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Visual Dimensional

O documento fornece instruções para a inspeção visual e dimensional de juntas preparadas para soldagem. Ele descreve os itens a serem observados como condição superficial, iluminação e dimensões como ângulo do bisel, abertura de raiz e desalinhamento. Também fornece orientações para a medição dessas dimensões usando ferramentas como calibre de solda e paquímetro.

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O documento fornece instruções para a inspeção visual e dimensional de juntas preparadas para soldagem. Ele descreve os itens a serem observados como condição superficial, iluminação e dimensões como ângulo do bisel, abertura de raiz e desalinhamento. Também fornece orientações para a medição dessas dimensões usando ferramentas como calibre de solda e paquímetro.

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VISUAL / DIMENSIONAL

VISUAL / DIMENSIONAL – Duração: 150 minutos

1. INTRODUÇÃO

Na prova prática de visual / dimensional, o aluno deve verificar as condições


exigíveis para a realização de ensaio visual e dimensional de juntas preparadas para a
soldagem e de juntas soldadas.

1ª PARTE

INSPEÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL DE JUNTAS PREPARADAS PARA SOLDAGEM


Deve-se realizar a inspeção de juntas preparadas para a soldagem fornecendo seu
parecer no "Relatório de Inspeção" - Anexo A - em conformidade com os critérios de
aceitação previamente estabelecidos. Nesta parte os seguintes itens devem ser
observados:
a) Condição Superficial Requerida:
As juntas preparadas para a soldagem devem estar isentas de óleo, graxa, óxidos,
tinta, resíduo do ensaio de líquido penetrante, areia e fuligem do pré-aquecimento a gás,
em uma faixa de 25 mm de cada lado das bordas.

b) Iluminação:
A região a ser ensaiada deve estar iluminada, se necessário por lanterna de foco
centrado ou rabicho com lâmpada, que proporcione uma iluminação mínima de 1000lux.
c) Inspeção dimensional:
Durante o ensaio visual e dimensional de uma junta preparada para soldagem como
mostra a figura 1, deve-se observar dentro da área de interesse, a conformidade da
preparação do bisel e montagem da junta quanto a: ângulo do bisel, abertura de raiz,
desalinhamento e pré-deformação. Efetua-se também inspeção dimensional das pernas
de soldas e espessura da alma na junta de ângulo em “T” nos pontos 1 e 2 existentes na
alma desta junta, conforme mostra a figura 2, apenas no lado (A ou B) indicado na folha
de prova.

Área de interesse

A
A
B B

Figura 1 Figura 2

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0


VISUAL / DIMENSIONAL

O ângulo do bisel deve ser medido em ambos os componentes da junta com o


calibre de solda, dentro da área delimitada. Pode ser necessária a utilização de calços
para apoiar corretamente o instrumento, o qual deve estar faceado à superfície do metal
de base e a face inferior da placa giratória deve ficar paralela à superfície do bisel,
conforme mostrado na figura 3.

Base do calibre faceado à


superfície do metal de base

Calços
Face inferior da
placa giratória

Figura 3 – Medição do ângulo do bisel

A abertura de raiz pode ser medida com o calibre de solda ou com o paquímetro. Ver
figura 4. O instrumento deve estar posicionado perpendicularmente à superfície do metal
de base.

Tangenciando o instrumento
na junta encontra-se a
medida da abertura de raiz.
Ex.: 3,5 mm

Figura 4 – Medição da abertura de raiz com o calibre

0 REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1


VISUAL / DIMENSIONAL

O desalinhamento pode ser medido com o calibre de solda conforme mostrado na


figura 5. Posiciona-se a base do calibre em um componente da junta e a régua no outro
componente.

Indicação do
desalinhamento,
ex.: 1 mm

Base do calibre paralelo


à superfície da junta.

Figura 5 – Medição do desalinhamento

A pré-deformação deve ser verificada pela face com a utilização do transferidor de


ângulo. A haste do instrumento deve estar paralela à superfície do metal de base de um
dos componentes da junta, e o transferidor deve estar paralelo ao outro componente,
conforme mostrado na figura 6.

Indicação do ângulo
de pré-deformação.

Base do transferidor e
da régua faceada na
superfície da junta.

