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Apostila CURSO JARDINEIRO

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SINDICATO RURAL DE SALES

OLIVEIRA

APOSTILA CURSO
JARDINEIRO
INSTRUTOR:......................VIVIANE GAYA LAGUNA
COORDENADORA:...........BEATRIZ SCHMIDT GODOY BONADIO

ALUNO(A):____________________________________________
SUMARIO

Pág.
1. INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------04
2. AVALIAÇÃO DA ÁREA---------------------------------------------------------------04
a. clima-------------------------------------------------------------------------------04
b. solo---------------------------------------------------------------------------------04
c. dimensão e forma-----------------------------------------------------------------05
d. topografia--------------------------------------------------------------------------05
e. água---------------------------------------------------------------------------------05
f. composição
3. EQUIPAMENTOS E MANUTENÇAÕ-----------------------------------------------05
3.1 manutenção correta de utensílios e equipamentos--------------------------------05
3.2 principais ferramentas e equipamentos---------------------------------------------05
4. ESCOLHA DAS ESPECIES------------------------------------------------------------11
4.1 forrações------------------------------------------------------------------------------- 11
4.2 arbustos---------------------------------------------------------------------------------22
4.3 arvores----------------------------------------------------------------------------------26
4.4 palmeiras-------------------------------------------------------------------------------32
4.5 trepadeiras -----------------------------------------------------------------------------33
4.6 entouceirantes--------------------------------------------------------------------------33
4.7 gramas-----------------------------------------------------------------------------------
35
5. PREPARO DO SOLO---------------------------------------------------------------------
36
5.1 limpeza do terreno---------------------------------------------------------------------36
5.2 coleta de amostra do solo-------------------------------------------------------------36
5.3 escarificação---------------------------------------------------------------------------36
5.4 calagem---------------------------------------------------------------------------------36
5.5 adubação--------------------------------------------------------------------------------36
5.6 incorporação---------------------------------------------------------------------------36
6. PREPARO DE VASOS E JARDINEIRAS--------------------------------------------37
7. FORMAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE MUDAS---------------------------------------37
7.1 propagação sexuada-------------------------------------------------------------------37
7.1.1 sementes--------------------------------------------------------------------------
37
7.2 propagação assexuada-----------------------------------------------------------------
37
7.2.1 estaquia---------------------------------------------------------------------------
37
7.2.2 enxertia---------------------------------------------------------------------------38
7.2.3 borbulhia-------------------------------------------------------------------------38
7.2.4 garfagem -------------------------------------------------------------------------
39
7.2.5 alporquia--------------------------------------------------------------------------
39

2
7.2.6 mergulhia-------------------------------------------------------------------------
40
8. PLANTIO------------------------------------------------------------------------------------
41
8.1 planejamento----------------------------------------------------------------------------
41
8.2 plantio em covas------------------------------------------------------------------------
41
8.3 plantio em canteiros----------------------------------------------------------------- 40
8.4 plantio de gramas-----------------------------------------------------------------------
42
8.5 plantio em vasos e jardineiras---------------------------------------------------------
42
9. CONDUÇAÕ E MANUTENÇÃO DE JARDIM---------------------------------------
42
9.1 adubação---------------------------------------------------------------------------------
42
9.2 controle de pragas e doenças----------------------------------------------------------
43
9.2.1 pragas------------------------------------------------------------------------------
44
9.2.2 doenças----------------------------------------------------------------------------
46
9.3 controle de plantas invasoras----------------------------------------------------------
47
9.4 irrigação---------------------------------------------------------------------------------
47
9.5 tutoramento-----------------------------------------------------------------------------
48
10. PODAS -------------------------------------------------------------------------------------
48
10.1 regras fundamentais para o executor da poda ------------------------------------
48
10.2 poda de formação --------------------------------------------------------------------
49
10.3poda de manutenção ------------------------------------------------------------------
49
10.4 poda de segurança -------------------------------------------------------------------
49
10.5 poda de produção --------------------------------------------------------------------
49
10.6 corte de raízes ------------------------------------------------------------------------
49
10.7 orientações para poda ---------------------------------------------------------------
49
11. BIBLIOGRAFIA -------------------------------------------------------------------------
50

3
1. INTRODUÇÃO
A adequada execução de um jardim é fundamental para o seu desenvolvimento.
Operações incorretas nesta fase comprometerão toda a vida de um jardim. A manutenção
de um jardim é a garantia da manutenção de sua beleza. Pode-se dizer que a
“Manutenção é tudo” na vida de um jardim.Para tanto são necessários conhecimentos
técnicos, e a persistência é uma virtude fundamental.

1. AVALIAÇÃO DA ÁREA
A) Clima: o clima de determinada região que vai proporcionar as espécies vegetais
próprias. Observar as temperaturas máximas e mínimas ocorrentes durante o ano,
ocorrência de geada, precipitação pluviométrica, etc. Adequado é aquele que usa as
plantas regionais para não sentirem com adaptação. As plantas de mata tornam-se
difícil de implantar no deserto e vice-versa. Isto pode acontecer desde que tenha
gastos excessivos para adaptação destas plantas.

4
B) Solo: é o meio no qual as raízes vivem, do qual elas obtêm água e alimentos
necessários para a planta. O sucesso da jardinagem é baseado no bom manejo de solo.
É necessário conhecimento a cerca das raízes e o que elas precisam. O solo é
composto de uma vasta flora e fauna de organismos microscópicos, que resultam em
substancias orgânicas, e umas partes minerais, que podem ser definidas de acordo
com seu tamanho, como: pedras areia grossa e areia fina, silte e argila.Toda partícula
de solo tem a capacidade de prender um filme de água na superfície. Quanto menor
as partículas, mais delas existem em um dado volume. Por tanto, o solo argiloso, com
partículas muito pequenas, que podem reter mais água do que um solo arenoso. Essas
também podem ser compactadas com mais facilidade, dificultando a passagem
d’água, e a passagem de ar.
A matéria orgânica “bem decomposta” no solo é chamada húmus. Em climas onde a
temperatura é alta, o húmus se decompõe rapidamente, de forma que precisa ser
renovado periodicamente. Como já mencionado, as raízes absorvem alimentos para
as plantas junto com a água do solo. O alimento consiste em parte de sais
relativamente simples diluídos na solução aquosa do solo. Outra parte do alimento
das plantas vem do ar e penetra nas folhas, essa parte consistindo do gás chamado
dióxido de carbono (CO2). Por meio da energia solar as partes verdes das plantas são
capazes de sintetizar açúcares e amido a partir da água e dióxido de carbono; e com
adição de sais absorvidos pelas plantas podem fazer todas as substancias complexas
necessárias para a produção de novos ramos folhas, flores e sementes.
O jardineiro além de suprir em água e ar, deve também suprir com algumas das
substancias dissolvidas na água. Tem alguma em quantidades tão pequenas que quase
todos os solos as provêm. Na prática há dois elementos mais preocupantes; nitrogênio
(N) e fósforo (P), em seguida potássio (K).
O fósforo não é necessário em quantidades, mas a planta não consegue aproveitar o
nitrogênio extra a menos que tenha fósforo suficiente, assim devemos adicioná-lo.
O calcário, assim como o húmus, tem o poder de fazer os solos argilosos mais
porosos; reduzindo sua acidez. O calcário também pode liberar outras substâncias do
solo tornando-as disponíveis para absorção pelas raízes.

C) Dimensão e forma; considerando a forma e as características dos jardins, estes


podem ser classificados em:
• Formal – é um jardim geométrico, de formas regulares, bastante equilibradas, com
simetria rígida, tanto na arquitetura como quanto na botânica.
• Informal – corresponde ao estilo paisagístico irregular. O jardim possui linhas
livres, aproximando mais ao natural, com traçados mais sinuosos.
• Naturalista – semelhante ao informal, porem não há planejamento, é ao acaso.
Dentro deste aspecto os jardins podem ter diversos tamanhos ou proporções, podendo
ser de alguns hectares como um pequeno bonsai.
Podem ser públicos (praças, escolas), ou particulares (chácaras, residências).
D) Topografia; o jardim deve ser construído aproveitando seu relevo natural a fim
de evitarem gastos, com movimentação de terra. O terreno plano pode-se criar relevo,
com movimentação de terra formando ondulações. Área sujeita a erosão, devem ter
o terreno totalmente coberto por vegetação (gramas).

5
E) Água; a disponibilidade de água no solo deve ser observada, seja ela pluvial ou
irrigada. A água pluvial é avaliada de acordo com a precipitação pluviométrica
ocorrida na região. Para seleção das espécies deve ser considerada a disponibilidade
destas duas fontes
F) Composição; devemos seguir certos principios, a saber:
• Dominância – deve haver sempre um elemento que se sobreponha aos outros
numa composição. Pode ser de cor, textura, porte, etc.
• Contraste – predominar não significa chamar mais atenção. O elemento de
contraste chama a atenção para si e, ao mesmo tempo, para o outro,
acentuando a diferença entre ambos.
• Equilíbrio – é o modo de combinar os elementos em estruturas que ofereçam,
ao observador, o sentido de estabilidade.
• Proporção – é um recurso que propicia a sensação de escala entre o tamanho
do todo e de cada uma das partes.
• Harmonia – é o resultado do uso adequado dos vários elementos artísticos e
funcionais, dando ao jardim uma identidade. Neste sentido, a simplicidade
pode ser o melhor caminho para se chegar à beleza e clareza de um projeto.
• Movimento – deve-se considerar o ponto de visão de onde é observado o
conjunto, formando um efeito progressivo, gramados na frente, em seguida
forrações, depois herbaceas, arbustos se culminando com as árvores.
• Unidade – um jadim tem unidade quando não se pode tirar nenhum dos
elementos que o compõem. Cada elemento tem seu valor individual, mas
colocados juntos eles assumem um outro valor que não é a simples soma de
todos a ele, mas o resultado da influência de um sobre os outros, formando
um todo harmonioso.

2. MANUTENÇÃO E EQUIPAMENTOS

É de suma importância que para a atividade de jardinagem se conheça (e possua)


todas as ferramentas e equipamentos indispensáveis para a realização de um trabalho de
boa qualidade, formação e manutenção do jardim. Cada tipo de atividade determina uma
ferramenta correta para se exercer as tarefas, mas nada impede que uma ferramenta possa
ser usada para outras atividades, desde que não danifique e nem force os serviços do
operador. Para uma melhor comodidade do operador e rendimento dos serviços, as
ferramentas devem apresentar cabos adequados, com formatos compatíveis com a
atividade, devendo estar em boa condição de uso, limpa e afiadas.

3.1. Manutenção correta de utensílios e equipamentos


• Após o uso, lavar os equipamentos e ferramentas apenas com água, secando bem
para não enferrujar;
• Amolar sempre que necessário, utilizando equipamentos adequados;
• Não manuseá-los incorretamente, utilizando-os para funções inadequadas. Por
exemplo, a enxada não serve para cortar madeira ou quebrar pedras. Para poda,
ramo fino é utilizado a tesoura, enquanto que para os mais grossos deve-se utilizar
as serras de poda, etc;

6
• Se o equipamento for cortante, realizar a desinfecção da lamina com álcool 70%
e imediatamente encostá-lo na chama de fogo, evitando a contaminação por
patógenos (fungos, bactérias, ou viroses);
• Lubrificar os equipamentos que necessitam;
• Guardar o material em lugar adequado, protegendo de chuva, sol.

3.2. Principais ferramentas e equipamentos.


• Pá: é utilizado principalmente para cavar, abrir valas, misturar terra, compostos e
fertilizante, carregar carrinho de mão.

• Rastelo: ferramenta apresenta dentes, presta-se aos serviços de limpeza de folhas

torrões, entulhos, nivela o solo e retira plantas daninhas.


• Enxada: melhor ferramenta para retirada de plantas daninhas, capina, raspa
superficial, misturar adubos, nivelamento, enchimento de covas.

• Enxadão: usado principalmente para abrir covas, arrancar mudas para transplante,
é mais estreito que a enxada.

• Cavadeira: abertura de covas cilíndricas, principalmente para mourões de cerca.

• Foice e facões: limpeza grossa de áreas abandonadas, abrir picadas.

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• Canivete: serve para preparar estacas, podas e enxertia. Ferramenta indispensável
para o jardineiro.

• Tesoura de poda: usada para podar ramos com diâmetro em torno de 1,0 cm.
Sempre bem afiada para não mascar o ramo e ferir a planta.

• Plantadores: de madeira ou metal, cilíndrico com a ponta afiada, serve para fazer
orifício e semear, e abrir pequenas covas para plantio de plantas herbáceas no
jardim.
• Podador para galhos altos.

• Carrinho de mão: de grande importância; transporte de mudas, terra, substrato,


esterco, ferramentas, e outros.

• Colher de jardineiro: formato de uma pá, porem, em proporções menores. Servem


para abrir pequenas covas em jardins, transplante de mudas e plantio.

• Garfo: útil para elevação e colocação de entulho e mato capinado.

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• Peneira: peneirar terra, para mistura ao substrato, adubos para enchimento de
saquinhos.
• Ancinho: cultivo e nivelamento de pequenos espaços.

• Inço: utilizado para arrancar plantas invasoras.

• Picareta: escarifica e abre covas em terreno compactado.

• Tesoura de poda grande: poda de gramado, unha-de-gato (hera), bordaduras,


auxilia na poda de trepadeiras e cerca viva.

• Enxadão picador e plantador: menor porte, formado por duas laminas, uma
sempre pontiaguda, podendo ser única ou dupla e voltada para cima. Serve para
capinar entre canteiros, locais pequenos e abertura de covas pequenas.

• Serrote curvo: serve para podar ramos grossos.

9
• Vassoura de aço: recolhe grama cortada, restos de daninhas e outros materiais.

• Tesoura de cabo longo: poda galhos de até 2 cm de diâmetro, e serve também para
coletar sementes.

• Podão: faz podas em galhos altos de 1 cm e também coleta sementes.

• Alfanje: poda grama e ceifa erva daninha.

