UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA DE POSTURA
IT 519 – PROJETOS DE CONSTRUÇÕES RURAIS E
AMBIÊNCIA I
PROFª. VÂNIA ROSAL GUIMARÃES NASCIMENTO
Objetivos da aula
Conhecer os principais sistemas de criação e manejo de frangas
destinadas à produção de ovos; planejar e dimensionar as
instalações necessárias e os equipamentos utilizados nesse
sistema de exploração pecuária.
Destaques da aula de hoje...
Introdução Galpões de cria
Localização Galpões de recria
Fases da vida da poedeira Galpões de produção: em cama e em
gaiolas
Sistema de criação “all in – all
out” Exercícios
Local e sistemas de criação Equipamentos
Criação de aves em gaiolas Manejo da produção de ovos
Cálculo do comprimento do Bem-estar das aves – EUA
galpão
Bem-estar das aves – EU
Galpões com gaiolas
Protocolo de bem-estar - Brasil
Introdução
Dimensionamento do plantel de postura
planejamento do número de instalações setor de cria-recria e do setor de postura
Evitar a descontinuidade de produção e obter eficiência na utilização dos recursos
Garantir constante renovação dos planteis
Alternativa
Aquisição de frangas em fase inicial
Realizando a cria - recria das aves que necessita para atender a seu programa de produção =>
sistema mais econômico
Vantagem => maior vigilância das práticas e programas profiláticos das principais doenças,
proporcionando ao avicultor maior tranquilidade
Nesta granja de produção de ovos, sempre haverão aves em fase cria - recria e aves em
produção.
Localização
Próximo das fontes de abastecimento => incubatório, fábrica de ração, etc
Próximo aos pontos de distribuição ou entrega dos ovos
Fácil acesso para caminhões que fazem a entrega de pintinhos, da ração e
retirada dos ovos
Disponibilidade de água e energia elétrica
Terreno seco e permeável, com declividade suave
Orientação Leste – Oeste do aviário
Prevenir dos ventos dominantes no inverno com barreiras naturais
Fases da vida da poedeira
O plantel de galinhas poedeiras é caracterizado segundo a idade, em aves na:
Fase inicial ou de cria: 0 a 7 semanas (1 a 42 dias - pintinhas);
Fase de recria ou de crescimento: 7 a 17 semanas (42 a 140 dias - frangas);
Fase de produção ou de postura (poedeiras): 18 semanas (4,5 meses) até 18 meses (72
semanas), quando as aves são mandadas para o abate devido ao fim do período econômico
de postura (140 dias a 550 dias) ou...
2º ciclo de postura: 76a a 112a semana. (opcional)
Para cada uma das fases citadas acima há que se considerar o sistemas de manejo,
alimentação e instalações diferentes.
Granja para 40.000 poedeiras
Normalmente a granja é planejada para possuir um núcleo de cria, um núcleo
de recria e 4 ou 5 núcleos de produção.
Núcleo de Produção 1
10.000
Núcleo de Produção 2
Núcleo de Cria Núcleo de Recria
10.000
10.000 10.000
Núcleo de Produção 3
10.000
Núcleo de Produção 4
10.000
Sistema de criação
Sistema “all in, all out”
Sistema em que a entrada e a saída das aves no galpão são feitas ao mesmo
tempo
Isolamento das aves por idade: idades diferentes espaçadas de 100 m
Vantagens:
Evita ou reduz a propagação de doenças
Padroniza as operações de manejo com aquecimento, cortinas, alimentação, regulagem de
equipamentos
Todas as instalações devem ter um vazio sanitário de pelo menos 30 dias
entre uma criação e outra => limpeza e descanso dos galpões
Sistema de criação: “all in – all out”
Núcleos de produção:
A granja deve dispor de 5 núcleos de produção
Cada um abrigando um quinto do plantel desejado de poedeiras adultas
Esta composição racionaliza o uso da instalação e regulariza o atendimento ao
mercado
Observação: O sistema de criação pode não seguir a disposição “all in - all out”,
neste caso haverá galinhas de idade diferente dentro de um mesmo galpão.