Figura 6 – Medição da Pré-deformação

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0


VISUAL / DIMENSIONAL

Na junta de ângulo em “T”, as pernas de solda podem ser medidas com o calibre de
solda, utilizando a placa giratória ou a régua do instrumento. Para se obter o valor de
perna de solda vertical, o calibre deve estar faceado à superfície da base da junta, e a
ponta da placa giratória deve encostar na margem superior do cordão de solda conforme
mostrado na figura 7. Para perna de solda horizontal posiciona-se o instrumento na alma
da junta, e a ponta da placa giratória deve encostar na margem inferior do cordão de
solda. Ver figura 8.

Base do calibre faceado à


superfície da base da junta.

Ponta da placa giratória


encostada na margem superior
do cordão de solda.
Figura 7 – Medição da Perna de Solda Vertical com a placa giratória

Base do calibre faceado à


superfície da alma da
junta.

Ponta da placa giratória


encostada na margem inferior
do cordão de solda.

Figura 8 – Medição da Perna de Solda Horizontal com a placa giratória

0 REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1


VISUAL / DIMENSIONAL

Para mediar perna de solda vertical com a régua do calibre, deve-se posicionar o
instrumento faceado à alma da junta em ângulo até encostar na margem superior cordão
de solda, conforme mostrado na figura 9. Para perna de solda horizontal posiciona-se o
calibre faceado à base da junta até encostar na margem inferior da solda, conforme figura
10.

Calibre faceado à superfície da


alma da junta até a margem
superior do cordão de solda.

Indicação da perna de
solda vertical com a régua.

Figura 9 – Medição da Perna de Solda Vertical com a régua

Indicação da perna de solda


horizontal com a régua.

Calibre faceado à superfície da


base da junta até a margem
inferior do cordão de solda.

Figura 10 – Medição da Perna de Solda Horizontal com a régua

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0


VISUAL / DIMENSIONAL

Mede-se também na junta de ângulo em “T”, a espessura da alma com o paquímetro,


conforme mostrado na figura 11 e deve-se verificar a diferença entre as dimensões das
pernas de solda em cada ponto determinado.

Figura 11 – Medição da espessura da alma da junta de ângulo em “T”

Nota: Ao serem registradas as dimensões verificadas deve-se seguir as


informações abaixo:

Os resultados devem ser avaliados com base no critério de aceitação apresentado


no procedimento no (ANEXO C) referente às dimensões de desalinhamento e pré-
deformação na junta de topo, e dimensões de pernas de solda e diferença entre as
pernas de solda em um mesmo ponto na junta de ângulo em “T”.

As Dimensões de ângulo do bisel e abertura de raiz são avaliadas com base nas
medidas do projeto informadas no próprio croqui da junta.

Para as dimensões reprovadas deve ser feito um círculo ao redor da


identificação.

0 REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1


VISUAL / DIMENSIONAL

ANEXO C

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

- Junta de Topo
Considerar inaceitável:
• Trinca;
• Falta de Fusão;
• Falta de Penetração;
• Concavidade com profundidade maior que 1,6mm ou 0,2e, a que for menor (onde “e”
é a espessura nominal do metal de base);
• Deposição Insuficiente;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que 1,0mm ou 0,4e, a que
for menor (onde “e” é a espessura nominal do metal de base);
• Sobreposição;
• Abertura de Arco; Dimensões máximas a serem
• Respingo; respeitadas na junta de topo
ponteada.
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicamento ou pré-deformação superior a 5°;
• Perfuração;
• Altura do reforço da face e da penetração da raiz acima do especificado na tabela a
seguir:
Espessura nominal do metal de base Altura máxima
e ≤ 6,4mm 1,6mm
6,4mm < e ≤ 12,7mm 2,4mm
12,7mm < e ≤ 25,4mm 4,0mm
e > 25,4mm 4,8mm

- Juntas de ângulo
Dimensões máximas a
Considerar inaceitável: serem respeitadas na junta
de ângulo.
• Diferença entre pernas maior que 3,2mm;
• Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:
Espessura nominal da alma Valor mínimo da perna
e ≤ 9,5mm 9,5mm
9,5mm < e ≤ 12,7mm 12,5mm
12,7mm < e ≤ 15,9mm 16,0mm
e > 15,9mm 22,0mm

