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Turmas Ao Ar Livre MABOTE

Este documento analisa as implicações da lecionação de aulas em turmas ao ar livre no 1o ciclo do ensino primário em Moçambique. Aborda a relevância do tema, os objetivos do estudo, questões de pesquisa e metodologia, incluindo revisão de literatura, tipo de pesquisa, população e amostra, instrumentos de coleta de dados e cronograma. Tem como objetivo geral analisar as implicações da lecionação de aulas ao ar livre no processo de ensino-aprendizagem no 1o c

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Turmas Ao Ar Livre MABOTE

Este documento analisa as implicações da lecionação de aulas em turmas ao ar livre no 1o ciclo do ensino primário em Moçambique. Aborda a relevância do tema, os objetivos do estudo, questões de pesquisa e metodologia, incluindo revisão de literatura, tipo de pesquisa, população e amostra, instrumentos de coleta de dados e cronograma. Tem como objetivo geral analisar as implicações da lecionação de aulas ao ar livre no processo de ensino-aprendizagem no 1o c

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1

Sonia Eduardo Sitoe

ANÁLISE DAS IMPLICAÇÕES DA LECCIONAÇÃO DE AULAS EM TURMAS AO AR


LIVRE NO 1º CICLO NO PEA NA ESCOLA PRIMÁRIA DO 1º E 2º JOAQUIM
CHISSANO -MARRACUENE

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Pedagógica

Maputo

2019
2

Sonia Eduardo Sitoe

Licenciatura em Ensino Básico

Projecto de pesquisa a ser entregue na Faculdade


de Ciências de Educação e Psicologia sob
orientação do Dr. AmilcarJotamo para efeitos de
avaliação.

Universidade Pedagógica

Maputo

2019
1

Índice

Conteúdo
Índice...............................................................................................................................................1

Introdução........................................................................................................................................2

Formulação do Problema de Pesquisa.............................................................................................3

Relevância do Tema........................................................................................................................4

Objectivos........................................................................................................................................5

Objectivo Geral................................................................................................................................5

Objectivos Específicos.....................................................................................................................5

Questões da Pesquisa.......................................................................................................................5

Capítulo 1. Revisão da Literatura....................................................................................................6

Capítulo II - Metodologia de Pesquisa............................................................................................7

2.2. Tipo de Pesquisa.......................................................................................................................8

2.3. População e Amostra................................................................................................................8

2.3.1. População...............................................................................................................................8

2.3.2. Amostra..................................................................................................................................9

2.4. Método de selecção da Amostra.............................................................................................10

2.5. Instrumentos e Técnicas de Recolha de Dados.......................................................................10

2.6. Modelo de Interpretação de Dados.........................................................................................12

2.7. Procedimentos Éticos da Pesquisa..........................................................................................12

Cronograma...................................................................................................................................12

Bibliografia....................................................................................................................................14
2

1 Introdução

De acordo com a Constituição da República de Moçambique, a Educação é um Direito e dever


de todos cidadãos, sendo o dever do Estado, promover a igualdade de acesso a todos os cidadãos.
Actualmente a Educação em Moçambique tem alcançado progressos assinaláveis, sobretudo no
que concerne ao acesso, resultado de políticas públicas educacionais nacionais e internacionais
adoptadas pelo país, todavia, o crescente número da população escolar não está sendo
directamente proporcional ao à construção de novas salas de aulas, notando-se actualmente
graves problemas no concernente ao rácio professor-aluno bem como no número suficiente de
salas de aulas, particularmente nas zonas suburbanas, zonas de expansão e vilas-sedes.

Dados estatísticos patentes no Plano Estratégico da Educação, PEE 2012-2016, referem que, a
partir de 1992até à actualidade, o país regista uma sublinhada tendência de expansão da rede e
dos efectivos escolares do Ensino Primário, a partir de 1992, o número de alunos passou de 1,2
milhões para 4,4 milhões (2011) no EP1, e de 130 mil para 871 mil no EP2 (2011), (MINED,
2012:23). Conforme o referenciado anteriormente, o crescente número de efectivos escolares,
não está sendo acompanhado pelo aumento de salas de aulas ou construção de novas escolas de
raiz, facto que sobrecarrega as escolas poucas escolas existente, trazendo consequências como o
elevado rácio professor/aluno e o mais crítico, o a transformação de sombras de árvores,
corredores, e outros espaços ociosos em salas de aula, tornando a cada ano, crescente número de
turmas ao ar livre. É nesse contexto que propõe-se no presente estudo abordar a Análise das
Implicações no PEA, da Leccionação de Aulas em Turmas ao ar Livre no 1º Ciclo da Escola
Básica.

