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do autor, poderá ser reproduzida ou transmitida seja quais forem
os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
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Autor: Marcel Maranhão

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: criatica.com.br

Site: engenheiroconcurseiro.com

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 MARCEL MARANHÃO

Marcel Maranhão é engenheiro civil, concursado da

Petrobras e criador do site Engenheiro Concurseiro e do
método Concurseiro100.
Durante sua vida no colégio e na universidade ele
colecionou recuperações paralelas, perdeu vestibular,
concurso e matérias na faculdade; mas ainda assim deu
a volta por cima e conseguiu ser aprovado rapidamente e
nas primeiras posições nos concursos para nível superior
da Petrobras e da Caixa Econômica Federal antes mesmo
de estar formado.

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 Sumário
A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO 9
Prefácio 14
Introdução
UMA HISTÓRIA E MIL OBJEÇÕEs 22
Um passo que tinha que ser dado 23
Por que Ser Concursado? 31
Apenas Gênios Passam em Concursos 37
Por Onde Começar? 43
Tenho Pouco Tempo para Estudar 46
Não Tenho Disciplina para Estudar
para Concursos Públicos 49
O Que É O Método Concurseiro100? 52
Módulo l
Transformação Mental | OS 5 PASSOS MAIS
IMPORTANTES PARA SUA APROVAÇÃO 57
O Que te Motiva a Tentar? 66
Superando o Medo 75
Acredite O Céu Não é o Limite 85
Foco, Foco e mais Foco 92
Selando a sua Aprovação com o Poder da sua Mente 100
Aplicando os 5 Passos | Fechamento 107

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 concurseiro100 Sumário

Módulo lI
PROJETO DE APROVAÇÃO | APLICANDO O DPACR 114
DPACR - os 5 passos básicos e essenciais 121
Concurso-alvo 124
Assuntos a Serem Estudados Elaborando “A” lista 130
Como prever a sua prova 137
Aplicando o Princípio de Pareto 141
Exercícios/provas a serem resolvidos 146
Horas disponíveis para estudo 150
Qualidade X Quantidade 152
Flexibilidade do horário de estudo 157
Cursinho/grupos de estudo 160
Método de estudo 168
Como memorizar assuntos 177
Utilizar a repetição 184
Flash Cards 189
Como revisar para resgatar 192
Utilizar seus sentidos 196
Criar Mnemônicos 197
Elementos influenciadores da memória 199
Quebre o padrão e transforme os números 210
Como grifar/destacar 219

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 concurseiro100 Sumário

Como fazer resumos 230

Como criar mapas mentais 236
Como gravar áudios 242
Método SQ3R 243
SQ3R para engenheiros concurseiros 247
Por que o SQ3R funciona? 253
Método das matérias em par 255
Método do estudo em grupo 258
Tipo de cronograma 260
Cronograma fixo ou aberto? 261
Cronograma aberto – estudo por ciclos 261
Cronograma fixo 266
Qual formato de cronograma escolher? 270
Seu Projeto Aprovação 273
Exemplo prático de um projeto de convocação rápida 276
Definindo o Projeto | Fechamento 286

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 concurseiro100 Sumário

Módulo lIl
EVOLUÇÃO TOTAL | TRANSFORMANDO-SE
EM UM CONCURSEIRO NINJA 292
Criando o Hábito de Estudar 297
Componentes de um hábito 300
Como criar o hábito de estudar 302
Alcançando a Produtividade Máxima 309
Gerenciando sua energia para produzir mais 311
Registre suas horas diárias de estudo 327
Como atingir a concentração total 329
Como Aprender Qualquer Assunto 341
Como Selecionar os Melhores Materiais
para seu Concurso 352
Livros acadêmicos x Livros de concurso 355
Aprenda com quem já sabe o caminho 360
Os Concursos-Paralelos 364
Evolução Total | Fechamento 369

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 concurseiro100 Sumário

Módulo IV
A HORA DA PROVA | VENCENDO A BATALHA
ANTES DE ENTRAR NELA 373
Como Chutar com Maestria 376
A Semana da Prova 409
A Grande Hora H 416
CONCURSEIRO100 | FECHAMENTO 423

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

A HISTÓRIA
E A RAZÃO
DE SER DESTE
MÉTODO

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

P oucas sensações na vida são tão gratificantes quanto

conquistar os seus próprios objetivos, subir na vida
através de suas realizações pessoais, estar na posição
que você realmente deseja estar.
Estes são sentimentos muito fortes e motivadores.
No entanto, aprendi que isso não é tudo. Ainda mais
gratificante que atingir o próprio sucesso é ajudar outras
pessoas a fazerem o mesmo. Ajuda-las a mudar de vida. A
conhecer as possibilidades. A aproveitar as oportunidades.
A ideia de ajudar outros concurseiros a alcançar o sonho
da aprovação surgiu após a minha primeira experiência
como aprovado.
Meu caminho até atingir este objetivo não havia sido nada
fácil.
Quando decidi começar a estudar para concursos públicos
eu tinha 23 anos, estava próximo de me formar e havia
acabado de largar meu promissor emprego.
Eu não queria viver aquela vida igual à de quase todos que
trabalham para a iniciativa privada: stress, trabalho nos
fins de semana e sem hora para chegar a minha casa. Eu
queria mais estabilidade e tempo livre.
Até aí tudo bem, o grande problema é que logo no início
da minha jornada de concurseiro percebi que eu tinha
enormes dificuldades. Eu não tinha a mínima ideia de
por onde começar, como e quanto estudar.

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

Também não sabia que material utilizar, já que na en-

genharia não existem tantos livros voltados especifi-
camente para concursos públicos, assim como há na área
de direito.
Como o número de engenheiros concurseiros não é
tão grande quanto em outras formações (embora este
número esteja crescendo cada vez mais), eu não conhecia
quase ninguém que poderia me ajudar e dar referências
de como agir.
Resumindo, eu estava completamente perdido!
A dificuldade foi muito grande.
Tive que me virar sozinho sem uma direção a seguir e
isso me custou uma amarga reprovação no meu primeiro
concurso público: o da Petrobras Distribuidora.
Com isso passei a ouvir algumas palavras de “incentivo”:
“Esqueça isso. Esse concurso é muito difícil!”
“Volte para a empresa que você estava. Ela era muito boa.”
“Você vai demorar anos para conseguir.”

Felizmente não dei ouvidos e continuei correndo atrás do

meu sonho.
Após errar bastante, perder tempo, estudar deses-
peradamente e aprender com referências em várias
áreas eu finalmente fui descobrindo e aperfeiçoando
alguns métodos para me preparar melhor, conseguindo
assim aumentar minha retenção, produtividade e
organização nos estudos.

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

Feito isso, o resultado foi muito positivo: fui aprovado nas

primeiras posições já nos dois concursos seguintes, o 2º e
o 3º da minha vida, sendo um deles o mais cobiçado pela
maioria dos engenheiros do Brasil!
Foi com a aprovação que me veio uma lembrança.
Eu me lembrei do quanto eu sofri e desperdicei meu tempo
no início da minha jornada por não possuir nenhuma noção
sobre como me preparar para um concurso público.
Talvez se eu tivesse sido bem orientado logo no início meu
caminho teria sido muito menos complicado.
Talvez eu não tivesse perdido o concurso da Petrobras
Distribuidora.
Ou talvez eu poderia, ao menos, ter me aproximado da
nota de corte!
Pensando nisso resolvi criar o site Engenheiro Concurseiro
e um MiniCurso para ajudar concurseiros iniciantes e
aqueles que não vêm obtendo bons resultados a se
preparem melhor e aumentarem consideravelmente suas
chances de aprovação, sem ter que sofrer e perder tempo
tentando descobrir qual é o caminho correto, assim como
aconteceu comigo.
Tudo isso gratuitamente.
Feito isso, o MiniCurso Engenheiro Concurseiro teve uma
repercussão muito acima da que eu esperava e em menos
de 2 meses na web ele já possuía mais de 2.000 concur-
seiros participando, agradecendo e me falando sobre seus
resultados.

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

A partir daí comecei a sentir verdadeiramente quão forte é

o sentimento de ajudar o próximo a alcançar seus sonhos,
de fazer diferença na vida de outra pessoa, de não agir
apenas em prol de meus próprios interesses.
Com o MiniCurso finalizado e muitos alunos me pedindo
por mais dicas, métodos e estratégias de estudo eu resolvi
ir além e esgotar todos meus conhecimentos para criar
o método Concurseiro100 e ajudar ainda mais concur-
seiros a antecipar suas aprovações.
Trabalhei duro neste projeto e nele compilei todo conhe-
cimento obtido através de experiência própria, muita
conversa com outros concursados e aprendizado com as
maiores referências nacionais e internacionais em várias
áreas (concursos públicos, neurociência cognitiva, desen-
volvimento pessoal...) em um só material.
Prepare-se para ler vários livros em um.
Conte comigo.

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 concurseiro100 prefácio

Prefácio

V ocê está se preparando para seu concurso da maneira

realmente correta?
Você tem problemas em memorizar todo vasto conteúdo
que é cobrado no edital?
Você acredita que não tem a disciplina necessária e que
aprovação em concursos públicos é “coisa de gênio”?

Essas perguntas certamente devem ter despertado a sua

atenção imediatamente; e não há nada de errado nisso.
Essas dúvidas semeiam na cabeça de milhares de con-
curseiros ao redor do Brasil.
A grande maioria dos candidatos se prepara de maneira
totalmente errada, não segue um método, continua a
repetir os mesmos erros de sempre e, no fundo, nunca
acredita que é realmente capaz ou que têm a disciplina
necessária para conseguir a tão sonhada aprovação.
Outros inventam a desculpa de que são necessários vários
anos de estudo para ser aprovado no primeiro concurso
público e nem, se quer, começam a encarar o desafio.
Será que você se enquadra em alguma das situações
citadas? Se você está aqui é provável que sim!
A boa notícia é que após aprender e aplicar o método
Concurseiro100 você será um novo concurseiro.

