A chave para iniciar ensino
da leitura e escrita
● Alfabetização e seus Desafios no Brasil;
● O que é Alfabetizar??
● Neurociências e as ciências da leitura
● NeuroAlfabetização como chave para alfabetização
● com resultados
Quem sou eu?
● Ceo do Instituto NeuroSaber
● Pedagoga, Especialista em
Educação Especial,
Psicomotricista, Psicopedagoga
● Mestre e Doutoranda em
Distúrbios do Desenvolvimento
pela Universidade Mackenzie
Para quem é esta semana
Para todos os professores principalmente para:
● Educação infantil, Fundamental 1 e 2;
● Professores de AEE e de escolas especiais;
● Mães e pais de crianças com dificuldades para se alfabetizarem e
também que tenham filhos com algum transtorno do
Neurodesenvolvimento (Tea, TDAH, Di, Síndrome de Down,
Dislexia
● Profissionais da Saúde e Educação
Reflexões acerca
dos níveis de
Alfabetização e
de compreensão
leitora
O que é PRILS
● PIRLS (o Progress in International
Reading Literacy Study) avaliação
ciclo básico de estudos da IEA –
Associação Internacional para a
Avaliação do Desempenho
Educacional.
● Com sede em Amsterdã e um
importante centro de
processamento e pesquisa de
dados em Hamburgo, o IEA realiza
estudos comparativos
internacionais sobre o desempenho
dos alunos desde 1959.
PRILS amostra 2021/22:
400 mil estudantes em mais de
13 mil escolas, em 57 países e
oito regiões classificadas como
“padrões de referência”, como
localidades do Canadá, dos
Emirados Árabes (Abu Dhabi e
Dubai) e Moscou, na Rússia.
PRILS no Brasil
Participaram da avaliação
4.941 estudantes do 4º ano
do ensino fundamental de
187 escolas (públicas e
privadas) de todas as regiões
do Brasil, no período de 26
de novembro a 3 de
dezembro de 2021.
Resultado
A pontuação média alcançada
pelos estudantes brasileiros (419
pontos) está no nível mais baixo da
escala pedagógica de proficiência,
com quatro níveis.
De acordo com relatório do PIRLS 2021, o
desempenho dos estudantes brasileiros
na leitura “é significativamente inferior a
outros 58 países, de total de 65 países e
regiões de referência participantes”.
Resultado
Comparado com outras
nações, o Brasil teve o
sexto pior resultado.
O Brasil teve desempenho
semelhante ao dos estudantes
do Kosovo (421) e Irã (413), e
superior somente aos
desempenhos da Jordânia (381),
Egito (378), Marrocos (372) e
África e do Sul (288).
Resultado
Quase 40% dos estudantes
brasileiros do 4º ano do
ensino fundamental (EF)
não dominam habilidades
básicas de leitura, ou seja,
apresentam dificuldades
em recuperar e reproduzir
parte da informação
declarada no texto.
Resultado
Enquanto, no Brasil, 38%
dos estudantes não
dominam a leitura, em
outros 21 países esse
percentual não passa
de 5%.
Dentre eles, Irlanda (2%),
Finlândia (4%), Inglaterra (3%),
Singapura (3%) e Espanha (5%).
Resultado
O relatório mostra ainda que
cerca de 24% dos alunos
brasileiros dominam apenas as
habilidades básicas de leitura.
Somente 13% dos avaliados no
país podem ser considerados
proficientes em compreensão
da leitura no 4º ano de
escolarização.
Resultado
4941 estudantes
avaliados
13%
642 crianças
podem ser
considerados
proficientes
POR QUE ISSO
ACONTECE???
COVID????
Será???
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A pandemia potencializou um
problema que a gente já tinha…
Desenvolver a compreensão leitora
E agora o
que fazer???
ONDE ESTÁ O PROBLEMA??
● Seria Educacional?
● Familiar??
● Social???
● Pedagógico??
● Governamental??
Conceito: O que é Alfabetização
“Alfabetizar é ensinar a Ler e
Escrever num sistema
Alfabético, é tornar alguém
capaz de utilizar o Alfabeto”
(Morais, 2014)
História da Escrita
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA
(Santos e Navas, 2004)
Alfabeto Alfabeto Latino
Fenício
Alfabeto Grego
Escrita
Pictográfico
Egípcio
29
Aprender a Ler e ler para aprender….
A essência – não o objetivo – de aprender a ler
consiste em traduzir letras (impressas, escritas)
em sons que fazem sentido. Dessa forma, a
decodificação fonológica (isto é, traduzir sons
em letras, para escrever e traduzir letras em
sons, para ler) constitui o cerne do conceito de
alfabetização.
Mas o objetivo da leitura é ir além disso,
permitir ao leitor compreender, interpretar,
modificar, debater-se com o texto.
Como as crianças
APRENDEM??
Anos 90: década do cérebro
Neurociências
● Ciência especializada em estudar o
funcionamento das redes neuronais e a
relação com o comportamento, com a
cognição e com os mais variados
processos que envolvem o
processamento de informações
aplicadas à aprendizagem, ao
neurodesenvolvimento e ao
comportamento.
Neurociências
● Processos de aprendizagem e
relação com comportamentos.
● Influência positiva e negativa de
fatores internos e externos.
● Estudos científicos para avaliar o
que funciona e o que não
funciona: metodologia e
evidências científicas.
Para que serve?