Local e sistemas de criação
A reposição dos planteis (fase de cria e recria) representam cerca de 20% do custo total
da produção de ovos
Sistemas de cria e recria na forma simples e combinada.
Na fase de postura o uso de gaiolas é o sistema mais difundido
Em criações menores => sistemas de posturas em piso e ripado
a) Sistema Piso - Piso - Piso:
Todas as fases em galpões com piso de concreto, forrada com "cama" de material
absorvente
Fases de cria e recria => mesmo tipo de galpão Ninho manual
Fase de postura => galpões com ninho Fonte: Lopes, 2011.
Local e sistemas de criação
b) Sistema Piso - Piso - Gaiola:
Fases de cria e recria => galpões com piso concretado, forrado com "cama" de
material absorvente
Fase de produção => entre a 15ª e 18ª semana as frangas são alojadas nas gaiolas de
posturas, fabricadas com arame galvanizado.
Local e sistemas de criação
c) Sistema Piso - Gaiola - Gaiola:
Fase de cria => galpões com piso concretado, com "cama“
Fase de recria => por volta de 6ª e 8ª semanas, as frangas são transferidas para gaiola
de recria
Fase de postura => 17ª ou 18ª semanas são transferidas para gaiolas de postura
d) Sistema Bateria - Gaiola - Gaiola:
Fase de cria => realizada em Bateria da 4ª até a 6ª semana
As baterias constam de 5 módulos de 2,0 m de comprimento por 1,0 de largura, possuindo capacidade
para abrigar de 200 a 300 aves
Fase de recria => por volta da 6ª e 8ª semanas => transferência para gaiolas de recria
Fase de postura => 17ª ou 18ª semanas são transferidas para gaiolas de postura
Criação de aves em gaiolas
Características:
Corredor central concretado entre as fileiras de gaiolas
Altura das gaiolas => 20 a 40 cm do chão
Declividade de 1% na extensão das gaiolas
Vantagem das gaiolas:
Maior densidade de criação => uso racional das instalações
Facilita as práticas de manejo => debicagens, vacinações, pesagens, etc.
Possibilita controlar o consumo de ração e o peso corporal
Diminui a concorrência entre as galinhas na alimentação => uniformidade do lote
Evita o canibalismo
continua=>
Criação das aves em gaiolas
Vantagens das gaiolas (continuação):
Facilita o acompanhamento da postura, para descarte de galinhas
improdutivas
Diminui a incidência de doenças
Várias doenças completam o ciclo na cama. Nas gaiolas as galinhas não tem contato
com a cama, interrompendo o ciclo.
Evita acidentes por amontoamento
Facilita a coleta de ovos
Os ovos ficam mais limpos
Evita a ovofagia (Ato de bicar os ovos)
Necessita de menor mão de obra
4 fileiras de gaiolas
Galpão com 8 fileiras de gaiolas (2 corredores)
Corte transversal esquemático de um
galpão com 8 fileiras de gaiolas
Fonte: SOUZA, 1997.
Galpão com 12 fileiras de gaiolas (3 corredores)
Fonte: Mazzuco et al., 1997
Cálculo do comprimento do galpão
Galinhas vermelhas => 1 gaiola de 1 m tem capacidade para 8 galinhas
4 fileiras de gaiolas 32 galinhas por m linear
8 fileiras de gaiolas 64 galinhas por m linear
12 fileiras de gaiolas 96 galinhas por m linear
Galinhas brancas => 1 gaiola tem capacidade para 12 galinhas
4 fileiras de gaiolas 48 galinhas por m linear
8 fileiras de gaiolas 96 galinhas por m linear
12 fileiras de gaiolas 144 galinhas por m linear
Galpões com Gaiolas
Corredores => devem ser sempre de cimento
Comprimento => galpões muito compridos dificultam o manejo
(máximo 140m)
Pé direito => mínimo de 3,0 m
Laterais do galpão => protegidas com tela
Beirais => largos, pelo menos 1,5 m, para evitar a incidência de sol e
chuva sobre as galinhas
Galpões de cria
PINTINHAS
Galpões de cria
Instalações => idênticas às usadas para frangos de corte.
