3.
Portugal no limiar da época moderna
3.2 Arquitectura manuelina 2
As obras centrais da arquitectura manuelina portuguesa- nao são muitas
manuelino- ciclo de obras do rei d.manuel
janela manuelina de outro reinado
o facto de haver arquitectura manuelina, não é so o reinado de d.manuel
esta arquitectura é diferente das outras “arte difícil daquele pais”
continuidade de um gosto de formas que se torna num momento, uma espécie de a rmação de
diferença em relação aos outros. manuelino aparece-nos reconhecida no século 19- são
estrangeiros que fazem este reconhecimento
A arquitectura da renascença em Portugal- quem diga arq. manuelina
ideias- que caracter têm estas obras?
-a arquitectura manuelina queria ser nova, diferente, a rmante, como se estivesse a criar um
discurso revivalista, a olhar para tras e a reinventar uma tradição
ecléctica- invençao, legitimação do seu reinado. a rmar-se e inscrever-se como gura principal
-um jogo de volumes na paisagem, jogam com a escala - manipulação de proporções até no
ornamento para se ver de longe
o volume sobre a luz, na paisagem- a rma-se muito na paisagem
jogo de escalas que vamos tratar hoje
3. fundado por d.joao2 - mas ja no reinado de
d.manuel
2 questão na ultima aula- o paço da ribeira
queria abrir um espaço, uma praça- encaixar
uma ala sem funções que vai até à agua
1500. diogo de arruda, joao de castilho esta a avançar esta obra
1495 bastante no principio do reinado de d.manuel- colocação na paisagem - estratégica- na
marcação da entrada da cidade
na entrada da cidade. queria fazer obras grandes, magni cas, sumptuosas
cada uma delas tem um sentido especial no reinado
o mosteiro de Belem- um convento religioso - um convento militar- descobrimentos
governo, hospital e uma sé.
eram obras paradigmáticas - nao tem haver com o tamanho mas com a importância que tiveram -
cada uma vai buscar vários pontos
5. Mosteiro dos Jerónimos —— junto à praia
um ponto estratégico- barcos primeiro apontavam para aqui, antes de estacionar— Posição
numa ponta da cidade - vai ser construído um mosteiro e uma capela que assistiam os
navegantes
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ordem dos jerónimos- relações com espanha
6. a Posiçao- é uma questão da presença da arquitectura na paisagem- igreja em 1º plano e uma
ala muito comprida - em baixo lojas, abertas - função de interface com o publico - mas
rapidamente se transformaram nos dormitórios
7. representação da igreja com o dormitório
8. o paço da ribeira também tinha uma torre a meio, reconstrução
mas o projecto inicial nao tinha esta torre
10. estrutura ainda antiga- igreja dos jeronimos tinha apenas uma pequena torre
11. a torre que la esta não é a mesma solução
12. o que é que é então a parte manuelina? apoio aos viajantes
eremita- tomam posse da ala e constroem um mosteiro- esta obra destinava a ser o sitio onde ele
iria ser enterrado
1514- por esta altura que se começa a construir
Diogo de Boitaca- igreja de jesus
o transito e a capela mor- não pertencem ao projecto do botica - o projecto dele são as naves
Joao de castilho vem logo- um dos grandes arquitectos do manuelino, vem retomar o projecto do
botica e dar continuidade — mas quando chega ao transepto ele decide alterar o projecto
13. supõe uma relação- passagem de um objecto para a escala arquitectónica do portal
portal lateral nao é o principal
14. ha um paralelismo de estilos, na mesma época
a diferença é que pateresco - é ligado à ourivesaria
manuelino tem formas mais arquitectónicas, mais em profundidade, em volume, menos em
superfície
15. relação do portal com d.henrique - ligado à navegação - entendido como o principal embora
seja lateral (nao é um mosteiro feminino)
é principal pela relação que tem com o terreno
16. o portal mesmo principal- 17. muito minucioso- narrativa do pormenor, uma pessoa prende-se
na historia - formas torcidas
18. qualidades do espaço criado
perspectiva torcida- entrada por baixo do coro alto- uma grande amplitude vem a seguir
19. naves e abobadas praticamente à mesma altura
planta. porta principal lateral e porta principal a eixo- onde tem a grande ala. um coro alto que
fecha o espaço - 3 momentos diferentes - 4 colunas muito esguias - seria pensada por diogo de
baitaca
questao- parede celular- bastante espessa, com confessionários - a con çao dos pecados para
quem vai partir para o mar
os padres estão por fora - os eis entram por dentro da igreja
o transepto, em mármore, completamente atravessado como um novo corpo colado - o degrau
também mostra/realça isto
uma cabeceira única, uma cabeça - antropomór co - gura humana
transepto tem mais duas cabeceiras
a capela mor manuelina aproxima-se muito a esta con guração
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20. vista da parte do transito - abobada des naves- confessionarios
as naves mais ou menos à mesma altura
21. desenho de cobertura- uma teia de aranha, relação das naves
22. cobertura do transepto vence um grande vão
23. estruturalmente muito complexo- o corpo não tem quase aberturas- transepto
uma série de decoração rendilhada no 1º volume, extremamente contida na ornamentação- com
algumas nervuras que a tornam delicada, mas é essencialmente volume.