• Regadores: indispensável para o jardineiro, pode ter diversos tamanhos e


formatos de acordo com a necessidade de aplicação, serve para regar as plantas.

• Pulverizador costal: usados para aplicar produtos fitossanitários em forma liquida,


destinado ao controle de pragas e doenças. Podem também ser utilizado para
aplicação de adubos foliares. Existem vários tamanhos de acordo com a
necessidade de aplicação.

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• Cortador de grama: apresentam-se como podador de grama costal com fio de
nylon ou lâmina e destinam-se as podas de gramados. Pode ser a gasolina ou
elétrico. Existe ainda o podador-carrinho, usado para podar gramados em áreas
maiores como campo de futebol.

• Equipamento de proteção individual (EPI): serve para proteção para evitar


arranhões, machucados e manuseio de produtos químicos. Constituído de luvas
(couro e borracha), avental, macacão, máscara, bota, óculos, entre outros.

• Podador para cerca viva: poda e manutenção de cerca viva.

• Aspersores: serve para irrigar jardins, apresentam-se de vários tamanhos e


modelos, fixos ou móveis.

• Mangueira: usada para irrigação do jardim.

• Arames e cordas: prende galhos e ramos.


• Borrifador para plantas: usado para aplicação de líquidos em pequenas
quantidades e em locais precisos.

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• Sementeiras ou bandejas de isopor: bandejas perfuradas para permitir drenagem
e efetuar o plantio de sementes.
• Pincel: utilizado para pincelar produtos químicos, como defensivos, reguladores
de crescimento, entre outros, nas plantas em locais determinados (local de poda).
• Becker de plástico: usado para medir volume de soluções como defensivos ou
adubos líquidos.

4. ESCOLHA DAS ESPÉCIES


No desenvolvimento de um projeto de paisagístico é fundamental o conhecimento
das plantas. PLANTA: UMA FÁBRICA DE ALIMENTO MOVIDA A LUZ. Todo
ser vivo precisa de água e energia. Os animais tiram a energia dos alimentos que comem
(e algumas plantas carnívoras, também). As maioria das plantas, porém fabricam seu
próprio alimento através da fotossíntese. Quer dizer, as partes verdes das plantas (que
contém clorofila, um pigmento verde) são capazes de fabricar glicose (um tipo de
carboidrato) quando devidamente iluminadas. A partir do gás carbônico do ar e da água
que retira do solo, a planta fabrica a glicose, armazenando nesta molécula toda a energia
que captura do Sol. A folha, portanto prende a energia da luz do Sol e a armazena na
forma de energia química, nas ligações da molécula da glicose. Depois, a partir da glicose
e dos sais minerais (principalmente, substâncias contendo nitrogênio, fósforo e potássio)
que retira do solo, produz todos os demais materiais que precisa.
É importante saber tipo, porte, folhagem, época de floração, local de melhor
adaptação, entre outras características para se selecionar plantas adequadas ao projeto que
está sendo planejado como; plantas de pleno sol, meia-sombra, sombra, ambientes
obscuros.
É importante ressaltar que, para a memorização e conhecimento destas espécies,
são necessários tempo e, sobretudo experiência pratica, conquistada pelo trabalho diário
e observação.
Plantas ornamentais utilizadas para a jardinagem podem ser divididas em
forrações, arbustos, árvores, palmeiras, trepadeiras e plantas entouceirantes.

4.1 Forrações: plantas herbáceas, de pequeno porte e que são utilizadas com as
seguintes finalidades;
a) Fazer acabamento nos jardins, em composição com espécies de porte maior;
b) Revestimento do solo evitando a ocorrência de áreas nuas, as quais podem
sofrer com erosão ou ainda serem motivo de poeira ou lama;
c) Quebrar monotonia dos gramados, utilizando-as intercaladas a estes;
d) Recobrimento do solo em locais onde há a possibilidade de uso de gramas;
e) Manter a umidade do solo;
f) Evitar a incidência de plantas invasoras (plantas daninhas).
As espécies classificadas como forrações não são residentes ao pisoteio. Podem
ser adaptadas a locais com incidência de sol pleno, meia sombra, sombra e até
obscuridade.

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Nome Científico: Tropaeolum majus
Sinonímia: Cardamindum majus, Tropaeolum elatum, Tropaeolum hortense, Tropaeolum
hybridum, Tropaeolum pinnatum, Tropaeolum quinquelobum, Trophaeum majus
Nome Popular: Capuchinha, chagas, nastúrcio, agrião-do-méxico, flor-de-sangue, flor-de-
chagas, nastúrcio, mastruço, coleária-dos-jardins
Família: Tropaeolaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Bienal
Indicações: Afecções da pele e anexos, problemas digestivos e pulmonares, escorbuto,
insônia.
Propriedades: Bactericida, digestiva, expectorante, sedativa, tônica, rica em vitamina C.
Partes usadas: Toda planta com excessão da raiz.
Culinária: Sabor picante, em saladas frias, sucos e finalização de pratos.
A capuchina é conhecida em diversas culturas, como uma planta multifuncional. Além de
ornamental e medicinal, atualmente está muito na moda sua utilização culinária. Suas
folhas são bastante arredondas e sem brilho. As flores podem ser simples ou dobradas de
coloração amarela, laranja ou vermelha e são muito saborosas. A floração ocorre na
primavera e verão.
Pode ser plantada em vasos e jardineiras, assim como em maciços e canteiros e não
raramente presta-se como forração. Se conduzida em suporte adequado, torna-se uma bela
trepadeira.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil enriquecido com composto orgânico, com
regas periódicas. Multiplica-se por sementes.

Nome Científico: Evolvulus glomeratus


Sinonímia: Evolvulus strictus, Evolvulus grandiflorus, Evolvulus capitatus, Evolvulus
echioides
Nome Popular: Evólvulo, azulzinha
Família: Convolvulaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil e Paraguai
Ciclo de Vida: Perene
O evóvulo é uma planta herbácea, bastante rústica e fácil de cultivar. Suas folhas são
pequenas, ovaladas e recobertas for uma fina lanugem branca, que lhe dá uma textura
aveludada. A folhagem é de aspecto compacto, prostrado ou semi-prostrado, arredondado e
de coloração verde acinzentada. Os ramos ficam lenhosos quando velhos. As flores são
também pequenas, solitárias, numerosas, em forma de funil e muito vistosas. As pétalas são
de cor azul ou lavanda, e o centro da flor é branco.

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No paisagismo é bastante versátil, podendo ser plantada em maciços, canteiros, bordaduras,
vasos e jardineiras, assim como presta-se como forração. Sua beleza e efeito pendente são
evidenciados em cestas suspensas. A floração se extende por todo o ano.
Devem ser cultivadas à pleno sol, embora tolere sombra parcial durante o dia. O substrato
deve ser fértil, drenável e leve (mais arenoso do que argiloso), enriquecido com matéria
orgânica, e regado regularmente. Não tolera o frio e o encharcamento, mas tolera o
salinidade, sendo apropriada para o litoral. Multiplica-se por estaquia e divisão das plantas.

Nome Científico: Arachis repens


Nome Popular: Grama-amendoim, amendoim-rasteiro, amendoinzinho, amedoim-
forrageiro
Família: Papilionoideae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
A grama-amendoim é uma excelente forração, com textura diferente, ela dispensa as podas
periódicas. Embora seja muito parecida com Arachis pintoi, é uma espécie distinta. Forma
um denso colchão verde, com delicada flores amarelas. É muito utilizada para proteção de
taludes e como pastagem nutritiva, em alguns jardins rurais pode ter o incoveniente de
atrair lebres. Rústica, embora não seja resistente ao pisoteio, possui rápido rebrote.
Deve ser cultivada a pleno sol ou meia-sombra, em solo fértil e preferencialmente
enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Tolera secas , mas não é tolerante à
geada. Multiplica-se por divisão dos estolões enraizados e pelas sementes formadas
embaixo da terra.

Nome Científico: Aptenia cordifolia


Sinonímia: Mesembryanthemum cordifolium
Nome Popular: Rosinha-de-sol
Família: Aizoaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: África
Ciclo de Vida: Perene

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A rosinha-de-sol é uma planta rasteira e muito vistosa. Suas folhas são ovais, glabras,
brilhantes, de coloração verde-clara e suculentas. Os ramos apresentam a mesma cor das
folhas. As flores são delicadas, parecidas com margaridinhas e podem ser de coloração
branca, rósea ou vermelha. Ocorre uma forma variegada com folhas de bordas brancas.
É uma planta versátil, podendo ser utilizada com forração, em canteiros, maciços,
bordaduras e em vasos, inclusive vasos supensos, em que ela fica pendente. É recomendada
para jardins de pedras e tem a capacidade de fechar bem o solo, impedindo o crescimento
de ervas daninhas. A floração se extende durante todo ano e as flores são muito atrativas
para as abelhas. É também uma planta comestível, que se aproxima do espinafre no sabor.
Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil, arenoso e com boa drenagem, regadas
quando o tempo estiver muito seco e quente. Tolerante ao frio subtropical, mas pode ser
levada para ambientes protegidos em clima temperado. Multiplica-se por sementes, divisão
da ramagem enraizada, estaquia e mergulhia.

Nome Científico: Tradescantia pallida var purpurea


Sinonímia: Setcreasea purpurea, Treleasea purpurea, Setcreassea pallida
Nome Popular: Trapoeraba-roxa, coração-roxo, trapoerabão, trapoeraba
Família: Commelinaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: México
Ciclo de Vida: Perene
A coloração e a textura desta planta são muito originais, craindo belos volumes. Sua folhas
e caules são roxos e suas florezinhas são rosas. Bastante rústica, é uma planta utilizada para
quem aprecia brincar com as cores. Excelente para formar maciços e bordaduras, também
pode ser utilizada como forração ou em floreiras.
Devem ser cultivadas a pleno sol ou meia sombra, em solo fértil e úmido composto de terra
de jardim e terra vegetal. Exige ainda regas regulares e gosta de frio. Multiplica-se
naturalmente por sementes e por estaquia.

Nome Científico: Viola x wittrockiana


Nome Popular: Amor-perfeito, amor-perfeito-de-jardim, violeta-borboleta
Família: Violaceae
Divisão: Angiospermae

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Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Indicações: Ferrimentos, úlceras, eczemas, infecções na pele, afecções do sangue,
debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas, icterícia.
Propriedades: Antiinflamatória, expectorante, estimulante, sudorífica, diurética,
depurativa, emoliente, antitumoral, laxante.
Partes usadas: Toda planta.
O amor-perfeito é a rainha dos jardins no inverno com uma beleza delicada que encanta a
todos. As variedades atuais são resultantes do cruzamento de V. tricolor, V. lutea e V.
altaica. Suas flores são grandes, muito vistosas tem o aspecto de "carinha". As cores e
combinações são muitas e variam de amarelo, azul, roxo, branco, rosa, marrom e negra
como na variedade da foto. Apresenta ramagem verde-escura, macia e frágil. A floração
inicia-se no inverno e permanece durante a primavera.
Deve ser cultivada sempre a pleno sol, em solos ricos em matéria orgânica regados
frequentemente. É muito versátil, podendo ser plantada em vasos e jardins, formando
maciços e bordaduras, muito belos e coloridos. Apesar de perene, requer replantio anual,
pois perde a beleza. Sua multiplicação se dá por sementes. Aprecia o frio.

Nome Científico: Begonia elatior


Nome Popular: Begônia
Família: Begoniaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Tropical
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Delicadas e suculentas, estas begônias estão entre flores envasadas mais comercializadas no
país. Suas folhas são suculentas e com bordas recortadas, verdes ou avermelhadas. As
flores são muito vistosas, parecendo rosas pois são dobradas e de cores variadas, entre o
branco, o rosa, o amarelo, o salmão e o vermelho, além de tonalidades intermediárias e
combinações de cores. As begônias parecem buquês de flores e sua delicadeza a torna
própria para o cultivo em vaso, para a decoração de interiores, durante sua floração.
Devem ser cultivadas em ambientes protegidos, em vasos com substrato apropriado, rico
em matéria orgânica, com regas regulares. Não tolera o frio ou geadas. Multiplica-se pela
divisão da planta.

Nome Científico: Kalanchoe blossfeldiana


Sinonímia: Kalanchoe globulifera var coccinea
Nome Popular: Calanchoê, Calancoê, Flor-da-fortuna, Calandiva, Kalandiva, Kalanchoê
Família: Crassulaceae
Divisão: Angiospermae

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Origem: Madagascar
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Planta suculenta, de folhas com margens rendadas. O calanchoê tem um significado
especial, considerada a flor-da-fortuna e da felicidade é muito presenteada entre amigos e
parentes. Suas flores podem ser simples ou dobradas de muitas cores diferentes, com
grande durabilidade. As variedades de flores dobradas são chamadas de Calandivas ou
Kalandivas. Plantadas em vasos têm sua beleza exaltada, porém podem ser plantadas no
jardim formando maciços e bordaduras, acrescentando um colorido original. Apesar de
perene, deve ser tratada como anual por perder a beleza, salvo em algumas variedades.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal, bem
drenável, com regas regulares. Tolerante ao frio.

Nome Científico: Cyclamen persicum


Sinonímia: Cyclamen latifolium
Nome Popular: Ciclame, ciclamen, ciclame-da-pérsia, ciclame-de-alepo
Família: Primulaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Mediterrâneo
Ciclo de Vida: Perene - Anual
O ciclame é umas das plantas envasadas mais comercializadas no Brasil. Sua folhagem é
muito ornamental, verde escura com manchas mais claras. As flores são seu diferencial, de
pétalas invertidas, podem se apresentar de diversas cores, entre branco, vermelho, rosa,
salmão e combinações diferentes. Apresenta variedades grandes e pequenas e de flores com
bordas crespas. Sua beleza delicada confere sofisticação e romantismo aos ambientes
internos.
São cultivadas em vasos com substratos preparados, ricos em matéria orgânica, bem
drenados, sempre em locais protegidos, como estufas, irrigados regularmente. Aprecia o
frio do inverno. A planta normalmente morre após a floração. Multiplica-se por sementes
plantadas no outono, para florescer na primavera do ano subsequente.

