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Atividade Piscátoria - RESUMOS

O documento discute os principais fatores que influenciam os recursos piscatórios, incluindo condições ambientais e áreas de pesca. A plataforma continental é uma área rica em recursos devido à pouca profundidade e nutrientes trazidos por rios. A pesca é importante socioeconomicamente, embora esteja diminuindo. Diferentes tipos de pesca ocorrem em áreas costeiras e oceânicas.

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Atividade Piscátoria - RESUMOS

O documento discute os principais fatores que influenciam os recursos piscatórios, incluindo condições ambientais e áreas de pesca. A plataforma continental é uma área rica em recursos devido à pouca profundidade e nutrientes trazidos por rios. A pesca é importante socioeconomicamente, embora esteja diminuindo. Diferentes tipos de pesca ocorrem em áreas costeiras e oceânicas.

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Os principais fatores que influenciam os recursos piscatórios

A abundância de peixe é influenciada pelas condições: temperatura, iluminação, salinidade e oxigénio das
águas .
Como as referidas condições dependem da profundidade das águas e das correntes marítimas, existem nos
oceanos áreas de maior e menor abundância e diversidade de espécies.

A plataforma continental

É uma extensão da placa continental que se encontra submersa e cuja profundidade não ultrapassa os 200
metros, terminando com um acentuado aumento do declive.

Fatores favoráveis à abundância de recursos piscatórios na plataforma continental as águas:

● Pouco profundidade, o que permite uma maior penetração da luz;


● Possuem menor teor de sal, devido à agitação e ao facto de receberem as águas continentais dos rios
que nelas desaguam;
● Ricas em nutrientes, pois existem boas condições de luz e oxigénio para a formação de plâncton e
recebem os resíduos orgânicos transportados pelos rios.

A quantidade e a diversidade de fauna marinha são maiores nas áreas da plataforma continental.

Atividade piscatória

Relevância socioeconómica do setor das pescas:

● O significativo número de empregos que gera, a nível local;


● Atividades que dinamiza quer a montante quer a jusante;
● A alimentação tradicional portuguesa.

Contudo, o setor das pescas tem vindo a perder importância económica e ao nível dos postos de trabalho que
gera.Esta situação liga-se, de forma significativa, à diminuição progressiva da produção de pescado,
insuficiente para dar resposta à procura do mercado.

Tipos de área de pesca:


Pesca local

● Rios, estuários, lagunas, na costa (6 ou 10 milhas)


● Embarcações pequenas ≃ 9 metros de comprimento
● Artesanal e sazonal

Pesca Costeira

● Pode ser exercido em águas internacionais ZEE ( 6 milhas da costa)


● Embarcações de dimensões superiores ( 9 metros de comprimento)
● Autonomia para poder estar até 2 semanas no mar

Pesca de Largo

● Prática-se além das 12 milhas da costa


● Embarcações têm uma tonelada
● Tem condições de habitação para tripulação para vários meses
● Tem equipamentos de transformações e armazenamento do pescado

Técnicas utilizadas:

Pesca artesanal
● Meios tradicionais
● Período no mar curto menos do que 1 dia
● Pequenas embarcações

Pesca industrial

● Meios modernos e sofisticados


● Período no mar pode ser 1 semana até 1 mês
● Grandes embarcações equipadas

Artes de pesca

● Polivalente – utiliza diversas artes;


● De arrasto – utiliza redes em forma de saco que são puxadas muito rapidamente, impedindo que
o peixe escape e é dirigida a peixes de profundidade e a crustáceos;
● De cerco – a rede é colocada em volta de um cardume e o cabo profundo pode ser puxado até
formar um saco onde o peixe fica aprisionado

Principais áreas de pesca

Algumas áreas de pesca internacionais são:

● Atlântico noroeste (NAFO)


● Atlântico nordeste
● Atlântico centro-leste
● Atlântico sudoeste

As principais espécies descarregadas nos portos portugueses são a sardinha, o carapau, a cavala, o
peixe-espada e o polvo, entre várias outras espécies.

As infraestruturas portuárias e a frota

Ao longo da costa portuguesa existem numerosos portos de mar, geralmente pequenos e, por vezes, mal
equipados. Neste contexto, os apoios da União Europeia têm sido importantes, permitindo que alguns
portos disponham, atualmente, de modernas instalações de frio, lotas equipadas com sistemas informáticos e
modernas instalações e equipamentos de descarga, tornando-os, desta forma, mais eficazes e competitivos.
Nos últimos anos, o número de embarcações da frota portuguesa tem vindo a decrescer de forma muito
significativa, assim como a sua capacidade e potência. Esta evolução deve se devido:

● Diminuição das capturas, especialmente nas áreas de pesca longínqua ou de largo


● Ao cumprimento de normas comunitárias que visam redimensionar a frota,isto é, a uma gestão
mais harmoniosa dos recursos;
● À criação das ZEE, onde a pesca passou a ser mais condicionada;
● À dificuldade ou impossibilidade de exercer a atividade piscatória em áreas onde funcionalmente era
exercida, por força da adesão à UE e da Política Comum das Pescas.

A qualificação da mão-de-obra

● O número de pescadores matriculados têm vindo a diminuir, mas atualmente manifesta tendência
para aumentar, embora ligeiramente.
● A população ativa empregada neste setor apresenta uma estrutura etária bastante envelhecida , o que
explica o baixo nível de instrução que a caracteriza, assim como a baixa produtividade.
● A falta de formação profissional, nesta área, explica o baixo nível de produtividade, da mesma forma
que impede a modernização e o desenvolvimento do setor.