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 concurseiro100 prefácio

Você não fará mais parte do grupo dos milhares que não
são aprovados; passará a fazer parte dos candidatos que
fazem medo a qualquer concorrente, dos candidatos que
em pouco tempo se tornam concursados, dos candidatos
que são chamados pelos criadores de desculpas de gênios.
Na preparação de um candidato para concursos públicos
há apenas três rotas que podem ser seguidas:

#1 Aquela que não leva a lugar nenhum, ou melhor, que

te leva ao fracasso;

#2 Aquela que te leva ao sucesso, mas pelo caminho mais

longo, doloroso e demorado; e

#3 O atalho, o caminho mais direto e objetivo, o que te

trará mais resultados e mais rápido.

A terceira opção é o que buscamos aqui e é a rota que

você vai seguir. Ao final, você verá como é tranquilamente
possível passar em qualquer concurso de engenharia
sem precisar levar anos para isso. Pois você vai aprender
passo a passo as etapas para alcançar esse mesmo re-
sultado.
Mas então, por que ser concursado?
Ser concursado significa não acordar todos os dias com
medo de uma demissão no mês seguinte que acabe com
seu rendimento mensal e arruíne seus planos futuros e o
da sua família.
Significa ter mais tempo para aproveitar seus dias com sua

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 concurseiro100 prefácio

família e amigos com disposição e alegria, ao invés de ex-

trapolar no horário e ainda trabalhar nos finais de semana.
Significar possuir tranquilidade emocional e não ter que
engolir recorrentes reclamações injustas de seu chefe
arrogante.
Estabilidade financeira, emocional e mais tempo livre sem
dúvida é um sonho perseguido por todos.
Hoje em dia, ser concursado faz parte do plano de milhares
de engenheiros no Brasil, e os três benefícios citados acima
são, sem dúvida, as maiores razões para isso. No entanto,
para muitas pessoas passar em um concurso parece ser
um sonho inatingível; e ele de fato será, se continuarem a
pensar dessa forma.
Quem é aprovado em concursos públicos não encara
as provas como um fardo, um martírio. Essas pessoas
gostam da prova, de domina-las, de provar pra si mesmo
o quanto estão capazes. Há um padrão no perfil das
pessoas que conseguem obter sucesso. Um perfil que
você certamente também terá em muito pouco tempo
através do que irá aprender aqui.
Anthony Robbins, a maior referencia mundial no que diz
respeito a desenvolvimento pessoal, afirma que se uma
pessoa consegue realizar algo qualquer outra também
pode fazer o mesmo, independente da sua classe social,
idade, tamanho, cor ou inteligência.
Para isto, ele afirma que basta você reproduzir as mesmas
ações que foram executadas pelas pessoas que obtiveram
sucesso na área que você está planejando alcançar. Seja
sua forma de pensar, agir, alimentar, se dedicar, relacionar

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 concurseiro100 prefácio

ou até mesmo se exercitar. É quase matemático!

É disto que trata o método Concurseiro100: fazer você
trilhar o mesmo caminho que foi percorrido por mim e por
aqueles que tiveram grande sucesso no que diz respeito
a concursos públicos, mas sem os erros, as perdas de
tempo e os fracassos.
Eu também passei por esse caminho e sei o turbilhão de
dúvidas que surgem na cabeça dos candidatos e como
é difícil expulsá-las para nos concentrarmos em nosso
objetivo.
Após errar muito na minha vida de estudante consegui
me tornar um concursado e tenho o prazer de trabalhar
tranquilo, aproveitar todo tempo livre que me resta e
ainda ter uma ótima renda mensal.
Contudo, nem sempre foi assim. Eu odiava estudar e
também trabalhei em empresas privadas. Sei muito bem
como a maioria delas funcionam.
Estabilidade, tempo para curtir a vida e fazer o que gosta
é algo que não tem preço. Um concurso público vai te
permitir desfrutar de tudo isso, te trará mais qualidade
de vida.
Infelizmente, criou-se um mito que para ser aprovado em
um concurso você deve ser um gênio ou deve abandonar
a vida social por anos. Alguns aprovados até gostam de
colocar-se nesse posto (de gênio), no entanto a verdade é
que concurso público é para qualquer um.
Nunca fui um aluno exemplar, reprovei no meu primeiro
vestibular, perdi várias matérias na faculdade, me formei

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 concurseiro100 prefácio

atrasado e, mesmo assim, consegui minha aprovação em

ótimos concursos antes mesmo de concluir meu curso
superior. Sou uma pessoa normal, de carne e osso; ex-
atamente igual a você.
Você deve conhecer pessoas que já fizeram vários con-
cursos, mas nunca obtiveram sucesso. Será que essas
pessoas são desprovidas de inteligência? Ou a maneira
como ela conduz sua preparação que está errada?
É certo que a segunda opção é a justificativa mais ap-
ropriada e correta. Seguindo um método inteligente, ra-
cionalizado e transformador, qualquer pessoa pode ser
aprovada.
A preparação do candidato vai muito além das horas diárias
estudadas, do cursinho preparatório ou da tonelada de
material disponível. Há um caminho lógico a ser seguido
(que muitas vezes é ignorado ou desconhecido) e que
torna a preparação muito mais simples e efetiva.
Isso justifica porque constantemente ocorre de dois can-
didatos com o mesmo material, mesma disponibilidade
de tempo e a mesma Inteligência alcançarem resultados
completamente diferentes em um mesmo certame.
Seguindo a rota correta é possível passar em qualquer
prova, e de forma rápida, assim como eu e vários outros
concursados que tive oportunidade de conversar con-
seguimos.
A cada ano que passa os concursos de engenharia estão
mais concorridos. A cota para negros e pardos já é uma
realidade em concursos de âmbito federal e podem a
qualquer momento tornar-se obrigatório também para

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 concurseiro100 prefácio

os estaduais e municipais, o que vai restringir ainda mais

as vagas e aumentar a relação candidatos/vaga.
Por isso, esse é o momento de aproveitar as opor-
tunidades para se tornar um concursado antes que a alta
concorrência sirva como combustível para alimentar des-
culpas e desistir dos seus sonhos.
Seja você engenheiro civil, ambiental, de produção,
mecânico, eletricista ou de qualquer outra engenharia;
seja do norte, nordeste, sul, sudeste ou centro-oeste;
este livro vai servir como um divisor de águas para você.
Você vai encontrar dicas que talvez nunca alguém te conte
sobre como ser aprovado em um concurso. Vai se trans-
formar como pessoa e concurseiro. Vai também conhecer
alguns fatores que influenciam drasticamente nos re-
sultados de um estudante e que praticamente nenhum
candidato tem conhecimento.
Lembre-se: um concurso público é capaz de mudar a sua
vida para sempre.
Convido-te a continuar nessa viagem e descobrir os
segredos para aprovação em concursos que eu e outros
concursados utilizamos para obter sucesso. Mergulhe
nesse livro e se segure quando perceber que o céu não é o
limite. Você vai descobrir o quanto você é capaz e de uma
maneira que nunca imaginou que fosse possível.
De forma descontraída e eficaz, você vai descobrir passo
a passo como:
· Passei de um aluno nada promissor para um concursado
na empresa de engenharia mais cobiçada do Brasil;

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 concurseiro100 prefácio

· Prever a sua prova;

· Seguir atalhos para aprovação;
· Tirar proveito do seu agente motivador para se tornar
uma pessoa ultra disciplinada;
· Ter uma supermemória para fixar ainda mais conteúdos
(e não esquecer no dia da prova);
· Modelar uma mente exterminadora de concursos;
· Compactar páginas em linhas para suas revisões;
· Criar mapas mentais eficientes;
· Aprender e se interessar por qualquer assunto;
· Tornar o estudo uma rotina prazerosa;
· Aniquilar o medo;
· Caçar como tigres e leões;
· Selar sua aprovação;
· Ter vida, mesmo sendo concurseiro;
· Seguir o infalível DPACR;
· Viajar para mundos paralelos onde até um bombardeio
não irá atrapalhar sua concentração;
· Atingir a produtividade máxima;
· Utilizar a proporção 20-80 para ter o mínimo desperdício
de tempo;
· Elaborar um projeto de aprovação;

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 concurseiro100 prefácio

· Chutar com maestria;

· Identificar os materiais perfeitos para sua prova; e
· Como passar em qualquer concurso de engenharia e se
tornar um concurseiro100.

Por fim, me resta fazer uma pergunta. Você está realmente

disposto a trabalhar duramente para seguir a rota #3
e ter resultados mais rápidos? Se sim, espero que você
afirme isto em alto e bom som de frente para o espelho
mais próximo, olhando em seus próprios olhos. É hora de
seguir em frente.
Dedique-se ao que será ensinado aqui com a mesma
paixão que tive para me dedicar ao concurso dos meus
sonhos e ao escrever e criar este método. O seu compro-
metimento certamente vai antecipar sua aprovação.

Um Grande Abraço,
Marcel Maranhão.

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

Introdução

UMA HISTÓRIA
E MIL OBJEÇÕEs

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

Um passo que
tinha que ser dado

A ntes de começar nossa jornada transformadora,

gostaria de te contar uma breve história de minha
trajetória até a aprovação. É sempre bom compartilhar
ótimos momentos. Eles inspiram e nos dão esperança
em um futuro melhor. Espero que esta história também
desperte estes sentimentos em você.

Dezembro de 2011: eu já estava decidido, daria um

passo para trás almejando dar dois para frente no futuro.
Ao chegar ao trabalho chamo meu chefe e lhe informo
que em janeiro sairia da empresa para me dedicar mais
à minha formação, faria vários cursos para me tornar um
profissional mais preparado para o mercado de trabalho
quando concluísse meu nível superior, que aconteceria
meio do ano seguinte.
Isso não era ao todo uma verdade, mas era uma excelente
alternativa em vez de falar:
“Desculpa, mas trabalhar numa empresa privada sem
horários para chegar a minha casa e checar toda semana no
meu correio um e-mail de desligamento (termo cordialmente
utilizado para substituir a palavra demissão) não é para mim.
Eu quero mais segurança!”