Nome Científico: Coreopsis lanceolata


Nome Popular: Coreópsis, margaridinha-amarela
Família: Asteraceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Estados Unidos
Ciclo de Vida: Perene
A coreópsis é uma margaridinha singela e muito popular. Ela apresenta ramagem densa e
ramificada, com folhas espessas e lanceoladas, além de uma coloração verde vibrante. As
flores são diminutas, como em outras plantas da família Asteraceae, e reunidas em

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capítulos solitários, simples ou semi-dobrados, sobre longos pedúnculos. As pétalas da
colora expandida são amarelas, largas e com bordas denteadas. O contraste da folhagem
com as flores é muito bonito.
No jardim, destacam-se em grandes maciços sobre gramados bem cuidados, assim como
em bordaduras, conferindo um agradável ar campestre à paisagem. A floração se estende
por todo o ano, em climas quentes, mas é mais abundante no verão. Rústica, tolera solos
pobres, secas moderadas, além de ventos fortes e salinidade no solo, tornando-se uma boa
escolha em jardins de praia.
Devem ser cultivadas sempre a pleno sol em solo fértil, leve e enriquecido com matéria
orgânica para uma boa produção. Apesar de perene, requer reformas bianuais, através do
replantio. As regas devem ser regulares. Têm potencial invasivo, podendo tornar-se
daninha. Multiplica-se por divisão das touceiras e por sementes.

Nome Científico: Dianthus chinensis


Nome Popular: Cravina
Família: Caryophyllaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia e Europa
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Vedete dos jardins sulinos, a cravina é uma miniatura de cravo. Suas flores são solitárias,
simples e de coloração branca, rosa ou vermelha, com tonalidades e mesclas destas cores.
Apresenta também pétalas largas e com bordos serrilhados. Suas folhas são lanceoladas e
afiladas de coloração verde clara. A cravina é utilizada em maciços e bordaduras, e cria um
belo efeito campestre.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo fértil composto de terra de jardim e terra vegetal,
drenável. Exige ainda regas regulares e reforma anual dos canteiros. Aprecia o clima frio.
Multiplica-se por sementes.

Nome Científico: Dianthus caryophyllus


Nome Popular: Cravo, craveiro
Família: Caryophyllaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Europa

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Ciclo de Vida: Perene - Anual
Muito citada na literatura, esta flor tem um significado especial; representando o homem
nos romances, enquanto a mulher é representada pela rosa. Antiquíssima, tem flores
dobradas com as bordas recortadas, disponível nas cores branca, rosa, vermelha e amarela,
com diversas tonalidades e mesclas. Tem grande importância como flor de corte, mas há
muitas variedades para o jardim. Pode compor belos maciços e bordaduras. Como outras
plantas melhoradas, o cravo tem um uma versão perene e uma anual.
Devem ser cultivados a pleno sol ou meia-sombra, em solo fértil composto de terra de
jardim e terra vegetal, drenável. Exige ainda regas regulares. Multiplica-se por estacas
(cravos perenes) e sementes (cravos anuais).

Nome Científico: Celosia argentea


Sinonímia: Celosia cristata var argentea
Nome Popular: Crista-plumosa, crista-de-galo-plumosa, celósia-plumosa, suspiro
Família: Amaranthaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Índia
Ciclo de Vida: Anual
Planta de inflorescências felpudas, formadas por muitas florezinhas, nas cores vermelha,
rosa, roxa, laranja, amarela e branco-creme. A crista-plumosa é uma planta com cerca de 40
cm, anual de verão, de folhagem ereta e folhas verdes ou bronzeadas. A seleção e o
melhoramento genético disponibilizaram diversas variedades, que podem ter flores com
formas e cores diferentes, porte anão, especiais para flor-de-corte ou para a produção de
flores secas.
No paisagismo pode ser utilizada em bordaduras e maciços ou em conjuntos compondo
com outras flores e forrações. Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, bem drenado e
enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Tolera o frio subtropical.
Multiplica-se por sementes.

Nome Científico: Lilium sp


Nome Popular: Lírio, Lírio-asiático, lírio-japonês, lírio-trombeta, lírio-oriental, lírio

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vistoso
Família: Liliaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Japão, China
Ciclo de Vida: Anual
Os lírios são muito populares e guardam o posto de 5º lugar de flores mais vendidas no
mundo. Eles apresentam folhas grandes, lanceoladas e lisas, uniformemente distribuídas ao
longo da haste floral. As flores terminais, podem ser solitárias ou em grupos, dependendo
da variedade e são muito perfumadas, seu formato pode ser plano, de trombeta, cálice ou
turbante. As cores das flores também são bastante variadas e as mais comuns em cultivo
são a laranja, a amarela, a branca, a vermelha e a rosa, com ou sem pontilhados.
O gênero Lilium compreende mais de 100 espécies distribuídas pelo mundo, sendo que
cerca de 55% delas se encontra na China e no Japão. As espécies mais cultivadas e
utilizadas em hibridizações são a L. longiflorum, L. pumilum, L. regale, L. speciosum e L.
auratum. Os lírios são comercializados como flor-de-corte e mais recentemente em vasos,
no entanto pode ser cultivado em canteiros e maciços, desde que sejam respeitados os
períodos e temperaturas que os bulbos necessitam.
Devem ser cultivados em solos leves e férteis, enriquecidos com matéria orgânica, regados
a intervalos regulares, para que se mantenha úmido, sem encharcamento. Os lírios apreciam
o frio e perdem a folhagem durante o inverno, sendo este período muito importante para a
maturação dos bulbos. Não toleram a seca. Multiplicam-se artificialmente por escamação
dos bulbos para a produção de bulbilhos.

Nome Científico: Impatiens walleriana


Sinonímia: Impatiens sultani
Nome Popular: Maria-sem-vergonha, beijo-turco
Família: Balsaminaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: África
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Planta de folhas macias e caule suculento e verde com diversas variedades, apresentando

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flores das mais diversas cores. Muito fácil de cultivar, não exige cuidados especiais.
Adaptou-se tão bem ao Brasil que surge espontaneamente em jardins urbanos e matas
naturais, sendo considerada daninha em determinadas situações. Forma frutinhos verdes e
suculentos, ocos, com muitas sementes, que quando maduros estouram ao mais leve toque.
É uma planta excelente para cultivar com as crianças. De crescimento rápido, gosta de
umidade e prefere o calor.
Com o tempo perde a beleza, portanto é tratada como anual, devendo ser replantada. Deve
ser cultivada em solo rico em matéria orgânica com regas frequentes, a pleno sol ou a meia-
sombra. Pode ser cultivada em vasos e floreiras, ou em maciços e bordaduras no jardim.
Multiplica-se por sementes e estaquia.

Nome Científico: Petunia x hybrida


Nome Popular: Petúnia-comum
Família: Solanaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Argentina
Ciclo de Vida: Perene - Anual
As petúnias-comuns são plantas bastante indicadas para o regiões amenas. Apresentam um
florescimento vistoso e abundante que se inicia no final do inverno e se extende pela
primavera. A folhagem é delicada e macia, com folhas ovaladas e pequenas. De
florescimento precoce, é uma das primeiras floríferas de jardim a ser comercializada antes
do início da primavera. As flores podem ter diversas formas, são grandes e se apresentam
nas cores, branca, vermelha, rosa, violeta e roxas e diversas tonalidades e combinações
entre estas. Presta-se à formação de canteiros, maciços e bordaduras, assim como em vasos
e floreiras conferindo romantismo e sofisticação ao jardim.
Deve ser cultivada a pleno sol em substrato bastante fértil, enriquecido com matéria
orgânica, com irrigações periódicas. Aprecia o frio. Apesar de perene, deve ser tratada
como anual, pois perde a beleza com o tempo. Multiplica-se por estacas, mas
principalmente por sementes.

Nome Científico: Petunia integrifolia


Sinonímia: Salpiglossis integrifolia

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Nome Popular: Petúnia-perene
Família: Solanaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Perene - Anual
As petúnias-perenes são mais rústicas que as demais petúnias. Embora chamadas de
perenes, elas necessitam reformas anuais dos canteiros. Suas flores são menores, no entanto
não perdem em beleza, além disso são muito numerosas e sempre arroxeadas. O
florescimento se estende por todo o ano. Presta-se à formação de canteiros, maciços e
bordaduras, assim como em vasos e floreiras.
Deve ser cultivada a pleno sol em substrato bastante fértil, enriquecido com matéria
orgânica, com irrigações periódicas. Aprecia o frio. Apesar de perene, deve ser tratada
como anual, pois perde a beleza com o tempo. Multiplica-se por estacas.

Nome Científico: Verbena hybrida


Nome Popular: Verbena, camaradinha
Família: Verbenaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América do Sul
Ciclo de Vida: Perene - Bienal
De flores miúdas arranjadas em um pequeno buquê, a verbena é uma plantinha de ramagem
delicada que confere um ar campestre ao jardim. As plantas comerciais são em sua maioria
híbridos entre Verbena chamaedrifolia, V. phlogiflora, V. incisa e V. teucrioides. As flores
podem ser diversas cores e combinações entre vermelhas, brancas, róseas ou roxas. De fácil
cultivo, pode ser plantada em vasos, jardineiras, canteiros ou em maciços. Apesar de
perene, deve ser tratada como bienal, pois perde o viço com o passar do tempo.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em substrato rico em matéria orgânica, bem drenável,
com regas regulares. Tolerante ao frio. Multiplica-se pela divisão da planta e por sementes.

Nome Científico: Catharanthus roseus


Sinonímia: Vinca rosea, Ammocallis rosea
Nome Popular: Vinca, vinca-de-gato, vinca-de-madagascar, boa-noite, maria-sem-
vergonha, bom-dia
Família: Apocynaceae

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Divisão: Angiospermae
Origem: Cosmopolita Tropical
Ciclo de Vida: Perene
Planta muito rústica e pouco exigente, com delicadas flores simples, róseas, com o centro
de tonalidade mais forte. Muitas vezes surge até como planta espontânea nos jardins.
Existem ainda variedades com flores de pétalas mais largas ou mais estreitas, assim como
nas cores vermelha, roxa ou branca, com o centro branco ou róseo, embora não apresentem
a mesma rusticidade da planta original. A folhagem é ramificada na base e suas folhas são
ovaladas, com nervura central mais clara. As vincas podem enfeitar nossos jardins, em
maciços, bordaduras, vasos ou jardineiras. A floração se estende por todo o ano.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil e com regas regulares. O beliscamento
(retirada dos ponteiros) na fase inicial estimula a ramificação nesta espécie. Deve ser
trocada a cada dois anos, pois perde a beleza inicial. Multiplica-se por sementes ou mudas
que se formam nas proximidades da planta mãe.

Nome Científico: Ophiopogon japonicus


Sinonímia: Convallaria japonica
Nome Popular: Grama-preta, grama-japonesa
Família: Liliaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: China e Japão
Ciclo de Vida: Perene
A grama-preta ao contrário do que parece não é uma gramínea. Sem caule e com folhas
finas e escuras, ela é uma excelente forração para áreas sombreadas. Há também uma
variedade variegada, de folhas verde-amareladas, e uma variedade anã, de folhas mais
curtas. Esta planta não suporta o pisoteio, em compensação não necessita ser aparada. Pode
ser utilizada também como bordadura. Vendida comumente na forma de placas.
Deve ser cultivada sob sombra ou pleno sol, em solos férteis e bem drenáveis, enriquecidos
com matéria orgânica, com adubações semestrais e regas regulares. Multiplica-se por
divisão das touceiras.

4.2. Arbustos: são plantas lenhosas que apresentam ramificações desde a sua
base, aceitam poda, o que harmoniza a sua condução permitindo obter um formato

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desejado onde estão inseridos, ou ainda a formação de figuras, denominadas topiarias.
Pode ser utilizado na formação de cercas vivas, orientar circulação, isoladas, em
pequenos grupos, ou associadas a forrações ou outros tipos de vegetação.
Nome Científico: Albizia julibrissin
Nome Popular: Albizia, Albízia, Mimosa
Família: Mimosoideae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia, África e Austrália
Ciclo de Vida: Perene
Arbusto ou arvoreta de rápido crescimento, de fragrância muito delicada. As flores
apresentam uma textura de seda, parecendo um monte de pelinhos róseos e brancos, com
formato de pompom. Sua floração ocorre na primavera e verão. Quando envelhecem se
tornam suscetíveis a algumas doenças, sendo que a duração útil da albizia é de 10 a 20
anos. Mas felizmente elas podem crescem até 0,9 metros por ano ou mais, recompensando
o replantio. Por ter uma copa arejada, não prejudica o gramado, deixando passar a luz do
sol.
É necessário sol pleno para seu pleno desenvolvimento e regas regulares para um melhor
crescimento e florescimento. Tolerante ao sombreamento parcial e a estiagem não muito
prolongada. Multiplica-se por sementes que devem ser escarificadas para uma germinação
satisfatória.

Nome Científico: Calliandra tweedii


Nome Popular: Caliandra, esponjinha, mandararé, esponjinha-sangue, esponjinha-
vermelha
Família: Mimosoideae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Excelente para formar cercas vivas e renques, a caliandra possui ainda o charme de suas
florezinha felpudas. Vermelhas e com longos estames as flores da caliandra fascinam as
crianças. Além de cercas pode ser plantada como planta isolada com podas regulares para
estimular o seu adensamento.
Deve ser cultivada a pleno sol, em solo fértil, sem cuidados especiais pois é bastante
rústica. Multiplica-se por estacas e sementes e é tolerante ao frio.

