1.
Introdução
O pré-esforço é uma tecnologia que permite introduzir numa estrutura um estado de tensão
e deformação por meio de cabos de aço de alta resistência que possibilita o controlo do seu
comportamento no que se refere à fendilhação e à deformação.
Se o menor desempenho das estruturas de Betão armado, resultam da fraca resistência do
Betão aos esforços de tracção, o pré-esforço é uma das hipóteses, para resolver esse
problema, através da compensação deste esforço, reduzindo os efeitos da tracção no Betão
com um cabo de alta resistência. Esta solução tem vantagem, no que tange a, Vencer vãos
maiores Maiores, esbeltezas para vãos equivalentes, Diminuição do peso próprio, Melhoria
do comportamento em serviço Utilização racional dos betões e aços de alta resistência.
Logo, esta tecnologia será utilizada em uma estrutura de viga Bi-apoiada, com secção T,
tendo como objectivo o dimensionamento da secção transversa do cabo do pré-esforço, e do
aço normal, tendo que comparar os resultados dos dois tipos de armaduras, e perceber qual
é a mais viável.
1. Objectivos
Este trabalho tem como principal objectivo o estudo do comportamento da viga, sujeita
essencialmente a esforço transverso.
Este objectivo vai responder o objectivo principal que é analisar e confrontar os diagramas
carga-deslocamento.
2. Manuais utilizados para o respectivo dimensionamento:
A Folhas apoio aulas EBII-2013-2014 foi um dos materiais vitais na resolução deste
exercício, tendo oferecido o processo lógico de dimensionamento do cabo de pré-
esforço.
Através de análise bibliográfica, percebeu-seem geral, que o pré-esforço é incluído nas
combinações de acções definidas na EN 1990 como parte dos casos de carga, devendo os
seus efeitos ser incluídos no momento e no esforço normal aplicados.
Foi utilizado o manual de mecânica de construção, para consultar o processo de
cálculo das reacções de apoio das vigas, assim como das forças internas actuantes numa
determinada secção da viga.
O manual de resistência dos materiais, auxiliou, no cálculo do centro de gravidade na
secção transversal da viga, e no cálculo de momento de inércia.
REBAP: interessa avaliar o efeito da variação da armadura transversal no valor
regulamentado das inclinações formadas pela escora comprimida do betão
relativamente ao eixo longitudinal da viga.
Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes (R.S.A)
Tabelas técnicas de engenharia, Brazão Farinha
Dimensionamento da viga pré-esforçada
Dados
Classe do betão = B40
Armadura ordinária = A400 NR
Aço de alta resistência (FpR) =A1800
γβ=25kN/m3
qRev=0,5 entao sera 1,5kN/m
P=?
Aestrutura estará sujeita a acções permanentes e acções variáveis de tal forma que primeiro
calcularemos as acções.
{ {pesopeso
permanentres proprio ;
Acoes do revestimento .
variaveis
{sobrecarga
vento;
.
1o passo: cálculo das acções permanentes, neste passo iremos calcular o peso próprio da
viga e a carga peso do revestimento.
pp=γ B∗A
25 KN
∗[ ( 2∗0 ,2∗0 , 4 )+ ( 0 ,15∗0 , 6 ) ] m
2
pp= 3
m
pp=6 ,25 KN /m
Sendo uma viga pré-fabricada
Secção Lm I(%) H(m) Carga kN/m
D10 120-10 10-10 10 1,05-1,4 12
D20 130-06 20-30 6 1,2-1,5 12
D20 130-20 20-30 10 1,5-2 10
D30 140-10 30-40 10 2,10-2,60 12
D40 150-10 40-50 10 2,60-3,10 10
h∗100 %
i=
C
Cálculo da carga permanente
1 kN
qrev= 2
∗0 , 4 m∗2=0 , 8 kN /m
m
Cp= pp+ qre v
Cp=8 ,62 kN /m
onde Sc=0 , 3 N /m2∗o , 4 m→ 0 ,12 kN /m
Calculo das acções variáveis
Catálogo de ciclones1
Cidade da Maxixe 57m/s2
Pressão dinâmica do vento (w)
2
w=0,613∗v
2
w=0,613∗57 m
2 2 2 kN
w=1991 , 63 kN /m ≅ 2 kN /m w= ∗0 , 4 kN =0 , 8 kN /m
m
Expressão do pré – esforço
− p p∗e M
σ inf = − +
A ω ω
Onde:
ω - Módulo de resistência a flexão
M- momento flector
p- pré – esforço.
