PROMETHEUS

a t r a g é d i a d o f o g o
uma criação da C I A T E AT R O BALAGAN
Prêmio Shell de Música
 “Em sua minuciosa criação, a companhia consegue
redimensionar os ritos sacrificiais e os vínculos ancestrais,
como se os sussurrasse ao ouvido.”
Valmir Santos - Revista Bravo

“Prometheus é assim, uma experiência cheia de sensações que não

se pode descrever em palavras porque, graças aos deuses, é teatro.”
Sandra Parra - Blog do FENTEPP

“O resultado levado ao palco não foi unânime.

Mas, às vezes, o que falta é gente para dar conta do extraordinario.”
Maria Eugênia - O Estado de São Paulo

“Com esse conjunto de acertos, Maria Thaís e a Balagan enriquecem ainda mais a já vigorosa
programação do Teatro da USP (TUSP) e fazem de Prometheus uma das belezas da temporada.”
Jefferson Del Rios - O Estado de São Paulo
foto:Fernando Martinez

“Nesse chamado ao teatro da alma, é notável que o autonomeado espetáculo-protótipo se mostre tão por inteiro ao espectador de
uma estação, que não necessariamente embarcará nas próximas. Antítese para a tecla única publicitária de que estar preparado
é tudo. O humano e o animal de cada um moram na incompletude. O fogo do conhecimento passa por aí.”
Valmir Santos - Blog Teatrojornal
 a p r e s e n t a ç ã o
O mais recente espetáculo da Cia Teatro Balagan, Prometheus – itinerante e, durante um ano e meio, a encenação e todos os elementos
a tragédia do fogo resultou de uma longa e profunda pesquisa artística que a compõem – como a dramaturgia, o cenário, os figurinos,
que envolveu atores, diretora, dramaturgo, cenógrafo, figurinistas, a iluminação, a realização dos atores etc., – foram construídos e
músico e iluminador, além de outros parceiros e convidados. reconstruídos, a partir do contato com os diversos espaços ocupados
Prometheus – a tragédia do fogo foi, desde o início, designado e pela fricção que se estabelecia entre cena e espaços cênicos.
como um espetáculo-protótipo. A partir de julho de 2011, o espetáculo assume, então, um
formato final depurado nas inúmeras experimentações realizadas ao
Protótipo: original, arquétipo, matriz, modelo, molde,
longo do seu processo de construção – mas, vale ressaltar, ainda
primeiro tipo criado
permanecendo suscetível a adaptações e re-elaborações a partir dos
novos espaços e públicos a serem encontrados.
Para a Cia, realizar um espetáculo-protótipo implicava na tarefa
de não apenas criar um espetáculo, mas tomá-lo, em si mesmo, As apresentações do espetáculo Prometheus – a tragédia do
como o objeto de pesquisa. Assim, de abril de 2010 a junho de fogopodem ser acompanhadas por duas ações pedagógicas: Desvelando
2011 o espetáculo-protótipo nomeado provisoriamente Prometheus o Mito (3h de duração) e/ou Formação do Olhar para o Teatro (20h de
Nostos, nas suas diferentes versões, percorreu cidades no interior do duração) que se estruturam a partir do caráter público e presencial
Estado de São Paulo e visitou os espaços-sedes de sete companhias desta arte, de modo a ampliar o conceito de “apreciação” para além
de teatro que atuam em diversas regiões da cidade de São Paulo. do reconhecimento do tema ou entendimento da fábula de um
Prometheus – a tragédia do fogo foi criado em um processo espetáculo.
m i t o o m i t o d e P r o m e t e u
O mito é o nada que é tudo Mito fundador (aition, em grego) é o mito que explica a origem
Fernando Pessoa – de um rito, uma cidade, um grupo, uma crença, uma filosofia, uma
A palavra grega μuθος (mythos) não possui etimologia idéia ou uma nação. O mito de Prometeu é um mito fundador, pois
certa. Surge provavelmente
ˆ da raiz sânscrita mu a qual nos conta sobre a própria formação do homem. É o titã Prometeu