O tema surge no âmbito da realização da monografia como requisito para a aprovação no curso
de Licenciatura em Ensino Básico com Habilitações para Supervisão e Inspecção Escolar, na
Faculdade de Ciências de Educação e Psicologia, FACEP da Universidade Pedagógica-Sede, UP,
em Moçambique.
3

1.1 Justificativa da escolha do Tema


O ambiente físico escolar é um dos principais indicadores de qualidade de Educação em qualquer
sistema educacional, este, envolve para além de salas de aula devidamente apetrechadas e
personalizadas de acordo com diversas temáticas didácticas, outras infra-estruturas como blocos
administrativos, banheiros, bibliotecas e outros indispensáveis a viabilização do processo de
ensino-aprendizagem.

A escolha do tema deveu-se à vários factores entre os quais há a destacar as constatações


verificadas pela autora no desenvolvimento das actividades profissionais particularmente no
distrito de Marracuene, onde tem assistido um aumento acentuado de turmas ao ar livre ao nível
do distrito, particularmente nas zonas de expansão, bem como as constantes reclamações das
comunidades observadas nas Assembleias Gerais nas escolas bem como a partir dos diversos
canais de informação do país, assim como pelas observações feitas durante a realização das
diferentes fases das Práticas Pedagógicas e do Estágio.

Torna-se relevante abordar o presente tema à medida que, no campo educacional poderá
enriquecer os estudos feitos no área de Ensino Básico, particularmente por ser um tema da
actualidade que afecta grande parte das escolas moçambicanas sobretudo em regiões suburbanas
e zonas em expansão, podendo consciencializar os gestores educacionais, parceiros de
cooperação, e demais individualidades sobre esta situação.

No contexto social, a pesquisa poderá elucidar os professores, pais e encarregados de educação e


a sociedade em geral, sobre os procedimentos usados pelos professores e alunos visados, no
processo de transmissão e assimilação de conteúdos, habilidades e competências patentes nos
programas de ensino.

Para a autora da pesquisa cujo meio profissional também verifica-se a problemática em estudo, a
pesquisa servirá de instrumento de estudo nas jornadas pedagógicas onde em conjunto com
outros profissionais da mesma escola, Zona de Influencia Pedagógica e Distrito poderão discutir
e propor soluções sustentáveis ao problema em abordagem.
4

1.2 Formulação do Problema de Pesquisa

O Currículo do Ensino Primário em Moçambique encontra-se dividido em dois graus: 1º Grau


que envolve alunos da 1ª à 5ª Classe e 2º Grau, que engloba a 6ª e 7ª Classes, segundo a Lei 6/92.
Em 2004, com a reforma educacional, foram implementados a partir do Regulamento Geral do
Ensino Básico, REGEB, os Ciclos de Aprendizagem, onde o 1º envolve a 1ª e 2ª Classes, o 2º a
3ª, 4ª e 5 classes e o 3º a 6ª e 7ª Classes.O 1º Ciclo marca a entrada do aluno para a educação
escolar, e, nesse âmbito o ambiente escolar constitui um factor motivacional extrínseco
bastanteimportante para o aluno despertar as suas energias e direcciona-las para a aprendizagem
escolar.

A obra Indicadores da Qualidade na Educação, UNICEF (2004), defende que ambientes físicos
escolares de qualidade são espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis,
cuidados, com flores e árvores, móveis, equipamentos e materiais didácticos adequados à
realidade da escola, com recursos que permitam a prestação de serviços de qualidade aos alunos,
aos pais e à comunidade, além de boas condições de trabalho aos professores, directores e
funcionários em geral.

Embora o actual conceito de sala de aulas não se limite apenas a quatro paredes, um quadro preto
e carteiras enfileiradas, as salas de aula para os alunos do 1º Ciclo devem apresentar
características específicas, por forma a desenvolver a atenção,e a destreza para a escrita.
MOURA e BELTRAME (sd:4) revelam “quanto melhor forem as condições de conforto nos
ambientes de uma edificação, melhor será o desempenho de quem os ocupa e o aproveitamento
didáctico dos alunos em sala de aula, por isso tornam-se necessárias a análise e avaliação do
ambiente construído”

Em outra abordagem ELALI, (2003) afirma que as condições ambientais da sala de aulas:
acústica, temperatura, insolação, ventilação e luminosidade, podem reflectir-se em factores tão
diversos como na sociabilidade dos alunos, no seu desempenho académico e mesmo em sua
saúde.

