Sistema digestório de Grandes Animais
DESIDRATAÇÃO
o Cálculos
Reposição: Peso (kg) x grau de desidratação / 100;
Manutenção:
- Adulto (mL) = 50mL x peso vivo (kg);
- Jovem (mL) = 100mL x peso vivo (kg);
- Neonato (mL) = 150mL x peso vivo (kg);
Perdas continuadas: refluxo, diarreia, poliúria → dificilmente mensurável;
Velocidade máxima fluidos isotônicos via parenteral: 10 a 20 mL/kg/hora.
Glicose 5%: 2 a 3 mL/kg/hora.
Desidratação
Potro de 50kg e desidratação de 8%
50kgx8%/100 = 4 L
50x150=7.500 ml (7,5L)
7,5 +4 = 11,5
10ml x50kg= 500ml/h
Isotônico repor volume (constante)
Hipertônica – muito concentrada atrai muito liquido para o vaso (por isso faz a hipertônica
junto com a isotônica) 2 cateter ao mesmo tempo – melhora a perfusão tecidual.
Hipertônica 4ml por kg
Se a proteína tiver muito baixa aumentar a pressão coloidosmotica – com coloides .
Cálculos: Reposição, manutenção, perdas continuadas, velocidade, glicose 5%: 2 a 3
ml/kg/h
Tipos de fluido: Ringer com Lactato (alcalinizante) e solução fisiológica
(levemente acidificante em animais de produção) – são isotônicos concentração
baixa, não há muito transporte de eletrólitos
Se o animal estiver com a proteína baixa a osmolaridade no vaso esta baixa
Coloides: Aumenta partículas de peso molecular para aumentar a pressão
oncótica, para que o líquido administrado (fluido) não seja perdido devido à falta
de equilíbrio entre o ‘líquido e proteína’ – ou seja, ajuda a manter o líquido dentro
do vaso, favorecendo a permanência de fluidos e atraindo mais fluido do
interstício.
o Naturais: Sangue, plasma, albumina e fração proteica plasmática;
o Sintético: Dextran 70 (um polímero de glicose), gelatina e hemoglobina
polimerizada.
o Fluido oral
2 L para bezerro
10 L para bovino
7L para equino
Contraindicado: Vômito, refluxo e quando o animal estiver deitado.
Calculo de reposição de bicarbonato:
Pra repor bicabornato deve-se fizer hemogasometria antes.
Ex: Diarreia desidratação Acidose metabólica Metabolismo anaeróbico (muito
H+) Dosagem alta de lactato.
Metabolismo anaeróbio: Glicose = ácido láctico(C3H6O3) + 2 unidades deenergia
Metabolismo aeróbio: Glicose + 02 = CO2 + H2O + 32 unidades de energia
Diarreias
Principal causa de morte em bezerros e potros;
Até 1 ano de idade;
Pode acometer animais mais velhos;
Infecciosas: Bactérias, fungos, helmintos, protozoários e vírus;
Causas não infecciosas.
Etiologia
Ruminantes: E.coli, salmonella e clostridium; retrovírus e coronavírus; Eimeria e
Cryptosporidium
Potros: Mesmas bactérias, vírus e protozoáriosde ruminantes; Cio do potro?
Strongyloides westeri, Strongylusvulgaris, Giardia sp; Rhodococcus equi.
Lesão intestinal
Bactérias alterações funcionais nos enterócitos produção de enterotoxinas ↑
secreção e ↓ capacidade absortiva e hipersecreção no lúmen do intestino delgado
Vírus e protozoários replicação e posterior rompimento dos enterócitos atrofia
das vilosidades má absorção e digestão dos nutrientes de água ↑ secreção pelas
criptas diarreia;
Redução na produção da Lactase Muita lactose no lúmen intestinal atrai mais
água
Epidemiologia
Ingestão de água e alimentos contaminados;
Strongyloides westeri (equinos) = leite;
Idade de acordo com o agente causador.