23

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

Já estava ficando comum trabalhar nos sábados e, inva

riavelmente, nos domingos (e olha que eu ainda nem era
um engenheiro). Meus fins de semana não eram mais os
mesmos.
Além disso, eu não sentia praticamente mais nenhum
prazer em ir trabalhar, mesmo tendo uma boa relação com
meus colegas de trabalho e com meus chefes. Algumas
situações que não se resolviam me deixavam louco!
Eu chegava ao trabalho desestimulado e saía sempre
estressado.
Resolvi que esta não era a vida que eu queria para mim.
Alguns dias após eu ter dado o aviso da minha saída, en-
quanto eu conferia o posicionamento dos gastalhos do
5º pavimento da torre 3 do empreendimento que estava
trabalhando, me chama pelo rádio o supervisor de obras
da empresa me convocando para uma conversa em um
local combinado.
O chamarei de Leonardo.
Ele era um gerente muito competente e com muitos anos
de casa. Eu tinha grande admiração pelo seu trabalho e
aprendi muito observando sua maneira de trabalhar. En-
quanto trabalhei com ele recebi boas oportunidades e sou
muito grato por isso.
Voltando ao ponto, ao chegar ao local acertado me senti
como se estivesse entrando em um julgamento. Lá estava
não só ele, mas também o engenheiro de campo e o gestor
da obra (meus superiores imediatos) me esperando para
a conversa.

24

Licenciado para Danilo Regis Gonçalves dos Santos, E-mail: [email protected], CPF: 02502559529
 concurseiro100 INTRODUÇÃO

“Marcel, quase tive um infarto hoje” – disse o supervisor.

“Por que, Leonardo? O que houve?” – questionei já imag-
inando do que se tratava.
“Que história é essa que você quer deixar de trabalhar
conosco?”

Tive de contar toda história novamente. Falei que

pretendia realizar cursos profissionalizantes para me
capacitar, estudar mais e que, por isso, teria menos
tempo para trabalhar na empresa.
“Tem algum outro setor que você gostaria de trabalhar para
continuar conosco?”

Com certo sentimento de culpa, pelo evidente esforço

da chefia para que eu continuasse no grupo, neguei a
proposta.
A partir deste momento achei que talvez Leonardo fosse
ficar chateado com minha escolha e cortasse relações
comigo, porém o que ele falou em seguida me impres-
sionou e me deixou ainda mais orgulhoso do que eu já
estava me sentindo.
“Marcel, você é uma pessoa focada. Parabéns! Gosto de
pessoas focadas. Quando se formar pode falar comigo para
a gente conversar”

25

Licenciado para Danilo Regis Gonçalves dos Santos, E-mail: [email protected], CPF: 02502559529
 concurseiro100 INTRODUÇÃO

Eu consegui avisar que ia sair da empresa e ainda ganhar

pontos com o supervisor!
O gestor da obra, um dos meus chefes imediatos tentou
sutilmente me convencer a ficar, porém não insistiu, e
você vai entender o porquê disso, mas essa é uma história
para mais adiante.
Este é quase o final da história. Dito desta forma parece
ter sido até uma decisão fácil, No entanto...

Outubro de 2011: decido revelar para meus pais e colegas

o plano mirabolante que eu tinha feito em junho do mesmo
ano que visava largar o meu emprego em janeiro do ano
seguinte para, a partir daí, estudar para o concurso dos
meus sonhos (e de várias pessoas também).
Meus pais não acharam boa ideia, haja vista que eu tinha
certo valor para empresa que trabalhava e um futuro
promissor. Diversas vezes me falavam:
“Pense bem no que você vai fazer”
“A empresa que você está é tão boa, filho”
“Pra passar vai demorar muito, vai ter que tentar várias vezes”

Cheguei a pedir para meu pai um “paitrocínio” que ao

menos se aproximasse do valor que recebia na empresa
para servir como um empurrãozinho na decisão que queria
tomar, mas infelizmente não consegui convence-lo.
Minha então namorada perguntava se não era possível

26

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

tentar conciliar o estudo com o trabalho. Alguns colegas

do curso me olhavam estranho, já que durante a faculdade
tinha perdido várias matérias e não era um dos cdf’s da
turma.
“Marcel, se eu fosse você continuava na empresa que você está”
“Esse concurso é muito difícil, rapaz”

Ouvi isso por algumas vezes também na faculdade. Para

ser sincero, se eu me baseasse nas notas que estavam no
meu histórico eu realmente não poderia nem sonhar em
ser aprovado no concurso que queria.
Você já deve estar imaginando o quão “fácil” deve ter sido
tomar a decisão para colocar meu plano em prática, que
era...

Junho de 2011: ao montar a minha grade de horário

do último período do curso de engenharia opto por não
me formar no tempo correto, que eram cinco anos, mas
sim deixar uma matéria e a monografia pendente para o
período seguinte por três motivos:
#1 Como havia perdido diversas matérias durante o curso,
exigiria um esforço muito grande para eu me formar no
tempo correto;
#2 Porque não me formando no final do 5º ano eu não
poderia ser contratado como engenheiro e não me en-
cantaria pelo salário que iria receber. Caso contrário, isso
poderia me afastar da vontade que tinha de passar em
um determinado concurso;
27

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

#3 Porque sabia que tinha plenas condições de passar

em qualquer concurso (ao menos eu acreditava nisso).
Então valia a pena fazer a aposta.

Quando revelei o plano algumas pessoas me disseram

para eu deveria me formar no tempo correto. Dessa forma
teria mais tempo para estudar no ano seguinte, pois não
teria a universidade para me atrapalhar. Tudo bem, faz
sentido! Porém, eu sabia que não era fácil recusar uma
boa proposta de emprego (depois descobri como é difícil
sair de um, também). Não queria criar uma armadilha para
mim mesmo. Autoconhecimento pode te safar dessas
emboscadas da vida.
Colocado o plano em prática o resultado foi...

Junho de 2012: 1 ano após ter feito meu plano mi-

rabolante, acordo calmamente no dia da divulgação do
resultado do meu concurso-sonho. Era um dia ensolarado.
Vou ao banheiro, lavo meu rosto pacientemente fingindo
não estar nem um pouco ansioso para saber o resultado,
volto para minha cama, pego meu celular e decido checar
meus e-mails antes de procurar pela lista de aprovados
(sim, não madruguei no site do diário oficial da união,
como fazem a maioria dos concurseiros). Na minha caixa
de entrada estava uma mensagem de um colega que
tinha feito o mesmo concurso que eu. Nela estava escrita:
“Passamos em posições parecidas: você em 3º e eu em 30º”

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O resultado havia saído, eu tinha passado em terceiro

lugar em um concurso nacional com oito vagas para
todo o Brasil. Não fazia nem seis meses que eu havia
deixado meu emprego e começado a me dedicar ao con-
curso-sonho da maioria dos jovens brasileiros; e ainda
nem estava formado.
Pulei da cama, ensaiei alguns golpes imaginários de
karatê e quase tive um estiramento muscular. A emoção
não cabia dentro de mim. A vontade era de gritar o mais
alto que eu pudesse. No entanto, eu tinha que segurar, já
que eu havia enganado minha família e namorada sobre
o dia que sairia o resultado do exame para lhes fazer uma
surpresa (inclusive já tinha ensaiado toscamente várias
vezes como daria a notícia). Teria que esperar até a hora
do almoço.
Vou caminhando para a academia com a maior cara
de tonto, sorrindo à toa e tentando agir como se nada
tivesse acontecido. Exercito-me por apenas meia hora,
não aguento de ansiedade e volto para casa. Vários pen-
samentos invadem a minha cabeça naquele momento.
Chegando a minha casa, momentos antes de sair o
almoço, reúno todos na sala de estar e digo que tenho
uma notícia para dar. Lá estavam meus pais, minhas duas
irmãs, minha namorada e minha madrinha.
Vou para meu quarto. “Hora de colocar os meus ensaios
toscos em prática”, pensei. Coloco uma calça, camisa de
botão, cinto, bota, seguro um capacete com as mãos e
volto para sala. Todos me olham com espanto e daí eu
pergunto:
“Com o que eu me pareço?”

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“Não estou entendendo nada, meu filho” – fala minha mãe.

“Que mistério é esse, Marcel?” – questiona meu pai.

É quando eu coloco o capacete na cabeça e falo:

“Com um engenheiro da Petrobras! Eu passei!”

A partir daí a alegria tomou conta da sala. Foi uma ex-

plosão de emoções: mãe recém-operada pulando, pai
abraçando, madrinha gritando e namorada chorando (não
só ela, para ser honesto). Tudo saiu conforme eu havia
previsto, exceto pela emoção que eu estava sentindo
naquele momento.
Sabe como é essa sensação? Eu poderia passar um dia
inteiro tentando, mas simplesmente não posso te ex-
plicar. Não há palavras que descrevam fielmente esse
sentimento. Porém, em breve você vai saber como é e
não vai precisar ler para imaginar, vai sentir.

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Por que Ser Concursado?

Ele chega despretensioso e pergunta:

“Marcel, tem algum plano para amanhã?”
“Bom, nada especificamente”
“Você sabe que estamos com o prazo apertado e temos que
entregar essa obra sem atraso, o jeito é colocar o pessoal
para trabalhar no fim de semana. O que acha?”
“Você tem razão”
“Posso contar com você aqui então para me ajudar nisso?”
Lá se vai meu chefe após me “solicitar” mais um sábado
de trabalho.

Salvo algumas exceções, o ambiente de trabalho nas em-

presas privadas de engenharia é um tanto quanto caótico.
Tive a oportunidade de trabalhar em duas antes de me
formar e presenciei como as coisas funcionam. Além disso,
tenho vários amigos engenheiros que vivem contando os
problemas do trabalho.
Se você trabalha ou já trabalhou no ramo sabe bem do
que estou falando.
O horário de trabalho é um mero item no seu contrato sem
valor algum. Acho que, na verdade, nós que não lemos
direito, pois em algum lugar deve estar escrito em alguma

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cláusula algo como: “horário mínimo de trabalho”.