É no contexto das abordagens acima destacadas, aliadas ao crescente número de turmas ao ar


livre, particularmente no 1º Ciclo do Ensino do Primário que a autora propõe a discutir o
5

seguinte problema de pesquisa: Que implicações a leccionação de aulas em turmas ao ar livre


acarreta ao PEA no 1º Ciclo da Escola Básica?

1.3 Objectivos
A realização do estudo subordinado ao tema Análise das Implicações no PEA, da Leccionação
de Aulas em Turmas ao Ar Livre no 1º Ciclo da Escola Básica, é orientada à materialização dos
objectivos a seguir apresentados, discriminados em Objectivo geral e objectivos específicos
respectivamente:

1.3.1 Objectivo Geral


 Analisar as implicações derivadas da leccionação de aulas ao ar livre no contexto do 1º
Ciclo da Escola Básica.

1.2.3 Objectivos Específicos


 Caracterizar as salas de aulas direccionadas ao 1º Ciclo da Escola Básica no contexto em
estudo;
 Descrever o PEA em turmas ao ar livre no 1º Ciclo da Escola Básica;
 Representar as principais complexidades resultantes da leccionação de aulas ao ar livre
no contexto em abordagem

1.4 Questões da Pesquisa:

 Que características apresentam as salas de aulas direccionadas ao 1º Ciclo do Ensino


Básico no contexto em estudo?
 Como é efectivado o PEA em turmas ao ar livre no 1º Ciclo do Ensino Básico no
contexto em abordagem?
 Quais são as principais complexidades resultantes da leccionação de aulas ao ar livre no
contexto em estudo?

.2 Revisão da Literatura

No presente capítulo são apresentados os principais pressupostos teóricos referentes ao tema em


abordagem baseando-se nas palavras-chave: PEA, Sala de Aula, Ensino Primário.
6

Processo de ensino aprendizagem

Sala de aula e o espaco onde o processo de aprendizagem formal desenvolve indepentimente do


nivel academico ou conhecimento ensinado em cada um deles. A sala de aula e igualmente uma
sala de dimensoes variaveis, deve ter espaco suficiente para acomodar os sujeito envolvidos no
processo, o professor e o aluno , este espaco geralmente consiste de uma area mais ampla, onde
os alunos de maneira trabalhar do educador e com uma areia mas ampla, onde os alunos de
maneira a trabalhar mais confortal possivel, afim de obter os melhores resultados.

Ensnino primario e um orgao central do Ministerio de educacao que tem como dominio de
actuacao o ensino primario. Foi criado com sequencia da extencao da Direcao Nacional do
ensino geral que integrava tambem a educacao especial. O regulamento da Direcao Nacional do
ensino primario, cujo o dominio da actualizacao e o ensino pre- primario e primario, foi
aprovado pelo diplo Ministerial n◦ 28/2012 de 21 de Marco.
7

3. Metodologia de Pesquisa
Neste capítulo, descreve-se a metodologia que responde aos objectivos e à pergunta da pesquisa
que orienta este estudo intitulado “Análise das Implicações no PEA, da Leccionação de Aulas
em Turmas ao ar Livre no 1º Ciclo da Escola Básica.”

De acordo com OLIVEIRA (2005:28), “metodologia é um processo onde se aplicam diferentes


métodos, técnicas e materiais, tanto laboratoriais como instrumentos e equipamentos para
colecta de dados no campo”.
No presente capítulo são abordados os principais pressupostos que melhor orientarão a
materialização do objectivo geral, bem como na resposta das questões da pesquisa, para o efeito,
far-se-á alusão à descrição do local do estudo de campo, tipo de pesquisa, população e amostra
do estudo, instrumentos de pesquisa, procedimentos para a recolha e análise dos dados assim
como questões de éticas observada.

3.1. Tipo de Pesquisa


Com vista a satisfazer com eficácia às questões de pesquisa propostas para a materialização do
objectivo geral do presente estudo, tendo em conta a natureza do mesmo, optou-se pela Pesquisa
Mista. De acordo com CRESWELL e PLANO CLARK (2011) citados por PARANHOS etal
(2016:391) definem Pesquisa Mista como aquele que “tem como procedimento de colecta e
análise de dados, a combinação de técnicas quantitativas e qualitativas em um mesmo desenho
de pesquisa”.

Os dados quantitativos, como números e indicadores, podem ser analisados com auxílio da
Estatística (frequência, média, mediana, moda, etc.) e revelar informações úteis, rápidas e
confiáveis a respeito de um grande número de observações (CRESWELL 2012).

