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Curso 45385 Aula 00 16a4 Completo

Este documento apresenta a primeira aula de um curso sobre radiologia odontológica para concurso público. A aula introduz o curso e a professora, discute biossegurança na radiologia, e começa a abordar técnicas radiográficas intrabucais.

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Curso 45385 Aula 00 16a4 Completo

Este documento apresenta a primeira aula de um curso sobre radiologia odontológica para concurso público. A aula introduz o curso e a professora, discute biossegurança na radiologia, e começa a abordar técnicas radiográficas intrabucais.

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Livro Eletrônico

Aula 00

Radiologia p/ concurso EMSERH (Odontólogo)


Professor: Ana Luiza Julio
Radiologia em Odontologia EMSERH
Teoria e exercícios comentados
Profa Ana Luiza Julio Aula 00

AULA 00: TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EM ODONTOLOGIA


(PARTE I)

SUMÁRIO PÁGINA

1. APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA 1

2. APRESENTAÇÃO DO CURSO 2

3. INTRODUÇÃO 4

4. BIOSSEGURANÇA NA RADIOLOGIA 5

5. RADIOPROTEÇÃO 9

6. TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS 20

7. POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE 22

8. RADIOGRAFIA PERIAPICAL 25

9. RADIOGRAFIA INTERPROXIMAL OU BITE WING 36

10. RADIOGRAFIA OCLUSAL 39

11. MÉTODOS ESPECIAIS DE LOCALIZAÇÃO 43

12. QUESTÕES 50

13. GABARITO 53

APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA

Olá, pessoal!!! Tudo bem?


É com imenso prazer que iniciaremos nossos estudos em
Radiologia em Odontologia para o concurso da EMSERH. Mas antes de
começar gostaria de me apresentar para os que ainda não me conhecem.
Meu nome é Ana Luiza Rego Julio de Matos, sou dentista na
Força Aérea Brasileira, especialista em Dentística Restauradora, mestre
em Ciências da Saúde com ênfase em Câncer Bucal e Estomatologia e Pós

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Teoria e exercícios comentados
Profa Ana Luiza Julio Aula 00
Graduanda em Acupuntura. Tenho experiência com docência tanto em
cursos de graduação quanto pós graduação, além de elaborar materiais
para concursos públicos e palestras. Minhas grandes paixões são lecionar
e a Medicina Tradicional Chinesa.
Acredito muito no trabalho em equipe e tenho certeza que juntos:
você, eu e a equipe do Estratégia, formaremos um time de sucesso. O
esforço aqui será intenso para construirmos um material completo e
adequado facilitando seus estudos e tornando o aprendizado o mais
agradável possível. A sua conquista é o nosso principal objetivo.
O seu desfio como concursando é o meu desafio como professora do
Estratégia e ambos queremos obter sucesso, concorda? Por isso não
medirei esforços para que alcance sua tão almejada aprovação (e
nomeação). É fundamental iniciarmos desde já uma relação de parceria e
confiança. Comprometo-me a disponibilizar não apenas um material
escrito, mas sim um material com diferencial, com uma linguagem clara,
de fácil leitura e com os enfoques estrategicamente selecionados para o
seu aprendizado e memorização. Como somos parceiros, dependo da sua
dedicação e esforço para que nosso objetivo seja alcançado. A
caminhada nem sempre é fácil, mas com persistência e empenho,
o sucesso é certeiro!!

APRESENTAÇÃO DO CURSO

Uma das dúvidas que temos quando resolvemos estudar para algum
concurso é por onde estudar. Estudar sozinho por meio de leitura de
livros e manuais da disciplina em questão ou por um material elaborado
especialmente para concursos? E essa eu consigo te responder sem
dúvida alguma. Você até pode estudar sozinho, mas lembre-se que os
livros e manuais são feitos para uma aprendizagem acadêmica e com isso
você não irá focar no que realmente é importante, muitas vezes não
aproveitando seu tempo que nesse momento é precioso. Recorrer ao
apoio especializado é certamente o caminho mais proveitoso. Tenho total

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convicção da excelente qualidade do material do Estratégia. Nossas
apostilas foram muito estudadas antes de serem disponibilizadas.
Analisamos cuidadosamente os materiais disponíveis, as tendências das
principais bancas, focando no que realmente é importante, facilitando
assim, ao máximo, sua memorização com uma linguagem informal e
questões comentadas ao longo das aulas.
Nosso material será todo baseado em fontes de informação e
referências bibliográficas confiáveis e atuais. Não utilizaremos para essa
disciplina uma referência específica e única, visto que a maioria das
bancas, hoje em dia, não tem mencionado sua bibliografia recomendada
de forma explícita no edital. Mas tenha certeza que nosso material será o
mais completo possível e sempre que julgarmos pertinente,
mencionaremos as referências.
Vamos focar no que vou pedido no conteúdo programático do edital
sem tentar estender ou aprofundar muito para facilitar a sua vida.
Algumas vezes, entretanto, precisaremos citar alguns conceitos para que
você consiga entender e memorizar informações importantes.
Nossa principal meta nesse momento e que você faça uma prova
tranquila, conseguindo resolver com confiança todas as questões e obter
100% de acertos nas questões da matéria. Para isso, os alunos
matriculados no curso terão acesso ao seguinte conteúdo:

a) Material em pdf atualizado com os principais pontos abordados pelos


concursos sobre Biossegurança.
b) Questões comentadas de várias bancas.
c) Figuras para facilitar a memorização dos principais tópicos da
disciplina.
d) Fórum de dúvidas.

Seguiremos o seguinte cronograma:

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AULA CONTEÚDO
AULA 00 -Radioproteção (BÔNUS)
Técnicas radiográficas na Odontologia (parte I)
-Técnicas intra-bucais
AULA 01 Técnicas radiográficas na Odontologia (parte II)
- Técnicas extra-bucais
-Tomografia Convencional
-Tomografia Computadorizada
-Ressonância Magnética
-Ultrassonografia
AULA 02 -Anatomia radiográfica normal
AULA 03 - Princípios da Interpretação radiográfica
AULA 04 - Interpretação radiográfica (parte I)
AULA 05 - Interpretação radiográfica (parte II)

Então vamos começar? Animados? Rumo à aprovação!!!!

Força, foco e fé!!!

Ana Luiza

INTRODUÇÃO

Apesar de não estar expresso no nosso conteúdo programático aos


estudar o perfil da nossa banca achamos por bem dar um enfoque na
parte de biosegurança e radioproteção. Com isso, teremos essa parte da

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máteria como bônus inserido na nossa aula 00. Em seguida iniciaremos a
parte de técnicas radiográficas intrabucais.

BIOSSEGURANÇA NA RADIOLOGIA

O protocolo de biossegurança na radiologia odontológica visa a


obtenção de radiografias com o risco mínimo de contaminação cruzada e
o correto descarte dos resíduos relacionados aos produtos do
processamento e das embalagens dos filmes.

1) Locais e materiais de uso no atendimento devem estar limpos,


higienizados e ergonomicamente dispostos.

2) Proteja com plástico PVC (MagiPack, Rolopack, etc) ou faça a


desinfecção com produtos químicos (álcool 70°, por exemplo) dos
seguintes equipamentos classificados de não críticos, após cada
atendimento:
a) Aparelhos de raios X (braço articulado, cabeçote, localizador e controle
de exposição);
b) Cadeira odontológica (encosto de cabeça, controles de altura e
inclinação);
c) Aventais de borracha plumbífera e protetores de tireóide.

3) Para o preparo do paciente, o profissional deve lavar as mãos e


sem luvas:
a) Ajustar o encosto de cabeça e a cadeira de acordo com a técnica
radiográfica;
b) Solicitar ao paciente para retirar próteses e aparelhos removíveis
existentes na boca, colocando em um guardanapo;
c) Ajustar o avental de borracha plumbífera e o protetor de tireóide se
necessário;

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d) Selecionar o tempo de exposição de acordo com a região, técnica, tipo
de filme, kVp, mAs e distância foco/filme;
e) Solicitar ao paciente que faça um bochecho de 30 segundos com
Periogard ou solução equivalente.

4) A equipe de profissionais deve lavar e secar as mãos de acordo


com as normas e colocar os equipamentos de proteção individual
regulamentados.