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VISUAL / DIMENSIONAL

Exemplo de indicação de reprovação com círculo em torno dos valores reprovados:

ANEXO A
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
NOME: N° REGISTRO:
PROVA N°: Data: / / Início: Fim:
CP:
DIMENSIONAL DE JUNTAS PREPARADAS PARA SOLDAGEM

MEDIDAS DE PROJETO MEDIDAS DA PEÇA DESCONTINUIDADES

1. Desalinhamento
__1,5 mm_______
°± 2 , 5 °± 2 , 5 ° ° _______________
30 30 35 30 2. Pré-Deformação
______6°_______
_______________
3.
±0 , 5
1mm 2,5mm _______________
_______________

CP: DIMENSIONAL DE JUNTA SOLDADA

CROQUI DA JUNTA QUADRO DE RESPOSTA LAUDO

e
x

Ponto X Y Aprovado

1 12,5 11,0
y X Reprovado
2 11,5 10,5

e = 10,5mm Espessura da alma da junta

JUSTIFICATIVA: (Somente em caso de Reprovação)

Dimensões das pernas de solda vertical e horizontal no ponto 2 e perna de solda vertical no ponto 1
inferiores ao valor mínimo especificado no critério de aceitação.

llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

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VISUAL / DIMENSIONAL

2ª PARTE

INSPEÇÃO VISUAL E DIMENSIONAL DE JUNTAS SOLDADAS


O aluno deve realizar a inspeção visual/dimensional de juntas soldadas, fornecendo
seu parecer no "Relatório de Inspeção" - Anexo B - em conformidade com o critério de
aceitação contido no Anexo C. Nesta parte os seguintes itens devem ser observados:
a) Deve ser verificada a mesma condição de superfície requerida e de iluminação
apresentada na inspeção visual e dimensional de juntas preparadas pra soldagem.
Nota:
Para efeito de comentários sobre o estado da superfície do metal de base,
desconsiderar o verniz protetor, quando aplicável.
b) Inspeção Visual:
O registro da localização das descontinuidades da face, bem como da raiz da solda
deve ser realizada no campo apropriado em dimensões equivalentes às encontradas nos
corpos de prova fornecidos. Para tanto, utilize o formulário mostrado no anexo B. Deve-
se considerar 25 mm medidos a partir das margens da solda, ao longo de todo o
comprimento da junta soldada como área de interesse.
A medição das cotas para a localização das descontinuidades deve ser feita a partir
da borda da chapa em que está puncionado o “ponto zero”, conforme mostrado nas
figuras 12 (a) e (b).

ESCALA

0 100 200 300 350

0⇒
SENTIDO DE INSPEÇÃO

Figura 12 (a) – Sentido do início da inspeção

Indicação do sentido do início da inspeção.

Figura 12 (b) – Sentido do início da inspeção

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VISUAL / DIMENSIONAL

As descontinuidades devem ser identificadas de acordo com a legenda apresentada


na tabela I encontrada no procedimento.
Tabela I – Legenda de identificação das descontinuidades
Descontinuidade Identificação Descontinuidade Identificação
Trinca T Sobreposição S
Falta de Fusão FF Abertura de Arco AA
Falta de Penetração FP Respingo R
Concavidade CO Penetração Excessiva PE
Deposição Insuficiente DI Reforço Excessivo RE
Poro Isolado PO Perfuração P
Porosidade Agrupada PO
Mordedura M

Deposição insuficiente

Abertura de arco
Respingos

Mordeduras

Poros
Abertura de arco

Figura 13 (a) – Descontinuidades em uma junta de topo soldada (face)

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VISUAL / DIMENSIONAL

Falta de penetração

Falta de fusão

Concavidade

Figura 13 (b) – Descontinuidades em uma junta de topo soldada (raiz)

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VISUAL / DIMENSIONAL

ANEXO B
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO VISUAL/DIMENSIONAL
NOME: N.º REGISTRO:

FACE: 150_ RAIZ: 150_ RAIZ: 150_


Nº: Nº: Nº:

DI
0_ 200_ 0_ 200_ 0_ 200_

FP

AA

50_ 250_ 50_ 250_ 50_ 250_

FF

R 100_ 300_ 100_ 300_ 100_ 300_


M
M
CO

R
AA PO

150_ 350_ 150 350_ 150_ 350_


ESPAÇO A SER USADO NA CORREÇÃO DA PROVA
Pontuação da Face Pontuação da Raiz Pontuação da Raiz

Candidato Candidato Candidato

Gabarito Gabarito Gabarito

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VISUAL / DIMENSIONAL

Nota: Foram registradas algumas descontinuidades na face e na raiz da solda


como exemplo.

