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Apostila Desenho Técnico - FTEC - Leandro - Nova Parte 02

O documento fornece instruções para desenhar uma polia em folha A4, aplicando meio corte. As dimensões da polia são: diâmetro externo de 120mm e as demais dimensões de acordo com a tabela fornecida. O documento também explica como representar cortes parciais e seções em desenhos técnicos.

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Apostila Desenho Técnico - FTEC - Leandro - Nova Parte 02

O documento fornece instruções para desenhar uma polia em folha A4, aplicando meio corte. As dimensões da polia são: diâmetro externo de 120mm e as demais dimensões de acordo com a tabela fornecida. O documento também explica como representar cortes parciais e seções em desenhos técnicos.

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DESENHO TÉCNICO

Desenhe uma polia em folha A4, aplicando meio corte. O diâmetro externo é de 120mm e o
restante das dimensões utilizar a tabela a seguir:

Elementos normalizados para dimensionamento das polias em “V”


Perfil padrão Diâmetro externo Ângulo do Medidas em milímetros
da correia da polia (mm) canal T S W Y Z H K X
De 75 a 120 34°
A De 125 a 190 36° 9,5 15 13 3 2 13 5 5
Acima de 200 38°
De 125 a 170 34°
B De 180 a 270 36° 11,5 19 17 3 2 17 6,5 6,25
Acima de 280 38°
De 200 a 350 36°
C 15,25 25,5 22,5 4 3 22 9,5 8,25
Acima de 350 38°
De 300 a 450 36°
D 22 36,5 32 6 4,5 28 12,5 11
Acima de 450 38°
De 485 a 630 36°
E 27,25 44,5 38,5 8 6 33 16 13
Acima de 630 38°

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DESENHO TÉCNICO

9.4 - Corte Parcial (NBR 10067/87)

Em certas peças, os elementos internos que devem ser analisados estão concentrados
em partes determinadas da peça. Nesses casos, não é necessário imaginar cortes que
atravessem toda a extensão da peça. É suficiente representar um corte que atinja apenas os
elementos que se deseja destacar. O tipo de corte mais recomendado nessas situações é o
corte parcial. Nesta aula você saberá como é representado o corte parcial.

Representação do corte parcial

Observe um modelo em perspectiva, com aplicação de corte parcial. A linha contínua


estreita irregular e à mão livre, que você vê na perspectiva, é a linha de ruptura. A linha de
ruptura mostra o local onde o corte está sendo imaginado, deixando visíveis os elementos
internos da peça. A linha de ruptura também é utilizada nas vistas ortográficas.

A vista representada em corte é a vista frontal porque, ao imaginar o corte, o observador


estava vendo a peça de frente. Nas partes não atingidas pelo corte parcial, os elementos
internos devem ser representados pela linha para arestas e contornos não visíveis.
Veja agora outra maneira de representar a linha de ruptura, na vista ortográfica, através
de uma linha contínua estreita, em ziguezague.
As partes hachuradas representam as partes maciças do modelo, atingidas pelo corte.

Verificando o entendimento:

A linha de ruptura pode ser representada por: uma linha contínua....................................,


irregular, ......................................................... ou por uma linha contínua estreita em
..............................

Mais de um corte parcial no Desenho Técnico

Você pode imaginar mais de um corte parcial na mesma vista do Desenho Técnico. O
corte parcial também pode ser representado em qualquer das vistas do Desenho Técnico.
Outra coisa muito importante que você deve observar é que, na representação em corte
parcial, não aparece o nome do corte. Não é necessário, também, indicar o corte parcial em
outras vistas.

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DESENHO TÉCNICO

Complete o desenho a seguir em corte parcial.

10 - Seções (NBR 10067/87)

Em Desenho Técnico busca-se, sempre, a forma mais simples, clara e prática de


representar o maior número possível de informações.
Você já viu como a representação em corte facilita a interpretação de elementos
internos ou de elementos não visíveis ao observador. Mas, às vezes, o corte não é o recurso
adequado para mostrar a forma de partes internas da peça. Nestes casos, deve-se utilizar a
representação em seção, que é um dos assuntos que você vai aprender nesta aula. As
representações em seção também são normalizadas pela ABNT (NBR10067/1987).

Observe a perspectiva, a seguir:

Este desenho mostra uma peça longa, com forma constante. Em Desenho Técnico
existe um recurso que permite simplificar a representação de peças deste tipo: é por meio do
encurtamento, outro assunto que você vai estudar. E tem mais: num mesmo desenho, você
pode encontrar representações de seções e também de encurtamento. Não se esqueça de
fazer os exercícios dados em aula, fale com o professor.

Representação em seção

Seccionar quer dizer cortar. Assim, a representação em seção também é feita


imaginando-se que a peça sofreu corte. Mas existe uma diferença fundamental entre a
representação em corte e a representação em seção. Você vai compreender bem essa
diferença, analisando alguns exemplos.

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DESENHO TÉCNICO

Imagine o modelo representado a seguir seccionado por um plano de corte transversal.


Analise a perspectiva do modelo, atingida pelo plano de corte e, embaixo, as suas vistas
ortográficas com a representação do corte na vista lateral. A vista lateral mostra a superfície
atingida pelo corte e também a projeção da parte da peça que ficou além do plano de corte. A
vista lateral permite analisar a parte atingida pelo corte e também outros elementos da peça.
Veja agora o Desenho Técnico do mesmo modelo, com representação em seção. Note
que, ao lado da vista frontal está representada a seção AA. Esta seção mostra a parte maciça
atingida pelo plano de corte. A seção representa o perfil interno rebatido da peça ou de uma
parte da peça.
A indicação da seção representada pela linha traço e ponto com traços largos nas
extremidades aparece na vista frontal, no local onde se imaginou passar o plano de corte.
A linha de corte onde se imagina o rebatimento da seção deve ser sempre no centro do
elemento secionado.
Enquanto a representação em corte mostra as partes maciças atingidas pelo corte e
outros elementos, a representação em seção mostra apenas a parte atingida pelo corte.

Resolva o exercício, para não esquecer.

Exercício:

Escreva C para a afirmativa que se refere a corte e S para a afirmativa que se refere à seção:

a) ( ) mostra apenas a parte cortada da peça;

b) ( ) mostra a parte cortada e outros elementos.

Veja as respostas corretas: a) S e b) C.

OBS: Nos desenhos técnicos de peças a seção pode ser representada: fora da vista, dentro da
vista ou interrompendo a vista.

10.1 - Fora da Vista

Os desenhos técnicos com seção fora da vista são semelhantes, em alguns pontos, aos
desenhos técnicos em corte. Observe o próximo desenho. Compare as vistas ortográficas
desta peça em corte e em seção.

Observe as semelhanças e as diferenças entre os dois desenhos.

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DESENHO TÉCNICO

Semelhanças: Em ambos os casos imaginaram-se cortes na peça; eles apresentam


indicação do plano de corte e as partes maciças atingidas pelo corte são hachuradas.
Diferenças: No desenho em corte, a vista onde o corte é representado mostra outros
elementos da peça, além da parte maciça atingida pelo corte, enquanto que o desenho em
seção mostra apenas a parte cortada; a indicação do corte é feita pela palavra corte, seguida
de duas letras maiúsculas repetidas, enquanto que a identificação da seção é feita pela palavra
seção, também seguida de duas letras maiúsculas repetidas.

10.2 - Seções Sucessivas Fora da Vista

Quando se tratar de uma peça com vários elementos diferentes, é aconselhável


imaginar várias seções sucessivas para analisar o perfil de cada elemento.

10.3 - Seção Dentro da Vista

A seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde que não prejudique a
interpretação do desenho. Observe a próxima perspectiva em corte e, ao lado, sua
representação em vista ortográfica, com a seção representada dentro da vista.
Para representar o contorno da seção dentro da vista, usa-se a linha contínua estreita.
A parte maciça é representada hachurada. Quando a seção aparece rebatida dentro das vistas
do Desenho Técnico, ela não vem identificada pela palavra seção, seguida de letras do
alfabeto.

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DESENHO TÉCNICO

Exercício: Represente a seção dentro da vista.

Exercício:

Analise as vistas ortográficas e escreva:


(C) para as que apresentam corte
(S) para as que apresentam seção

Desenhe a elevação e a planta da peça apresentada a seguir em escala 1:1. Na vista de


elevação, trace a seção do corpo da peça interrompendo a vista.

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Desenhe as seções dos perfis representados a seguir, traçando-as sobre a própria vista.

Desenhe a seção AA representados a seguir, fora da vista.