É incomum chegar à sua casa no horário certo, mesmo
que você faça todo seu trabalho corretamente. Gosta dos
fins de semana? Acostume-se a perder alguns deles.
Chegamos cansados do trabalho e não temos disposição
para cuidar da saúde do nosso corpo ou para conversar
com nossa família.
Em conversa com um amigo, este me disse que percebeu
que estava na hora de pular fora de seu emprego e partir
para concursos quando começou a apresentar problemas
de saúde por falta de exercício físico e horas de sono em
débito.
É comum verificar semanalmente em sua caixa de correio
e-mails de desligamento. Assim você pensa:
“como posso financiar meu carro/apartamento se não tenho
garantia alguma de estar aqui ano que vem?”

Infelizmente, a demissão chega até para os excelentes

empregados, a depender da saúde financeira da empresa.
No fundo, sempre haverá uma agulha de insegurança.
Além da falta de estabilidade financeira há a falta de estabi-
lidade emocional.
Se tiver sorte, você terá um bom líder conduzindo seu
setor, inspirando e comprometendo seus empregados
com as metas e passando-lhes um propósito para que elas
sejam cumpridas. Se não tiver, terá um chefe autoritário,

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sempre cobrando mais e mais, falando o quão péssimo

está o seu relatório e colocando a razão do sucesso de
sua equipe apenas em sua própria competência.
Um colega meu que trabalhava há praticamente três anos
em uma empresa de construção civil pediu demissão pelo
simples fato de ter mudado de chefe e não ter se dado
bem com o novo. O mesmo cobrava muito mais dele e não
reconhecia suas ações; viu na demissão a única opção.
Às vezes, aquela pessoa que servia como exemplo dentro
da empresa sai e você se sente desamparado, aumentando
o medo da demissão.
Além disso, poucas coisas são tão ruins quanto falta
de reconhecimento. Isso mexe com a nossa emoção e
acabamos chegando à nossa casa alterados, levando
problema do trabalho para a família.
Em uma das duas empresas de construção civil que tra-
balhei antes de me formar tive uma ótima relação com
meu chefe. No entanto, ainda assim, a pressão que vinha
dos superiores para concluir o empreendimento com
menos recursos do que era necessário para conseguir
cumprir o objetivo acabava deixando todo mundo louco!
Algumas vezes senti vontade de bater a minha cabeça em
blocos de alvenaria, mas felizmente não fiz isso.
Muitas vezes, engenheiros não gozam de suas férias. Só
conseguem tira-las no último mês permitido por lei para
não trazer problemas judiciais para a empresa. Ainda
assim, continuam recebendo várias ligações do trabalho
e, em casos mais críticos, continuam indo para o trabalho.

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Poucas coisas na vida são tão prazerosas e revigorantes como

fazer uma viagem com sua família ou amigos e esquecer o
trabalho por um tempo. Felizmente, esse é um prazer que
tenho possibilidade de desfrutar sendo concursado.
Na construção civil, por exemplo, é comum a necessidade
de mudar de cidade a cada 2 ou 3 anos, para realizar obras
em outro local. Trazendo transtornos para a família e im-
pedindo que se criem vínculos com o local onde mora.
Em conversa com outro colega engenheiro que trabalhou
comigo na obra de um estaleiro no sul da Brasil, este me
disse a seguinte frase que me fez pensar o quão certa foi
a escolha que eu fiz:
“Há 25 anos corro atrás de minha família, mas não consigo
trabalhar perto da minha cidade. Eu não vi meu filho crescer.”

Não quis pergunta-lo se ele achava que tudo isso havia

valido a pena (e nem acho que seria conveniente da minha
parte), mas pela expressão em seu rosto acredito que sei
qual seria a resposta.
Quem cobiça ser rico unicamente através do salário cer-
tamente não obterá êxito em um concurso público. A
carreira no setor privado pode pagar melhor para os cargos
mais altos em comparação às carreiras de concursados,
quanto a isso não restam dúvidas.
Contudo, quanto vale um dinheiro que não pode ser uti-
lizado? De que vale ter bastante dinheiro e não poder
desfrutar de momentos de lazer com sua família? Tra-
balhamos para viver bem ou apenas para ganhar grana?

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Quando você tiver 60-65 anos terá energia para aproveitar

o dinheiro fruto de seu trabalho?
É necessário entender o real valor do dinheiro, que nada
mais é que um pedaço de papel. Temos a intenção de ter
bastante dinheiro para fazer aquilo que gostamos, para
comprar aquilo que queremos, para agradar as pessoas
que amamos. Ter bastante dinheiro na conta e não poder
fazer nada disso é como estar trabalhando de graça. Lem-
bre-se que não levamos nada quando partimos dessa
para outra.
Dito isto, é válido lembrar que a estabilidade financeira nos
permite fazer bons investimentos para aumentar nossa
fonte de renda. Aquele que sabe que dificilmente será
demitido sente-se mais seguro para investir 80% de sua
poupança na compra de um imóvel, montar um negócio
próprio ou aplicar o dinheiro em renda fixa ou variável.
Já quem não tem essa estabilidade tem o futuro incerto, o
que o impede de investir grande capital em determinado
negócio, pois a qualquer momento pode ser demitido e
precisar do dinheiro.
Devemos procurar sempre ter mais de uma fonte de
renda.
Um colega engenheiro me contou certo dia uma situação
bastante complicada que ele passou. Ele estava tra-
balhando para uma empresa de engenharia no interior
do Rio de Janeiro e havia acabado de financiar um apar-
tamento próximo da sede da empresa onde trabalhava.
Aconteceu que pouco tempo depois da compra a empresa
faliu, não pagou a rescisão e ele ficou sem renda para

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pagar o financiamento do imóvel. Ele não encontrou al-

ternativa diferente de voltar para casa do pai (que fica em
outro estado) e colocar seu imóvel para alugar.
Essa é uma realidade que, por vezes, ocorre com outras
pessoas que trabalham em empresas privadas.
Quero deixar claro que não recrimino quem opta por seguir
carreira no setor privado, cada tipo de carreira tem suas
vantagens e também desvantagens. Você pode optar por
ser concursado, seguir no setor privado ou até mesmo
ser um empreendedor. Vai depender do perfil de cada um.
Eu fiz a minha escolha. Qual é a sua?

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Apenas Gênios
Passam em Concursos

“Pra que vou tentar esse concurso, Fulano que é cdf não
passou. Pra que me iludir?”

Eu tenho certeza que a grande maioria das pessoas que

tem vontade de fazer concursos públicos nem, ao menos,
chegam a fazê-lo, porque acham que somente pessoas
superinteligentes são capazes de obter êxito.
Quando veem que um colega que era muito mais es-
tudioso na época da faculdade não passa, logo começam
a inventar desculpas. Já ouvi várias pessoas dizendo que
sonhavam em ser concursadas, mas que jamais ten-
tariam, porque sabiam que não eram capazes.
É comum a supervalorização alheia e a própria subes-
timação.
Primeiramente, capacidade não é algo estático, que uns
tem e outros não. Capacidade é um estado. A mesma
pessoa pode estar ou não capaz de realizar determinada
tarefa em diferentes fases de sua vida. Quando nos sur-
preendemos com alguém é porque achávamos que esta
pessoa não era capaz, mas ela estava e conseguiu superar
determinado desafio.

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Uma analogia pode ser feita a quem faz exercícios físicos.

Quando uma pessoa se exercita regularmente ela é capaz
de correr durante uma hora ou fazer 50 flexões, por
exemplo. No entanto, se essa mesma pessoa parar de
exercitar, em um futuro não muito distante ela já não terá
essa capacidade. Passará a fazer 40, depois 20, até que vai
chegar o momento que mal conseguirá fazer 10 flexões.
Contudo, caso continue a se exercitar sua capacidade vai
aumentar gradativamente.
Com a nossa cabeça funciona da mesma forma, mas com
uma diferença positiva. Com a idade, nosso corpo físico vai
perdendo naturalmente massa magra e energia. Porém,
no que diz respeito ao nosso cérebro a idade não importa,
quanto mais o exercitamos maior será a nossa capacidade,
independente do tempo de vida que nos resta.
Por isso entenda, você não é ou não é capaz, você está ou
não está capaz no momento. Isso vale para tudo na sua
vida!
Para estar capaz é necessário muito mais disciplina do
que inteligência. Uma pesquisa realizada pelo psicólogo
Shawn Archor em Harvard mostra que somente em 25%
dos casos o sucesso de uma pessoa vem de seu QI (quo-
ciente inteligente).
Mais importante é o pensamento que conduz a inteligência
do que a própria inteligência em si.

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Anthony Robbins disse a seguinte frase:

“Embora preferíssemos
acreditar que o intelecto
que nos guia, são nossas
emoções, as sensações que
vinculamos aos pensamentos,
que realmente nos guiam”
Reflita sobre isso.

Um sábado qualquer estava relaxando na praia quando

encontrei um amigo da época de colégio que há muito
tempo não via. Lembro-me que ele era, sem dúvida, muito
inteligente. Tirava excelentes notas e ajudava os amigos
ensinando diversos assuntos. Sempre me falava do seu
sonho de fazer vestibular no IME.
Conversamos bastante sobre a vida, nossas ocupações
e em certo momento, para minha infelicidade, resolvi
perguntar se ele tinha conseguido entrar no IME, como
sempre sonhava. Percebi como, imediatamente, sua ex-
pressão mudou e ele começou a me dar algumas des-
culpas, “aconteceu isso...aconteceu aquilo...não queria tanto
assim...”.
Fiquei um pouco constrangido no momento e logo
tentei mudar de assunto para a situação não ficar muito
embaraçosa.