Utilização do galpão por um lote de aves => 6 a 7 semanas.
Densidade de criação no piso => pode ser de 20 a 22 aves/m2.
Capacidade planejada => deve ser superior em 3% à recria e também a cada
núcleo de poedeiras;
Intervalo de compra dos pintos => 90 dias.
Tendência atual => fazer a criação das aves desde o primeiro dia em gaiolas.
Gaiolas ou baterias apropriadas para esta idade, inclusive com aquecimento.
Dimensões das gaiolas: 100 cm de comprimento, 80 cm de profundidade e 30 cm
de altura => Comporta 40 pintinhas.
Galpões de cria
Sistema de piso na fase inicial
Círculo de proteção
Área do Círculo de Proteção
Recomendações
500 pintos -------- 7,0 m2
1000 pintos ------14,0 m2
Cálculo da área do círculo de proteção
Para 1000 pintos
a = x R2
14 m² = 3,14 x R²
R2 = 14 m² / 3,14
R² = 4,459 m² 2,11 m
R = 2,11 m
Área do Círculo de Proteção
Exemplo Círculo para 2.000 pintos
( + 30 m2 de área)
2 linhas de bebedouros nipple (70 bicos)
Campânulas infravermelho
para 1000 pintos
Linha de comedouros
(20 pratos)
Galpões de recria
CRESCIMENTO
Galpões de recria
Tipos de galpões para recria:
galpão de piso com cama
galpão com gaiolas especiais, dispostas em paralelo ou
no sistema de escada, com 2 ou 3 andares, de 4 a 12
fileiras
Recria em cama
galpão é igual ao utilizado para frangos de corte, com o
mesmo número de bebedouros e comedouros
densidade recomendada para esta fase: 10 a 14 aves/m2
Utilização do galpão por um lote de aves => 7ª a 17ª
semanas
Recria em gaiolas
Características das gaiolas para recria =>
dimensões:
100 cm de comprimento (com divisão de 50 cm)
50 cm de profundidade
50 cm de altura
Capacidade deste tipo de gaiola
12 a 14 aves para as linhagens leves
10 a 12 aves/gaiola para linhagens semi-pesadas
A criação nestas gaiolas não deve ultrapassar a
17a semana.
Galpão de produção
EM CAMA
Galpões de produção na cama
Ninho
Quando a postura é realizada em cama, o galpão deve ser composto
de ninhos para as galinhas botarem os ovos.
A relação ideal é 1 ninho para cada 3 ou 4 galinhas.
O ninho tem as seguintes dimensões: 30 cm de altura, 20 cm de largura
e 40 cm de profundidade.
Utilização do galpão por um lote de aves - 18 semanas até 18 meses;
Densidade de aves => 4 a 5 aves/m²;
Comedouro => 7,5 cm linear por ave;
Bebedouro => 2,5 cm linear por ave.
Galpões de produção na cama
Brasil: Sistema pouco usado para granjas de produção de ovos comerciais.
Europa: devido a pressão de entidades de proteção dos animais, volta a ser
adotado com grande intensidade a produção de ovos sobre cama.
Prazo para substituição total da criação em gaiolas pelo sistema de criação em
cama: 2013.
Galpões de produção
EM GAIOLA
Galpões de produção em
gaiolas
Tipos
Gaiolas dispostas em paralelo
Sistema de escada, com 2 ou 3 andares
Dimensões das gaiolas
100 cm de comprimento (divisão de 25 cm cada)
40 cm de profundidade
40 cm de altura
Capacidade desta gaiola
8 aves marrons
12 aves brancas
Fase de produção => até 72 semanas de vida das aves.