dá origem também à palavra mudo. Podemos, portanto, quem modela o homem no barro e quem lhe dá o fogo, depois de
especular que o mito é palavra, mas atrás desta palavra tê-lo roubado dos deuses. Em poder do fogo, o homem pode então
esconde-se uma mudez, um silêncio intraduzível que atinge cozinhar, construir, e se proteger – consagrando, assim, o seu caráter
o ser humano. de criatura civilizada e dando início a sua incansável busca pelo
domínio da natureza.
s i n o p s e
Em Prometheus – a tragédia do fogo as vozes dos atores-narradores, das personagens do mito e do coro se sobrepõem e se articulam no
relato dos diversos eventos que compõem o mito prometéico – a criação do homem, a separação dos deuses e dos homens, do homem e da
natureza, dos irmãos Prometeu/Epimeteu, o roubo do fogo, a condenação do titã ao Cáucaso, entre outros.
O espetáculo oferece fragmentos da narrativa, pistas do mito, que cabe ao espectador organizar – dependendo de onde ele se encontra
no espaço da encenação – a fim de compor múltiplas perspectivas do mito prometéico.
 o e s p e t á c u l o
Prometheus – a tragédia do fogo se estrutura a partir de dois a palavra como principal meio expressivo, busca paralelos e fricções
princípios presentes nas narrativas míticas: a multiplicidade de com outras formas de expressão, como o canto e a dança – mais
perspectivas e a simultaneidade dos acontecimentos. especificamente as danças dos orixás. Assim, ao lado das narrativas,
O espetáculo, composto de dez cenas que relatam as ações do do espaço cênico, da sonoridade, dos cantos gregos e das danças
mito prometéico, é conduzido pelos atores-narradores e pelo coro, afro-brasileiras, o espetáculo estabelece um espaço de cruzamento
que se alternam nas vozes de Prometeu, de seu irmão Epimeteu e entre mundos que, aparentemente, são apartados – o passado e o
de outras figuras-personagens que cruzam o mito – como Pandora, presente, o tempo mítico e o tempo cronológico, as mitologias grega
Tífon, Hefesto, Héstia e a Águia. e africana, etc. – tentando se aproximar da experiência do mito que,
A encenação de Prometheus – a tragédia do fogo, ainda que tenha talvez, somente o silêncio pode propiciar.
dramaturgia
A dinâmica de construção das narrativas tradicionais
sonoridade
iluminou a construção do espetáculo Prometheus – a tragédia O Coro, como elemento mediador de toda ação cênica, é
do fogo. Assim, a dramaturgia inédita, construída por Leonardo responsável por tecer as vozes e os sons do espetáculo. A sonoridade
Moreira, articula e fricciona, a partir dos Estudos Cênicos criados apresenta-se como uma voz narrativa do espetáculo, permeando
pelos atores, diversas fontes sobre o tema, tais como: Prometeu toda a encenação, e foi composta por Gregory Slivar, a partir
Cadeeiro (em grego arcaico e sua tradução para o português) e da preparação vocal de Jean Pierre – que transmitiu aos atores
os fragmentos das duas outras tragédias da trilogia - Prometeu cantos e trechos de textos em grego. A sonoridade de Prometheus
Portador de Fogo e Prometeu Liberto - de Ésquilo, A Libertação – a tragédia do fogo incorpora, assim, elementos diversos como:
de Prometeu de H. Müller, além de poemas e trechos de obras canções e lamentos em grego, instrumentos convencionais
de autores como Goethe, Franz Kafka, Pirandello, André Gide, (como tambores e harpa), instrumentos artesanais criados para
Kazantzakis, entre outros, sobre o mito, bem como outras obras o espetáculo (como jarros de barro e flautas), e sons retirados de
que com ele dialogam. fontes diversas (como pedras e pedaços de madeira).

