ANSIOLÍTICOS E SEDATIVOS HIPNÓTICOS
Ansiedade: Emoção normal em resposta ao perigo/ameaça, reação adaptativa
de sobrevivência (função biológica).
Reconhecidos como patológicos quando exagerados.
Trans. Ansiedade Generalizada / Fobias / Trans. Pânico
Ansiedade (Medo/Pânico/Fobia) é regulada por um circuito neuronal da
amígdala
Preocupação (Sofrimento ansioso/ expectativa apreensiva): Regulada pela
alça corticoestriadotalamocortical (CETC).
Tipos de receptores GABA:
● GABA A e C são ionotrópicos (cloreto-5 subunidades) + rápidos
● GABA B são metabotrópicos + lentos(Receptores ligados à proteína
G)
Classes:
Benzodiazepínicos (Midazolam / todos terminam em am):
Se ligam ao receptor GABA A 🡪 Potencializam a via GABAérgica
(hiperpolarizam/inibem o hipocampo e os neurônios da amigdala) = Abre
canais de cloreto (+ cloreto na célula, dificultando que ela
despolarize(mecanismo que gera ação inibido)
Precisam do GABA endógeno pra ativar.
Ação depende da dose = Pode causar dependência (Infraregulação dos
receptores GABA)
Via de administração: Oral e Intravenosa
Efeito Sedativo (Diminui atividade) / Efeito Hipnótico (facilita manutenção do
sono)
Efeito Adverso: Sonolência, confusão, irritabilidade, amnésia,
Utilizados como ansiolítico ou indutores do sono se tem o relaxamento
muscular (potencializam efeitos inibitórios do GABA), Amnésia Anterógrada
(droga do estrupo - Funitrazepam).
REVERSOS/ANTÍDOTO: Flumazenil: Antagonista GABAérgico 🡪 Reverte
intoxicação = Só age em BZD. Intoxicação agravada de medicação e álcool.
Barbitúricos (Fenobarbital – eplepsia/ tds terminam em al)
Prolongam o tempo de abertura dos canais de cloreto, também potencializam a
ação GABAérgica
Altas doses podem ativar os receptores sem GABA endógeno
Altamente Lipofílicos (Cansaço prolongado - Ressaca farmacológica)
Ação depende da dose / Tolerância e dependência
Administração: Oral e endovenosa
Efeitos adversos: Sedação, depressão respiratória, agitação
Utilizados como anticonvulsivantes
Compostos Z (Zolpiden / mais atuais)
Novos agonistas GABA / Primeira escolha pra tratar insônia
Geram menos dependência/efeitos adversos
Não são ansiolíticos, são sedativos hipnóticos
OBS: BUSPIRONA: Utilizada para transtornos de ansiedade generalizados
(não funciona para fobias e ansiedades graves)
Agonista dos receptores de 5-HT1A (Pré/pós sináptico 🡪 Aumento dos níveis
de 5HT na amígdala e alça de preocupação)
ANTIPSICÓTICOS
Psicose: Conjunto de sintomas em que a capacidade mental (resposta afetiva)
e reconhecer a realidade se prejudicam.
