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Governantes e Autarcas em Portugal

O documento discute os governantes, autarcas e agentes de execução no sistema político português. Aborda os governantes como membros do governo, incluindo o Primeiro-Ministro e Ministros, e suas funções definidas na Constituição. Também discute os autarcas como representantes das autarquias locais e o papel das autarquias na vida política.

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Beatriz Neves
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Governantes e Autarcas em Portugal

O documento discute os governantes, autarcas e agentes de execução no sistema político português. Aborda os governantes como membros do governo, incluindo o Primeiro-Ministro e Ministros, e suas funções definidas na Constituição. Também discute os autarcas como representantes das autarquias locais e o papel das autarquias na vida política.

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Governantes e autarcas

Kika: Bom dia no âmbito da disciplina de Direito foi nos proposto como tema a
desenvolver as profissões jurídicas, sendo o nosso os “ Governantes, autarcas e agentes de
execução ”. Assim sendo ao longo desta apresentação oral iremos explorar o seguinte assunto.

Bába: Não obstante achamos importante mencionar os tópicos que vamos abordar
sendo os seguintes:

-Os governantes, sendo que aqui iremos falar não só quem foram os governantes de Portugal
de forma geral, mas também falaremos sobre o próprio governo em si, como este se constitui
e as suas funções.

-Os autarcas, a sua função e a sua composição e qual o papel que desempenham no
funcionamento da vida política

- agentes de execução

Bia: Apesar de o nosso tema ser os governantes, os autarcas e os agentes de


execução, achamos que deveríamos fazer uma breve abordagem do que se entende por
governo. Segundo o Art.º 182º da Constituição da República Portuguesa «O Governo é o
órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da Administração Pública.»Pela
própria ideia que se retira da Lei fundamental, percebe‐se que «Governo» é uma palavra com
diversos significados.

Laura: Assim, o termo Governo pode indicar todas aquelas instituições que permitem
a função política do estado, mas pode também indicar o órgão de soberania que possui a
competência para conduzir a estratégia definida ao nível económico, social, financeiro, ou
cultural, de acordo com o plano apresentado aos eleitores durante a votação para a
Assembleia da República, (de onde o Governo emana), superintendendo também a
Administração Pública, que é o seu «braço de trabalho» efetivo.

Erica: Nestes termos, deveremos considerá‐lo como uma entidade colegial ou coletiva
e procurar depois enquadrar todas estas três ideias numa única entidade de que normalmente
falamos de uma forma generalista.

--Governantes

Kika: Os governantes são os membros do Governo que, nos termos do artigo 183 da
C.R.P., é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e pelos Secretários e
Subsecretários de Estado.

“Artigo 183.º

(Composição)

1. O Governo é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e pelos Secretários e


Subsecretários de Estado.

2. O Governo pode incluir um ou mais Vice-Primeiros-Ministros.


3. O número, a designação e as atribuições dos ministérios e secretarias de Estado, bem como
as formas de coordenação entre eles, serão determinados, consoante os casos, pelos decretos
de nomeação dos respetivos titulares ou por decreto-lei.”

Baba: Sendo que as suas competências como membros do governo, estão previstas no artigo
201º da C.R.P-.

“ Artigo 201º

(Competência dos membros do Governo)

1. Compete ao Primeiro-Ministro:

a) Dirigir a política geral do Governo, coordenando e orientando a ação de todos os Ministros;

b) Dirigir o funcionamento do Governo e as suas relações de carácter geral com os demais


órgãos do Estado;

c) Informar o Presidente da República acerca dos assuntos respeitantes à condução da política


interna e externa do país;

d) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas pela Constituição e pela lei.

2. Compete aos Ministros:

a) Executar a política definida para os seus Ministérios;

b) Assegurar as relações de carácter geral entre o Governo e os demais órgãos do Estado, no


âmbito dos respetivos Ministérios.”

Bia: O Primeiro Ministro surge como um dirigente do coletivo, e a sua imagem prevalece
como um primus inter pares, sendo ele o principal responsável pela política durante o período
em que o Governo está em funções, já que define as linhas de direção que devem ser seguidas
pelo colégio de Ministros. Para além disso, é a ele que compete a seleção dos outros Ministros,
na composição do Governo, bem como a direção dos trabalhos do Conselho de Ministros.