Galpões de produção em gaiolas
O tamanho da gaiola varia de acordo com o fabricante
sendo recomendado espaço de 400 cm² por galinha
7 a 8 cm lineares de comedouros e bebedouros para evitar o umedecimento da
ração
Utilização do galpão por um lote de aves => 18 semanas até 18 meses;
Dimensão da gaiola - 30x40x38; 24x37x38; 50x45x38; 60x50x38; 30x40x38;
Densidade de aves - 3; 2; 6; 9; 4;
Espaço ave (cm²) => 400; 444; 375; 333; 300;
Gaiolas
Fase de cria: 240 a 280 cm2 por ave;
Fase de recria 320 a 380 cm2 por ave;
Fase de produção de 400 a 480 cm2 por ave.
Tipos de gaiola
Cria Recria Produção
Exercício 1
1. Deseja-se construir um galpão de cria para 22.000 pintinhas. Com Largura de 10
metros.
a) Qual deve ser o seu comprimento?
Recomendação: 22 pintinhas/m²
Resposta
Área necessária: 22.000 22 = 1000 m2
Comprimento:
Área = largura x comprimento
1000 = 10 x comprimento
Comprimento = 100 metros
Exercício 2
2) Um galpão de postura tem 12 fileiras de gaiolas e 100 m de comprimento.
a) Qual a sua capacidade de lotação?
b) Quantas gaiolas são necessárias?
Recomendação: 8 aves por gaiola de 1m de comprimento
Resposta
8 aves X 12 fileiras = 96 aves por metro linear de galpão
96 aves X 100 m de comprimento = 9.600 aves por galpão
9.600 aves 8 aves por gaiolas = 1200 gaiolas por galpão
Equipamentos
AVICULTURA DE POSTURA
Equipamentos
O que são?
Unidades móveis complementares à construção do aviário
Para que servem?
Necessários para atender as exigências fisiológicas e de manejo das aves
Equipamentos
Alimentação
Comedouros;
Bebedouros.
Controle Ambiental
Cortinas;
Ventiladores;
Nebulizadores;
Aspersores
Aquecedores;
Círculos de Proteção.
Aquecedor a gás (thermax) Campânula a gás (thermax)
Equipamentos
Higienização
Necessários para limpeza e desinfecção em geral:
Bombas de alta pressão
Torneiras
Mangueiras
Reservatórios
Roupas de proteção individual
Dosadores automáticos de cloro
Máquinas lavadoras de ovos
Fonte: Mazzuco et al., 1997
Bebedouros Infantis
Bebedouro tipo copo de pressão
Utilizados na fase inicial, até 8 a 12 dias de idade
Os mais usados => baixo custo
Plástico ou alumínio e tem capacidade de 4 a 5 litros de água.
Abastecimento manual
Desvantagem: Requer constante abastecimento e higienização; maior mão-
de-obra
Bebedouro tipo automático infantil
Com reservatório que controla a vazão de água por uma válvula e a
distribui aos bebedouros
Custo mais elevado
Necessita higienização periódica e fluxo permanente de água Bebedouro interligado
Usado até 10 dias de idade do lote infantil
Bebedouros
Fases de crescimento e produção
Bebedouro tipo calha com válvula ou bóia
Cochos de alumínio em forma de “V” com 2,5 ou 3,0 metros, com bóia reguladora em uma
das extremidades
Automático
Custo relativamente baixo
Requer manutenção e higienização diária
Desvantagem: possibilidade de vazamentos e maior contaminação da água
Recomendação
2,5 cm/ave na fase de recria
2,5 a 4 cm/ave na fase de produção
Bebedouros
Fase de crescimento e produção
Bebedouro tipo calha de água corrente
Metal ou plástico
Vantagem: água mais fresca
Inconveniente: maior fluxo de água e constantes vazamentos
Recomendação
2,5 cm/ave nas fases de recria
2,5 a 4 cm na fase de produção
Declividade de 1% no sentido longitudinal do galpão para dar escoamento
à água do bebedouro
Bebedouros
Comuns para todas as fases
Bebedouro tipo pendular:
Automático
Válvulas controladoras do fluxo de água, pelo próprio peso da água dentro do
bebedouro
Economia de água
Necessidade de higienização manual constante
Recomendação
80 a 100 aves por bebedouro na fase de cria
60 a 80 aves por bebedouro na fase de recria
Bebedouros
Comuns para todas as fases
Bebedouro tipo Nipple
Possui válvula de metal que quando acionada pela ave através do bico, libera a
água por pressão automaticamente
Não há necessidade de lavagens periódicas Facilita a mão-de-obra
Não requer abastecimento constante
Pode ser usado desde o 1º dia de vida das aves
Instalar um filtro antes das linhas de abastecimento
No caso do manejo em piso:
Permite melhor circulação das aves
Evita a transmissão horizontal de doenças através da água
Evita derramamento de água na cama, mantendo-a mais seca
Recomendação
16 a 18 aves por bico de "nipple" na fase de cria
10 a 12 aves por bico na recria
8 a 10 aves por bico na fase de produção.