Os resultados devem ser avaliados com base no critério de aceitação apresentado


no procedimento.

Para os defeitos inaceitáveis deve ser feito um círculo ao redor da identificação


das mesmas.

ANEXO C

CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO
- Junta de Topo
Considerar inaceitável:
• Trinca;
• Falta de Fusão;
• Falta de Penetração;
• Concavidade com profundidade maior que 1,6mm ou 0,2e, a que for menor (onde “e”
é a espessura nominal do metal de base);
• Deposição Insuficiente;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que 0,8mm ou 0,4e, a que
for menor (onde “e” é a espessura nominal do metal de base);
• Sobreposição;
• Abertura de Arco;
• Respingo;
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicamento ou pré-deformação superior a 5°;
• Perfuração;
• Altura do reforço da face e da penetração da raiz acima do especificado na tabela a
seguir:
Espessura nominal do metal de base Altura máxima
e ≤ 6,4mm 1,6mm
6,4mm < e ≤ 12,7mm 2,4mm
12,7mm < e ≤ 25,4mm 4,0mm
e > 25,4mm 4,8mm

- Juntas de ângulo
Considerar inaceitável:
• Diferença entre pernas maior que 3,2mm;
• Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:
Espessura nominal da alma Valor mínimo da perna
e ≤ 9,5mm 9,5mm
9,5mm < e ≤ 12,7mm 12,5mm
12,7mm < e ≤ 15,9mm 16,0mm
e > 15,9mm 22,0mm

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VISUAL / DIMENSIONAL

ANEXO B
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO VISUAL/DIMENSIONAL
NOME: N.º REGISTRO:

FACE: 150_ RAIZ: 150_ RAIZ: 150_


Nº: Nº: Nº:

0_

DI
200_ 0_ 200_ 0_ 200_

FP

AA

50_ 250_ 50_ 250_ 50_ 250_

FF

R 100_ 300_ 100_ 300_ 100_ 300_


M
M
CO

R
PO
AA

150_ 350_ 150 350_ 150_ 350_


ESPAÇO A SER USADO NA CORREÇÃO DA PROVA
Pontuação da Face Pontuação da Raiz Pontuação da Raiz

Candidato Candidato Candidato

Gabarito Gabarito Gabarito

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VISUAL / DIMENSIONAL

Deve-se verificar se há reforço de face e penetração excessiva de raiz. Na raiz


quando houver reforço localizado é denominado perfuração. A altura máxima de reforço
admissível é especificada no critério de aceitação, de acordo com a espessura do metal
de base. Ver figura 14, 15 e 16.

Régua tangenciando o
reforço na face da solda
(Reforço excessivo)

Calibre faceado na superfície do metal de base

Figura 14 – Medição do reforço da face

Penetração excessiva

Figura 15 – Penetração excessiva da raiz

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VISUAL / DIMENSIONAL

Régua tangenciando o
reforço na raiz da
solda – Perfuração
(Penetração excessiva
localizada)

Calibre faceado na superfície do metal de base

Figura 16 – Medição da perfuração da raiz

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VISUAL / DIMENSIONAL

INSTRUMENTOS
Para o ensaio visual e dimensional de juntas preparadas para a soldagem e de
juntas soldadas, serão utilizados os instrumentos abaixo relacionados que deverão estar
identificados e com a calibração dentro do prazo de validade. Ver figura 17.

• Calibre de solda;
• Transferidor;
• Trena metálica;
• Escala metálica;
• Paquímetro;
• Lupa.

Figura 17 – Instrumentos utilizados

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VISUAL / DIMENSIONAL

Exemplo: PROCEDIMENTO DE ENSAIO VISUAL/DIMENSIONAL

1. OBJETIVO
Este procedimento tem por objetivo fixar as condições exigíveis para a realização de
ensaio visual e dimensional de juntas preparadas para a soldagem e juntas soldadas.