Laura: A lei portuguesa atribui ao Primeiro Ministro responsabilidades individuais que


reforçam este carácter especial da sua figura no panorama institucional do país. Eis alguns
exemplos:

I) Só o Primeiro Ministro é responsável perante o Presidente da República, e é ele


quem responde perante o Chefe de Estado
II) É ao Primeiro Ministro que está atribuída a direção do Governo e o seu efetivo
funcionamento, num regime de inter coordenação e solidariedade.

Erica

III) É o Primeiro Ministro que apresenta o Programa de Governo à Assembleia da


República para que esta o possa discutir e apreciar.
IV) O afastamento ou demissão do Primeiro Ministro implica a natural demissão de
todos os Ministros e, consequentemente, de todo o Governo constituído.
Kika:

V) O Primeiro Ministro é a pessoa que escolhe o seu gabinete e os Ministros a


quem competirá executar o programa de Governo pré‐determinado,
apresentando propostas dos nomes escolhidos ao Presidente da República, que
depois os nomeará. Estes Ministros serão depois responsáveis perante o próprio
Primeiro Ministro, que os indicou.

Bába: O atual Primeiro Ministro é António Costa, do partido socialista, PS. Achamos
importante realçar a crise governativa que o país está a ser alvo com o seu governo, em que
desde que formou Governo, em março de 2022, o primeiro-ministro já se despediu de dois
ministros e nove secretários de Estado. Assim, questionamos como será o futuro deste
governo, que apesar de ter ganhado com maioria pelos votos dos portugueses, revela grande
instabilidade interna.

Bia: O Conselho de Ministros é a estrutura coletiva efetiva do Governo. Composto pelo


Primeiro Ministro e pelos Ministros nomeados, define as linhas gerais da política
governamental, depois dirigidas pelo Primeiro Ministro, bem como a execução dessa linha de
política.

Laura: Como órgão colegial, o Conselho de Ministros tem também o encargo de aprovar
propostas de lei, depois apresentadas para votação na Assembleia da República, o encargo de
produzir Decretos‐Lei relativos à efetiva execução do programa de governo da nação, a análise
e tomada de decisões relativas ao aumento ou diminuição das receitas e das despesas públicas
(tarefa hoje especialmente importante devido aos limites de endividamento impostos pela
União Europeia aos países integrados no espaço do €uro, e que requer um rigor particular face
à racionalização de recursos do país), e outras funções, essencialmente de carácter executivo e
regulamentar.

Erica: Os Ministros são pessoas que tutelam uma determinada área da governação. São
propostos pelo Primeiro Ministro e nomeados pelo Presidente da República. Como elementos
de um órgão de soberania com regras próprias, e voltado para a realização do poder executivo,
isto é, da efetiva condução política do estado, os Ministros têm o dever de atuar segundo
normas de boa administração, gerindo os recursos que lhes são adstritos e a parte da
Administração Pública, (os funcionários, gabinetes, repartições e institutos) que estão sob a
sua tutela, sempre tendo em conta o plano geral do programa de governo e as direções do
Primeiro Ministro.

Kika: Normalmente os Ministros são escolhidos de acordo com as suas competências para
determinadas áreas, entre personalidades de reconhecido mérito na sua especialidade.
Surgem assim os Ministros das Finanças, da Saúde, da Educação e todos os outros, auxiliados
pelos Secretários de Estado.

Bába: Neste contexto, a Lei fundamental (Constituição da República Portuguesa) não


determina quantos ministros ou outros elementos deve haver num governo, embora se confie
no bom senso e capacidade de gestão do Primeiro Ministro tendo em conta as suas funções de
executor e as suas obrigações de boa administração da «coisa pública».

--- mostrar o esquema dos ministros do governo de Costa----

Bia: Os secretários de estado não são considerados um elo fundamental na cadeia


democrática. Na verdade, subentende-se que surjam inseridos na quarta etapa, ou seja, na
relação de delegação e responsabilização entre ministro e AP. No entanto, em muitos países –
como é o caso de Portugal – este é um cargo político relevante.

Laura: Apesar de “ministério” designar usualmente o conjunto de estruturas políticas e da


AP, referimo-nos ao ministério enquanto entidade político-funcional, ou seja, incluindo o
ministro, SE e respetivos gabinetes.

Erica: Esta opção visa focarmo-nos mais especificamente na relação entre ministro e SE,
bem como nas interações destes com outras entidades – entre elas a AP. A um ministério cabe
conduzir a política governativa numa determinada área sectorial. Isto não significa que a sua
única função seja formular políticas públicas.