Sinais clínicos:
Desidratação
Acidose metabólica
Febre – em infecciosas
Prostração
Diarreia com variação da cor – depende do agente
Diagnóstico
Cultura das fezes E. coli, Salmonella
ELISA rota e coronavírus
Detecção de oocistos nas fezes e ELISA Cryptosporidium sp
Detecção de oocistos nas fezes Eimeria sp
Hemograma – estimativa de desidratação
Hemogasometria – estimativa desequilíbrio eletrolítico
Tratamento
Fluidoterapia e correção do desequilíbrio eletrolítico;
Ideal realizar teste de sensibilidade à antimicrobianos nas diarreias bacterianas;
E.coli: Ceftiofur (2 a 5 mg/kg); sulfadiazina+ trimetopim (20mg/kg, BID ou SID) ;
florfenicol (40 mg/kg, SID dose única)
Salmonella: Ceftiofur, sulfadiazina+ trimetopim, enrofloxacina (5 a 10mg/kg, IM,
SC ou IV, SID)
Vírus sem necessidade de antibióticos
Cryptosporidium: Halofuginoma (100 µg/kg, VO, 7 dias)
Eimeria sp: Toltrazuril (15 mg/kg, VO, dose única); sulfadiazina+ trimetopim.
Pode ser feito em bezerros desidratados e com acidose uma mistura com os componentes
de necessidade do animal + 2L de água e fornecer VO ou por sonda nasogástrica. Fornecer
a cada 2h (depende do nível de desidratação), durante 24h.
Prevenção:
Colostragem (teste de brix para avaliar o colostro tem que ser > 21%);
Análise de transferência de imunidade passiva = proteína total (igual ou superior a
5,2 g /dL);
Vacinação: E. coli. Clostridium, rota e corona (feito na vaca gestante);
Manejo.
EM POTROS
Um dos principais agentes é o Rotavírus pode ser autolimitante= potros com 1
dia e até 3 meses;
Clostridium P. = comum = diarreia com sangue;
Salmonela < 1 ano;
Strongyloides westerii = 2 a 4 semanas;
Cryptosporidium e Giardia spp = incomum, potros imunocomprometidos.
Diagnóstico
Cultura;
PCR – identificação nas fezes (Clostridioides, Coronavírus,Cryptosporidium
spp., Giardia spp., Rhodococcus equi, Rotavírus,Salmonella spp.);
Hemograma – estimativa de desidratação
Hemogasometria - estimativa desequilíbrio eletrolítico
Tratamento
Fluido
Reposição eletrolítica
Maior cuidado com a endotoxemia- fazer DMSO
Plasma hiperimune (20 a 40 ml/kg) – na veia ou sonda nas primeiras horas de vida
(é utilizado tanto como tratamento como prevenção)
Tratamento medicamentoso similar ao bezerro.
Clostidium e Giardia Metronidazol – pode ser até pelo reto (não mt
recomendado)
R. equi – Rifampicina + azitromicina 10 mg/kg, a cada 24 ou 48horas VO
Strongyloides westeri, Strongylus vulgaris = ivermectina ouabamectina.
Prevenção:
Colostragem;
Avaliação do colostro e da colostragem de maneira semelhante;
Teste imunocromatográfico semi-quantitativo IgG Check – detecção de níveis
de IgG no soro ou plasma de protos;
Plasma hiperimune;
Vacina contra rodococose (éguas prenhes e potros).
Obstruções e esofágicas
Bovinos e equinos
Ingestão e mastigação incompleta de grandes massas alimentares (espiga de milho,
goiaba, manga...) e corpos estranhos.
Obstrução completa ou incompleta
Sinais Clínicos:
Em bovinos = timpanismo pois o animal não consegue eructar;
Sialorrreia;
Regurgitação e disfagia;
Dispneia e tosse;
Posição estendida da cabeça e pescoço;
Protrusão da língua;
Desidratação progressiva;
Mudança na atitude do animal (ansiedade ou excitação).
Diagnóstico:
Palpação: mais comum ocorrer na porção cervical;
Sondagem – pp. em timpanismo (porem a sonda não progride);
Esofagoscopia;
Raio X.
Tratamento
Aliviar o timpanismo primeiramente (rumenocentese);
Localizar a obstrução e realizar uma massagem no sentido da boca/oral
(delicadamente)
Obstrução por massa de grãos → com auxílio de sonda gástrica → bombear fluido
contra a massa;
Corrigir a desidratação
CUIDADO PARA NÃO LESIONAR ESÔFAGO.
Tratamento cirúrgico
Esofagotomia cervical – entre os músculos estenocefálico e braquiocefálico;
Ressecção e anastomose esofágica;
Rumenotomia (obstruções no terço final do esôfago);
Fator limitante: pós op tem muita pressão sobre os pontos alimentação mais pastosa é
necessária.