Transtorno de humor / Esquizofrenia / Transtorno do Espectro autista
Sintomas positivos: Delírios, Alucinações, desorganização, transtorno do
pensamento
Sintomas negativos: Afastamento social, sem repostas emocionais,
incapacidade de experimentar prazer
Teoria Dopaminérgica (excesso de dopamina): Via mesolímbica, ou seja, a
dopamina é produzida pela tirosina > há um excesso de dopamina em certas
regiões do cérebro (particularmente na via mesolímbica) e falta em outras
regiões
● Receptores de dopamina: Família D1, D5 (excitatórios) = aumentam o
AMPC. Acoplados a proteína Gs / Família D2, D3 e D4 (inibitórios) =
Ambos acoplados a proteína G e diminuem o AMP cíclico
Teoria Glutamatérgica (hipofunção dos receptores NMDA no córtex pré-
frontral): Glutamato influencia na liberação de dopamina
Teoria Serotoninérgica (hiperfunção dos receptores de serotonina 5HT2A
excitatórios de neurônios glutamatérgicos): Serotonina influencia a liberação de
Dopamina com a ligação do receptor 5HT2A
Mecanismo de ação:
• Antagonistas D2 🡪 efeitos em diversas vias, efeito extrapiramidal – motores
(via nigro estriatal), diminuição de sintomas positivos (via mesolímbica),
aumento dos efeitos negativos (via mesocortical)
● Agonistas parciais D2 🡪 Com receptores D2 = Não tem muita dopamina,
trata sintomas positivos e não agrava os outros, Efeito endócrino +
prolactina. Compete com a dopamina do corpo
● Antagonistas parciais de receptores 5HT2a 🡪 Reduz o glutamato e
dopamina, menos efeitos positivos / Reduzem o impulso glutamatérgico
dos neurônios dopaminérgicos = Reduz atividade do neurônio GABAérgico
na substância nigroestrial
● Agonistas parciais de receptores 5HT1a 🡪 diminui efeitos negativos, não
interfere na prolactina e tem problemas endócrinos
OBS: Fármacos que agem em receptores de serotonina: Menos efeitos
positivos e negativos, mantém o prazer e não influencia na prolactina
1ª Geração – típicos (Clorpromazina): Antagonistas de receptores D2. Bons
para quem tem crise psicótica aguda e tem menor custo
● Derivados da Fenotiazina (clorpromazina)
● Derivados da Butirofenona (haloperidol)
2ª Geração – atípicos : Antagonistas de receptores D2/5-HT2A e agonistas parciais
de receptores D2/5-HT1A (não agrava prolactina nem os efeitos negativos, sem
distúrbios motores)
● Clozapina
● Olanzapina
● Quetiapina (Pode agir como: Hipnótico / Antidepressivo / Antipsicótico
dependendo da dose)
Sufixo pina = Antipsicótico Olanzapina/Quetiapina 🡪 Bloqueiam os
receptores de histamina (dá sono)
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Principais substâncias no ópio: Morfina, Codeína (Metabolizada no fígado p/
se transformar em morfina), entre outras.
Opioides endógenos:
● Endorfinas: Analgesia, prazer, relaxamento.
● Encefalinas:
● Dinorfinas:
Receptores opioides: Mi (sedação), Kappa (Redução do trânsito
GI.=constipação) e Delta (Modulação da liberação de hormônios e
neurotransmissores). 🡪 Diminuição da respiração Tb pode ocorrer
Local de ação:
● Vias Aferentes: Ação direta em tecidos periféricos / Inibição da medula
espinal / Possíveis sítios de ação na amígdala. 🡪 Levam informações p/
SNC (Ação com processo inibitório)
● Vias Eferentes: Modulam a percepção da dor (Vem do SNC)
Mecanismo de ação:
Bloqueiam canais de cálcio (entrada) 🡪 Entra cálcio = libera neurotransmissor
Neurônio da periferia libera o neurotransmissor de glutamato (N excitatório) pq
o impulso despolariza a célula e os canais de Ca+ se abrem.
Ou seja, se INIBE, menor informações de dor sendo transmitidas
Efeitos: Analgesia (ou hiperalgesia), Sedação, Depressão respiratória,
alterações de humor. CAUSA ABSTINÊNCIA SE TIRAR DO NADA
Efeitos adversos: Constipação, Náusea, Depressão Resp., Retenção urinária
Codeína + Paracetamol = + Analgesia e – efeitos colaterais
Dores moderadas (agudas leves): Agonistas moderados 🡪 Codeína pra
extração de dente
Dores graves: Agonistas fortes 🡪 Morfina pra perna com pino
Metadona (agonista opioide) = Tratamento de dependência de opioides
OBS: Tramadol não é pioide, mas age em receptores de opióide 🡪
Inespecífico (R. Histamina, colinérgico)
OBS: Loperamina ( agonista) = Não atravessa a BHE / Sem efeito
analgésico / Sem vício / Causa constipação > diarreia do viajante