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DESENHO TÉCNICO

11 - Vista de Objetos Encurtados (NBR 10067/87)

São representações convencionais utilizadas para desenho de peças que, devido ao


seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor aproveitamento de espaço no
desenho.
São representadas somente partes da vista da peça que contem detalhes.
Os limites das partes mantidas são desenhadas da mesma maneira que vistas parciais
e aproximados uns dos outros. Veja os exemplos:

Desenhe na escala 1:1 o que se pede a seguir:

1) Barra redonda ø28 x 276mm


2) Chapa de 10 x 20 x 190mm
3) Tubo de ø20 x ø26 x 526mm
4) Cônico de ø16 x ø30 x 130mm

12 - Representações Especiais

Você já sabe que há casos em que a projeção ortográfica normal não permite a
interpretação satisfatória de todos os elementos da peça. Por isso, você aprendeu a interpretar
vistas auxiliares com rotação, que são tipos especiais de projeção ortográfica. Mas, às vezes,
dependendo das características da peça, nem as vistas auxiliares, nem a projeção com rotação
permitem mostrar com clareza todos os elementos que se quer analisar. Veja a peça a seguir,
por exemplo. Nas vistas ortográficas normais alguns elementos, além de estarem
representados pela linha para arestas e contornos não visíveis, aparecem deformados,
dificultando a interpretação da peça. A face oblíqua está ligada à base por uma nervura, e isto
dificulta a representação da vista auxiliar. Neste caso, a forma mais simples de reproduzir todos
os elementos importantes da peça é recorrendo a outro tipo especial de projeção ortográfica:
vistas especiais. Nesta aula, você aprenderá a interpretar, além das vistas especiais, as vistas
localizadas e as vistas parciais.
Vista especial:

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Na vista de A e na vista de B os elementos


aparecem representados pela linha para arestas e
contornos visíveis. Isso foi possível pela mudança
da posição do observador, em relação às faces
projetadas. Note que, neste caso, é bem mais fácil
analisar os elementos da peça na representação
com vistas especiais do que na representação
com vista lateral normal. Nesta representação
com vistas especiais, a vista superior é
dispensável porque as demais vistas já
apresentam as informações necessárias para a
execução da peça. Para simplificar ainda mais o
Desenho Técnico, evitando as linhas para e
contornos não visíveis, pode-se representar a
vista frontal em corte.

12.1 - Vistas Parciais

Peças simétricas. Você já sabe que uma peça simétrica, cortada ao meio por um plano
de corte longitudinal ou transversal, fica dividida em duas metades iguais. Em Desenho
Técnico, quando a peça é simétrica, pode-se desenhar apenas uma parte da peça para
representar o todo.

12.2 - Meia Vista

Na representação de peças simétricas em meia vista apenas metade da vista é


desenhada. Será analisada a representação de um suporte. Veja suas vistas: frontal e superior.
Agora veja três maneiras diferentes de representar esta peça com meia vista. Nos três
casos, a vista superior foi representada em meia vista.

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Há casos em que uma única vista é suficiente para dar uma ideia completa da peça. Se
a peça for simétrica, nada impede de representar esta vista única em meia-vista. Acompanhe
um exemplo. A peça cilíndrica a seguir pode ser representada através de vista única. Veja, ao
lado, a vista frontal correspondente em representação normal, sem corte, FIG. 1.

12.3 - Quarta Parte de Vista

Há casos em que a representação ortográfica da peça pode ser ainda mais simplificada
se a peça por simétrica longitudinal e transversalmente. Apenas ¼, FIG. 2.

Vista é desenhada para representar o todo. Ao


analisar uma quarta parte da vista você deve
imaginar que a peça foi dividida em quatro
partes iguais, mas apenas uma delas foi
representada.
FIG. 1 FIG. 2

13 - Omissão de Corte (NBR 10067/87)

Você já aprendeu muitas noções sobre corte: corte total, corte composto, meio corte e
corte parcial. Você estudou também a representação em seção, que é semelhante à
representação em corte, e aprendeu como se interpretam desenhos técnicos com
representação de encurtamento, que também requer a imaginação de cortes na peça. Mas,
você ainda não viu tudo sobre cortes. Existe outro assunto muito importante que você vai
aprender nesta aula. Observe a vista em corte, representada a seguir. O desenho aparece
totalmente hachurado porque o corte atingiu totalmente as partes maciças da peça. Agora,
observe os dois modelos a seguir, representados em corte.

Qual destas duas peças corresponde à vista em corte anterior?


Como as áreas atingidas pelo corte são semelhantes, fica difícil, à primeira vista, dizer
qual das peças atingidas pelo corte está representada na vista hachurada. Para responder a
essa questão, você precisa, antes, estudar omissão de corte. Assim, ao final desta aula você
será capaz de: identificar elementos que devem ser representados com omissão de corte;
identificar as vistas ortográficas onde há representação com omissão de corte; e interpretar
elementos representados com omissão de corte.

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A) B)

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Desenhe em duas vistas a peça apresentada a seguir, aplicando corte longitudinal.

Desenhe na escala 1:2 as três vistas da peça a seguir aplicando corte AB.

Desenhe na escala 1:1 as três vistas de cada peça aplicando corte AB.

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14 - Cotagem

Para a execução de uma peça, torna-se necessário colocar no desenho, além das
projeções que dão ideia da forma da peça, também suas medidas e outras informações
complementares. A isto se chama dimensionamento ou cotagem.
A cotagem dos desenhos tem por objetivos principais determinar o tamanho e localizar
exatamente os detalhes da peça. Por exemplo: para a execução da peça a seguir, é preciso
saber suas dimensões e a exata localização do furo.

OBS: A anotação “Esp. 8” refere-se à espessura da peça, sendo que este tipo de cotagem
sempre deve ser feito “fora” dos limites da peça.

Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:


1. linhas de cota;
2. linhas auxiliares ou de chamada;
3. cota.

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Linhas auxiliares ou de chamada:


São estreitas, traço contínuo, não devem tocar o contorno da peça e prolongam-se um pouco
além da última linha de cota que abrangem.

Linhas de cota:
São estreitas, traço contínuo e auxiliada por setas nas extremidades.

Cota:
É o valor numérico, ou seja, o dimensional da peça.

14.1 - Regras de Cotagem (NBR 10126/87)

Normalmente, a unidade de medida do Desenho Técnico é o milímetro, sendo


dispensada a colocação do símbolo junto ao valor numérico da cota.
Se houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo símbolo ao lado do valor
numérico, conforme desenho a seguir.

As linhas auxiliares não devem tocar as linhas de contorno e devem ultrapassar as


linhas de cota com medida não maior que 2mm.

Entre a linha de cota e a linha de contorno da peça, e também entre as linhas de cota,
deve-se deixar um espaço uniforme (mais ou menos 7mm).

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Deve-se evitar o cruzamento das linhas auxiliares com as linhas de cota.

A cota deve ser escrita acima da linha de cota, equidistante dos extremos;

Ou em intervalo aberto pela interrupção da linha de cota.

NOTA:
No mesmo desenho deve-se empregar apenas uma das duas maneiras.

As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para
a direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada.

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Os limites da linha de cota são feitos por meio de setas ou traços oblíquos. Somente
uma das formas deve ser usada no desenho.

Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a forma do
elemento cotado. Deve-se evitar a repetição de cotas e, também, na medida do possível, evitar
que as linhas de extensão cortem as linhas do desenho.

As cotas podem ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam,
atendendo aos melhores requisitos de clareza e facilidade de execução.

As linhas auxiliares devem ser traçadas perpendicularmente à dimensão cotada ou, em


caso de necessidade, obliquamente, porém paralelas entre si.

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Não se deve cotar elementos invisíveis. A cotagem deverá ser feita onde o elemento
aparecer visível.

14.2 - Cotagem de Detalhes (NBR 1012/87)

As linhas de cota de raios de arcos levam setas apenas na extremidade que toca o
arco.

Conforme o espaço disponível no desenho, os ângulos podem ser cotados assim:

A cotagem de chanfros é feita conforme indicação das figuras a seguir. Quando o


chanfro for de 45º, pode-se simplificar a cotagem usando um dos sistemas apresentados nas
figuras.

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A cotagem de círculos é feita pela indicação do valor de seu diâmetro por meio dos
recursos apresentados nas figuras a seguir, que são adotados conforme o espaço disponível
no desenho.

Para cotar os espaços reduzidos, colocam-se as cotas como nas figuras a seguir.

A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em suas normas NB-8 e NB-13,


recomenda a utilização de símbolos, que devem ser colocados sempre antes dos valores
numéricos, conforme visto anteriormente.

NOTA: Quando na vista cotada for evidente que se trata de diâmetro ou quadrado, os
respectivos símbolos podem ser dispensados.

Observe a vista frontal de uma peça cilíndrica formada por várias partes com diâmetros
diferentes.

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Neste desenho, foi realizada uma


Cotagem em cadeia cotagem em cadeia. Observe que, na
cotagem em cadeia, cada parte da peça
é cotada individualmente. A parte
identificada pela letra A, por exemplo,
mede 25mm de comprimento. Já a cota
12 indica o comprimento da parte C.
Analise você mesmo as demais cotas.
Você deve ter reparado que a cotagem
da peça não está completa. Foram
inscritas apenas as cotas que indicam o
comprimento de cada parte da peça,
para ilustrar a aplicação do sistema de
cotagem em cadeia.
Observe a perspectiva cotada e, ao lado,
a vista frontal do pino com rebaixo. Note
Cotagem por face de referência que a perspectiva apresenta apenas
duas cotas, enquanto que a vista frontal
apresenta a cotagem completa. A
extremidade do corpo do pino foi
escolhida como face de referência, como
se observa na perspectiva. A partir desta
face de referência foram indicadas as
cotas: 35 e 45. Você notou que foi
prolongada uma linha auxiliar a partir da
face de referência tomada como base
para indicação das cotas de
comprimento: 35 e 45?

NOTA: Sempre se deve colocar as dimensões totais da peça para uma melhor interpretação do
desenho. Veja o exemplo anterior, onde foram colocadas as dimensões de ø36 e 55mm.

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No desenho anterior a Cotagem por elemento de referência.

Na cotagem por elemento de referência as cotas são indicadas a partir de uma parte da
peça ou do desenho tomado como referência. Este elemento de referência tanto pode ser uma
face da peça como também uma linha básica, isto é, uma linha que serve de base para a
cotagem. Este sistema de cotagem deve ser escolhido sempre que é necessário evitar o
acúmulo de erros construtivos na execução da peça.

