A Menina que Descobriu a Natal
(Encenação baseada na história "The Girl Who Found Christmas", de Evelyn Witter).
Adaptada por Esther Duarte Costa
PERSONAGENS:
* Ruth - menina de 9 a 10 anos
* Sandra - amiguinha da mesma idade
* D. Marina - florista
* Sr. Joel - conhecido de Ruth
* D. Silvia - professora
* Os pais de Ruth
* Algumas crianças e adultos
CENÁRIO: Sala de visitas, com poltronas, mesinha, etc.
RUTH - (Andando de um lado para outro, fala, pensativa.). Natal! Natal! Faltam
somente duas semanas para o Natal.
Eu sempre gostei desse dia. Sempre me diverti muito... Os pacotes misteriosos, os
cochichos, o cheiro de comida especial, tudo era muito interessante... Mas agora
existe outro mistério: o que significa realmente o Natal? Gostaria de perguntar à
mamãe e ao papai, mas eles andam sempre tão ocupados que nunca têm tempo para
responder às minhas perguntas... (Pausa.) Ah, quem sabe se a Sandra... (Alguém toca
a campainha ou bate à porta.) Quem é? (Dirige-se à porta.) Oh, é você, Sandra? Que
bom! Eu estava agora mesmo pensando em você. Queria lhe perguntar uma coisa...
SANDRA - (Interrompendo-a.) Se Papai Noel existe?
RUTH - Não brinque. Estou falando sério.
SANDRA - Então, pergunte, Ruth.
RUTH - Você sabe o que significa o Natal?
SANDRA - (Com entusiasmo.) Claro que sei! Natal é tempo de se
ganhar presentes, de enfeitar árvores de Natal, de comer castanhas, nozes, peru...
RUTH - (Balançando a cabeça.) Não! Não, Sandra, não é isto que eu quero saber.
Natal não é só isso!
SANDRA - O que é, então?
RUTH - Pois é. Aí é que está. Não sei, mas vou descobrir.
Alguém deve saber... Vamos sair um pouco, Sandra? Venha comigo.
SANDRA - Agora eu não posso. Minha mãe já deve estar pronta
para irmos à cidade fazer compras. Vou escolher o meu presente. Até logo, Ruth. (Sai.
Fecha-se a cortina. Ouve-se a música de "Noite de Paz".).
2ª. Cena
CENÁRIO: Uma banca de flores. D. Marina atende alguns fregueses que logo saem.
Aparece Ruth.
RUTH - Olá, D. Marina.
D.MARINA - Olá, Ruth.
RUTH - (Depois de admirar algumas flores.) D. Marina, o que a
senhora acha do Natal?
D.MARINA - (Suspirando.) Ah, minha querida! Natal é uma época que
não me agrada... Trabalho demais. A procura de pinheirinhos é muito grande e faço
muitos arranjos de flores. Fico tão cansada que não me agüento em pé. Não vejo a
hora de ir para a cama!
RUTH - (Afastando-se um pouco.) Então, para ela, Natal significa trabalho e cansaço...
Não, Natal não deve ser isto.
(Aparece Sr. Joel que vai passando, sem notar ninguém. Ruth chama-o, tocando-lhe
no braço.).
RUTH - Ola, seu Joel, como vai?
SR. JOEL - Mais ou menos, princesa...
RUTH - Seu Joel, o que o Senhor acha do Natal?
SR. JOEL - (Suspirando, tristemente.) Oh, minha filha... Natal é um tempo muito triste
para mim. Passo o Natal sempre sozinho, no meu barraco, longe da rua. Bem, Ruth,
preciso ir andando. Até outro dia. (Sai. Ruth acompanha-o com o olhar, e sacode a
cabeça, desolada.).
RUTH - Que pena!... Acho que ele também não sabe o que
significa o Natal. Quem poderia me explicar? (Pensa um pouco.) Ah! Já sei - minha
professora da Escola. Ela deve saber. Ela é tão boazinha e tão diferente das outras
pessoas que conheço! Parece tão feliz! Amanhã, eu vou perguntar para ela. (Sai.
Fecha-se a cortina. Ouve-se um solo do hino: "Não te importas...'
", по. 447 do Cantor Cristão, primeiramente o coro e depois a 1ª estrofe e coro
novamente.).
3ª. Cena
CENÁRIO: Pátio da Escola.
Ruth, de uniforme, está sentada num banco, com livros ou mochila no colo.
Esta pensativa, com as maos no queixo. Aparece a professora.
D. SÍLVIA - Olá, Rutinha, como vai? (Senta-se ao lado dela,
abrançando-a.) Você parece preocupada... O que há?
Posso ajudar?
RUTH - É que... D. Silvia será que a senhora pode me explicar uma
coisa?
D. SILVIA - Pois não. Se eu souber, com todo o prazer.
RUTH - A senhora pode me dizer o que é realmente o Natal? O que significa?
D. SILVIA - (Admirada.) Você não sabe o que é o Natal? De verdade?
(Ruth sacode a cabeça, negativamente. Ouve-se soar uma campainha.) Olhe, está na
hora de entrar para a classe, agora. Depois da aula eu telefonarei para sua mãe,
pedindo permissão para você ir à igreja comigo no próximo domingo. Estamos
preparando a cantata de natal. Lá você terá a resposta para sua pergunta está bem?
PEÇA DA ARTE
CENÁRIO: Sala de Jantar. O pai de Ruth, sentado, lê um jornal. A mãe, de avental,
arruma a mesa para o almoço. Entra Ruth, alvoroçada, gritando, alegremente.
RUTH - Mamãe! Papai! Eu descobri...Descobri o verdadeiro Natal!
MÃE - O quê? O que você está dizendo? PAI
O que você quer dizer com isto, filha? (Sorrindo.) O que
você pode entender a respeito de um verdadeiro Natal?
Como descobriu isto?
RUTH - (Abraçando o pai.) Oh, papai! Natal é o dia do aniversário
de Jesus, o Filho de Deus. É a comemoração daquela noite linda. Quando Jesus veio
aqui no mundo e nasceu na manjedoura. Nós comemoramos essa data porque Ele
nos ama e pagou na cruz pelos nossos pecados. E um dia, se nós O recebermos como
nosso Salvador, iremos viver com Ele lá no Céu. E sabem de uma coisa? Hoje eu
recebi o melhor presente de Natal - recebi a Jesus como meu Salvador pessoal. Vocês
também não querem receber o presente de Deus, para comemorarmos com muita
alegria hoje um verdadeiro Natal?
(Os pais de Ruth se entreolham, pensativos, em silêncio. A mãe enxuga os olhos
com a ponta do avental).
MÃE - (Abraçando a filha.) Sim, filhinha, você tem razão. Nós
temos dado pouca importância a este assunto tão sério.
Mas, Deus usou você hoje para abrir nossos olhos....
- (Abraçando as duas.) Obrigado, filhinha, por ter descoberto o Natal para todos nós.
Hoje comemoraremos o Natal como o aniversário d'Aquele que nos amou e deu Sua
vida por nos.