espaço cênico e figurino público alvo

A multiplicidade de perspectivas do mito prometéico
que o espetáculo apresenta é evidenciada pela cenografia O espetáculo é voltado a uma faixa ampla de público,
proposta por Márcio Medina. O cenário é composto por desde adolescentes até adultos. Isso porque a base narrativa
cortinas/muros que, ao serem manipuladas pelo coro de aborda um mito fundador e articula memória, oralidade e
atores, reconfiguram os espaços de atuação ao longo do tradição, elementos que não são exclusivos de uma faixa
espetáculo. Os figurinos, ao contrário, sugerem uma unidade etária ou classe social.
no tratamento visual a partir da criação de um conjunto de
figuras sem tempo ou lugar, saídas do barro.
a t i v i d a d e s p a r a l e l a s

1. desvelando o mito 2. formação do olhar para

o teatro
Desenvolvida pelos atores da Cia de Teatro Balagan a Desenvolvida pela equipe da Cia Teatro Balagan a ação pedagógica
ação Desvelando o Mito tem por objetivo aproximar o que se destina a formadores e educadores das mais diversas áreas. Com
espectador do universo temático do espetáculo (a mito- o objetivo de aproximar os participantes dos elementos que compõem
logia grega e o mito de Prometeu) e da linguagem que o a obra a obra, expandindo seu olhar para a leitura dos códigos que
compõe (a noção de trágico, a linguagem teatral e suas compõem a linguagem teatral.
matérias expressivas – o espaço, a música, a iluminação, A oficina investiga as camadas que compõem a obra teatral: o
a dramaturgia, a atuação etc). espaço, a iluminação, as sonoridades, o corpo, a composição do texto, a
palavra, o ator, etc. Formação do Olhar para o Teatro pretende conduzir
Carga Horária 3 hs (mínimo) os participantes à consciência de que o teatro é uma linguagem e, sendo
Número de participantes de 10 (mínimo) a 30 linguagem, tem códigos próprios.
(máximo)
Número de Orientadores 2 (dois) por turma de Carga Horária 20 hs (mínimo)
30 Número de participantes de 10 (mínimo) a 30 (máximo)
Público Alvo faixa ampla de público, desde Número de Orientadores 5
adolescentes até adultos Público Alvo formadores e educadores das mais diversas áreas
de conhecimento – possíveis multiplicadores das experiências
realizadas sobre a linguagem teatral
f i c h a t é c n i c a

atores direção assistente de iluminação e

Maria Thaís diretor técnico
Ana Chiesa Yokoyama
Maurício Coronado Junior
Antonio Salvador dramaturgia cadernos pedagógicos
Gisele Petty Leonardo Moreira
Gabriela Itocazo
Gustavo Xella cenografia preparador corporal
Hilda Gil Márcio Medina dança dos orixás
Wellington Campos
Jean Pierre Kaletrianos figurino registro de vídeo
Leonardo Antunes Carol Badra e Diogo Noventa
Márcio Medina
Martha Travassos produção executiva e
Natacha Dias iluminação administração
Fábio Retti Deborah Penafiel
Vera Monteiro
fotos
Wellington Campos direção musical Mônica Côrtes
Gregory Slivar
i n f o r m a ç õ e s t é c n i c a s

cenário iluminação
O espaço cênico é totalmente forrado por um chão de papel. Relação de Equipamento (Padrão)
Duas cortinas, também de papel, são sustentadas por dois • 16 Refletores Plano Convexo 1Kw / Lâmpada Halógena
cabos de aço que ficam presos às paredes do local atravessando • 04 Refletor Elipsoidal ETC S4 26º com porta gobo
o palco e formando uma cruz que divide o ambiente em quatro • 10 Refletor Elipsoidal ETC S4 Zoom 25º-50º com
partes iguais. O público fica ao redor do espaço em praticáveis porta gobo
com cadeiras (ou arquibancadas de dois níveis) formando uma • 34 Refletor PAR 64 MFL (foco 5)
arena. • 06 Refletor PAR 64 NSP (foco 2)
• 08 Refletores PAR 56 LocoLight
OBS: Serão necessários 18 praticáveis (2mx1m) e 80 cadeiras para • 24 Refletores Set Light 1Kw
acomodar o público (ao invés de praticáveis podem ser utilizadas também • 01 Mesa de Luz digital
arquibancadas de 2 níveis); • 48 Dimmers (4000W por Dimmer)
• 24 bases de chão