Gastrite e ulceras gástricas (equinos)
EstÔmago do cavalo possui uma particularidade: relativamente pequeno 7,5 a 15L
Possui porção glandular e aglandular – há uma transição entre os dois
Muco protege o estomago parte glandular (parte mais extensa 2/3)
Parte aglandular + acometida (parte menor do estomago 1/3)
10 a 30 L de ácido clorídrico
Controle da secreção clorídrica = depende do pH e composição do alimento
Tempo de permanecia do alimento no estomago 2 a 6h
Conteúdo apenas no sentido aboral
Até 90% dos animais podem ser acometidos (podem ser assintomáticos) depende da
profundidade da lesão
Ulcera mucosa e camada muscular
Erosões apenas mucosa.
Desequilíbrio entre os fatores de proteção intrínsecos: adequada irrigação da mucosa,
secreção de muco (medicamento que diminui a secreção); prostaglandinas, e
mecanismo citoprotetores e os fatores lesivos intrínsecos (produção de ácido
clorídrico e acetilcolina, ácidos biliares e pepsina).
Etiologia
Dietas ricas em concentrados fermentação que ↑ a gastrina;
Estresse ↑ histamina e gastrina;
Esforço físico;
Uso de AINEs não seletivos (para cox) – Diclofenaco, fenilbutazona, Flunexim
meglumine;
Jejum prolongado;
Helicobacter pylori?
Larvas de Gasterophilus
Sinais clínicos
Pode não ter sintomas.
Diminui o apetite, bruxismo (ranger dos dentes - estomago está ácido – é uma
tentativa de produzir mais saliva), mudança de comportamento, perda da condição
corpórea; cólica aguda ou recorrente e diarreia crônica. Desconforto abdominal, e o
animal não necessariamente estará desidratado.
Liquido peritoneal limpo sem grandes alterações; não terá alterações de
abaulamento/distensão.
Diagnóstico
Sinais clínicos;
Endoscopia – animal em pé com detomidina sedação leve (jejum de 14 a 16h e água
de 2 a 3h).
Tratamento
Retitar a causa!
2 tipos:
o Bloqueador de bomba de prótons – pois se bloquear vai ser jogado menos
H+ para o lúmen estomacal e menos ácido clorídrico vai ser produzido.
o Antagonista de receptores de H2 de histamina.
Ex: Omeprazol (inibe bomba de prótons); cimetididna (receptor H2), ranitidina
(receptor H2). Tratamento por no Mínimo 20 dias.
Anti-ácido: alumínio, magnésio, sucralfato
Metroclopramida – antiemético – ele aumenta o esvaziamento gástrico juntamente com
o ácido clorídrico (aumenta motilidade)
O ideal seria fazer uma endoscopia novamente após o tto.
Prevenção: manejo (tirar da baia, trocar dieta aumentar fibra, diminuir estresse com
enriquecimento ambiental); Selecionar os AINES COX2 seletivos (meloxicam,
firocoxibe); Associar protetores gástricos ao uso prolongado de AINES nãoseletivos
(flunixin, fenilbutazona)
Duodenojejunite proximal
Enterite proximal;
Inflamação do duodeno e jejuno proximal
Prejudica a motilidade intestinal e nos mecanismos de transporte de água e eletrólitos
= hipersecreção, redução da absorção e aumento da permeabilidade. Muito líquido
dentro sinais de cólica e refluxo
Diagnóstico diferencial: torção intussuscepção.
Distenção do segmento proximal no trato gastrintestinal e distensão gástrica secundária,
causando dor e redução damotilidade. (Não tem distinção de Ceco e colón, fica só no ID).
A inflamação deixa a parede do ID mais expeça e rígida.
Etiologia:
É incerta, acredita-se que tenha envolvimento de bactérias como salmonella e clostridium
e/ou ingestão de toxinas (milho, dieta rica em carboidrato – fermentação)
Sinais clínicos
Depressão, apático, menos alerta (inflamação aumenta a permeabilidade + sepse)
laminite
Dor abdominal;
Febre, Taquicardia (dor), desidratação e elevado TPC.
Refluxo gástrico de coloração castanho-alaranjado, odor fétido e PH alcalino pois é
do ID. (esvaziar o estomago a cada 2h)- estomago fica muito cheio.
Diagnóstico
Sinais clínicos (refluxo, depressão, febre)
Distensão de intestino delgado palpável no exame transretal;
Ultrassom (parede do ID destendida e espessa)
Pequena melhora após a descompressão gástrica
Liquido peritoneal = aumento de proteínas e leucócitos.