Kika: Consequentemente, a cada ministério cabe coordenar, interna e externamente, a


formulação de políticas nessa área e ainda assegurar as relações com os cidadãos, ou seja, as
relações públicas.

Bába: Deste modo, um ministério possui várias tarefas que necessitam ser executadas para
cumprir as suas incumbências.

O primeiro tipo de tarefas diz respeito à coordenação interna do ministério, ou seja, às


relações dentro do ministério na formulação de políticas públicas.

Bia: O segundo refere-se à coordenação ministerial externa, o que inclui a sua interação
com outras entidades fora do âmbito governativo.

O terceiro tipo compreende as tarefas ministeriais englobadas na coordenação


governativa, ou seja, na articulação entre as várias estruturas do governo.

Laura: Por fim, para além de tarefas relacionadas com a articulação sectorial, um
ministério tem de assumir tarefas de relações públicas, já que necessita de representar, ser
responsivo e prestar contas aos eleitores.

-Autarcas

Erica: Os autarcas, também designados eleitos locais, são os representantes das autarquias
locais. A administração local autárquica integra a Administração Pública no seu geral e pode
ser entendida de duas perspetivas:

Kika: a) Em sentido orgânico: o conjunto das autarquias locais, as pessoas coletivas


públicas que visam a satisfação regular e contínua das necessidades coletivas das populações
locais e o respetivo sistema de órgãos e serviços.
Bába: b) Em sentido material: a atividade desenvolvida por estas entidades, de forma
regular, permanente e contínua no interesse geral das populações, com vista à satisfação do
conjunto de necessidades públicas ou coletivas, e que é assumida como tarefa fundamental
que se desenvolve segundo as exigências próprias do bem comum.

Bia: As autarquias locais, enquanto pessoas coletivas públicas (também designadas de


pessoas coletivas de direito público), são as entidades com personalidade jurídica criadas por
iniciativa pública para assegurar a prossecução necessária de interesses públicos, e por isso são
dotadas em nome próprio, de poderes e deveres públicos, estando previsto no artigo 235 da
C.R.P:

“ 1. A organização democrática do Estado compreende a existência de autarquias locais.

2. As autarquias locais são pessoas coletivas territoriais dotadas de órgãos


representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respetivas. “

Laura: Assim, cada pessoa coletiva de direito público é representada por órgãos, através
dos quais é manifestada a sua vontade, tomando decisões em seu nome, e a quem compete
prosseguir as respetivas atribuições, para o que possuem competências conferidas por lei.

Erica: Sendo que os eleitos locais que desempenham as respetivas funções em regime de
permanência, segundo o artigo 236º C.R.P, são os seguintes:

- Freguesias

- Municípios

- Regiões administrativas

Kika: Desta definição constitucional resulta que são quatro os elementos que constituem o
conceito de autarquia:

i. O território, cuja circunscrição determina qual é o universo da população cujos


interesses cabe à autarquia prosseguir;

Bába:

ii. O agregado populacional, que é a razão de ser da existência de cada autarquia,


cuja ação é orientada exclusivamente para a prossecução dos interesses dessa
comunidade;

Bia:

iii. Os interesses comuns, distintos dos interesses estaduais em virtude das


especificidades locais e que justificam que sejam prosseguidos pela autarquia,
pela sua proximidade às populações; e, finalmente,
Laura:

iv. Os órgãos representativos, cujos titulares eleitos pela população, os Eleitos


Locais, desempenham o mandato autárquico

Erica: O Poder Local, enquanto dimensão da democracia, assenta em três princípios


fundamentais estruturantes:

1. O princípio da autonomia local;

2. O princípio da descentralização administrativa;

3. O princípio da subsidiariedade.

Kika: Apesar de a Constituição expressamente consagrar que a autonomia local é um dos


princípios em que se estrutura o Estado de Direito Democrático, o mesmo não está densificado
no texto fundamental, mas sim na Carta Europeia de Autonomia Local.

Bába: A autonomia local é definida como o direito e a capacidade efetiva das autarquias
locais regulamentarem e gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse
das respetivas populações, uma parte importante dos assuntos públicos.

Bia: Cada autarquia possui o seu próprio quadro de atribuições, que constituem a sua
finalidade e razão de ser e, em torno das quais, se estrutura e desenvolve a respetiva
organização, funcionamento e atividade, sendo postas em prática e concretizadas através do
exercício, pelos órgãos autárquicos, das competências que por lei estejam previstas para o
efeito.