OBS: Todos os refletores deverão conter seus respectivos porta- filtros,

Largura 16m garra de fixação e cabo de segurança.
Profundidade 12m - Necessária fiação e demais materiais necessários para o bom andamento
da montagem.
Altura 3m (cenário) 6m (luz)
Peso 100kg rooming list
Tempo de montagem 8h • 7 quartos duplos
Tempo de desmontagem 2h • 1 quarto single
 c i a t e a t r o b a l a g a n

s a c ro maqu ia| a b es t a na lua| t auromaquia| západ – a tragédia do poder | prometheus – a tragédia do fogo |

Balagan é uma palavra presente em diversos idiomas como o

russo, o turco, o árabe e o hebraico. Pode significar teatro de feira, o espectador.
baderna, bagunça ou confusão. A Balagan em mais de uma década de existência alcançou o
Desde seu surgimento, em 1999, a Cia Teatro Balagan formou- reconhecimento do público e crítica pela excelência e rigor artístico
se como um núcleo de criação que reúne artistas ao redor de uma de seus espetáculos, recebendo prêmios (Sacromaquia – Prêmio Shell
prática teatral fundada na experimentação. Para nós, os processos de Cenografia e Prêmio Avon de Maquiagem; Tauromaquia – Prêmio
criativos têm um caráter pedagógico, pois permitem a formação Shell de Iluminação e Prêmio Avon de Maquiagem; Prometheus – a
continuada dos artistas envolvidos e, em uma segunda instância, tragédia do fogo – Prêmio Shell de Música) e indicações (Sacromaquia
através do espetáculo, a formação dos espectadores. É no espetáculo – Prêmio Shell de Iluminação; Tauromaquia – Prêmio Shell de
que se organiza e para onde convergem as vozes criadoras – da cenografia; Prometheus – a tragédia do fogo – Prêmio Shell de Figurino
cenografia à atuação, da dramaturgia à iluminação, da produção à e Categoria Especial, pela preparação vocal e Prêmio Cooperativa
direção e ao público – e que, juntas, geram a polifonia da cena. Paulista de Teatro nas categorias: Dramaturgia, Trabalho Apresentado
Em 1999 estreamos o primeiro espetáculo, Sacromaquia. Desde em Espaço Não-Convencional e Projeto Sonoro). Seus espetáculos
então foram criadas outras quarto obras: A Besta na Lua (2003), participaram de inúmeros festivais de teatro em todo o Brasil
Tauromaquia (2004/2005), Západ – A Tragédia do Poder (2006) e Com estréia prevista para o 2o semestre de 2012 a Cia Teatro
Prometheus – a tragédia do fogo (2010/2011/2012). Em 2007 e Balagan finaliza sua próxima criação, Recusa, espetáculo que integra
2008, realizamos o projeto DO INUMANO AO mais-HUMANO as ações do projeto RECUSA e PROMETEU: uma simetria invertida,
que integrava duas ações de formação: uma voltada para os artistas contemplado na XVII edição do Programa de Fomento ao Teatro
da Cia e outra, o Formação do Olhar para o Teatro, voltada para para a Cidade de São Paulo.
c l i p p i n g
Indicações:
Prêmio Shell 2012
• Figurino
• Música
• Preparação vocal
Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro 2011
• Dramaturgia
• Trabalho apresentado em espaços não
convencionais
• Projeto Sonoro
1/30/12 Folha de S.Paulo - Edição de 07/01/2012
 Cia Teatro Balagan
Al. Olga, 444 | Barra Funda
São Paulo | Brasil
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+55 11 3667-4596
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