5) As caixas de filmes devem estar previamente embaladas em


plástico PVC e armazenadas em local livre de contaminação, sendo
manipuladas pela equipe de profissionais devidamente paramentado e
com as mãos enluvadas, retirando apenas a quantidade certa de filmes
para o exame radiográfico. Após a colocação do filme no posicionador, o
conjunto é embalado em plástico PVC ou sacos plásticos e levado à boca
do paciente pela haste metálica ou pelo plástico do anel direcionador,
centralizando na região de interesse, aproximando o localizador do
aparelho de raios X no anel direcionador;

6) Após a exposição, o profissional deve remover o conjunto


posicionador/filme, pela haste metálica ou plástica, e entregar à auxiliar
que segura pelo anel direcionador e, com o auxílio de uma pinça estéril,
desembala o conjunto, retira o filme do posicionador e coloca em uma
superfície estéril, descartando a embalagem de PVC em lixo séptico junto
com as luvas e as barreiras utilizadas nos equipamentos e na clínica
odontológica no final do procedimento;

7) Caso não exista auxiliar, o profissional deve trocar de luvas entre


o atendimento do paciente e o processamento ou usar dois pares de
luvas, descartando o primeiro após o atendimento do paciente e usando o
segundo para o processamento, com as mesmas condutas e
procedimentos executados pela auxiliar;

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8) Procedimentos de processamento radiográfico:


a) Na câmara escura tipo labirinto ou portátil:
- Colocar os filmes expostos em uma colgadura ou em grampos
individuais e levar à câmara escura;
- Em condições de iluminação de segurança adequada, abrir as
embalagens dos filmes expostos, posicionar na colgadura ou nos grampos
individuais, descartar o plástico e o papel em lixo séptico, separando
antes as lâminas de chumbo que devem ser recicladas;
- Levar aos tanques próprios para revelar, enxaguar, fixar, banho final e
secagem nos tempos adequados, de acordo com as condições de
temperatura e do tipo das soluções de processamento.
b) Na processadora automática:
- Em condições de iluminação de segurança adequada abrir as
embalagens dos filmes expostos, descartar o plástico, o papel preto e as
lâminas de chumbo que devem ser reciclados;
- Colocar na processadora automática para Revelar, Fixar, Banho final e
Secagem nos tempos adequados, de acordo com as condições indicadas
pelo fabricante da processadora.

9) Nos consultórios odontológicos que se utilizam do sistema de


obtenção de imagem digital, os procedimentos podem ser simplificados,
não dispensando o bochecho prévio com Periogard ou solução
equivalente:
a) Para os dispositivos de obtenção direta da imagem como o sistema IDA
(Dabi Atlante), Toto (Soredex), Sigma (Suarez) ou Sidexis (Sirona), que
usam sensores do estado sólido e transmissão do sinal direto para o
computador (CCD ou CMOS), a barreira é usada apenas no sensor, no
cabo e no posicionador, sendo descartados no final do procedimento.
b) Nos sistemas do tipo placa de fósforo foto-ativada, como o Digora
(Soredex), ScanX e Denoptix (Gendex), como existe a necessidade de
passar o sensor após a exposição pelos raios X, por um scanner à laser,

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manobras semelhantes à da caixa de processamento portátil são usadas,
para proteger o equipamento de escaneamento da contaminação cruzada.

10) Todos os materiais usados nos exames radiográficos e que são


considerados resíduos, contaminados ou não, devem ter o seu descarte,
tratamento e/ou reciclagem executados de acordo com o protocolo
explicitado no Programa de Gerenciamento de Resíduos Odontológicos
(PGRO) e do Programa de Reciclagem de Resíduos (PRR).

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NA RADIOLOGIA

As resoluções RDC 033 da ANVISA e CONAMA 05, associadas à


CONAMA 20 regulamentam o descarte dos líquidos das soluções
processadoras, pois após a sua utilização elas têm características tóxicas
que impactam o meio ambiente contaminando os recursos hídricos,
quando o descarte e ou o tratamento destes resíduos químicos são
inadequados, prejudicando o meio ambiente e a população. O
gerenciamento eficaz destes resíduos líquidos compreende a separação,
identificação, acondicionamento e o armazenamento do revelador e
fixador, para que se possa executar um tratamento adequado destes
resíduos.
Os consultórios odontológicos que se utilizam destas soluções para
o processamento radiográfico, são geradores destes resíduos e, portanto,
responsáveis de acordo as normas acima, pelo descarte e tratamento
adequados destas substâncias após o seu uso. Acrescentamos que o
tratamento eficiente destes resíduos só pode ser executado por empresas
licenciadas pelos orgãos ambientais, que desde a coleta, transporte,
tratamento e lançamento no ambiente adotam procedimentos de acordo
com os parâmetros legais. A legislação recomenda ainda que tenha uma
destinação adequada para as lâminas de chumbo, presentes em todas as
embalagens de filmes radiográficos intrabucais, além das radiografias com
defeito que inviabilizam o seu uso na documentação odontológica. O
descarte inadequado significa poluição ambiental além do desperdício de

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matéria prima de fácil recuperação por firmas especializadas e licenciadas
pelos orgãos ambientais.
O gerenciamento eficaz destes resíduos líquidos compreende a
separação, a identificação, o acondicionamento e o armazenamento do
revelador e do fixador, para que se possa executar um tratamento
adequado destes efluentes. Produtos corrosivos provenientes de
laboratórios de processamento radiográfico devem ser recolhidos em
vasilhames de plástico, identificados, separados (revelador e fixador) e
encaminhados para reciclagem de prata e tratamento que promova sua
neutralização química.
O cirurgião-dentista deve fazer a troca das soluções, armazenar em
recipientes plásticos devidamente identificados e não misturar revelador
com fixador, para posterior entrega à empresa devidamente licenciada
que atestará a quantidade, o teor dos líquidos, bem como informará o
procedimento adotado para o tratamento e o descarte. A empresa deve,
ainda, atestar a comprovação dos padrões exigidos por lei para este
procedimento, por meio de análises laboratoriais e laudos técnicos.
Outro resíduo que a legislação CONAMA 20 (Ministério do Meio
Ambiente) recomenda que tenha uma destinação adequada, são as
lâminas de chumbo, presentes em todas as embalagens de filmes
radiográficos intrabucais. O seu descarte inadequado significa poluição
ambiental, além do desperdício de matéria-prima de fácil recuperação por
firmas especializadas, sendo que a reciclagem é o seu destino adequado.

RADIOPROTEÇÃO

Essa costuma ser a parte mais cobrada dessa aula, juntamente com
a parte de Biossegurança, nas provas de concurso. Então vamos redobrar
a atenção e o foco.

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A radiografia na Odontologia atual exige conhecimento e
treinamento do cirurgião-dentista, pois deve ser executado com
segurança, precisão e qualidade. A obtenção de diagnóstico radiográfico
adequado, de planejamento e de tratamento eficiente e específico para
cada paciente significam a aplicação de menor quantidade possível de
raios X, quando os profissionais são qualificados e atualizados, o emprego
de equipamentos calibrados e inspecionados, o uso de critérios clínicos
para a sua indicação da técnica; além de um rígido controle de qualidade
dos materiais e procedimentos radiográficos.
A filosofia da radioproteção se baseia no princípio de ALARA (As Low
As Reasonably Achievable), isto é, utilizar uma dose de radiação tão baixa
quanto razoavelmente possível.

SISTEMA DE LIMITAÇÃO DAS DOSES

São três os princípios básicos relativos a radioproteção:


Just̀f̀cação: Todas as condutas só devem ser tomadas se elas
foram legítimas e gerarem lucros positivos. Devem produzir benefícios
para os indivíduos expostos e para a sociedade, suficientes para
compensar os danos causados.
Ot̀m̀zação: todas as expos̀ções devem ser mant̀das o màs
baixas possível sem perder sua qualidade ou funcionalidade. A proteção
radiológica deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses
individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de
ocorrência de exposições mantenham-se tão baixas quanto possa ser.
L̀m̀te da dose: A eqùvalente dose ̀nd̀v̀dual não pode utlrapassar
o limite recomendado pela comissão de acordo com cada situação, salvo
em circunstâncias especiais.

Procedimentos de segurança no exame radiográfico

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A fim de evitar exposições indevidas e reduzir a dose no paciente,
devem ser adotados os seguintes procedimentos, de acordo com a
Portaria n° 453 da ANVISA:

a) Toda a exposição que não possa ser justificada clinicamente está


proibida, incluindo:
- Exposição de indivíduos aos raios X com o objetivo único de
demonstração, treinamento ou outros fins que contrariem o princípio da
justificação.
- Exames radiológicos para fins empregatícios ou periciais, exceto quando
as informações a serem obtidas possam ser úteis à saúde do indivíduo
examinado, ou para melhorar o estado de saúde da população.

b) Exames radiográficos devem ser realizados somente quando, após


exame clínico e verificação cuidadosa das necessidades de saúde geral e
dentária do paciente, sejam julgados necessários.
Deve-se averiguar a existência de exames radiográficos anteriores que
tomem desnecessário um novo exame.

c) O tempo de exposição deve ser o menor possível, consistente com a


obtenção de imagem de boa qualidade. Isto inclui o uso de receptor de
imagem mais sensível, que possa fornecer o nível de contraste e detalhe
necessários.

d) A repetição de exames deve ser evitada por meio do uso da técnica


correta de exposição e de um processamento confiável e consistente.

e) Para radiografias periapicais deve-se utilizar:


- Preferencialmente a técnica do paralelismo com localizadores longos;
obrigatório o uso de dispositivos de alinhamento do feixe central de raios
X e suportes de filme (posicionadores);
- Evitar que o paciente mantenha o filme com os dedos.

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f) A extremidade do localizador deve ser colocada o mais próximo possível
da pele do paciente, para garantir tamanho de campo mínimo.
g) O operador deve observar e ouvir o paciente durante as exposições.
h)Está proibido o uso de sistema de acionamento de disparo com retardo.
i) Deve ser usada vestimenta de proteção individual no paciente, de modo
a proteger a tireoide, o tronco e as gônadas dos pacientes durante as
exposições, no tamanho de 60 x 75 cm para o indivíduo adulto, com 0,25
mm de chumbo equivalente. Os aventais plumbíferos devem ser
acondicionados de forma a preservar sua integridade, sobre superfície
horizontal ou em suporte apropriado.