2. MÉTODO DE ENSAIO
Será utilizado o ensaio visual direto. O ângulo de observação em relação a superfície a
ser examinada não deve ser inferior a 30°, e a distância do olho do observador ao local
do ensaio não deve ser superior a 600mm.

3. CONDIÇÃO SUPERFICIAL

3.1 Método de Preparação da Superfície

Estado da Superfície Preparação


Superfície Oxidada. Escovamento manual
Superfície com escória, respingo, abertura de arco. Esmerilhadeira
Superfície com graxa, óleo, tinta, produto químico. Limpeza com Solvente (thinner)

3.2 Condição Superficial Requerida

3.2.1 Junta Preparada para a Soldagem


As juntas a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, óxidos, tinta, resíduo do
ensaio de líquido penetrante, areia e fuligem do pré-aquecimento a gás, em uma faixa de
25 mm de cada lado das bordas.

3.2.2 Juntas Soldadas


Na solda e em 25 mm adjacentes a ela, as juntas a serem inspecionadas devem estar
escovadas e isentas de impurezas que possam interferir no resultado do ensaio.

4. ILUMINAÇÃO
A região a ser ensaiada deve estar iluminada, se necessário por lanterna de foco
centrado ou rabicho com lâmpada, que proporcione um iluminamento mínimo de 1000lux.
O ângulo do feixe de luz em relação à superfície examinada deverá ser de no mínimo
30°.

A medição do nível de iluminamento na superfície a ser ensaiada deverá ser feita através
de um luxímetro calibrado.

5. INSTRUMENTOS
Para o ensaio visual e dimensional de juntas preparadas para a soldagem e de juntas
soldadas, serão utilizados os instrumentos abaixo relacionados que deverão estar
identificados e com a calibração dentro do prazo de validade.
a. Medidor de múltiplas finalidades;
b. Transferidor;
c. Trena metálica;
d. Escala metálica;
e. Paquímetro;
f. Lupa.

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VISUAL / DIMENSIONAL

6. ENSAIO VISUAL E DIMENSIONAL

6.1 Juntas Preparadas para Soldagem


Durante o ensaio visual e dimensional de juntas preparadas para soldagem deverá ser
observada a conformidade da preparação do bisel e montagem da junta quanto a:

• Ângulo do bisel
• Abertura da raiz
• Desalinhamento
• Pré-deformação

6.2 Juntas Soldadas


Durante a inspeção visual e dimensional de juntas soldadas, deverá ser observada a
existência de:

Descontinuidade Identificação Descontinuidade Identificação


Trinca T Sobreposição S
Falta de Fusão FF Abertura de Arco AA
Falta de Penetração FP Respingo R
Concavidade CO Penetração Excessiva PE
Deposição Insuficiente DI Reforço Excessivo RE
Poro Isolado PO Perfuração P
Porosidade Agrupada PO
Mordedura M

7. SEQUÊNCIA DE ENSAIO

a. Efetuar a limpeza de modo que sejam atendidos os requisitos do item 3.2.1 ou 3.2.2
quando aplicável;
b. Efetuar a inspeção dimensional da junta preparada para soldagem conforme
dimensões e tolerâncias definidas no formulário de respostas;
c. Efetuar inspeção dimensional da junta de ângulo em T nos pontos 1 e 2 existentes
na alma do corpo-de-prova, conforme mostra a figura 1, apenas no lado indicado na
folha de prova (A ou B);
d. Utilizar o critério de aceitação descrito no item 9.

A
B

Figura 1

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0


VISUAL / DIMENSIONAL

8. SISTEMÁTICA DE REGISTRO DE RESULTADOS

8.1 Juntas Preparadas para Soldagem


O registro dos resultados deve ser feito conforme o exemplo apresentado abaixo.
Deve ser feito um círculo em torno dos valores reprovados, com base nas tolerâncias
especificadas no critério de aceitação.