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Nome Científico: Camellia japonica
Sinonímia: Thea japonica
Nome Popular: Camélia, japoneira
Família: Theaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Japão, China e Coréia
Ciclo de Vida: Perene
Da mesma família do chá, a Camélia apresenta inúmeras variedades e híbridos. Versátil,
pode ser utilizada como arbusto ou arvoreta. É muito popular, sendo cultivada no mundo
todo, tanto em climas tropicais, como temperados. Seu tronco é lenhoso e suas folhas são
elípticas, cerosas e coriáceas, serrilhadas ou denteadas. As flores solitárias, podem ser de
diversos tipos, podendo ser grandes ou pequenas, simples ou dobradas, de diversas cores,
sendo que as mais comuns são as brancas, as róseas e as vermelhas, e não são raras as
bicolores.
Sua utilização paisagística é ampla, adequando-se a jardins europeus, orientais e
contemporâneos. A época de sua floração varia de acordo com o clima em que está
inserida, podendo ocorrer desde o outono/inverno até durante ano todo em regiões mais
quentes. As flores podem ser colhidas e são bastante duráveis, desde que não sejam
manipuladas, pois podem ficar com manchas escuras. É a flor inspiradora do romance A
Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho.
As camélias podem ser cultivadas em solos ácidos, férteis e bem irrigados, à meia-sombra
ou sob sol pleno. Não se adaptam a climas demasiado quentes e toleram geadas e neves.
Suscetível ao ataque de cochonilhas. Multiplicam-se por estaquia e por alporquia.

Nome Científico: Spirea cantoniensis


Sinonímia: Spirea reevesiana
Nome Popular: Buquê-de-noiva, grinalda-de-noiva
Família: Rosaceae
Divisão: Angiospermae

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Origem: China e Japão
Ciclo de Vida: Perene
O buquê-de-noiva é um arbusto decíduo e gracioso, de beleza delicada e romântica. Seus
ramos são longos, ramificados e curvados e apresentam folhas de coloração verde-escura,
pequenas, lanceoladas e com bordos serrilhados. As flores são rosas em miniatura, e podem
ser simples ou dobradas, sempre brancas, reunidas em pequenos buquês. A floração ocorre
na primavera e início do verão. A variedade de flores dobradas "lanceata" é a mais
cultivada.
Ganha destaque especial quando plantado isolado ou pequenos grupos, inserido em um
cenário romântico, mas também é adequado para a formação de cercasvivas e renques em
grupos. Devido aos ramos longos, pode ser conduzido como trepadeira sobre treliças e
outros suportes pequenos, desde que adequadamente tutorado e amarrado. O buquê-de-
noiva é interessante em jardins de estilo europeu, como o francês, o inglês e o
mediterrâneo.
Deve ser cultivado sempre sob pleno sol, embora tolere a sombra parcial, em substrato rico
em matéria orgânica, com boa drenagem. Adubações anuais e regas regulares garantem
uma floração abundante. As podas contribuem para uma forma mais compacta e
arredondada, pois estimulam a ramificação e a renovação da ramagem, mas só devem ser
feitas após a floração. Aprecia o clima frio. Multiplica-se por estaquia e por sementes.

Nome Científico: Hibiscus rosa-sinensis


Sinonímia: Hibiscus sinensis
Nome Popular: Hibisco, hibisco-da-china, mimo-de-vênus, graxa-de-estudante, hibisco-
tropical
Família: Malvaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia Tropical
Ciclo de Vida: Perene
O hibisco é a flor símbolo do Havaí. Além disso é umas das plantas mais cultivadas nos
jardins brasileiros, devido ao seu rápido crescimento, beleza e rusticidade. Há um grande
número de variedades, que podem apresentar folhas estreitas ou largas, variegadas ou não e
flores das mais diversas formas, tamanhos e cores.
A floração extende-se por todo o ano e as flores são sempre solitárias. Versátil, adapta-se às
mais diversas funções paisagísticas, servindo como excelente cerca-viva, arbusto, renques,
composições ou simplesmente como planta isolada em vasos.
De característica tropical, o hibisco deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil,
enriquecido com matéria orgânica com adubações periódicas para uma floração exuberante.
Não tolera geadas. Suporta a salinidade e o sombreamento parcial. Multiplica-se por
estaquia e alporquia.

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Nome Científico: Ligustrum sinense
Sinonímia: Ligustrum fortunei, Lugustrum villosum
Nome Popular: Ligustro-arbustivo, ligustro, ligustrinho, alfeneiro-da-china, ligustro-
chinês
Família: Oleaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: China e Coréia
Ciclo de Vida: Perene
Arbusto bastante ramificado, compacto e rústico, de folhas pequenas. Ocorrem diversas
variedades, de ramos mais ou menos eretos, e folhas azuladas, sendo que a mais comum em
nossos jardins é a forma variegada. As flores brancas tem pouca importância ornamental.
Sua utilização é ampla prestando-se muito bem para topiaria e cercas vivas, criando
excelente contraste com outras plantas verdes.
Devem ser cultivados em solo fértil sempre a pleno sol, isolados ou em grupos e
composições. Tolerante ao frio e às geadas. Multiplica-se por sementes e estaquia.

Nome Científico: Mussaenda alicia


Sinonímia: Mussaenda erythrophylla "rosea"
Nome Popular: Mussaenda-rosa, mussaenda-rosa-arbustiva, mussaenda-arbustiva
Família: Rubiaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: África e Ásia
Ciclo de Vida: Perene
Arbusto vigoroso do tipo semi-lenhoso e de aparência compacta. Pouco tolerante ao frio, é
uma planta indicada para regiões tropicais. Produz muitas inflorescências, com flores
pequenas, discretas e amarelas e sépalas grandes de cor rósea e salmão. Pode ser cultivada
em vasos, isolada ou em grupos no jardim. Seu porte pode atingir 2 a 3 metros.
A mussaenda-rosa aprecia solos ricos em matéria orgânica e irrigados regularmente. Deve
ser cultivada a pleno sol. Multiplica-se por estacas postas a enraizar em locais potegidos.
Não é resistente ao frio.

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4.3. Árvores: são plantas lenhosas com portes variados e diferentes formas de
copas. Podem ser divididas em pequeno porte (até 5 m), médio porte (de 5 a 8 m) e grande
porte (acima de 8 m). Podem ser utilizadas na arborização de ruas, avenidas, canteiros,
composição de bosques e arvoredos. As árvores são habitat de pássaros e insetos,
protegem áreas da ação de ventos e proporcionam sombreamento.
Nome Científico: Averrhoa carambola
Nome Popular: Carambola, caramboleira, caramboleiro, camerunga
Família: Oxalidaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Ásia (Malásia, Índia e Indonésia)
Ciclo de Vida: Perene
Indicações: Escorbuto, diarréias, verminoses.
Propriedades: vermífuga, anti-escorbútica, anti-diarréica, adstringente.
Partes usadas: Folhas, flores e frutos
A caramboleira é uma árvore ornamental e frutífera, que dá origem a carambola, uma fruta
tropical de aparência e sabor exótico, muito apreciada no mundo todo. Ela apresenta folhas
imparipinadas, com grandes folíolos ovalados e acuminados, de coloração verde brilhante.
As inflorescências, axilares e em racemo, são muito decorativas e apresentam pequenas
flores variegadas e róseas. Os frutos comestíveis são muito brilhantes e de coloração
esverdeada, tornando-se amarelos quando maduros. Ao corte transversal das carambolas,
pode-se observar a forma de uma estrela pentâmera. Suas sementes são marrons e
pequenas.
Como a carambola não é uma fruta de largo cultivo comercial, é mais comum observá-la
em quintais, sítios e chácaras, onde é muito popular. Sua beleza, exotismo e pequeno porte
a tornam uma árvore excelente para pequenos jardins, principalmente quando os
proprietários desejam árvores frutíferas. Ela pode alcançar até 8 metros, é muito longeva e
precoce, frutificando em quatro a cinco anos após o plantio. Também pode ser cultivada em
vasos grandes. A frutificação da caramboleira ocorre na primavera e verão. Há muitos
cultivares disponíveis, de portes diferentes e frutas mais doces ou mais ácidas. Dos seus
frutos ricos em vitamina C, pode-se fazer doces, geléias, sucos, chás e até vinhos.
As caramboleiras devem ser cultivadas sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, leve e
enriquecido com matéria orgânica, com bom espaçamento e regas regulares. Planta
tipicamente tropical, não é tolerante às geadas. Multiplica-se por sementes.

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Nome Científico: Caesalpinia pulcherrima
Sinonímia: Poinciana elata, Poinciana bijuga, Poinciana pulcherrima
Nome Popular: Flamboianzinho, flamboyanzinho, flamboyãzinho, barba-de-barata,
poinciana-anã, flor-de-pavão, baio-de-estudante, vaio-de-estudante, orgulho-de-barbados,
chagueira, flor-do-paraíso, flamboyam-de-jardim, chagas-de-jesus, ave-vermelha-do-
paraíso
Família: Caesalpiniaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Antilhas
Ciclo de Vida: Perene
O flamboianzinho é um arbusto ou arvoreta perene, muito popular no paisagismo tropical.
Ele apresenta caule lenhoso, ereto, ramificado e cheio de espinhos. Suas folhas são grandes
e bipinadas, de coloração verde, com numerosos folíolos ovalados. As inflorescências são
terminais, em rácemo, compostas por flores vermelhas, vermelho-alaranjadas, vermelho-
rosadas ou amarelas, de acordo com a variedade, todas caracterizadas por longos estames.
A floração ocorre na primavera e verão. Os frutos são do tipo legume e surgem no outono.
Este arbusto de rápido crescimento é apropriado para o plantio em maciços ou grupos
lineares, formando excelentes cercas vivas informais. As podas são permitidas e deixam a
planta com aspecto mais compacto. Também pode ser plantado em vasos grandes, ou
conduzido como arvoreta em calçadas, podendo alcançar 3 a 4 metros. Alguns povos usam
a planta como medicinal, com propriedades antiinflamatórias, mas deve-se ter muito
cuidado com o flamboianzinho pois é uma planta tóxica, inclusive abortiva.
Deve ser cultivado sob sol pleno ou sombra parcial, em solo fértil, enriquecido com matéria
orgânica e muito bem drenado. Adubações anuais estimulam uma intensa floração.
Tolerante ao frio leve, em climas subtropicais ou mediterrâneos, tornando-se caducifolia
(perde as folhas no inverno). Multiplica-se por sementes.

Nome Científico: Grevillea banksii


Sinonímia: Grevillea banksii var forstari
Nome Popular: Grevílea, grevílea-vermelha, grevílea-anã, grevílea-escarlate, grevílea-de-
jardim

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Família: Proteaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Austrália
Ciclo de Vida: Perene
Arbusto ou arvoreta (4-6 metros), de aspecto exótico e florescimento muito ornamental.
Apresenta folhas bastante recortadas e afiladas verde-acinzentadas na superfície e
esbranquiçadas no verso. Inflorescências chamativas, compostas de muitas flores
vermelhas, sem pétalas. Ocorre ainda uma variedade de flores brancas. A Grevílea floresce
o ano todo atraindo muitos beija-flores.
É uma planta muito interessante para fazendas, condomínios e praças públicas, pelo seu
porte e baixa manutenção, sendo utilizada isolada ou em grupos. Devem ser cultivados em
solo fértil, previamente preparado com adubos químicos ou orgânicos, sempre a pleno sol.
Tolerante a geadas. Multiplica-se por sementes.

Nome Científico: Tecoma stans


Sinonímia: Tecoma mollis, Bignonia frutescens, Bignonia stans, Gelseminum stans,
Stenolobium quinquejugum, Stenolobium stans, Stenolobium tronadora, Tecoma incisa,
Bignonia incisa
Nome Popular: Ipê-de-jardim, ipê-amarelo-de-jardim, ipêzinho-de-jardim, bignônia-
amarela, sinos-amarelos, ipê-mirim, guarã-guarã, carobinha, amarelinho
Família: Bignonaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Estados Unidos, México e América do Sul
Ciclo de Vida: Perene
O ipê-de-jardim é uma arvoreta bastante ramificada, que pode alcançar 4 a 6 metros de
altura. Ele apresenta folhas compostas por folíolos ovais-lanceolados, sub-sésseis e de
bordas serrilhadas. As inflorescências são terminais ou axilares, com muitas flores
tubulares, amarelas, muito parecidas com as do Ipê-amarelo (Tabebuia spp). A floração é
maior nos meses mais quentes, mas pode perdurar durante o outono. Os frutos são cápsulas
glabras deiscentes, compridas e contém muitas sementes aladas.
No paisagismo é apropriada isolada ou em grupos, formando renques. No entanto sua
utilização é controversa, pois apesar de ser muito ornamental é considerada uma perigosa
planta invasora, capaz de inutilizar pastagens e prejudicar a regeneração de áreas
degradadas. Isto se deve à sua grande capacidade de produzir sementes viáveis e ao seu
rápido crescimento.
O ipê-de-jardim é uma planta muito rústica, e deve ser cultivado à pleno sol, em solo fértil
e enriquecido com matéria orgânica, com regas nos períodos mais secos. Tolerante às
geadas. Multiplica-se por sementes e por estaquia.

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Nome Científico: Plumeria rubra
Sinonímia: Plumeria aurantia
Nome Popular: Jasmim-manga, frangipane, árvore-pagode, plumélia, jasmim-de-são-josé,
jasmim-do-pará, jasmim-de-caiena
Família: Apocynaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Tropical
Ciclo de Vida: Perene
O jasmim-manga é uma árvore encantadora, seu aspecto exótico e suas flores perfumadas
envolvem a todos. Seus caule e ramos são bastante robustos e apresentam uma seiva leitosa
e tóxica se ingerida. As folhas são grandes, largas e brilhantes e caem no outono-inverno. A
floração inicia-se no fim do inverno e permanece pela primavera, com a sucessiva formação
de flores de diversas cores e nuances entre o branco, o amarelo, o rosa, o salmão e o vinho.
Está disponível no mercado uma forma variegada da planta.
Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil, leve e bem drenado. Não é tolerante ao frio
e às geadas. Pode ser cultivada isolada ou em grupos, em amplos espaços,
preferencialmente longe de dormitórios devido ao forte perfume. Multiplica-se por
estaquia.

