Plano Municipal de Saúde.
Plano Municipal de Saúde.
2018/2021
Elaboração
Ana Rosa Oliveira Poletto
Ana Paula S. B. Salineiro
Andréia M. Pires Maruiti
Caroline Miguel Aver
Clayton A. Lacerda e Carlin
Clicie Arrias Fabri
Cristiane Moliani Sobreira Moraes
Danielle B. Canassa Martins
Edlene Loureiro A. Goes
Eliane K. Kikumoto Baptista
Eduardo Alcântara Ribeiro
Fátima Natsue Matsumoto
Fernanda Hoffmann Marques
Gilmar A. Laureano Ferreira
Ivonete Pereira
Jaqueline B. Zeferino
Larissa de Souza Zanolli
Lourdes Thomé
Marcelo da Silva
Marcia Paula M. Virginio
Mariangela da Silva F. Vecchi
Maria Angela Casaroto
Maria Cristina Tarelho
Maria Heloisa Cella
Maria Lucia Marin
Marisa de Souza Formaio
Neuza Doce Moreno Fernandes
Patricia A. Cabral de Souza Portolese
Pricilha de Oliveira Dalberto
Rafael Maurício Balestri
Regina Elisa Rossi Sibut
Rosa Maria Cripa Moreno
Rosana de Brito Guidi
Silvio A. Torres da Silva
Suzana Ogava
Valéria Joana M. da Silva
Vera Alice F. Meneguetti
Welynton A. de Souza
AB – Atenção Básica
ACS - Agente Comunitário de Saúde
AD – Atenção Domiciliar
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
AMUSEP - Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense
APSUS – Programa de Qualificação de Atenção Primária á Saúde
ATI - Academia da Terceira Idade
AVASUS – Ambiente Virtual do Sistema Único de Saúde
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BMJ – British Medical Journal
CAF - Central de Abastecimento Farmacêutico
CAPS – Centro de Atenção Psicossocial
CAPS ad - Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas
CAPS i - Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil
CCZ - Centro de Controle de Zoonoses
CEO - Centro de Especialidade Odontológica
CEUOP - Central Única de Operações
CIB - Comissão Intergestores Bipartite
CID - Código Internacional de Doenças
CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade
CISAM - Centro Integrado de Saúde Mental
CISAMUSEP - Consórcio Intermunicipal do Setentrião Paranaense
CIST - Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador
CLS – Conselho Local de Saúde
CMEI - Centro Municipal de Educação Infantil
CMS – Conselho Municipal de Saúde
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
CNS – Conselho Nacional de Saúde
COAP - Contrato Organizativo de Ação Pública
COAPES – Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino- Saúde
COPALMES - Comissão Permanente de Análise para Liberação de Medicamentos Especiais
COU – Central de Operações Unificadas
CTI – Centro de Tecnologia de Informação
DATASUS - Departamento de Informática do SUS
DCNI - Doenças de Notificação Compulsória Imediata
DCNT – Doença Crônica Não Transmissível
DIEESE – Departamento Intersindical de estatística e Estudos Socioeconômicos
DST – Doença Sexualmente Transmissível
EMAD – Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar
EMAP - Equipe Multiprofissional de Apoio
EPS - Educação Permanente em Saúde
ESB – Equipe de Saúde Bucal
ESF – Equipe de Saúde da Família
e-SUS - Estratégia de reestruturação das informações da Atenção Básica
GACA - Gerência de Auditoria, Controle e Avaliação
GAR - Gestação de Alto Risco
GM – Gabinete do Ministro
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana
HMM – Hospital Municipal de Maringá
HUM - Hospital Universitário de Maringá
IAM - Infarto Agudo do Miocárdio
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICSAB - Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IEP - Instituto Ensino e Pesquisa
IST - Infecção Sexualmente transmissível
LIRA – Levantamento de Índice de Infestação Predial
LTA – Leishmaniose Tegumentar
MIF - Mulheres em Idade Fértil
MS – Ministério da Saúde
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
NASF – Núcleo de Apoio ao Saúde da Família
NEP – Núcleo de Educação Permanente
NHE – Núcleo Hospitala de Epidemiologia
NOAS - Norma Operacional da Assistência à Saúde
NV - Nascidos Vivos
OMS – Organização Mundial da Saúde
PCCS - Plano de Cargos, Carreiras e Salários
PET - Saúde - Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
PHPN - Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento
PlanejaSUS - Sistema de Planejamento do SUS
PMAQ - Programa para Melhoria do Acesso e da Qualidade
PNCH - Programa Nacional de Controle de Hanseníase
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PROAMUSEP - Consórcio Público Intermuncipal de Gestão da AMUSEP
PROVAB - Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica
PSA - Antígeno Prostático
PSE – Programa Saúde na Escola
PTS - Projeto Terapêutico Singular
RAPS - Rede de Atenção Psicossocial
RAS - Redes de Atenção à Saúde
RCP - Ressucitação Cardio pulmonar
RDQA - Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior
REMUME – Relação Municipal de Medicamentos
RMI – Rede Materno Infantil
RMM - Razão de Mortalidade Materna
RUE - Rede de Urgência e Emergência
SAD - Serviço de Atenção Domiciliar
SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SEMUSP - Secretaria Municipal de Serviços Públicos
SESA - Secretaria de Estado da Saúde
SETRAN - Secretaria de Transportes
SGS – Sistema Gestor Saúde
SI – Sistema de Informação
SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica
SIACS – Sistema de Acompanhamento de Conselhos de Saúde
SIH - Sistema de Informação Hospitalar
SIM - Sistema de Informação de Mortalidade
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação Obrigatória
SINASC - Sistema de Informação de Nascidos Vivos
SIPNI – Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações
SISPNCD - Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Dengue
SISSOLO - Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo
SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
SIVEP-DDA – Sistema de Informação Vigilância Epidemiológica- Doenças Diarréicas Agudas
SMS – Secretaria Municipal de Saúde
SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave
STA - Serviço de Tratamento Assistido
SUS – Sistema Único de Saúde
TCE – Traumatismo Crânio Encefálico
TDO – Tratamento Diretamente Observado
TFD - Tratamento Fora de Domicílio
UBS – Unidade Básica de Saúde
UBSAT – Unidade Básica Saúde do Trabalhador
UNA-SUS – Universidade Aberta do Sistema Única de Saúde
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
USA – Unidade de Suporte Avançado
USB – Unidade de Suporte Básico
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
VD – Visita Domiciliar
VIGIAGUA – Vigilância da Qualidade da Água
VIR – Veículo de Intervenção Rápida
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
1. Análise Situacional
1.1. Condições de Saúde
1.1.1. Panorama Demográfico
1.1.2. Mortalidade e Morbidade
. Mortalidade Geral
. Mortalidade infantil
. Prematuridade
. Internações
. Internações por doenças respiratórias
. Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica (ICSAB)
. Doenças Transmissíveis
. Dengue
. Hepatites Virais
. Tuberculose/Hanseníase
. Leishmaniose
. Aids
. Sífilis
1.2. Determinantes e Condicionantes
1.2.1. Hábitos de Vida
1.3. Acesso às Ações e Serviços de Saúde
1.3.1. Implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS)
1.3.1.1. Materno infantil
. Mortalidade Materna
. Mortalidade Infantil
1.3.1.2. Atenção às Urgências/Emergências
1.3.1.3. Doenças Crônicas Não Transmissíveis
1.3.2. Atenção Básica
. Saúde da Família
. Saúde Bucal
. Pessoas com Deficiências
. Serviço de Atenção Domiciliar – SAD
1.3.3. Atenção Especializada
1.3.4. Atenção Hospitalar
1.3.5. Assistência Farmacêutica
1.3.6. Saúde Mental
1.3.7. Vigilância em Saúde
1.4. Gestão em Saúde
1.4.1. Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde
1.4.2. Gestão de Materiais e Equipamentos
1.4.3. Financiamento
1.4.4. Participação e Controle Social
2. Diretrizes, Objetivos e Metas
Referências
Apresentação
O Pacto pela Saúde, aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde e pactuado entre os gestores do SUS em 2006, estabelece que todo município
deve garantir a integralidade das ações de saúde prestada de forma interdisciplinar, por meio da abordagem integral e contínua do indivíduo no seu
contexto familiar, social e do trabalho, englobando atividades de promoção da saúde, prevenção de riscos, danos e agravos e ações de assistência
assegurando acesso ao atendimento das urgências.
Segundo o Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS), regulamentado pela Portaria GM nº 3085 de 01/12/06 e Portaria GM nº 3332 de
28/12/06, o Plano de Saúde é definido como instrumento de gestão, que baseado numa análise situacional, define intenções e resultados a serem
buscados pelo município num período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas. Já a Lei 8080/90 estabelece como atribuição comum a
União, Estados e Municípios a elaboração e atualização periódica do Plano de Saúde, indicando ainda que a proposta orçamentária da saúde deve ser
feita em conformidade com o Plano.
A elaboração do Plano Municipal de Saúde e dos instrumentos que o operacionalizam deve ser entendida como um processo dinâmico que
permite a avaliação permanente de suas metas e ações. Desta forma é fundamental que os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Maringá sejam
capacitados para o monitoramento das ações implementadas, avaliando sua eficiência e eficácia assim como os fatores facilitadores e dificultadores.
O presente Plano foi elaborado para o quadriênio 2018 – 2021, a partir da realização de reuniões com o corpo diretor/gerencial desta Secretaria
de Saúde, as quais deram origem as propostas de gestão complementadas pelas discussões nos Conselhos Locais e Conferência Municipal de Saúde.
O êxito desse planejamento será resultado do trabalho integrado, pactuado e transparente, entre gestores, profissionais da saúde, conselheiros
de saúde e população.
Secretário de Saúde
1. Análise situacional
O Município de Maringá situa-se na Região Noroeste do Estado do Paraná com uma população de 403.063 habitantes (IBGE-2016) distribuída em
3 distritos administrativos ( Maringá, Floriano e Iguatemi). É referência para os 29 municípios da 15ª Regional de Saúde e também para a Macrorregião
Noroeste que abrange 5 Regionais de Saúde (11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª RS), 115 municípios totalizando 1.857.433 habitantes (IBGE-2016). Planejada e
arborizada possui uma área territorial de 487,930 km2 com densidade populacional de 828,61 habitantes/km2 e grau de urbanização de 98,20%. O
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH, 2010) é de 0,808, sendo considerado pelo PNUD como “muito alto desenvolvimento humano” (PNUD, 2013). A
economia destaca-se pelo comércio varejista e a prestação de serviços principalmente no setor saúde, educação, alimentos, vestuário e setor imobiliário.
Além disso, Maringá por situar-se numa localização de entroncamento viário, vem crescendo nos últimos anos a instalação de indústrias e grandes
empresas no município.
INDÚSTRIA 2025
COMÉRCIO 6588
SERVIÇOS 7026
TOTAL 16771
Como se pode observar no Quadro 1, a pirâmide populacional de Maringá de 2012 mostra um grande aumento nas populações da faixa etária
adulta e idosa.
Dados do IBGE apontam também, que o crescimento médio geométrico anual do município foi de 2,15% (IBGE -2010), um dos maiores do estado
do Paraná. No entanto, a taxa de fecundidade, número médio de filhos que teria uma mulher ao final do seu período fértil, caiu de 6,16 em 1940 para
1,86 em 2010, abaixo do nível de reposição, que é de 2,10 filhos por mulher, o que tem contribuído para o envelhecimento da população. Estudos
demonstram que a redução se deu pelo aumento do nível de instrução. Nas mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, a taxa de
fecundidade chega a 3,00 filhos por mulher, enquanto que, entre as mulheres com ensino superior completo, a taxa é de 1,14 filho (IBGE, 2010).
A baixa taxa de fecundidade tem acarretado mudança na estrutura etária populacional, que se apresenta bem mais envelhecida, em função do
aumento proporcional de idosos e diminuição de crianças.
Em Maringá, o percentual de jovens de zero a 14 anos, que era de 38,2% em 1980, passou para 24,1% em 2012, enquanto que o percentual de
pessoas idosas maiores de 65 anos, que era de 4,0% em 1980, passou para 7,4% em 2012. O aumento da expectativa de vida no município alterou de
66,51 anos em 1991 para 72,22 anos em 2000. O processo de envelhecimento da população significa o aumento das condições crônicas, que tem se
tornado um grande desafio para os gestores. Infelizmente não está disponível pelo IBGE dados da população, a partir de 2012, estratificadas por faixa
etária, o que impede de avaliar esta evolução nos últimos quatro anos. Possivelmente estes indicadores devem estar se mantendo em proporções
semelhantes, sem maiores variações. A chegada de migrantes, principalmente haitianos, poderá vir a influenciar na mudança deste quadro.
Quando analisada a cor da população, observa-se que em Maringá a maioria é branca (69%), seguida da parda (21,1%), amarela (5,2%), preta
(4,7%) e indígena (0,1%) (IBGE, 2012).
Mortalidade geral
O perfil das causas de morte no Brasil tem mudado de forma importante. A transição epidemiológica e demográfica vem ocorrendo de forma
acelerada, com redução das mortes por doenças infecciosas e parasitárias e aumento das doenças crônicas ligadas a causas externas (MS, 2014). A taxa
de mortalidade bruta de Maringá-PR em relação ao Brasil durante o período de 2004-2016, vem se mantendo relativamente constante, sendo a do Brasil
superior a de Maringá. A média da taxa de mortalidade no Brasil durante esses anos foi de 6,3 enquanto a de Maringá foi de 5,49. No ano de 2015 foi
visto uma pequena queda na taxa, tanto no Brasil quanto em Maringá, de 6,1 e 5,2 respectivamente.
Conforme observado no Gráfico 1, as principais causas de mortalidade em Maringá-PR são doenças do aparelho circulatório, neoplasias, aparelho
respiratório, causas externas, doenças endócrino-metabólicas e do aparelho digestivo, nesta ordem de relevância. Em relação ao aparelho circulatório a
hipertensão arterial sistêmica (HAS) se mostrou como a causa mais prevalente (MS, 2013). Nesta análise, percebe-se uma importante queda na taxa de
mortalidade por estas doenças a partir de 2012 mantendo-se estável até 2016, seguindo a tendência de países desenvolvidos como os da Europa
Ocidental, EUA e Canadá devido, muito provavelmente, a melhor facilidade de diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares (MANSUR;
FAVARATO, 2016).
As taxas de mortalidade por neoplasias mantiveram-se relativamente estáveis nos últimos 12 anos, tendo a maior taxa em 2012, de 1,2. Entre as
mulheres, o câncer de mama é o mais prevalente, seguido do câncer do aparelho respiratório e do colo de útero. Já entre os homens, o aparelho
respiratório ocupa o primeiro lugar, seguido pelo câncer de próstata e de estômago (BRASIL, 2011).
A respeito das demais causas, esta análise indica uma variação inexpressiva das taxas de mortalidade. Esse fenômeno pode ser explicado pelos
aspectos socioeconômicos e dificuldade de acesso da população menos favorecida ao serviço de saúde nos países em desenvolvimento (MANSUR;
FAVARATO, 2016).
Com relação à mortalidade por causas externas, observa-se pelo Gráfico 2, que esta incide cerca de três vezes mais na população masculina em
comparação à feminina no município de Maringá-PR.
Segundo Souza (2006) os homens se expõem mais às situações de acidentes e violência por conta de comportamentos reafirmadores da
masculinidade, próprios da sociedade contemporânea, que simbolizam maior poder e exigem maior virilidade e agressividade, tornando-os
paradoxalmente mais vulneráveis a evento de risco de morte precoce por agravos evitáveis. Somando-se a isso, os homens estão em maior número no
que diz respeito a ocupações/profissões de risco, estando mais expostos a acidentes de trabalho e consequentemente a óbitos em decorrência desta
exposição.
De 2007 a 2016, verifica-se que apesar das pequenas variações nas curvas, a mortalidade geral se mantém muito semelhante com o decorrer dos
anos, sendo que obviamente a curva da mortalidade total acompanha àquela, referente ao sexo masculino, uma vez que este é responsável pelo maior
número de óbitos.
Gráfico 3. Proporção de Óbitos devido às Causas Externas por Sexo, Maringá - 2007 a 2016
Em consonância com o Gráfico 2, quando analisada a curva de proporções de óbitos por causas externas entre todas as causas de morte na cidade
de Maringá-PR, observa-se que a curva se mantém constante, ainda que tenha havido uma pequena diminuição entre os homens nos últimos dois anos.
Interessante é verificar que em média, aproximadamente 15,6% dos homens em contraponto com os aproximados 5,6% entre as mulheres morrem
devido às causas externas.