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Exercício:

Escreva as cotas pedidas:


a) comprimento, altura e espessura da peça:
........, ......... e ........;
b) diâmetro dos furos ........;
c) cotas indicadas a partir da face de referência A:
....., ......, ....., ......;
d) cotas indicadas a partir da face de referência B:
....., ....., ....., .....;
e) cotas de localização do recorte: ......, ..... .
Formas de cotagem a partir de elementos de
referência
Quando a cotagem da peça é feita por elemento
de referência, as cotas podem ser indicadas de
duas maneiras: por cotagem em paralelo e
cotagem aditiva.

Cotagem em paralelo
Observe o desenho ao lado.
A localização dos furos foi determinada a partir da
mesma face de referência.
Observe que a linhas de cota estão dispostas em
paralelo umas em relação às outras. Daí o nome:
cotagem em paralelo.

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14.3 - Cotagem por Linha Base

Indique as cotas pedidas:


a) Cotas determinadas a partir da linha básica
vertical:. ...............
b) Cotas determinadas a partir da linha básica
horizontal: ..................
Essa peça apresenta uma curvatura irregular.
Observe que algumas cotas foram determinadas a
partir da linha básica, que corresponde à linha de
simetria horizontal da peça. Veja a peça,
representada em vista única cotada.

Além das cotas básicas – 95 (comprimento), 50


(altura) e 6 (espessura) – foi indicada a
cota 10, que representa o diâmetro dos furos.

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Existe outra maneira de indicar a cotagem aditiva:


consiste na cotagem por coordenadas.

Observe o Desenho Técnico da placa com furos e


a tabela e preencha corretamente os espaços em
branco.
a) As cotas de localização do furo nº 2 são ....
Cotagem aditiva e...... e seu diâmetro é .......
b) O furo nº 3 está a ....... mm de distância na
Este tipo de cotagem pode ser usado quando direção do eixo x e a ........ mm
houver limitação de espaço e desde que não de distância na direção do eixo y e seu diâmetro é
cause dificuldades na interpretação do desenho. ......... mm.
Veja a mesma placa com 6 furos, que você c) A distância do furo nº 4 em relação ao eixo x é
estudou cotada em paralelo, agora com aplicação de ....... mm e em relação
de cotagem aditiva. ao eixo y é de ...... mm.
d) As cotas de localização do furo nº 5 são ..... e
........ .
e)) O diâmetro do furo nº 6 é ..... mm.
f) O furo nº 7 fica localizado pelas cotas ..... e
.........

a) ( ) Cotagem aditiva e cotagem em paralelo;


b) ( ) Cotagem em cadeia e cotagem aditiva;
c) ( ) Cotagem em cadeia e cotagem em paralelo.

Responda às questões:
a) Qual o sistema de cotagem que permitiu
determinar as cotas: 6, 8, 10, 12 e 14?
R.: ...........................................
b) Qual o sistema empregado para determinar as
cotas 10 x 8 (80)?
R.: ..............................................
a) cotagem por elemento de referência; b)
cotagem em cadeia.

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14.4 - Cotagem Especial

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Observe os desenhos a seguir e escreva, nos


parênteses: (D) nas vistas que apresentam o
centro de circunferência deslocado e (DA) nas que
apresentam o centro de circunferência deslocado
e afastado da linha de centro ou da linha de
simetria.

Exercício: No desenho a seguir, complete a cotagem dos furos, sabendo que a peça tem cinco
furos espaçados igualmente e a distância entre os centros dos furos é de 10°.

Resposta:

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Faça a leitura da cotagem da peça:

Faça a leitura da cotagem da peça:

Faça a leitura da cotagem da peça:

Indique, no Desenho Técnico, a relação de


conicidade, sabendo que o diâmetro menor desta
peça é 10.

Isso porque, se o diâmetro diminuiu 2mm em


100mm então a redução do diâmetro foi de 1mm
para cada 50mm do comprimento da peça, o que
significa uma relação de conicidade de 1:50.

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Em folha A4, reproduza a peça.

a) Qual a cota que dimensiona o elemento


esférico A? R.: ............
b) Qual a cota que dimensiona o elemento
esférico B? R.: .............

Faça em A4, no Desenho Técnico, as seguintes


cotas:
a) comprimento da peça: 158mm
b) comprimento da parte encurtada: 100mm
c) diâmetro da seção da parte encurtada 15mm

Quantos furos tem esta peça? R: ..............

Desenhe as peças em três vistas e faça a cotagem dos desenhos a seguir:

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Localize as cotas necessárias para a execução das peças abaixo representadas.

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DESENHO TÉCNICO

Desenhe as peças a seguir em duas vistas e faça a cotagem necessária.

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DESENHO TÉCNICO

Observe as perspectivas e trace as três vistas necessárias para a confecção das peças
fazendo a cotagem.

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DESENHO TÉCNICO

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DESENHO TÉCNICO

15 - Tolerâncias Dimensionais

A tolerância dimensional e representada pela dimensão nominal, que é igual para eixos
e furos, e pelo símbolo de tolerância correspondente a norma ISO.
O símbolo de tolerância consiste de letras e números. A letra estabelece a posição do
campo de tolerância enquanto que o número associado à dimensão nominal numa tabela, dá-
nos a tolerância.

Medida Nominal – 45H7 – Símbolo para furos


– 45g6 – Símbolo para eixos

Para furos, usam-se letras maiúsculas, que são colocadas à direita e um pouco acima
da dimensão nominal.
Para eixos, usam-se letras minúsculas, que são colocadas à direita e um pouco a seguir
da dimensão nominal.

As tolerâncias, por meio de símbolos, da norma ISO não devem ser aplicadas nos
casos apresentados nas figuras a seguir.

A medida com tolerância e a medida com afastamento para mais ou para menos de um
valor específico, pode ser representada através de valores (números) ou através da norma ISO
(símbolos).

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Na aplicação de medidas com tolerâncias, alguns conceitos básicos devem ser


conhecidos:
Dimensão nominal: é a medida representada no desenho.

Dimensão com tolerância: é a medida com afastamento para mais ou para menos da
medida nominal.

Dimensão efetiva: é o valor obtido na medição da peça.

30,024

Dimensão máxima: medida máxima permitida.

30,2

Dimensão mínima: medida mínima permitida.

29,9

Afastamento superior: diferença entre a dimensão máxima permitida e a medida


nominal.

30,2 - 30 = 0,2

Afastamento inferior: diferença entre a dimensão mínima permitida e a medida nominal.

29,9 - 30 = - 0,1

Tolerância: diferença entre a medida máxima e a medida mínima permitida

30,2 - 29,9 = 0,3

15.1 - Representação das Tolerâncias Através de Afastamentos

Os afastamentos devem ser colocados depois da medida nominal com os sinais


correspondentes. Suas dimensões devem ser menores que a dos números que indicam a
dimensão nominal.

O afastamento superior sempre deve ser representado acima da medida nominal, e o


afastamento inferior sempre abaixo da medida nominal.

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DESENHO TÉCNICO

Se um dos afastamentos é igual a zero, pode-se colocar apenas um dos afastamentos.

Normalmente, os dois afastamentos são colocados. Se o afastamento superior é igual


ao inferior, usa-se só um com os sinais.

Nos desenhos onde a tolerância não venha especificada, deve haver uma referência a
DIN 7168 na legenda ou ao lado dela, por exemplo: cotas sem indicação de tolerância
conforme DIN 7168 médio.
Se não vier especificado o grau de precisão na legenda do desenho, deve-se considerá-
lo como grau de precisão médio.

Tabela de Afastamento Permitido DIN 7168


DIMENSÃO NOMINAL (mm)
Grau de Acima 0,5 Acima 3 Acima 6 Acima 30 Acima 120 Acima 400
precisão até 3 até 6 até 30 até 120 até 400 até 1000
Fino ±0,05 ±0,05 ±0,1 ±0,15 ±0,2 ±0,3
Médio ±0,1 ±0,1 ±0,2 ±0,3 ±0,5 ±0,8
Grosso ±0,15 ±0,2 ±0,5 ±0,8 ±1,2 ±2

Em junções e desenhos de montagem, a dimensão nominal da cota serve para o furo e


para o eixo, podendo os símbolos de tolerância ser representados como na figura a seguir.

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16 - Estados de Superfície (NBR 6405/88 e 8404)

Rugosidade superficial é o conjunto de irregularidades micro geométricas resultantes na


superfície de um elemento mecânico após sua fabricação.
A unidade de rugosidade superficial é o micrômetro (1µm = 10 −3 milímetros).

16.1 - Sinal Gráfico Utilizado para Indicar Rugosidade

Sinal básico Sinal c/retirada de material Sinal s/retirada de material

A NBR 6405/88, trata apenas de três tipos de rugosidade: a rugosidade média


aritmética Ra, a rugosidade média Rz e a rugosidade máxima Rmáx. A utilização de uma ou
outra forma de rugosidade depende normalmente da utilização que será dada ao dispositivo ou
componente mecânico fabricado. Além destes tipos de rugosidade existem outros não
normalizados pela ABNT, como: Rt, rugosidade total; Lc, comprimento de contato a uma
profundidade “c”; Ke, coeficiente de esvaziamento; Rp, profundidade de nivelamento, que
serão mais profundamente discutidos nas disciplinas Metrologia e Tecnologia Mecânica.
A obtenção de uma determinada condição de superfície é na maioria dos casos
conseguida através de processos abrasivos, seja sobre a própria peça, seja sobre a matriz que
irá produzir as peças, e a medição da rugosidade é obtida através de um instrumento
denominado RUGOSÍMETRO.

16.2 - Formas de Indicação de Rugosidade

A rugosidade pode ser indicada pelo seu valor, por um intervalo ou por dois tipos de
rugosidade, veja a figura a seguir.