Proteção do operador e equipe

Para garantir a proteção do operador e equipe responsáveis pelo


manejo dos equipamentos de raios X, devem ser observadas as seguintes
recomendações:
a) Nos exames radiográficos em consultórios odontológicos, o operador
deve manter-se a uma distância mínima de 2 m do tubo e do paciente
durante as exposições. Se a carga de trabalho for superior a 4 mA/min
por semana (ou, em termos aproximados, se forem realizadas mais do
que 30 radiografias por semana), o operador deve manter-se atrás de
uma barreira protetora com espessura mínima de 0,5 mm equivalentes de
chumbo e usar dosímetro individual, quando exigido pela legislação
vigente.
b) O operador ou qualquer membro da equipe não deve colocar-se na
direção do feixe primário, nem segurar o cabeçote ou o localizador
durante as exposições.
c) Nenhum membro da equipe deve segurar o filme durante a exposição.
d) Somente o operador e o paciente podem permanecer na sala de exame
durante as exposições.

e) Caso seja necessária a presença de indivíduos para assistirem uma


criança ou um paciente debilitado, eles devem fazer uso de avental

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plumbífero com, pelo menos, o equivalente a 0,25 mm de chumbo e
evitar localizar-se na direção do feixe primário.

f) As exposições as quais os acompanhantes forem submetidos devem ser


otimizadas de modo que a dose efetiva não exceda 5 mSv durante o
procedimento. Nenhum indivíduo deve realizar essa atividade
regularmente.

Processamento do filme

No que diz respeito ao processamento do filme, devem ser seguidas


as recomendações do fabricante a respeito à concentração da solução, à
temperatura e ao tempo de revelação. Além disso, uma tabela de tempo
deve ser afixada na parede da câmara e as temperaturas da revelação e
do revelador devem ser medidas antes do processamento. Os seguintes
procedimentos também devem ser observados:

a) As soluções devem ser regeneradas ou trocadas quando necessário, de


acordo com as instruções do fabricante.

b) Não devem ser utilizados filmes ou soluções de processamento com


prazo de validade expirado.

c) Não deve ser realizada qualquer inspeção visual do filme durante os


processamentos manuais.

d) A câmara escura e as cubas com as soluções de processamento devem


ser mantidas limpas e protegidas de contaminação química ou biológica.

e) Os filmes devem ser armazenados em local protegido do calor, da


umidade, da radiação e dos vapores químicos.

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f) No caso da câmara portátil de processamento, ela deve ser opaca à luz
branca e equipada com:
- Quatro recipientes (revelador, banho intermediário, fixador, banho final)
de vidro ou aço inox;
- Termômetro de imersão;
- Cronômetro digital;
- Tabela temperatura/tempo;
- Protocolo de troca de soluções, por tempo de uso ou quantidade de
filmes processados.

g) De acordo com as normas ambientais, não se deve descartar os


efluentes químicos sem tratamento e devem ser reciclados os resíduos
sólidos não contaminados, como as lâminas de chumbo do invólucro dos
filmes e também, o plástico e o papel preto.

E REFORÇANDO!!
PROTEÇÃO AO PACIENTE

Vamos falar um pouco sobre os fatores de proteção ao paciente


durante os procedimentos radiológicos.

1) Utilização de filmes mais sensíveis: Os filmes do tipo E possuem


o dobro da sensibilidade dos filmes D, reduzindo a dose de radiação em
50%.

2)Correto processamento do filme: Com isso a chance de problemas


durante a confecção da radiografia diminui bastante.

3)Aparelhos radiográficos adequados:

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-Filtração: Utilização de filtro adicional de alumínio na saída do
cabeçote, que tem a função de absorver os raios X de maior comprimento
de onda. Para os aparelhos que operam entre 50kVp e 70kVp a filtração
deve ser de 1,5mm de alumínio de espessura, já para os aparelhos que
operam acima de 70kVp, a filtração deve ser de 2,5mm de alumínio de
espessura.
-Colimação: deve ser colocado na saída do cabeçote, de modo que
produza um feixe de radiação que não ultrapasse 6cm de diâmetro na
ponta do localizador, ou 7cm de diâmetro na pele do paciente.

4)Localizadores: Os localizadores devem ser cilíndricos, com a


extremidade aberta e com um comprimento mínimo de 20cm.

5)Correta técnica radiográfica: devem ser realizadas utilizando


posicionadores de filmes, pois isso faz com que o profissional erre menos
durante a obtenção da radiografia.

6)Uso de écrans nas técnicas extrabucais: Com isso a exposição do


paciente é reduzida em até 80%.

7)Utilização de avental de borracha plumbífera e protetor de


tireoide: o uso do avental plumbífero tem a principal função de proteção
das gônadas, e o protetor de tireoide reduz a radiação secundária de
chegar à glândula tireoide.
8) Efetividade na comunicação com o paciente: com isso a
exposição do paciente pode ser interrompida a qualquer momento que o
profissional julgar conveniente.

9)Indicação do exame radiográfico: fazer exame radiográfico de


rotina sempre por indicação de um profissional.

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PROTEÇÃO DO PROFISSIONAL

1)Ficar atrás do biombo de chumbo de 1mm de espessura ou com


2mm de aço.

2)Se isso não for possível, o profissional deve permanecer a uma


distância mínima de 2 metros da cabeça do paciente em um ângulo de
90° a 135° com o feixe primário de radiação. Alguns autores mencionam
1,8m, mas não é o mais aceito.

Questão: 01

FCC – TRE/PR – 2012

A proteção do profissional contra os efeitos biológicos dos raios X


durante a tomada radiográfica inclui:
a) não permanecer atrás do paciente, evitando as radiações de
escape.
b) manter distância mínima de 1,8 m do aparelho em ângulo de
45° em relação ao feixe útil.
c) segurar o cabeçote do aparelho de raios X em ângulo de 135°
em relação ao feixe útil.
d) ficar atrás de barreira mecânica do tipo biombo com 2 mm de
aço ou 1 mm de chumbo.
e) não permanecer atrás do cabeçote do aparelho, evitando as
radiações secundárias.

Comentários:

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Letra A: O profissional não deve permanecer atrás do paciente,
evitando as radiações secundárias.
Letra B: A distância mínima é de 2m do aparelho em um ângulo de
90° a 135° com o feixe primário de radiação.
Letra C: O operador ou qualquer membro da equipe não deve
colocar-se na direção do feixe primário, nem segurar o cabeçote ou o
localizador durante as exposições.
Letra E: Os profissionais não devem permanecer atrás do cabeçote
do aparelho, evitando as radiações de escape.
GABARITO:D

QUESTÃO: 02

CADAR 2015

Indivíduos submetidos às radiações ionizantes na região de


cabeça e pescoço podem apresentar vários efeitos biológicos
indesejados, dentre eles, os denominados efeitos somáticos
tardios. O protetor da glândula tireoide é importante para se
prevenir
a) Hipotireoidismo.
b) Hipertireoidismo.
c) Câncer de tireoide.
d) Tireoidite de Hashimoto.

COMENTÁRIOS: Como vimos na nossa aula as radiações ionizantes


podem induzir a carcinogênese, sendo o protetor de tireoide utilizado para
proteger essa glândula.
GABARITO: C

QUESTÃO:03

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CADAR 2012

Assinale a alternativa incorreta sobre a proteção do profissional


às radiações ionizantes.
a) O profissional nunca deve ficar na direção do feixe útil de raios-
x.
b) Não se deve segurar o filme na boca do paciente, exceto nos
casos de contenção do paciente.
c) Não se deve permanecer atrás do cabeçote do aparelho e nem
atrás do paciente, pois há grande emissão de radiações
secundárias.
d) É necessário se colocar no mínimo a 1,8 m do aparelho,
devendo, por este motivo, os fios dos marcadores de tempo
possuírem no mínimo 2 m de comprimento.

Comentários: O profissional não deve conter o paciente, caso isso seja


necessário, um acompanhante o fará seguindo as recomendações de
proteção como o uso do avental de chumbo e se manter fora da linha
direta de incidência do feixe.
GABARITO:B

QUESTÃO:04

Prefeitura de Ouro Branco – RN – 2010

Para a realização adequada de uma tomada de radiografia


intraoral, o operador deve manter-se a uma distância mínima do
tubo e do paciente de:
a) 2 metros
b) 4 metros
c) 6 metros

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d) 8 metros

Comentários: Como vimos na nossa aula em exames intra-orais em


consultórios, o operador deve manter-se a uma distância mínima de 2m
do tubo e do paciente em um ângulo de 90° a 135° com o feixe primário
de radiação durante as exposições.
GABARITO:A

QUESTÃO:05

CADAR – 2010

Em relação às normas necessárias para proteção do operador de


raios X, analise as proposições abaixo, marque V para verdadeiro
ou F para falsa e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta
a sequência CORRETA:
( ) O profissional nunca deverá ficar na direção do feixe útil dos
raios X.
( ) O profissional não deverá segurar o filme na boca do paciente,
porém, precisa segurar o cabeçote do aparelho quando esse
apresentar movimentações durante a exposição.
( ) Não permanecer atrás do paciente, pois o mesmo é grande
emissor de radiações secundárias.
a) V- F- V
b) V- V- V
c) F- V- F
d)V- F- F

Comentários: Como já mencionamos algumas vezes na nossa aula os


profissionais não devem ficar na direção do feixe de radiação, nem
segurar o filme radiográfico. Também não deve segurar o cabeçote e nem

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atrás do paciente, visto que em todos esses casos eles estarão sujeitos a
exposição de raios X.
GABARITO:A

TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRABUCAIS

Continuando nossa aula de Radiologia, vamos falar agora sobre as


técnicas radiográficas intraorais ou intrabucais. Está aula costuma cair
bastante em provas de concurso. Especial atenção na parte sobre técnica
periapical (tanto da bissetriz quanto do paralelismo) e na parte sobre a
técnica de Clark que despenca. Como de costume iremos sinalizar as
partes mais importantes com a corujinha do Estratégia, assim
direcionamos melhor seu estudo. Prontos para começar?