No Gráfico 4, é possível observar que, dentre as causas externas, a que se destaca no período analisado são os acidentes de trânsito, seguido
alternadamente de agressões e outras causas externas de lesões/acidentes (em que se encontram as quedas, afogamentos, etc.). As quedas sem
especificações apresentaram um papel importante no ano de 2016, com 32 mortes no período, contribuindo para que o item outras causas externas de
lesões/acidentes ultrapassassem sobremaneira as agressões como causa de óbito e se aproximasse dos acidentes de trânsito.
Foi implantada em 2013 pela Secretaria de Saúde de Maringá, a Rede de Prevenção de Violências e Acidentes, contando com campanhas de
sensibilização, capacitação dos profissionais da rede, Protocolo de Assistência às Vítimas e reuniões mensais distribuídas em 12 grupos com formação
intersetorial, para discussão de casos e encaminhamentos. Observou-se um desfecho favorável a partir dessas medidas visto que a notificação dessas
causas de morbimortalidade, que antes acontecia com certa dificuldade e falseava dados epidemiológicos do município, aumentou desde então.
A quarta causa principal para todos os anos foram às lesões auto provocadas. A Secretaria de Saúde implementou em 2017 o Comitê de
prevenção e Pósvenção ao suicídio, com o ingresso de representantes intersetoriais, com o objetivo de discutir sobre o tema, criar campanhas educativas,
elaborar capacitação para servidores, organizar e qualificar dados estatísticos.
Quanto aos acidentes de transporte, a curva apresenta grande variabilidade entre os anos, tendo apresentado os menores números absolutos nos
últimos dois anos, 88 e 80 respectivamente. Em maio de 2017, o município de Maringá aderiu ao Programa Vida no Trânsito, do Ministério da Saúde, que
objetiva trabalhar intersetorialmente, para diminuir as causas e consequências de acidentes de trânsito. Estão envolvidos os setores que tratam da
regulação do trânsito, produção de dados estatísticos, socorro de vítimas e seu atendimento em saúde.
Pela baixa ocorrência de eventos cuja intenção é indeterminada, intervenções legais e operações de guerra, complicações de assistência médica e
cirúrgica e sequelas de causas externais, tais classes não merecem ser avaliadas, já que geram pouca influência.
Gráfico 4. Mortalidade por grandes grupos CID-10 por causas externas, Maringá – 2007 a 2016
Gráfico 5. Proporção de mortalidade entre os grandes grupos CID-10 por causas externas, Maringá - 2016
Fonte: SMS – SIM, 2016.
Mortalidade Infantil
A Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) é um indicador da qualidade de vida de uma população e reflete a qualidade dos serviços de saúde, tais
como moradia, salário, alimentação e atenção à saúde, além do comprometimento da sociedade com a reprodução social. Estatísticas demonstram que
aproximadamente 8,1 milhões de crianças morrem no mundo nos primeiros cinco anos de vida. A TMI teve queda significativa entre os anos de 1996 e
2010, no Brasil, passando de 34,8 óbitos infantis por mil NV a 16,2 (IBGE, 2006; BRASIL, 2012). As melhorias das condições de saneamento básico, as
campanhas de imunização, a promoção do aleitamento materno e o aumento da cobertura da assistência pré-natal são responsáveis por esta queda.
Desta forma, percebe-se, no Brasil, que doenças infecciosas, parasitárias e respiratórias apresentaram queda, enquanto houve um aumento de óbitos por
anomalias congênitas.
Segundo os dados coletados na Secretaria Municipal de Maringá – PR, entre 2005 e 2016 foram contabilizados 55.367 nascidos vivos e um total de
508 óbitos infantis. De acordo com o Gráfico 6, a TMI em Maringá apresentou variação entre 8 a 10 óbitos por 1.000 nascidos vivos neste mesmo
período.
Dentre as mortes infantis do período de 2005 a 2016, 166 (32,6%) ocorreram em crianças com até um dia de vida, seguidas da mortalidade
neonatal precoce, que ocorre no período entre um e seis dias, com 127 mortes (25%). A mortalidade infantil tardia, entre 28 dias e um ano, apresentou
120 óbitos (23,6%) e a mortalidade neonatal tardia, 95 óbitos (18,7%).
Dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do município de Maringá demonstram que dentre as causas mais prevalentes de
mortalidade infantil, as malformações corresponderam a 28,7% entre os anos de 2005 a 2016.
Sendo assim, observa-se que apesar de Maringá apresentar uma TMI inferior que a do país, ainda são necessárias estratégias de ação frente às
causas evitáveis de mortes infantis. O SUS pode ser um grande aliado neste sentido, pois, o conceito de equidade pode ser bem aplicado, na medida da
identificação das populações mais carentes, a fim de facilitar-lhes o acesso aos serviços de saúde. A busca ativa de gestantes, a classificação adequada das
gestações de alto risco, bem como palestras educativas durante a gestação e no puerpério imediato são ações que contribuiriam para a prática da
promoção à saúde no combate às mortes evitáveis como asfixia ao nascer e inalação do conteúdo gástrico. A maior TMI foi durante os primeiros seis dias
de vida verificando-se a importância da atenção hospitalar e à puérpera neste período. Para que esta proposta funcione com eficiência, é plausível que
isto seja incorporado ao Plano de Gestão do município e no Planejamento Anual de cada Unidade Básica de Saúde (UBS), para que sejam oferecidos
recursos e treinamento aos profissionais da saúde.
Prematuridade
No Brasil, 340.000 bebês nasceram prematuros só em 2012, segundo dados do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e Ministério da
Saúde (MS). Isso significa que nascem 931 prematuros por dia ou 40 por hora, indicando uma taxa de prematuridade de 12,4%, o dobro do índice de
alguns países europeus.
* A distribuição paradoxal da prematuridade no país, com taxas mais elevadas nos estados mais ricos, apóia a hipótese de que a excessiva medicalização
do parto esteja tendo um efeito deletério sobre a saúde dos recém-nascidos.
Internações
No período entre 2010 a 2016, foi registrado um total de 158.641 internações hospitalares no município de Maringá. As cinco principais causas
(58,44%) de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) de acordo com os capítulos do CID-10 foram: Neoplasias (cap. II); Doenças do Ap. Respiratório
(cap. X); Doenças do Ap. Circulatório (cap. IX); Gravidez, Parto e Puerpério (cap. XIX) e Lesões por Envenenamentos e outras Causas Externas (cap. XX).
De acordo com o Gráfico 9, os internamentos por Lesões, Envenenamentos e outras Causas Externas apresentaram maior aumento, 551 casos,
seguidos por Neoplasias, 366 casos. Por outro lado, as Doenças Respiratórias apresentaram a maior queda, 1.005 casos, seguidos das Doenças do
Aparelho Circulatório e Gravidez, Parto e Puerpério, com 319 e 235 casos respectivamente. Em relação às causas de internamento, observou-se que a
partir de 2011, houve predominância de Gravidez, Parto e Puerpério junto com Lesões Envenenamento e outras Causas Externas.
Gráfico 9. Principais causas de internações, por capítulo CID, Maringá - 2010 a 2016
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças respiratórias apresentam uma taxa de cerca de 8% do total de mortes em
países desenvolvidos e de 5% em países em desenvolvimento (TOYOSHIMA, et al, 2005). Representam cerca de 16% de todas as internações no Brasil,
chegando a mais de 50% em grupos de risco, como as faixas etárias pediátricas (CARMO, et al 2003). Entretanto, entre os anos de 2010 a 2016, observou-
se uma queda da taxa de internação por estas doenças tanto em nível nacional, bem como no estado do Paraná, sendo ainda mais evidenciada no
município de Maringá, segundo o Gráfico 10.
Gráfico 10. Taxa de internação hospitalar por doenças respiratórias, Maringá – 2010 a 2016
Dentre os anos de 2010 a 2016, observou-se as doenças do aparelho respiratório entre o quarto e quinto lugar dentre as causas mais prevalentes
de internação, ficando atrás de Neoplasias, Gravidez parto e puerpério. Porém, com o passar destes anos, observou-se através de dados do SIH-SUS, que
o número de internamentos por esta condição veio diminuindo, indo na contramão do crescimento populacional da cidade, ou seja, aumentou-se o
número de habitantes do município, porém a proporção de internamentos por doenças respiratórias diminuiu como demonstrado no Gráfico 10.
A diminuição gradual ano a ano da proporção das Doenças Respiratórias nos maringaenses, mesmo carecendo de estudos mais sérios e
fidedignos, leva-nos a inferir que campanhas de vacinação contra gripe e tabagismo e investimentos do SUS no município surtiram efeito quanto a
prevenção e profilaxia destas doenças, o que em consequência levou a diminuição no número de internamentos.
Já em relação ao sexo, os homens mantiveram-se mais prevalentes em relação às mulheres em todos os anos, o que pode se correlacionado ao
maior consumo de tabaco e prevalência de asma nesta população (Gráfico 11).
Gráfico 11. Internações por doenças respiratórias, segundo sexo, Maringá – 2010 a 2016
De acordo com o Ministério da Saúde, essa taxa se refere ao percentual de internações por condições sensíveis à atenção básica entre as
internações clínicas, de residentes em um determinado município, no período considerado, ou seja, a proporção das internações mais sensíveis à atenção
básica em relação ao total das internações clínicas realizadas para residentes de um município.
O ICSAB é fundamental para analisar a efetividade do cuidado na atenção básica; criar ações de regulação do acesso às internações hospitalares;
realizar um estudo das variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição proporcional das internações hospitalares sensíveis à atenção
básica para identificar situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos (BRASIL, 2017).
Para o levantamento dos dados de Maringá foram utilizadas informações contidas no DATASUS e foram tabulados pelos técnicos da Secretaria
Municipal de Saúde de Maringá, 2017, a partir das quais foram feitos cálculos do ICSAB para analisar e avaliar a qualidade e efetividade da atenção básica
neste município. Para fins comparativos, foram coletados os indicadores de saúde das demais regiões por meio da Avaliação do Desempenho do Sistema
de Saúde, fornecido pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ, 2017).
Ao analisar a série histórica da proporção das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica (ICSAB) em Maringá – PR verificou-se uma
redução em seus valores em um período de 7 anos, entre 2010 a 2016 (Gráfico 12), apresentando um decréscimo de 6,2% do seu valor total nesse
período. Sendo que o valor mais alto foi no ano de 2010 , d e 17,44% e o mais baixo em 2016 foi de 11,24%.
Além disso, podemos encontrar dois momentos importantes com reduções mais acentuadas, no período entre 2010 e 2011 (com redução de
2,83%) e entre os anos de 2014 – 2015 (com queda de 2,14%).
Gráfico 12. Série histórica da proporção das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica (ICSAB), Maringá – 2010 a 2016
Gráfico 13. Comparação da série histórica da proporção das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica (ICSAB) - Maringá -PR, Curitiba -PR,
Paraná, Região Sul e Brasil, 2010 a 2013
Quanto à incidência das doenças que levaram as ICSAB no período de 2010 a 2016 em Maringá, podemos observar uma redução de 12,65% para
2,43%, queda de 72,9% por pneumonia e 8,9% para 5,05%, queda de 51% por diabetes mellitus. Porém ocorreu um aumento de 83% nos casos de angina,
5,17% para 9,49%)e de 11% nos casos de insuficiência cardíaca congestiva de 16,43% para 18,24%.
No caso de ICSAB em Maringá por hipertensão, houve redução de 51% entre 2010 e 2016, havendo 187 internações por essa patologia em 2010 e
61 em 2016. Em contrapartida, houve um significativo aumento percentual de ICSAB por angina de 83% no período entre os anos de 2010 e 2016. SOUZA
2006) também demonstrou a nível nacional, um grande aumento das ICSAB por angina de 237,5%. Dentro desse valor, encontram-se internações por
infarto agudo, anginas estáveis e instáveis. Isso nos remete a uma ampla discussão sobre a etiologia dessas internações. Apesar do decréscimo de
hospitalizações por hipertensão e diabetes mellitus, fatores de risco para doença coronariana, as internações por angina aumentaram significativamente
a nível municipal, regional e nacional. Tal contradição entre os indicadores poderia estar relacionada a outros fatores para culminar em crescentes
eventos coronarianos agudos, por exemplo, hipercolesterolemia, a qual seu tratamento se baseia em estatinas.
Doenças transmissíveis
Dengue
A dengue caracteriza-se por um cenário de transmissão endêmica/epidêmica em grande parte do País, tendo como importantes fatores à
circulação simultânea dos quatro sorotipos virais e a presença do vetor.
No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas
com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo predominante. O maior surto no Brasil ocorreu em 2013,
com aproximadamente dois milhões de casos notificados. Atualmente, circulam no país os quatro sorotipos da doença. A dengue apresenta um
comportamento sazonal no país, ocorrendo, principalmente, entre os meses de outubro a maio. Dessa forma, o monitoramento de indicadores
epidemiológicos, entomológicos e operacionais pode detectar precocemente a vulnerabilidade para ocorrência da doença em determinado local.
A infecção pelo vírus pode causar desde infecções assintomáticas até formas mais graves que podem levar a óbitos, mesmo em primoinfecção. No
Brasil, o padrão epidemiológico tem variado ao longo dos anos (BRASIL, 2015)
O Município de Maringá apresenta o mesmo cenário do país, desde os primeiros casos confirmados em 1995, o município já foi estratificado
como risco epidemiológico e entomológico, este fato ocorre pela localização geográfica, clima, chuvas, índice de infestação predial do vetor Aedes
aegypti, circulação dos quatro tipos de vírus (DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4) além da falta de consciência ambiental da população nos cuidados quanto aos
criadouros do vetor.
Em Maringá do ano de 1995 até o ano de 2002 o DEN 1 foi o sorotipo predominante, em 2002 ocorre a introdução do vírus DEN 2, também
predominante no Estado do Paraná até o ano de 2006. A doença tornou-se endêmica no município e em alguns anos apresenta-se de forma epidêmica
visualizado no Gráfico 14.
No ano de 2007 houve epidemia da doença apresentando um coeficiente de 1.174/100.000 habitantes com o sorotipo circulante DEN 3. Em 2015
foi detectado o DEN 4 no município, sorotipo também responsável pelos quadros epidêmicos no Brasil e no Paraná. Em 2016 houve uma epidemia
correspondendo a 688 casos por 100.000 habitantes
A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná por iniciativa própria em 2016 ofertou a Vacina da Dengue para os municípios que concentraram a maior
incidência de casos para a faixa etária de 15 a 27 anos, sendo incluído o Município de Maringá.
Foi estabelecido o calendário para início em setembro de 2016 no Município, tendo como meta de cobertura vacinal 74,40% dos 93.004 jovens
maringaenses de 15 a 27 anos. Foram vacinados como primeira dose 34.211 jovens correspondendo a uma cobertura de 36,78 %. No ano de 2017 foram
vacinados com a primeira dose 20.485 jovens correspondendo 34,84% da meta de 58.793 pessoas. Para a 2ª dose de vacina a meta de cobertura foi de
34.211 jovens, sendo vacinados 26.307 correspondendo a 76,90% da meta, enfatiza-se que a meta geral era vacinar 93.004 jovens e a meta alcançada foi
de 50,31%.
O Gráfico 15 demonstra o comparativo das notificações da dengue entre o Estado do Paraná a 15º Regional de Saúde e Maringá. Observa-se que há
uma relação direta do aumento das notificações do município com as da Regional de Saúde e do Estado do Paraná.
Ressalta-se que o controle da Dengue são ações multissetoriais que necessita de uma gestão ampliada para as ações de controle com investimento e
recursos próprios no contexto de vigilância em saúde, além do reconhecimento da vulnerabilidade que o município apresenta quanto ao clima, períodos
chuvosos, localização geográfica e o não empoderamento dos munícipes na responsabilidade perante aos potenciais de criadouros do vetor da dengue
em seus imóveis e espaços públicos.
Gráfico 15. Número de casos notificados de dengue, Maringá, 15ª Regional de Saúde e Estado do Paraná - 2007 a 2012
Estão cadastrados no território de Maringá 214.699 imóveis, segundo dados do Sistema de Informação do Programa Nacional do Controle da
Dengue (SISPNCD). A média de imóveis visitados para as ações de controle da dengue nos 4 ciclos de visitas anuais, no período de 2013 a 2016, foi, em
média, entre 75 a 76%, conforme pactuado no SISPACTO.
O Levantamento de Índice de Infestação Predial (LIRA) é feito por meio de pesquisa larvária, para conhecer o índice de infestação, dispersão e
densidade por Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus nas localidades.
O quadro acima demonstra o comportamento dos LIRA realizados no período de 2005 a 2017 no Município. Observa-se que ao longo dos anos os
mesmos alternam-se entre baixo risco (0- 0,9%), médio risco (1-3,9%) e alto risco (índice > de 4%), no período avaliado verifica-se que apenas o 1º LIRA
de 2010 apresentou índice de alto risco, embora o 1º LIRA de 2017 apresentou o índice de 3,0% considerado ainda de médio risco.