Nome Científico: Chorisia speciosa


Nome Popular: Paineira-rosa, paineira, árvore-de-paina, paina-de-seda, árvore-de-lã,
barriguda, paineira-fêmea, paineira-de-espinho
Família: Bombacaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil e Argentina
Ciclo de Vida: Perene
A paineira-rosa é uma árvore bastante popular, e isto se deve principalmente à sua beleza
extraordinária e seu curioso fruto. O tronco é cinzento-esverdeado e recoberto de acúleos
grandes e piramidais. A madeira da paineira-rosa é bastante leve, mole e pouco resistente,
além de não ter boa durabilidade. Pode ser utilizada na confecção de calçados, caixotaria,

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celulose e artesanato. As folhas são compostas palmadas, com 5 a 7 folíolos. As flores
pintalgadas de vermelho, podem se apresentar em diversas tonalidades de rosa, de acordo
com a variedade.
O fruto é bastante grande e se abre quando maduro, liberando boa quantidade de paina-
sedosa, entremeada com as sementes que são carregadas pelo vento. A paina é uma fibra
fina e sedosa, mas pouco resistente, não de grande proveito na confecção de tecidos, mas
como preenchimento de travesseiros, almofadas e pelúcias.
A paineira-rosa é uma planta excelente para o paisagismo de grandes áreas, como parques e
jardins públicos, devido ao seu rápido crescimento, rusticidade e beleza. A floração é
intensa e ocorre no verão e outono, com a árvore semi ou completamente despida de sua
folhagem.
A paineira-rosa é uma árvore tropical, mas tolera o frio, desde que não seja muito intenso.
Deve ser cultivada em solos férteis irrigados a intervalos regulares, sempre sob sol pleno.
Multiplica-se facilmente por sementes, que germinam e se desenvolvem rapidamente. Pode
se multiplicar por estacas, embora mais raramente, sendo este método empregado em
regiões muito frias.

Nome Científico: Caryocar brasiliense


Nome Popular: Pequi, piqui, pequizeiro, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-
cavalo, pequiá, pequiá-pedra, pequerim,
suari, piquiá
Família: Caryocaraceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
O pequi ou pequizeiro é uma árvore típica do cerrado brasileiro, apresentando os
característicos ramos tortuosos, além de ser heliófita, xerófita e semidecídua. Seu tronco
apresenta casca cinzenta, da qual se extrai corantes amarelos, utilizados pelos artesãos
locais. As folhas são compostas, divididas em três grandes folíolos verdes, de bordos
irregulares, com o lado inferior mais claro e com a superfície recoberta por uma densa
pilosidade. As flores de cor branco-creme são muito decorativas e chamam a atenção pelos
numerosos e longos estames. A floração ocorre no final do inverno e primavera.
Os frutos do pequizeiro surgem no final da primavera e no verão, são do tipo drupa e seus
caroços envolvidos por uma polpa carnosa são muito apreciados na culinária e conhecidos
pelos perigosos espinhos. Os caroços podem ser consumidos em natura e em pratos cozidos
de arroz, feijão, carnes, assim como conservas, doces, licores e vitaminas. As castanhas,
presentes no interior dos caroços também podem ser saboreados. A madeira do pequizeiro é
de ótima qualidade, e pode ser utilizada na construção civil, naval, indústria moveleira, e na
xilogravura. No paisagismo o pequizeiro é adequado tanto para grandes parques como para

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pequenos jardins residenciais, pois seu porte não é muito avantajado, alcançando de 6 a 10
m de altura e seu crescimento é lento. Do plantio a frutificação vão de quatro a oito anos.
Devem ser cultivados sob sol pleno, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com
largo espaçamento, em covas bem preparadas e com regas regulares no primeiro ano.
Multiplica-se por sementes que podem demorar cerca de 8 meses do plantio até a
germinação, a armazenagem e a quebra de dormência ainda é contraditória e pode
inviabilizar as sementes.

Nome Científico: Bougainvillea glabra


Sinonímia: Bougainvillea glabra var graciliflora
Nome Popular: Primavera, três-marias, buganvília, buganvile, sempre-lustrosa, santa-rita,
ceboleiro, roseiro, roseta, pataguinha, pau-de-roseira, flor-de-papel
Família: Nyctaginaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante e espetacular. Sua folhas são pequenas,
lisas, levemente alongadas e brilhantes, diferenciando-a da B. spectabilis. As flores são
pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por brácteas róseas. Pode
ser conduzida com arbusto, arvoreta, cerca-viva e como trepadeira, enfeitando com
majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte.
Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos químicos ou
orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda de sul do Brasil, de característica subtropical, ela
suporta muito bem o frio e às geadas, vegentando bem em áreas de altitude também.
Requer podas de formação e de manutenção anuais, para estimular o florescimento e
renovar parte da folhagem. Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia.

Nome Científico: Lagerstroemia indica


Sinonímia: Lagerstroemia chinensis
Nome Popular: Resedá, árvore-de-júpiter, flor-de-merenda, suspiros, extremosa
Família: Lythraceae
Divisão: Angiospermae

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Origem: China, Coréia e Índia
Ciclo de Vida: Perene
Perfeita para as calçadas, o resedá é uma arvoreta que não possui raízes agressivas, além de
ter um belo florescimento. Suas folhas são elípticas, com bordas onduladas. O tronco é
muito belo, liso, de tons claros, marmorizado. Seu porte chega a 6 metros de altura. As
inflorescências, formadas ainda no inverno, contém inúmeras flores crespas de coloração
rosa, branca, roxa ou vermelha, de acordo com a variedade.
Devem ser cultivadas sob sol pleno em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica,
regada a intervalos regulares. Apesar de bastante rústica, é interessante realizar podas de
formação e de manutenção, para uma floração abundante. Resistente à poluição urbana.
Multiplica-se por estacas e sementes.

4.4. Palmeiras: são plantas de características tropicais de grande uso nos jardins.
São de grande valor econômico e pode ser explorado na forma de extração de palmitos
(Euterpe edulis), coco (Cocus nucífera) ou pelo próprio valor ornamental das mudas.
Tem grande importância em projetos paisagísticos, principalmente em função de sua
forma e rusticidade. Podem ser cultivadas isoladamente ou em grupos, e quando em
grupos procurar não misturar espécies.
Existe um grande numero de palmeiras nativas e diversas outras exóticas, mas
bastante adaptadas ao nosso ambiente. A escolha deve depender das características do
projeto em harmonia com as características de cada espécie.

4.5. Trepadeiras: são plantas de caules longos, necessitam de um tutor ou suporte


para se fixarem. A condução da trepadeira é de fundamental importância, pois a floração
pode ser inibida em conseqüência da poda inadequada. Ex: cipó de São João, unha-de-
gato (falsa hera), alamanda, brinco-de-princesa, etc.
Nome Científico: Ipomoea cairica
Sinonímia: Convolvulus cairicus, Ipomoea palmata, Ipomoea pentaphylla, Ipomoea
tuberculata
Nome Popular: Ipoméia, jitirana, jetirana, corriola
Família: Convolvulaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene - Anual
Trepadeira muito rústica de rápido crescimento. Possui flores de coloração rosa com o
centro arroxeado, tendo outras variedades. Deve ser utilizada para cobrir treliças, cercas e
muros. Dependendo da variedade, pode perder a beleza com o tempo, não sendo indicada

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nestes casos para estruturas mais caras e maiores, como pérgolas e caramanchões. É muitas
vezes considerada invasora e pode-se observá-la com freqüência nas matas e terrenos
abandonados.
Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo fértil, com regas regulares. É rústica e apresenta
rápido crescimento, sendo freqüente sua utilização como trepadeira anual. Tolerante ao frio.
Multiplica-se por sementes.

4.6. Entouceirantes: são aquelas que desenvolvem formando diversos caules


com crescimento indefinido, em forma de touceira. A propagação é geralmente feita
através de divisão de mudas que são emitidas na base da touceira. Ex: bambu-de-jardim,
bananeira, cana-da-índia, papiro, capim dos pampas.

Nome Científico: Cyperus giganteus


Sinonímia: Cyperus comosus, Cyperus elegans, Cyperus giganteus var comosus
Nome Popular: Papiro-brasileiro, papiro
Família: Cyperaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
Engana-se quem acredita que este é o papiro utilizado pelos egípcios. Na verdade esta
planta é brasileira, mas é muito parecida com o Cyperus papyrus, o papiro verdadeiro. O
papiro-brasileiro é uma excelente planta palustre, isto é, adapta-se e cria um efeito
excelente na beira de laguinhos, fontes e espelhos d'água. Ela apresenta hastes longas com
uma cabeleira de folhas finas nas pontas. As flores são pequenas, amarelas, discretas e não
apresentam importância ornamental.
Devem ser cultivadas a pleno sol, sempre na beira d'água, em solo composto de terra de
jardim e terra vegetal. Tolerante ao frio. Multiplica-se através da divisão das touceiras,
preservando a estrutura completa da planta, com rizoma, raízes e hastes.

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Nome Científico: Heliconia rostrata
Sinonímia: Heliconia poeppigiana
Nome Popular: Helicônia, caetê, bananeira-do-brejo, bananeira-ornamental, caeté, caeté
Família: Heliconiaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Amazônia
Ciclo de Vida: Perene
Planta tropical por excelência, esta espécie de helicônia, é a que produz as inflorescências
mais espetaculares e ornamentais. Estas inflorescencias são sempre pendentes, com o
comprimento que varia de acordo com o número de flores. As brácteas são de coloração
vermelho vivo com bordas de cor amarelo e verde. As flores são pequenas e brancas e
surgem do interior das brácteas.
Esta helicônia, se bem adubada e irrigada produz flores durante o ano todo, mas
principalmente nos meses mais quentes. Presta-se para formação de renques junto a muros,
maciços ou como planta isolada. É muito utilizada como flor-de-corte também.
Deve ser cultivada a pleno sol ou à meia-sombra, em solo fértil e rico em matéria orgânica,
irrigado com freqüência. Não é tolerante ao frio. Multiplica-se pela divisão da touceira.

4.7. Gramas: Reúne espécies de gramíneas rizomatosas e estoloníferas para a


formação de gramados e campos esportivos.

Nome Científico: Poa pratensis


Sinonímia: Poa viridis, Poa boliviensis
Nome Popular: Grama-azul, grama-azul-do-kentucky
Família: Poaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Europa, Ásia e África
Ciclo de Vida: Perene
A grama-azul tem folhas lineares, estreitas e macias, de coloração verde-escura azulada. É
rizomatosa, isto é, o caule fica abaixo do solo e emite as folhas para cima. É indicada para
diversos tipos de jardim, por ser resistente ao pisoteio e ter um ótimo acabamento. Deve ser
aparada sempre que alcançar 2,5 a 3 cm. Vendida comumente na forma de placas, sementes
ou mudas(plugs).
Deve ser cultivada a pleno sol em solos férteis, com adubações semestrais e regas regulares.
É contraindicada para locais quentes, devendo seu uso ficar restrito as regiões do sul do
pais ou regiões serranas.

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Nome Científico: Paspalum notatum
Sinonímia: Paspalum distachium, Paspalum saltense
Nome Popular: Grama-batatais, grama-forquilha, grama-mato-grosso, grama-da-bahia,
grama-de-pasto, gramão
Família: Poaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene
A grama-batatais tem folhas longas, firmes e pouco pilosas, de coloração verde-clara. É
rizomatosa, isto é, o caule fica abaixo do solo e emite as folhas para cima. É indicada para
campos de futebol, jardins públicos e locais com tráfego, devido à sua resistência e
rusticidades. Deve ser aparada sempre que alcançar 3 a 5 cm ou quando florescer. Vendido
comumente na forma de placas ou mudas(plugs).
Pode ser cultivada em solos mais pobres, com adubações semestrais e regas regulares,
embora tenha certa resistência à estiagem. Não é indicada para situações de sombra ou
meia-sombra, devendo ficar a pleno sol.

Nome Científico: Zoysia japonica


Nome Popular: Grama-esmeralda, Grama-zóisia, Grama-zóisia-silvestre, zóisia
Família: Poaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Japão
Ciclo de Vida: Perene
A grama-esmeralda tem folhas estreitas, pequenas e pontiagudas, de coloração verde
intensa. É rizomatosa, isto é, o caule fica abaixo do solo e emite as folhas para cima. É
perfeita para jardins residenciais, condomínos, empresas, campos esportivos, playgrounds,
formando gramados muito densos e macios quando bem cuidados. Embora resistente ao
pisoteio não deve ser utilizada em tráfego intenso. Deve ser aparada sempre que alcançar 2
cm. Vendida comumente na forma de placas e mudas (plugs).
Rústica, deve ser cultivada a pleno sol, em solos férteis, com adubações semestrais e regas
regulares. Não é indicada para locais de tráfego intenso, nem para áreas sombredas.
Multiplica-se pela divisão dos rizomas enraizados.