A indicação de rugosidade em Ra é dispensada, pois é subentendido que esta é a


usada preferencialmente.
A indicação de rugosidade em Rz deve ser colocada à direita e abaixo do símbolo.
No caso de especificações especiais, deve-se colocar acima da linha do símbolo.

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Símbolo com indicação da característica principal da


rugosidade Ra
Significado
A remoção do material é:
Facultativa Exigida Não permitida
Superfície com uma
rugosidade máxima:

Ra = 3,2µm
Superfície com uma
rugosidade entre:

máximo Ra = 6,3µm
mínimo Ra = 1,6µm

Indicação de outros tipos de rugosidade conforme figura a seguir.

O posicionamento dos símbolos da rugosidade na superfície da peça deve ser orientado


de maneira que possam ser lidos tanto com o desenho na posição normal, como pelo lado
direito.

Se necessário, o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma linha
de indicação que deve ser provida com seta na extremidade junto à superfície.
O vértice do símbolo ou da seta, sempre pelo lado externo, deve tocar o contorno da
peça ou tocar uma linha de extensão que e um prolongamento do contorno.

Quando o sinal da rugosidade é indicado como mostrado na Figura 16.1, deve-se ler
que todas as superfícies da peça (superfícies internas e externas), deverão ter rugosidade
Ra=6,3µm, com retirada de material.
Quando o sinal da rugosidade é indicado como mostrado na Figura 16.2, deve-se ler
que toda a peça (superfícies externas e internas) tem rugosidade Ra=12,5µm, exceto nas

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superfícies onde estiverem indicado rugosidades Ra=1,6µm e Ra=6,3µm, com retirada de


material.

Figura 16.1 Figura 16.2

16.3 - A Rugosidade e o Processo de Fabricação

O objetivo da inclusão da tabela a seguir, é para informar ao engenheiro ou técnico a


rugosidade esperada em diversos processos de fabricação, de forma a poderem decidir se
determinada peça deverá sofrer algum tratamento ou operação posterior para que atinja seus
objetivos funcionais.

Grupos de Rugosidade
Rugosidade máxima
50 6,3 0,8 0,1
Valores em Ra (µm)
Classes de
N12 N11 N10 N9 N8 N7 N6 N5 N4 N3 N2 N1
Rugosidades
Rugosidade máxima
50 25 12,5 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,025
Valores em Ra (µm)
Serrar
Limar
Informações sobre os resultados de

Plainar
Tornear
Furar
Rebaixar
Alargar
usinagem

Fresar
Brochar
Raspar
Retificar (frontal)
Retificar (lateral)
Alisar
Superfinish
Lapidar
Polir

--------------------------------- Rugosidade realizável com usinagem comum.

Rugosidade realizável com cuidados e métodos especiais.

Faixa (à direita) para um desbaste superior.

Unidade da rugosidade em Ra 1µm = 0,001mm.

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17 - Convenção de Representação de Roscas (NBR 8993/85)

As peças roscadas são de utilização frequente em mecânica. As roscas podem ter


utilizações muito diferentes:
• Provocar um esforço de pressão entre duas peças para imobilizá-las mutuamente;
• Transformar um movimento de rotação num movimento de translação (por
exemplo: um parafuso micrométrico).

DEFINIÇÕES:
Parafuso - peça constituída por uma espiga (haste) roscada a todo o comprimento ou
não, com cabeça ou sem cabeça (neste caso diz-se "parafuso sem cabeça", "espiga roscada",
etc.), mas sempre com dispositivo de imobilização ou de movimentação.
Considere-se que entre os cabeçotes de um torno está montado um cilindro rodando em
torno do seu eixo e que uma ferramenta com ponta afiada se desloca paralelamente ao eixo
com velocidade constante, por forma a que a ponta se mantenha em contato com o cilindro.
Por definição a curva descrita sobre a superfície do cilindro é uma hélice. Se a ferramenta de
corte penetrar mais profundamente no cilindro, obtém-se uma ranhura helicoidal. Uma
regulagem adequada da profundidade da ranhura e do seu passo permite obter uma sucessão
de saliências e reentrâncias que constituem a rosca. O aspecto com que fica a rosca quando a
ponta da ferramenta de corte tiver perfil triangular.

Obtenção de uma rosca com perfil


Traçado de uma hélice no torno.
triangular.

Porca - peça furada com rosca fêmea, com dispositivo de movimentação e destinada a
entrar numa rosca macho.
Perno roscado - (parafuso com porca, cavilha roscada, etc.): conjunto formado por um
parafuso com cabeça e uma porca, destinado normalmente a fazer aperto entre as faces
interiores da porca e da cabeça do parafuso.
Espigão - haste roscada em ambas as extremidades, destinada a fazer aperto entre a
face de uma peça em que é implantada por roscagem e a face interior de uma porca aplicada à
extremidade livre.

Rosca exterior ou macho (parafuso) e interior ou Perfil de rosca triangular e respectivamente


fêmea (porca). figura primitiva.

Para que se possa fazer a representação convencional dos parafusos e porcas, que são
elementos roscados, é necessário que se veja, primeiramente, como se faz a representação
convencional de roscas.

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Roscas Externas

Roscas Internas (simplificadas)

OBS: Roscas de parafuso (montagem), as roscas macho tem preferência com relação às
roscas fêmeas.

Designação das roscas:

As várias dimensões do perfil de uma rosca estão relacionadas entre si, pelo que basta
geralmente indicar algumas delas para definir complemente a rosca. O tipo de rosca indica-se
por uma ou duas letras inscritas antes do diâmetro nominal. As letras correspondentes aos
vários tipos são as seguintes:

Rosca ISO (métrica) M.


Rosca Whitworth.
Rosca quadrada Quad.
Rosca trapezoidal Tr.
Rosca de dente de serra S.
Rosca redonda Rd.

O quadro a seguir mostra os tipos mais comuns de roscas, os símbolos indicativos das
mesmas em Desenho Técnico, os perfis e exemplos de indicação para cotagem de desenhos.

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Roscas Símbolo Perfil Indicação Observação

Rosca normal de 1”.


Whitworth
- Neste caso dispensa o
normal
símbolo (W).

Rosca com diâmetro


Whitworth
W externo de 84mm e
fina
passo de 1/16”.

Rosca aberta no
Whitworth diâmetro externo de
RC
para canos um tubo cujo furo é de
1”.

Rosca métrica normal


Métrica M com 16mm de
diâmetro.

Rosca métrica fina cujo


parafuso tem 104mm
Métrica fina M
de diâmetro externo e
passo de 4mm.

Rosca num parafuso


SAE para
SAE de 1” de diâmetro
automóveis
externo.

American Rosca num parafuso


National NC de 2” de diâmetro
Coarse externo.

Rosca num parafuso


American
NF de 1” de diâmetro
National Fine
externo.

Rosca trapezoidal com


8mm de passo num
Trapezoidal Tr
parafuso de 48mm de
diâmetro.

Rosca quadrada com


6mm de passo num
Quadrada Quad.
parafuso de 30mm de
diâmetro.

NOTA: Os exemplos do quadro se referem a roscas com filetes de uma só entrada e à direita.
Quando tiverem mais de uma entrada ou forem à esquerda, escrever-se-á da seguinte forma:
Tr 48x8-esq. M80-esq. 2 ent. RC 1”-esq.

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Exercícios:
Interprete os desenhos a seguir e responda:

Nome da rosca: Nome da rosca: Nome da rosca:


Ângulo do filete: Ângulo do filete: Ângulo do filete:
Símbolo da rosca: Símbolo da rosca: Símbolo da rosca:

Na representação da rosca existente na peça a seguir, faltam dois pequenos detalhes.


Complete-os.

Identifique os nomes das roscas desenhadas a seguir:

________________________ _______________________

Complete o desenho a seguir, representando em corte uma rosca métrica normal com 20mm
de diâmetro. Faça a cotagem da rosca.

18 - Parafusos e Porcas

Os parafusos e as porcas são de uma forma geral, construídos obedecendo às


proporções mostradas nos desenhos a seguir.

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Parafusos com Cabeça e Porca Hexagonais (sextavadas)

Parafusos com Cabeça e Porca Quadradas

Parafusos com Cabeças Especiais

NOTA: As linhas representativas do fundo do filete da rosca são desenhadas com traços
contínuos e estreitos.

19 - Arruelas

Arruelas são elementos de máquinas que servem para proteger a superfície das peças,
evitar deformações nas superfícies de contato e, também, de acordo com sua forma, evitar que
a porca afrouxe.

Tipos:
As arruelas são geralmente classificadas em:

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- Arruelas de Segurança;
- Arruelas Lisas ou Planas;
- Arruelas de Pressão.

Os desenhos a seguir mostram os vários tipos de arruelas, bem como exemplos de


aplicações.

Arruela de Segurança

Arruela Lisa ou Plana

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Arruela de Pressão

20 - Chavetas

A chaveta é um elemento de máquina utilizado como meio de ligação não permanente.


Evitando o deslizamento na transmissão de forças, a chaveta tem seu grande emprego na
fixação de rodas dentadas, polias, volantes e etc., aos respectivos eixos.

