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O Design Que O Design Não Vê

O documento discute a evolução dos métodos de publicação de estudos de design, desde livros e jornais para a internet. Também explora como a arte política e o modernismo influenciaram a sociedade de forma positiva.

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O Design Que O Design Não Vê

O documento discute a evolução dos métodos de publicação de estudos de design, desde livros e jornais para a internet. Também explora como a arte política e o modernismo influenciaram a sociedade de forma positiva.

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“O DESIGN QUE O DESIGN NÃO VÊ”

Com a evolução da tecnologia, veio o acesso à internet, e em consequência foi acedido uma porta muito grande para todos os criadores do mundo, seja de
escrita, de música, basicamente de tudo.Mas apesar de parecer um processo fácil, não foi, pois tudo que era publicado era determinado como informal, sem
valor e desnecessário. E com isso os métodos antigos tornaram se mais respeitados. Quando antes eram eles o novo mídia agora se tornaram o velho mídia.
Em seguida os métodos antigos, blogues e publicações em relação ao Design passaram por um longo processo de aceitação, e muitos nunca chegaram a
aceitar.
Temos os exemplo de escritores como o Edward Wadie Said e Roland Barthes.
Edward Said foi um professor, crítico literário, e ativista político palestino-estadunidense, sua obra mais importante é "Orientalismo" publicada em 1978.
Roland Barthes foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo, e filósofo francês, com inúmeras obras.
Ambos apesar de terem começado em livros e jornais, com a evolução do tempo foram se adaptando, tendo também deixado a sua contribuição á internet.
Já Rick Poynor e Susan Sontag manteram seus trabalhos em formatos de livros e jornais.
Rick Poynor foi um escritor inglês sobre design, design gráfico, de tipografia e cultura visual onde começou como jornalista de artes visuais, trabalhou na
revista Blueprint em Londres e tem no total de 18 obras criadas apenas por ele.
E a Susan Sontag foi uma premiada escritora, ensaista, cineasta, filósofa, professora, crítica de arte e ativista dos Estados Unidos.
Escreveu, e viajou para áreas de conflito, inclusive durante a Guerra do Vietnã e o Cerco de Sarajevo.
Os seus ensaios e discursos causaram controvérsia, e ela foi descrita como "uma das críticas mais influentes de sua geração".
Estas obras e ensaios eram, no seu tempo desvalorizadas, como agora se faz com quem usa a internet como suporte para suas obras.
Muitas das obras eram construídas a partir de referencias, os textos eram geralmente curtos e alguns até pareciam peças de humor.
Sendo estes em tempos anteriormente criticados pela curta dimensão e pouca profundidade.
Hoje em dia apesar de ainda haver suporte em livro e revistas sobre Design, a maioria das pessoas usam o suporte media para apresentar suas opiniões.
Onde se usa também com mais frequência a imagem como acompanhamento dos seus trabalhos. E muitos destes ensaios e textos de crítica são gratuitos,
apenas temos de procurar on-line e ler.
Se formos a comparar ambos os métodos, vemos que em questão de estrutura e profundidade são bastante similares.
Os métodos antigos nos seu tempo também foram desvalorizados.
Neles vemos ensaios com textos tão curtos como os textos que vemos em um blogue.
Temos os exemplo dado por Mário Moura do "Looking Closer" que foi construído a partir de artigos publicados em revistas ou apresentados em conferências, e
os textos são na regra geral curtos, de um máximo de 4 páginas. Alguns parecem peças de humor, e a maioria eram literalmente manifestos vanguardistas.
Estes métodos também limitavam a possibilidade de dar a sua opinião sobre design a quem tinha nome, ou financiamento para tal.
Os métodos atuais, permitem a possibilidade de todos poderem entrar na vasta discussão sobre o Design, tornando-o um tema mais político.
Mas, temos apesar de tudo ter em conta que um blogue perde a estrutura dos argumentos, mesmo quando se tem o cuidado de articular vários textos entre si.
Isto acontece porque a estrutura de um blogue é cronológica, logo cada texto empurra o anterior para baixo, tornando o acesso fragmentado, o que gera na
frequência mal entendidos.
Para finalizar este tópico dos métodos atuais, iremos questionar o porque de escrever na internet.
Primeiro, porque para haver a possibilidade de qualquer pessoa criar um blogue onde pode publicar os seus ensaios, necessita apenas de internet, e para
publicar uma obra, apesar do financiamento implicado, necessita de internet e acesso ao posto de correio.
Para a segunda parte, vamos analisar a questão da arte política e do modernismo, como também o programa Anonimato, Modularidade, Incoerência e
Contradição.
