Arquitetura e Urbanismo
Discente: Weslayne Camelo Araújo
Disciplina: Introdução à arquitetura e urbanismo
Decente: Lib Melo
Turma: 30 N
Resumo proposto
O capítulo inteiro visa basicamente o significado do espaço na arquitetura. Ao
meu ver, normalmente, não buscamos entender esse espaço, buscamos
observar a arte, a decoração, a construção, etc. Tendo isso em vista, é uma
leitura necessária para adquirirmos outro olhar, para obtermos mais uma opção
de estudo quando formos analisar obras arquitetônicas.
Citando o autor Bruno, ele coloca “o caráter essencial da arquitetura [...] está
no fato de agir com um vocabulário tridimensional que inclui o homem” no que
diz respeito a como estamos envolvido no processo da arquitetura, justamente
nesse quesito espacial, pois, se o espaço é uma característica essencial da
arquitetura, faz sentido estarmos também relacionados, visto que o espaço é
onde andamos e vivemos. E como estamos envolvidos nesse processo,
devemos criar uma certa educação espacial, como o autor também cita
“tornamo-nos senhores do espaço, saber ‘vê-lo’, constitui a chave que nos dará
compreensão dos edifícios.”, sendo assim, é preciso experenciar essa relação
com o espaço, não apenas “olhar”, mas sim, “ver”.
É possível entender que a análise da arquitetura, com essa questão espacial,
vai muito além da estética. O autor propõe “as quatro fachadas de uma casa,
de uma igreja ou de um palácio, por mais belas que sejam, constituem apenas
uma caixa dentro da qual está encerrada a joia arquitetônica”, ou seja, o mais
importante aqui é as dimensões, as perspectivas, os pontos de vista, mais uma
vez, o espaço em si. E coloco em pluralidade pois o autor explica que o espaço
arquitetônico possui inúmeras dimensões, ele não se limita a duas, três, quatro
dimensões, como a pintura e/ou a escultura.
Além disso, reforçando a ideia que a arquitetura vai além de estética, beleza,
harmonia, o autor expõe “a bela arquitetura será a arquitetura que tem um
espaço interior que nos atrai, nos eleva, nos subjuga espiritualmente: a
arquitetura feia será aquela que tem um espaço interior que nos aborrece e nos
repele.”, mais uma vez, admitindo que a arquitetura é uma experiência,
realmente precisamos participar e estar envolvidos nesse processo, e assim,
uma boa arquitetura diz respeito àquela que possui um espaço com esses
tributos, os quais nos trazem bons sentimentos e afeição.
Todavia, esse espaço também não se limita apenas no interior de um edifício.
O conceito espacial envolve o exterior também, a parte urbanística, as ruas;
praças; becos; jardins; etc. “o que interessa é a sua função como
determinantes de um espaço fechado” diz o autor, pois os edifícios criam esses
dois espaços, interior e exterior, um dependendo do outro. Podemos observar
que ao todo, é um conjunto de relações, entre o espaço interior e exterior, entre
o espaço e a decoração, entre o espaço e a obra em si, todas envolvendo o
espaço, assim afirma o autor “se é certo que uma bela decoração nunca criará
um espaço bonito, também é verdade que um espaço satisfatório [...] não cria
um ambiente artístico.”, citando também Lavoisier “nada se cria, tudo se
transforma”, nesse sentido, nada se cria do nada com uma coisa só, o espaço
precisa da decoração e vice-versa, e não só a decoração, mas sim, um
amontoado de fatores, conhecimentos, técnicas, equipamentos, etc,
relacionados ao espaço, para essa transformação acontecer.
Portanto, é perceptível a tamanha importância do espaço no meio
arquitetônico. “O fato de o espaço, o vazio, ser protagonista da arquitetura é,
no fundo, natural, porque a arquitetura não é apenas arte nem só imagem de
vida histórica ou de vida vivida por nós e pelos outros; é também, e sobre tudo,
o ambiente, a cena onde vivemos a nossa vida.”, essa última fala do autor no
final de capítulo 2 expressa bem o porquê do protagonismo do espaço na
arquitetura. Indubitavelmente, essa leitura muda nosso pensamento e ponto de
vista, traz inúmeros conhecimentos novos e nos faz sentir-se mais
aprofundados e envolvidos no processo da arquitetura.
Referências bibliográficas:
ZEVI, Bruno. (p.17 – 28.) Saber ver arquitetura. São Paulo (SP): WMF Martins
Fontes, 1948