Comedouros para fase inicial em piso
Tipos: Tubular infantil e tipo bandeja.
Tipo bandeja
Abastecimento manual
Plástico, madeira ou alumínio
Medindo aproximadamente 50 cm x 50 cm x 5 cm de altura
São usados até os 8 a 10 dias de idade
Recomendação: 80 a 100 pintinhos por bandeja
Tipo tubular
Abastecimento manual
Plástico ou alumínio: composto por depósito (tubo) e prato
Capacidade para 3,5 a 5 kg de ração
Utilizado até 30 dias de idade
Recomendação: 40 a 60 pintinhos por comedouro, podendo ser
Comedouros
Fases de crescimento e produção
Comedouros automáticos de corrente
Muito usados antes dos comedouros automáticos atuais (tuboflex).
Calha em forma de “U” que percorre o galpão em linha de ida e volta.
Na calha há uma corrente que carrega a ração (esteira) movida por um
motor que fica na extremidade do galpão, junto ao depósito de ração.
5,0 cm/ave
Considerando-se os dois lados da calha: 1 m de calha para 40 aves (sistema
de piso)
Comedouros
Fases de crescimento e produção
Comedouros tipo calha
Comedouros utilizados nas criações em gaiolas
Calhas de chapa galvanizada, madeira ou plástico, em forma
de “U”
A ração é distribuída manualmente ou mecanicamente com
auxilio de carinhos distribuidores de ração
As gaiolas de postura já são fabricadas com o local de encaixe
de bebedouros e comedouros
Comedouro sempre é instalado acima do bebedouro, quando
este for do tipo calha
Comedouro e Bebedouro tipo Calha
Comedouro tipo Calha
Gaiolas com comedouros tipo calha e
bebedouros tipo nipple
Bebedouro tipo nipple e
Fase inicial em gaiola
comedouro tipo calha
Fase de produção em bateria
vertical com esteira para coleta de
esterco
Equipamentos comuns
para todas as fases
Comedouro tipo prato automático
Sistema desenvolvido para arraçoamento em período integral (desde pintainhas até aves adultas)
Composto por depósito central + linha de distribuição em circuito fechado + espiral metálica
transportadora de ração + pratos reguláveis com grade
Balanças de pesagem
Tipos: plataforma, relógio ou eletrônicas, devendo ser aferidas periodicamente.
Silos para armazenagem de grãos e ração
Tipos: Metálicos, de madeira, de fibra ou alvenaria.
Seleção: considerar o custo, a localização (Insolação, umidade, condições de acesso), facilidade de manejo
(limpeza e retirada de ração) e a capacidade de estocagem necessária.
Sistemas de abastecimento de água
Reservatórios centrais de água, caixas d’água, encanamentos e os bebedouros, específicos para cada fase da
criação.