Aumenta o lactato devido a desidratação que causa a hipoperfusão – menos O2 -
metabolismo anaeróbio.
Tratamento
Descompressão gástrica ( a cada 2h)
Jejum enquanto tiver refluxo (<2 L)
Fluidoterapia
AINEs seletivos
Terapia antiendotoxemia – Dimezol ou flunexim em dose baixa
Estimulantes da motilidade intestinal: Metoclopramida (IM) – iv causa excitação;
Lidocaina – efeito pró-cinético- estimula a motilidade intestinal (causa uma analgesia
na alça diminuindo a inflamação) feita em bolus 1,5mg/kg e infusão de 50mgc/kg/min
IV
Antibioticoterapia: penicilina+gentamicina (animal tem que esta hidratado- cuidado
coma nefrotoxidade)
Avaliar a associação com metronidazol
Prevenção da laminite (42 a 72h gelo)
Complicações: laminite, SIRS e aderência intra-abdominais.
Compactações
Estomago, ID (Íleo principalmente), ceco, colón maior- flexura pélvica
(principalmente), cólon menor;
Ingestão de alimentos com tamanhos grandes de partículas, fenos de má qualidade,
problemas dentários.
Há chances de ruptura!
Compactação do estomago = Não há distensão Abdominal
Sinais clínicos: desconforto abdominal e taquicardia, FC alta
Diagnóstico e tratamento: sondagem nasogástrica e lavagem estomacal (2-3
Litros) - para aliviar e tratar melhora logo após.
(como confirmar se é só estômago? animal melhora após a lavagem – FC diminui) –
Analise do liquido peritoneal não há nada, palpação retal não encontra alterações.
Após lavagem administrar omeprazol ou qualquer protetor gástrico. ( a mucosa
não terá proteção devido as lavagens)
EVOLUÇÃO da compactação: Ruptura do estômago Quando o estômago está
rompido encontramos como sinal clínico: mucosa cianótica, conteúdo na cavidade
abdominal e cc. peritonite.
- Liquido peritoneal com leucócitos conteúdo da cavidade!
Compactação de Íleo (ID) – Não da distensão Abdominal
Região com musculatura mais desenvolvida (lúmen menor) evolução mais rápida!
Desconforto abdominal de moderado a grave;
Pode apresentar refluxo;
Não tem febre.
Diagnóstico: sem alterações no líquido peritoneal;
Distensão de ID na palpação transretal;
Sinais compatíveis com obstrução simples;
Ultrassom
Compactação de IG – Há distensão abdominal
Sinais clínicos:
sinais clínicos
Desconforto abdominal;
Taquicardia – mas inicialmente não há grave comprometimento cardiovascular
Desidratação;
Diagnóstico:
Palpação transretal - conteúdo mais seco
Inicialmente: Hematócrito alto pela desidratação e líquido peritoneal turvo.
Com a evolução: ↑ Lactato e maiores alterações de todos os exames.
Tratamento das compactações:
Controle a dor após o diagnóstico;
Fluidoterapia oral ou parenteral;
Uso de laxantes: sulfato de magnésio ou hidróxido de magnésio (diluído em água)
Óleo mineral
Enemas = água morna com glicerina;
Caso não ocorra melhora (48h) = tratamento cirúrgico.
Compactação do ceco
Avaliar casos de disfunção cecal (compactação secundária): após anestesias
ilanatória; dor pós-OP, AINEs; não respondem ao tratamento clínico = necessidade
de ilecolonostomia
Cólon maior: boa resposta ao tratamento clínico;
Cólon menor: as compactação é a enfermidades mais frequente do cólon menor.
Timpanismo EQUINO
Distensão gasosa;
Estomago, ceco e cólon maior
Principalmente no ceco = câmera fermentativa;
Hiperfermentação;
o Primária: excesso de carboidratos e de rações concentradas;
o Secundária: outros problemas, como obstruções parciais, atonia...
Sinais clínicos
Inicialmente os sinais clínicos de desconforto abdominal é moderado, mas com a
evolução:
Dificuldade respiratória e diminuição do fluxo sanguíneo pela compressão do
diafragma e veia cava caudal;
Tensão e abaulamento abdominal pelo acúmulo de gás;
Taquicardia, taquipneia, cianose e hipovolemia;
Deslocamento de cólon maior pode ser uma consequência.