A interseção entre arte política e modernismo cria possibilidades de novas análises críticas e propostas inovadoras.
Nesta parte do livro "O Design que o Design não vê" é criado uma narrativa que desafia os métodos tradicionais de autoria, propondo uma arte política que não
apenas aborda temas políticos, mas incorpora a política em sua forma intrínseca.
O Modernismo, conhecido por a sua abordagem inovadora, ressurge como uma ferramenta estratégica para enfrentar os desafios contemporâneos.
Mas a arte e a política têm estado intimamente ligadas desde os tempos antigos.
Na Grécia Antiga, por exemplo, as esculturas eram frequentemente usadas para representar figuras políticas importantes. Durante a Idade Média, a arte
religiosa era usada para transmitir mensagens políticas e ideológicas.
No Renascimento, arte foi usada como uma forma de propaganda política pelos governantes italianos.
Pinturas e esculturas foram encomendadas para celebrar as conquistas políticas e militares dos governantes, e durante o período barroco, a arte foi usada
para promover o poder da Igreja Católica
A arte também pode ser usada como uma forma de protesto político. Artistas em todo o mundo têm usado as suas obras para criticar governos opressivos e
injustiças sociais. A arte pode ser uma forma poderosa de expressão e pode ajudar a chamar a atenção para questões importantes.
O movimento artístico do séculoXX, como o surrealismo e o expressionismo, foi fortemente influenciado pela política. Artistas como Salvador Dali e Pablo
Picasso usaram a sua arte para expressar sua visão política do mundo.
Uma das características de uma arte política, é a possibilidade do leitor ler criticamente um texto ou objeto, com apenas conhecimento geral,tendo a habilidade
de emancipar o leitor. Esta portabilidade será uma das características de uma arte política.
Outras características importantes são as ideias serem o mais moldares, genéricos, recicláveis e reutilizáveis possível.
Estas características tornam possível todos opinar, e criticar, como também adaptar tais ideias em contextos diferentes.
O objetivo, é no fundo recuperar muitas das características do design modernista: anonimato, modularidade, incoerência e contradição, que é facilmente
acessível pois toda a história é reversível, logo recuperável.
Defendemos então o Modernismo como estratégia útil para produzir uma cultura que ajude a sociedade a responder e ultrapassar situações de crise.
Temos de exemplo, a cultura portuguesa onde o cinema tem sido uma das respostas mais vitais à crise.
Vemos isto em artistas como o Miguel Gomes e João Nicolau, geração relativamente jovem, e no que conta a geração mais velha, temos os exemplos do João
Botelho e Pedro Costa.
Estes artistas tem conseguido encontrar formas de distribuição das suas obras que constam a ausência de financiamento, a falta de infraestruturas, exibindo
os filmes com os mesmos mecanismos e nos mesmos locais de apresentação de teatro e música.
Estes métodos estendem-se aos métodos formais e narrativos dos filmes em si, sendo fácil visualizar o ambiente tenso, precário e exigente oscilando entre
gêneros, sem nunca se definirem.
Temos de exemplo o filme "Aquele querido mês de Agosto" de Miguel Gomes começa como documentário e acaba em ficção, e
"A espada e a Rosa" de João
Nicolau" que começa como comédia musical, continua como filme de piratas e termina em território indefinido.
Esta recusa de assumir um gênero, é estratégica, incoerente, modular.
Mario Moura apresentou apenas uma objeção em relação a este tema.
Será o cinema uma atividade que ganha a sua autonomia, onde o realizador se destaca dependendo do quanto da sua vontade pessoal consegue impor a todo
o processo industrial, coletivo e impessoal? Se sim, não porá em causa o princípio do anonimato?
Barthes apoia que o realizador é apenas a abreviatura de todo um processo, e uma equipa.
Num filme, são um conjunto de planos unidos pela montagem, que se estende além dos usados no filme. A montagem torna o filme modular.
Mas não é apenas no cinema que vemos esta possibilidade de fragmentação. O mesmo já acontecia com outro objeto industrial, o livro impresso.
Também nele vemos uma divisão de trabalho assegurada em partes por máquinas, cada letra isolada da outra, macha de texto isolada das margens, etc.
Este novo método é uma ferramenta eficaz para enfrentar incertezas e exigências da sociedade contemporânea.
Podemos concluir então que em relação ao tópico dos métodos utilizados para a publicação de estudos e críticas do Design, ambos passaram pelo mesmo
processo de aceitação e comparando-os vemos que são bastante parecidos. Em relação a arte política podemos concluir que é possível e eficaz, e por fim em
relação ao modernismo podemos dizer que este conceito deu um impacto positivo na sociedade.

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