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Essa experiência que passei me fez pensar sobre quantas

vezes lembramo-nos de pessoas bastante inteligentes
que não chegaram a lugar algum? Aí pensamos: “João era
tão inteligente, não sei como não deu certo”. Ele não deu
certo porque mais importante do que ser inteligente é a
forma como você usa sua cabeça.
Outro ponto é que um grande erro que as pessoas
cometem é ficar se preocupando com quem também vai
fazer o concurso ou com o número candidatos inscritos.
Como se não bastasse, perdem muito tempo pensando
nisso e se subestimando. Dê um pouco mais de crédito a
si mesmo e seja confiante!
Não se preocupe se o seu amigo que só tirava 10 na faculdade
não passou. Em uma pesquisa que fiz com alguns en-
genheiros concursados percebi que não há uma relação
direta entre o desempenho na universidade e aprovação
em concurso. Aliás, nenhum dos concursados indicaram o
desempenho na universidade como o principal fator para
aprovação em concursos públicos.
Ao invés de se espelhar naquela pessoa que é um gênio e
passou de primeira estudando de véspera, se espelhe em
outros casos, como o meu (e de vários outros):
· Não gostava de estudar;
· Colecionei recuperações paralelas;
· Embora tivesse vontade de fazer engenharia fiquei de
prova final em matemática no 3º ano do ensino médio;
· Perdi meu primeiro vestibular;

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· Gazeava aulas na faculdade para jogar poker e conversar

com os amigos do curso;
· Perdi várias matérias, inclusive reprovei em 4 em um
único período;
· Não me formei no tempo correto;
· Me classifiquei em 4 e fui aprovado e convocado em 2
concursos em um total de 2 meses e 15 dias de estudo (os
primeiros meses de estudo para concurso da minha vida)
antes mesmo de me formar, sendo um deles o concurso
para nível superior da Petrobras, sonho da grande maioria
dos engenheiros do Brasil e o outro o da Caixa Econômica
Federal, concurso com um bom salário e altamente co-
biçado. Poderia ter feito mais concursos, porém se já tinha
passado no que eu mais queria, para que continuar?

E aí, ainda acha que você não consegue? Deu pra perceber
que eu nunca fui um aluno prodígio. Na verdade, estava
longe de ser isso.
É claro que o Marcel que passou nos concursos não foi
o mesmo que perdeu 4 matérias em um único período.
Eu passei por uma transformação (e você vai descobrir
como isso aconteceu mais para frente). O que eu estou
tentando te mostrar é que eu sou igual (ou pior) a você.
Qualquer um pode mudar e chegar aonde quiser.
Tive a oportunidade de conversar com pessoas que
passaram em bons concursos com menos de 1 mês de
estudo, outras com 3 meses, 3 anos e até mesmo 15 dias.
Em alguns casos a pessoa realmente tinha a inteligência

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acima do comum, mas na maioria das vezes eram pessoas

normais, como a maioria de nós.
Concurso não é para gênios, é para quem acredita e faz!
Acredite que você é um gênio, se preferir. Somos do
tamanho de nossos pensamentos.
Siga os passos aqui ensinados e com certeza você estará
apto a passar em qualquer concurso, nenhum concorrente
te fará medo. O limite só existe se ele estiver dentro de
sua cabeça.

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Por Onde Começar?

Emprego devidamente largado e tempo de sobra. E agora?

Por onde começar? Essa foi uma das maiores dúvidas que
tive no começo e perdi muito tempo com isso.
Olhava para o conteúdo indicado no edital e fazia cara de
paisagem. Sabia que era impossível que a banca cobrasse
na prova tudo de cada assunto, caso contrário a prova
deveria ter, no mínimo, 300 questões.
Lembro-me que falava invariavelmente para um amigo
que tinha começado a estudar para concursos junto
comigo que se tivesse exatamente o material necessário
de estudo para passar, mesmo que ele fosse imenso, eu
iria devora-lo com toda dedicação. Mas assim seria fácil
demais, não é?
Infelizmente, não é como no colégio (e, às vezes, na fac-
uldade) onde o professor diz os assuntos que vai cair na
prova e passa alguns exercícios para revisar.
Ao deparar com os assuntos informados pelo edital você
simplesmente não sabe por onde começar.
Um dos meus maiores medos era estar dedicando tempo
e energia em um material que pouco ou nada me ajudaria
a passar no concurso, desperdiçando o curto período que
eu tinha até a minha primeira prova, que estava agendada
para menos de um mês. Isso realmente me aterrorizava e
me fazia parar para pensar se eu não estaria simplesmente

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perdendo meu tempo e ficando para trás dos meus con-

correntes à vaga (um erro já comentado).
Sei que muitos, principalmente os concurseiros de primeira
viagem, passam por essa dificuldade e chegam até a de-
sistir de tentar por causa disso. Acreditam que não vale a
pena arriscar seu tempo em algo incerto, já que na prova
pode cair qualquer assunto do edital, e continuam ab-
dicando de suas vontades de passar em um concurso.
A grande maioria dos que não passam em concursos
públicos começam a se preparar pelo caminho errado e
pensam equivocadamente sobre o que é importante para
conseguir uma aprovação. Você certamente não quer
seguir esse caminho, você está na rota #3.
Há várias pessoas por aí que estão estudando por anos
e que estão apenas perdendo seu tempo, pois não
possuem uma estratégia de estudo definida, não sabem
como estudar e não estão mentalmente preparados para
o desafio.
Entenda que uma atividade não se torna importante pelo
simples fato de te ocupar bastante tempo. Se há maneiras
mais eficazes, por que não adota-las? Se é necessário
estudar mecânica dos fluidos, por exemplo, por apenas 5
horas, para que dedicar 15?
A boa notícia é que eu já percorri esse caminho e sei qual é
o mais prático, eficiente e curto; você não precisará quebrar
a cabeça ou se descabelar com isso. Há uma forma muito
simples de saber por onde começar e por qual caminho
seguir. Aqui você vai descobrir os atalhos para a aprovação.
Vai reproduzir o caminho trilhado pelos concursados.

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Não há um professor indicando quais assuntos vão cair

em maior ou menor quantidade, mas há outro artifício
que vai te ajudar tanto quanto, ou até mais, a saber por
onde começar: as provas anteriores do seu concurso. Mais
adiante você vai aprender a como explora-las ao máximo.

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Tenho Pouco Tempo

para Estudar

Essa é mais uma das desculpas mais utilizadas para não

se arriscar em concursos públicos. Colocamos a culpa no
trabalho, no curso, nos filhos e em várias outras coisas
para afirmarmos que não temos tempo.
Sinceramente, espero de coração que você não continue
utilizando essa desculpa e não deixe o tempo passar por
você. Caso contrário com o decorrer dos anos você vai se
tornar um(a) velho(a) ranzinza que, como um papagaio,
vai repetir várias vezes:
“Ah, se eu tivesse aproveitado minhas oportunidades...hoje eu
teria isso ou aquilo...”

Com vontade e planejamento, sempre há uma forma de

conseguirmos conciliar nosso estudo com nossa rotina,
não vamos usar isso como desculpa. Aproveite para
definir o futuro que você quer para sua vida hoje. Protelar
é uma atitude dos fracassados, não dos vitoriosos. Não
abra mão de desfrutar da qualidade de vida que você terá
no futuro próximo quando estiver concursado.
Não se preocupe se seu concorrente está estudando 10
horas por dia e você só consegue estudar 3 (aliás, nem
procure saber informações sobre seus concorrentes, es-

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queça-os), muito mais importante que a quantidade é a

qualidade do estudo. Além do mais, uma pessoa pode
estar se dedicando 10 horas por dia, mas indo na direção
errada, nadando contra a maré.
O método Concurseiro100 é de bastante utilidade se
você está com pouco tempo para estudar. Seja devido
ao trabalho, curso, filhos ou por ter um concurso muito
próximo pela frente.
Sabe por quê? Porque as dicas e estratégias de estudo
aqui contidas foram as que eu utilizei para conseguir
passar no meu concurso-sonho (e um concurso-paralelo*)
estudando, ao todo, apenas 2 meses e meio (com muito
afinco), e começando praticamente do zero.
Tive a oportunidade de conversar com vários outros con-
curseiros100 (explicações ao final deste capítulo) de en-
genharia que utilizaram as mesmas estratégias que a
minha, tirando proveito do método falho de avaliação das
bancas.
No entanto, os ensinamentos que você aprenderá aqui
não são exclusivamente para quem está com pouco
tempo disponível. Tenho certeza que, se ele é muito útil
para quem tem pouco tempo, imagina para quem está
com tempo de sobra.
Tempo de sobra, inclusive, foi um problema que enfrentei
após passar o primeiro concurso que fiz. Tinha largado
o meu emprego para estudar e, como havia iniciado re-
centemente a minha vida de concurseiro, não sabia como
proceder: continuar estudando, parar e só estudar quando
abrir o meu concurso-sonho, mirar outros concursos e
por aí vai.

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Fiquei perdido por algum tempo e cometi alguns erros

nessa fase que poderiam ter me custado a não aprovação
nos dois concursos que passei. A parte boa é que eu já caí
do cavalo por você, agora você só vai pegar a parte boa!

* Concursos que aparecem enquanto

você estuda para o seu concurso-sonho
e que podem ser muito uteis para a sua
aprovação, se utilizado da forma correta.

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Não Tenho Disciplina

para Estudar para
Concursos Públicos

Muita gente acredita que jamais conseguiria ter a disciplina

necessária para estar bem preparado para um concurso
público. Essas pessoas se baseiam em seu passado e
sempre afirmam:
“Nunca fui disciplinado, não é agora, depois de tantos anos,
que vou conseguir”

Assim como a capacidade, muitas pessoas acreditam que

a disciplina é uma qualidade genética, um dom. A verdade
é que qualquer um pode ser disciplinado. Como já citei
nesse livro, durante boa parte da minha vida não fui um
aluno dedicado, muito pelo contrário. Não conseguia ficar
uma hora, se quer, estudando e também não seguia meus
próprios planos de estudo.
Ser disciplinado é, basicamente, seguir aquilo que foi
planejado, aquilo que, na teoria, é o seu desejo. Não é
necessário nenhum talento para isso.
Os que não possuem disciplina para estudar como deveria
para seu concurso público certamente possuem, entre
outras, duas características negativas: não entende o

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porquê de suas ações e não possui o hábito de estudar.

