100% acharam este documento útil (4 votos)
439 visualizações28 páginas

Técnicas de Aceitação e Compromisso

O documento descreve técnicas e exercícios da terapia de aceitação e compromisso, incluindo a meditação, aumento da regulação, não evitação das emoções desagradáveis, aceitação e normalização do mal-estar, observação do pensamento, clarificação de valores e compromisso. O terapeuta ensina a normalizar e tolerar o mal-estar ao invés de controlá-lo ou evitá-lo.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (4 votos)
439 visualizações28 páginas

Técnicas de Aceitação e Compromisso

O documento descreve técnicas e exercícios da terapia de aceitação e compromisso, incluindo a meditação, aumento da regulação, não evitação das emoções desagradáveis, aceitação e normalização do mal-estar, observação do pensamento, clarificação de valores e compromisso. O terapeuta ensina a normalizar e tolerar o mal-estar ao invés de controlá-lo ou evitá-lo.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 28

Técnicas e exercícios da

terapia de aceitação e
compromisso
Meditação
A meditação é a consciência plena.
Consiste em ficar presente e ser consciente
das sensações, impulsos, pensamentos e
emoções. Serve para se dar conta de que
se tem um pensamento ou uma emoção,
sabendo que se é muito mais que isso.
Observar com curiosidade o que ocorre no
interior, soltando os medos e os
preconceitos. meditação para iniciantes
Gabriela Servi.
Aumento da regulação
A partir de uma perspectiva comportamental, seria necessário
reforçar um comportamento para que esta tenha maior
probabilidade de voltar a se produzir. Por exemplo, dar um
prêmio após ser aprovado em um exame para que uma pessoa
estude. O que propõe a ACT através do aumento da regulação
é que um comportamento adquira um significado com uma
função reforçadora. Por exemplo, se se relaciona com o título
(o que significará optar pela posição profissional desejada)
como estudar hoje para o exame de amanhã, o comportamento
se reforça devido ao significado que é outorgado.
Os exercícios, neste caso, consistem em refletir, detectar
associações estabelecidas socialmente e ressignificar
alguns conceitos.
Não evitação das emoções
desagradáveis

Se as emoções como o medo ou a tristeza se


identificam como "maus", a tendência é querer evitá-
los e escapar deles, algo que aumenta o mal-estar.
Podendo até mesmo chegar ao extremo da evitação
total, que seria o suicídio.
No entanto, desde a não evitação experimental, se
reduz o sofrimento.
Para isso, uma das técnicas de aceitação e
compromisso consiste em contextualizar a dor, as
emoções e as sensações desagradáveis como
algo normal e humano do que não é necessário
escapar, e, sim, algo do que se pode aprender.

Um dos exercícios da terapia de aceitação e


compromisso consiste na predisposição
de
perceber e sentir emoções, sensações,
pensamentos, etc.
Aceitação e normalização do mal-estar

Hoje em dia, da forma como a sociedade


funciona, não há lugar para o mal-estar e para a
dor, associando o bem-estar com o prazer
imediato e vinculando a dor como algo anormal.
Como trabalhar a
aceitação na terapia?
A aceitação consiste em deixar de lutar contra as
sensações desagradáveis, permitir que ocorram e
observá-las com curiosidade.

A tolerância ao mal-estar se trabalha estando


disposto a experimentar sem resistir os
pensamentos e emoções.
Não controle do incontrolável

Os pensamentos e emoções que atravessam a mente não podem


ser evitados nem controlados. Tentar controlar os eventos
internos como lembranças ou sensações não é possível, além
disso, reduz a capacidade de viver plenamente. É possível
chegar à evitação experimental que supõe a necessidade de
controlar ou evitar os pensamentos, lembranças, sensações e as
circunstâncias que os geram.
A técnica que propõe a ACT é evitar controlar o
que não se pode controlar.
Observação do pensamento

Trata-se de tomar consciência dos pensamentos e diferenciações


deles. Distanciar dos eventos cognitivos entendendo-os como
produtos da mente. É possível praticar, por exemplo, a observação do
pensamento para conseguir a desfusão cognitiva.

Trata-se de entender que a pessoa não é o pensamento, e sim a


pessoa que está por trás e pode observar os pensamentos,
sensações e qualquer conteúdo cognitivo.
Diante da observação do pensamento, pode-se escolher como
agir a respeito.
Clarificação de valores

Trata-se de encontrar o que é verdadeiramente


importante para uma pessoa, o objetivo é
clarificar o que a pessoa quer para sua vida e o
porquê de sua escolha. Os exercícios para
conseguir isto consistem em refletir sobre
perguntas como:
Clarificação de valores

 O que estaria fazendo todos os dias se pudesse se


dedicar a outra coisa que não fosse se livrar do
sofrimento?
 Se pudesse passar uma tarde com quem quisesse, com
quem seria?
 E se fosse sua última tarde, seria a mesma pessoa?
 O que você daria de presente para a pessoa que mais
ama em seu aniversário se tivesse dinheiro infinito?
 E se fosse o último aniversário dela, daria a mesma coisa?
Compromisso