Equipamentos específicos
para a fase de postura
Ninhos manuais
Utilizados quando a criação é feita no piso
Podem ser individuais ou coletivos
Confeccionados em metal ou madeira
Carrinhos transportadores
Utilizados para coleta de ovos
Balança para a pesagem das aves
Utilizadas para acompanhamento do desenvolvimento e uniformidade do plantel
Manuais ou automáticas Balança digital para
pesar frango
Bandejas
De papelão ou plástico com capacidade para 30 ovos => chamadas de pente => utilizadas para
expedição e venda dos ovos
Isopor ou papelão => como as embalagens para 1 dúzia de ovos, do varejo
Equipamentos para controle de
temperatura, ventilação e umidade
Composto por:
Ventiladores, nebulizadores, aspersores, aquecedores e
sistema de controle de cortinas
Ventiladores
Finalidade => controle da temperatura e renovação do ar
Recomendação => 1 ventilador para 15 a 20 m de comprimento
da instalação
Nebulizadores
Compostos por bicos pulverizadores, pressurizador e reservatório,
podendo ser acoplados aos ventiladores
Manejo: utilizados durante épocas de altas temperaturas e baixa
umidade do ar, associados normalmente ao uso de ventiladores
Equipamentos para controle de
temperatura, ventilação e umidade
Aspersores Aquecedor a gás (thermax)
Bicos pulverizadores usados na cumeeira dos telhados, também acoplados a
uma tubulação de água
Função: reduzir a temperatura interna da instalação evitando a irradiação nos
períodos de calor mais intensos
Aquecedores
Os mais conhecidos são os do tipo campânulas Campânula a gás (thermax)
Diversos modelos disponíveis no mercado => podem ser a gás, a lenha ou
elétricos, tendo a sua capacidade variável de acordo com o modelo
Cortinas
Reguladas manualmente ou automaticamente
Confeccionadas em fibras diversas
Permitem a troca de ar e dos diversos gases com o exterior
Outros Equipamentos
Debicadores;
Pulverizador costal;
Carrinho de mão;
Lança chamas (flambador);
Termômetros;
Pistolas vacinadoras.
Manejo da produção de ovos
COLETA, LIMPEZA, CLASSIFICAÇÃO E ARMAZENAMENTO
Coleta dos Ovos
Um maior número de coletas diárias resulta em maior número de ovos limpos e
íntegros.
Granjas pequenas => deve-se realizar pelo menos duas coletas diárias.
Granjas maiores => são realizadas de 4 a 5 coletas.
Granjas automatizadas => a coleta pode ser feita até de hora em hora.
Coleta de ovos manual e automática
Limpeza dos ovos
Após a coleta os ovos devem ser lavados
Com água com temperatura acima da temperatura ambiente (38 - 40 °C)
Ou com solução de detergente
Máquinas lavadoras e classificadoras de ovos de vários modelos e marcas
Podem lavar e classificar de 25 até 250 caixas de 30 dúzias por hora
Classificação manual e automática de ovos
Classificação manual de ovos
Lavadora e classificadora de ovos por peso –
108.000 ovos por hora
Armazenamento dos Ovos
Cuidado no armazenamento dos ovos
Local => salas limpas, pois os ovos absorvem certos odores
Temperatura => 10°C a 13°C
Umidade relativa do ar => 70 a 80%
Seguindo essas recomendações a qualidade interna do ovo pode ser
mantida por mais de dois meses.
Armazenamento dos Ovos
Temperatura °C Tempo de
armazenamento (dias)
37,5°C 3
25°C 8
16°C 65
3°C 100
Bem – Estar das Aves - EUA
O "United Egg Producers" publicou em 1999 o seu "Regulamentos para
Produção de Ovos", reeditado e atualizado em 2002.
De acordo com o órgão de representação dos produtores, medidas de
melhoria foram iniciadas em 2002 e a implementação completa deve
acontecer até 2008.
Gaiolas
Excremento de aves em pisos superiores não atinjam as aves em
pisos inferiores.
Altura suficiente para a ave se posicionar confortavelmente em pé,
piso com inclinação não maior que 8 graus.
Espaço de 432 a 555 cm² (hoje a lotação chega ser de até 275 cm²).
Espaço linear de comedouro suficiente para todas as aves comerem
ao mesmo tempo (não determina especificamente espaço por ave).
Gaiolas
Aves devem ter acesso contínuo a água limpa, sendo que para aves adultas
não mais que 12 aves por nipple.
Ventilação suficiente para manter em nível confortável dos gases maléficos.
Amônia mantida abaixo de 25 ppm, não devendo exceder 50 ppm em 24 hs.
Intensidade de luz apropriada e inspeções das aves diariamente.