A primeira característica, por mais incrível que possa
parecer, é a mais importante de todas na preparação de
um candidato, muito mais que as horas de estudo, que o
material utilizado, que a inteligência e tudo mais. Você en-
tenderá o porquê disso mais adiante e também aprenderá
a como utilizar essa ferramenta poderosa a seu favor em
sua preparação.
O hábito de estudar é outra característica importantíssima
que o candidato deve ter se deseja manter a disciplina
nos estudos, já que estudar é a premissa básica que deve
estar presente em qualquer estratégia de preparação
para concursos públicos.
Muitos concurseiros de primeira viagem, sem o costume de
estudar, resolvem virar CDF’s do dia para a noite, decidem
passar de 1 hora para 6 horas de estudo diariamente. No
início até conseguem, mas com pouco tempo se cansam
e ficam pior que antes.
Há também o caso de candidatos experientes que con-
seguem se privar de horas de lazer para estudar, mas
sempre enxergam esta ação como um martírio. Isso, na
realidade, não é hábito; é sacrifício! Quando se tem um
hábito realizamos uma ação no automático, sem gastar
nossa energia e, ainda, com prazer.
Infelizmente, não é possível criar um hábito do dia para
noite, como no caso dos concurseiros iniciantes que citei.
Há uma ciência por trás disso tudo. Quando possuir o
hábito de estudar você vai ter prazer em fazê-lo, não vai
se importar em abdicar de outras atividades, porque isso
é o que você vai querer fazer naquele momento!

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Aprendendo a criar hábitos você também vai ser capaz de

substituir aqueles que não agregam valor em nossa vida
e substituir por outros mais positivos, como se exercitar,
se alimentar bem e estudar mais, por exemplo.
Esta é uma ferramenta valiosíssima que você aprenderá
mais adiante e que com certeza vai ter ajudar em vários
aspectos da sua vida, não apenas a estudar mais tempo.
Você perceberá quão fantástico é manter o controle sobre
seus hábitos rotineiros.
Entendendo o porquê de suas ações e criando hábitos de
estudo certamente você terá a disciplina necessária para
manter sua preparação no caminho planejado; e esta é
uma qualidade que te colocará a frente da grande maioria
dos candidatos que competem às mesmas vagas que
você. Poucas pessoas conseguem identificar um desejo,
traçar um plano e executa-lo.
Portanto, acredite, você também pode se tornar uma
pessoa ultra-disciplinada!

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O Que É O Método
Concurseiro100?

Primeiramente, um Concurseiro100 é aquele candidato

que consegue concentrar todos seus esforços de forma
inteligente e priorizada para ser aprovado em um concurso
no menor tempo possível, assim como faz um corredor
de 100 metros rasos para alcançar a linha de chegada.
Nesta prova não há brechas para erros, distrações ou
desvios de rota. É uma linha reta, objetiva e rápida para a
meta.

Para atingir esse resultado o método Concurseiro100 é

composto por 4 módulos:

I Transformação Mental;
II Projeto de Aprovação;
III Evolução Total;
IV A Hora da Prova.

Esta é a sequência que deve ser seguida para alcançar o

objetivo final: ser aprovado em um concurso público.

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

Este método vai muito além de simplesmente ensinar as

técnicas e as ferramentas de estudo. Ele passa pela sua
transformação antes de qualquer coisa.
A transformação é o que faz um candidato com os mesmos
ou até menos recursos que outra pessoa ser aprovado
antes desta que possui todas as ferramentas nas mãos.
É o que faz você respirar seu concurso e não se importar
em passar finais de semana em casa.
É o que faz você seguir em frente, enquanto os outros
desistem no meio do caminho.
O primeiro módulo do método Concurseiro100 vai
preparar sua mente para o desafio que está por vir. Nele
você vai aprender a:
· Identificar seu maior e mais poderoso agente motivador;
· Superar seus medos;
· Acreditar no seu sucesso;
· Elevar seu foco ao máximo;
· Selar sua aprovação com os pensamentos direcionados.

Sem dúvida, são os passos mais importantes da

preparação de qualquer candidato e que já vão te deixar a
frente de 90% dos concorrentes.
Concluído o módulo I você vai estar apto para avançar
para a próxima etapa. No segundo e mais extenso módulo
deste método você vai planejar e definir o rumo de toda
sua preparação. Você vai aprender a como:

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

· Criar seu projeto de aprovação;

· Aplicar o DPACR;
· Criar sua lista de assuntos priorizada;
· Prever sua prova;
· Utilizar o Princípio de Pareto;
· Elaborar seu cronograma de estudo;
· Escolher o método de estudo mais apropriado;
· Expandir sua capacidade de memorização ao máximo;
· Grifar corretamente;
· Criar resumos compactos e eficazes;
· Criar mapas mentais com gatilhos para memorização; e
· Gravar áudios da maneira correta para revisar.

Feito isso sua preparação vai estar engatilhada e pronta

para disparar. Hora de colocar a mão na massa nos
estudos!
O terceiro e último módulo do método Concurseiro100 é
a Evolução Total. Nele você vai aprimorar todas as habil-
idades que são necessárias durante sua preparação para
chegar afiado na prova do seu concurso. Nele você vai de-
scobrir como:
· Criar o hábito de estudar cada vez mais e com prazer;
· Turbinar sua concentração;

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

· Alcançar a produtividade máxima;

· Melhorar seu ambiente de estudo;
· Aprender e se interessar por qualquer assunto;
· Selecionar os melhores materiais para o seu concurso; e
· Utilizar os concursos-paralelos ao seu favor.

Concluídos os 3 módulos você vai estar em outro patamar,

vai possuir todas as armas possíveis para entrar na batalha
como um vencedor.
O último módulo é aquele que fecha o método Con-
curseiro100 com chave de ouro. Nele você vai aprender
tudo que precisa saber para o momento da prova e
também o que a antecede. Em A Hora da Prova você vai
descobrir:
· Como chutar com maestria. Questão que você não sabe
responder geralmente resulta em pontos perdidos? Você
vai descobrir como acertar questões que não sabe a re-
sposta apenas aplicando técnicas avançadas de chute
para garantir muito mais pontos em seu certame;
· O que fazer na semana da prova. Estudar? Não estudar?
Relaxar? Revisar? Descubra o que pode te ajudar ou atra-
palhar nessa hora;
· Como se comportar no momento da prova. O que funciona
para melhorar seu comportamento mental, maximizar
seus resultados e não ser dominado pelo nervosismo do
momento.

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 concurseiro100 INTRODUÇÃO

Este método é o seu guia prático para aprovação. Se você

acha importante para um concurseiro não cometer erros,
economizar tempo, aprender a como afiar a sua mente,
utilizar uma estratégia e método de estudo que realmente
funciona, desenvolver uma supermemória para con-
seguir fixar um número inimaginável de informações e
ser aprovado no seu concurso-sonho, este método vai
te ajudar imensamente.
Siga o que será ensinado aqui e entre para o clube dos
concurseiros100.
Divirta-se e lembre-se que o caminho só será difícil se
assim você pensar.

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 concurseiro100 A HISTÓRIA E A RAZÃO DE SER DESTE MÉTODO

Módulo l

Transformação
Mental
OS
5 PASSOS MAIS
IMPORTANTES PARA
SUA APROVAÇÃO

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 concurseiro100 Transformação Mental

V ocê certamente conhece pessoas que estão es-

tudando com afinco, que demonstram ter bastante
conhecimento, mas que simplesmente não conseguem
passar nos concursos que fazem. Há, inclusive, pessoas
que vivem “batendo na trave”, que em várias provas não
passam por pouco.
Conheço pessoas que estudaram mais do que eu estudei
quando fui aprovado nos meus dois concursos e, mesmo
assim, não conseguem o mesmo resultado que eu tive.
Dedicação e conhecimento não é o problema delas, então,
o que falta?
Elas simplesmente não estão mentalmente preparadas
para o desafio que estão tentando superar. Sim, é ex-
atamente isso. E acredite, isso faz uma diferença imensa
nas chances de aprovação de um candidato.
Os candidatos, em geral, pensam que esse é um assunto
sem muita importância (principalmente nós, engenheiros),
que o que importa na verdade é só estudar por horas e
horas. No entanto, é na preparação mental que a grande
maioria dos candidatos falha e não consegue a sonhada
aprovação.
Vamos refletir por alguns instantes.
Já percebeu que invariavelmente sabemos de pais e filhos
que são concursados, às vezes até no mesmo cargo?