● Entender como o cérebro aprende.
● Modelos de processamento de
informações.
● Associação de redes neuronais e tipos de
aprendizagem.
● Evidências acerca dos processos de
apropriação da aprendizagem da leitura e
da escrita.
● Dados sobre neurodesenvolvimento.
● Resposta às intervenções: impacto no
funcionamento cerebral.
● Estudos de evidências científicas.
● Contribuir para as melhores práticas
pedagógicas: eficácia, tempo e métodos.
35
Visão sobre alfabetização
● Pesquisas: Ciências da leitura avançaram
significativamente e de forma robusta (CAPOVILLA et al.,
2005).
● Leitura não é algo natural, o cérebro tem que se adaptar,
plasticidade neural. (DEHAENE, 2012).
● No momento da aprendizagem da leitura e da escrita,
áreas cerebrais vão se especializando no reconhecimento
de letras.
Maturação anatômica
• Processo de modificação cerebral por neuroplasticidade,
caracterizado por eventos progressivos e regressivos.
Essas mudanças estão
relacionadas a modificações
observadas no nível
comportamental.
Neuroplasticidade
● Capacidade do cérebro em aprender e se reprogramar para novas
experiências.
● Modifica-se e se modula neurobiologicamente em resposta a
estímulos do ambiente.
Caminho para a
educação de
resultados:
Educação se aliando as evidências
científicas
Educação de Resultados = Educação
baseada em evidências científicas
Processamento Neurológico
Grupos de Conexões Inter-conexões
neurônios Neuronais entre grupos de
neurônios
Diferentes
Habilidades Habilidades Função
associadas específica
Processamento Neurológico
Neurônios Conexão destes
Associação
neurônios com
visuais e entre estes áreas de memória e
auditivos neurônios espacialidade
Habilidades de Função
compreensão de específica: ler e
leitura e escrita escrever
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Ciência Cognitiva da Leitura
● Estuda de maneira interdisciplinar como ocorre o processamento das áreas
cognitivas.
● Ocupa-se especialmente dos processos linguísticos, cognitivos e cerebrais
envolvidos na aprendizagem e no ensino das habilidades de leitura e de escrita.
● Seus estudos se baseiam em pesquisas profundas com amplo respaldo
neurocientífico, principalmente com as novas tecnologias de mapeamento
cerebral (década de 1990).
(DEHAENE, 2011)
43
Resultados de Pesquisa
.
● Consciência Fonêmica.
● Abordagem Fônica.
● Vocabulário.
● Fluência.
● Compreensão.
44
Outros países
.
45
46
Frederick Douglass
Por toda sua luta, Douglass é reconhecido
como "o pai do movimento pelos direitos
civis" dos Estados Unidos e sua última
residência na capital integra o patrimônio
histórico nacional daquele país.
Para seu biógrafo Joseph W. Holley ele foi
o mais influente afro-americano do
século XIX, havendo militando em favor
de diversas causas sociais.
47
“Uma vez que você aprender a ler, você
será livre para sempre.”
Frederick Douglass
48
Bibliografia
ADAMS, M. J. Beginning to read: Thinking and learning about print.
Cambridge: MIT Press, 1990.
ADAMS, M. J. et al. Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre:
Artmed Editora, 2006.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5: Manual diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed Editora, 2014.
BALL, E. W.; BLACHMAN, B. A. Does phoneme awareness training in
kindergarten make a difference in early word recognition and developmental
spelling? Reading research quarterly, Newark, v. 26, n. 1, p. 49-66, 1991.
49
Bibliografia
BALL, E. W. Does reading make you smarter? Literacy and the development of verbal
intelligence. Advances in child development and behavior. Ontario, v. 24, p. 133-180, 1993.
BERGERON et al. Building the Alphabetic Principle in Young Children Who Are Deaf or
Hard of Hearing. The Volta Review, v. 109, n. 2-3, Fall/Winter, p. 87–119, 2009.
BLACHMAN, B. A. What we have learned from longitudinal studies of phonological
processing and reading, and some unanswered questions: A response to Torgesen,
Wagner, and Roshotte. Journal of Learning Disabilities, v. 27, n. 5, p. 287–291, 1994.
BORSTROM, I.; ELBRO, C. Prevention of dyslexia in kindergarten: effects of phoneme
awareness training with children of dyslexics parents. In: HULME, C.; SNOWLING, M.
(Orgs.). Dyslexia: biology, cognition and intervention. London: Whurr Publishers Ltd.,
1997, p. 235-253.
50
Bibliografia
NATIONAL INSTITUTE OF CHILD HEALTH & HUMAN DEVELOPMENT. Report of the
National Reading Panel: Teaching children to read: an evidence-based assessment of
the scientific research literature on reading and its implication for reading instruction.
Washington: Government Printing Office, 2000. Disponível em:
https://www.nichd.nih.gov/sites/default/files/publications/pubs/nrp/Documents/report
pdf. Acesso em: 15 de abril de 2022.
PERFETTI, C. et al. Phonemic knowledge and learning to read are reciprocal: A
longitudinal study of first grade children. Merrill-Palmer Quarterly, v. 33, n. 3, p. 293-319,
jul. 1987.
SANTOS, M. T. M.; NAVAS, A. L. G. P. Distúrbios de Leitura e Escrita: Teoria e Prática. São
Paulo: Editora Manole, 2002.
Obrigada!
Luciana Brites