Laura: Assim, a autonomia local consiste na capacidade de as autarquias prosseguirem,


através dos seus próprios órgãos, livremente e sob sua inteira responsabilidade, a realização
das suas atribuições, sem interferência de nenhuma entidade supra ordenada, e engloba três
vertentes:

-administrativa

-regulamentar

- financeira

Erica: Em resumo, a autonomia local consubstancia-se na autonomia jurídica das


autarquias locais, na capacidade de se autogovernarem através de órgãos eleitos pelas
populações que representam, na autonomia política com que definem as suas orientações
estratégicas e determinam a sua atuação administrativa, na sua autonomia regulamentar e
financeira e, especialmente, na sua capacidade de, através dos seus órgãos e no âmbito das
respetivas competências e atribuições, praticarem atos administrativos cuja legalidade é
sindicável apenas pelo poder judicial.

Kika: Os agentes de execução são profissionais que atuam na área jurídica, tendo poderes
públicos para praticar os atos próprios dos processos executivos. Os processos executivos, por
sua vez, são uma sequência encadeada de atos e formalidades destinados a promover as
diligências necessárias à cobrança coerciva de um direito de crédito.

Baba: Cabe ao agente de execução realizar todas as diligências numa execução judicial,
incluindo as citações, notificações e publicações, as penhoras e vendas, e a liquidação e
pagamento dos créditos.

Bia: Para ser um agente de execução em Portugal, é necessário atender a uma série de
requisitos, tais como ser um solicitador, um advogado ou um licenciado em Direito, inscrito
como agente na Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução e fiscalizado e regulado
pela Comissão para a Eficácia das Execuções (um órgão independente da OSAE).

Laura: Para ingressar na Ordem, os candidatos devem realizar uma prova que avalia os
seus conhecimentos em áreas específicas do direito, como processo executivo, processo civil,
direito das garantias, direito fiscal e direito processual penal executivo.

Erica: A prova é realizada anualmente e consiste em duas fases: a primeira, com um


conjunto de questões de escolha múltipla, e a segunda, com uma prova escrita de elaboração
de peças processuais. O candidato deve obter uma pontuação mínima para ser aprovado.

Kika: Além disso, os agentes de execução estão sujeitos a normas éticas e deontológicas
que regem a sua atividade, sendo fiscalizados pelo Conselho Superior dos Tribunais
Administrativos e Fiscais.

Baba: Embora seja difícil encontrar informações concretas sobre empregabilidade,


podemos afirmar que é relativamente estável, uma vez que se trata de uma profissão
regulamentada e com uma demanda constante no mercado jurídico.

Bia: Ao longo deste trabalho, pudemos conhecer um pouco mais sobre as profissões que
abordamos, o que nos levou a refletir sobre a importância de cada uma. A função dos
governantes é uma das mais importantes em qualquer sociedade. Eles são responsáveis por,
de maneira responsável, transparente e íntegra, liderar e governar as pessoas, garantindo a
segurança, bem-estar e progresso da nação.

Laura: Os autarcas desempenham um papel fundamental no desenvolvimento das


comunidades locais, e a sua importância deve-se ao facto de que, ao contrário dos
governantes a nível nacional, os autarcas estão mais próximos das necessidades e
preocupações das pessoas que representam, tendo um conhecimento mais aprofundado das
realidades locais e podendo atuar de forma mais ágil e eficaz na resolução de problemas e na
promoção do desenvolvimento.

Erica: No entanto, assim como os governantes, os autarcas nem sempre desempenham as suas
funções de forma adequada. Muitas vezes, são motivados pelo poder, pela ganância e pela
corrupção, o que leva a uma perda de confiança da população nessas instituições. ~

Kika: Por isso, é importante que os autarcas e os governantes sejam responsáveis perante a
população e trabalhem em prol do bem comum, garantindo a proteção dos direitos e
interesses dos cidadãos e promovendo o desenvolvimento econômico e social do país e das
comunidades.

Baba: Os agentes de execução, por sua vez, desempenham um papel fundamental na garantia
da justiça e no cumprimento das decisões judiciais em Portugal. Eles são profissionais
qualificados e comprometidos com a ética e a transparência em sua atuação, contribuindo
para a segurança jurídica e o fortalecimento do Estado de Direito no país.

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