Segundo o autor, as técnicas qualitativas, como entrevistas abertas, fornecem informações sobre
a própria fala dos entrevistados, oferecendo diferentes perspectivas sobre o tema e delineando os
aspectos subjectivos do fenómeno. A vantagem da integração consiste em retirar o melhor de
cada uma para responder uma questão específica.
8

Tomando em consideração que a pesquisa é do enfoque Misto, esta baseia-se ainda no método
de Estudo exploratório (qualitativo), onde foi realizada a Pesquisa Bibliográfica, centrando-se no
enquadramento teórico através de conteúdos relacionados com a Desistência escolar no campo
da alfabetização e educação de adultos, tema em destaque no estudo

3.3 População
Em conformidade com GIL (2008:91), define-se população como um conjunto de elementos
com determinadas características, de acordo com a abordagem de MARCONI e LAKATOS
(2003), entende-se como População ao conjunto de seres animados ou inanimados que
apresentam pelo menos uma característica em comum.A presente pesquisa abrangeu diferentes
actores da Escola Primária do 1º e 2º Graus Eduardo Mondlane

Assim sendo, população da pesquisa compreende os membros de Direcção da Escola, composto


pelo Director da Escola, Director Adjunto e Chefe da Secretaria, totalizando três indivíduos, em
sequência, são abrangidos também os técnicos do SDEJT de Marracuene, particularmente da
Repartição de Educação Geral, totalizando 10 indivíduos, sendo 6 Homens e 4 mulheres, no
concernente aos alunos esta é uma das maiores do distrito de Marracuene em termos de efectivo
escolar, sendo composta por cerca de um efectivo escolar de 2293 alunos, assistidos por 38
docentes conforme ilustra a tabela que se segue.

Tabela1: População da pesquisa

Designação H M HM
Membros de Direcção 2 0 3
Técnicos do SDEJT 6 4 10
Alfabetizadores 997 1296 4293
Alfabetizandos 20 38 58
9

3.4 Amostra
Segundo MARCONI & LAKATOS (2003: 163), a amostra é uma parcela convenientemente
seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo. A Amostra para a presente
pesquisa é composta por um total de 141 indivíduos entre os quais 1 membro da Direcção, e 1
Técnico do SDEJT.

Tabela 2: Amostra da pesquisa

Designação H M HM
Membros de Direcção 1 0 1
Alunos 60 80 120
Professores 8 12 20
Técnicos do SDEJT 1 0 1
Total 70 92 162

3.4.1. Método de selecção da Amostra


Para a presente pesquisa, o método de selecção de amostra usado foi o método de amostragem
não aleatória, isto é, uma selecção por acessibilidade, por possibilitar um estudo mais rápido e
com menores custos por possuir carácter subjectivo.
De acordo com GIL (2008:95), na amostra por acessibilidade, o pesquisador selecciona os
elementos a que tem acesso, admitindo que estes possam, de alguma forma, representar o
universo. Aplica-se este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde não é
requerido elevado nível de precisão.
10

3.5. Instrumentos e Técnicas de Recolha de Dados


No enfoque misto, as principais técnicas de recolha de dados são: entrevista e entrevista
estruturada com categorias de inquérito por questionário.

MORESI (2003:54) define técnica de recolha de dados como “um conjunto de processos e
instrumentos elaborados para garantir o registo de informações, a colecta e análise de dados”.

A presente pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos de recolha de dados,


classifica-se em inquérito por questionário e entrevista por questionário por se basear no
questionário como instrumento de recolha de dados, bem como na observação realizada
mediante um guião preparado para o efeito.

MARCONI e LAKATOS (2003:201) afirmam que questionário é um “instrumento de colecta de


dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e
sem a presença do entrevistador.”

Assim sendo, recorreu-se à Entrevista por questionário para recolher a informação dos
alfabetizandos, por forma a ter dados fidedignos e a partir da interacção com os entrevistados.
“Esta técnica, permite ao entrevistador recolher informações de pessoas com baixa
escolaridade, esclarecer o conteúdo das questões, assim como adaptar-se às pessoas e às
circunstâncias em que se desenrola a entrevista” (BOGDAN e BIKLEN, 1994:75).

Esta técnica dá também a possibilidade de presenciar a expressão corporal, o tom de voz, e a


ênfase atribuída às respostas pelo entrevistado. A entrevista não estruturada, permite ao
entrevistado falar abertamente, utilizando o vocabulário que desejar e a sequência que entender,
foram entrevistadas, no total 180 indivíduos cujas aulas decorrem ao ar livre.