Tipos
Os tipos de chavetas mais empregadas são:

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Dimensional da seção para chavetas quadradas e retangulares (BS 4235: Parte 1: 1972)

Eixo Chaveta Chaveteiro


Diâmetro
Largura b Profundidade
Nominal d
Raio r
Ajuste com Ajuste Ajuste
Tamanho Eixo t1 Cubo t2
folga normal interferente
Acima Até, e bxh
Nom. Eixo Cubo Eixo Cubo Eixo e
de inclusive
(H9) (D10) (N9) (Js9)* cubo (P9) Nom. Tol. Nom. Tol. Máx. Mín.
Tolerâncias
Chaveteiros para chavetas quadradas paralelas.
6 8 2x2 2 +0,025 +0,060 -0,004 +0,012 -0,006 1,2 1 0,16 0,08
0 +0,020 -0,029 -0,012 -0,031
8 10 3x3 3 1,8 1,4 0,16 0,08
+0,1 +0,1
10 12 4x4 4 2,5 1,8 0,16 0,08
+0,030 +0,078 0 +0,015 -0,012 0 0
12 17 5x5 5 0 +0,030 -0,030 -0,015 -0,042 3 2,3 0,25 0,16
17 22 6x6 6 3,5 2,8 0,25 0,16
22 30 8x7 8 +0,036 +0,098 0 +0,018 -0,015 4 3,3 0,25 0,16
0 +0,040 -0,036 -0,018 -0,051
30 38 10 x 8 10 5 3,3 0,40 0,25
38 44 12 x 8 12 5 3,3 0,40 0,25
44 50 14 x 9 14 +0,043 +0,120 0 +0,021 -0,018 5,5 3,8 0,40 0,25
0 +0,050 -0,043 -0,021 -0,061
50 58 16 x 10 16 6 4,3 0,40 0,25
+0,2 +0,2
58 65 18 x 11 18 7 4,4 0,40 0,25
0 0
65 75 20 x 12 20 7,5 4,9 0,60 0,40
75 85 22 x 14 22 +0,052 +0,149 0 +0,026 -0,022 9 5,4 0,60 0,40
0 +0,065 -0,052 -0,026 -0,074
85 95 25 x 14 25 9 5,4 0,60 0,40
95 110 28 x 16 28 10 6,4 0,60 0,40
110 130 32 x 18 32 11 7,4 0,60 0,40
130 150 36 x 20 36 12 8,4 1,00 0,70
+0,062 +0,180 0 +0,031 -0,026
150 170 40 x 22 40 0 +0,080 -0,062 -0,031 -0,088 13 9,4 1,00 0,70
170 200 45 x 25 45 15 10,4 1,00 0,70
200 230 50 x 28 50 17 11,4 1,00 0,70
230 260 56 x 32 56 20 +0,3 12,4 +0,3 1,60 1,20
260 290 63 x 32 63 +0,074 +0,220 0 +0,037 -0,032 20 0 12,4 0 1,60 1,20
0 +0,100 -0,074 -0,037 -0,106
290 330 70 x 36 70 22 14,4 1,60 1,20
330 380 80 x 40 80 25 15,4 2,50 2,00
380 440 90 x 45 90 +0,087 +0,260 0 +0,043 -0,037 28 17,4 2,50 2,00
0 +0,120 -0,087 -0,043 -0,124
440 500 100 x 50 100 32 19,5 2,50 2,00
Todas as dimensões em mm
*Os limites de tolerância Js9 são citados da BS 4500, “ISO Limites e Ajustes”, até três casas
significativas.

21 - Rebites

Os rebites são empregados para uniões, em caráter permanente, de chapas e perfis


laminados. Tem sua grande aplicação em estruturas metálicas, construções de reservatórios,
caldeiras e etc. Os rebites são feitos de material resistente e dúctil, como o aço, o latão e o
alumínio. São classificados de acordo com seus elementos: cabeça, corpo e contra cabeça.

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Tipos e Proporções

Costuras e Proporções

Exercício:
Desenhe em escala 1:1, a costura em ziguezague esquematizada a seguir com os seguintes
dados:

Tipo de rebite: cabeça redonda;


Diâmetro do rebite: 7mm
Espessura da chapa: 5mm
Largura da chapa: 82mm
Transpasse das chapas: 80mm

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DESENHO TÉCNICO

Distância entre centros vertical: 30mm


Distância entre centros horizontal: 30mm

OBS: Mostre a peça em duas vistas, sendo uma em corte.

22 - Soldas - Simbologia (ABNT 7165/82)

A simbologia de soldagem é a representação gráfica de todas as informações que são


necessárias da área. Dentre as várias normas que são utilizadas na simbologia de soldagem,
pode-se citar as que correspondem aos processos de trabalho de indústrias europeias,
americanas e asiáticas, tais como AWS – American Welding Society; Euronorm, norma
europeia; ISO – International Standard Organization; JIS – Japanese Industrial Standards. As
normas mais utilizadas no Brasil são da AWS e da ABNT, Associação Brasileira de Normas
Técnicas.

22.1 - Símbolos

Os símbolos são desenhos que representam orientações para o processo de soldagem;


indicam a geometria das juntas, as dimensões e o ângulo do chanfro, a abertura de raiz, o
comprimento da solda, o local de trabalho, entre outras informações.
Os símbolos são utilizados para economizar espaço e trabalho nos desenhos dos
projetos e, ao mesmo tempo; além disso, os símbolos tornam a interpretação do desenho mais
rápida e fácil. Os símbolos de soldagem podem ser classificados em dois grandes grupos: os
símbolos básicos e os suplementares. A norma AWS considera um terceiro grupo, o dos
símbolos típicos, que reúne todos os símbolos necessários à situação de soldagem, bem como
as dimensões e especificações de materiais.

22.2 - Símbolos Básicos

Os símbolos básicos de soldagem transmitem as informações elementares do processo.


Segundo a AWS, as partes sempre presentes na representação simbólica da soldagem são as
linhas de referência e as linhas de seta, conforme a figura 22.1.

Figura 22.1 – Símbolos Básicos

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Diferença entre Símbolo de Solda e Símbolo de Soldagem

Esta norma faz uma distinção entre os termos símbolo de solda e símbolo de soldagem.
O símbolo de solda indica o tipo de solda e, quando usado, é uma parte do símbolo de
soldagem.

A linha de referência, indicada na figura 22.2, é um traço horizontal que serve de


suporte para as informações a respeito da soldagem. Conforme sua localização, acima ou
abaixo da linha da referência, os símbolos utilizados indicam ações diferentes.
Um símbolo colocado abaixo da linha de referência determina que o procedimento de
soldagem deve ser feito no lado indicado pela linha de seta; se o símbolo estiver acima da
linha, a soldagem deverá ser feita no lado oposto da linha de seta.

Figura 22.2 – Linha de Referência

Símbolos de Solda: Os símbolos de solda deverão ser conforme mostrado a seguir. Os


símbolos deverão ser desenhados "na" linha de referência (para fins ilustrativos é mostrada
tracejada).

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DESENHO TÉCNICO

(*) Solda lado raiz (back weld) é feita após a solda do lado do chanfro; já a contra-solda
(backing weld) é feita antes da solda do lado do chanfro, para evitar a perfuração da chapa em
decorrência do vazamento da solda pelo outro lado (vazamento passante).

OBS: A linha de referência é mostrada tracejada por motivos ilustrativos

Símbolos de Soldagem: O símbolo de soldagem consiste de diversos elementos (ver


figura 22.2.1). Somente a linha de referência e a seta são elementos obrigatórios. Elementos
adicionais podem ser acrescidos para expressar informação específica de soldagem.
Alternativamente, informação de soldagem pode ser expressa por outros meios tais como em
notas ou detalhes de desenhos, especificações, normas, códigos, ou outros desenhos que
eliminam a necessidade de incluir os elementos correspondentes no símbolo de soldagem.
Todos os elementos, quando usados, deverão ter localizações específicas no símbolo de
soldagem, tal qual mostrado na figura. Requisitos mandatórios com relação a cada elemento
no símbolo de soldagem referem-se à localização do elemento e não deve ser interpretado
como necessidade de incluir o elemento em todos os símbolos de soldagem.

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DESENHO TÉCNICO

Figura 22.2.1: Localização Padrão de Elementos de um Símbolo de Soldagem

No caso de soldagem em ambos os lados da peça, aparecerão dois símbolos, um


acima e outro abaixo da linha de referência, como representado na figura 22.3.

Figura 22.3 – Soldagem em ambos os lados

A linha de seta parte de uma das extremidades da linha de referência e indica a região
em que deverá ser realizada a soldagem, como na figura 22.4; o local exato da soldagem é
especificado pela posição do símbolo, acima ou abaixo da linha de referência. A linha da seta
pode ser colocada tanto na extremidade esquerda quanto na direita da linha de referência,
devendo ser observada a estética do desenho.

Figura 22.4 – Linha de Seta

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DESENHO TÉCNICO

A linha de seta pode ser contínua ou não. Quando a linha de seta é contínua, indica que
qualquer um dos lados da junta pode apresentar chanfro. A linha de seta não contínua indica o
lado da junta que deverá ser chanfrado, semelhante à figura 22.5.

Figura 22.5 – Tipos de Linha de Seta

A outra extremidade da linha de referência pode apresentar um símbolo semelhante ao


da figura 22.6, uma letra V deitada.

Figura 22.6 – Cauda da Linha de Seta

Este símbolo é chamado cauda e traz informações a respeito de procedimentos,


especificação e normas estabelecidos por associações de soldagem. Essas indicações são
compostas de algarismos e letras, representativos do procedimento.
Se não for necessária nenhuma especificação, o desenho da cauda pode ser
dispensado.
O símbolo da solda por costura é representado como um círculo colocado no meio da
linha de referência e representa dois traços horizontais que cortam o círculo, um acima e outro
abaixo da linha de referência, como se pode verificar na figura 22.7.

Figura 22.7 – Solda por Costura

O símbolo de solda em ângulo é representado por um triângulo retângulo posto acima


ou abaixo da linha de referência, conforme a figura 22.8.

Figura 22.8 – Solda em Ângulo

A solda de tampão é representada por um retângulo colocado acima ou abaixo da linha


de referência, conforme a figura 22.9. O retângulo pode conter algarismos, indicando a medida
do enchimento em milímetros; a omissão da medida indica que o enchimento é total.