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5. PREPARO DO SOLO
Para a implantação do jardim devemos seguir alguns procedimentos fundamentais
para a eficiência do processo.
5.1. Limpeza do terreno; em áreas recém-construídas devemos retirar plantas
invasoras e resto de construção, e em outras áreas eliminar plantas daninhas e outras
plantas que não farão parte do projeto.
5.2. Coleta da amostra do solo; a análise química do solo é um dos sistemas
mais usados no Brasil para avaliação da fertilidade do solo. Procura-se determinar a
fertilidade do solo, para recomendação da calagem e adubação e assim prevenir a
degradação ambiental.
5.3. Escarificação: deve-se arar todo o solo onde vai ser implantado o jardim,
com pelo menos 20 cm de profundidade. Os equipamentos devem atender as necessidades
de acordo com o tamanho do jardim.
5.4. Calagem; o calcário deve ser distribuído uniformemente na superfície do
terreno e incorporado por ocasião do preparo do solo, pelo menos 30 dias antes do plantio,
100 a 300 gramas por metro quadrado.
5.5. Adubação; aplicar o esterco de curral curtido, ou compostagem vegetal e
adubação mineral, junto com calcário de acordo com necessidade da planta.
A adubação tanto mineral quanto orgânica deve ser reposta tanto quanto a planta
necessite.
5.6. Incorporação:Depois de distribuído o calcáreo o adubo químico e orgânico,
deve-se incorporá-los até os 20 cm de profundidade, para o melhor desenvolvimento das
raízes.
6. PREPARO DE VASOS E JARDINEIRAS
Para plantio e cultivo de plantas ornamentais ou temperos como esta sendo muito
usado atualmente, os vasos e jardineiras deve ter um esquema para plantio, para que tenha
vida longa e saudável. Nestes termos é fundamental que o sistema deve ser
impermeabilizado e apresentar boa drenagem, preferencialmente com caco de telhas, e
na impossibilidade, faz-se com brita de diferentes tamanhos, de acordo com a
profundidade do vaso.
Substrato deve ser de qualidade, bem misturado, já contendo adubos e se
necessário calcário. Pode ser compreendido não apenas como suporte físico, mas como
fornecedor de nutrientes para a planta. Inúmeros materiais podem ser usados como
substrato. Entre os mais utilizados pode-se citar: turfa, compostagem orgânica,
vermiculita, solo, e outros substratos comerciais, sendo, na maioria das vezes, utilizados
em mistura. O substrato é um dos muitos fatores que condicionam o sucesso no
crescimento e desenvolvimento das plantas.
Em linhas gerais, um bom substrato de acordo com sua utilização é aquele que:

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✓ É firme e denso o suficiente para manter a estrutura de propagação em
condições até germinação ou enraizamento;
✓ Não encolhe ou expande com a variação da umidade;
✓ Retém água em quantidade suficiente;
✓ É suficientemente poroso para permitir a drenagem da água e a areação;
Deve haver proporcionalidade de tamanho entre as espécies ornamentais a serem
utilizadas e as dimensões do vaso ou jardineira. Para acabamento pode ser utilizado;
substrato, pedras (seixo ou britas), casca de pinus, argila expandida, entre outros.
Terra preparada para vasos
100 litros terra de barranco
50 litros esterco curtido
50 litros substrato, húmus, terra vegetal, torta de filtro, ou a mistura destes
0,5 kg de N-P-K: 4-14-8, ou Super-simples
5 litros de vermiculita ou areia grossa
5 litros de areia grossa
0,2 kg de calcário dolomítico

7. FORMAÇÃO E PROPAGAÇÃO DE MUDAS

7.1. Propagação sexuada: As plantas que produzem sementes apresentam ciclo


de vida que compreende uma fase vegetativa e outra reprodutiva.
7.1.1. Sementes; Além de ser a semente um meio de propagação menos
dispendioso que a propagação vegetativa, é um método utilizado na preservação de
espécies. Não transmitem viroses pela semente.
A germinação compreende uma complexa seqüência de mudanças bioquímicas,
morfológicas e fisiológicas.
Algumas sementes possuem o fenômeno da dormência, que retarda a germinação
para que ocorra em condições ideais para estabelecimento das plântulas, num instinto de
sobrevivência.
7.2. Propagação assexuada: ao contrario da sexuada, neste caso não há
segregação genética, ou seja há garantia de transmissão com fidelidade de todos os
caracteres da planta-matriz, mantendo a identidade do genótipo, obtendo um numero
infinito de plantas com a mesma constituição genética a partir de um único individuo.
Possibilita a propagação de plantas que não produzem sementes. A escolha das matrizes
é fundamental para o sucesso da propagação assexuada e para qualidade da muda.
7.2.1. Estaquia: é o termo utilizado para o processo de propagação no qual ocorre
enraizamento adventício em segmentos destacados da planta-mãe, que em condições
favoráveis, originam uma muda. Exemplos de plantas que enraízam através de estacas:
a) Apicais: azálea, hortênsia, calistemom.
b) Medianas: alamanda, camélia, hibisco, quaresmeira anã.
c) Basais: chorão, cipreste, Fícus,tuia.
Estacas foliares são comuns; bromélia, violeta.
Estacas radiculares são pouco comuns; manacá, papoula oriental.
Plantas produzidas por estaquia não possuem raiz pivotante, apenas raízes
adventícias, enquanto que por sementes possuem principal ou pivotante e secundarias ou
laterais.

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Fitohormônios são substancias orgânicas que ocorrem naturalmente nas
diferentes partes das plantas, em proporções baixíssimas, e são transloucadas dos locais
de síntese para o local de ação e influenciam o crescimento e desenvolvimento das
plantas. Análogos aos fitohormônios existem os fitorreguladores (sintéticos: Alxina), ou
reguladores do crescimento, que tem a mesma função de estimular crescimento
vegetativo, encontra-se em lojas do ramo.
7.2.2. Enxertia: A enxertia é a união dos tecidos de duas plantas, geralmente da
mesma espécie, passando a formar uma planta com duas partes: o enxerto (copa) e o
porta-enxerto (cavalo). A copa, cavaleiro ou enxerto é a parte de cima, que vai produzir
os frutos da variedade desejada e o cavalo ou porta-enxerto é o sistema radicular, o qual
tem como funções básicas o suporte da planta, fornecimento de água e nutrientes e a
adaptação às condições de solo, clima e doenças. A enxertia pode ser feita por vários
métodos, sendo os mais comuns a encostia, a borbulhia, a garfagem com suas variações,
conforme a planta, pois cada espécie se adapta a um tipo.
7.2.3. Borbulhia: A borbulhia consiste em se usar uma borbulha ou gema a qual
vai ser fixada junto ao cavalo, após o corte de parte do mesmo. A borbulha pode ser
fixada em um corte da casca ou sob ela, em uma abertura em forma de T que pode ser
normal ou invertido, em janela ou em placa. Todo corte deve ser feito com canivete bem
afiado. Para se executar a enxertia pós borbulhia, normalmente usa-se um cavalo de 1 a
1,5 cm de diâmetro, no qual se faz o corte a 10 – 15 cm. O corte é feito no sentido vertical
do ramo do cavalo, e depois no horizontal, na parte de cima ou de baixo do primeiro corte
ou em ambos. Neste corte, introduz-se a borbulha, retirada de um ramo da planta que se
quer propagar. Outro tipo é a borbulhia de placa, na qual se faz um corte de parte da casca
e lenho do cavalo, e a borbulha, retirada do ramo na mesma dimensão, é justaposta e
amarrada. Após a inserção da gema, amarra-se com fitilho plástico e espera-se a brotação
do enxerto, o que ocorre até os 30 dias após a enxertia. A retirada do plástico pode ser
feita de 15 a 45 dias, dependendo da planta. A época de enxertia é usualmente na
primavera para as plantas tropicais e no inverno para as temperadas. Após o pegamento
do enxerto, inicia-se a brotação da gema, cujo broto mais forte deve ser conduzido em
haste única, tutorado a uma estaca, à qual é amarrado, sendo as demais brotações
eliminadas, com canivete, tesoura de poda ou à mão, quando bem novas. O enxerto é
forçado a crescer, pela poda, anelamento ou curvamento do cavalo. O crescimento do
enxerto prossegue, até a altura acima da estaca (60 cm), quando, então, no ramo já
maduro, se faz a poda de formação, na altura da estaca. Abaixo do ponto da poda de
formação a futura copa da planta. O diâmetro do garfo deve ser de preferência igual ao
do cavalo, para boa justaposição das partes cortadas. Pode-se também fazer um corte
simples no cavalo e no garfo, no sentido inclinado e de igual tamanho, após o qual, o
garfo e o cavalo são justapostos e amarram-se as partes cortadas, visando a sua união
(tipo inglês simples). A garfagem pode ser feita a diferentes alturas no cavalo, desde
abaixo do nível do solo, até 1 m de altura. A garfagem pode ser feita também lateralmente
no cavalo, fazendo-se um corte na altura de 10 a 30 cm do chão, no qual o garfo cortado
é introduzido.
7.2.4. Garfagem: O forçamento da brotação em ramos da planta-matriz, para se
retirar os garfos, é importante no processo de garfagem de algumas plantas. Ele é feito,
eliminando-se folhas, despontando ou anelando os ramos que vão ser cortados para se
retirar os garfos, de 15 a 20 dias antes da enxertia, ainda na planta. Há o forçamento na
brotação das gemas, o que facilita o pegamento após a enxertia. O cavalo para a garfagem

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pode ser o mesmo daquele indicado para a borbulhia, ou mais grosso. A garfagem mais
comum é feita no topo, cortando-se a parte apical do cavalo na horizontal, e nesta
fazendo-se um outro corte perpendicular ao primeiro, com cerca de 3 a 4 cm (fenda
cheia). Nesta fenda, coloca-se o garfo, o qual foi previamente preparado com dois cortes,
formando na sua parte basal uma cunha. É necessário que esta cunha seja bem adaptada
ao corte feito no cavalo, para que se processe a união, após o amarrio com fitilho plástico.
Algumas espécies requerem que seja feita uma câmara úmida para melhor pegamento, o
que se consegue com o amarrio de um saquinho plástico, cobrindo o garfo. Na fenda
esvaziada, o corte no cavalo também é em cunha.
7.2.5. Alporquia: é um método usado para propagar plantas difíceis de enxertar.
É uma variação da mergulhia. Neste método, escolhe-se, em uma planta adulta, alguns
ramos de 1 a 3 cm de diâmetro, faz-se neles um anelamento (retirada da casca) de 3 a 5
cm e, depois, cobre-se a parte anelada com esfagno ou uma mistura de esterco e serragem
úmida, cobrindo com saco plástico, bem amarrado, forçando assim o enraizamento no
local cortado. Pode-se fazer um anel também abaixo do local que vai enraizar, para forçar
a brotação das gemas. Vai-se cortando mais, conforme o enraizamento, até se destacar o
ramo bem enraizado, tendo-se então a muda. Esta necessita de um estufim, ou câmara de
nebulização com alta umidade para ser colocada, após a sua retirada da planta para um
período de adaptação e pegamento. Varias plantas têm sido assim propagadas, embora
seja um método caro e de pouco rendimento.
a)- Com uma faca ou canivete afiado, faça dois cortes logo abaixo da última folha
do tronco ou ramo escolhido. Retire a casca entre os cortes, tomando o cuidado de não
danificar a parte interna do caule.
b)- Logo em seguida, pincele a parte que foi descascada com um pouco de pó de
hormônio enraizador (encontrado em lojas especializadas).
c)- Prepare um pouco de esfagno, colocando-o na água e, depois, espremendo-o
bem para retirar o excesso de água.
d)- Amarre um plástico ao redor do caule, logo abaixo do corte, formando uma
espécie de saco.
e)- Encha o saquinho plástico com o esfagno umedecido, apertando-o bem ao
redor do corte, de forma que fique totalmente coberto.
f)- Feche o saquinho, amarrando-o com um barbante ao redor do caule. Para
garantir a umidade interna, vede as extremidades amarradas com fita isolante
impermeável.
g)- Coloque o vaso sobre um prato com pedrinhas e água, mantendo-o num
ambiente quente e úmido. Após algumas semanas, as raízes começarão a surgir através
do esfagno. Retire, o plástico e corte o caule logo abaixo da bola de esfagno, usando uma
tesoura de poda e fazendo um corte horizontal.
h)- Prepare um novo vaso com uma mistura de solo adubado e plante a nova muda
imediatamente. Mantenha o esfagno no local, para não danificar as novas raízes. Regue
em seguida.
7.2.6. Mergulhia: A mergulhia consiste no enraizamento de uma parte da planta
a ser propagada, na própria planta e depois o destacamento da mesma para obtenção da
muda. Há muitas variações, dependendo do tipo de ramo, da porção do ramo enterrada
no solo ou do seu comprimento, obtendo-se, assim, uma ou mais mudas. A base do
processo é o enterrio de uma porção de um ramo, curvado da planta que se quer propagar,
para que enraíze e, depois do enraizamento, destaca-se de uma vez ou gradativamente a

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muda, plantando-a em um recipiente. O ramo que vai ser enterrado deve ser desfolhado
ou anelado e, depois, preso ao solo por uma estaca de madeira, bambu ou pedaço de
arame grosso. A jabuticabeira, o abieiro, camu-camu e outras plantas podem ser
propagadas por mergulhia.

8. PLANTIO
8.1. Planejamento; para o plantio de espécies vegetais indicadas para o projeto
de jardinagem, o terreno deverá estar livre de plantas daninhas, limpo de detritos de obra,

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lixo e restos de construção. Em seguida, deve-se nivelar o terreno de acordo com o
manual de implantação do projeto.
8.2. Plantio em cova; Preparar as covas deve-se marcar o local para abertura.
Primeiro transplanta-se mudas de árvores e de palmeiras de grande porte seguindo as
recomendações: Covas grandes para facilitar o desenvolvimento das raízes, molhar a
cova com abundancia, estaquear a muda para não tombar, palmeiras podem ter as folhas
amarradas para evitar perda excessiva de água, e finalmente regas abundantes e
constantes; depois se transplanta arbustos e trepadeiras de acordo com o memorial
botânico e do manual de implantação. As covas deverão ser compatíveis com o tamanho
do torrão da muda e com as mesmas recomendações as árvores.
8.3. Plantio em canteiro; espécies herbáceas e forragens são geralmente
plantadas em canteiros que deve ser muito bem preparado através do revolvimento do
solo e profundidade variando entre 15 e 20 cm. Após incorporar calcário quando
recomendados adubos e areia (se necessário), misturando deixando mais homogêneo
possível.
8.4. Plantio de gramas; O preparo do solo para plantio de gramados é de
fundamental importância. A primeira atividade é a limpeza do terreno, erradicando as
plantas daninhas, através da capina ou aplicação de herbicidas. As atividades seguintes
são: para grandes áreas, aração, gradagem, destorroamento, rastelamento e nivelamento,
para áreas pequenas aração e gradagem deve ser substituída pela escarificação. O
importante é que o terreno fique com boa aeração, sem estar compactado, o rastelamento
auxilia na retirada de pedras e torrões. Nivelamento do terreno para evitar depressões ou
lombadas. Para um bom desenvolvimento, os gramados necessitam de circulação de ar
no solo, água suficiente, mas não exagerada, e suplementação mineral.
8.5. Plantio em vasos / jardineira; deve haver proporcionalidade de tamanho
entre as espécies ornamentais a serem utilizadas e as dimensões do vaso ou floreira. As
espécies selecionadas também devem ser adaptadas às condições ambientais de onde
estão dispostos os vasos e floreiras: sol, sombra ou meia sombra. Para o plantio faz-se
uma abertura no substrato e se introduz a muda, apertando para evitar a formação de
bolsões de ar. Se for necessário utilizar tutores. Para acabamento pode ser utilizado;
pedras (seixo ou britas), casca de pinus, argila expandida, entre outros.