A radiográfica tornou-se um exame complementar fundamental


para muitos diagnósticos na clínica odontológica. Por esse motivo é
necessário que se conheça as possibilidades deste tipo de exame, assim
como as limitações de seu equipamento e a escolha da técnica mais
adequada para o fim a que se destina.
O odontólogo, quando necessita examinar radiograficamente as
estruturas que compõem a cavidade oral, lança mão de três diferentes
técnicas intra-orais:

1. Periapical - usada para exame do dente e do osso alveolar que o


rodeia. As radiografias periapicais devem mostrar todo o dente, incluindo
o osso alveolar circunjacente.

2. Interproximal (bite-wings)— usada para o diagnóstico, de cáries


nas superfícies proximais, adaptação de coroas e excessos marginais de
restaurações. As radiografias bite-wings mostram apenas as coroas dos
dentes e a crista alveolar adjacente.

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3. Oclusal - usada para investigar as zonas maiores das maxila e


mandíbula, procurando descobrir fraturas, lesões ou dentes impactados.
As radiografias oclusais mostram uma área dos dentes e do osso alveolar
maiores do que nas radiografias periapicais.

A radiografia intraoral tem essa denominação por ser uma técnica


onde introduz-se um filme odontológico na cavidade bucal do paciente,
mantendo o firme no local (com uso de posicionadores ou pelo próprio
paciente), e, assim, radiografam-se o dente e o tecido periodontal, ou
região dentária, com determinado ângulo, pelo lado externo da face.

VANTAGEM:

-Permite obter-se uma imagem radiográfica com alta nitidez dos


dentes e estruturas de suporte.
-Os equipamentos radiográficos e de processamento são
relativamente de baixo custo e seus manuseios são fáceis.
-A dose de exposição de radiação é baixa.

DESVANTAGEM:

-Abrange áreas pequenas da cavidade bucal. As radiografias


oclusais abrangem uma área maior se comparada as outras duas, porém
sua incidência é limitada.
-Paciente com trismo ou tendência a náuseas, podem dificultar ou
impossibilitar a tomada radiográfica.
- Outra dificuldade pode ser no caso de pacientes com arcada
dentária estreita ou assoalho bucal raso.

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Vale ressaltar que quando sensores digitais intra-orais são
utilizados, os princípios radiográficos serão os mesmos usados com o
filme radiográfico comum.
Sempre relembrando também que as radiografias devem ser
realizadas somente quando existir uma nítida necessidade para o
diagnóstico, para que a informação radiográfica possa ser fornecida. A
frequência desses exames varia com as circunstâncias individuais de cada
paciente

POSICIONAMENTO DA CABEÇA DO PACIENTE

Para uma correta técnica radiográfica um dos fatores de grande


importância é o correto posicionamento da cabeça do paciente. Para isso
utilizamo-nos de planos antropológicos e linhas de referência que nos
permitem, em época diferentes, observar radiografias do mesmo padrão.
O correto posicionamento da cabeça do paciente irá facilitar a
tomada radiográfica intraoral, principalmente quando não são utilizados
dispositivos posicionadores. Esses dispositivos quando utilizados
corretamente, tornam possível uma boa qualidade da radiografia mesmo
que a cabeça esteja mal posicionada.

-MANDÍBULA (A): Linha trago-comissura labial – como o nome diz é


a linha que vai do trágus a comissura labial, devendo estar paralela ao
solo. Isto é, o plano sagital mediano na perpendicular ao solo, e plano
oclusal oclusal paralelo ao solo.

-Linha infra-orbtomeatal(B): denominada também como linha


horizontal alemã. É a linha que vai da borda inferior da órbita ao teto do
poro acústico externo do mesmo lado.

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- MAXILA (C): Plano de Camper – é representado externamente por
uma linha que vai do trágus a asa do nariz, paralelo ao solo (ao plano
horizontal). É o que utilizamos na execução de radiografias da maxila.

Distância focal e tempo de exposição

A distância focal diferencia-se nas técnicas intrabucais. Na técnica


periapical da bissetriz, é indicada uma distância focal de 20 cm, obtida
pela aproximação do cilindro localizador do aparelho à face do paciente.
Na técnica periapical do paralelismo, a distância é de 40 cm,
considerando-se o dispositivo localizador. A distância focal na técnica
interproximal é de 20 cm, quando se utiliza cilindro localizador curto e de
40 cm, com o emprego do cilindro localizador longo.
O tempo de exposição altera-se de acordo com a sensibilidade do
filme radiográfico indicado pelo fabricante.

Ângulos de incidência do feixe de raios X

Em virtude da conformidade anatômica dos maxilares e suas


variações, o exame radiográfico da maxila e mandíbula é dividido em
regiões. Em cada região, a incidência do feixe de raios X deverá incidir
com angulações e pontos de incidência específicos para se obter uma
radiografia tecnicamente correta. São dois os ângulos de incidência:

•Ângulo horizontal
•Ângulo vertical.

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Os ângulos verticais são obtidos tomando-se como referência o
plano oclusal, sendo positivos (+) para a maxila e ângulos nulos e
negativos (-) para a mandíbula.
Os ângulos horizontais estão relacionados com o plano sagital
mediano e são obtidos movimentando-se o cilindro localizador do
aparelho horizontalmente, direcionado paralelamente à face proximal dos
dentes.

QUESTÃO: 06

PREFEITURA MUNICIPAL DE INDIANA – 2014

Definimos na radiografia Linha de Camper:


a)Linha que vai do trago à asa do nariz;
b) Linha que vai do trago à comissura labial do mesmo lado;
c) É uma linha que vai da borda inferior de uma órbita ao teto do poro
acústico externo do mesmo lado. Coincide com o plano infra-orbitomeatal
(plano horizontal alemão);
d)Todas as alternativas acima encontram-se corretas.

Comentários: Como vimos na nossa aula a linha de Camper é aquela que


vai do trago ou tragus até a asa do nariz. Utilizada para orientar as
tomadas radiográficas. A linha que vai do trago à comissura labial do
mesmo lado é denominada de plano de Camper modificado, sendo
utilizado, para orientar a realização das radiografias periapicais da
mandíbula. Já a linha que vai da borda inferior de uma órbita ao teto do
poro acústico externo do mesmo lado é denominada de plano de
Frankfurt.
GABARITO: A

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RADIOGRAFIA PERIAPICAL

O objetivo do exame radiográfico intra-oral periapical, é obter uma


vista dos ápices das raízes dos dentes e das estruturas adjacentes. Duas
técnicas básicas podem ser empregadas para este tipo de exame: a
técnica da bissetriz (cone curto) e a do paralelismo (cone longo).

PRINCIPAlS INDICAÇÕES:

• Detecção de infeção/inflamação apical.


• Aval̀ação do estado periodontal.
• Aval̀ção após traumatismo do dente e do osso alveolar associado.
• V̀sual̀zação da presença e posição de dentes não erupcionados.
• V̀sual̀zação da morfologia das raízes antes de extrações.
• Análise radiográfica durante tratamento endodôntico.
• V̀sual̀zação pré e pós-operatória de cirurgias apicais.
• Avalição detalhada de cistos apicais e outras lesões no osso alveolar.
• Aval̀ação pós-operatória de implantes.

Exame periapical completo

Nas crianças com dentição decídua, o exame radiográfico completo


constitui-se de:

• Seis radiografias periapicais:

✓ duas da regiao anterior: uma superior e outra inferior; quatro da


regiao posterior: uma de cada hemiarco ou da regiao de molares
dec̀duos.

• E duas radiografias interproximais: uma do lado esquerdo e outra


do direito, posteriores.

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Quando presente a dentição mista, esse exame passa a compor-se de:

• Dez radiografias periapicais:

✓ três da região ântero-superior: uma da regiao de incisivos centrais e


duas da região de incisivos laterais e caninos, direito e esquerdo;
✓ três da regiao ântero-inferior: uma da regiao de incisivos e duas da
regiao de caninos, direito e esquerdo;
✓ quatro da regiao posterior: uma de cada hemiarco.

• E duas radiografias interproximais: uma do lado direito e outra do


esquerdo, posteriores.

