplinas como a Matemática e da Física (Correia, L. M. 1999).

Esta abordagem pode ter um papel muito significativo no desenvolvimento de teorias relacionadas
com a aprendizagem de Matemática, Física ou uma outra disciplina específica qualquer.

No caso particular de Moçambique, importa dizer que o contexto de educação inclusiva em


Moçambique tem suporte legal e nas políticas de educação deste país, pois, a partir da Constituição
da República, entende-se que todos os cidadãos são iguais perante a lei, promovem-se as liberdades
individuais e os direitos dos cidadãos, independentemente de qualquer tipo de discriminação, tendo
como pressuposto a declaração de que “Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos
mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, género,
origem étnica, lugar de nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos
pais, profissão ou opção política” (Artigo 35 da Constituição da República).

Pelo que, o facto de uma criança ter NEE não é motivo de discriminação e, muito menos, de
limitação dos seus direitos, tais como, os de educação, saúde e os outros constitucionalmente
estabelecidos.

3.2.1 Escoa aberta


No modelo de escola aberta à diferença, o professor é o elemento fundamental no diagnóstico e
avaliação das necessidades educativas especiais. Isto requer que o professor conheça melhor todos
os seus alunos.

É o professor que, através da observação sistemática, deve identificar as necessidades educativas


especiais que os alunos possam ter, recorrendo a professores treinados para uma análise mais
aprofundada, em caso de necessidade (Correia, L. M. 1999).

A avaliação deve permitir identificar quais são as necessidades educativas do aluno e o seu grau
de especificidade, definindo elementos tais como o tipo e grau de especificidade das adaptações
curriculares que será necessário estabelecer, em relação a determinado(s) aluno(s) e os meios de
acesso ao currículo necessários (Correia, L. M. 1999).

11
No que se refere às questões de aprendizagem, a Psicologia Educacional centra-se na análise dos
processos cognitivos e da produção de conhecimento por parte do indivíduo, e as suas
consequências no educando, com ênfase tradicional na comparação da performance de cada o
indivíduo com a performance de um grupo.

A Psicologia Educacional pretende identificar e descrever os processos cognitivos e de produção


de conhecimento de que o indivíduo necessita para realizar com sucesso o conjunto de tarefas
educativas em causa.

Apoiando-se com o pensamento de alguns autores, como Nwanwenda (2005) Maya, identifica
duas áreas importantes para as quais a Psicologia Educacional irá contribuir: os processos
psicológicos implicados no ensino e na aprendizagem.

De acordo com Maya (1999) citado por Nwanwenda (2005), a Psicologia Educacional tem um
papel único e muito significativo na relação entre Educação e Psicologia. A Psicologia
Educacional contribui para o domínio da Educação porque fornece contributos importantes no
âmbito dos processos cognitivos em curso no contexto educativo, como sejam a aprendizagem, a
memória, o processamento de informação, o uso de conhecimentos académicos para motivar
mudanças do comportamento, etc.

3.2.2 Finalidades da Psicologia Escolar


Cassins (2007), no Manual de Psicologia Escolar/Educacional coloca que, a escola é o espaço
propício promover o desenvolvimento integral do aluno, com propostas concretas e eficazes de
intervenção que resultem em mudança individual e coletiva, repercutindo na sociedade. Assim
sendo, o autor supracitado apresenta que os propósitos dos psicólogos escolares devem estar
voltados para:

a) Incentivar os educadores para tomada de posições políticas em relação aos problemas


sociais que afligem a todos, na busca de uma solução sócio/política;
b) Estimular a escolha consciente de uma atuação profissional sustentada por teorias
psicológicas, cuja visão contemple o homem em suas múltiplas determinações e relações
histórico-sociais;

12
c) Assessorar a escola, como um todo, no desenvolvimento de uma concepção de educação,
na compreensão e amplitude de seu papel, em seus limites e possibilidades, utilizando os
conhecimentos da psicologia;
d) Desenvolver uma concepção de psicologia voltada a um compromisso social e propor uma
concepção do fracasso escolar não como um processo individual, mas como um emergente
do processo da não aprendizagem. Efetuar propostas e afiançar a construção de novas
alternativas sociais para auxiliar na administração de possíveis deficiências escolares;
e) Compreender e elucidar os processos de desenvolvimento bio-psico-social dos envolvidos
com a escola. Assim como clarificar a construção da subjetividade (do Eu) em cada
ambiente educacional; assessorando a unidade escolar na busca da humanização do sujeito,
através do encontro da cognição com a motricidade, os afetos e as emoções na educação;
f) Mediar os processos de reflexão sobre as ações educativas a partir da atuação com os
diversos profissionais da educação e buscar ser o mediador do processo reflexivo e não o
solucionador de problemas;
g) Compreender e elucidar os processos diferenciados de desenvolvimento da aprendizagem
(aprender a aprender) de cada aluno e de cada professor;
h) Desenvolver e cultivar o enfoque preventivo: trabalhar as relações interpessoais na escola,
visando à reflexão e conscientização de funções, papéis e responsabilidades dos
envolvidos;
i) Conscientizar a todos os envolvidos no processo educacional, sobre a importância de sua
participação e responsabilidade nos grupos em que está inserido, como a família, a escola,
o trabalho e a comunidade.

13
4. Conclusão
Nesse contexto, a psicologia escolar deve ser consolidada de forma mais efetiva e, por isso, a
importância de desenvolver novos estudos sobre o papel da psicologia na escola e estratégias de
inserção do psicólogo no contexto escolar, tanto direta, como indiretamente. Por sua vez, Buscou-
se demonstrar a importância do psicólogo no contexto escolar e verificou-se que o tema tem
suscitado inúmeras reflexões acerca da identidade dos profissionais de Psicologia. Sobretudo, com
relação à necessidade de uma redefinição deste papel na escola e da reestruturação da formação
acadêmica dos profissionais de Psicologia. Como não obstante, a importância da atuação do
psicólogo escolar nas prevenções e intervenções dentro do ambiente escolar. O psicólogo escolar
deve articular teoria e prática, assim diagnosticar o contexto escolar e propor a execução de um
plano de ação, para enfrentar a prática como pesquisa e produção de conhecimento.

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5. Bibliográficas
ALMEIDA, Referências Marina da Silveira Rodrigues. (2004). A Escola Inclusiva e os alunos
com Deficiência Intelectual. Disponível em. Acesso em 15 de agosto de 2006.

ALMEIDA, S. F. C. (2010). In: MACHADO, F. L. B. A. Sobre a atuação do psicólogo escolar.


Faculdade de Ciências da Educação e Saúde. Brasília.

ANDALO, C. S. A. (1994). O papel do psicólogo escolar. Brasília: Psicol. cienc. prof. v. 4, n. 1,


1994. Disponível em. Acesso em 15 set. 2016.

ANDRADA, E. G. C. (2005). Novos paradigmas na prática do psicólogo escolar. Revista


Psicologia: Reflexão e Crítica, 18 (2), 196-199. Disponível em. Acesso em 15 set. 2016.

CASSINS, A. M. et al. (2007). Manual de Psicologia escolar – educacional. Curitiba: Gráfica e


Editora Unificada.

CORREIA, L. M. (1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classe Regulares.
Portugal: Porto Editora.

PATTO, M. H. S. (1997). In: ALMEIDA, S. F. C. (2006). In: MACHADO, F. L. B. A. Sobre a


atuação do psicólogo escolar. Faculdade de Ciências da Educação e Saúde. Brasília.

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