{
2 2
momento de cargas permanentes M 2−1=−0,125∗s∗l 1=−0,125∗8 , 62∗7 ,5 =−4 ,35 kN .m
M 2−3=−0,063∗q2∗l 1 =0,070∗8 ,62∗7 , 52=33 , 94 kN .m
2
{
2 2
M 2−1=−0,063∗q 2∗l 1=0,068∗0 , 8−7 ,5 =−2 , 83 kN . m
Momento de cargas variaves 2
M 1=0 ,07∗gl 1=M 2=4 , 32 kN .m
2
max M 1=0,096 q l 1=max M 2
Cálculo do Momento actuante
M sd =1, 5∗Mg+1 , 5∗Mq
M sd =1, 5∗33 , 94+1 , 5∗4 , 32
M sd =57 ,39
Momento negativo causado pela sobrecarga
2
M 2−1=0,063∗0 , 12∗7 , 5 =0,425 kN .m
2
M 1=0,096∗0 , 12∗7 ,5 =0,648 kN . m
Combinação de acções de sobrecarga
Os coeficientes a usar nas combinações de acções de sobrecarga, segundo o RSA são:
{
ψ o=0 , 4 → coeficiennte de combinacao normal
ψ 1=0 , 2→ coeficiennte para caso frequente
ψ 2=0 → coeficiennte para caso permanente
M sd =1, 5∗33 , 94+1 , 5∗( 0,648+ψ o∗4 , 32 ) =54,474 kN . m
M sd =1, 5∗33 , 94+1 , 5∗( 0,648+ψ o 4 ,32 ) =58 ,36 kN . m
54,474 kN .m<58 , 36 kN . m
Cálculo do momento de inércia e Módulo de resistência a Flexão
Fig. A Xg A*Xg Yg Ayg
1 0,08 0,2 0,016 0,9 0,072
2 0,09 0,2 0,018 0,5 0,045
3 0,08 0,2 0,016 0,1 0,008
XG=
∑ X G∗A =0 , 2 ,Y =
∑ Y G∗A =0 , 5
G
A A
a) Excentricidade da viga
O recobrimento a ser usado é de 5cm que segundo REBAP é o recobrimento máximo em
ambientes agressivos.
C=5 cm=0 , 05 m e=Y −recobrimento e=0 , 5−0 , 05=0 , 45
b) Cálculo de momento de inércia de cada peça
Tratando se de uma vigar de perfil I, para o cálculo da inércia dividir-se-á em 3como ilustra
a figura a baixo, de seguida far-se-á o cálculo da inércia tendo o eixo y como referência na
centroide de cada peça.
Fig. 1 3
I y= ∗b∗h
12
1 1 3
3 4
1 , 06∗10 m =0,00026=2 ,6∗10
−4
I y= ∗0 , 4∗0 , 2
12
2 1 3
3
2 , 7∗10 =0,0027=2 ,7∗10
−3
I y= ∗0 ,15∗0 , 6
12
3 1 3
3 4
1 , 06∗10 m =0,00026=2 ,6∗10
−4
I y= ∗0 , 4∗0 , 2
12
c) Cálculo da inércia da viga
Neste passo com base nos resultados obtidos na alínea b) iremos transladar os momentos de
inércia para único ponto, ou seja o eixo y não estará no centro de gravidade da figura.
2 −4 2 4
I y =I + A∗d =2 ,6∗10 +0 , 08∗0 , 4 =0,128 m
1
I y =I + A∗d 2=2 ,7∗10−3+ 0=0,0027 m4
2
2 −4 2 4
I y =I + A∗d =2 ,6∗10 +0 , 08∗0 , 4 =0,128 m
3
o momento de inércia da viga é dado pelo somatório do momento de inércia calculado em
cada peca tendo como referencia o eixoy externo da figura.
I y =∑ I y =0,028 m
4
d) Módulo de resistência a Flexão (ω)
I 0,028 3
ω= = =0,056 m
YG 0,5
Expressão do pré-esforço
− p p∗e M
S= − +
A ω ω
Onde:
ω - Módulo de resistência a flexão
M- momento flector
p- pré – esforço.
Com a expressão do pré-esforço representamos o diagrama de pré-esforço.
Cálculo do pré-esforço
−p p∗0 , 45 58 ,36
− + =0
0 ,25 0,056 0,056
1024,143
−4 p−9,035 p+1024,143 → p= =85,097 kN
12,035
Cálculo da área do Pré-esforço
p=0 ,75∗f pk∗As
p 85,097
As= =¿ As= =0 , 71 m
0 , 75 f pk 0 , 75∗1600∗10
3
Cálculo de número de cordões a adaptar
O cálculo de número de cordões é feito tendo a prior calculado a área de pré-esforço, da
qual dividir-se-á com a área correspondente a um cordão.
area total 0 , 71
= =1 , 42 ≅ 1 cordão
area de cada cordão 0 , 5