Nos pacientes com denticao permanente instalada indicam-se para exame


radiográfico completo:

• Catorze radiografias periapicais:

✓ três da regiao ântero-superior: uma da regiao de incisivos centrais e


duas da regiao de incisivos laterais e caninos, direito e esquerdo;
✓ três da regiao ântero-inferior: uma da regiao de incisivos e duas da
regiao de caninos, direito e esquerdo;
✓ quatro da regiao de pre-molares: uma de cada hemiarco;
✓ quatro da regiao de molares permanentes: uma de cada hemiarco.

• E quatro radiografias interproximais: duas da regiao de pre-


molares, direito e esquerdo, e duas da regiao de molares
permanentes, direito e esquerdo.

TÉCNICA DO PARALELISMO

A essência da técnica do paralelismo (também chamada do ângulo


reto ou técnica do cone ou cilindro longo) é que o filme de raios X é

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apoiado paralelamente ao longo eixo dos dentes e o raio central do feixe
de raios X é direcionado perpendicular ao filme e dentes.
Esta orientação do filme, dentes e do raio central minimiza as
distorções geométricas. Além de reduzir as distorções geométricas, a
fonte de raios X deve ser localizada relativamente distante dos dentes.
O uso de uma distância longa da fonte-para-o-objeto reduz o tamanho
aparente do ponto focal. Estes fatores resultam em imagens com menor
magnificação e definição aumentada.
Para se conseguir esse paralelismo entre o dente e o filme,
lançamos mão dos posicionadores radiográficos que facilitam o feixe de
radiação na angulação certa para orientam o feixe de radiação na
angulação certe para cada região.
O cilindro localizador utilizado normalmente é o de 40cm de
comprimento, por esse motivo deve-se aumentar o tempo de exposição
em quatro vezes ao tempo usado na técnica da bissetriz. Os ângulos,
vertical e horizontal, são obtidos diretamente, encostando o cone longo
neste anel localizador.
Para obtenção do ângulo vertical a tabela abaixo deve ser servir
como guia, mas ela varia de acordo com a constituição física do paciente
e de acordo com a colocação do filme na boca.

Quanto ao ângulo horizontal, o feixe central deverá ser paralelo às


faces proximais dos dentes.

Vantagens e desvantagens em relação a técnica da bissetriz

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Vantagens:
1. menor distorção de forma e tamanho
2. não é necessário posicionar corretamente o paciente
3. maior simplicidade de execução da técnica
4. a exposição do paciente aos raios X é menor
5. as radiografias são padronizadas

Desvantagens:
1. maior possibilidade de movimento, porque o tempo de exposição é
maior
2. não deve ser usada em crianças e pacientes de temperamento
extremamente nervoso
3. proporciona desconforto ao paciente
4. preço mais elevado devido à necessidade de maior número de
radiografias, como também o uso de um localizador especial, e ainda pela
necessidade de se usar vários jogos de suporte porta-películas.

TÉCNICA DA BISSETRIZ

A técnica da bissetriz ou bissetora é baseada num simples teorema


geométrico, a regra de Cieszynski de isometria, a qual afirma que dois
triângulos são iguais quando eles compartilham um lado completo e têm
dois ângulos iguais, ou seja, triângulos isósceles. As radiografias
odontológicas aplicam o teorema como se segue: posicionando o filme o
mais próximo possível da superfície lingual dos dentes, apoiando no
palato ou no assoalho da boca. O plano do filme e do longo eixo dos
dentes forma um ângulo com o seu ápice no ponto em que o filme está
em contato com os dentes. Construindo uma linha imaginária que divide
este ângulo, direcione o feixe de raio central num ângulo reto com este
bissetor. Isto forma dois triângulos com dois ângulos iguais e um lado

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comum (a bissetriz imaginária). Como consequência, quando estas
condições são satisfeitas, a imagem aparente no filme teoricamente tem o
mesmo comprimento do objeto projetado. Para reproduzir o comprimento
de cada raiz de um dente multirradicular com precisão, o raio central
deve ser angulado diferentemente para cada raiz. Outra limitação desta
técnica é que a crista óssea alveolar é com frequência projetada mais
para coronal que sua posição real.
O receptor de imagem e colocado o mais próximo possível dos
dentes a serem radiografados, sem que seja curvado. A bissetriz do
ângulo formado entre o longo eixo dos dentes e o longo eixo do receptor
de imagem e estimada e determinada imaginariamente. O cabeçote de
raios X e posicionado perpendicularmente a bissetriz imaginária com o
raio central do feixe de raios X na direção do ápice dentário. Usando-se o
princípio geométrico dos triângulos isométricos, o comprimento real dos
dentes na boca será igual ao comprimento do dente na imagem.

Angulação vertical do cabeçote de raios X: o ângulo formado pela


continuação da linha do raio central até encontrar o plano oclusal
determina a angulação vertical do feixe de raios X em relação ao plano
oclusal.
Normalmente, utiliza-se o aparelho de raios X com um cilindro
localizador de 20cm de comprimento.
Os ângulos de incidências são extremamente importantes na
radiografia dentária, uma vez que determinam o tamanho da imagem do
dente radiografado. Devido à conformação anatômica dos maxilares, e
consequentemente, à posição que toma o filme para cada região, torna-se
necessário uma inclinação no tubo de raios X, para que não haja
distorções do tamanho real da imagem.

Ângulo vertical:

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é dado pelo movimento vertical do tubo de raios X. Em radiografia
dentária torna-se necessário modificar o ângulo de cada região da arcada,
a fim de que os raios centrais sejam dirigidos perpendicularmente à
bissetriz do ângulo filme/dente, tomando-se em consideração: posição do
dente, altura da abóboda palatina e assoalho da boca.

A tabela acima sugerida é representativa da média dos pacientes,


havendo casos em que o profissional deverá variar ainda mais estes
ângulos para atender às características do caso particular.

-Quando o raio central incide perpendicular ao filme (aumento da


angulação), a imagem fica encurtada.
-Quando o raio central incide perpendicular ao dente (diminuição da
angulação), a imagem fica alongada.
-Quando o raio central incide perpendicular ao plano bissetor
(angulação correta), a imagem tem seu tamanho real.

Ângulo horizontal:

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é dado pelo movimento horizontal do tubo de raios X. Baseia-se no
seguinte princípio: o feixe central deve ser paralelo às faces proximais
dos dentes, para evitar a superposição das mesmas. Para cada grupo
dentário, existe um ângulo horizontal que, quando tomado em relação ao
plano sagital mediano, varia de 90° (molares) até 0° (incisivos), pois está
sobre este plano.

Área de incidência do feixe

São pontos externos na face do paciente que servem como auxilio


durante a tomada radiográfica a direcionar o feixe de raios X para a
região apical dos dentes a serem radiografados.

-Arcada Superior: Interseção da linha trágus-asa do nariz com linha


imaginária partindo:
> 1cm atrás da comissura palpebral externa para região de molares;
> Linha da pupila para região de pré-molares;
> Asa do nariz para região de caninos;
> Ápice nasal para região de incisivos;

-Arcada Inferior: Interseção da linha 1 cm acima da borda inferior


da mandíbula com linha imaginária partindo:
> 1cm atrás da comissura palpebral externa para região de molares;
> Linha da pupila para região de pré-molares;

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> Asa do Nariz para região de canino;
> Sínfese mandibular para região de incisivos

Vantagens da técnica da bissetriz

• O pos̀c̀onamento do receptor de ̀magem e razoavelmente confortável


para a paciente em todas as regiões da boca.
• O pos̀c̀onamento e relativamente simples e rápido.
• Se todas as angulações forem selec̀onadas corretamente, a ̀magem do
dente irá apresentar seu comprimento real e, portanto, deverá ser
adequada (mas não ideal) para a maioria dos propósitos de diagnóstico.

Desvantagens da técnica da bissetriz

• As mùtas var̀áveis envolvidas na técnica, resultam, frequentemente,


em imagens distorcidas.
• A angulação vertical incorreta do cabeçote irá resultar em um
encurtamento ou alongamento da imagem.
• Os níveis de osso periodontal são pobremente mostrados.
• A próeção do processo zigomático frequentemente se sobrepõe as
raízes dos molares superiores.
• Os ângulos verticais e horizontais devem ser estimados, para cada
paciente, pela observação, e assim, uma considerável experiencia e
requerida.
• Não e possível obter imagens reprodutíveis.
• Se a rào central não for direcionado para a centro do receptor de
imagem, pode-se ter como resultado a cone cut, particularmente se for
utilizado a colimador retangular. A angulação horizontal incorreta do
cabeçote irá resultar em superposição das coroas e das raízes.
• As coroas dos dentes apresentam-se frequentemente distorcidas,
dificultando, por conseguinte, a detecção de cáries interproximais.

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• As raízes vestibulares dos pré-molares e molares da maxila
apresentam-se encurtadas.

QUESTÃO: 07

FCC – TRF – 2ªREGIÃO – 2012

As radiografias recomendadas para a avaliação periodontal na presença


de lesões endodôntica/periodontais de um paciente com 25 anos de
idade, sexo feminino, são as
a) interproximais verticais.
b) interproximais horizontais.
c) panorâmicas.
d) periapicais pela técnica do paralelismo.
e) bite-wings.