Com o apoio da UE foram criados centros de formação profissional em alguns dos principais portos
portugueses, tendo em vista qualificar a mão de obra do setor das pescas e, simultaneamente, atrair jovens
para a atividade.

Política Comum das Pescas

Enquadra toda a atividade do setor das pescas em Portugal desde a adesão à UE, daí resultando vantagens e
inconvenientes e, com frequência, muita contestação a algumas medidas impostas.
● Criada em 1983
● Em 2002, foi alvo de uma importante reforma, face à situação de sobre-exploração de algumas
espécies, capaz de comprometer a recuperação dos respectivos stocks e a viabilidade do setor a longo
prazo.

● Em 2012 foi objeto de uma revisão, tendo em vista uma abordagem mais ecológica e eficaz da
atividade da pesca e, assim, assegurar melhor viabilidade económica das frotas, a conservação das
populações piscícolas e o fornecimento de alimentos de qualidade aos consumidores.

● Em janeiro de 2013 entrou em vigor um novo regulamento que, enquadrado pelos objetivos
expostos, passou a implementar as seguintes medidas:
A aquicultura

Consiste na criação de peixe em cativeiro, em água doce ou salgada, constitui uma importante alternativa às
formas tradicionais de abastecimento de pescado, embora em Portugal, desempenhe um papel ainda
relativamente modesto no setor da pesca.

A aquicultura em Portugal

Caracterizou-se, inicialmente, pela predominância de estabelecimentos explorados em regime extensivo,


tendo, nos últimos anos, evoluído para os regimes intensivo e semi-intensivo.
.

A aquicultura reveste-se de enorme importância, pois permite:

● Abastecer regularmente o mercado;


● Diminuir a pressão sobre espécies sobre-exploradas;
● Recuperar stocks em extinção;
● Criar postos de trabalho.

Gestão do espaço marítimo


Principais problemas que se colocam à gestão do nosso espaço marítimo:
● Sobre–exploração dos recursos piscícolas- A grande busca de peixe, tem trazido problemas do
stock de alguns peixes;

Poluição marinha- Descarga de efluentes, não tratados, de origem doméstica ou industrial;



Águas dos rios com elevados níveis de poluição doméstica, industrial e agrícola;
Derrame de hidrocarbonetos resultante de acidentes com petroleiros ou da lavagem ilegal de tanques
mmmmdestas embarcações(maré negra).

● Pressão urbanística sobre o litoral-Uma parte significativa da orla costeira está, assim, ocupada
com construção imobiliária, vias de comunicação, unidades industriais, hoteleiras e portuários,
entre vários exemplos. Esta ocupação é, ainda, sazonalmente reforçada com a atividade turística
balnear.

● Subida do nível médio do mar- Relacionada com as alterações climáticas a nível global.

1. Diminuição da quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral-Devido à construção de


barragens, à exploração de inertes nos rios e a dragagens e obras portuárias

2. Degradação antropogénica das estruturas naturais-Devido ao pisoteio das dunas, ao


aumento da escorrência por causa das regas, à construção de edifícios no topo das arribas e à
exploração de areias.

3. Obras pesadas de engenharia costeira- Por exemplo: obras portuárias, obras de estabilização
de embocaduras, que têm como função principal canalizar a saída de estuários ou lagunas, e em
obras de defesa costeira, como é o caso de esporões e paredões
A rentabilização do litoral e dos recursos marítimos

As estratégias utilizadas para esse fim devem, aos vários níveis de intervenção, ter sempre como objetivo a
recuperação e a valorização dos recursos, de forma sustentável e amiga do ambiente, no âmbito de uma
gestão integrada.

● Vigilância das águas nacionais – a vigilância marítima deverá ser a chave para o controlo e gestão do
oceano, apesar de não se revelar uma tarefa fácil, face à imensa superfície a controlar que exige meios
técnicos e humanos nem sempre suficientes.

● Racionalização do esforço de pesca – Exige a implementação de medidas, de uma forma concertada
com as orientações da Política Comum das Pescas, tendo em vista a sustentabilidade da exploração.

● Aquacultura – deve promover-se o aumento da quantidade produzida, a diversificação das espécies
criadas e assegurar-se a qualidade e salubridade dos produtos.

● Programas da Orla Costeira (POC) – surgem como instrumentos que enquadram e que podem
conduzir a uma melhoria, valorização e gestão dos recursos presentes no litoral .

Objetivos do POC:

1. Ordenar os diferentes usos e as atividades específicas da orla costeira;

2. Classificar as praias e regulamentar o uso balnear;

3. Valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas por motivos ambientais e turísticos;

4. Enquadrar o desenvolvimento das atividades específicas da orla costeira;

5. Assegurar a defesa e conservação da Natureza.

● Turismo – cuja sustentabilidade deverá ser assegurada por uma gestão cuidadosa, tendo em vista a
preservação dos recursos em que assenta.

● Energias renováveis – O aproveitamento de diversas formas de energia renováveis potencialmente


utilizáveis tem sido associado aos oceanos.
Como por exemplo:

1. Energia das marés;


2. Energia das correntes marítimas;
3. Energia das ondas;
4. Energia eólica.

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