Quanto aos tipos de criadouros verificados entre os anos de 2005 a 2007, predominaram os vasos de plantas encontrados nas residências, após
2008 até 2017 os criadouros predominantes são os resíduos sólidos intradomiciliares como: latas, garrafas, pets, lonas, sacos plásticos, dentre outros,
encontrados nos quintais, terrenos baldios e vias públicas do perímetro urbano do município. Este perfil dos índices prediais apresentados aponta a
necessidade da Gestão Pública de forma intersetorial implementar e ampliar a coleta seletiva de resíduos no município de forma equânime e resolutiva
em todo o perímetro urbano, realizar ações educativas junto à comunidade, objetivando o empoderamento e responsabilidade pelo cuidado ao próprio
imóvel, entre outros.
Diante deste cenário, várias estratégias de intervenções vêm sendo realizadas de forma intersetorial, para redução do índice predial pela Gestão
de Saúde de forma integrada com outras Secretarias e setores afins.
Em outubro de 2007 foi composto o Comitê de Mobilização e Controle da Dengue, envolvendo representações das várias Secretarias Municipais
(Saúde, Educação, Serviços Públicos, Meio Ambiente), Copel, Sanepar, Mitra Arquidiocesana, Ordem dos Pastores, AEAM - Associação dos Engenheiros e
Arquitetos de Maringá, SECOVI, ACIM, SINDUSCON, APRAS, Defesa Civil, Tiro de Guerra, Rotary, Zacarias Veículos, SINEPE, Núcleo Regional de Educação,
SESC, UEM, 15ª Regional de Saúde e Conselho Municipal de Saúde, com reuniões de periodicidade mensal até em 2016. No ano de 2017 as reuniões do
comitê foram descentralizadas, ficando cada instituição responsável para realizar em sede própria a reunião do mês vigente.
O município conta com o Serviço de Ouvidoria, onde todas as reclamações são registradas e repassadas à Vigilância Ambiental para atendimento.
No ano de 2015 foi implantado o canal “DISQUE-SAÙDE”. O atendimento é realizado pelo número 160 das 8 às 18 horas, objetivando a participação da
comunidade no processo de educação em saúde. Foi implantado na página principal da Prefeitura Municipal de Maringá um link informativo sobre as
ações realizadas bem como a apresentação da estatística da doença.
Para facilitar o contato da equipe das UBS / serviços de saúde do município e serviços privados, com as atividades de campo que envolvem os
agentes ambientais para uma rápida ação de bloqueio, instituiu-se o e-mail: [email protected], no qual os serviços encaminham uma
planilha diária preenchida (com os casos atendidos de suspeita de dengue) para o Programa Municipal de Controle da Dengue que ( recebe o e-mail) se
encarrega de avisar o supervisor da área para uma ação imediata no local.
Hepatites virais
As hepatites virais têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas de médio
e longo prazo quando da cronificação. De acordo com a orientação do NOAS-SUS 01/2002 o planejamento da Rede de assistência às hepatites virais deve
ser feito de modo integrado envolvendo os três níveis de assistência: atenção básica, média complexidade e alta complexidade, garantindo o acesso do
paciente aos recursos necessários para resolução de seu problema.
Buscando garantir a integralidade da assistência aos pacientes portadores das hepatites virais, foi implantado em 2015 no ambulatório municipal
de IST/HIV/AIDS o serviço de atenção ambulatorial de média complexidade para tratamento destas hepatites, que até então funcionava no CISAMUSEP. A
partir desta data, com a introdução de novas terapias para o tratamento da hepatite C anexadas neste serviço, foi criado o STA – Serviço de Tratamento
Assistido e o Polo de Aplicação para portadores da Hepatite B e C receberem uma assistência ambulatorial mais completa. Agora os pacientes fazem seu
acompanhamento médico, são orientados com relação aos exames, tem sua medicação dispensada e o seu acompanhamento até a alta. O Ambulatório
de Hepatites Virais é referência para atendimento dos usuários de Maringá e demais municípios da 15ª Regional de Saúde.
Maringá está entre as cidades que mais tratam os pacientes diagnosticados com hepatites. No Estado do Paraná está em segundo lugar em
tratamento de hepatite C, isto se dá devido ao diagnóstico precoce e vigilância dos casos investigados em conjunto com a Vigilância Epidemiológica,
Centro de Testagem e Aconselhamento e Bancos de Sangue públicos e privados. Em 2016 foram tratados com novos antivirais 133 pacientes, com índice
de cura de 97,6%, chamado RVS (resposta viral sustentada). Estão em acompanhamento 630 pacientes com diagnóstico de Hepatite B e em tratamento
138, já que não há cura mas controle do VHB.
No período entre 2013 a 2016, foram notificados com maior frequência em Maringá, casos de hepatites virais B e C. Os casos estão demonstrados
na Tabela 1.
Tabela 2. Pacientes coinfectados HIV/Hepatite, acompanhados no Serviço de Assistência Especializada (SAE), Maringá – 2013 a 2016
O Fibroscan, método não invasivo, rápido, indolor, similar a um aparelho de ultra-sonografia e que substitui a biópsia hepática, avaliando o grau
de acometimento do órgão, está sendo utilizado em pacientes portadores das hepatites do tipo B e C na Policlínica Zona Sul. Esta foi uma ação em
parceria com a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SHB) e Ministério da Saúde. As vantagens da realização deste exame para o os pacientes é evitar
possíveis riscos e complicações de um procedimento invasivo e com a facilidade de conhecer seu resultado em até dez minutos.
No período de 2015 a 2017, o Ambulatório de Hepatites Virais realizou exames de Fibroscan para pacientes residentes em Maringá e dos
municípios da 15º Regional de Saúde. Foram realizados 185 exames em 2015, 84 em 2016 e 67 em 2017. Esta campanha objetivou o aumento do
diagnóstico e acesso dos pacientes aos novos tratamentos com a nova geração de medicamentos. Ressalta-se que este exame, por não estar incluso
como procedimento do protocolo de atendimento preconizado pelo Sistema Único de Saúde, não gerou custo para o município.
Tuberculose
O Brasil está entre os 22 países, priorizados pela Organização Mundial de Saúde – OMS que concentram 80% da carga mundial da Tuberculose. Em
2009, apresentou incidência de 38 / 100.000 habitantes. O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Controle da Tuberculose – PNCT, ainda
encontra dificuldade em alcançar a meta estabelecida pela OMS para o indicador de cura de 85%.
O problema dos abandonos sucessivos e/ou recusas reiteradas em submeter-se aos tratamentos preconizados podem levar ao desenvolvimento
de bacilos extensivamente resistentes. A associação com o uso de drogas ilícitas e alcoolismo muitas vezes está presente. Assim, nos últimos anos
observa-se o aumento de casos de Tuberculose Multirresistente – MDR no Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, 2015.
O Programa Nacional de Controle da Tuberculose definiu que 181 municípios brasileiros se enquadram como prioritários para intensificação das
ações de controle da doença, sendo que a região sudeste concentra o maior número de municípios prioritários, seguida das regiões nordeste e sul. A
região sul apresentou, em 2014, o maior percentual de coinfecção Tuberculose - HIV, sendo que a capital do Paraná, Curitiba, foi a segunda capital dos
estados desta região com maior percentual da coinfecção pela doença. (BRASIL, 2014).
A incidência de casos de Tuberculose no Município de Maringá diminuiu nos últimos quatro anos, passando de 23,1% por 100 mil/habitantes em
2013 para 18,5% em 2016. (SMS, 2017).
No Quadro 3, observa-se uma taxa de cura em torno de 86,7% nos últimos quatro anos, ficando dentro do preconizado pela OMS. A taxa de
abandono de tratamento manteve-se em torno de 7,5%, sendo o esperado abaixo de 5%. A situação pode ser atribuída à baixa adesão do TDO dos
usuários de álcool e drogas, dificultando o acompanhamento. Por isso a necessidade do trabalho articulado da Rede de Saúde - Atenção Básica /
Estratégia Saúde da Família; Assistência Social; Saúde Mental; Hospitais de Referência; Casas de Apoio; Ministério Público/ Promotoria Pública; Poder
Judiciário junto com as Secretaria Estaduais de justiça e de Segurança Pública.
Quadro 3. Taxa de Cura, abandono e óbito dos casos de Tuberculose notificados, Maringá – 2013 a 2016
EVOLUÇÃO
Quadro 4. Taxa de cura dos casos novos de Hanseníase notificados no município de Maringá, nos anos da coorte
Ano de Diagnóstico Nº de casos Taxa de cura (%) Nº de casos Taxa de abandono Total
novos (%)
2013 14 100,00 - - 14
2015 10 100,00 - - 10
2016 14 100,00 - - 14
No tocante à tuberculose e hanseníase o município manteve o monitoramento sistematizado do TDO (Tratamento Domiciliar Observado) na
atenção básica, bem como das ações da assistência e prevenção da rede pública e privada.
Diante da necessidade de reorganizar a linha de cuidado para hanseníase e tuberculose, que ainda apresentavam pontos de estrangulamento, foi
implantado em fevereiro de 2015 o Ambulatório de Referência para Tratamento Especializado da Tuberculose pelo CISAMUSEP e transferido a partir de
março de 2017 para o ambulatório municipal IST/HIV/AIDS. Da mesma forma, implantou-se em fevereiro de 2015 no CISAMUSEP o Ambulatório de
Referência para Tratamento Especializado de Hanseníase e leishmaniose. Os dois ambulatórios são referência para atendimento dos municípios da 15ª
Regional de Saúde. Foram também estabelecidas as referências hospitalares para atendimento destas doenças.
Leishimaniose
O município de Maringá, apresenta uma alta prevalência da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) devido a própria característica ecológica da
cidade, onde o meio urbano apresenta arborização exuberante com manutenção de fragmentos florestais remanescentes de Mata Atlântica, sendo estes
ambientes propícios para manutenção da fauna silvestre, atuando como possíveis focos naturais do LTA. (TEODORO, 2003)
Na análise do comportamento da LTA realizada nos anos de 2013 à 2016 na cidade de Maringá- Pr observou-se seis casos no ano de 2013 e uma
elevação do número de casos nos anos subsequentes em 2014 e 2015, conforme ilustrado no Quadro 5, com 29 casos em 2014 e trinta e cinco 35 casos
em 2015. Com intensificação das ações de vigilância no município, observou-se melhora das notificações através de medidas eficazes de controle da
doença, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Nº % Nº % Nº % N %
No Quadro 6, no município de Maringá nos anos de 2013 a 2016, 63 casos notificados são importados, correspondendo a 63% e 34 casos
autóctones, correspondendo a 34%. O número elevado de casos importados em área urbana é devido ao deslocamento para atividades de lazer em áreas
rurais, próximo de matas, margens de rios (principalmente pesca). Apesar de alteração do ambiente mantêm o ciclo enzoótico da Leishimaniose.
Quadro 6. Casos de Leishimaniose, segundo local provável de infecção, Maringá – 2013 a 2016
Casos Total
Anos Autóctones Importados Ignorados
2013 01 03 02 06
2014 11 19 0 30
2015 09 28 01 38
2016 13 13 0 26
Total 34 63 03 100
Quadro 7. Casos de leishimaniose, segundo sexo e faixa etária, Maringá – 2013 a 2016
M F M F M F M F
2013 0 0 0 0 5 0 1 0 06
2014 1 1 4 0 17 2 5 0 30
2015 1 2 5 1 14 3 10 2 38
2016 0 2 5 3 10 2 4 0 26
Total 2 5 14 4 46 7 20 2 100
Analisando o quadro 8, observa-se que no município de Maringá, do total de casos notificados, 90 apresentaram evolução clínica satisfatória, com
alta por cura pela regressão de todos os sinais de lesão. E os óbitos ocorridos por outras causas, foram por Diabetes Mellitus, Infarto Agudo do Miocárdio
e Pneumonia.
2014 30 0 0 0 0 30
2015 32 1 5 0 0 38
2016 22 0 0 1 3 26
Total 90 1 5* 1 3 100
Atualmente com mais de 2600 pacientes em tratamento no Serviço de Assistência Especializada (SAE) do IST/HIV/Aids, 60,1% dos atendimentos
realizados nos últimos quatro anos são usuários procedentes de Maringá; 36,3% da 15ª Regional de Saúde e 3,6% de outras regionais, conforme tabela 3.
Conforme tabela 4 observa-se que a partir de 2013 a contaminação pelo vírus HIV em pacientes na faixa etária entre 20 a 34 anos vem
aumentando, seguida pelos pacientes entre 35 a 49 anos, correspondendo a 48,4% e 24,3% respectivamente.
Tabela 4. Acompanhamento dos pacientes no SAE do município, com diagnóstico de HIV/Aids conforme faixa etária, Maringá – 2013 a 2016
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2013 a 2016 o município de Maringá apresentou 363
casos de Aids, com maior prevalência no sexo masculino, 79,3% dos casos, bem acima do número de casos do sexo feminino que ficou em torno de
20,7%. Ao relacionarmos o gênero nos casos novos, percebemos que a epidemia voltou a crescer nos homens, uma vez que em 2011 tínhamos 1,36
homens contaminados para cada mulher, em 2015 tivemos 2,7 homens para cada mulher. Além disso, nos homens a categoria heterossexual vem
apresentando 49,76% dos casos novos seguida pela homossexual com 45,02%. Porém, se observarmos que em 2013 a porcentagem dos casos novos em
homossexuais era de 13% e que em 2015 passou para 44% percebemos a vulnerabilidade da classe homossexual na contaminação pelo vírus HIV.
Tabela 5. Distribuição da frequência dos casos de Aids por ano de notificação, Maringá – 2013 a 2016
A taxa de incidência da doença para os casos novos tem se mantido estável em torno, 14/100. 000 na população geral, porém não atingindo ainda
o objetivo que é reduzir para menos de 12/100. 000.
A taxa de óbitos ficou reduzida nos últimos anos em função da melhora da qualidade do tratamento e eficácia dos medicamentos, os que ainda
ocorrem são em geral associados ao diagnóstico tardio, quando não há mais muito que fazer em função do volume de comprometimentos e gravidade
dos casos.
2013 23 8 31
2014 24 9 33
2015 29 2 31
2016 25 14 39
TOTAL 101 33 134
SÍFILIS
Sífilis é uma doença infecciosa sistêmica de evolução crônica causada pelo Treponema Pallidum, com via de transmissão sexual, vertical ou
sanguínea. Sua detecção é simples, basta apenas à coleta de exame através do teste rápido (não treponêmico) e laboratorial (treponêmico), disponível
em todas as UBS do município de Maringá.
A vigilância da sífilis adquirida tem como objetivo identificar os casos para subsidiar as ações de prevenção e controle, monitorar o estadiamento
e desencadear a investigação das fontes de infecção comuns. Conforme dados da Secretaria de Saúde do Paraná, a sífilis no estado apresentava em 2010
taxa de 0,82/100.000 habitantes e em 2015 subiu para 42,7/100.000 habitantes, sendo o aumento dos casos observados também em Maringá.
A notificação epidemiológica da sífilis é obrigatória, embora o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) até recentemente, só
disponibilizava a ficha de notificação específica para sífilis congênita e de gestante. A ficha da sífilis adquirida foi disponibilizada aos municípios em abril
de 2017, não havendo ainda banco de dados para análise deste agravo no município. Atualmente as informações desta sífilis estão sendo inseridas no
SINAN como sífilis não especificada, contendo apenas os dados gerais do paciente e encerramento dos casos. A ficha da sífilis adquirida foi inserida no
site da Prefeitura Municipal de Maringá, disponibilizando seu acesso a todos os serviços.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de casos notificados de sífilis em gestantes cresceu 20,7% entre 2014 e 2015. Já no estado
do Paraná em 2010 o número de casos em gestante era de 3,7/100.000 habitantes, aumentando em 2015 para 11,2/100.000 hababitantes. Os casos de
sífilis congênita, quando a infecção é transmitida da mãe para o bebê, apresentou no estado um aumento de 2,4/100.000 habitantes em 2010 para
6,5/100.000 habitantes em 2015.
Em Maringá de 2014 a 2016 foram notificados 96 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade. Um crescimento de 685,7%
comparado aos quatro anos anteriores onde foram notificados 14 casos. Alguns fatores que podem explicar o aumento dos casos estão a redução no uso
de preservativos (o contágio ocorre por meio da relação sexual desprotegida) e o atraso para início do pré-natal. O Ministério da Saúde cita a ampliação
do diagnóstico e a melhoria na vigilância, o que permite que mais casos possam ser identificados. O fato é que, diante destes dados a situação se agrava
colocando em risco os bebês que podem nascer com malformações e lesões de pele, refletindo na qualidade do pré-natal, já que pode ter diagnóstico,
tratamento e acompanhamento em tempo oportuno (pré-natal e parto).
