Grau Técnico Taboão da Serra
Cassio Souza dos Santos
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Taboão da Serra
2023
Cassio Souza dos Santos
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
Trabalho de composição de nota da
matéria Clínica Médica,
Professora: Veridyana Valverde
Taboão da Serra
2023
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................4
DEFINIÇÃO...............................................................................5
TIPOS DE EDEMA ...........................................................................5.1
SINAIS E SINTOMAS.......................................................................5,2
DIAGNOSTICO..................................................................................6
TRATAMENTO...................................................................................6,7,8
CUIDADOS DE ENFERMAGEM.....................................................8
CONCLUSÃO.....................................................................................9
REFERENCIAS..................................................................................9.1
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RESUMO
O edema pulmonar é uma situação de emergência, quando há acúmulo
de líquido dentro dos pulmões. Essa situação diminui as trocas de gasosas do
pulmão, causando dificuldade de respiração e sensação de afogamento. A
condição também é chamada de edema agudo do pulmão ou simplesmente
“água no pulmão”.
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DEFINIÇÃO
O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é uma síndrome clínica caracterizada pela
transudação de líquido para o espaço alveolar, sendo o resultado de um
desequilíbrio entre os fatores reguladores do transporte de líquido da
microcirculação pulmonar para o espaço intersticial pulmonar, ou seja,
desequilíbrio entre as pressões hidrostática e oncótica.diminuição da
complacência pulmonar, trabalho respiratório aumentado e relação ventilação-
perfusão anormal.
TIPOS DE EDEMA AGUDO DE PULMÃO (EAP)
Existem dois tipos diferentes de edema pulmonar em humanos: o edema
pulmonar cardiogênico (também denominado hidrostático ou hemodinâmico) e
o edema pulmonar não cardiogênico.
Embora tenham causas distintas, o edema pulmonar cardiogênico e não
cardiogênico podem ser de difícil distinção por conta de suas manifestações
clínicas semelhantes.
SINAIS E SINTOMAS
Pacientes com edema pulmonar desenvolvem dispneia intensa, inquietação e
ansiedade, além de sensação de sufocação. São comuns tosse
possivelmente produtiva com expectoração sanguinolenta, palidez, cianose,
diaforese intensa; alguns pacientes espumam pela boca. A hemoptise
evidente é incomum. O pulso é rápido e de baixo volume e a pressão arterial
é variável. A hipertensão acentuada indica a existência de reserva cardíaca
significativa e a hipotensão com pressão arterial sistólica < 100 mg Hg é um
mau sinal. A dispersão dos estertores finos inspiratórios é ampla s anterior e
posteriormente em ambos os campos pulmonares. Podem ocorrer sibilos
intensos (asma cardíaca). Os esforços respiratórios ruidosos geralmente
dificultam a ausculta cardíaca, mas é possível auscultar galope de soma, ou
seja, a fusão de B3 e B4. Podem-se evidenciar sinais de insuficiência
ventrículo direito (p. ex., distensão das veias do pescoço e edema periférico).
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DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica apresentando dispneia grave e estertores
pulmonares
Radiografia de tórax
Às vezes, soro peptídeoBNP sérico ou N-terminal pró-BNP (NT-
pro-BNP)
ECG, marcadores cardíacos e outros testes para etiologia, caso
necessário
A exacerbação da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) pode
mimetizar o edema pulmonar decorrente de insuficiência VE ou até o edema
secundário à insuficiência biventricular, caso haja cor pulmonale. O edema
pulmonar pode ser o sintoma inicial de pacientes sem história de cardiopatias,
mas os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica com essas
manifestações graves têm história estabelecida de doença pulmonar
obstrutiva crônica, embora possam estar muito dispneicos para relatá-la.
A realização imediata de radiografia de tórax é geralmente diagnóstica,
revelando intenso edema intersticial. A avaliação à beira do leito dos níveis
séricos de BNP/NT-proBNP (elevados no edema pulmonar; normais na
exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica) é muito útil se o
diagnóstico for duvidoso.
Realizam-se ECG, oximetria de pulso e exames de sangue (marcadores
cardíacos, eletrólitos, ureia, creatinina e, para pacientes muito graves,
gasometria).
Ecocardiografia pode ser útil para determinar a causa do edema pulmonar (p.
ex., infarto do miocárdio, disfunção valvar, doença cardíaca
hipertensiva, cardiomiopatia dilatada) e pode influenciar a escolha da terapia.
A hipoxemia pode ser grave. A retenção de dióxido de carbono é um sinal
tardio e preocupante de hipoventilação secundária.