Diagnóstico:
Sinais clínicos;
Flatulências (eliminação de gases intestinais através do ânus);
Percussão = som timpânico;
Palpação transretal = distenção de ceco e cólon maior, palpação dolorosa;
Exames laboratoriais: grau de desidratação, comprometimento intestinal e acidose.
Tratamento:
Se houver distensão gasosa do estômago = sondagem nasogástrica;
Fluidoterapia;
Antifiséticos combate a flatulência;
Caminhar com o animal;
Ceco = tiflocentese
TTO cirúrgico se a clínica não adiantar.
ATENÇÃO!
Cólica por ingestão de Panicum maximum Fungos, ↑ Amido, ↓Oxalato de cálcio?
(Causa pouco esclarecida.
Timpanismo BOVINO
Meteorismo ou empasinamento
Há uma dilatação do pré estomago acumulo de gás
o Timpanismo espumoso dietas que vão formar espuma estável dentro do
rúmen. O gás sempre vai se acumular na parte dorsal. No meio do rúmen
componente mais sólido e no fundo líquido.
O conteúdo tem uma estratificação (é sedimentado), no timpanismo espumoso o gás fica
por toda a cavidade rumenal (líquido e bolhas de gás).
O gás quando está livre a sonda elimina, a espuma é mais difícil de ser eliminada- a sonda
não adianta neste caso (O timpanismo espumoso ocorre em dietas a base de leguminosas
como a alfafa).
o Timpanismo por gás livre dietas que permitem a produção emexcesso de
gás = ↓ pH. (fermentação).
o Timpanismo por falha da eructação obstrução esofágica é a principal,
trauma, neoplasias).
Fisiopatogenia retenção de gás distensão estimulação de receptores de
estiramentos (ativados) inibem a motilidade.
No timpanismo espumoso retenção de gás dentro da ingesta falham em
subir e coalescer na camada gasosa dorsal dietas com leguminosas ou que
resultam em diminuição de pH.
Timpanismo de gás livre qualquer dieta que aumenta a fermentação (ex:
silagem mofada, pH baixo) produção de ácidos graxos voláteis e ácido lático
excedem a capacidade de absorção dos AGV.
Sinais clínicos:
Distensão do lado esquerdo pp;
FC e FR aumentada;
Dificuldade respiratória (dificulta a distensão do diafragma);
Protrusão da língua;
Cianose;
Decúbito;
Morte.
Pode ser: Leve, moderado e severo.
Pode lateralizar os órgãos ao lado direito devido a distensão
Diagnóstico
Sinais clínicos;
Inspeção e percussão auscultatória;
Em timpanismo espumoso: som submacisso (será a mesma auscultação em todo rúmen –
não há diferenciação de som)
Analisar líquido ruminal (passar sonda ou diretamente no rumem pela perfuração)
pH
Tratamento:
Passagem da sonda ororrumenal;
Desobstruir o esôfago;
Emergencia = trocaterização (dorsalmente ao flanco)
Fluido e correção eletrolítica;
Timpanismo espumoso: rumenotomia.
Algumas alternativas:
Blotrol via sonda – envolve as bolhas mecanicamente – mas não resolve;
Administrar líquido ruminal de um animal sadio no animal afetado – auxilia no
estimulo da população saudável do rúmem – ajuda pp. na motilidade e fermentação
(há uma transfaunação – reposição de fauna)
Não está ruminando produção baixa de saliva e desidratação hipoperfusão de
extremidades metabolismo anaeróbico.
Bicarbonato pra corrigir o desequilíbrio eletrolítico – impirico. Pode fazer a acidose
tornar alcalose – cuidado!
Prognóstico: favorável (gasoso), reservado (espumoso)
Acidose ruminal
Acidose lática ruminal, impactação ruminal aguda, sobrecarga ruminal, indigestão
ácida...
Excesso do consumo de carboidratos de fermentação rápida e mudança de dieta
brusca sem adaptação. Bactérias digestoras de amido e diminui o pH.
Dieta rica em fibra maior produção de ácidos acéticos
Dietas ricas em concentrados = ácido propriônico diminui o pH aumenta
Streptococcus e essas produzem o lactato diminuem ainda mais o pH.
Amido e açucares proliferação de bactérias glicose e ácidos orgânicos aumenta
a acidez e osmolaridade do rúmen que inibem ou destroem microorganismos do
rúmen Disfunção do pré-estomago e distúrbios metabólicos.