Devido ao aumento do número de casos da doença no município, está sendo programada capacitação para as UBS e HMM, objetivando
sensibilizar os profissionais da área da saúde e aumentar a detecção precoce, para tratamento oportuno da doença.
1.3.1.1 Materno-infantil
A assistência pré-natal é um importante componente da atenção à saúde das mulheres no período gravídico-puerperal. Ela influencia diretamente
os coeficientes de morbimortalidade materna e infantil e possui um alto potencial indicativo da qualidade dos serviços de saúde (VIELLAS, 2014). O
controle pré-natal deve ter início precoce, ter cobertura universal, ser realizado de forma periódica e estar integrado com as demais ações preventivas e
curativas. Além disso, deve ser observado um número mínimo de seis consultas, pois o sucesso do pré-natal depende, em grande parte, do momento em
que ele se inicia e do número de consultas realizadas (BRITO et al., 2008).
Em Maringá a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal está demonstrada no gráfico abaixo. Esse indicador
mede a cobertura do atendimento pré-natal de gestantes, identificando situações de desigualdades e tendências que demandam ações e estudos
específicos. Também contribui para a análise das condições de acesso da assistência pré-natal e qualidade em associação com outros indicadores, tais
como taxa de mortalidade materna e infantil, incidência de sífilis congênita, entre outros. Para esta análise foram coletados dados do SINASC foi calculada
a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal dos anos de 2000 a 2016.
Gráfico 16. Proporção de nascidos vivos por número de consultas de pré-natal por ano, Maringá 2000-2016
Quadro 9 - Proporção de nascidos vivos por número de consultas pré-natal por ano, Maringá -2000 a 2016
nenhuma 1 - 3 Cons. 4 - 6 Cons. 7 ou mais
2000 0,64% 3,23% 22,49% 72,90%
Observa-se no Quadro 9 e Gráfico 16, que a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal aumentou de 72,90%
no ano de 2000 para 83,93% no ano de 2016. Inicialmente houve um aumento progressivo do ano 2000 até o ano de 2004, de 72,90% para 83,18%,
aumento esse que coincide com a implantação do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN). Esse programa foi lançado pelo
Ministério da Saúde em 01 de junho de 2000, através da Portaria nº 569 GM/MS e institui a adoção, pelos municípios, de um protocolo mínimo de ações
que garanta uma assistência de qualidade às gestantes e recém-nascidos, com a finalidade de modificar a realidade brasileira a respeito da elevada taxa
de mortalidade materno-infantil (MAIA, 2014). No entanto, após 2004 houve uma queda dessa proporção para 79,40% em 2009. Talvez isso ilustre o que
foi constatado por vários estudos - que esse protocolo mínimo de ações instituído PHPN não estava sendo executado de maneira satisfatória para a
grande maioria das gestantes, em diversos lugares do Brasil (DOMINGUES et. al). Diante disso, desde 2011 o governo federal tem trabalhado para
implementar a Rede Cegonha como forma de complementar o PHPN com os objetivos fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à
saúde da mulher e da criança, desde o parto até 24 meses, organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil, para que esta garanta acesso,
acolhimento e resolutividade e reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal (MARTINELLI, 2014).
A Partir de 2013 com a implantação do Programa Mãe Maringaense, foi revisado o Protocolo de Assistência ao Pré-natal, Parto e Puerpério,
implantada a classificação de risco da gestante e da criança, investido em capacitações (programa de reorganização da Atenção Primária do SUS no
Paraná – APSUS), discussões com a rede básica no Programa para Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) e reprogramadas ações e serviços para
uma cobertura mais adequada. O Resultado da implantação desse novo processo de assistência pode ser identificado na melhoria dos indicadores,
inclusive na proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas, que aumentou de 79,40 % em 2009 para 83,93% em 2016 com pico de
84,99% em 2012.
De acordo com os indicadores do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAP) do Plano Municipal de Saúde de Maringá nos anos 2014-2017, a
linha base para Proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal é de 83,0% e a meta anual é de 83,5%. De acordo com essa
análise, a meta anual foi alcançada em 2014, 2015 e 2016 com as proporções de 84,81%, 84,13% e 83,93% respectivamente. No entanto, apesar da meta
ter sido alcançada, esta mostrou um declínio desde o início da vigência do atual Plano Municipal de Saúde. O motivo desse declínio deve ser identificado
para que possa ser devidamente abordado neste novo plano, garantindo assim uma melhora contínua da assistência pré-natal no município.
Mortalidade Materna
A razão de mortalidade materna (RMM) estima a frequência de óbitos femininos ocorridos até 42 dias após o término da gravidez, atribuídos a
causas ligadas à gravidez, ao parto e ao puerpério, em relação aos nascidos vivos (NV). Em Maringá a taxa de mortalidade materna vem permanecendo,
nos últimos quatro anos abaixo da meta preconizada pelo MS, menor de 25/100.000 NV). Isso reflete a melhoria de acesso à assistência da saúde das
gestantes e ao esforço desta secretaria através dos processos da assistência da Rede Cegonha/ Rede Mãe Paranaense implantados em 2012 em parceria
com o Estado e o Ministério da Saúde.
A Portaria nº 1459 de 24 de junho de 2011 instituiu no âmbito do SUS a Rede Cegonha que organiza-se a partir dos seguintes componentes já
aderidos pelo município de Maringá: Pré-natal, Puerpério, Atenção Integral à Saúde da Criança, Parto e Nascimento. Neste último componente a Santa
Casa de Maringá e Hospital Universitário de Maringá (HUM), estão em fase de renovação de habilitação em Gestação de Alto Risco Tipo II (GAR).
O HUM está solicitando também a habilitação da Casa de Gestantes, Bebês e Puérperas que possibilitam o cuidado integral às gestantes com
complicações na gravidez e aos bebês de risco que precisam de acompanhamento.
Outros avanços também podem ser apontados em relação ao atendimento às gestantes e RN de risco nos ambulatórios de referência. Instituído
em 2014 o teste da mãezinha para as gestantes, que identifica todos os tipos de anemia não ferropriva e implantado em todas as Unidades Básicas de
Saúde o teste rápido para sífilis, HIV e hepatites.
Nos últimos anos tem se observado um aumento expressivo de uso de anticoagulante durante a gravidez no município de Maringá. Visando o uso
racional deste medicamento, em 2015 foi elaborado o Fluxo de Atendimento à Gestante Maringaense de Alto Risco para Trombofilias, buscando diminuir
complicações gestacionais e óbitos fetais e neonatais de causas evitáveis.
Mortalidade Infantil
O planejamento de estratégias é fundamental para implantação de medidas preventivas a fim de se reduzir a mortalidade infantil em menores de
1 ano. Para tanto, são necessárias as informações relacionadas à gestação e o desenvolvimento dos recém-nascidos, da assistência pré-natal e do parto e,
principalmente, sobre as causas mais prevalentes de óbitos e sua evitabilidade. Isto também auxilia o planejamento e a implantação de programas locais
de intervenção.
Visando fortalecer ações capazes de garantir a saúde e melhorar a qualidade de vida das crianças o município de Maringá vem desenvolvendo
ações de orientação para estímulo do aleitamento materno, que promove o fortalecimento do sistema imune da criança frente as viroses respiratórias e
gastrointestinais, e realizando anualmente a Semana de Aleitamento Materno, bem como implantou o transporte sanitário para as gestantes e crianças
de alto risco do Programa Mãe Paranaense e o ambulatório de especialidade médica pediátrica (Unidade Amiga da Criança) em parceria com as
universidades.
O Comitê Municipal de Mortalidade Materno Infantil de Maringá instituído em 2010 continua ativo, promovendo encontros mensais entre os
representantes da vigilância epidemiológica do município, técnicos das UBS, representantes das maternidades vinculadas ao SUS, e da 15ª Regional de
Saúde. O objetivo deste comitê é de fortalecer a rede municipal de vigilância dos óbitos maternos infantis, incentivando a identificação de todos os óbitos
de crianças menores de 1 ano e mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), o conhecimento de suas causas e fatores determinantes.
A Portaria nº 1600, GM/MS de 07 de junho de 2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde a ser
implantada em todo o território nacional, por meio de diretrizes para a organização da rede, com o objetivo de diminuir a morbimortalidade relativa a
todas as urgências, inclusive as relacionadas ao trauma e a violência.
Desta forma, as Regionais de Saúde que compõem a macrorregião noroeste do Paraná (11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª), elaboraram o Projeto de
Implantação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) e expansão da Rede SAMU 192 para os 115 municípios que compõem esta
macrorregião, aprovado pela Comissão Intergestores Bipartite Estadual (Deliberação CIB nº 160 de 31/10/16). A base SAMU-192 Norte Novo estabelecida
em Maringá, foi regionalizada em 26/08/16 envolvendo os 30 municípios da 15ª Regional de Saúde e a AMUSEP/PROAMUSEP, responsáveis pela gestão
financeira).
O Projeto da RUE apresenta o ordenamento do atendimento às urgências e emergências nas 5 regionais por meio do acionamento e intervenção
das Centrais Regionais de Regulação de Urgência.
A sede da Central Regional de Regulação, a cargo do município de Maringá, foi ampliada, reformada e equipada para atender os 30 municípios da 15ª
Regional de Saúde em articulação com as portas de entrada de urgência/emergência.
O SAMU-192 Norte Novo conta com:
Uma Central de Regulação das Urgências;
Duas UTI Móveis – Unidades de Suporte Avançado (USA);
Um Veículo de Intervenção Rápida (VIR) em parceria com a Central de Operações do Corpo de Bombeiros;
Quatro Unidades de Suporte Básico (USB);
Duas Unidades de Transporte Simples funcionando 24 horas por dia;
Uma Base Descentralizada na zona norte da cidade;
Seis USB, distribuídas nas cidades sede: Paiçandu, Sarandi, Mandaguari, Astorga, Nova Esperança e Colorado.
A Secretaria de Saúde do Estado do Paraná implantou em janeiro de 2017 um serviço aeromédico, cuja base está localizada neste município,
sendo referência para atendimento de toda a Macrorregião Noroeste. Foram realizados nos 06 primeiros meses da implantação deste serviço 277
atendimentos.
A assistência à saúde no âmbito do SUS se apóia na organização das ações e serviços estruturados nas áreas de atenção básica, atenção de média e
alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Dentro de uma proposta de qualificação da assistência à saúde, as UPA tem papel fundamental como pontos
estratégicos na rede de urgência e emergência do município, atuando como estruturas de complexidade intermediária entre as UBS e as portas da
urgência hospitalar. A dinâmica do atendimento se baseia em protocolos de classificação de risco, acolhimento e tempo resposta adequado. A Upa Zona
Sul (porte III) e Upa Zona Norte (porte II) são responsáveis por atender os casos agudos e crônicos agudizados, de forma a direcionar o cuidado ao usuário
baseando-se em ferramentas que possibilitem uma regulação articulada com os componentes da RUE com garantia da equidade e da integralidade da
assistência ao usuário. No que diz respeito a ambiência o município vem investindo na adequação da estrutura física das UPA Zona Sul e Zona Norte. Foi
entregue na Upa Zona Sul o elevador de acesso ao HMM, diminuindo consideravelmente o tempo de transferência dos pacientes para este serviço. Em
relação a Upa Zona Norte existe um projeto arquitetônico aprovado a fim de garantir melhorias estruturais com as obras programadas para o início de
2017.
Considerando a necessidade de ampliar, agilizar e qualificar o atendimento aos usuários que necessitam de cuidados prioritários no componente
da atenção hospitalar da RUE, estão sendo pleiteadas as habilitações dos Hospitais Santa Casa de Maringá e Santa Rita nas seguintes linhas de cuidados:
Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) – de acordo com os critérios da Portaria nº 2994, GM/MS de 13/12/11, somente para o
hospital Santa Rita que já possui habilitação na Alta Complexidade Cardiovascular, pleiteando habilitação de 02 leitos de Unidade de Terapia
Intensiva Coronariana (UCO);
Centro de Atendimento aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) – Portaria nº 665 GM/MS de 12/04/12, que preconiza a
disponibilização e utilização de trombolíticos aos pacientes com AVC. Os dois hospitais estão solicitando habilitação, pois são referência no
atendimento da Alta Complexidade de Neurologia/Neurocirurgia;
Centro de Trauma Tipo III – Portaria n º 1366 GM/MS de 08/07/13 que estabelece a organização dos Centros de Trauma em estabelecimentos
hospitalares integrantes da RUE que desempenham papel de referência especializada para atendimento aos pacientes vítimas do trauma. Ambos
hospitais estão pleiteando a habilitação.
A OMS classifica como doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) as doenças cerebrovasculares, cardiovasculares, diabetes mellitus, doenças
respiratórias obstrutivas, asma e neoplasia. O Brasil seguindo a tendência mundial nas últimas décadas tem passado pelos processos de transição
demográfica, epidemiológica e nutricional e consequentemente, tem ocorrido um aumento da incidência, prevalência e mortalidade por estas doenças e
seus fatores de risco. Maringá nos últimos quatro anos, vem apresentando taxa de mortalidade pelo conjunto destas doenças, limítrofe ao preconizado
pelo MS, de 285/100.000. Nesse contexto, torna-se um grande desafio compreender a evolução das tendências das DCNT e, sobretudo, o monitoramento
dos seus fatores de risco e proteção visando subsidiar políticas públicas de prevenção e controle.
O MS juntamente com a SESA estão em processo de reorganização das seguintes RAS:
Linha de Cuidado da Pessoa com Doença Renal Crônica – em processo de reabilitação dos seguintes serviços: Instituto do Rim, Clínica do Rim e
Santa Casa de Maringá;
Linha de Cuidado da Oncologia – Mantida as habilitações dos hospitais Santa Rita e HC de Maringá (Portaria nº 458, GM/MS de 07/03/2017).
Em Maringá foi implantado nas UBS/NASF fluxo de atendimento para pacientes obesos mórbidos e criado grupos para controle de peso. O
Hospital Universitário de Maringá está habilitado para realização de cirurgia bariátrica, sendo referência para atendimento da 15ª e 13ª Regionais de
Saúde (PDR – 2015).
A rede básica do município de Maringá nos últimos quatro anos foi ampliada de 28 para 34 Unidades Básicas de Saúde, sendo realizadas
também neste período, reformas, ampliações e adequações de área física em algumas delas.
Saúde da Família - O modelo de Atenção Primária adotado pela Secretaria de Saúde do município de Maringá é a Estratégia de Saúde da
Família (ESF), onde atualmente as 74 ESF, distribuídas pelas 34 Unidades Básicas de Saúde existentes, têm uma população delimitada sob a sua
responsabilidade, localizada em determinado território geográfico – Considerada a porta de entrada do SUS e eixo central da organização do sistema, as
ESF em Maringá já alcança uma cobertura de 85% da assistência.
A Secretaria Municipal de Saúde vem investindo na continuidade do Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (APSUS) da SESA e no
Programa Para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) do Ministério da Saúde.
Com relação ao APSUS, o município deu continuidade ao processo, com a tutoria da atenção primária, onde tem sido realizada a certificação de
algumas UBS, com Selo Bronze e Prata para as UBS: Céu Azul, Universo, São Silvestre e Piatã.
O APSUS é um programa do Governo do Estado que objetiva qualificar as ações e serviços da atenção primária nos municípios e é composto de
três componentes: Investimento na melhoria da estrutura das Unidades de Saúde; Custeio mensal para as equipes e, ações de Educação Permanente. No
componente de Educação Permanente, foram realizadas nove oficinas do APSUS, no período de 2011 a 2014, além de cursos e capacitações técnicas em
temas específicos.
Em continuidade ao processo de educação permanente no biênio de 2015 a 2016, foi implantado o processo de Tutoria da APS. Esta fase se dá por
adesão dos municípios e suas equipes da APS. Após a adesão, serão preparadas as equipes para aplicação do questionário de avaliação, sendo
posteriormente discutidas com os gestores e as equipes locais, as não conformidades e a elaboração do plano de adequação das mesmas.
Ao final do processo as equipes passarão por avaliação externa para a certificação da equipe. A tutoria está planejada em etapas com objetivo de
apoiar as equipes para que cumpram os atributos e funções da APS, além dos princípios da qualidade. A primeira avaliação tem foco no gerenciamento
dos riscos com vistas à segurança dos cidadãos e das equipes; a segunda, no gerenciamento dos processos para a melhoria do cuidado; e a terceira, no
gerenciamento dos resultados para melhorar os indicadores de saúde da população.
Ao final de cada etapa de avaliação há uma certificação com selo bronze, prata e ouro. Esta certificação além de dar visibilidade ao processo, tem
como objetivo incentivar as equipes e criar um padrão de qualidade da APS no Paraná.