Comentários: Questão boa para relembrarmos as indicações das


radiografias periapicais:
• Detecção de infeção/inflamação apical.
• Aval̀ação do estado per̀odontal.
• Aval̀ção após traumat̀smo do dente e do osso alveolar assoc̀ado.
• V̀sual̀zação da presença e pos̀ção de dentes não erupc̀onados.
• V̀sual̀zação da morfolog̀a das raízes antes de extrações.
• Anál̀se rad̀ográf̀ca durante tratamento endodônt̀co.
• V̀sual̀zação pré e pós-operatória de cirurgias apicais.
• Aval̀ção detalhada de c̀stos ap̀càs e outras lesões no osso alveolar.
• Aval̀ação pós-operatória de implantes.
GABARITO:D

QUESTÃO:08

FCC – TRT 20ª REGIÃO – 2011

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A técnica da bissetriz apresenta algumas vantagens em relação à técnica


do paralelismo, como
a) o registro preciso dos níveis ósseos periodontais.
b) a projeção do processo zigomático aparecer acima do ápice dos
molares.
c) a produção de imagens geometricamente precisas com mínima
ampliação.
d) a imagem do dente apresentar seu comprimento mais próximo do real.
e) a apresentação precisa dos tecidos periapicais com alongamento
mínimo.
Comentários:Como vantagens da técnica da bissetriz temos:
• O pos̀c̀onamento do receptor de ̀magem e razoavelmente confortável
para a paciente em todas as regiões da boca.
• O pos̀c̀onamento e relat̀vamente s̀mples e ráp̀do.
• Se todas as angulações forem selecionadas corretamente, a imagem do
dente irá apresentar seu comprimento real e, portanto, deverá ser
adequada (mas não ideal) para a maioria dos propósitos de diagnóstico.
GABARITO:D

QUESTÃO: 09

IDECAN - MUNICÍPIO DE APIACÁ/ES –2014

As técnicas periapicais da bissetriz e do paralelismo são indicadas para o


estudo radiográfico do órgão dentário, região periapical e estruturas
contíguas. Diante do exposto, analise as afirmativas.
I. Para se obter radiografias de dentes posteriores, o filme periapical deve
ser posicionado com o seu eixo maior (4 cm) perpendicular ao plano
horizontal.

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II. Na técnica do paralelismo, o feixe central dos raios-x será direcionado
perpendicularmente ao plano do filme, produzindo imagens radiográficas
com um mínimo de distorções.
III. Na técnica da bissetriz, o feixe de raios-x deve incidir paralelamente
ao plano bissector formado pelo plano do filme e plano do dente.
IV. Para realização de radiografias periapicais pela técnica da bissetriz na
região de pré-molares superiores, a área de incidência é o encontro da
linha que desce do centro da pupila com a linha trago-asa do nariz.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

COMENTÁRIO: A técnica periapical do paralelismo baseia-se no princípio


do paralelismo entre o longo eixo do dente e do filme. Nessa técnica, o
filme é sustentado por um suporte conhecido por posicionador, permitindo
o paralelismo entre o filme e o dente. O feixe central de raios X é
direcionado perpendicularmente ao plano do filme, produzindo imagem
com um mínimo de distorções geométricas. Como foi visto na tabela 1
para realização de radiografias periapicais pela técnica da bissetriz na
região de pré-molares superiores, a área de incidência é o encontro da
linha que desce do centro da pupila com a linha trago-asa do nariz.

GABARITO: D

QUESTÃO:10

Aeronáutica-CADAR-2013

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A técnica radiográfica periapical do paralelismo tem como princípio básico
o(a)
a) isometria.
b) movimento simultâneo do filme e da fonte do raio-x.
c)direcionamento do raio central perpendicularmente à bissetriz do ângulo
formado pelo longo eixo do dente e o filme.
d) feixe central de raio-x direcionado perpendicular ao plano do filme,
produzindo uma imagem com mínimas distorções geométricas.

COMENTÁRIO: A técnica periapical do paralelismo baseia-se no princípio


do paralelismo entre o longo eixo do dente e do filme. O feixe central de
raios-x é direcionado perpendicular ao plano do filme, produzindo uma
imagem com mínimas distorções geométricas. A técnica periapical da
bissetriz, também conhecida como técnica da isometria caracteriza-se
pelo direcionamento do feixe de raios-x perpendicular ao plano bissector,
formado pelo plano do dente e plano do filme radiográfico.
GABARITO: D

TÉCNICA DA INTERPROXIMAL OU BITE-WING

A denominação bitewing (interproximal) advêm da técnica


originariamente usada neste tipo de radiografia, na qual a paciente
mordia (bite) uma pequena asa (wing) de mordida acoplada a um filme
intraoral. As radiografias interproximais incluem a coroa dos dentes
superiores e inferiores e a crista alveolar num mesmo filme.
Devido ao ângulo horizontal do feixe de raios X, estas radiografias
também podem revelar cáries secundárias sob restaurações que podem
escapar à identificação nas projeções periapicais. As projeções bite-wing
também são úteis para avaliar a condição periodontal. Elas estabelecem
uma boa perspectiva da crista óssea alveolar, e alterações na altura óssea

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podem ser obtidas precisamente através de comparações com os dentes
adjacentes. Além do mais, devido ao ângulo de projeção ir diretamente
através dos espaços interproximais, o filme bite-wing é especialmente
eficaz e útil para detectar cálculo nas áreas interproximais. (Devido à sua
relativa baixa densidade, o cálculo é mais bem visibilizado nas
radiografias feitas com uma exposição reduzida.) O longo eixo dos filmes
bite-wing normalmente é orientado no sentido horizontal, mas pode ser
orientado no sentido vertical.

INDICAÇÕES:
- Avaliação das superfícies interproximais dos dentes e estruturas
circunvizinhas:
> Pesquisa de cárie de superfície interproximal;
>Verificar a presença e evolução da cárie de superfície
interproximal;
> Pesquisa de cáries oclusais;
> Análise de restaurações quanto a adaptação, falta/excesso de
contorno;
-Recidiva de cárie;
- Avaliação das cristas ósseas interproximais;
-Verificar as coroas dentárias como um todo:
>câmara pulpar (calcificações e/ou anatomia previamente à
preparação de cavidades/tratamento endodôntico);
>cálculos salivares em superfícies interproximais.

POSIÇÃO DA CABEÇA DO PACIENTE: Plano de Camper paralelo ao solo


e o sagital na perpendicular ao solo.

Ângulo vertical:

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Deve ficar entre +5° a +8°, de modo que o raio central incida no centro
do filme passando pelos pontos de contato ao nível do plano oclusal.

Ângulo horizontal:
Posicionamento do cilindro do modo que o feixe de raios X passe paralelo
as faces proximais.

FILMES RADIOGRÁFICOS INTERPROXIMAL

Existem vários tipos de filmes radiográficos interproximais nos


tamanhos de 2,4 x 4cm – para exame de dentes anteriores – e, nas
medidas de 5,4 x2,7cm – para dentes posteriores. Esses filmes podem
apresentar várias nos tamanhos. Dependendo do tamanho do filme serão
necessárias duas radiografias pra cada lada ou apenas uma.

QUESTÃO:11

FCC – TRT – 23ª REGIÃO – 2011

Paciente com 16 anos de idade, sexo feminino, relata ser


estudante e esportista. Não refere doenças sistêmicas e sua
dieta é baseada em lanches, refrigerantes e balas, que ingere
com frequência superior a dez vezes ao dia. O uso de fio dental,
bem como a realização de higiene bucal mais acurada ocorre
apenas à noite, ao retornar para casa. O exame clínico mostra
lesões cavitadas nos dentes 16, 15, 26, 36 e 46, bem como
perda de inserção de 5 mm na região mesial dos dentes 36 e 46
e na região distal do dente 31.

O uso de radiografia bite-wing para confirmação do diagnóstico


a) é desnecessária, uma vez que não detecta a perda óssea alveolar
marginal.

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b) é ineficaz, pois mostra a distância entre a crista alveolar e a junção
cemento-esmalte.
c) tem menor sensibilidade que a medida da perda de inserção pela
sondagem.
d) apresenta maior especificidade em adolescentes e adultos jovens.
e) é suficiente, isoladamente, para a conclusão diagnóstica.

Comentários: O uso de radiografias bite-wing é um excelente coadjuvante


na análise da perda óssea alveolar do paciente, porém necessita ser
associado ao exame clínico como sondagem, por exemplo, pois sua
sensibilidade é menor.
GABARITO:C

QUESTÃO: 12

CESPE– DEPEN - 2013

Com base nos princípios gerais de radiologia de cabeça e pescoço,


julgue o item a seguir.
As radiografias intrabucais recomendadas para avaliação de lesão de
cárie e patologias de origem endodôntica são, respectivamente, as
radiografias tipo bite-wing e as radiografias interproximais.