Outra técnica usada na recolha de dados foi o Inquérito por questionário, na opinião de QUIVY e
CAMPENHOUDT (1998:188), o inquérito por questionário “Consiste em colocar a um conjunto
de inquiridos, geralmente representativo de uma população, uma série de perguntas”

Entra as vantagens desta técnica há a destacar o facto de ser relativamente económico, por outro
lado, no momento da recolha de dados o investigador não influencia o inquirido, mantém-se o
anonimato, possibilita grandes amostras, faculta, também, o acesso a amostras geograficamente
dispersas, quantifica uma diversidade de dados e procede a análises de correlação. Esta técnica
11

foi aplicada aos , técnicos do SDEJT e aos membros da Direcção da Escola, para aferir aspectos
relacionados com os factores de desistências de alfabetizandos no centro em estudo.

Para a efectivação da pesquisa recorreu-se ainda à observação, que segundo MARKONI e


LAKATOS (2003:190) é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza
os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e
ouvir, mas também em examinar fatos ou fenómenos que se desejam estudar, fundamentam as
autoras. A observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a respeito de objectivos
sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento.

Para a presente pesquisa recorreu-se observação sistemática que deve ser planejada com cuidado
e sistematizada e utiliza instrumentos para a colecta dos dados ou fenómenos observados, e
realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos. A aplicação
desta técnica consistiu da observação de aulas, por forma a verificar os possíveis aspectos que de
certa forma ter implicações no PEA.

2.6. Modelo de Interpretação de Dados


Para o tratamento estatístico dos dados utilizou-se uma aplicação informática, o SPSS
(StatisticalPackage for the Social Science). Foram codificadas as respostas dos questionários e a
sua numeração sequencial, criando-se as variáveis em SPSS. Seguiu-se a etapa do lançamento
das respostas, questionário por questionário, registando os códigos definidos antecipadamente.
Completa esta fase, estava facultada a execução estatística dos dados, quer através do pedido de
frequências e respectivas percentagens Os dados foram apresentados em gráficos e tabelas.

2.7. Procedimentos Éticos da Pesquisa


Relativamente à ética, BOGDAN e BIKLEN (1994:75) referem que “a ética é umapalavra com
uma forte carga emocional e plena de significados ocultos, nada pode sermais devastador para
um profissional do que ser acusado de uma prática pouco ética.” Assim, antes da aplicação dos
instrumentos de recolha de dados foi solicitada a respectiva autorização para aplicação dos
mesmos à Direcção da Escola Primária do 1º e 2º Graus Joaquim Chisano. Para garantir os
aspectos éticos observou-se os seguintes procedimentos:
12

(a) Solicitação de permissão, por escrito, aos gestores ao nível da instituição a estudar para a
realização da pesquisa, (b) nos respondentes, foram atribuídos pseudónimos para não expor os
seus nomes perante a pesquisa; (c) os respondentes, tanto das entrevistas como dos inquéritos por
questionário, participaram no estudo de forma livre, após um convite feito pelo investigador para
o efeito; (d) foi garantido o sigilo profissional (o anonimato), (e) os dados recolhidos não trarão
prejuízos ao alfabetizador entrevistado, sendo apenas

Cronograma

Data
Etapas Início Fim
Planificação Setembro Deembro
Recolha de dados Fevereiro Março
Análise de dados Abril Maio
Relatório Final Junho
13

Bibliografia

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, MAPUTO, 2004

UNICEF, PNUD, Inep-MEC, Indicadores da qualidade na educação). Acção Educativa, São


Paulo, 2004.

BELTRAME,MuariaBontorin e MOURA GraziellaRibeiro Soares Edificações Escolares: Infra-


Estrutura Necessária ao Processo De Ensino e Aprendizagem Escolar, sd

ELALI, G. V. M. A. O ambiente da escola: uma discussão sobre a relação escola-natureza em


educação infantil. 2003. Disponível em: <http//www.scielo.br/pdf/epsic/v8n2/1904>. Acesso
em: 15 de Setembro de 2018.

PARANHOS, Ranulfo, etal Uma introdução aos métodos mistos, Sociologias, Porto Alegre,
2016

CRESWELL, J. W. Qualitative Inquiry and Research Design: Choosing Among Five


Approaches. ThousandOaks, CA: Sage, 2012.

BOGDAN, R. e BIKLEN, S. Investigação Qualitativa em Educação – UmaIntrodução à Teoria


e aos Método, Porto Editora,1994).

LAKATOS Maria Eva, eMARCONI, de Andrade Maria.Fundamentos de metodologia científica,


atlas editora, 4ª edição revista e ampliada, São Paulo, 2001.

_______________________________, Fundamentos de metodologia científica, Atlas editora, 5ª


edição, São Paulo, 2003.

QUIVY, Raymond e COMPENHONDT, Lucvan,Manual de investigação eCiências Sociais,


Gradiva,Lisboa,1998
14

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