Streptococcus Bactéria de crescimento rápido metabolizam o bicarbonato muito
rápido produção de ácido lático continuo pH entre 5 e 5,5 aumenta a
osmoralidade do rúmen (concentração em relação a massa e líquido) – atração de mais
líquido ao rúmen desidratação.
Inibição ou eliminação dos protozoários, bactérias utilizadoras de lactato.
Ph baixo inibem ou eliminam os microorganismo (protozoários, bactérias utilizadoras
de lactato)
AGV aceitam o H+ do ácido de lático e funciona como tampão. Mais os AGV precisa
de fermentação para ser produzido (microorganismo) + uma ação para contribuir o
acumulo de lactato.
Absorção pelo epitélio = liberação de lactato e corpos cetônicos na circulação.
Ácido lático destrói o epitélio ruminal
Rumenite bacteriana = abcessos, celulite difusa, perfuração, peritonite.
Sinais clínicos
Aguda <5 (clínica - pH só vai diminuindo devido a ação dos Strepto) desidratação,
distensão abdominal, laminite, decúbito, acidose metabólica e morte
Subclínico o organismo controla (TRANSITÓRIA) pH 5 a 5,5 – mecanismo internos
elevam o pH diminuição da produtividade, movimentos ruminais diminuídos,
anorexia e diarreia.
Diagnóstico
Informações da dieta;
Sinais clínicos;
Análise do liquido ruminal (pH, cor, odor); Na acidose ruminal a coloração é
amarelada;
Hemograma e hemogasometria;
Azul de metileno se tiver mts bactérias elas vão consumir o azul.
Tratamento:
mudança imediata da dieta; fluidoterapia e correção do desequilíbrio eletrolítico.
Prevenção fonte de energia de degradação mais lenta: polpa cítrica, casca de soja,
farelo de trigo.
Prevenção: Fibra efetiva para estimular a mastigação = produção de saliva;
TTO e prevenção: Aditivos como probióticos (leveduras ou bactérias vivas),
tampões e ionóforos.
Avaliar a necessidade de antibioticoterapia;
Rumenotomia.
Ulcera abomasal
Órgãos é glandular – com diversas pregas;
Barreira mucosa é afetada ou quando ocorrer exacerbação de fatores nocivos (pp.
curvatura maior, curvatura menor);
Localização anatômica do abomaso: Ventral levemente a direita;
O abomaso Difícil examinar e palpar;
Ocorre em qualquer idade + em animais criados em sistema intensivo. Animais jovens
também podem ter devido a mudança/transição da dieta.
Etiologia:
Desequilíbrio da produção e liberação de ácido gástrico e substâncias protetoras da
mucosa do abomaso
Estresse: (mudança de dieta e rotina, pós parto, desmame, transporte) liberação de
glicocorticoides (cortisol) e catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) diminuía a
produção do muco e a mucosa fica mais susceptível a ação do ácido clorídrico.
Bactérias também pode agir, bem como AINE (fenilbutazona e flunexim);
Parto, puerpério, desmame, frequência ↓ de mamadas, transporte...;
Dieta concentrada diminui a produção de saliva/tampão PH fica ácido;
Classificação:
I. Tipo 1: mínimas erosões e hemorragia, sem sinais clínicos e evidentes (=comum
II. Hemorragia mais intensa
III. Vazamento do conteúdo abomasal e peritonite focal (orifício pequeno)
IV. Perfuração do lado direto e peritonite difusa Iabomaso e parede corpórea)
V. Perfuração do lado esquerdo e peritonite difusa (cai na Bursa omental – entre abomaso
omento e rumem)
Sinais clínicos:
Variáveis com a intensidade da doença; sutis e inespecíficos; melena (sangue digerido
nas fezes); mucosas pálidas ou hipocorada; anorexia parcial ou completa; atonia ruminal;
taquicardia (compensar a perda de sangue); aumento de TPC; taquipneia; dor e distensão
abdominal; cólicas.
Diagnóstico:
Exame de sangue oculto nas fezes
Método de Meyer – reagente que reage com uma parte da hemácia coloração
avermelhada das fezes.
Diminuição do hematócrito – anemia normocítica e normocrômica;
Liquido peritoneal exsudato inflamatório (peritonite costuma ser mais localizada
– a não ser que seja uma ulcera profunda).