COMENTÁRIO: Radiografias bite-wing e interproximais são sinônimos. A


radiografia recomendada para patologias de origem endodôntica é a
periapical.
GABARITO: ERRADA

TÉCNICA OCLUSAL

A radiografia oclusal é definida como aquelas técnicas radiográficas


intraorais realizadas com um aparelho de raios X odontológico em que o

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receptor de imagem é posicionado no plano oclusal. Isto é, o filme
radiográfico/sensor ficará paralelo às superfícies oclusais dos dentes ou
rebordo alveolar. O objetivo principal quando da criação dessa técnica era
utilizar um filme maior para abranger uma área radiográfica maior.
Por utilizar um filme maior abrangendo uma maior área a
radiografia oclusal consequentemente mostra um segmento relativamente
amplo do arco dentário. Isto pode incluir o palato ou teto da boca e
estende-se razoavelmente para as paredes laterais contíguas. As
radiografias oclusais também são úteis para pacientes que não
conseguem abrir muito a boca para radiografias periapicais ou que por
outras razões não podem realizar radiografias periapicais. Devido às
radiografias oclusais serem realizadas numa angulação excessiva, elas
podem ser usadas com radiografias periapicais convencionais para
determinar a localização dos objetos em todas as três dimensões.
A radiografia oclusal é muito utilizada nas seguintes situações:
• Para local̀zar raízes, dentes supranumerários, dentes não-erupcionados
e impactados (especialmente útil para casos de caninos e terceiros
molares impactados);
• Para local̀zar corpos estranhos nos max̀lares e cálculos nos ductos das
glândulas sublinguais e submandibulares;
• Para demonstrar e aval̀ar a ̀ntegr̀dade do contorno do sèo max̀lar
anterior, medial e lateral;
• Para áudar no exame de pac̀entes com tr̀smo, que só conseguem abr̀r
a boca alguns milímetros; esta condição impede o exame intra-oral, o
qual pode ser impossível ou pelo menos muito doloroso para o paciente;
• Para obter ̀nformações sobre local̀zação, natureza, extensão e
deslocamento de fraturas na maxila ou mandíbula;
• Para determ̀nar a extensão medial e lateral de alterações
estomatológicas como cistos, osteomielite, etc. e detectar doenças no
palato ou assoalho de boca.

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Podemos classificar os exames oclusais de acordo com as áreas
examinadas:
MAXILA:
- Oclusal total;
- Oclusal dos dentes Incisivos;
- Oclusal dos dentes caninos;
- Oclusal do dentes pré-molares e molares;
- Oclusal da região de Assoalho do seio maxilar;
- Oclusal da região do Túber;

MANDÍBULA:
-Oclusal total;
-Oclusal parcial;
-Oclusal da região de Sínfese.

POSIÇÃO DA CABEÇA DO PACIENTE:

-MAXILA: Plano de Campes paralelo ao solo, e o plano mediano na


perpendicular ao solo;

-MANDÍBULA: Plano sagital mediano perpendicular ao solo, e plano


oclusal paralelo ao solo.
A tabela a seguir apresenta os ângulos verticais e horizontais e
áreas de incidência do feixe de Raios-X na técnica oclusal.

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QUESTÃO:13

FCC – TRT 20ª REGIÃO - 2011

Ao efetuar a tomada radiográfica da região de molares superiores, a


paciente mostrou reflexo de náusea, o que dificultou o posicionamento do
filme. Alguns procedimentos auxiliam na solução deste problema, como

a) utilizar a técnica do paralelismo e, havendo deslocamento do


posicionador, minimizar esta situação com o uso de rolinhos de algodão.
b) posicionar o filme horizontalmente na boca, no plano oclusal, de forma
que não toque o palato, e aplicar os princípios da técnica da bissetriz.
c) posicionar o filme verticalmente na boca, no plano oclusal, de forma
que não toque o palato, e aplicar os princípios da técnica da bissetriz.
d) utilizar a técnica da bissetriz e, havendo deslocamento do
posicionador, minimizar esta situação com o uso de rolinhos de algodão.
e) realizar duas radiografias da região do terceiro molar, utilizando duas
angulações horizontais diferentes, porém com a mesma angulação
vertical.

Comentários: o reflexo de náusea e particularmente acentuado em alguns


pacientes. Isso torna bastante difícil o posicionamento do receptor de

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imagem na posição desejada, especialmente nas regiões de molares
superiores e inferiores.
Soluções possíveis
Estas incluem:
Solicitar ao paciente que utilize uma pastilha anestésica local antes de
se tentar posicionar o receptor de imagem
Solicitar ao paciente que se concentre profundamente em sua respiração
enquanto o receptor de imagem se encontrar na sua boca.
Posicionar o receptor de imagem horizontalmente na boca (no plano
oclusal), de forma que o mesmo não toque o palato, e aplicar os
princípios da técnica da bissetriz - o longo eixo dos dentes e o receptor de
imagem são estimados por observação e a posição do cabeçote de raios X
modificada de acordo com a bissetriz do ângulo formado entre eles.
GABARITO:B

MÉTODOS ESPECIAIS DE LOCALIZAÇÃO

Técnica de Clark

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Baseada no princípio de paralaxe, ou seja,
quando dois objetos estão em linha reta, na mesma
direção em relação ao tubo de raios-X, e este se
desloca, os dois objetos deslocam-se em direção
contrária sendo que o objetivo que estiver mais
vestibular desloca-se no sentido contrário ao deslocamento do tubo de
raios-X. Por outro lado, o objeto que estiver mais
palatinizado/lingualizado desloca-se no mesmo sentido do tubo de raios-
X.

A teoria de Clark, de 1909, consiste na variação da angulação


horizontal de incidência do feixe principal de raios X.

Esse método é indicado para:


•Localização de dentes não irrompidos, corpos estranhos e processos
patológicos
•Localização de reparos anatômicos, como os forames mentual e
incisivo, distinguindo-os de alterações periapicais
•Dissociação de raízes e canais radiculares
•Pesquisa de fraturas radiculares transversais variando-se o ângulo
vertical.

Metodo de Miller – Winter

Esta tecnica tambem pode ser empregada para a localização de


supranumerarios ou corpos estranhos na regiao posterior da mand̀bula. A
primeira tomada consiste de uma periapical convencional; na segunda
tomada, a criança morde o filme com o lado sens̀vel voltado para oclusal
dos dentes inferiores. O raio central incide ao ǹvel da borda mandibular
(90°), no sentido apico-oclusal e o tempo de exposição devera ser
dobrado em relação ao utilizado na tecnica periapical.

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Técnica de Donavan

É uma modificação da técnica de Miller-Winter, pois o filme é


colocado em posição oblíqua, sobre o ramo da mandíbula, abrangendo a
área do trígono retromolar. Indicado para se visualizar no sentido
vestíbulo-lingual o terceiro molar inferior localizado muito posteriormente
e corpos estranhos.

Tecnica lateral de Fazzi

Quando ocorre a intrusao de dentes dec̀duos, pode-se indicar essa


tecnica com o objetivo de verificar a posição do dente, por vestibular ou
lingual, e a possibilidade de comprometimento do germe do dente
permanente. Realiza-se primeiro uma radiografia oclusal ou periapical
anterior modificada para verificar se houve intrusao do dec̀duo. Com a
confirmação da posição do dente intrùdo, um filme oclusal e apoiado de
encontro a face da criança, paralelamente ao plano sagital, em uma linha
imaginária que parte da pupila. O feixe central de raios X incide
perpendicularmente ao filme radiografico. Quando a coroa cl̀nica do dente
que sofreu o traumatismo apresenta-se radiograficamente deslocada para
vestibular, significa que a porção radicular apical esta deslocada para
palatino e, portanto, pode estar em contato com o dente permanente em
formaçao.

Técnica de Parma

É uma modificação no posicionamento do filme durante a tomada


periapical, inclinando-o de forma que seu longo eixo do forme um ângulo
com a linha de oclusão. Técnica utilizada nas indicações de visualização
mesiodistal o completo do terceiro molar inferior.

Técnica de Le Master

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Feita com a utilização de roletes de algodão para evitar a


superexposição da área dos ápices dos molares superiores pelo osso
zigomático da maxila, pois melhora o paralelismo entre o dente e o filme,
causando a diminuição da angulação vertical.

QUESTÃO:14

FCC- TRT - 3ª Região (MG)- 2015

Técnica radiográfica muito utilizada em odontopediatria para


localização de dentes supranumerários em posição palatina
ou vestibular, principalmente na região anterior da maxila, a técnica de
Clark consiste em:
a) duas tomadas radiográficas onde o filme radiográfico para ambas é
colocado na mesma posição; a primeira consiste em uma tomada
periapical da bissetriz e a segunda, tomada interproximal, é realizada com
o deslocamento horizontal do feixe central do raio-X.
b) uma tomada radiográfica de forma que o plano sagital mediano esteja
perpendicular ao plano horizontal.
c)duas tomadas radiográficas onde o filme radiográfico para ambas é
colocado na mesma posição. Na primeira exposição ao raio-X é utilizada a
técnica periapical da bissetriz e na segunda há a alteração vertical do
feixe central do raio-X.
d)duas tomadas radiográficas onde o filme radiográfico para ambas é
colocado na mesma posição. Na primeira exposição ao raio-X é utilizada a
técnica periapical da bissetriz e na segunda há a alteração horizontal do
feixe central do raio-X.
e)duas tomadas radiográficas onde o filme radiográfico para ambas é
colocado na mesma posição; a primeira consiste em uma tomada
periapical da bissetriz e a segunda, tomada interproximal, é realizada com
o deslocamento vertical do feixe central do raio-X.