Figura 22.9 – Solda em Tampão

Para simbolizar a solda por ponto, utiliza-se um círculo colocado no meio da linha de
referência, como se verifica na figura 22.10.

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DESENHO TÉCNICO

Figura 22.10 – Solda por Ponto

O símbolo da solda de revestimento é representado por dois semicírculos colocados


abaixo da linha de referência e indica que uma ou mais camadas de cordão necessárias, uma
ao lado da outra, como se vê na figura 22.11.

Figura 22.11 – Solda de Revestimento

O símbolo de solda por projeção é representado como um círculo colocado


tangencialmente à linha de referência, acima ou abaixo dela, conforme a figura 22.12.

Figura 22.12 – Solda por Projeção

O símbolo da solda de junta sem chanfro é representado por duas linhas verticais, em
um dos lados ou nos dois lados da linha de referência, como verificado na figura 22.13.

Figura 22.13 – Solda de Junta sem Chanfro

Os símbolos das juntas com chanfro são: V ou X, meio V ou K, U ou duplo U, J ou duplo


J. O chanfro de uma junta é indicado por meio desses símbolos, colocados na linha de
referência.
Os variados tipos de juntas com chanfro, seus respectivos símbolos e as
representações deles nas juntas podem ser vistos no Quadro 22.1.

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Quadro 22.1 – Juntas com Chanfro em V, X, meio V ou K, U, duplo U, J ou duplo J (Soldagem


– coleção SENAI 1ª ed. p. 376).

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O símbolo da junta com uma face convexa é o desenho de um quarto de circunferência


ao lado de uma linha vertical, colocados acima, abaixo ou em ambos os lados da linha de
referência. Indica que a face de um ou dos dois membros da junta é arredondada, como na
figura 22.14.

Figura 22.14 – Junta com uma Face Convexa

Se as duas faces forem convexas, o símbolo será de dois desenhos de um quarto de


circunferência colocados acima, abaixo ou em ambos os lados da linha de referência, como na
figura 22.15.

Figura 22.15 – Solda em Duas Faces Convexas

O símbolo da solda de fechamento ou de aresta, verificado na figura 22.16, pode ser


representado de duas maneiras: no caso de peças curvas ou flangeadas, há duas linhas
verticais com ponta curva, acima ou abaixo da linha de referência. Indica que a preparação da
junta deve prever uma aresta.

Figura 22.16 – Solda de Fechamento ou de Aresta

No caso de uma peça curva ou flangeada e uma peça plana, a representação é de duas
linhas, sendo uma reta, vertical, e outra reta com ponta curva, acima ou abaixo da linha de
referência, como na figura 22.17.

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Figura 22.17 – Solda em Peça Curva ou Flangeada e uma Peça Plana

O símbolo da solda de suporte, como se vê na figura 22.18 é um semicírculo colocado


acima ou abaixo da linha de referência e do lado oposto ao do símbolo do chanfro. Indica que
um cordão extra de solda deve ser feito na raiz do chanfro. O cordão extra pode ser feito antes
ou depois do preenchimento do chanfro; a sequência de soldagem é indicada pelas linhas de
referência.

Figura 22.18 – Solda de Suporte

O símbolo da solda de encaixe para junta brasada é representado por duas linhas retas
inclinadas, colocadas acima, abaixo ou em ambos os lados da linha de referência, como
indicado na figura 22.19.

Figura 22.19 – Solda de Encaixe para Junta Brasada

22.3 - Símbolos Suplementares

A simbologia de soldagem utiliza também símbolos suplementares para fornecer


informações mais detalhadas a respeito do tipo de trabalho a ser feito.
As linhas múltiplas de referência, representadas na figura 22.20, são utilizadas para
conter as informações a respeito das operações sucessivas de soldagem. A ordem em que
essas operações devem ser executadas é determinada pela proximidade da linha em relação à
seta; a primeira operação será aquela indicada pela linha mais próxima e assim
sucessivamente.

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Figura 22.20 – Linhas Múltiplas de Referência

O símbolo de solda no campo é representado por um triângulo cheio, ligado a um traço


vertical e indica que a junta deve ser soldada no final da montagem do conjunto; isto acontece
no caso de soldagem de conjuntos formados por peças muito grandes que só podem ser
montadas na obra; a ponta do triângulo ou bandeira deve estar sempre em posição oposta à
linha de seta, conforme a figura 22.21.

Figura 22.21 – Solda em Campo

O símbolo de solda em todo contorno, como verificado na figura 22.22, é representado


por um círculo colocado na intersecção da linha de referência com a linha de seta e indica que
todo o local ao redor da junta deve ser soldado; este tipo de soldagem geralmente acontece
com junta em T.

Figura 22.22 – Solda em todo o Contorno

O símbolo do cobre-junta é representado por um retângulo colocado acima ou abaixo da


linha de referência, de acordo com a direção indicada pela seta, e pode conter o símbolo
químico ou a classificação do material utilizado, como na figura 22.23. Este símbolo indica que
um material deve ser colocado na raiz da junta para servir de suporte para o metal fundido.

Figura 22.23 – Cobre-Junta

O símbolo com espaçador é um retângulo que um material igual ao metal de base, que
fará parte da fusão, deverá ser inserido, como representado na figura 22.24. O símbolo é
colocado no meio da linha de referência e pode conter a indicação do material utilizado.

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Figura 22.24 – Material de Adição Igual ao Metal de Base

O símbolo de solda de um lado com projeção no lado oposto é representado por um


semicírculo cheio e indica um excesso de solda exigido no lado oposto do cordão. O símbolo é
colocado acima ou abaixo da linha de referência, conforme a exigência do desenho do projeto,
como na figura 22.25.

Figura 22.25 – Solda de um Lado com Projeção no Lado Oposto

O símbolo de perfil de solda nivelado é representado por um traço horizontal colocado


no símbolo de chanfro e diz respeito ao acabamento exigido para a solda, conforme a figura
22.26. Quando o perfil nivelado é requerido, o cordão de solda deve ficar no nível da peça.

Figura 22.26 – Perfil de Solda Nivelado

O símbolo de perfil de solda convexo é representado por um arco colocado no símbolo


de chanfro e significa que o cordão deve apresentar um excesso de material, como na figura
22.27.

Figura 22.27 – Perfil de Solda Convexo

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O símbolo de solda côncava é representado por um arco colocado no símbolo de


chanfro e indica que o cordão de solda deve apresentar uma concavidade ou depressão em
relação à superfície da peça, conforme a figura 22.28.

Figura 22.28 – Solda Côncava

22.4 - Dimensões da Solda

As dimensões da solda são representadas por números colocados ao lado do símbolo


ou dentro dele e indicam a altura da perna da solda, a profundidade ou ângulo do chanfro a ser
feito, a abertura da raiz, a penetração de solda ou garganta efetiva, o comprimento e o
espaçamento do cordão de solda.
A medida da perna é colocada à esquerda do símbolo, como na figura 22.29. Quando
se tratar de solda executada nos dois lados, cotam-se os dois símbolos e as duas medidas,
sejam elas iguais ou diferentes.

Figura 22.29 – Solda Executada dos Dois Lados

No caso de solda de pernas desiguais, as cotas devem indicar primeiro a altura da


perna e depois o seu comprimento, como na figura 22.30.

Figura 22.30 – Solda de Pernas Desiguais

A medida do ângulo é colocada dentro do símbolo do chanfro. A medida da


profundidade do chanfro a ser feito é colocada do lado esquerdo do símbolo, como na figura
22.31.

Figura 22.31 – Medida do Ângulo e Medida da Profundidade do Chanfro

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Abertura de raiz é a distância, na raiz da junta, entre as duas peças a serem soldadas.
A medida é colocada dentro do símbolo que representa a junta, como na figura 22.32.

Figura 22.32 – Medida da Abertura de Raiz

A medida de penetração ou garganta efetiva é colocada à esquerda do símbolo de


solda, entre parênteses, como representado na figura 22.33.

Figura 22.33 – Medida de Penetração ou Garganta Efetiva

As dimensões de comprimento e espaçamento, nesta ordem, são indicadas no lado


direito do símbolo, separadas por um traço; o comprimento é conhecido pela letra L, da palavra
inglesa “length”, e o espaçamento é identificado pela letra P, de “pitch”; estas letras podem
aparecer na descrição do projeto, com as indicações das respectivas dimensões, como na
figura 22.34.

Figura 22.34 – Dimensões de Comprimento e Espaçamento

O espaçamento de uma solda descontínua também é indicado à direita do símbolo; no


caso de solda descontínua coincidente, o símbolo é colocado acima e abaixo da linha de
referência. A dimensão do espaçamento de uma solda descontínua intercalada também é
indicada à direita do símbolo, seguida pela dimensão do comprimento, conforme a figura 22.35.

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Figura 22.35 – Espaçamento de Soldas Descontínuas

22.5 - Símbolos Típicos

Os símbolos típicos indicam os procedimentos mais usuais de soldagem e trazem


indicações, colocadas nos símbolos básicos, que são relacionadas a detalhes do processo, tais
como abertura de ângulo, dimensões de solda, de espaçamento entre centros de incrementos,
altura do depósito e outras, conforme segue nos Quadros 22.2a e 22.2b.