Abomasocentese detectar presença de sangue no abomaso
US
Tratamento
Antiácidos como o hidróxido de alumínio
Omeprazol (inibe a bomba de prótons) – 20 dias
Cimetidina ou Rinitidina (H2 da histamina)
Sucralfato
Avaliar a necessidade de transfusão de sangue
Acima do tipo 3 associar com antibioticoterapia (devido a peritonite) – Penicilina +
Gentamicina ou Ceftiofur
Prognóstico
Depende do grau
1 e 2 favorável
3 reservado
4 e 5 desfavorável
HEPATOPATIAS
Primaria – lesão direta no fígado
Secundária – Ingestão de planta
Focais ou difusas
Etiologia
Causas toxicas (plantas= necrose, fibrose e fotossensibilização)
Infecciosas
Inflamatórias = neoplasia
Granulomatosa (infecções, medicamentos, doenças auto imunes
Metabólicas = lipidose hepática (triglicérides) pp. em pônei consumo mais alto de
matéria seca e cc aumento de gordura
Obstrutivas – fascíola (verme que obstrui os canais)
Sinais clínicos
Sugerem quando há comprometimento de 60 a 80% do parênquima hepático
Icterícia (bilirrubina é importante na remoção de eritrócitos velhos e o fígado
elimina a bilirrubina, hepatopata acumula bilirrubina – cor amarelada)
Encefalopatia hepática (acumulo de amônia – ela tem que ser metabolizada no
fígado, se ela não é metabolizada acumula-se no sangue e cc. lesiona SNC –
atrapalha ATP e causa hiperecitação)
Edema (cai quantidade de proteína) e emaciação
Diarreia e constipação
Fotossensibilização
Diátese hemorrágica (lesão nos vasos e não tem fatores de coagulação)
Diagnóstico
Enzimas: AST, GGT(+ductos biliares), FA, CK (Para eliminar musculo)
Bilirrubina
Proteína plasmática
Triglicérides e colesterol
Biópsia = exame histológico
US (lado direito - 8° a 13° espaço intercostal) – pontos hiperecoicos distribuídos
caracteriza lesão intensa.
Tratamento
Infusão de glicose de maneira lenta diminui a produção de amônia e
gliconeogênese
Dietas hipoproteicas e rica em carboidratos diminuir produção de amônia.
Fasciolose – Vermífugo como a Ivermectina
Antibióticos de ação intestina – metronidazol
Hepatites crônicas: corticoides diminui a inflamação Predinisolona
Merceptom vitamina e glicose, tiamina.
Prognostico: Reservado
Distúrbios metabólicos
Bovinos - Período de transição:
Ocorre pp. 3 semanas antes e 3 semanas após o parto;
Alterações metabólicas e fisiológicas, permitindo que eles passem de um status não
lactante para lactante;
Alterações no fígado, tecido adiposo, músculo esquelético, secreções e ações de
muitos hormônios, envolvidos no parto e lactação.
Glicose= antes do parto é constante, após o parto tem-se o pico, para posterior
normalizar.
Mudanças endócrinas (alteração hormonal) - menor ingestão de MS - mobilização de
gordura e aumento dos AGV - Gliconeogênese.
- Complexo de doenças no Peri parto: hipocalcemia,
Alterações no período de transição: aumento de energia e proteína no período final da
gestação, como também para o feto.
Cetose
Elevação anormal dos corpos cetônicos = ácido acetoacético, acetona e beta-
hidroxibutírico. No período pós parto, a vaca diminui o apetite - mobiliza gordura -
produção de corpos cetônicos a partir dos triglicerídeos - o excesso de corpos cetônicos
causam um desafio de inflamação.
Balanço energético negativo = final da prenhez e início da lactação. Um certo grau de
cetose é normal. Relação de ingestão e necessidade.
Enfermidade quando = absorção e produção de corpos cetônicos excederem sua
necessidade.
Diminuição do apetite, o ECC diminui, bem como vacas com escore alto (4), mobiliza
muita gordura para produção de energia.
Etiologia:
Diminuição do teor hepático de glicogênio, aumento de triglicerídeos e AGV, produção
máxima de leite (4ª semana pós parto) - PERÍODO CRÍTICO ANTES A PRODUÇÃO
E A INGESTÃO MÁXIMA- ingestão máxima de MS (7 a 8ª semana pós-parto). Corpos
cetônicos - são produzidas pela parede ruminal (pouca), fígado (principal) e glândula
mamária; perda de peso de 30 a 100kg, secundária a outras enfermidades que reduzem a
ingestão de alimentos (deslocamento de abomaso).