TRATAMENTO
Tratamento da causa
Oxigênio
Diurético IV
Nitratos
Inotrópicos IV
Assistência ventilatória
A conduta inicial do edema pulmonar é: identificar a etiologia; oxigênio a
100%, com máscara facial com reservatório de oxigênio; cabeceira elevada;
furosemida 0,5 a 1,0 mg/kg IV ou por infusão contínua de 5 a 10 mg/hora;
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nitroglicerina 0,4 mg sublingual a cada 5 minutos, seguida da infusão IV de 10
a 20 mcg/min, progressivamente ajustada em 10 mcg/min a cada 5 minutos
se necessário até a dose máxima de 300 mcg/min se a pressão arterial
sistólica estiver > 100 mmHg. Morfina, 1 a 5 mg, IV 1 ou duas vezes, é
utilizada há muito tempo para reduzir a ansiedade grave e o trabalho
respiratório, mas é cada vez menos usada (exceto no tratamento paliativo)
porque estudos observacionais sugeriram um desfecho pior com seu uso.
Assistência ventilatória não invasiva com dois níveis com pressão positiva das
vias respiratórias (BiPAP) é útil se a hipóxia for significativa. Se houver
retenção de dióxido de carbono ou o paciente estiver obnubilado, são
necessárias entubação endotraqueal e ventilação mecânica.
O tratamento adicional específico depende da etiologia:
Para infarto agudo do miocárdio ou outra síndrome coronariana,
trombólise ou angioplastia coronariana percutânea direta com ou
sem a implantação de stent
Vasodilatador IV para hipertensão grave
Cardioversão com corrente direta para taquicardia
supraventricular ou ventricular
Para fibrilação atrial rápida, cardioversão é preferível. Para
desacelerar a frequência ventricular, um betabloqueador IV
digoxina IV ou uso criterioso de um bloqueador de canal de cálcio
IV
Em pacientes com infarto do miocárdio, a hidratação antes do início do edema
pulmonar é normal; assim, diuréticos são menos úteis para os pacientes com
insuficiência cardíaca crônica e podem precipitar hipotensão. Se houver
diminuição da pressão arterial sistólica < 100 mmHg ou desenvolvimento de
choque, pode ser necessária a utilização de dobutamina IV ou bomba com
balão (de contrapulsação) intra-aórtico.
Alguns fármacos mais recentes, como o BNP (brain natriuretic peptide) IV
(nesiritide) e fármacos inotrópicos sensibilizantes de cálcio (levosimendan,
pimobendan), vesnarinona e ibopamina, podem ter efeitos benéficos iniciais,
mas parecem não melhorar os resultados em comparação com a terapia
padrão e a mortalidade pode aumentar. Experimentou-se o fármaco
serelaxina, uma forma recombinante do hormônio gestacional relaxina-2, mas
ele não mostrou benefícios em um grande ensaio clínico randomizado
internacional. Demonstrou-se que omecantive mecarbil, um ativador da
miosina cardíaca oral, reduz a morbidade e a mortalidade em pacientes atuais
ou recentemente hospitalizados por insuficiência cardíaca descompensada
Quando os pacientes estão estabilizados, inicia-se o tratamento de longo
prazo da insuficiência cardíaca.
1. Nunca se automedique ou interrompa o uso de um
medicamento sem antes ouvir a opinião do médico que
recomendou o tratamento;
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Mantenha a atividade física regular, evite o excesso de peso,
controle a pressão arterial e os níveis de açúcar no sangue. Esse é
um bom caminho para viver mais e melhor.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
É fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cliente,
demonstrando segurança e monitorando os aspectos essenciais para que o
mesmo saia da crise rapidamente. Esta ação garante a eficiência e eficácia da
terapêutica que está baseada nos seguintes aspectos:
– Manutenção de seu conforto, colocando-o em posição elevada para diminuir
o retorno venoso e propiciar uma máxima expansão pulmonar;
– Monitorização dos sinais vitais;
– Administração de oxigenoterapia e de medicações (opiáceos, diuréticos e
digitálicos);
– Manutenção de via venosa pérvia com gotejamento mínimo, evitando
sobrecarga volêmica;
– Monitorização do fluxo urinário.
– Fornecer apoio psicológico
–Controle da hipervolemia
CONCLUSÃO
O Edema Agudo de Pulmão (EAP), é uma síndrome clínica extremamente
prevalente e potencialmente letal, tendo como substrato etiológico diversas
enfermidades que requerem manejo específico. O diagnóstico etiológico
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precoce e manejo inicial adequados tem grande impacto prognóstico na
sobrevida dos pacientes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Disponível em : <www.msdmanuals.com> .Acessado em 09.dez.2023.
Disponível em : < rededorsaoluiz.com.br> . Acessado em 09.dez.2023.
Disponível em : < congresso.cardiol.br > . Acessado em 09.dez.2023.
Disponível em : < www.sanarmed.com > . Acessado em 09.dez.2023.