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Quadro 22.2a – Visão Geral dos Símbolos Típicos da Soldagem – AWS


(Soldagem – coleção SENAI 1ª ed. p. 382)

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Quadro 22.2b – Visão Geral dos Símbolos Típicos da Soldagem – AWS


(Soldagem – coleção SENAI 1ª ed. p. 383)

22.6 - Símbolos de Ensaios Não-Destrutivos

Os símbolos utilizados para representar os ensaios não destrutivos são semelhantes


aos de soldagem; existem os símbolos básicos, como linha de referência, de seta, cauda, no
caso de haver um procedimento ou especificação, e os suplementares, como os
suplementares, como os algarismos indicativos da quantidade de ensaios, as siglas
representativas de cada tipo de ensaio, o local onde o ensaio deve ser feito e o comprimento
da secção a ser examinada.
Os diversos tipos de ensaios não-destrutivos são designados por letras ou siglas e
aparecem na parte inferior do conjunto de símbolos. As notações empregadas seguem as
normas AWS e Petrobrás, conforme a Tabela 22.1.

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ENSAIO AWS Petrobrás


Radiografia RT RAD
Ultrassom UT US
Partículas Magnéticas MT PM
Líquido Penetrante PT LP
Teste de Estanqueidade LT ES
Inspeção Visual / Dimensional VT EV
Testes por Pontos - TP
Tabela 22.1 – Notações dos Ensaios Não-Destrutivos, segundo as normas.

As figuras no Quadro 22.3 indicam diversos tipos de símbolos de ensaios não-


destrutivos (Petrobrás). Quando não houver obrigatoriedade de executar o ensaio de um lado
determinado, os símbolos serão colocados na interrupção da linha de referência.

Quadro 22.3 – Símbolos de Ensaios Não-Destrutivos conforme Norma Petrobrás


(Welding Handbook – 5ª ed. p.56)

Os símbolos de ensaios não-destrutivos são combinados com os símbolos de


soldagem, como se pode analisar no Quadro 22.4.

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Quadro 22.4 – Ensaios Não-Destrutivos e Símbolos de Soldagem


(Soldagem – Coleção SENAI 1ª ed. p. 385)

23 - Molas (NBR 1276/90)

A mola e um dispositivo mecânico com que se dá impulso ou resistência ao movimento


de uma peça. São diversos os tipos de molas existentes, sendo as molas helicoidais as de
maior emprego. Seguem as representações normais, em corte e simplificadas segundo as
Normas Técnicas.
Na representação de molas helicoidais, indica-se a seção do material, o número de
espiras, o diâmetro interno da espira, o comprimento livre e o passo.

Molas Helicoidais - Compressão

Molas Helicoidais - Distensão ou Tração

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Exemplo de dimensionamento de uma mola

OBS: Em molas de Seção quadrada, o passo é determinado por uma espira e um vão.

Molas Cônicas

Exercício:
Desenhe uma mola helicoidal de compressão em corte com os seguintes dados: Comprimento
de 140mm, D = 30mm, P = 8mm, d = 4mm. Faça a cotagem necessária.

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24 - Rolamentos

Rolamentos são elementos de máquinas dos mais empregados, sendo difícil projetar
um conjunto mecânico rotativo no qual não faça parte um rolamento.

Em Desenho Técnico, são representados da seguinte forma:

OBS: Existindo uma variedade e considerável quantidade de tipos e tamanhos de rolamentos,


a especificação de um tipo desejado deve ser feita sempre mediante catálogos dos fabricantes.

Numa correta especificação de rolamentos e importante definir, pelo menos, os dados


seguintes:

- Tipo de rolamento;
- Nome do fabricante;
- Medidas do eixo;
- Número do rolamento no catálogo;
- Diâmetro do furo do rolamento;
- Diâmetro externo;
- Medida de largura do rolamento.

Os demais dados como: rotação máxima, carga radial, dimensões, dentre outros, deve-
se consultar catálogos de fabricantes.

25 - Pinos e Contrapinos

Pinos:
São empregados para estabilizar posições relativas de certas peças e para fixar partes
de máquinas, tais como manípulos a eixos. Classificam-se os pinos em cônicos, cilíndricos e
entalhados.

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Os pinos cônicos fixam as partes firmemente, graças à sua conicidade, padronizada em


1:50. A medida normal e sempre a da extremidade menor, que corresponde ao diâmetro do
furo. As indicações que devem constar do desenho são: comprimento, diâmetro nominal,
conicidade e acabamento.
Os pinos cilíndricos são de produção e emprego mais econômicos que os anteriores,
mas apresentam maior dificuldade de remoção. Tem sua função no ajuste forçado.
Os pinos entalhados simplificam e barateiam a operação de ajuste. Pino e furo tem o
mesmo diâmetro nominal. As saliências decorrentes do entalhe cedem elasticidade ao ser o
pino introduzido forçado no furo.

Contrapinos:
São elementos de segurança empregados em eixos, parafusos etc. São de fácil
utilização e seu emprego e muito difundido na indústria automobilística e de máquinas em
geral.

Exemplos de aplicação:

26 - Polias e Correias

Polias são elementos de máquinas utilizados para


transmitir movimentos de rotação entre dois eixos com o
auxílio de correias.
Diversos são os tipos de polias e correias
existentes, sendo de maior uso as planas e em "V".
A seguir estão representadas em meia vista vários
tipos de polias e também alguns modelos de correias. No
dimensionamento de uma polia deve-se ter o cuidado de
colocar as cotas e informações necessárias a sua
construção, de acordo com as tabelas previstas pelos
fabricantes de polias e correias.

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Polias:

Correias:

Exercício:
Desenhe as projeções da polia apresentada, indicando a vista lateral segundo um meio corte.
Verifique os dados na tabela a seguir e faça a cotagem necessária.

Material: Ferro Fundido


Escala: 1:1
Polia da série A.

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Tabela de Polias em “V”


Série Diâmetro nominal (mm) α R (mm) T (mm) E (mm) P (mm) S (mm) X
Abaixo de 60 30° 12,5
60 a 75 32° 12,7
A 10 16 12,5 10 3/16”
76 a 135 34° 12,9
Acima de 135 38° 13,2
Abaixo de 90 30° 16,2
90 a 115 32° 16,5
B 12,8 19 17,5 13 ¼”
116 a 180 34° 16,7
Acima de 180 38° 17,2
Abaixo de 125 30° 21,8
125 a 150 32° 22,2
C 151 a 205 34° 22,6 16,7 25 23 17,5 3/8”
206 a 305 36° 23
Acima de 305 38° 23,3
Abaixo de 200 30° 31
200 a 255 32° 31,5
D 256 a 330 34° 32 25,2 37 28,5 22 7/16”
331 a 430 36° 32,4
Acima de 430 38° 32,8
Abaixo de 300 32° 37,5
300 a 405 34° 38
E 29,3 45 33,5 28,5 9/16”
406 a 610 36° 38,6
Acima de 610 38° 39,1

27 - Engrenagens

São elementos de máquinas providos de dentes normalizados, utilizados na


transmissão de movimentos de rotação entre dois eixos. Evitam a perda de rotação por
deslizamento e possibilitam transmitir grandes esforços. As engrenagens mais usuais são as
cilíndricas, helicoidais, cônicas e helicoidais com parafuso sem-fim.
Com o objetivo de facilitar o desenho, representa-se as engrenagens perspectiva, em
corte ou de forma simplificada, como no quadro a seguir, devendo-se ter o cuidado de colocar
todos os dados e informações necessários à sua confecção, tais como: número de dentes,
módulo, diâmetro primitivo, interno e externo, passo, largura e dimensões do cubo.

Nomenclatura

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P
Módulo m=
π
Dp
nº de Dentes Z=
m
Altura da Cabeça do Dente a=m
Altura do Pé do Dente b = 1,67.m
Altura Total do Dente h = a+b
Diâmetro Primitivo Dp = m.Z
Passo P = m.π
Diâmetro Interno Di = Dp − 2.b
Diâmetro Externo De = Dp + 2.a
P
Espessura do Dente e=
2
Largura da Engrenagem L = 8.m
Fundo f = 1,16.m
Dp1 + Dp 2
Distância entre centros I=
2

Perspectiva Em corte Simplificada


Engrenagens
cilíndricas
Engrenagens
helicoidais
Engrenagens
cônicas
Engrenagens e
parafuso sem-
fim

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Exercício:
Desenhe o par de engrenagens cilíndricas de dentes retos com os seguintes dados: m = 2,5;
Z1 = 15 e Z2 = 50.

28 - Conjuntos

Os conjuntos mecânicos, geralmente, são desenhados de três formas:

• Esboço ou croqui: é a ideia inicial do desenho;


• Desenho de detalhe: as peças são desenhadas separadamente;
• Desenho de conjunto: as peças são desenhadas em conjunto, dando uma ideia de
montagem.

Nos exemplos a seguir, estão desenhados detalhes e conjunto de uma chave de fenda de
hastes permutáveis.

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Peças
Denominações e Observações Material e Dimensões
N° Quant.
- 1 Montagem Arruela de pressão, furo 10 x 1 espessura
6 1 Parafuso Aço 0,18 a 0,30% C – ø16 x 30
5 3 Haste Aço 0,4 a 0,6% C – ø10 x 220
4 1 Porca Latão – ø16 x 25
3 1 Cabeça Latão – ø25 x 120
2 1 Tampa
Material plástico (torneável) ø25 x 120
1 1 Corpo

A escolha das vistas para os desenhos de conjuntos obedece aos mesmos princípios
usados nas projeções das peças.
As peças componentes de um conjunto são identificadas, no desenho, por números
colocados dentro de pequenas circunferências.
Nos desenhos de conjunto, existe uma tabela, colocada acima do rótulo (legenda) que
indica a quantidade, o número, o nome e o material (opcional) de cada peça, além de outras
informações que se fizerem necessárias.
Um conjunto mecânico pode ser desenhado, também, apenas com o objetivo de
mostrar os seus componentes e a nomenclatura destes, como é o caso do desenho da Serra
Alternativa Tipo Mecânico apresentada a seguir. Note que o conjunto foi representado em
"VISTA ÚNICA" e não houve preocupação com os seus detalhes, pois o objetivo era apenas
apresentar a nomenclatura das peças componentes da Serra Alternativa.
Poderia ter sido utilizada também a representação em perspectiva, que nos mostraria o
conjunto com suas três dimensões; no entanto, sempre que é possível, evita-se esta
representação, por ser de difícil e demorada elaboração. Estes desenhos de conjuntos são
muito usados em Manuais de Instruções e Catálogos.