9. CONDUÇÃO E MANUTENÇÃO DE JARDIM


9.1. Adubação; A prática da adubação consiste, em repor os nutrientes retirados
do solo pelas plantas. Num jardim existem plantas com diferentes necessidades de
nutrientes, e a água das chuvas favorece uma rápida lixiviação do solo, a adubação, em
jardinagem, acaba se tornando uma prática necessária. Isso é tão mais verdade quando se
fala de plantas cultivadas em vasos, jardineiras ou canteiros internos. A pouca
possibilidade de recomposição natural dos nutrientes do solo que acontece na natureza
pela decomposição de restos vegetais e animais, toma a prática da adubação quase
obrigatória. Aliás, plantas melhoradas geneticamente, como muitas das ornamentais que
utilizamos nos nossos vasos e jardins, são muito mais exigentes em termos de nutrientes.
E isso deve ser levado em conta na hora da adubação, para não se correr o risco de perder
a muda ou abreviar seu tempo de vida. Na prática, costuma-se dividir os adubos em dois
grandes grupos: orgânicos e inorgânicos. Orgânicos são aqueles provenientes de matéria
de origem vegetal ou animal, os inorgânicos são obtidos a partir da extração mineral ou
de derivados do petróleo. Os adubos orgânicos têm maior permanência no solo, embora

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sejam absorvidos mais lentamente, enquanto os adubos inorgânicos são absorvidos mais
rapidamente e têm concentração mais forte, donde vem o perigo da superadubação.
Assim, uma medida sensata, na hora de adubar, seria privilegiar sempre os adubos
orgânicos, deixando os inorgânicos para os casos de cultivo em solos comprovadamente
pobres ou para o caso de correção de deficiências nutricionais verificadas no
desenvolvimento das plantas. A matéria orgânica aumenta a capacidade de retenção de
água, melhora a condição de penetração das raízes, propicia condições para os
organismos microscópicos se desenvolverem, além de conter os nutrientes necessários.
Os adubos orgânicos têm na sua composição diferentes elementos químicos em
quantidades semelhantes. Por isso, eles melhoram a textura do solo e tendem a aumentar
a quantidade de bactérias que dão vida ao solo. Como precisam de mais tempo para se
degradar, são absorvidos pelas plantas mais lentamente. Contratar um profissional
técnico que possa analisar o solo e fazer uma indicação balanceada de todos os nutrientes
que o solo necessita seria o ideal. E regue sempre as plantas depois da adubação.
Os minerais nutrientes são divididos em duas categorias: Macro e Micro
nutrientes.
MACRO NUTRIENTES:
Nitrogênio N
Fósforo P
Potássio K
Este é o famoso N.P.K. E é como se fosse o arroz, o feijão e carne das plantas e
são usados em maior quantidade pelas mesmas.
Aonde age cada um destes Macro Nutrientes na planta?
Basicamente podemos dizer que:
O Nitrogênio (N) tem ação na parte verde da planta ou seja, favorece a brotação,
faz com que sua planta fique repleta de folhas, com um verde saudável e vivaz.
Já o Fósforo (P), promove o crescimento das raízes e estimula e favorece a
floração e frutificação.
E por fim, o Potássio (K), está relacionado com quase todas as funções
fisiológicas que ocorrem dentro da planta. Na fotossíntese determina maior utilização de
luz e serve como catalisador para muitas das reações enzimáticas das células vegetais.
Favorece de maneira geral a tudo que acontece na planta, principalmente em suas raízes,
caules e ramos.
Cálcio(Ca), Magnésio(Mg), e Enxofre(S).

MICRO NUTRIENTES
São dez no total e como o próprio nome sugere, são usados em pequenas
quantidades pelas plantas. Sua ação nas mesmas é muito variada, participam de todo
complexo fisiológico das plantas.
Normalmente os solos são auto suficientes em relação a estes minerais. E você
não precisa se preocupar com o uso dos mesmos. Se você estiver escolhendo um adubo
e o mesmo contiver também micro nutrientes é sinal de que este produto é mais
completo do que um adubo que não os contem.
Micro Nutrientes:
Cobre(Cu), Ferro(Fe), Manganês(Mn), Zinco(Zn), Boro(Bo), Cloro(Cl) e
Molibdênio(Mo).

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Adubos Químicos: são chamados de NPK porque contém em suas fórmulas maior
quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio. Uma fórmula NPK 12–10–6, indica que o
produto contém 12% de N (nitrogênio) + 10% de (fósforo) + 6% de K (potássio), obtém-
se 28% de elementos nobres presentes na mistura.
Aplicação do adubo e época: Para a fertilização da camada arável do solo, deve-
se incorporar o adubo homogeneamente à terra até 20 a 30 cm de profundidade, que
propiciará um maior desenvolvimento da parte aérea e subterrânea da planta. Quando o
jardim já estiver plantado, no caso de árvores, fazer um anel de coroa, isto é cavarmos
um anel de 15 cm em volta do tronco, na projeção da copa da árvore, onde colocaremos
o adubo, deve ser feito uma vez ao ano, no início da primavera, misturando-se NPK com
composto orgânico. Para arbustos a mesma adubação das árvores, espalhando-se no solo
em volta, um pouco afastado do tronco. Nos gramados é feita a adubação por cobertura,
no início da primavera e do verão. Pode-se espalhar composto orgânico em toda a sua
extensão, regar com uréia misturada a água conforme dosagem recomendada, ou espalhar
NPK, cuidando para que não haja acúmulo e depois regar abundantemente. Nos canteiros
espalhar também adubos orgânicos ou misturados com NPK. Em vasos usar uma mistura
de terra preta vegetal, húmus, matéria orgânica, areia e NPK. Podemos usar os adubos
foliares, são líquidos, misturados em água e pulverizados nas plantas, são absorvidos
através das folhas. Durante o outono e inverno as plantas entram numa fase de dormência,
caracterizada pela redução de sua atividade vegetativa. A fertilização durante este período
deve ser diminuída ou evitada. Cuidado com a superadubação, todo o excesso prejudica
as plantas, as folhas e caules apresentam-se queimados, ficam com aspecto doentio e
fraco. Para corrigir, regar abundantemente, ou trocar o substrato no caso de vasos.
Dosagem. Leia e releia sempre as instruções dos rótulos antes de preparar e
aplicar adubos industrializados.
9.2. Controle de pragas e doenças; Regras básicas para planta sadia:
a - Uma planta sadia, com adubação organo-mineral bem equilibrada tem menos
chance de adoecer.
b - Plantar na época certa (principalmente hortaliças).
c - Usar plantas repelentes (arruda, gerânio, malva rosa, mastruz, artemisia,
crisântemo, cravo de defunto) e atraentes para insetos (girassol e fumo)
Um outro uso para o cravo de defunto, também conhecido com tagetes: “cama” para
cachorro, afugentando as pulgas. Interessante: tomilho junto de repolho repele a lagarta
das folhas.
d - A pimenta é uma planta repelente por excelência. Amassar 3 a 6 frutos/litro,
ferver com uma pitada de sabão neutro (usar sempre sabão neutro) e pulverizá-las nas
plantas, como preventivo de insetos.
e - Atenção: Às vezes a mudança de coloração nas folhas de plantas não é causada
por doença, mas por excesso ou falta de água, excesso ou falta de adubo. É importante
manter o solo bem drenado. Solo excessivamente úmido é ideal para a propagação de
todo tipo de doença. São os fatores ambientais influindo na incidência de doenças.
f - Neutralizar a acidez do solo com calcáreo ( 1 kg para cova de 80 cm x 80 cm
x 80 cm ) ou 300 g por m2, é uma grande arma contra os fungos, por exemplo.
g - Para plantas de interior, ou de meia sombra, evitar molhar as folhas durante a
irrigação.
h - Muitas vezes não há necessidade de aplicar coisa alguma, a simples eliminação
das partes afetadas controla a doença.

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9.2.1 – PRAGAS
Ácaros - são “primos das aranhas” sugadores, invisíveis, atacam brotações,
principalmente de mamoeiros, e também flores e frutos de várias plantas. Receitinha
caseira: misturar 1 copo de leite azedo em 1 litro de água e pulverizar.
Cochonilhas - insetos sugadores, divididos em três grupos : com carapaça, com
proteção cerosa (de cera) e nuas . Excretam uma substância açucarada (por isso sempre a
presença de formiguinhas), que facilita o aparecimento de fumagina ( a folha fica preta,
como se tivesse recebido uma descarga de fumaça preta ). Controlar a cochonilha na fase
larval é mais fácil. Receita: 50 ml de óleo mineral em 1 litro de água e pulverizar. Às
vezes, como no caso dos pulgões, um bom jato de água, em plantar fortes, elimina essa
praga. Ver receita do vinagre contra pulgões.
Receitas da calda de fumo (serve também contra pulgões e lagartas).
Receita 1 - Picar 10 g de fumo de rolo em ½ litro de água e ferver por 10 minutos.
Coar e acrescentar mais 2 litros de água. Adicionar 2 a 3 colheres de sabão neutro (de
coco) ralado e deixar por 24 horas. Após este período coar novamente e diluir em 4 litros
de água e aplicar no mesmo dia.
Receita 2 - Coloque 100 g de fumo de rolo bem picado em 1 litro de água por 3
dias. (recomenda-se que antes de colocar o fumo na água está deve ser previamente
aquecida). Coe a solução. Para melhorar a aderência (o famoso “espalhante adesivo”) use
100 ml de álcool e uma pitada de sabão neutro ralado para cada litro de solução.
O ideal é aplicar no mesmo dia em que a solução ficar pronta.
Receita 3 - (recomendada pela EMATER-DF): Colocar 120 g de fumo de rolo,
bem picado (tipo cigarro de palha) em 1 litro de álcool hidratado, por 24 horas.
Armazenar o produto em uma embalagem de plástico e ir aplicando conforme a
necessidade. Misturar 20 ml da solução por litro de água e aplicar uma vez por semana.
O fumo não deve ser reutilizado.
Inseticida Natural a base de Pimenta
A receita é a seguinte:
Dois litros de pinga
200 gramas de alho
50 gramas de pimenta do reino
50 gramas de pimenta malagueta
e 50 gramas de pimenta cumari.
O alho é amassado e vai para o galão, com casca e tudo. A pimenta malagueta é cortada,
a comari, amassada, e a pimenta-do-reino, moída. A pinga vai logo depois. “Coloca um
pouco, chacoalha, mistura. Aí coloca de novo um pouco e chacoalha mais”. E pouco a
pouco, ele vai chacoalhando o galão até acabar os dois litros de pinga indicados na receita.
“A calda vai ficar 20 dias no mínimo. Quanto mais tempo. Fica melhor e serve para
exterminar pulgão, vaquinha, bicho minador.
A vaquinha é um bichinho verde e amarelo, que na lavoura de berinjela provoca estragos
nas folhas e faz a produção cair. Já o bicho minador deforma o fruto, prejudicando a
comercialização.
Depois de curtir por pelo menos 20 dias, a calda está pronta para ser utilizada.
Para o preparo da solução:
20 gramas de açúcar mascavo, o que corresponde a uma colher de sopa bem cheia;
dez litros de água; 50 ml da calda, o que dá três colheres de sopa e meia do produto;
e 35 ml, ou duas colheres e meia de sopa, de vinagre, de preferência de arroz.

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O açúcar ajuda a fixar a calda nas plantas e o vinagre aumenta a eficiência da solução.
Uma vez por semana.

Besouros - podem ser benéficos, como a joaninha, que controla os pulgões, sendo
um aliado da planta. Ver receita da calda bordaleza mais a frente.
Formigas e cupins - de difícil combate, pois é preciso destruir a rainha.
Plantio de gergelim minimiza o ataque. (colocar placa indicativa com seta, para que as
formigas encontrem logo o gergelim). Vários métodos de perturbação (como tampar bem
as entradas, encher de água...) mantêm as formigas ocupadas... e não cortam.
Lagartas - mastigam as folhas e são de fácil combate, vulneráveis aos métodos
de controle biológico. Muitas vezes a catação manual (elas não mordem!) resolve. Mas
cuidado com as lagartas de fogo, aquelas adultas com pêlos vistosos, mas urticantes. A
maioria das lagartas são de hábito noturno. (De dia elas se abrigam em casulos as vezes
fáceis de serem localizados, próximo das folhas que comeram...)
Ver Receitinha 1 contra lesmas. O inseticida biológico DIMIPEL (à venda na Pau-
Brasília) é ideal para combate a lagartas. É uma bactéria (Bacillus thuringiensis) que mata
as lagartas quando ingerida por elas. Inofensiva para seres humanos.
Outra boa contra lagartas: cortar uma cabaça verde ou abóbora e colocar um inseticida
(piretróide) sobre a parte cortada (pode ser em fatias) e espalhar os pedaços pela horta ou
jardim. Quando estiver cheia de lagartas, jogar fora.
Percevejos - algumas espécies sugam as plantas, outras são extremamente
benéficas, sendo predadores de outras pragas, como lagartas. Portanto, algumas espécies
devem ser conhecidas e protegidas. Entre as maléficas estão os barbeiros, transmissores
da doença de Chagas.
Pulgões - insetos sugadores, inoculam vírus. Evitar adubo fresco (não curtido) e
adubação excessivamente nitrogenada (por ex. muita uréia). Infesta quando o solo é pobre
em matéria orgânica. Controles alternativos: cozimento das folhas de alamanda ou arruda
ou coentro (ferver 300 g folhas/1 litro de água, separadamente, coá-las e pulverizá-las
nas folhas doentes). Para poucas plantas doentes, usar vinagre ou álcool num pano e
passar nas partes afetadas. As joaninhas comem ovos de pulgões. As flores de cenoura
atraem um tipo de mosca, que devora os pulgões. Às vezes um bom jato d’água, quando
a planta é firme, elimina os pulgões.
Lesmas e caracóis - moluscos de fácil controle biológico.
Receita 1 - 200 g de losna para 1 litro de água. Ferver por 5 minutos, deixar curtir
mais 10 minutos e pulverizar nas plantas.
Receita 2 (esta é fácil) - em um recipiente rente ao solo (pode se um prato raso
pequeno) colocar um pouco de cerveja com sal. Dica: colocar em torno da área que se
deseja proteger uma faixa de uns 15 cm de cal virgem, que adere ao corpo destes
moluscos, ao passarem, matando-os. Outra dica: Juntar sacos velhos (trapos), embebe-
los com água açucarada ou salmoura fraca ou leite. Na manhã seguinte...recolher os
sacos.
9.2.2 - DOENÇAS
Fungos - são vegetais sem clorofila, causam diversas doenças em plantas, como
a antracnose que queima as folhas e causa apodrecimento de frutos, muito comum nas
mangueiras, por exemplo. Os fungos causam também as conhecidas ferrugens, formando
pequenas manchas nas folhas. Remover sempre que possível as folhas infectadas e aplicar
fungicidas a base de cobre.