O compromisso se traduz em agir com


responsabilidade para a direção escolhida.
Definir objetivos em função de valores, colocar a
pessoa a cargo de suas ações, criar uma estratégia
para dirigir a ação através dos valores e agir
conforme os valores.
Uso das metáforas

As metáforas, comparações e exemplos,


são muito úteis para ilustrar os paradoxos
do funcionamento psicológico e, por isso,
são estratégias muito utilizadas na terapia
de aceitação e compromisso.
Metáforas da terapia de
aceitação e compromisso
Metáfora do xadrez

As peças pretas podem ser pensamentos


negativos, ao passo que as brancas podem ser
pensamentos positivos. No entanto, o eu não são
as fichas, mas sim o tabuleiro.
Esta metáfora na terapia de aceitação e
compromisso permite entender a mente como um
espaço no qual ocorrem coisas que podemos
perceber e observar sem ser essas coisas
Metáfora do muro
Quando não há aceitação, a pessoa fica se
lamentando diante de um muro enorme que não
pode ser contornado. Porém, quando se aceita
que este muro existe, começa a procurar
ferramentas e formas de passar para o outro
lado do muro ou até mesmo encontrar um novo
caminho.
Metáfora do jardim
Imagine que para um jardineiro o mais
importante são as plantas. Ele as planta no
melhor lugar e cuida delas. Um dia começa a
ver que ervas daninhas estão nascendo e as
arranca. Quando começa a sair uma erva
daninha, ele a arranca correndo. Mas não
consegue eliminá-las por completo, e assim as
ervas daninhas continuam surgindo.
O que você acha que acontecerá se o jardineiro
dedicar todo seu esforço a eliminar as ervas
daninhas? Não terá tempo para cuidar das plantas,
regá-las, podá-las, adubá-las...
Você acha que se o jardineiro estiver sempre
ocupado arrancando ervas daninhas poderá
desfrutar de seu jardim? O que as plantas diriam se
pudessem falar?
Metáfora da pedra

"O distraído tropeçou nela. O violento a utilizou como


arma. O empreendedor construiu com ela. O
camponês utilizou como banco. Para as crianças foi
um brinquedo. Davi matou Golias e Michelangelo
esculpiu a mais bela escultura. Em todos os casos, a
diferença não esteve na pedra, mas sim no
homem."
Metáfora do homem no buraco com uma pá

"Um homem ia pelo campo, com uma venda nos olhos e uma pequena
bolsa de ferramentas. Haviam lhe dito que sua tarefa consistia em
percorrer por esse campo com os olhos vendados. O homem não
sabia que no campo havia buracos muito grandes e profundos,
ignorava completamente. Assim que começou a correr pelo campo,
caiu em um destes buracos. Começou a apalpar as paredes do
buraco e se deu conta que não podia sair e de que não havia outros
caminhos para escapar. Procurou na bolsa de ferramentas que
haviam lhe dado, para ver se havia algo que pudesse usar para
escapar e encontrou uma pá.
Era a única coisa que tinha.
Assim começou sua diligência, mas muito rapidamente
percebeu que não saía do buraco. Tentou cavar mais e mais e
mais rápido, mas continuava no buraco. Tentou com grandes e
pequenos golpes, jogando terra para perto e para longe... mas
continuava no buraco. Todo esse esforço e todo esse trabalho, e
a única coisa que conseguia era que o buraco ficasse cada vez
mais profundo. Então se deu conta de que cavar não era a
solução, não era a forma de sair do buraco, pelo contrário,
cavar deixava os buracos maiores. Então começou a pensar
que talvez todo seu plano estivesse equivocado e que não
havia solução, já que cavando não podia conseguir uma
escapatória, apenas se afundar mais."
O/A terapeuta na terapia de
aceitação e compromisso
A terapia de aceitação e compromisso não é
estruturada em sessões, nem segue um protocolo
fechado. O/A terapeuta oferece explicações e
exercícios orientados à reflexão do/a paciente
sobre si mesmo/a e seu problema, realça o
protagonismo do/a paciente em sua vida e a
capacidade que tem para enfrentar o mal-estar
e reescrever sua vida.
Através de exemplos e de exercícios, o/a terapeuta
mostra ao paciente que controlar e evitar são
estratégias que não funcionam e ensina a
normalizar e tolerar o mal-estar.
Ela costuma ser indicada para o tratamento de
vários transtornos psiquiátricos, entre
eles: depressão, transtornos de ansiedade, de
humor, alimentares, de personalidade. Além
disso, também é útil para tratar outras questões,
por exemplo, dores crônicas, transtornos do
sono, obesidade, estresse, automutilação e
tabagismo
Arquivo Tecnicas

Você também pode gostar