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DESENHO TÉCNICO

1 Manípulo da morsa; 12 Capa da engrenagem;


2 Arco da serra; 13 Polia;
3 Corrediça do arco; 14 Pinhão de transmissão;
4 Suporte guia da corrediça; 15 Base da morsa;
5 Contrapeso; 16 Peça;
6 Parafuso da morsa; 17 Interruptor automático;
7 Morsa; 18 Manivela;
8 Lâmina; 19 Barramento;
9 Suporte do contrapeso; 20 Motor elétrico;
10 Engrenagem de transmissão; 21 Pés.
11 Volante da biela;

Outro tipo de desenho de conjunto muito empregado na representação técnica de peças


mecânicas é o da "VISTA EXPLODIDA", mostrando o conjunto como se estivesse desmontado,
porém fazendo correspondência as posições de cada detalhe no conjunto.
Embora de difícil e demorada elaboração, é também muito usado em catálogos
comerciais e em manuais de instrução. Os desenhos a seguir apresentam os conjuntos em
“vista explodida”.

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Exercícios:
Desenhe em duas vistas o desenho de conjunto “PARALELO EM VÊ REGULÁVEL”
representado a seguir, fazendo a numeração das peças e construindo a lista de peças. Utilizar
formato com legenda.

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N° Nome Material Quant.


1 Base Aço SAE 1020 1
2 Vê Móvel Ferro Fundido Cinzento 1
3 Porca Ferro Fundido Cinzento 1
4 Parafuso Aço SAE 1030 1
5 Pino Aço SAE 1020 2

29 - Terminologia (NBR 10647/89)

Para que haja uma eficiente comunicação entre os profissionais que utilizam do
Desenho Técnico em suas ocupações, é necessário que os termos utilizados sejam
conhecidos e entendidos, por todos, de maneira uniforme.
A ABNT, através da Norma Geral NBR 10647, define os termos empregados em
Desenho Técnico.

DEFINIÇÕES:

1. Quanto ao aspecto geométrico:

Desenho projetivo
Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem
coincidir com o próprio desenho, compreendendo:
a) Vistas ortográficas - figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto sobre
pianos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão a forma do mesmo
com seus detalhes;
b) Perspectivas - figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica sobre um único plano, com
a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.

Desenho não projetivo


Desenho não subordinado a correspondência, por meio de projeção, entre as figuras
que o constituem e o que é por ele representado. Compreende larga variedade de
representações gráficas, tais como:
a) Diagrama - desenhos no qual valores funcionais são representados em um sistema de
coordenadas;
b) Esquema - figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas relações e funções;
c) Ábaco ou nomograma - gráfico, com curvas apropriadas, mediante o qual se podem obter as
soluções de uma equação determinada pelo simples traçado de uma ou mais retas;
d) Fluxograma - representação gráfica de uma sequência de operações;
e) Organograma - quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de uma
organização ou de um serviço e que indica os arranjos e as inter-relações de suas unidades
constitutivas;

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DESENHO TÉCNICO

f) Gráfico - representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto finito de pontos e


de segmentos de linhas que unem pontos distintos.

2. Quanto ao grau de elaboração:

Esboço
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais da elaboração de
um projeto podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos existentes ou à
execução de obra.

Desenho preliminar
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do projeto
sujeita ainda a alterações; corresponde ao "anteprojeto".

Desenho Definitivo
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos necessários à
sua compreensão, de modo a poder servir a execução da obra. Também chamado "desenho
para execução".

3. Quanto ao grau de pormenorização com que descreve o objeto representado:

Desenho de Componente
Desenho de um ou vários componentes representados separadamente.

Desenho de Conjunto
Desenho mostrando vários componentes reunidos, que se associam para formar um
todo.

Detalhe
Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.

4. Quanto ao material empregado:

Na execução dos desenhos podem ser empregados: lápis, tinta, giz, carvão etc.

5. Quanto à técnica de execução:

Quanto à técnica de execução, os desenhos podem ser: manuais (a mão livre ou com
instrumentos) e a máquina.

6. Quanto ao modo de obtenção:

Original
Desenho-matriz que serve a obtenção de novos exemplares.

Reprodução
Desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo:
a) Cópia - reprodução na mesma grandeza do original;
b) Ampliação - reprodução proporcional, porém maior que o original;
c) Redução - reprodução - proporcional, porém menor que o original.

Considerações finais:

O Caderno Universitário de Desenho Técnico e Geometria Descritiva foi elaborado a


partir de conteúdos que representam um conjunto harmônico de temas com objetivo de

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integração com outras disciplinas dos cursos de engenharia. Os conteúdos deste Caderno
Universitário foram desenvolvidos através do conhecimento de bases teóricas e de aplicação
prática necessárias à perfeita interpretação e elaboração de desenhos. O Desenho Técnico e a
Geometria Descritiva são linguagens universais de representação e comunicação. Permite
interpretação e a compreensão harmoniosa de uma multiplicidade de realidades. Para que
projetistas, desenhistas e fabricantes utilizem à mesma linguagem de comunicação existem
regras a serem cumpridas. Essas regras são definidas através de Normas Brasileiras (NB) e
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que devem estar de acordo com as
recomendações da ISO (International Organization for Standardization). Essas regras foram
amplamente discutidas e exercitadas neste CARDERNO UNIVERSITÁRIO. O Desenho
Técnico associado à Normalização funciona como um eficaz veículo de comunicação de ideias
e de ordenações técnicas.

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DESENHO TÉCNICO

Bibliografia e Sites Recomendados

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Desenvolvimento Educacional. Porto Alegre, 1997.
3. ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 7165/82) – Símbolos Gráficos de
Solda para Construção Naval e Ferroviária. Rio de Janeiro, 1982, p. 1 a 20.
4. ABNT - Normas para o Desenho Técnico. Ed. Globo, Porto Alegre. 1977.
5. ASENSI, Fernando Izquierdo. Geometria Descriptiva. Madrid: Editorial Dossat, S.A. 597p.
1990.
6. ASENSI, Fernando Izquierdo. Ejercicios de Geometria Descriptiva. Madrid: Editorial
Dossat, S.A. 505p.
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8. COSTA, Mário Duarte e Alcyr P. de A. Viera Costa. Geometria Gráfica Tridimensional,
Sistemas de Representação, Volume 1. Editora Universitária, UFPE, 1ª Edição, Recife,
1989.
9. COSTA, Mário Duarte e Alcyr P. de A. Viera Costa. Geometria Gráfica Tridimensional,
Ponto, Reta e Plano, Volume 2. Ed. Universitária, UFPE, 2ª Edição, Recife, 1992.
10. A. ProkrovsKaia - Didujo Industrial – Ed. Mir - Moscou, 1972.
11. BACHMANN e FORBERG. Desenho Técnico. Ed. Globo. Porto Alegre, 1977.
12. CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas. Ao Livro Técnico. Ed. S/A, Rio de Janeiro, 1977.
13. ETT - Manual de Desenho Técnico Mecânico. Joinville, 1973.
14. FRENCH, THOMAS. Desenho Técnico. Ed. Globo, Porto Alegre, 1967.
15. HOELSCHER, R.P. e outros. Expressão Gráfica e Desenho Técnico Livros Técnicos e
Científicos. Ed. S/A. Rio de Janeiro, 1978.
16. JASHKE, JOHANN. Desenvolvimento de Chapas. Ed. Polígono. São Paulo, 1973.
17. MACHADO, Ardevan. Geometria Descritiva. Projeto Editores Associados, 26° ed. 306 p.
São Paulo, 1986.
18. PRÍNCIPE Jr. Geometria Descritiva. V. 1 e 2.
19. MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetônico.
20. MANFÉ, Giovanni e outros. Desenho Técnico Mecânico. Vol.I, II e III. Hemus Livraria Ed.
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21. MEC - Apostila de Desenho Técnico. 1988.
22. M. Villanueva - Prática de Dibujo Técnico - Ed. Urno. Bilbao,1972.
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24. PROVENZA, Francisco. Projetista de Máquinas. Publicações Pro-Tec, São Paulo, 1973.
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26. SCHNEIDER, W. Desenho Técnico. Ed. Ao Livro Técnico. Rio de Janeiro, 1976.
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30. ZIEDAS, Selma e TATINI, Ivanisa, Soldagem – Coleção Tecnologia – SENAI, 1ª ed.,
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31. DIAS, J.; SILVA, A.; RIBEIRO, C. T. Desenho Técnico Moderno 4ª ed. Rio de Janeiro:
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32. STEINBRUCH, A. Introdução à Álgebra Linear. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
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DESENHO TÉCNICO

34. FRENCH, T. E.; VIERCK, C.J. Desenho Técnico e Tecnologia Gráfica. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Globo, 2005.
35. CARVALHO, Benjamin de A. Desenho Geométrico: Teoria e Exercícios. Rio de Janeiro:
Ao Livro Técnico, 2003.
36. TELECURSO 2000. www.bibvirt.futuro.usp.br
37. www.desenho.com.br
38. www.sbm.org.br
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40. www.cce.ufsc.br
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