Bem – Estar das Aves - UE
PARA SISTEMAS DE GAIOLAS INSTALADOS ATÉ SISTEMAS DE GAIOLAS INSTALADOS DE 2003
2002, DEVIA-SE CONTEMPLAR: A 2011 DEVEM CONTEMPLAR:
550 cm²/ave. 750 cm²/ave.
10 cm espaço de comedouro. 12 cm espaço de comedouro.
2 nipples/gaiola.
Gaiola no mínimo 2000 cm².
65% da gaiola com mínimo de 40cm
de altura, e mínimo de 35cm no Mínimo 45 cm de altura.
restante. 15 cm de poleiro/ave.
Declive do piso máximo de 14% (8
graus). Cada gaiola deve conter ninho e
Gaiolas equipadas com desgastador caixa para banho de areia.
de unhas. Desgastador de unhas
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
BRASIL
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
O que é?
Documento norteador para as empresas produtoras e indústrias processadoras de ovos
do Brasil.
Quem participou da elaboração desse protocolo?
União brasileira de avicultura (UBA)
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Empresas associadas da UBA
Associações estaduais de avicultura
Universidades
Embrapa
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
Objetivo
Especificar os requisitos para o bem-estar nos sistemas de criação de poedeiras
comerciais destinadas à produção de ovos para consumo,
nos quais as aves deverão estar em condições adequadas de conforto sem serem
submetidas a condições de estresse desnecessárias.
Aplicação
Os requisitos desta norma devem ser aplicados a todos os estabelecimentos produtores
de aves poedeiras da espécie Gallus gallus, sem considerar o tipo, tamanho e o produto
final da propriedade.
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
Bases do programa de bem-estar
O termo bem-estar designa os elementos que contribuem para a qualidade de vida de
um animal, incluindo os que constituem as "cinco liberdades“.
As cinco liberdades
Devem ser respeitadas e servir como base para a elaboração do programa de bem-estar
animal do estabelecimento produtor de ovos.
1. Livres de medo e angústia
2. Livres de dor, sofrimento e doenças
3. Livres de fome e sede
4. Livres de desconforto
5. Livres para expressar seu comportamento normal
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
Padrões recomendados para sistemas de criação em gaiolas
Densidade de alojamento => deve permitir o movimento das aves; espaço para que todas
possam se deitar ao mesmo tempo sem haver o amontoamento de uma sobre a outra.
Densidade que permita o livre acesso a comedouros e bebedouros.
Alterações podem ser realizadas em função dos sistemas de automação.
Recomendações
375 cm²/ave (brancas);
450 cm²/ave (vermelhas).
Comedouro calha: superior a 10 cm/ave
Bebedouros nipple: 1 p/ 6aves (todas as aves devem ter acesso a no mínimo 2 pontos de
bebedouro);
A inclinação do piso da gaiola não deve ser superior a 8°ou 13%.
Protocolo de bem-estar
para aves poedeiras
Padrões recomendados para sistemas de criação em piso com cama
Todas as aves devem dispor de espaço suficiente para se movimentar, bater asas,
empoleirar ou deitar-se sem dificuldade.
Comedouros e bebedouros devem estar acessíveis e em quantidades suficientes, sem
induzir competição entre animais.
Recomendações
10 aves/m2 (brancas)
8 aves /m2 (vermelhas)
Comedouros calha: 8 cm/ave branca e 10 cm/ave vermelha
Comedouro tubular: 1 p/ 20 aves.
Bebedouros pendulares: 1:50
Bebedouros “nipple”: 1:8
Bebedouros calha: 8 cm/ave branca e 10 cm/ave vermelha
Referências bibliográficas
SOUZA, Cecília de F. Instalações para aves. Viçosa: CRA/DEA/UFV. Disponível em:
http://www.ufv.br/dea/ambiagro/arquivos/INSTALA%C3%87%C3%95ESavesFINAL.pdf. Acesso
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LOPES, Jackelline Cristina Ost. Avicultura. Floriano, PI: EDUFPI; UFRN, 2011. Disponível em:
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