Antagonis de opióide: naloxona
ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO
ESTERÓIDES (AINES)
Infamação: Resposta fisiológica a lesão tecidual e/ou à infecção (Aguda ou
crônica)
Mediadores da dor: Bradicinina (Principal), Leucotrienos e prostaglandinas 🡪
Participam do processo de dor (subst. que agem nos neurônios sensoriais que
transmitem dor)
PGE2 e PGI2: diminuem o limiar de dor para nocirecepção (transmissão da
informação de dor) – sensibilização
Anti-inflamatórios agem reduzindo as prostaglandinas (produzida a partir
de lipídeos de membrana – Ác. Araquidônico)
Biossíntese das prostaglandinas
Fosfolipídeos tem mts Ác. Graxos que podem ser quebrados pela fosfolipase
A2 🡪 Liberando o Ác. Araquidônico (interior da cél)
● Cicloxigenases: Geram Prostaciclina, Tromboxano e Prostaglandinas
= COX 1 E COX 2
● Lipoxigenases: Geram leucotrienos (subst. mediadoras no processo
alérgico) = LOX
COX1: Enzima constitutiva, + Prod. De Muco, está sempre presente
COX2: Enzima indutível 🡪 Precisa de estímulo pra produzir/induzir condições
que estimulam inflamação (+ prostaglandinas pró-inflamatórias)
Mecanismo de ação de AINES: Inibição da COX 1 e COX 2 (gerando menos
das 3 citadas acima)
Farmacocinética varia de medicamento / Farmacodinâmica é igual = COX
AINES: Agem como Anti-inflamatório, Analgésico e Antipirético (diminui a
febre)
Efeito adverso: Distúrbios gastrointestinais (menor produção de muco)
OBS: Cardiovasculares agem nos seletivos de COX 2
Principais: Aspirina, Paracetamol, Dipirona (analgésico), diclofenaco,
celecoxibe (Seletivos da COX2)
Casses de AINES
Ácido Acetilsalicílico (aspirina): Efeito diferente dependendo da dose
● D. Baixa (75-100mg): Antiplaquetário (evita formação de trombos – Inibe
a produção de Tromboxano, dificultando a adesão de plaquetas)
● D. Moderada (500-1000mg): Analgésico e antitérmico
● D. Altas (4000mg): Anti-inflamatório
Paraminofenol (Paracetamol): Utilizado só no início do tratamento, Inibidor
fraco 🡪 considerado como analgésico
Antídoto: acetilcisteína
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTERÓIDES
(AIES)
Glicocorticóides: Modulam processos inflamatórios e imunológicos, sendo
parecidos com o corticoide endógeno
Glicocorticoide exógeno faz a diminuição da prod. de Glicocorticóide endógeno
(pela suprarenal) 🡪 Feedback negativo
Vias: Oral, tópica, intramuscular, parenteral, inalatória
+5 dias🡪 Necessário fazer o desmame (diminuição da dose), pois o corpo não
está mais acostumado a produzir sozinho na quantidade normal
● Efeitos: Glicemia, alteração no metabolismo...
Farmacodinâmica = em todos 🡪 Entram na cél e interagem com os
receptores citoplasmáticos (lipofílicos)
Esteróide entra na cél e se liga nos receptores = dimerização 🡪 Dímero entra
no núcleo e modifica a transcrição (regula o gene da lipocortina que inibe a
Fosfolipase A2, diminui a transcrição do gene = - COX2 🡪 - prostaglandinas)
+ efeito colateral: Retenção de água (+ pressão), + gordura, + apetite
Indicação Clínica: Doença inflamação, alergia e pessoas imunossuprimidas
HIPOGLICEMIANTES E INSULINAS
Objetivo da terapia: Redução das complicações de diabetes / Modificação nos
hábitos de vida
Tipos de Diabetes Mellitus:
∙ Tipo 1
∙ Tipo 2
∙ Gestacional
∙ LADA/MODY
Tratamento:
∙ Insulinoterapia: Produção de insulina/ Vias de administração
∙ Secretagogos de insulina e antidiabéticos orais
Insulina de ação ultrarápida: Boa simulação prandial normal da insulina
endógena / Administração logo após as refeições
Insulina de ação rápida (Regular): Molécula idêntica à insulina
Insulina de ação intermediária: Protamina neutra de Hagedorn (NPH) /
isófana / Após injeção subcutânea ◊ Enzimas teciduais proteolíticas degradam
a protamina (absorção)
Insulina de ação longa: Glargina: Se dissolve lentamente, solúvel em meio
ácido e precipita no ph neutro (ao entrar no corpo – injeção subcutânea)
Detemir: + Autoagregação no tec. Subcutâneo
Uso de Insulinoterapia Convencional: Maior comodidade de administração / -
complicações
Uso de Insulnoterapia Intensiva: + Custo, + Automonitoramento, reproduz
melhor o padrão fisiológico de secreção pancreática, + hipoglicemia
Complicações da Insulinoterapia: Hipoglicemia, Efeitos imunológicos,
lipodistrofia nos locais de injeçã