Quanto ao PMAQ-AB, foi instituído pela Portaria nº 1654 GM/MS de 19 de julho de 2011, e foi produto de um importante processo de negociação
e pactuação das três esferas de gestão do SUS. Seu principal objetivo é induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica, com
garantia de um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente, de maneira a permitir maior transparência e efetividade das ações
governamentais direcionadas à atenção básica em saúde. Em Maringá foram incluídas 74 Equipes de Saúde da Família, 28 Equipes de Saúde Bucal e 7
NASF no PMAQ, de acordo com a disponibilização do Ministério da Saúde na data de recontratualização com 96% de meta alcançada.
O município também tem buscado o fortalecimento do Apoio Integrado e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), fortalecendo a política
de humanização com a melhoria dos processos de trabalho. Os NASF representam uma importante conquista da Atenção Primária, pois atuam na
ampliação das ações, da capacidade resolutiva e da qualidade da estratégia Saúde da Família. Maringá conta com um total de nove NASF.
Em 2014 as ESF participaram da IV Mostra Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica/Saúde da Família, em Brasília, com
11 trabalhos, onde dois destes foram premiados.
Na área da saúde da mulher, houve a implantação do SISCAN (Sistema de Informação do Câncer). Várias campanhas foram realizadas em diversas
empresas, shoppings e no comércio sobre prevenção do câncer de colo do útero e mama. Foram realizadas campanhas em todas as UBS para intensificar
a coleta de preventivo, inclusive nos finais de semana, contraturnos e datas comemorativas com cronograma amplamente divulgado na mídia, porém
sem alcançar a meta pactuada. Já a cobertura de exames de mamografia alcançou sua meta.
Foram também realizadas ações relacionadas ao tema gravidez na adolescência nas escolas e nos grupos específicos das UBS.
No que refere à saúde do homem, ampliou-se as ações desenvolvidas nas UBS, com médicos clínicos atendendo nos contraturnos e sábados os
usuários com resultados de PSA alterados. Na Política Nacional de Saúde Integral do Homem, entre os eixos a ser trabalhado, foi elencado o da
Paternidade e Cuidado como estratégico e implantado em todas as UBS o pré-natal masculino. Outras ações como vacinação, testes rápidos (Aids, sífilis e
hepatites) foram viabilizados com atendimento em horários alternativos.
Na atenção à saúde do idoso, foram priorizadas as ações de promoção da saúde, dando continuidade aos grupos programáticos, com foco
principalmente na hipertensão arterial e diabetes.
Atualmente, as quedas constituem um problema de saúde pública, considerando a alta incidência, mortalidade, morbidade e os custos sociais e
econômicos decorrentes delas. Ocorrem freqüentemente nas pessoas de idade avançada, sendo provocada tanto por fatores intrínsecos quanto
extrínsecos e, é uma das principais causas de lesões, incapacidades e mortes neste grupo da população. Diante da necessidade de adoção de medidas
preventivas, as UBS foram adaptadas com pisos antiderrapantes, mobiliários e iluminação adequados, corredores livres de entulhos possibilitando a
mobilização segura do paciente.
A utilização de estratégias de educação dos pacientes e familiares sobre os riscos e danos por quedas e como preveni-las, são ações que ocorrem
na admissão e durante a permanência do paciente na UBS através de intervenções individuais ou em grupos.
Saúde Bucal – Nos últimos anos houve ampliação da assistência para 31 Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família. Neste período
foram desenvolvidas ações de educação em saúde bucal e procedimentos preventivos para adultos e crianças, incluindo palestras sobre higiene bucal,
dieta e prevenção de doenças bucais, teatros, ações coletivas com outras secretarias e eventos promovidos para os munícipes, principalmente pela
equipe de atenção à saúde do escolar, a do bochecho.
Para contemplar os munícipes trabalhadores, foi criado duas Unidades “Amigas do Trabalhador”, localizadas na UBS Quebec e Policlínica
Zona Sul com horário de atendimento das 17:30 às 21:00 horas. O município vem mantendo o atendimento a pacientes portadores de necessidades
especiais, com equipe treinada e equipamento próprio, bem como as Clínicas do Bebê com odontopediatras nas UBS Iguaçu, Quebec, Pinheiros e
Policlínica Zona Sul. Disponibiliza um odontólogo atendendo permanentemente no 4º Batalhão da Polícia Militar de Maringá e em parceria com o Estado,
atende na UBS Industrial os menores infratores em desacordo com a Lei.
O consultório odontológico móvel que atende os alunos das escolas rurais, ampliou o atendimento contemplando outras escolas municipais
como Victor Belotti e Ruy A. Alegretti. A equipe odontológica móvel para atendimento domiciliar dos pacientes portadores de deficiência e/ou dificuldade
de locomoção, vem ampliando a demanda como resultado das visitas freqüentes dos agentes comunitários de saúde.
O município de Maringá possui dentro de sua rede de assistência odontológica três Centros de Especialidades Odontológicas (CEO): Zona
Norte, de gestão municipal, o do CISAMUSEP, de gestão do Consórcio e o da Universidade Estadual de Maringá (UEM) de gestão estadual que em 2013
tiveram suas equipes cadastradas no PMAQ e em 2014 iniciou atividade especializada de implante dentário.
Em 2017 foi implantada agenda aberta para atendimento odontológico nas UBS facilitando o acesso da população.
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde - CIF, adotada como o modelo conceitual pela OMS, define a incapacidade
como um termo amplo para deficiências, limitações às atividades e restrições aos aspectos negativos da interação entre indivíduos com determinadas
condições de saúde e fatores pessoais e ambientais (IPEA, 2014). Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de
deficiência, próximo de 15% da população mundial (SÃO PAULO, 2010) dentre os quais cerca de 200 milhões experimentam dificuldades funcionais
consideráveis.
Os dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no censo demográfico de 2010, considerando a população residente
no país mostra que 45.606.048 de brasileiros, 23,9% da população total, têm algum tipo de deficiência . Para as pessoas com pelo menos uma das
deficiências, a população feminina superou a masculina em 5,3 pontos percentuais, o correspondente a 19.805.367 (21,2%) de homens e
25.800.681(26,5%) de mulheres.
No estado do Paraná segundo censo do IBGE de 2010, 21,86% da população, cerca de 2.280.548 pessoas têm pelo menos uma das deficiências
investigadas, 55,71% são do sexo feminino e 44,29% do sexo masculino. Desse total de pessoas com deficiência, 666.219 possuem alguma deficiência
severa.
Considerando a necessidade de iniciar as ações de prevenção precoce de incapacidades, promoção, reabilitação e de vigilância em saúde e
considerando a necessidade de que o SUS ofereça uma rede de serviços de reabilitação integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos de atenção
para atender às pessoas com demandas decorrentes de deficiência temporária ou permanente, progressiva, regressiva ou estável, intermitente e
contínua, o Ministério da Saúde através da Portaria nº 793, de 24 de abril de 2012 instituiu a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do
Sistema Único de Saúde, deste modo a Secretaria de Saúde de Maringá vem buscando medidas para melhorar a prevenção e identificação precoce, bem
como implementar os serviços de atenção aos deficientes. Neste empenho, juntamente com a 15ª Regional de Saúde, o município está em fase de
elaboração do Plano Regional da Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência.
Segundo a Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016 (art. 2º) a Atenção Domiciliar (AD) é a modalidade de atenção à saúde integrada as RAS,
caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, cuidados paliativos e promoção à saúde, prestadas em
domicílio e garantindo continuidade de cuidados.
A Secretaria de Saúde de Maringá em parceria com as universidades pretende implantar a atenção desenvolvida pelo Serviço de Atenção
Domiciliar (SAD). Trata-se de um serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou
complementar à internação hospitalar. É operacionalizado pelas Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMADS), compostas por profissionais
médicos, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, fisioterapeuta/e ou assistente social e pela Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP) constituída de no
mínimo de três profissionais de nível superior, escolhido entre as ocupações: assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo,
psicólogo, farmacêutico ou terapeuta ocupacional. Este atendimento compreende ações de saúde que têm como características comuns as intervenções
terapêuticas realizadas no interior do domicílio, para usuários com necessidades de cuidados de intensidades intermediárias entre hospital e Unidade
Básica de Saúde.
O atendimento será realizado por área de abrangência (território), com co-responsabilidade da família e/ou cuidador, através de um plano
terapêutico compartilhado com a equipe, avaliando a especificidade de cada caso, a periodicidade das visitas multiprofissionais e a pactuação com as ESF
para referência e contra-referência e hospitalização se necessário.
Figura 2. Mapa de Maringá, com a localização das Unidades Básicas de Saúde e Rede de Atenção Psicossocial, Maringá - 2017
1.3.3- Atenção Especializada
A garantia de acesso da população a serviços de qualidade com equidade, e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde,
mediante aprimoramento da política de atenção especializada continua sendo um grande desafio para o município. Nesse sentido a Secretaria de Saúde
vem trabalhando para ampliar o acesso à esta atenção com a implantação de novos serviços, garantindo a integralidade do cuidado, coordenado pela
atenção primária, através tanto da oferta de consultas especializadas, exames complementares e procedimentos ambulatoriais.
Nos últimos anos com a ampliação na contratualização de novos serviços de imagem, houve um aumento considerável da oferta de exames
especializados de: tomografia computadorizada e ressonância magnética disponibilizados para a rede básica e especializada, pondo fim às longas filas de
espera. Esses exames estão sendo autorizados para realização dentro do mesmo mês da solicitação. Ampliou também atendimento em fonoaudiologia e
fisioterapia, este último com profissionais concursados atuando nas UBS do Iguaçu, Quebec, Tuiuti e Zona 07.
Foram necessários dois anos de esforços para estruturar um serviço de referência para aplicação do medicamento Toxina Botulínica para usuários
de Maringá, com indicação para tratamento das distonias faciais e espasticidade, de acordo com as Portarias nº 376 GM/MS e nº 377 de 10/11/09. Em
2016 a Santa Casa de Maringá manifestou interesse e passou a ser o serviço referencial para este atendimento, que desde janeiro de 2017 está em pleno
andamento.
Nos últimos quatro anos, para atender uma demanda sempre crescente, houve aumento significativo na oferta de consultas especializadas.
Somente no primeiro semestre de 2017 foram realizados agendamento de mais de 36.000 consultas especializadas, com a realização dos “mutirões”, que
fazem parte da implantação de ações de otimização da Gerência de Regulação de Consultas, Cirurgias e Exames Especializados, reduzindo as chamadas
“filas de espera”. Foram ampliadas as ofertas de consultas especializadas, zerando as seguintes filas: gastroenterologia, otorrinolaringologia,
dermatologia, endocrinologia, pneumologia, pneumologia pediátrica, neurologia pediátrica e nefrologia. As filas únicas de agendamento, com
classificação de prioridades, foram todas incluídas no Gestor Saúde, programa este que vem sendo compartilhado por vários municípios do Brasil, pois
traz um diferencial para controle e emissão de relatórios das filas existentes.
Foi criado um plano de ação diferenciado para a regulação, objetivando otimizar a oferta de serviços, com horários noturnos de agendamento,
horários de agendamento nos sábados e domingos e descentralização dos locais de atendimento das consultas especializadas, inclusive com a
disponibilização de salas do Hospital Municipal de Maringá. As 34 UBS foram divididas em seis regionais, Tuiuti, Zona 07, Iguaçu, Zona Sul, Quebec e
Pinheiros e terão permanentemente as seguintes especialidades de agendamento: urologia, dermatologia, cardiologia, endocrinologia, reumatologia,
pneumologia vascular, ortopedia e neurologia. Já na oftalmologia, houve um aumento significativo da oferta de consultas e utilização dos aparelhos
oftalmológicos instalados na Policlínica Zona Sul, inclusive nos finais de semana e agenda constante em seis clínicas oftalmológicas, que oferecem além
do atendimento dentro da agenda diária, oferta também nos finais de semana.
Com a ativação do centro cirúrgico e leitos cirúrgicos do HMM e contratualização com os hospitais: Memorial, Santa Rita, Santa Casa, Hospital
Universitário de Maringá e Metropolitano de Sarandi, foi ampliada a oferta de cirurgias de baixa e média complexidade, como: laqueaduras,
histerectomia, endometriose, vasectomias, incontinência urinária, hemorróida, varizes, vesícula, hernia, lipoma, adenoamigdalectomia, septoplastia,
ortopedia entre outras. Com esta ampliação, foram realizadas 3.503 cirurgias eletivas, zerando as filas para as seguintes cirurgias: cataratas,
histerectomia, bartolinite, cisto de ovário, laqueadura, fístula e fissura anal, hernia inguinal, lipoma e bariátrica.
Foi cedida área para implantação e já está em fase de construção o Centro Macrorregional de Especialidade do Governo do Estado do Paraná, no
qual serão implantadas as referências de especialidades de suporte as RAS, referência para cinco Regionais de Saúde (11ª, 12ª, 13ª, 14ª e 15ª RS).
Com uma estrutura de aproximadamente 11.400 metros quadrados e ainda em fase de reforma/ampliação, o HMM conta com 320 profissionais
em seu quadro funcional para atendimento de procedimentos ambulatoriais e hospitalares. É referência de atendimento para as UPA de Maringá e porta
aberta apenas para emergência psiquiátrica os munícipes de Maringá e Mandaguaçu. O corpo clínico nos últimos quatro anos teve ampliação de
profissionais especialistas, contando hoje com as seguintes especialidades: clínica médica, pediatria, cardiologia, neurologia, anestesiologia,
otorrinolaringologia, urologia, cirurgia geral, dermatologia, pneumologia, vascular, infectologia, ginecologia e cirurgia torácica. Houve um grande avanço
em 2017 com a implantação do serviço 24 horas para atendimento de urgência de clínica geral e ginecologia. O ano de 2017 também foi pontuado com a
ampliação da taxa de ocupação de leitos em 30%, aumento das cirurgias eletivas e transferência do Ambulatório de Feridas e Ostomia para o hospital
com especialidades atuante de infectologia e vascular. Como retaguarda para a RUE e às demais Redes Temáticas de Atenção à Saúde no âmbito do SUS,
o hospital está pleiteando habilitação de leitos de cuidados prolongados, conforme critérios da Portaria nº 2809 de 07/12/12. Em 2016 o hospital teve os
seus 10 leitos de UTI habilitados pelo Ministério da Saúde como UTI Tipo II e também foi habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade
em Terapia Nutricional Enteral e Parenteral. Para manter alguns serviços atuantes, foram estruturadas a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar,
Comissão de Revisão de Prontuários, Comissão de Óbitos e de Mortalidade Materna/Infantil e a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos.
1.3.4 Atenção Hospitalar
A Macrorregião Noroeste conta com 95 hospitais, sendo que 47 (49,5%) são hospitais públicos. O número total de leitos é de 4.348 dos quais, 3243
(74,6%) são destinados ao SUS. Considerando que 75,5% da população é SUS dependente, conforme orientação do Manual Instrutivo da RUE e segundo a
Portaria 1101/2002, seriam necessários 4.180 leitos SUS para toda a Macrorregião, apresentando um déficit de cerca de 937 leitos, mais da metade
destes na 15ª Regional de Saúde. Entretanto esse déficit deve ser maior ao levar em conta que, dos 95 hospitais existentes, apenas (9,5%) apresentam
acima de 100 leitos, o que indica que na região a maioria dos hospitais não apresenta economia de escala e são poucos resolutivos, o que acarreta uma
grande demanda de pacientes de média e alta complexidade para os hospitais de Maringá.
Quadro 10. Instituições hospitalares, segundo o número de leitos existentes e leitos SUS, Maringá - 2016
Nos últimos quatro anos o número de leitos SUS em Maringá passou de 796 para 831 em 2016 (Quadro 10). Um crescimento pouco significativo
(4,2%), considerando que o município permanece como referência para a Macrorregião Noroeste nos serviços de alta complexidade de
Neurocirurgia/neurologia, Traumato-ortopedia, Oncologia, Terapia Renal Substitutiva e Cardiovascular, estes dois últimos somente para 15ª RS. Pelos
parâmetros da Portaria nº 1101/MS de 2002 - para atendimento da população residente e referenciada pelo SUS são necessários 1.100 leitos. Lembrando
também que desse total de leitos 240 são leitos psiquiátricos, restando apenas 591 leitos clínicos e cirúrgicos.
Neste sentido a Secretaria de Saúde nos últimos quatro anos investiu na capacitação dos profissionais envolvidos na assistência farmacêutica e na
educação da população, promovendo grupos e campanhas educativas sobre uso racional de medicamentos e sua destinação correta quando vencido,
com apoio dos profissionais farmacêuticos dos NASF.