Detalhe Dimensional Resposta Descontinuidades


°±2 , 5° °±2 , 5° ° °
37,5 37,5 45 35 1)Desalinhamento - 1,0mm

2) Pré - Deformação - 2°

3) ______________
±0 ,8
1,6mm 2,0mm

8.2 Juntas Soldadas

8.2.1 Juntas de topo


• Registrar e indicar a localização de qualquer descontinuidade causada por soldagem
dentro de 25 mm medidos a partir das margens da solda. Para tanto, utilize o
formulário mostrado no anexo B.
• Identifique as descontinuidades de acordo com a legenda apresentada no item 6.2
deste procedimento.
• A medição das cotas para a localização das descontinuidades deve ser feita a partir
da borda da chapa em que está puncionado o “ponto zero”. Vide croqui abaixo.
• Os resultados devem ser avaliados com base no critério de aceitação apresentado
no item 9.1. Para as descontinuidades inaceitáveis deve ser feito um círculo ao redor
da identificação das mesmas.
• O valor do reforço excessivo ou da penetração excessiva é o menor valor obtido na
medição pelos dois lados adjacentes à solda.
• Não é necessário assinalar as mordeduras que margeiam as concavidades.

ESCALA

0 100 200 300 350

0⇒
SENTIDO DE INSPEÇÃO

8.2.2 Juntas de ângulo


• Registre o valor da espessura da alma.
• Registre o valor das pernas circundando os valores reprovados com base no critério
(item 9.2).

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VISUAL / DIMENSIONAL

9. CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

9.1 Junta de Topo


Considerar inaceitável:
• Trinca;
• Falta de Fusão;
• Falta de Penetração;
• Concavidade com profundidade maior que 1,6mm ou 0,2e, a que for menor (onde “e”
é a espessura nominal do metal de base);
• Deposição Insuficiente;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que 1,0mm ou 0,4e, a que
for menor (onde “e” é a espessura nominal do metal de base);
• Sobreposição;
• Abertura de Arco;
• Respingo;
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicamento ou pré-deformação superior a 5°;
• Perfuração;
• Altura do reforço da face e da penetração da raiz acima do especificado na tabela a
seguir:

Espessura nominal do metal de base Altura máxima


e ≤ 6,4mm 1,6mm
6,4mm < e ≤ 12,7mm 2,4mm
12,7mm < e ≤ 25,4mm 4,0mm
e > 25,4mm 4,8mm

9.2 Juntas de ângulo


Considerar inaceitável:

• Diferença entre pernas maior que 3,2mm;


• Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:

Espessura nominal da alma Valor mínimo da perna


e ≤ 9,5mm 9,5mm
9,5mm < e ≤ 12,7mm 12,5mm
12,7mm < e ≤ 15,9mm 16,0mm
e > 15,9mm 22,0mm

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0


VISUAL / DIMENSIONAL

ANEXO A
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
NOME: N° REGISTRO:
PROVA N°: Data: / / Início: Fim:
CP:
DIMENSIONAL DE JUNTAS PREPARADAS PARA SOLDAGEM

MEDIDAS DE PROJETO MEDIDAS DA PEÇA DESCONTINUIDADES

1. Desalinhamento
_______________
°± 2 ,5 °± 2 ,5 _______________
27 ,5 27 ,5 2. Pré-Deformação
_______________
_______________
3.
±0 , 5
1mm _______________
_______________

CP: DIMENSIONAL DE JUNTA SOLDADA

CROQUI DA JUNTA QUADRO DE RESPOSTA LAUDO

e
x

Ponto X Y Aprovado

1
Reprovado
y
2

e=
JUSTIFICATIVA: (Somente em caso de Reprovação)

Llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

0 REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1


VISUAL / DIMENSIONAL

ANEXO B
RELATÓRIO DE INSPEÇÃO VISUAL/DIMENSIONAL
NOME: N.º REGISTRO:

FACE: 150_ RAIZ: 150_ RAIZ: 150_


Nº: Nº: Nº:

0_ 200_ 0_ 200_ 0_ 200_

50_ 250_ 50_ 250_ 50_ 250_

100_ 300_ 100_ 300_ 100_ 300_

150_ 350_ 150 350 150 350

ESPAÇO A SER USADO NA CORREÇÃO DA PROVA

Pontuação da Face Pontuação da Raiz Pontuação da Raiz

Candidato Candidato Candidato

Gabarito Gabarito Gabarito

REVALIDAÇÃO DO CURSO DE INSPETOR DE SOLDAGEM N1 0

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