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 concurseiro100 Transformação Mental

Conheço um caso de uma família inteira que são em-

pregados do mesmo concurso, mas em cargos diferentes.
Eu também sou um destes casos, eu e meu pai somos
concursados da mesma empresa.
Já parou para pensar também como alguns filhos de
cantores famosos também cantam bem? Ou que alguns
jogadores profissionais talentosos de futebol também
têm filhos jogadores e craques?
Alguns diriam que isso está no DNA, porém, muito pos-
sivelmente, esse sucesso se deve ao fato de estes filhos
acharem que esse é um caminho comum, que o desafio
não é impossível. Eles pensam dessa maneira justamente
por possuir um caso de sucesso dentro da própria família.
Não é uma pessoa famosa distante ou um primo do irmão
de um amigo; é o pai, o irmão ou o tio, por exemplo.
A mente entende o desafio como alcançável. A barreira
psicológica é muito menor. Essas pessoas crescem com
a ideia que também podem chegar lá e ainda recebem
apoio familiar. Toda a situação favorável facilita consid-
eravelmente a preparação mental destes indivíduos para
quebrar qualquer limite que possa surgir em suas cabeças,
tornando-os mais aptos ao sucesso.
Diferente é o caso de um cidadão que está cercado por
pessoas pequenas e pessimistas, que acham que tudo é
impossível. Certamente isso fará com que este indivíduo
também acredite que não dará conta de qualquer desafio.
Uma simples mudança na forma como você enxerga sua
meta aumenta imensamente a sua chance de sucesso.
Acreditar que o caminho não é um bicho de sete cabeças,
mas sim algo totalmente alcançável é o correto a se fazer.
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 concurseiro100 Transformação Mental

Visualize o seu concurso como um desafio comum, nada

de extraordinário; e assim ele será para você. Após a sua
aprovação você se dará conta que o desafio foi mais fácil
do que você imaginava.
Facilmente a preparação mental pode ser considerada
o ponto mais importante para quem quer passar no seu
concurso-sonho. Por esta razão este é o primeiro módulo
do método Concurseiro100.
Pare para pensar como invariavelmente nos deparamos
com duas pessoas aparentemente iguais, com as mesmas
condições, mesmo tempo disponível, mesmos materiais,
mas com resultados tão diferentes.
É evidente. Quem é aprovado em um concurso público é
uma pessoa, com um corpo e uma mente (preparada), e
não uma pilha de livros, uma calculadora de última geração
ou um cursinho preparatório.
Apesar disso, é impressionante como a preparação
mental é o ponto mais negligenciado pela maioria dos
concurseiros. Eles simplesmente se preocupam apenas
em estudar desesperadamente, mas ao dormir vêm as
dúvidas. Eles se perguntam se estão realmente capazes
de passar na prova, se o desafio não é grande demais ou
se o concorrente não está se preparando melhor (às vezes
até desistem de dormir).
Não faça parte desse grupo.

“O pensamento que orienta a

inteligência é mais importante que a
quantidade de inteligência que você tem”
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 concurseiro100 Transformação Mental

Essa frase foi escrita por David Schwartz em seu livro

A Mágica de Pensar Grande e resume bem o que esse
capítulo tratará.
Sua mente é a sua base, é a raiz, se ela não estiver con-
solidada você nunca obterá êxito no que deseja. Mesmo
que você esteja estudando regularmente, resolvendo
exercícios e se esforçando, sem a base você pode des-
moronar no primeiro obstáculo e desistir.
Se você é um concurseiro de primeira viagem, aproveite
essa grande oportunidade de começar pelo caminho certo;
se já é um concurseiro de longa data e está aqui comigo,
é possível que não tenha obtido sucesso anteriormente,
então pare de bater na mesma tecla e leve isso a sério!
Talvez você esteja ansioso para ver os métodos de estudo
que eu e outros concurseiros100 utilizamos ou como tirar
proveito do método falho da maioria das bancas para
seguir atalhos da aprovação, eu te entendo. Contudo,
peço que você leia e pratique com bastante atenção esse
capítulo. Antes de começar a estudar, esse é o primeiro
exercício. Ele vai ser a diferença entre ficar dentro ou fora
das vagas. Acredite se quiser!
Particularmente, tive bons resultados em concursos de
engenharia e tenho alguma autoridade para te falar da
importância de se preparar mentalmente. Eu não passei
em 30, 20 ou 10 concursos como alguns gurus por aí;
mas fiquei classificado em quatro e fui convocado para
dois deles em questão meses, os primeiros meses de
estudo para concursos, sendo o cargo da Petrobras o
meu terceiro concurso e o emprego dos meus sonhos.
Não tinha porque continuar.

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 concurseiro100 Transformação Mental

Além disso, essa não é apenas uma opinião pessoal. En-

quanto criava este método enviei um questionário simples
para amigos que foram aprovados em concursos pú-
blicos de engenharia para também entender seus pontos
de vista. Em um trecho desse questionário, eu solicitava
que a pessoa atribuísse notas a determinados itens para
definir a importância destes na preparação de um can-
didato para concursos públicos.
Os itens estavam divididos em dois grupos e eram estes:
Aspectos mentais/psicológicos: ter um propósito, superar
o medo do fracasso, crença, foco, pensamentos positivos
e comportamento na hora da prova;
Preparação nos estudos: estratégia de estudo, método de
aprendizado, horas diárias de estudo, material de estudo,
cursos preparatórios, grupos de estudo e aprendizado na
universidade.

O aprovado deveria dar nota máxima (10) para o item

que considerava mais importante para os grupos “As-
pectos mentais/psicológicos” e “Preparação nos estudo”,
e também notas entre 0 e 9 para os itens restantes.
Em 100% dos casos a média das notas do primeiro grupo
foi maior que a média do segundo. Isso significa que se
preocupar com quantas horas por dia você vai estudar
(que, por sinal, não recebeu a maior nota em nenhum
caso) ou se matricular em todo cursinho que aparecer,
nem de perto terá o mesmo valor que estar mentalmente
preparado para seu desafio.

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 concurseiro100 Transformação Mental

Escutei em um curso de produtividade que fiz (o Pro-

dutividade Ninja, do Seiiti Arata) uma frase muito inter-
essante e que aceito como verdade absoluta:

“Uma pessoa com um corpo

mental forte é capaz de se
preparar mentalmente para
qualquer desafio”.
Por isso, antes de tudo, você deve preparar seu corpo
mental. Assim você não vai se abater por um dia em que
tudo deu errado, que você não aprendeu nada ou pelo
momento de pressão da hora da prova.
Uma boa analogia pode ser feita a um jogador de futebol
quando este vai cobrar um pênalti importante para seu
time. Os mentalmente preparados não se deixam levar
pela pressão. Simplesmente vão lá e fazem o gol.
Em outros casos há aqueles que não conseguem con-
verter, que chutam para fora. Ninguém tem dúvidas que
estes jogadores possuem a capacidade de fazer esse gol
várias outras vezes numa ocasião de menos stress. Afinal
de contas, em uma cobrança de pênalti toda situação é
bastante favorável para que o cobrador consiga converter.
No entanto a mente humana é capaz de permitir que uma
ação simples se transforme em um tormento.
Seguindo com a analogia, um ótimo exemplo é a com-
paração entre o pênalti cobrado por Zinedine Zidane,
na final da copa de 2006 contra a Itália, e o cobrado por

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 concurseiro100 Transformação Mental

Roberto Baggio, na final de 1994 contra o Brasil. Ambos

eram um dos melhores jogadores de futebol de sua
época e, certamente, converter um pênalti qualquer é
uma tarefa fácil para os melhores jogadores do mundo.
Acontece que na circunstância de imensa pressão um
estava mentalmente preparado (até aquele momento
da partida) e converteu, enquanto o outro não (para feli-
cidade da seleção canarinha).
Esse exemplo deixa bem claro a influência que nossa
mente tem sobre nossos resultados.
Quando estamos com o corpo mental forte não paramos
para pensar na dificuldade do desafio, na relação can-
didatos/vaga e não erramos as questões mais fáceis da
prova por problema de concentração.
É aí que você percebe onde está a diferença entre os que
conseguem ser aprovados e os que não conseguem. Isso
explica por que muitas vezes pessoas que estão menos
preparadas no que diz respeito à quantidade de assunto
estudado passam antes que pessoas que estão com todo
o edital na cabeça minutos antes da prova. A mente está
pronta.
Isso também explica porque a maioria das pessoas, após
ser aprovada em um primeiro concurso, começa a cole-
cionar aprovações. A barreira psicológica foi embora! A
tarefa não parece mais um bicho de 7 cabeças.
Li uma história muito interessante no livro Poder Sem
Limites, de Anthony Robbins, que ilustra bem o que uma
barreira psicológica (ou a ausência dela) pode fazer por
uma pessoa. Certo aluno dormiu durante sua aula de

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matemática e quando acordou com o barulho do sino

percebeu que no quadro negro havia duas questões.
Pensando que se tratava de uma lição para a próxima
aula anotou e tentou resolver em casa. Após muitas ten-
tativas e erros conseguiu, com sacrifício, resolver uma
das questões e levou para a aula seguinte. Ao mostrar a
resolução para seu professou este não acreditou no que
estava vendo, pois as duas questões que ele havia deixado
no quadro se tratavam de equações consideradas sem
solução. Como o aluno não sabia desse pequeno detalhe
o limite não existia em sua mente, ele acreditava que tinha
que entregar o exercício a qualquer custo.
Confie no que está sendo dito e gaste uma energia maior
na sua preparação mental. Lembre-se do resultado da
pesquisa que eu fiz. Aqueles que já foram aprovados em
concursos públicos consideram a preparação mental a
etapa mais importante. Por que não seguir os passos de
quem já chegou lá?
Seguindo com atenção os conselhos escritos aqui você
perceberá uma imensa diferença no seu desempenho.
Agora, é hora de sair da teoria e partir para a prática. Como
você deve preparar a sua mente?
Para isso você deve seguir 5 passos.

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1
O Que te Motiva a Tentar?
Ele tinha um bom salário, amigos e valor para companhia. Era
um profissional competente e a boa relação com seus supe-
riores tornava improvável uma demissão.
Estava à disposição da empresa sempre que esta o req-
uisitava, não tinha hora para chegar a sua casa e perdia
sábados e domingos em reuniões ou finalizando pendências.
Várias vezes ele chegava a sua residência por volta da 21h e
em casos “extremos” chegava pela meia noite.
Aos fins de semana, após retornar do trabalho se deparava
com seu pai bebendo uma cerveja na rede, tirando um cochilo
ou assistindo um jogo de futebol do seu time do coração. O
pai dele também tinha um bom salário, mas não chegava
do trabalho depois das 17:30 e não trabalhava aos fins de
semana, se dedicando mais a família e aproveitando a vida.
Ele é concursado, teve estabilidade financeira e emocional
durante quase toda a vida, e continua tendo.
R. queria ter a vida que o pai levava, mas tinha medo de largar
o emprego e se arriscar em concursos públicos. Tinha medo de
falhar e não conseguir voltar para a posição que tinha antes.
Um dia percebeu que praticamente nada na vida é irre-
versível e que ele tinha apenas 25 anos, ainda tinha muito
tempo pela frente. Fez o que muitos não teriam coragem de
fazer. Largou o emprego que lhe pagava bem e que sabia que
tinha perspectiva de mais crescimento. Deu um passo para
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trás almejando dar dois para frente em direção à qualidade

de vida. Estava disposto, inclusive, a ganhar menos do que
ganhava anteriormente.
Ele não queria mais a vida de horários incertos, queria ter
tempo para dedicar a si mesmo e a sua família. Esse era o
seu propósito. Sempre que se questionava se havia tomado
a melhor decisão ele se lembrava do motivo pelo qual estava
fazendo aquilo. As dúvidas sumiam e a motivação voltava.
Em menos de quatro meses R. passava em seu primeiro
concurso e tinha a certeza de que havia tomado a decisão
mais correta.