Consolidou em conjunto com a Comissão da Farmácia e Terapêutica, uma equipe multidisciplinar constituída em portaria, a elaboração e
publicação da Relação Municipal de Medicamentos – REMUME, com o propósito de ofertar um elenco terapêutico selecionado segundo critérios de
relevância em saúde pública. A fim de nortear as decisões da Comissão Permanente de Análise e Liberação de Medicamentos Especiais - COPALMES, foi
elaborado em 2017 o Protocolo de Solicitação de Medicamentos Não Padronizados, que dispõe acerca dos critérios para solicitação de medicamentos
não padronizados no município, levando em consideração as recomendações da 14ª Promotoria de Justiça e os Protocolos Clínicos e Diretrizes
Terapêuticas do Ministério da Saúde.
Em 2013, o município inaugurou a farmácia 24 horas da Zona Norte, a única farmácia pública do Estado do Paraná a oferecer assistência
farmacêutica 24 horas, preparada para atender as necessidades da população que busca auxílio médico nas UPA nos horários noturnos e finais de
semana. Em 2017 inaugurou a segunda farmácia 24 horas do município, localizada na zona sul da cidade, ampliando o acesso aos medicamentos e a
comodidade dos usuários que utilizam a UPA Zona Sul e Hospital Municipal nos períodos descobertos pelas UBS. As duas farmácias dispensam
medicamentos constantes no REMUME, inclusive psicotrópicos, medicamentos do protocolo da dor crônica, talidomida, medicamentos não
padronizados, aprovados pela COPALMES e medicamentos provenientes de ações judiciais.
A administração vem trabalhando para ampliar a acessibilidade aos medicamentos psicotrópicos nas UBS, as quais já possuem profissional
farmacêutico, visando implementar ações e serviços que venham de acordo com as necessidades da sociedade, principalmente no que diz respeito a
assistência farmacêutica de qualidade. Atualmente conta com oito pontos de distribuição de medicamentos psicotrópicos e um elenco de 39 itens
padronizado para tratamento de saúde mental na atenção básica.
O projeto farmácia móvel, no qual um veículo irá percorrer as UBS que não possuem a dispensação de psicotrópicos, está em processo de
avaliação e irá facilitar o acesso aos medicamentos por parte da população, principalmente dos distritos de Iguatemi e Floriano, que atualmente precisam
se deslocar à Maringá para realizar a retirada do medicamento.
Está também em processo de avaliação a implementação de consultórios farmacêuticos nas UBS, espaço que visa proporcionar cuidado aos
pacientes, familiares e comunidade, de forma a promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o propósito de alcançar
resultados definidos que melhorem a adesão ao tratamento e qualidade de vida do paciente.
A farmácia de manipulação, outro eixo presente na Assistência Farmacêutica do Município, ampliou o elenco de itens farmacêuticos,
totalizando 15 medicamentos fitoterápicos, sendo 4 industrializados e 11 fitoterápicos manipulados. As ações do Programa Hora do Chá foram retomadas
em todas as UBS do município incluindo revisão e publicação da Cartilha da Hora do Chá. Nos últimos anos, também foram implantados canteiros de
plantas medicinais nas hortas comunitárias do município de Maringá, com intuito de socializar e disseminar os conhecimentos acerca da utilização correta
das plantas medicinais.
Dando continuidade ao seu compromisso de ampliar o acesso à Assistência Farmacêutica, foram implantados protocolos de medicamentos
manipulados para tratamento da psoríase e dermatites. Adicionalmente, o município está viabilizando a abertura de um Centro de Referência de Práticas
Integrativas, analisando a possibilidade de incluir a homeopatia na rede municipal de saúde, contribuindo para a concretização da integralidade das ações
em saúde.
Em Junho de 2017 foi concluído a construção da Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF), com estrutura física adequada às
necessidades e fluxos inerentes a este serviço, com áreas condizentes para o perfeito recebimento, armazenamento e expedição de medicamentos e
insumos de acordo com as legislações sanitárias pertinentes. Os medicamentos imunobiologicos (insulinas e imunoglobulinas) apresentam distribuição
descentralizada no município e, tiveram também o armazenamento otimizado, com a aquisição de equipamento com controle automático de
temperatura, em conformidade com o Manual de Rede de Frios, elaborado pelo Ministério da Saúde.
Quadro 11. Cobertura vacinal em crianças menores de 1 ano de idade, Maringá – 2013 a 2016
Vacinas 2013 2014 2015 2016
Quadro 12. Cobertura vacinal em crianças de 1 ano de idade, Maringá - 2013 a 2016
A política de saúde do trabalhador foi inserida na agenda dos vários setores da saúde, visto que é indissociável assistência e vigilância sendo
necessário identificar nos atendimentos se há relação com o trabalho para que os encaminhamentos necessários sejam feitos, tanto em termos de
referência e contra-referência como de notificação/registro informações para que procedimentos de vigilância sejam exercidos e interfiram na gênese do
adoecimento. Neste contexto por ser de fundamental importância a articulação multiprofissional, interdisciplinar e Intersetorial, foi criada a Comissão
Intersetorial em Saúde do Trabalhador (CIST) visando implementar as ações sistemáticas de vigilância nos ambientes e processos de trabalho,
compreendendo a identificação e avaliação das situações de risco, e a aplicação de procedimentos administrativos, com atenção especial aos segmentos
que apresentarem maior número de agravos à saúde do trabalhador.
As ações programadas pela vigilância em saúde como notificação dos agravos relacionados à saúde do trabalhador, investigação de todas as
ocorrências de acidentes de trabalho graves e fatais, foram executadas nos últimos anos.
A vigilância das zoonoses realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), desenvolveu atividades de educação em saúde e orientações aos
contribuintes, atendimento às reclamações, investigações de acidentes com animais, bem como manejo e/ou controle de animais de relevância
epidemiológica. No ano de 2017 a Gestão Municipal criou a Diretoria do Bem Estar Animal na Secretaria do Meio Ambiente que tem como objetivo os
programas de guarda responsável de animais que visam primordialmente à saúde animal, o bem estar animal ou a segurança pública. A Diretoria do Bem
Estar Animal vai exercer as funções de castração e outras atividades afins, como cirurgias e avaliação de casos clínicos nas instalações construídas no
Centro de Controle de Zoonoses cedida para estas finalidades pela Secretaria de Saúde/Diretoria de Vigilância em Saúde.
Gráfico 17. Atendimentos de reclamações de Escorpião Amarelo pela Vigilância das Zoonoses, Maringá – 2001 a 2016
Fonte: SMS, 2016.
O Gráfico acima demonstra que no período foi atendido 1.271 reclamações referentes aos escorpiões amarelos no Município. Verifica-se que o
aumento das notificações ocorreu a partir de 2005 mantendo a média de 34 a 47 casos até 2011. Após estes anos houve um aumento progressivo das
notificações sendo que os anos de 2015 e 2016 contribui com (29,18%) e com (34,6%) sendo estes dois anos atípicos. Este fato pode estar relacionado a
um aumento de concentração de focos no bairro do Jardim Itália culminando no aumento da mesma notificação por mais de um morador do local.
Gráfico 18. Atendimentos de reclamações de Caramujo Africano pela Vigilância das Zoonoses, Maringá – 2005 a 2016
No período de 2005 a 2016 foram notificadas 871 reclamações da presença de Caramujos africanos no perímetro urbano do município, entre os anos
que solicitaram da Zoonoses maior atendimento foram; em 2007 com 16%, 2009 com 13,3%,2011 com 11,1% e em 2015 correspondeu a 9,7% das
reclamações. A maior incidência dos caramujos é após período de chuvas em grandes quantidades, já que ficam enterrados por longos períodos em
época de secas, o que dificulta o controle. Não há predadores naturais na cidade o que dificulta seu controle.
Gráfico 19. Atendimentos de reclamações de Aranhas pela Vigilância de Zoonoses, Maringá – 2008 a 2016
Fonte: SMS, 2016.
No período de 2008 a 2016 foram atendidas 251 reclamações pela Zoonoses, destas os anos que mais notificaram foram 2014 com (16,3%), 2009
com 1 (4,3%) e 2016 com (13,5%) do total.
Quando estratificados as notificações por distribuição espacial por bairros entre os anos de 2010 á 2016, os bairros com maior incidência das
reclamações foram o Jardim Alvorada com 183, Zona 05 e Jardim Iguaçu com 131 e Três Lagoas com 90 reclamações.
Gráfico 20. Atendimentos de reclamações por espécie de Aranhas pela Vigilância de Zoonoses, Maringá – 2008 a 2016
Quando observado as espécies de aranhas 55% das espécies identificadas pela Zoonoses foram as caranguejeiras, as tarântulas com 16,3%, as
armadeiras com 7,9% e as espécies não identificadas contribuíram com 44,6% das notificações ao serviço.
Gráfico 21. Atendimentos de reclamações e coleta de morcegos pela Vigilância de Zoonoses , Maringá - 2010 a 2016
Gráfico 22. Locais onde foram capturados morcegos pela Vigilância de Zoonoses, Maringá – 2010 a 2016
Segundo o local de captura dos morcegos pela equipe das Zoonoses do total de 1487 atendimentos, 639 (37,7%) foram capturados nos quintais e
garagens das residências, 556 (37,7%) nos forros e Lages, 153 (10,2%) nas áreas internas das residências e 139 (9,3%) nas árvores. Nas cidades, os
morcegos mais comuns são os insetívoros e os frugívoros, devido a grande oferta de alimentos e presença de abrigo.
Gráfico 23. Reclamações dos pombos pela Vigilância de Zoonoses, Maringá – 2005 a 2016
No período de 2005 a 2016 foram notificadas 188 reclamações da presença de pombos no perímetro urbano do município, entre os anos que
solicitaram da Zoonoses maior número de atendimentos foram; 2012 com 14,3%, 2013 e 2016 com 11,1%, das reclamações. Ressalta-se que os pombos
reproduzem-se nas cidades pela grande oferta de alimentos e pela ausência de predadores naturais, o que acarreta a proliferação de ratos, baratas e
moscas.
Gráfico 24. Reclamações segundo a condição dos cães pela Vigilância de Zoonoses, Maringá – 2010 a 2016
Entre os anos de 201 a 2016 foram notificadas 14.472 reclamações para ser recolhido pela equipe do CCZ, quando verificado a condição dos mesmos
observa-se 6.617 (46,7%) foram cães errantes. 5.601 (38,7%) domiciliado 2.177 (14,6%) semi domiciliado e cão comunitário com 137 notificações
correspondendo a (9,9%).
A convivência do ser humano com cães pode e deve ser uma relação saudável e gratificante, se alguns cuidados forem dispensados
sistematicamente a estes animais de estimação. Somente a posse responsável pode garantir condições de saúde aos proprietários, a suas famílias, à
vizinhança, à comunidade em geral e aos animais, através de condutas de controle e de proteção animal.
É preciso que as políticas públicas de saúde reconheçam a importância do controle de cães errantes em áreas urbanas, com particular ênfase para
as áreas de risco a zoonoses. O controle de cães errantes tem por objetivo a remoção do extrato populacional de animais que atuem como transmissores
dos agentes etiológicos, comportando-se como mantenedores de enzootias ou de epizootias e que ficam sem qualquer controle da comunidade na área
de procedência do animal originador do foco, favorecendo a infecção de pessoas e de outros animais, e sofrendo com as doenças, da mesma forma que
as demais espécies envolvidas.
Direcionada para a adequada formação e valorização dos trabalhadores do SUS, a área de gestão do trabalho e educação em saúde, busca manter
um quadro de profissionais capazes de garantir a continuidade dos serviços e qualidade de seus processos, centrada na garantia do acesso, gestão
participativa com foco em resultados.
Este processo vem se fortalecendo com a participação dos trabalhadores da saúde, nos programas e políticas indutoras da Interação Ensino-Serviço
(IES), como: Pró-saúde, PET-Saúde, PROVAB, APSUS, PMAQ - Inserção das residências médicas e multiprofissional nos serviços de saúde -
Formação/capacitação específica de preceptoria nos serviços no ano de 2015 e 2017 (parceria com IEP – Sírio Libanês). Em 2015, iniciou-se a discussão do
Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino e Serviço – COAPES, entre gestor e IES. Neste cenário, a Secretaria Municipal de Saúde elaborou o Plano
de Educação Permanente em Saúde (EPS), para os trabalhadores do SUS, bem como investiu em capacitações, com contribuição das IES, voltadas às
principais necessidades dos serviços como:
Ações de alimentação e nutrição para as UBS;
Espaço Saúde anual para as UBS;
Grupos locais da Rede de Prevenção das Violências e Acidentes;
Capacitação para a rede de atenção básica sobre medidas preventivas e pósventivas ao suicídio;
Ações educativas de combate a dengue para a população;
Formação do Centro de Valorização da Vida;
Capacitação das Normas Técnicas das Atividades em Campo;
Capacitação anual para implantação da Rede de Atenção às Doenças Crônicas;
Capacitação sobre aleitamento materno, Protocolo de Prevenção do Câncer Ginecológico e de Mamas;
Capacitação anual para chefias sobre gestão;
Capacitações dos funcionários novos para atuação na rede.
Foram realizados 06 concursos públicos para contratação de profissionais da área da saúde. Com a Implantação do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS), através da Lei Complementar 966/2013 foi consolidado o cargo de Auditor em Saúde e, a partir de março de 2017, os novos funcionários
concursados para desempenho desta função foram contratados.
A Secretaria de Saúde, nos últimos quatro anos vem investindo na melhoria da ambiência da rede, como por exemplo, climatização de 100%
das UBS e Hospital Municipal de Maringá. Investiu na adequação e reforma de algumas edificações e supriu as necessidades de materiais e
equipamentos, tanto para os serviços já existentes, quanto para equipar as 6 novas UBS construídas. Houve também ampliação da frota para 14 carros da
Equipe de Saúde da Família.
Na área de tecnologia e informação, foram desenvolvidos vários módulos do Sistema Gestor Saúde (SGS) na WEB para qualificação dos
serviços de saúde, tais como o Portal Saúde de Maringá que foi premiado no II Prêmio Gestor Público em 2014 e foi classificado em 2º lugar no Prêmio
InovaSUS. A Secretaria de Saúde através do Centro de Informação em Saúde reserva uma data a cada mês para receber visitas de outros municípios que
queiram conhecer e solicitar a cessão gratuita do código fonte do Sistema Gestor Saúde.
Foi também iniciada a implantação do ACS MOBILE nas UBS Olímpico, Portal das Torres e Paris. O APP possibilita que os agentes comunitários
registrem as informações em tablets, ao invés de utilizar as fichas para cadastros de atualização dos usuários, economizando tempo e trabalho.
Devido à morosidade na manutenção corretiva dos equipamentos, que por vezes não consegue dar conta da demanda, está em fase de
estudo a criação de um setor próprio de manutenção para atendimento da rede, desvinculando da SEMUSP a prestação destes serviços.
1.4.3- Financiamento
O financiamento do SUS é feito pelas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. A Constituição Federal de 1988 determina que os
governos estaduais devem investir 12% da receita corrente bruta em saúde e os municípios, 15%. A lei Complementar nº 141, de 2012, regulamenta a
Emenda Constitucional nº 29, de 2000. A demonstração do cumprimento dessa obrigação é também uma exigência para o recebimento de transferências
voluntárias da União. O município de Maringá cumpriu com a lei, aplicando 20,08 de suas receitas em saúde, como vem realizando historicamente.
Quadro 13. Total de despesas com saúde empenhadas por grupo de natureza da despesa, Maringá – 2014 a 2016
DESPESAS COM
SÁUDE 2014 2015 2016 TOTAL
Outras Despesas
Correntes 153.256.770,58 185.336.780,93 192.935.965,87
Quadro 14. Total de despesas com saúde empenhadas por subfunção, Maringá – 2014 a 2016
DESPESAS COM 2014 2015 2016 TOTAL
SÁUDE
Atenção Básica 78.932.290,71 85.346.612,28 104.817.081,94 269.095.984,93
O Conselho Municipal de Saúde de Maringá (CMS-MG) é um órgão colegiado, de caráter permanente, deliberativo, consultivo e normativo e foi
instituído em Maringá pela criação da Lei nº 3.459/1993. É composto paritariamente de 50% de representantes dos usuários da saúde, 25% de
representantes de profissionais de saúde e 25% de gestores e prestadores de serviços de saúde. No total, são 64 conselheiros, sendo 32 titulares e 32
suplentes. O mesmo é coordenado por uma Mesa Diretiva composta por 8 membros com a mesma composição paritária.
Os conselheiros são eleitos e homologados na Conferência Municipal de Saúde para o mandato de 4 anos. Realizam uma reunião mensal ordinária
e extraordinariamente, quando necessário.
O CMS-MG conta com sete Comissões Permanentes, que discutem temas específicos e ações de saúde para servir de subsídio às Plenárias do
Conselho:
Comissão de Avaliação e Assistência
Comissão de Orçamento e Finanças
Comissão de Saúde Mental
Comissão de Vigilância em Saúde
Comissão Intersetorial de Saúde do trabalhador
Comissão de Comunicação e Capacitação
Comissão de Ética e Conduta
Além destas, outras Comissões Temporárias para discussão de assuntos específicos podem ser criadas conforme necessidade.