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O melhor fungicida é a CALDA BORDALEZA.
Olha a receita: 100g de sulfato de cobre*, 100g de cal virgem e 10 litros de água.
Coloca-se o sulfato de cobre, bem triturado, num saquinho de pano ralo, na superfície de
meio litro de água, num recipiente que não seja de ferro. Fazer pasta (leite de cal)
adicionando 100 g de cal virgem em meio l litro de água. Coar o “leite” e coloca-lo num
recipiente (nunca de ferro). Em outro recipiente já deve constar a solução de sulfato de
cobre. Misturar as duas soluções simultaneamente, usando uma pazinha de madeira.
Agora o teste de acidez: pegue uma faca ou canivete e sobre a lamina, bem limpa, coloque
duas ou três gotas da calda preparada e, após três minutos, sacuda a lamina. Se ficarem
manchas avermelhadas nos pontos onde estavam as gotas de calda, esta ainda está ácida.
Quer dizer: adicionar mais uma pouco de “leite de cal” até que fique neutra ou
ligeiramente alcalina. O ideal é aplicar a calda no mesmo dia, mas se tiver que conservar
a calda por 2 ou 3 dias para depois aplica-la, adicione 5 g de açúcar para cada 1 litro de
calda preparada.
*Dos produtos comerciais a base de cobre á venda pode-se recomendar o
CuproDimy, de baixa toxidez.
Preparo e uso da calda bordalesa
A calda bordalesa é uma das formulações mais antigas e mais eficazes que se conhece, tendo
sido descoberta quase por acaso, no final do século XIX, na França, por um agricultor
que estava aplicando água com cal para evitar que cachos de uva de um parreiral próximo
de uma estrada fossem roubados. Logo, percebeu-se que as plantas tratadas estavam
livres da antracnose. Estudando o caso, um pesquisador chamado Millardet descobriu que
o efeito estava associado ao fato do leite de cal ter sido preparado em tachos de cobre. A
partir daí, desenvolveu pesquisas para chegar à formulação mais adequada da proporção
entre a cal e o sulfato de cobre.
Como preparar a calda bordalesa:
A formulação a seguir é para o preparo de 10 litros; para fazer outras medidas, é só manter
as proporções entre os ingredientes.
a) Dissolução do sulfato de cobre: No dia anterior ou quatro horas antes do preparo da calda,
dissolver o sulfato de cobre. Colocar 100 g de sulfato de cobre dentro de um pano de algodão,
amarrar e mergulhar em um vasilhame plástico com 1 litro de água morna;
b) Água de cal: Colocar 100 g de cal em um balde com capacidade para 10 litros. Em seguida,
adicionar 9 litros de água, aos poucos.
c) Mistura dos dois ingredientes: Adicionar, aos poucos e mexendo sempre, o litro da solução
de sulfato de cobre dentro do balde da água de cal.
d) Teste da faca: Para ver se a calda não ficou ácida, pode-se fazer um teste, mergulhando
uma faca de aço comum bem limpa, por 3 minutos, na calda. Se a lâmina da faca sujar, isto
é, adquirir uma coloração marrom ao ser retirada da calda, indica que esta está ácida,
devendo-se adicionar mais cal na mistura; se não sujar, a calda está pronta para o uso.
Convém lembrar que a calda bordalesa perde a eficácia com o passar do tempo, por isso deve
ser usada até, no máximo, três dias depois de pronta. Evitar a aplicação em épocas muito
frias, sujeitas à ocorrência de geadas.

Bactérias - causa murcha da planta e conseqüentemente a morte. (muitas vezes


achamos que é falta de água, regamos e ela continua murcha e morre... são as bactérias).
São de difícil controle, eliminar a planta. Outra dica: usar rotação de cultura, isto é, nunca
plantar a mesma planta no mesmo local da que morreu, certo?

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Vírus - são transmitidos por insetos sugadores como pulgões (os vírus se alojam
nas “línguas” destes animaizinhos) e também por sementes contaminadas. Causam
manchas amareladas entre as nervuras das plantas. Não há remédio contra vírus em
plantas, que devem ser eliminadas. Solução: eliminar os insetos transmissores do vírus,
como os pulgões, por exemplo.
9.3. Controle de plantas invasoras; são vegetais não desejados, com grande
agressividade competitiva, grandes produção e longevidade de sementes. Infestam
jardins, jardineiras, produção de mudas, praças públicas e até ambientes aquáticos como
lagos. Interferem no embelezamento competindo com as plantas ornamentais em água,
luz, e nutrientes. As medidas de controle podem ser:
✓ Cultural; escolha de variedade bem adaptadas e competitivas; correta época
de plantio, densidade, quantidade de sementes, espaçamento e adubação;
irrigação e drenagem; cobertura do solo.
✓ Mecânico e físico; arranques manuais de plantas daninhas, utilizado para
áreas menores; capina utilizando enxada, para áreas um pouco maiores;
roçada manual ou mecânica, utilizada principalmente em taludes para evitar
erosão.
✓ Químico; consiste na utilização de produtos químicos, que matam alguns tipos
de plantas, sem prejudicar outras. O uso deste, deve visar; controle eficiente
das plantas daninhas, fitoxicidade mínimas sobre a cultura, mínimo de
agressividade ao MEIO AMBIENTE, mínimo de toxicidade aos animais e ser
econômico.
9.4. Irrigação; a irrigação é a forma artificial de aplicação de água às plantas, de
forma a suprir suas deficiências hídricas em épocas de regime pluvial escasso, em
quantidade e uniformidade satisfatórias, proporcionando um bom desenvolvimento das
plantas. Em jardins menores pode ser aplicado com auxilio de mangueiras, mas se for de
forma irregular poderá aparecer mancha amareladas, e presença de pragas e insetos. Para
se obter uma máxima eficiência e boa uniformidade de distribuição de água no solo, o
sistema deve ser dimensionado de acordo com critérios preestabelecidos, em função das
plantas a serem irrigada, capital a investir, condições topográficas e de solo,
características hidráulicas, entre outros. Os equipamentos utilizados em irrigação dos
jardins podem se classificados em quatro categorias:
✓ Pulverizadores (spray); são versáteis, eficientes para pequenas e médias áreas,
tornando-se oneroso as grandes áreas, pelo aumento do numero de aspersores.
✓ Bocais de inundação (flood); sua aplicação mais importante é quando não se
deseja borrifar água nas folhagens das plantas. Gasta-se muita água, exige
uma sistematização do solo boa, tira-se o ar do solo e para algumas culturas
afoga as plantas. Mas gasta pouca energia.
✓ Aspersores rotacionais ou rotores; é o mais utilizado em praças, parques,
escolas, campos de futebol e golfe. Pode atingir diâmetro de 9 a 60 metros.
✓ Micro-aspersores e micro-pulverizadores. Os micros aspersores são pequenos
aspersores que tem raios bem pequenos máximo de 3 a 4 m e com pequenas
vazões aspergindo água apenas ao redor das plantas.As instalações são mais
baratas que o tradicional aspersor, mas é muito frágil com um índice de mau

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funcionamento grande, pois qualquer inclinação que tenha muda
substancialmente seu raio de ação. Alem disto são fáceis de se entupir.

9.5. Tutoramento; A condução da planta é de grande importância. Só assim


consegue mantê-la na posição correta. Existem varias maneiras de tutorar as plantas em
um jardim, desde uma simples vareta de bambu até sofisticadas malhas feitas com treliças
de madeira ou amarrações realizadas com materiais variados. O material mais
recomendado é o fitilho plástico, fita de borracha, retalho de algodão. Sempre na forma
de 8 deitado “∞” para não ter contato a planta. De maneira geral, as plantas novas recebem
um apoio pequeno, sendo substituído a medida que vão crescendo.

10. PODAS
Considerações e tipos de podas
Nas áreas urbanas, a poda é uma prática permanente, que visa garantir um
conjunto de plantas vitais, seguras e de aspecto visual agradável. Deve ser feita a partir
de um levantamento das espécies predominantes na arborização da cidade. O calendário
da atividade é montado de acordo com o local de ocorrência da espécie e sua melhor
época de poda.
10.1. Regras fundamentais para o executor da poda:
· Arquitetura da copa das árvores
· A fisiologia da compartimentalização
· As técnicas da poda
· As ferramentas e equipamentos mais apropriados para cada atividade
Para a correta utilização da poda, é necessário reconhecer os três tipos básicos de
poda em árvores urbanas e utilizar a que for mais recomendada para cada caso:
10.2. Poda de educação (ou de formação)
A poda dos galhos deve ser realizada o mais cedo possível, para evitar cicatrizes
muito grandes, desnecessárias. A poda de formação na fase jovem sempre é uma
mutilação, devendo ser executada com cuidado. Deve-se conhecer o modelo
arquitetônico da espécie, considerando, portanto, o futuro desenvolvimento da copa no
espaço em que a árvore está estabelecida. Galhos baixos que dificultarão a passagem de
pedestres e de veículos deverão ser eliminados precocemente. Galhos que cruzarão a copa
ou com inserção defeituosa deverão igualmente ser eliminados antes que os cortes se
tornem muito difíceis.
10.3. Poda de manutenção (ou limpeza)
São eliminados basicamente galhos senis ou secos, que perderam sua função na
copa da árvore. Estes galhos podem, em algumas circunstâncias, ter dimensões
consideráveis, tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação. Deve ser
dada especial atenção à morfologia da base do galho.

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10.4. Poda de segurança
Tecnicamente é semelhante a poda de manutenção, com a diferença de ser
praticada em galhos normalmente vitais ou não preparados, pela árvore, para o corte. A
alternativa para esta eventualidade é o corte em etapas. Na primeira poda, o galho é
cortado a uma distância de 50 a 100 cm do tronco. Após um ou mais períodos vegetativos,
procede-se à segunda poda, agora junto ao tronco, concluindo a operação de remoção do
galho.
10.5. Poda de produção
É aquela poda que visa não à estética da planta, mas principalmente a produção
comercial desta planta. Podemos citar roseira, parreira, figueira, entre várias outras.
10.6. Corte de raízes
A capacidade de regeneração das raízes é bem mais limitada que a regeneração
da copa. Quanto maior a dimensão da raiz cortada, mais difícil e demorada sua
regeneração, maiores também os riscos para a estabilidade da árvore. Deve-se evitar o
corte de raízes grossas e fortes, principalmente próximo ao tronco (raízes basais).
A maneira mais eficiente de evitar problemas com raízes é a criação de um espaço
adequado para o desenvolvimento da árvore. Embora cada espécie tenha modelos de
arquitetura radical próprios, o meio físico é o principal modelador das raízes.
Calda Bordaleza para cicatrização da poda
300 ml água
100 g cal hidratada
100 g sulfato de cobre
Primeiro separe a água, depois acrescente 100 gramas de cal, misturando, e depois
o 100 gramas de sulfato de cobre, sempre mexendo bem, e está pronto a pasta para
cicatrizar o local onde foi podado.

10.7. Orientações sobre poda


· Observar condições biológicas da árvore, considerando se já há botões florais
ou flores. Caso existam, deve-se evitar a poda.
· Conferir condições físicas da árvore, observando o estado do tronco (oco,
rachaduras, podridão), galhos secos ou mortos.
· Analisar a fiação, caso esteja encostada nos galhos, desligar a rede, testá-la e
aterrá-la e, após, proceder a poda com os cuidados necessários.
· Executar a poda com segurança, começando a operação, sempre que possível,
de fora para dentro da árvore, usando ferramentas adequadas.
· Deve-se cortar galhos pesados em pedaços. Os mais leves descem inteiros. Usar
sempre cordas para apoiá-los, antes de proceder o corte.
· Escolher a melhor época de efetuar a poda, que é logo após a floração, mas as
podas realizadas no final do inverno e início da primavera promovem a cicatrização dos
ramos de forma mais efetiva.
· Adequar uma árvore a um espaço menor do que seu desenvolvimento natural
exige não é recomendável. Selecionar outra espécie que se desenvolva com menos
espaço.
· Não reduzir a copa demasiadamente. Se uma poda severa for necessária,
processá-la em etapas, com maior freqüência.

11. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

51
Paiva, Patrícia D.de O.Implantação e manutenção de jardins. Lavras/MG. UFLA/FAEPE,
2001. 88p.
Paiva, Patrícia D.de O. Plantas ornamentais: classificação e uso em paisagismo.
Lavras/MG. UFLA/FAEPE, 2001. 121p.
Bastos, Ana Rosa R. Manejo do solo e adubação para plantas ornamentais. Lavras/MG.
UFLA/FAEPE, 2002. 147p.
Guerra, Milton de Souza."Receituário Caseiro: Alternativas para o Controle de Pragas e
Doenças de Plantas Cultivadas e de seus Produtos", publicado pela EMBRATER , em
1985.
Site: http://www.jardineiro.net/index.php

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