Fisiopatogenia
A demanda de glicose da glândula mamária excede a fonte de energia - hipoglicemia -
mobilização de gordura; A necessidade de glicose aumenta 30% no final da prenhez e
75% no início da lactação. Os AGV (acetado, proprionato e butirado 70:20:10); Acetado
(síntese de gordura) e butirato (oxidado em corpos cetônico) = cetogênicos. Proprionato
= glicogênese.
Sinais clínicos:
Cetose clínica X Cetose subclínica. Diminuição do apetite, produção de leite, perda de
peso. Sinias vitais normais, fezes secas e endurecidas, depressão moderada, relutância em
andar. Odor cetônico, sinais neurológicos por curto período (andar em círculos, pressão
da cabeça contra obstáculos, deambulação).
Cetose primária (BEN) X Cetose secundária (doenças associadas, como deslocamento de
abomaso, retenção de placenta).
Diagnóstico: corpos cetônicos = urina, plasma e leite.
Cetose clínica: Glicose (20 a 40mg/kg normal é 52); Corpos cetônicos totais = >
30mg/ml (normal é 3).
Betahidróxibutirato - Normal (0 até 1,1 mmol/l); Subclínica (1,2 a 3,4 mmol/l);
Clínica (> 3,5 mmol/l);
Aumento das enzimas hepáticas.
Tratamento:
Tratar a doença primária se existir! Fazer glicose IV (0,5 g/minuto). Propilenoglicol
(225g BID, VO) ou glicerol (500g/SID, VO). Glicocorticoide (dexametasona 0,04 mg/kg
- dose única, para potencializar a hiperglicemia pro 5 dias). Suplementos orais - Drench
(tem propilenoglicol na sua composição, leveduras - microbiota).
Prevenção:
Redução do estresse, evitar ECC altos, evitar suprimentos excessivos de energia durante
o período de seca, volumoso qualitativo e saboroso, evitar a ingestão excessiva de amido
rapidamente fermentável no pós parto, suporte do sistema imunológico por causa da
inflamação, polifenois na dieta (diminuição da inflamação = suplementos).
Hipocalcemia
Paresia puerperal, febre do leite, paralisia flácida aguda.
Geralmente em vacas de alta produção e após 72h após o parto.
Ciclo do cálcio no animal: imagem slide.
Etiologia: 10 L de colostro precisa-se de 23g de colostro. Redução do cálcio (9x) -
mecanismos para melhorar a intestinal (1,25 - vitamina D3) e aumentar a reabsorção
óssea (PTH).
pH alcalino (aumento de fósforo na dieta) = prejudicam tais mecanismos de
compensação.
Sinais clínicos:
1º estágio - animal permanece de pé, sinais de hipersensibilidade e hiperexcitabilidade
2º estágio - decúbito esternal, cabeça voltada para o flanco, depressão anorexia e
mufla seca, extremidades frias e TºC baixa, estase intestinal (timpanismo).
3º estágio - decúbito, perda de consciência, coma, hipotensão, morte.
- DG: observação dos sinais clínicos. Cálcio total ou ionizado. Níveis:
1º estágio - 5,5 a 7,5g/dl
2º estágio - 3,5 a 6,5 mg/dl
3º estágio - < 2mg/dl
Tratamento:
Gluconato de cálcio IV = 1g/45kg (fraco de 500ml com 8 a11g de cálcio) = adm
lentamente (10 a 20 minutos).
Atropina para neutralizar arritmias cardíacas é uma opção.
Resposta imediata (até 8 horas).
Prevenção:
Uso de Drench oral com cálcio próximo ao parto.
Dietas com baixo nível de cálcio no período pré-parto.
Acidificação sanguínea pela redução ..
Mecanismos de ação das dietas aniônicas - saída do bicarbonato da circulação com
queda do ph sanguíneo. Absorção de Cl Na manutenção .
Balanço cátion- aniônico negativo - redução do ph sanguíneo - excreção de CA e
redução do ph da urina - aumento do pth - aumento da mobilização do Ca ósseo,
aumento do Ca da dieta, aumento da reabsorção renal. (Por isso reduz o pH da urina,
para bloquear o ciclo, com as dietas).
Controle do pH urinário: >8,2 dietas altamente catiônica; 7,5 a 7,8 controle no
fornecimento de cátions; 6,2 a 6,5 - controle ótimo de hipocalcemia.