Atualmente funcionam no município 40 Conselhos Locais de Saúde – CLS-MG;
35 Conselhos das UBS representados por 5 membros de usuários do SUS e 5 representantes dos servidores das UBS;
5 Conselhos dos hospitais conveniados ao SUS representados por 6 membros de usuários e 6 representantes de trabalhadores da saúde, do gestor
da unidade hospitalar e se houver, do prestador de serviço.
O CMS é a Instância máxima na formulação e controle da Gestão do SUS no município de Maringá.
Foi realizada nos dias 23 e 24 de junho de 2017 a 12ª Conferencia Municipal de Saúde de Maringá com o tema: “GARANTIA DE QUALIDADE NO SUS –
DESAFIO DE TODOS” tendo como principal objetivo resgatar o compromisso de assegurar a saúde enquanto bem público fundamental ao
desenvolvimento do município. Enfatizou o acesso à saúde com qualidade e humanização ao reafirmar o “cuidar”, como pressuposto do trabalho e dos
serviços de saúde e a saúde enquanto direito social estruturante da cidadania e da nação.
A Resolução nº 134/2017 homologou a aprovação do Regulamento da 12ª Conferência Municipal de Saúde de Maringá, elegeu os 340 delegados e
delegadas nas Conferencias Locais de Saúde e Plenárias Específicas. Representados por usuários dos SUS, trabalhadores da Saúde, prestadores de serviços
conveniados ao SUS e representantes do governo, convidados (as) e observadores (as), totalizou um público de aproximadamente 700 pessoas.
Garantia do acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde, mediante
aprimoramento da política de atenção básica e da atenção especializada.
OBJETIVO 1.2 - Garantir acesso da população a serviços de qualidade, com equidade e em tempo adequado ao atendimento das necessidades de saúde,
mediante aprimoramento a política de atenção básica e da atenção especializada.
12 Razão de procedimentos ambulatoriais de média complexidade e população residente 1,1
Ações 2018-2021
12.1 Aumentar o número de procedimentos ambulatoriais no HMM.
12.2 Ampliar e manter ambulatórios de especialidades.
12.3 Proporcionar oferta de serviços para procedimentos ambulatoriais especializados no HMM
12.4 Avaliar a demanda de diagnóstico por Imagem
12.5Avaliar a demanda e qualificar a fila de consultas especializadas existentes na UBS e serviços contratualizados
12.6 Otimizar a oferta de consultas especializadas através de parceria com as Universidades
12.7 Facilitar e ampliar o acesso aos locais de atendimento das consultas especializadas em saúde, através de licitações para credenciamento
de novos serviços, estabelecendo a regionalização dos fluxos para atendimentos:
12.8 Desenvolver ações que venham diminuir o índice de absenteísmo das consultas e exames especializados.
12.9 Monitoramento diário de consultas, exames e procedimentos liberados e atendidos na especialidade.
12.10 Estabelecer rotina de confirmação de necessidade das consultas, exames e procedimentos antes da liberação.
12.11 Manter o fluxo de entrega das consultas e exames, no domicílio pelo ACS de acordo com as fragilidades dos usuários e famílias.
12.12 Otimizar a utilização do transporte sanitário
12.13 Registro em prontuário das faltas às consultas, exames e procedimentos especializados.
12.14 Facilitar e ampliar o acesso aos locais de realização dos exames especializados em saúde, através de licitações para credenciamento de
novos serviços, estabelecendo a regionalização dos fluxos de atendimentos.
12.15 Desenvolver ações que venham diminuir o índice de absenteísmo dos exames especializados, em 100% das UBS e SMS.
12.16 Ampliar o número de serviço que realizam atendimento de reabilitação física na área de fisioterapia nas UBS
Aprimoramento da Rede de Atenção às Urgências, com expansão e adequação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), de Serviços de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), de prontos-socorros e centrais de regulação, articulada às outras redes de atenção.
OBJETIVO - Implementação da Rede de Atenção às Urgências.
Ações 2018-2021
17 Número de Unidades de Saúde com Serviço de Notificação de Violência Doméstica Sexual e outras 41
Violências Implantadas
Ações 2018-2021
17.1 Realizar por meio de material informativo e/ou contato direto com os usuários orientações sobre violência e fluxo de atendimento.
17.2 Identificar situações de risco e encaminhamentos necessários dentro da Rede de Violências durantes as VD das equipes da AB.
18 Proporção de acesso hospitalar dos óbitos por acidente
Ações 2018-2021
18.1. Monitoramento dos dados na rede hospitalar mensal ou bimestralmente
18.2. Formulação e aprimoramento de banco de dados para acesso fácil e confiável dessas informações
18.3. Ação conjunta com SAMU, Vigilância Epidemiológica e Auditoria para identificar causas e perfis das ocorrências.
19 Proporção de óbitos nas internações por infarto agudo do miocárdio (IAM)
Ações 2018-2021
19.1. Monitoramento dos dados das UPAS e Rede Hospitalar periodicamente.
20 Proporção de óbitos em menores de 15 anos nas Unidades de Terapia Intensiva
Ações 2018-2021
20.1. Monitoramento dos dados na rede hospitalar periodicamente.
21 Cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 100% do Município de Maringá
Ações 2018-2021
21.1 Ampliação da Central de Regulação Médica de Urgências, criação da COU ou CEUOP.
21.2 Construção da Base descentralizada SAMU-192 na Zona Norte, garantindo melhor tempo resposta, condições adequadas de trabalho, e
redução de complicações e mortalidade.
21.3 Estudo de implantação da 5ªequipe de USBS na região noroeste, para atender a demanda e os distritos de Iguatemi e Floriano.
21.4 Estudo e implantação do componente “motolância”.
21.5 Instituir o RCP Day no calendário oficial do município.
21.6 Realizar palestras e atividades educativas para a sociedade em RCP e utilização para otimização do serviço de urgências 192.
21.7 Realizar e orientar treinamentos de primeiros socorros nos setores de segurança do trabalho para que sejam disseminadores.
21.8 Implantação do Projeto SAMUZINHO através de palestras e atividades educativas para crianças de 6 a 11 anos nas instituições de ensino.
21.9 Manter Convênio VIR SAMU-192/BOMBEIROS-193.
21.10 Atuação no USA em Maringá e região, nos atendimentos com risco eminente de morte, de natureza clínica ou traumática.
21.11. Manter a Habilitação e iniciar a Qualificação das unidades que estruturam o SAMU-192.
21.12 Participação e coordenação no Comitê Gestor da RUE da 15ª Regional de Saúde em parceria com a SESA, que incluem pactuações da RUE
e estabelecimento das diretrizes para as portas de entrada dos principais riscos de morte: AVC, IAM, Politraumas incluindo TCE, será iniciando
em Maringá a Rede de AVC.
21.13 Atualização do protocolo de regulação das urgências SAMU-192 REGIONAL NORTE NOVO para posterior aprovação do poder legislativo
das 30 municípios que compõem a AMUSEP.
21.14 Criação e implantação do NEP, SAMU-192, para a formação e qualificação dos profissionais de saúde, população e comunidade
acadêmica.
21.15 Repactuação e elaboração dos convênios com as Universidades com aprimoramento dos programas de estágios dentro do SAMU-192.
22 Proporção de atendimentos realizados nas UPAS – Unidades de Pronto Atendimento: relacionados aos agravos e condições de saúde que tenham
como porta de entrada e referência à atenção básica
Ações 2018-2021
22.1. Aumentar a oferta de consultas e atendimentos aos usuários na AB, direcionando adequadamente os encaminhamentos aos serviços de
urgência e emergência.
22.2. Investir em estratégias que permitam a criação e o fortalecimento de vínculos que possibilitem o usuário compreender a importância da
utilização dos serviços de saúde de forma correta;
22.3. Monitorar através de indicadores específicos o perfil dos atendimentos realizados dentro das UPAs.
22.4.Ampliação do porte da UPA Zona Norte de Porte II para Porte III.
Promoção da atenção integral à saúde da mulher e da criança e implementação da "Rede Cegonha", com ênfase nas áreas e populações de maior
vulnerabilidade.
OBJETIVO - Fortalecer e ampliar as ações de Prevenção, detecção precoce e tratamento oportuno do Câncer de Mama e do Colo de Útero.
23 Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos e a população da mesma faixa etária 0,65
Ações 2018-2021
23.1 Promover ações educativas e programáticas de prevenção de câncer de colo de útero
23.2 Realizar monitoramento e intensificação da coleta de exames citopatológicos buscando atingir meta da equipe
23.3 Oferecer horários alternativos para coleta de preventivo
23.4 Ampliar o acesso para coleta em livre demanda nas UBS
24 Razão de exames de mamografia de rastreamento realizados em mulheres de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária 0,40
Ações 2018-2021
24.1 Promover ações de educativas e programáticas de prevenção de câncer de mama
24.2 Monitorar e intensificação da realização de mamografia na população feminina.
24.3 Ações itinerantes de promoção e ampliação do acesso para mulheres na faixa etária preconizada para mamografia.
OBJETIVO – Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para garantir acesso, acolhimento e resolutividade.
25 Proporção de parto normal no SUS e na Saúde Suplementar 24,60%
Ações 2018-2021
25.1 Manter reuniões mensais do Comitê de Estímulo ao Parto Normal Municipal para intensificar ações de promoção, prevenção à saúde.
25.2 Garantir a realização de grupos de gestantes nas UBS.
25.3 Vincular as gestantes ao hospital para realização do parto conforme estratificação de risco
25.4 Programar visita ao hospital de vinculação da gestante para o parto, juntamente com o acompanhante, até o 6° mês de gestação.
26 Proporção de nascidos vivos de mães com 07 ou mais consultas de pré-natal 85%
Ações 2018-2021
26.1 Ampliar o número de gestantes acompanhadas garantindo a realização de 07 consultas de pré-natal pelas equipes da ESF.
26.2 Aumentar a cobertura da 1º consulta odontológica à gestante.
26.3 Aumentar o percentual de mulheres para a realização do teste rápido de gravidez.
26.4 Número de gestantes acompanhadas em VD.
26.5 Realizar VD pela equipe da AB na primeira semana após o parto e nascimento.
27 Número de testes de sífilis por gestante 03
Ações 2018-2021
27.1 Aumentar a cobertura de teste rápido de sífilis para as gestantes nas UBS
27.2 Monitoramento da realização de exame e acompanhamento do resultado.
27.3 Identificar e tratar gestantes e parceiros portadores de sífilis
27.4 Realizar orientações sobre a doença.
28 Número de óbitos maternos em determinado período e local de residência <03
Ações 2018-2021
28.1 Realizar o acompanhamento de pré-natal de acordo com o protocolo da RMI.
28.2 Realizar consulta puerperal até o 7º dia após o parto.
28.3 Implementar ações de prevenção de óbitos maternos identificando as causas através do Comitê de Investigação de Óbito Materno-Infantil.
28.4 Promover evento anual do Comitê de Investigação de Óbito Materno-Infantil, para divulgação das ações e sensibilização para prevenção.
29 Percentual de gestante com vacina em dia 100%
AÇÕES
29.1 Garantir a realização de vacinação durante todo o horário de funcionamento da UBS
29.2 Solicitar carteira vacinal no primeiro atendimento pré-natal, para atualização da carteira vacinal.
29.3 Promover estratégias de atualização de carteira de vacina durante todo o ano
30 Taxa de mortalidade infantil 8,30
Ações 2018-2021
30.1 Realizar visita domiciliar em crianças menores de 05 anos
30.2 Realizar 01 seminário de aleitamento materno sob a coordenação do Comitê de Aleitamento Materno
30.3 Realizar ações itinerantes de incentivo ao aleitamento materno nas UBS
30.4 Realizar o acompanhamento através das Equipes da AB das crianças estratificadas pela RMI.
30.5 Realizar consulta puerperal até o 7º dia após o parto.
30.6 Realizar o acompanhamento de pré-natal de acordo com o protocolo da RMI.
31 Proporção de óbitos infantis e fetais investigados 100%
Ações 2018-2021
31.1 Realizar a investigação dos óbitos fetais e infantis pelo Comitê de Investigação de Óbito Materno e Infantil.
31.2 Promover evento anual do Comitê de Investigação de Óbito Materno e Infantil, para divulgação das ações e sensibilização para prevenção.
32 Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil (MIF) investigados 100%
33 Número de casos novos de sífilis congênita em menores de 01(um) ano de idade < 50
Ações 2018-2021
33.1 Garantir a realização de teste rápido de sífilis para 100% das gestantes.
33.2 Identificar por meio da realização de teste para iniciar tratamento das gestantes e parceiros portadores de sífilis.
33.3 Realizar o teste no parceiro da gestante.
33.4 Busca ativa e acompanhamento do parceiro da gestante.
34 Proporção de Gravidez na adolescência entre as faixas etárias 10 a 19 anos 7, 48%
Ações 2018-2021
34.1 Realizar atividades educativas para prevenção da gravidez na adolescência nas escolas e Semana alusiva
34.2 Realizar o acompanhamento das adolescentes grávidas pelas equipes da Atenção Básica
Fortalecimento da rede de saúde mental, com ênfase no enfrentamento da dependência de crack e outras drogas.
OBJETIVO - Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral, de forma articulada com os demais pontos de atenção em saúde e outros
pontos intersetoriais.
35 Cobertura de Centros de Atenção Psicossocial – CAPs Atual: 0,81 1,22
Ações 2018-2021
35.1 Realizar a estratificação de risco em saúde mental na AB
35.2 Habilitar o CAPSIII 24h para acolhimento de transtorno mental de usuários de álcool e outras drogas
35.3 Reduzir as internações em leitos de hospital psiquiátrico de usuários residentes em Maringá atendidos na Emergência Psiquiátrica.
35.4 Reduzir as reinternações psiquiátricas em leitos psiquiátricos.
35.5 Manter a descentralização do ambulatório dos CAPS com consultas psiquiátricas na atenção básica em 07 referências de atendimento
35.6 Realizar o matriciamento em saúde mental pelos CAPS na atenção básica.
35.7 Ampliar em 15% o número de atendimento dos familiares e usuários de álcool e outras drogas no CAPS ad, CAPS II, CAPS III e CAPSi.
35.8 Garantir a realização de grupos programáticos em saúde mental na Atenção Básica visando a promoção de saúde e prevenção de agravos.
35.9 Capacitação dos profissionais da Atenção Básica e CAPS, sobre Prevenção e Pósvenção ao suicídio.
35.10 Capacitação dos profissionais da AB e CAPS, para atendimento em Saúde Mental sobre transtornos mentais e dependências químicas.
35.11 Realizar contra referência do serviço de Emergência Psiquiátrica e CAPS, para Atenção Básica.
Garantia da atenção integral à saúde da pessoa idosa e dos portadores de doenças crônicas, com estímulo ao envelhecimento ativo e fortalecimento
das ações de promoção e prevenção.
OBJETIVO - Melhoria das condições de Saúde do Idoso e portadores de doenças crônicas mediante qualificação da gestão e das redes de atenção.
36 Taxa de mortalidade prematura (30 a 69 anos) pelo conjunto das quatro principais DCNT (dças do ap circulatório, câncer, Reduzir 2% ao ano
diabetes e dças respiratórias crônicas)
Ações 2018-2021
36.1 Atualizar o cadastro e acompanhar usuários diabéticos através das equipes de AB
36.2 Atualizar o cadastro e acompanhar usuários hipertensos através das equipes de AB
36.3 Implantar em conjunto com a 15ª Regional de Saúde a Rede de Atenção aos Portadores de Doenças Crônicas
37 Implantar a linha guia da Saúde do Idoso
Ações 2018-2021
37.1 Sensibilizar 100% das UBS quanto à prevenção de quedas em idosos
37.2 Realizar estratificação de risco para a fragilidade dos idosos
Implementação do subsistema de atenção a saúde indígena e do migrante, articulados com o SUS, baseado no cuidado integral, com observância às
práticas de saúde e às medicinas tradicionais, com controle social, e garantia do respeito às especificidades culturais.
Objetivo 6.1 - Articular o SUS com o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, com observância as práticas de saúde e as medicinas tradicionais, com
controle social, garantindo o respeito às especificidades culturais.
38 Prevenir riscos e agravos que possam acometer a população migrante
Ações 2018-2021
38.1 Realizar o cadastramento e acompanhamento da população migrante
38.2 Executar o Plano Municipal para o Migrante
38.3 Identificar as UBS que atendem a maior demanda de migrantes para elaboração de Planos de Saúde locais que atendam os indivíduos nas
suas singularidades
38.4 Capacitar as equipes de saúde para atendimento à população migrante
38.5 Orientar o desenvolvimento das ações de atenção integral à saúde indígena e de educação em saúde segundo suas peculiaridades e perfil
epidemiológico, desenvolvendo práticas de saúde em consonância às medicinas tradicionais indígenas.
Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde.
OBJETIVO – Fortalecer a promoção e vigilância em saúde
39 Elaborar e executar o plano de ação de Vigilância em Saúde
Ações 2018-2021
39.1 Elaborar e executar o plano de ação da Vigilância Sanitária, Ambiental e Zoonoses.
39.2 Elaborar e executar a Programação anual para Controle da Dengue.
39.3 Elaborar e executar Programação anual da AIDS e Hepatites virais
40 Manter o ambulatório de referência para tratamento especializado hepatites virais
41 Manter o ambulatório de referência para tratamento especializado de tuberculose
42 Manter o ambulatório de referência para tratamento especializado de hanseníase e leishmaniose
43 Proporção de ações de Vigilância Epidemiológica vinculada ao Plano de Vigilância em Saúde
Ações 2018-2021
43.1 Desenvolver ações de vigilância epidemiológica em UPA.
43.2 Realizar coleta de amostra biológica para todo caso suspeito de meningite e/ou meningocócica.
43.3 Manter informação semanal de doenças diarréicas agudas no SIVEP - DDA, nos serviços de saúde sentinelas (UPA).
43.4 Realizar coleta de amostra biológica para casos suspeitos de doença exantematica conforme protocolo especifico.
43.5 Intensificar a realização de testes rápidos ou convencionais por diagnostico de HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais.
43.6 Realizar diagnóstico de portadores de hepatites virais, tipo B e C na população geral.
44 Proporção de registro de óbitos com causa básica definida 95%
Ações 2018-2021
44.1 Investigar os óbitos com causa básica mal definida.
44.2 Realizar avaliação periódica do preenchimento das declarações de óbitos.
45 Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera com confirmação laboratorial >75%
Ações 2018-2021
45.1 Realizar a investigação de contato de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera.
45.2 Executar TDO nos casos bacilíferos pela AB.
46 Proporção de exame anti-HIV realizados entre os casos novos de tuberculose >95%
Ações 2018-2021
46.1 Promover capacitação para testagem rápida.
46.2 Oferecer acesso nas UBS por livre demanda para realização dos testes rápidos.
46.3 Garantir a realização do exame até o término do tratamento.
47 Identificar e examinar sintomáticos respiratórios objetivando detecção precoce de casos novos de tuberculose 0,7% da
população alvo
Ações 2018-2021
47.1 Solicitar baciloscopia, cultura para BAAR e testes de sensibilidade na primeira amostra dos casos identificados de tuberculose.
47.2 Investigar 1% da população de abrangência, através de VD e atendimento de livre demanda nas UBS.
48 Diminuir a taxa de abandono de tratamento de tuberculose <5%
Ações 2018-2021
48.1 Vinculação do paciente à equipe da ESF para acompanhamento e adesão ao tratamento
48.2 Realizar TDO
48.3 Busca ativa periódica pela AB.
48.4 Monitoramento e acompanhamentos dos casos pela AB.
49 Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados nos anos das coortes >90%
Ações 2018-2021
49.1 Garantir retorno na alta do tratamento
49.2 Enviar o formulário de alta à Vigilância Epidemiológica após parecer médico.
49.3 Vinculação mensal do usuário através de VD da AB.
50 Proporção de contatos intradomiciliares de casos novos de hanseníase examinados >90%
50.1. Realizar acompanhamento anual dos casos, por um período de 5 anos com registro em SGS de acordo com protocolo estabelecido.
51 Número absoluto de óbitos por dengue 0
Ações 2018-2021
51.1 Reduzir o número absoluto de óbitos por dengue a partir da detecção precoce de casos
52 Proporção de casos de DNCI encerrada em até 60 dias após a notificação >80%
Ações 2018-2021
52.1 Investigar e monitorar todos os casos de doenças e agravos de interesse em saúde pública notificados pelos NHE
52.2 Notificar ao CIEVS Paraná, surtos ou óbitos de doenças emergentes, reemergentes e agravos inusitados.
52.3 Monitorar o preenchimento adequado das fichas epidemiológicas.
52.4 Envio das fichas de epidemiologia em tempo oportuno.
52.5 Coleta de exame adequada em tempo oportuno.
52.6 Anotações de todos os procedimentos no SGS.
53 Proporção de pacientes HIV+ com 1° CD4 inferior a 200 celmm² <20%
53.1 Ampliar a testagem rápida de exames de HIV na AB.
54 Números de testes sorológicos anti-HCV realizados Aumentar em 10%
54.2 Intensificar a realização de teste sorológico complementar para a finalização do diagnóstico na AB.
55 Número absoluto de óbitos por leishmaniose visceral Manter em zero
Ações 2018-2021
55.1 Realizar a vigilância e controle da Leishmaniose Visceral Humana (LVH) a partir da detecção precoce dos casos novos
56 Taxa de mortalidade por causas externas: acidentes de trânsitos, homicídios e outros.
Ações 2018-2021
56.1 Adesão ao projeto Vida no Trânsito e formação de Comitê Intersetorial.
56.2 Ações preventivas e de análise de dados integradas ao Comitê de violência e a rede de violência em saúde.
56.3. Sensibilizar a Rede de Saúde sobre a notificação de violências através dos Núcleos de Vigilância Epidemiológica e profissionais da saúde.
57 Notificar todos os casos de síndrome gripal (SG) atendidos nas Unidades de Saúde sentinelas e cadastradas no sistema do 100%
SIVEP gripe
Ações 2018-2021
57.1 Coletar amostra de SWAB de oro e nasofaringe combinado dos casos suspeitos de SRAG conforme protocolo estabelecido.
57.2 Coletar amostras de oro e nasofaringe por semana epidemiológica dos casos de síndrome gripal atendidos nas unidades sentinelas
58 Proporção de vacinas selecionadas do CNV para crianças < 2 anos – Pentavalente (3ª dose), Pneumocócica 10 – valente 100%
(2ªdose), Poliomielite ( 3ª dose) e Tríplice Viral (1ªdose) – com cobertura vacinal preconizada
Ações 2018-2021
58.1. Monitoramento mensal do cumprimento do esquema vacinal, através da equipe de AB.
58.2. Busca ativa dos faltosos.
59 Proporção de vacinas do Calendário Básico de Vacinação da Criança com coberturas vacinais alcançadas 90%
Ações 2018-2021
59.1 Realizar vacinação para Hepatite B nas primeiras 12 horas de nascimento nos hospitais e maternidades.
59.2 Garantir o fornecimento de vacinas às maternidades e hospitais.
60 Cobertura Vacinal para todos os grupos etários contemplados no calendário de vacinação nacional e de campanhas De acordo com as
metas preconizadas
Ações 2018-2021
60.1 Monitorar as salas de vacinas dos serviços de saúde quanto às boas práticas de vacinação
61 Número de casos novos de AIDS em menores de 05 anos 0
Ações 2018-2021
61.1 Manter em zero o número de casos novos de AIDS em menores de 05 anos de idade
61.2. Garantir coleta de exame HIV na gestação.
61.3 Garantir tratamento e acompanhamento da gestante pela AB e ambulatório de referência.
62 Proporção de ações de Vigilância de Zoonoses vinculadas ao Plano de Vigilância em Saúde Conforme ações
abaixo
Ações 2018-2021
62.1 Realizar investigação entomológica das Unidades domiciliares notificadas quanto a presença de triatomíneos
62.2 Realizar o monitoramento do vírus rábico em cães
62.3 Monitorar a circulação do vírus da raiva na população de morcegos e outras espécies de mamíferos
62.4 Realizar investigação em conjunto com vigilância epidemiológica de zoonoses e acidentes com animais peçonhentos
62.5 Notificação do acidente e envio da ficha para vigilância epidemiológica
62.6 Fornecer dados ao setor de zoonoses em tempo oportuno
62.7 Buscar informações se necessário no ambulatório do CCI - HU
62.8 Realizar o monitoramento de animais peçonhentos de importância médica
63 Número de ciclos que atingiram mínimo de 80% de cobertura de imóveis visitados para controle vetorial da dengue 04 ciclos/ ano
64 Proporção de imóveis visitados em, pelo menos, quatro ciclos de visitas domiciliares para controle da dengue 80%
65 Manter coleta de colinesterase plasmática em trabalhadores expostos a inseticidas no Combate a Dengue 100%
66 Proporção de ações de Vigilância Sanitária vinculadas ao Plano de Vigilância em Saúde Conforme ações
abaixo
Ações 2018-2021
66.1 Realizar inspeção sanitária nos estabelecimentos dos grupos 1, 2 e 3 do VIGIASUS
66.2 Realizar o registro dos procedimentos de vigilância sanitária no Sistema de Informação Ambulatorial – SIA/SUS, conforme legislação
vigente.
66.3 Atender e acolher as denúncias, reclamações e demandas relacionadas ao risco em Vigilância Sanitária, Ambiental e Saúde do
Trabalhador.
66.4 Realizar ações de informação, educação e comunicação em Vigilância Sanitária.
66.5 Realizar coleta e envio de amostras para monitoramento da qualidade de produtos e serviços de interesse à saúde
66.6 Monitorar, notificar e realizar investigação de queixas técnicas (desvios de qualidade) de produtos de interesse à saúde, registradas no
NOTIVISA.
66.7 Monitorar, notificar e realizar investigação de eventos adversos de produtos de interesse à saúde, sangue e hemocomponentes,
registrados no NOTIVISA e/ou no SHTWEB da SESA/PR, ou oriundos de denúncias, demandas de órgãos externos, alertas sanitários e da
imprensa.
66.8 Realizar investigação, em conjunto com a vigilância epidemiológica, de surtos de infecções relacionadas à assistência à saúde.
66.9 Envio de amostras ao LACEN/PR atendendo aos requisitos de aceitação de amostra
67 Percentual de municípios que realizam no mínimo 6 grupos de ações de Vigilância Sanitária, consideradas necessárias a todos 100%
os municípios.
68 Proporção de inspeções do uso de produtos fumígenos derivados do tabaco em ambientes coletivos fechados, públicos ou pri- Aumentar em 20%
vados. ano
69 Percentual de UBS que realizam ações coletivas, de promoção de saúde e prevenção de agravos referente aos eixos temáticos 100% das UBS
da Política Nacional de Promoção da Saúde.
Ações 2018-2021
69.1 Realização grupos de cessação de fumantes na AB.
69.2 Realização de grupo de atividade física na AB.
69.3 Designar profissionais das UBS para participar das reuniões mensais da Rede de Violência em seu território.
69.4 Realizar ações descritas no PSE, pelas UBS, nos CMEIs e escolas pactuadas pelo município.
69.5 Realizar ações coletivas com o tema alimentação e nutrição na AB.
69.6 Realizar ações de prevenção do uso de álcool e outras drogas na AB.
69.7 Realizar atividades de orientação para prevenção de dores crônicas na AB.
69.8 Implantar grupos de redução da dor crônica na AB.
69.9 Manter atendimento de 100% dos grupos de habilidades manuais coordenados pelas Equipes de AB.
70 Número de UBS com oferta de práticas Integrativas Ampliar 01 serviço
Ações 2018-2021
70.1 Ampliar a oferta de 01 serviço que ofereça atendimento de práticas integrativas
OBJETIVO - Implementar ações de saneamento básico e saúde ambiental para a promoção da saúde e redução das desigualdades sociais, com ênfase no
Programa de aceleração do crescimento.
71 Proporção de ações de Vigilância Ambiental vinculadas ao Plano de Vigilância em Saúde
Ações 2018-2021
71.1 Analisar e aprovar projetos arquitetônicos em estabelecimentos sob vigilância sanitária
72 Elaborar e/ou atualizar do ano anterior o diagnóstico de situação da Saúde do Trabalhador do município 01/ ano
73 Proporção de preenchimento do campo “ocupação”, dados da empresa e descrição do acidente nas notificações de agravos re- 100%
lacionados ao trabalho.
Ações 2018-2021
73.1 Preencher ficha de acidente de trabalho.
73.2 Avaliar nos atendimento aos usuários o risco ocupacional e correlacionar com agravos de saúde pré-existentes e sintomas presentes,
desencadeando ações de promoção, prevenção e tratamento conforme necessidade.
74 Investigar todas as ocorrências de acidentes de trabalho graves, fatais, crianças e adolescentes. 100%
75 Número de Notificações dos agravos à Saúde do Trabalhador constantes nas Portarias GM/MS Nº204/16 e 205/16 01 agravo/ano
75.1 Investigar todas as ocorrências de acidentes de trabalho graves, fatais e de crianças e adolescentes.
75.2 Acionar a rede de combate e erradicação do trabalho infantil e de proteção do trabalhador adolescente
76 Realizar Vigilância dos ambientes de trabalho em todos os ramos prioritários de acordo com o perfil produtivo e processos de 100%
trabalho existentes no território
Ações 2018-2021
76.1 Desenvolver ações de saúde do trabalhador no ramo da construção civil, trabalho rural, frigoríficos/abatedouros e demais ramos de
atividade
77 Proporção de análises realizadas em amostras de água para consumo humano quanto aos parâmetros coliformes totais, cloro 100%
residual livre e turbidez.
Ações 2018-2021
77.1 Realizar ações de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano no Sistema de distribuição e poços artesianos - VIGIAGUA.
78 Cadastramento de áreas suspeitas com solo contaminado e alimentação das informações no SISSOLO De acordo com a
demanda
79 Elaborar Plano de Contingência em Saúde para atendimento a situação de risco decorrente de desastres naturais e rela- 01
cionados a produtos perigosos em conjunto com os órgãos competentes
Contribuição à adequada formação, alocação, qualificação, valorização e democratização das relações de trabalho dos trabalhadores do SUS.
OBJETIVO - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Desprecarizar o trabalho em saúde nos serviços do SUS da esfera pública na
Região de Saúde.
85 Proporção de trabalhadores que atendem ao SUS, na esfera pública, com vínculos protegidos. 90%
Ações 2018-2021
85.1 Manter atualizado o banco de dados do CNES.
85.2 Realizar concursos públicos para garantia de profissionais com vínculos protegidos.
OBJETIVO - Investir em qualificação e fixação de profissionais para o SUS. Estabelecer espaços de negociação permanente entre trabalhadores e
gestores da saúde na Região de Saúde.
86 Número de mesas ou espaços formais municipais e estaduais de negociação permanente do SUS, implantados e ou 01
mantidos em funcionamento.
Ações 2018-2021
86.1 Garantir treinamento DIEESE /MS aos profissionais que atuarão na Mesa de Negociação.
Implementação de novo modelo de gestão e instrumentos de relação federativa, com centralidade na garantia do acesso, gestão participativa com
foco em resultados, participação social e financiamento estável.
OBJETIVO - Fortalecer os vínculos do cidadão, conselheiros de saúde, lideranças de movimentos sociais, agentes comunitários de saúde, agentes de
combate às endemias, educadores populares com o SUS.
87 Proporção de Plano de Saúde enviado ao Conselho de Saúde. 01
88 Proporção de Conselhos de Saúde cadastrados no SIACS. 100%
89 Percentual de Conselhos de Saúde em UBS e Hospitais. 100% das UBS
100% dos Hospitais
Ações 2018-2021
89.1 Realizar 01 Plenária para eleição dos delegados para a Conferência Estadual de Saúde.
89.2 Manter atualização do cadastro de Conselhos de Saúde capacitados no SIACS.
89.3 Realizar oficina de planejamento para as ações do Conselho Municipal de Saúde.
89.4 Estabelecer uma pauta para realização de capacitações nas reuniões ordinárias do CMS.
89.5 Reavaliar e alterar a lei de composição do CMS para inclusão de novas entidades e recomposição de subsegmentos - resolução nº 453 do CNS.
89.6 Garantir o acompanhamento e apoio dos Conselhos Locais e Municipal de Saúde.
89.7 Garantir financiamento próprio para ações de educação permanente do controle social, com divulgação por diversos meios de comunicação.
89.8 Padronizar o número de vagas de entidades nos CLS.
89.9 Aprovar a participação e representação de alunos no Controle Social, quando organizados em Diretórios ou Centros Acadêmicos de
Instituições de Ensino Superior na área da saúde, segmento dos usuários, respeitando a paridade.
89.10 Divulgar, qualificar e fortalecer os CLS das UBS garantindo a participação popular.
Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.
OBJETIVO - Qualificação de instrumentos de execução direta, com geração de ganhos de produtividade e eficiência para o SUS.
90 Proporção de entes com, pelo menos, uma alimentação por ano no banco de preços em saúde. 01
Ações 2018-2021
90.1 Manter banco de dados virtual dos preços e produtos da saúde adquiridos pela SMS.
REFERÊNCIAS
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Objetivos, Metas e Indicadores: 2013 – 2015. Brasília, DF, 2013.
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crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidados prioritárias. Brasília, DF, 2013.
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