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COMENTÁRIO: a técnica de Clark consiste em: duas tomadas


radiográficas onde o filme radiográfico para ambas é colocado na mesma
posição. Na primeira exposição ao raio-X é utilizada a técnica periapical
da bissetriz e na segunda há a alteração horizontal do feixe central do
raio-X.
GABARITO: D

QUESTÃO:15 ==0==

FCC – TRF 4ª REGIÃO - 2010

Visando realizar a localização tridimensional de dente extranumerário


incluso na região anterior da maxila de paciente com 6 anos de idade,
sexo masculino, foram efetuadas duas tomadas radiográficas da região,
utilizando a técnica radiográfica de Clark. É correto afirmar:
a) Os filmes para as duas tomadas radiográficas devem ser colocados em
posições diferentes.
b) A localização do dente extranumerário por vestibular acompanha, na
segunda radiografia, o desvio do feixe principal.
c) O ângulo horizontal é o mesmo em ambas as tomadas radiográficas,
devendo o ângulo vertical variar.
d) O ângulo vertical e o ângulo horizontal devem ser idênticos em ambas
as tomadas radiográficas.
e) A localização do dente extranumerário por palatino acompanha, na
segunda radiografia, o desvio do feixe principal.

Comentários: Baseada no princípio de paralaxe, ou seja, quando dois


objetos estão em linha reta, na mesma direção em relação ao tubo de
raios-X, e este se desloca, os dois objetos deslocam-se em direção
contrária sendo que o objetivo que estiver mais vestibular desloca-se no

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sentido contrário ao deslocamento do tubo de raios-X. Por outro lado, o
objeto que estiver mais palatinizado/lingualizado desloca-se no mesmo
sentido do tubo de raios-X.
GABARITO:E

QUESTÃO: 16

UEG - Polícia Militar/GO-2013

Técnica radiográfica em que se associam duas ou mais radiografias


periapicais para determinar posição de corpos estranhos no sentido
vestíbulo palatino na maxila e que se baseia no princípio da Paralaxe.
Trata-se da técnica
a) periapical da bissetriz
b) Clarck
c) oclusal anterior da maxila
d) Miller Winter.

COMENTÁRIO: A técnica de Clark consiste na variação da angulação


horizontal de incidência do feixe principal de raios-x. A sua concepção
está baseada no princípio da paralaxe. Uma das suas indicações é a
localização de reparos anatômicos, como o forame mentual e incisivo,
distinguindo-se de alterações periapicais.
GABARITO: B

QUESTÃO:17

Aeronáutica- CADAR – 2014

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A técnica radiográfica que permite a localização de reparos anatômicos,
como os forames mentual e incisivo, que se distingue das alterações
periapicais é conhecida como técnica
a) de Clark.
b) de Fazzi.
c) panorâmica.
d) interproximal.

COMENTÁRIO: Essa tecnica consiste na realização de uma primeira


radiografia periapical convencional (posição ortorradial), seguida de uma
segunda tomada periapical modificando-se apenas a angulação horizontal,
deslocando-se o cilindro para distal ou mesial (disto ou mesiorradial). Se
o objeto acompanhar o desvio do cilindro, o objeto estara em posicao
palatina ou lingual. Se ele se afastar, estara por vestibular ou bucal. A
técnica de Fazzi tem como indicação principal, no traumatismo dentário,
em caso de intrusão do dente decíduo, o objetivo de avaliar a relação do
dente decíduo com o sucessor permanente. A técnica panorâmica permite
uma visão das estruturas que compõem o complexo maxilomandibular. A
técnica interproximal tem como indicação principal a pesquisa de lesões
de cárie interproximal.
GABARITO: A

QUESTÃO:18

FGV - Analista Judiciário - TJ - BA- 2015

Em relação às técnicas radiográficas mais utilizadas em Odontologia, é


correto afirmar que:
a) na técnica do paralelismo emprega-se o princípio da lei isométrica de
Cieszynski;
b) a técnica de Fazzi é realizada com um filme periapical nos casos de
intrusão de dentes decíduos anteriores;

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c) na técnica do paralelismo a incidência se faz perpendicularmente ao
plano bissetor formado entre o plano do filme e o longo eixo do dente;
d) a técnica de Clark é uma técnica de localização que utiliza apenas uma
tomada radiográfica ortogonal;
e)na técnica da bissetriz, utilizam-se acessórios chamados posicionadores
que formam um conjunto suporte/filme.

COMENTÁRIO: A letra A está errada por que se refere a técnica da


bissetriz e não a do paralelismo. A técnica de Fazzi tem como indicação
principal, no traumatismo dentário, em caso de intrusão do dente
decíduo, o objetivo de avaliar a relação do dente decíduo com o sucessor
permanente, a letra B está correta. A letra C está errada pois se refere a
técnica da bissetriz, a letra D e E estão erradas, porque a técnica de Clark
não é ortogonal e a técnica da bissetriz não usa posicionador.

GABARITO: B

1) (Prefeitura de Itaquaquecetuba – SP – SOLER – 2012): A radiografia


oclusal está indicada para, EXCETO:
a) Complementar ecame da radiografia periapical;
b)Estudos das fraturas dos maxilares;
c) Pesquisa de Sialolitos nos condutos de Wharton;
d) Presença de ponte dentinária após pulpotomia.

2)(Prefeitura de Novas Colinas – MA – IMA – 2012): A melhor tomada


radiográfica para avaliação de lesões de cárie em dentes posteriores:
a)Oclusal oblíqua
b)Panorâmica da arcada dentária

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c) Bte-wing
d) Oclusal ortogonal
e) Periapical

3)(Prefeitura de Guapimirim – RJ – FBC – 2012): Técnica radiográfica


intrabucal conhecida como Bite-wing, com finalidade de detectar
processos cariosos, adaptações marginais de restaurações e destruição da
crista óssea alveolar:
a) Técnica Radiográfica Interporximal;
b)Técnica radiográfica da Bissetriz;
c)Técnica radiográfica do Paralelismo;
d) Técnica Radiográfica Oclusal;
e) Técnica Radiográfica Waters.

4)(CADAR – 2010): As angulações verticais de incidência do feixe de raios


X para a tomada radiográfica pela técnica periapical da Bissetriz dos
dentes 27 e 35, respectivamente, são:
a)+20° a +30° e -5° e -10°
b)+40° a +45° e 0° e -5°
c)+30° a +40° e -15° e -20°
d)+30° a +40° e -10° e -15°

5)(Fundação Nacional de saúde – 2010): Considere a técnica radiográfica


que utiliza um rolete de algodão para permitir que a película fique
paralela ao plano do dente. Esta técnica, descrita por Le Maser, é aplicada
para uma CORRETA visualização dos ápices radiculares das seguintes
raizes:
a)palatinas dos molares
b)palatinas dos pré-molares
c)vestibulares dos pré-molares
d)disto-vestibulares dos molares
e)mesiovestibulares dos molares

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6) (Fundação Nacional de Saúde – 2010):O primeiro exame de imagem
que deve ser solicitado quando da suspeita de cálculo salivar no ducto
submandibular é:
a)radiografia oclusal
b)radiografia periapical
c)radiografia panorâmica
d)ultrassonografia cervical
e)sialografia com contraste

7)(cadar – 2010): Na técnica periapical, a quantidade mínima de películas


usadas num exame de um paciente adulto é:
a)10(dez)
b)14 (quatorze)
c)12 (doze)
d)18(dezoito)

8)(CADAR – 2010): Leia o trecho abaixo e assinale a alternativa que


preenche as lacunas correta e respectivamente. Segundo Freitas, a
distância focal na técnica radiográfica________ é de 40cm, enquanto na
técnica____é de 20cm, o que vem proporcionar melhores condições no
tocante ao detalhe radiográfico:
a)do paralelismo – da bissetriz
b)do paralelismo – do cone longo
c) da bissetriz – interporximal
d)da bissetriz – do paralelismo

9)(CADAR – 2010): Com base em Freitas, considere as proposições


abaixo sobre indicações da técnica de Clark, marque V para verdadeiro ou
F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a
sequência CORRETA:
( )Localização radiográfica de dentes não irrompidos

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( ) Nas dissociações dos condutos radiculares, radiograficamente, quando
houver sobreposição das imagens.
( ) Na identificação de fraturas de dentes

a)F – F – F
b) F – F- V
c)V – V- F
d)V – V- V

10)(Prefeitura Municipal de itupiranga -PA- 2009): Em pacientes com boa


higienização, porém com suspeita de cáries interproximais, qual a
indicação para a técnica radiológica;
a) Bite wing
b)Bissetriz
c)Cone Longo
d)Clark
e)Paralelismo

QUESTÃO RESPOSTA
1 D
2 C
3 A
4 A
5 A
6 A
7 B
8 A
9 D
10 A

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Curso de Radiologia em Odontologia, Tavano O., 5ª Ed, São Paulo,


2011;
2. Imaginologia e radiologia odontológica, Watanabe P.C.A., 1ª ed, rio
de Janeiro, 2012;
3. Radiologia Odontológica. Freitas, A. 6ª ed.
4. Princípios de radiologia odontológica. Whaites, E. 4ªed, 2009
5. Radiologia Oral. Fundamentos e interpretação. Pharoah. 5ª ed.

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