o gosto pelo plano desornamentado- no transepto
a existência de um plano sem nada diz tanto como a ornamentação
24. o claustro - joão de castilho
um desenho muito especial, muito decorado - mas atenção - questões do jogo:
1º - a forma como são feitos os cantos- uma leitura contínua quase- arcos a fazer esse canto- não
faz o bico
A rmação de um quadrado - mas continuidade também gera espaços no canto- que não são
necessariamente de fora, nem de dentro- ca um espaço de estar, repouso.
28. largura dos corredores do claustro muito grande- muito largos
29.30. 31. 32.
2ª questão é: vais servir de lição- a forma ambígua da galeria do andar de cima - tem uma
varanda corrida que dá profundidade, e em baixo dá sombreamento
a largura do corredor é igual em cima e em baixo, os arcos é que são menos espessos
34. 35. voltamos às mesmas soluções no canto - circuito de varandas muito estreito. elementos
como se fossem estruturais que servem apenas para decoração
37. o mosteiro dos jeronimos tinha também um grande território que lhe pertencia- vamos falar de
umas capelas na cerca do mosteiro
a capela de santo cristo e a ermida de sao jeronimo
39. hoje é uma capela perdida, antes estava colada à cerca do mosteiro, hoje está isolada
40. num sitio de altíssima visibilidade - antes estava mesmo em cima da cerca.
questão dos volumes e posição na paisagem
capela pequenina no cimo do monte - com a relação da porta parece mais monumental. a porta é
muito estreita- com um sentido tumular , mas so por fora
42. porta- desenho muito especial
43. rotação dos contrafortes- o pormenor - como se saltasse
45.46. especial- uma nave única, capela mor única- elementar, tem uma abobada que parece
mais desenhada e complexa na nave do que na capela mor.
pequenas obras muito elaboradas
na capela mor muito abstratas que desaparecem simplesmente
um discurso a ser feito- uma sumptuosa e outra abstrata - mas sempre com caracter elaborado
capela mor também muito fechada
52. pequenos nichos no interior- marcar uma posição de alguém importante
55.perceber na sua implantação- o mosteiro e as duas capelas- o triângulo de Belém
59. torre de Belém
a torre de belém- uma peça essencial nesta estrutura de marcação no território- anterior a
d.manuel- uma torre que era forti cação para disparar canhões - parte de um sistema de defesa
para controlar as entradas em Lisboa. Francisco de Arruda
D.Joao era uma pessoa prática e do terreno
com D.manuel a torre tomou um sentido diferente. Além da função de defesa ganhou a função
simbólica.
60. a parte funcional está toda em baixo - no entanto a altura da torre já não está neste sentido -
cheia de varandas etc—— 62. ideia do navio que dispara
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63. Tem um lado de encenação- lado de prazer e de teatro- reservada à presença do rei-
revivalista- olha para a tradição
64. reivenção deste desenho medieval - exagero de certas formas - o gosto manuelino
67. as varandas
68. as janelas- o espaço junto à janela é um mínimo compartimento - espessura da parede
70. “..de conquista do territorio e a rmação da própria personalidade.”
“..um re exo da sensibilidade..”
uma leitura- o que é o manuelino, o que é esta época. um mundo cheio de perigos e um novo
mundo. um novo naturalismo
71. “.. nas formas mais sintéticas da arte e que melhor traduzem os sentimentos colectivos..”
o mar mistério, o que não é conhecido
73. a encenação da sua gura real
as mostras de D.manuel
porque é que esta arquitectura é tão a rmativa
é uma manifestação, uma forma de encenar- através das suas mostras e também através da
arquitectura
“era obra maravilhosa, sumptuosa e magni ca”
com o seu esplendor natural, desenhar na escultura a natureza directamente
a expressão manuelina
78. Tomar - nave manuelina e sala do capitulo —- convento de cristo
79. fecha o ciclo desta aula - parte militar- maior representação militar - grande intervenção -
acrescento de um grande corpo de nave ao circulo
charola romanica
avança sobre a muralha
80. por isso tem uma entrada lateral
Diogo de Arruda quem acaba , João de Castilho desenha o portal
81. um arco que rompe a charola
82. tem 2 níveis- há um desnível muito grande - há um campo por baixo - onde a janela manuelina
a parte do óculo é joão de castilho
o impacto desta janela- ela está para ser vista de longe- não tem correspondência com o interior
85.
há uma grande encenação do lado de fora - base da janela com raízes vegetais- para se ver de
longe
90. abobada de Joao da Castilho
91. uma comparação de abobadas manuelinas de João de Castilho
com isolas que rematam as abobadas
o manuelino tem um gesto naturalista
não é necessariamente gótico, está no renascimento
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