Essa é uma história real. Ela lembra o que eu passei quando

também decidi correr atrás do meu concurso-sonho. No
entanto, considero o seu caso ainda mais complicado,
porque ele trabalhava como engenheiro e já tinha mais
de dois anos de empresa. O salário maior e o tempo de
casa com certeza tornaram a decisão de largar o emprego
ainda mais difícil de ser tomada.
R. já foi citado nesse livro anteriormente, mais precis-
amente na página 24, mas ele foi citado como “chefe im-
ediato” e “gestor de obra”. Sim, aquele que um dia pedira
que eu continuasse na empresa seguiu o mesmo caminho
que o meu, e não se arrepende disso.
O que fez R. assumir os riscos e se empenhar em passar
em um concurso? O que lhe deu forças para sair da zona
de conforto para conquistar seu objetivo?
Claramente ele tinha um propósito bem definido. Este é o

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combustível que mais nos fornece energia para continuarmos

empenhado, para mantermos a disciplina.
Encontrar o propósito por traz de suas ações é, de longe,
o ponto mais importante na preparação de um candidato
a concursos públicos! Anthony Robbins destaca a imensa
importância de se ter um propósito para tudo na vida
como ingrediente básico para o sucesso.
Pessoas que fazem concursos e mais concursos sim-
plesmente pelo dinheiro, sem uma causa maior, nunca
terão a mesma gana que outra pessoa que tem um
propósito para isso. Eu falo isso com toda segurança do
mundo.
Vamos fazer uma rápida reflexão, qual das duas pessoas
teria uma probabilidade maior de se dedicar mais ardu-
amente para conquistar seu objetivo:
Joãozinho: “Quero passar no concurso X por que ele tem
um ótimo salário.”; ou
Pedrinho: “Passando nesse concurso vou conseguir dar
uma condição para minha família melhor do que a que eu
tive quando criança. Não quero que eles passem pelo que
eu passei.”

O seu concurso-sonho dificilmente está atrelado uni-

camente ao salário que você irá receber (embora isso
também tenha grande importância). Envolve muito mais
que isso. O concurso-sonho é aquele que nos faz sentir
orgulhoso pelo que fazemos, que nos faz acreditar ser
uma pessoa melhor, que nos remete a pessoas que nos

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inspiraram, que irá transformar nossas vidas.

Mesmo quando a maior causa da sua motivação for o
salário, o que pode tranquilamente ocorrer, na realidade
o que te motiva não é o dinheiro si, um pedaço de papel.
O agente motivador é o que você pode conseguir com ele:
comprar uma bela casa onde você poderá receber sua
família e amigos, ter um carro confortável, fazer viagens
ao redor do mundo, poder colocar comida dentro de casa,
pagar por boas escolas para seus filhos, etc.
Se concentre no que você pode conseguir com ele, dessa
forma a sua energia para correr atrás do objetivo será
bem maior.
Por que esse é o concurso dos seus sonhos? Busque o
seu propósito, reflita um pouco sobre isso. É por ele que
você vai lutar e conseguir conquistar seu objetivo.
Muitos acreditam que essa pergunta é filosófica demais
e não dão a devida importância, mas responder a ela é
extremamente necessário. Faça o teste e comprove os
resultados!

O seu propósito é o
motivador mais importante
e é por ele que você vai se
dedicar com afinco.
Isso tem que ficar bem claro em sua mente.
Sem propósito o seu esforço não tem causa. É como quando

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fazemos algo contra nossa vontade ou sem entender o real

objetivo de nossas ações. Se não sabemos aonde queremos
chegar todo nosso esforço deve ser em vão.
O filho que é obrigado pelo pai a fazer medicina ao invés de
filosofia, que é seu sonho, nunca vai se dedicar de coração
e talvez nunca consiga uma aprovação no vestibular para
esse curso. Nada o motiva a estudar.
O empregado que não entende a importância de sua
tarefa para a companhia nunca vai se dedicar da mesma
forma que aquele que enxerga seu valor e o propósito de
suas ações para a empresa.
Uma tarefa só é muito bem feita quando se coloca paixão
nela, e você só vai conseguir isso com um propósito bem
definido. É engraçado como eu sentia tesão para estudar
na madrugada. Fazia isso com disposição. Ficava muito
feliz quando terminava uma matéria ou uma bateria de
exercícios. É isso que você deve sentir!
Ao lutar por um propósito você está lutando por você
mesmo. Quando isso estiver consolidado em sua mente
nenhuma tarefa vai parecer impossível ou chata demais.
Você sempre terá um agente motivador te empurrando
para frente. Quando as dúvidas surgirem basta se lembrar
do porquê de toda sua dedicação. Afinal de contas, é por
você que o esforço está sendo feito.
Quanto maior o esforço, mais próximo você vai estar de
cumprir o seu objetivo. Isso te motiva.
No entanto, se você não tiver seu propósito bem definido,
não entender as reais razões para sua dedicação, você
nunca terá a disciplina, o tesão e a disposição necessária

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para alcançar o sucesso, pois é seu propósito que te traz

motivação para continuar em sua jornada.
_Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair
daqui?
_Isso depende muito de para onde queres ir – respondeu o gato
_Preocupa-me pouco aonde ir –disse Alice
_Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas – replicou o
gato

Este trecho brilhante do livro Alice no País das Maravilhas,

de Lewis Carroll, ilustra com perfeição a importância de
se ter um propósito para tudo na vida. Alice sabia apenas
que queria sair daquele lugar, mas ela queria sair dali por
quê? Para quê? Para onde?
Você sabe que quer ser aprovado no seu concurso-sonho,
mas para quê e por quê? Aonde você quer chegar? Re-
sponda a estas perguntas e você conhecerá o seu
propósito, o seu agente motivador mais importante!
Há um experimento muito simples que você pode fazer
para comprovar o poder que seu propósito tem sobre você:
se algum dia você for estudar e perceber que você não está
com nenhuma animação para isso, feche os olhos e imagine
durante cinco minutos o seu propósito já alcançado (por
exemplo: imagine você em sua bela casa recebendo toda
sua família no fim de semana, se esse for seu propósito),
pense com detalhes, com alegria por estar exatamente
na posição que você desejava antes de ser aprovado. Ter-
minado o experimento inicie os estudos, sem dúvidas você

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estará com animação suficiente para estudar por algumas

horas. Isso vai te aproximar do seu sonho.
Esse exercício de imaginação é chamado por Anthony
Robbins, no seu livro Poder Sem Limites, de “resultados
experimentais antecipados”. Você vai aprender um pouco
mais sobre isso mais adiante neste capítulo.

Não busque um propósito na forma negativa, encontre-o

na forma positiva. Um propósito afirmativo é muito mais
poderoso do que um negativo. Se sua vontade é ter
mais tempo para a família e estabilidade financeira, não
pense: “quero passar nesse concurso por que não suporto
mais chegar tarde a minha casa e não ter dinheiro ao final
do mês para fazer o que gosto” ou “quero um concurso por
que detesto trabalhar nos fins de semana e tenho vontade
de mandar meu chefe pastar todos os dias”. Muito mais in-
teligente é pensar: “quero passar nesse concurso para ter
mais tempo com a minha família e poder fazer as coisas que
gosto com estabilidade financeira e emocional”.
Se você focar no que não quer é isso que você vai ter. Ou
seja, foque na dor e você terá ainda mais dor!
Pensamentos negativos atraem situações negativas,
assim como pensamentos positivos atraem situações
positivas. Uma simples mudança na forma de pensar
pode significar muito no seu desempenho.
Voltando para motivação que traz um propósito, vou te
contar um pouco da minha própria experiência.

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Lembro-me que a motivação para o meu concurso-sonho

era totalmente diferente da motivação que eu tinha para
outro concurso, porque por trás dele havia um propósito.
Enquanto não abriam vagas para o concurso da Petrobras,
me dediquei a um concurso-paralelo (esse foi um grande
erro que cometi que poderia ter me custado à aprovação).
Certo dia conversando com um amigo enquanto cor-
ríamos no calçadão da 13 de julho, um lugar conhecido
entre os aracajuanos, disse para ele o quão desestimulado
eu estava para aquela prova. Comentava que iria fazer
apenas por que tinha deixado de trabalhar e devia fazer
todas as provas que aparecessem. Em outras palavras,
não havia nenhum propósito nisso, eu apenas me sentia
obrigado a fazê-lo.
Eu estava estudando, mas sem nenhuma disciplina,
prazer e disposição. Já estava praticamente desistindo
de continuar. Todo dia me perguntava se devia seguir es-
tudando para esse concurso, se me preparava para o meu
concurso-sonho, mesmo sem edital aberto , (o certo a se
fazer) ou se terminava minha monografia.
Para a minha sorte, poucas semanas depois foi lançado
o edital da Petrobras e eu não perdi tanto tempo com
aquele que estava estudando, que, por sinal, era o da
Caixa Econômica Federal.
Quando recebi esta notícia deste concurso através de um
amigo fiquei eufórico. Foi como uma injeção de adrenalina
na minha veia. Eu estava tão feliz que parecia que já tinha
passado nas vagas. Já me imaginava comemorando
minha aprovação. A minha motivação tinha voltado com-
pletamente.
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Não necessariamente apenas um único concurso vai ser

capaz de satisfazer seu propósito. É, sim, possível que
outros cargos já permitam que você se sinta realizado.
Isso é bom, já que, infelizmente, alguns concursos espe-
cíficos ficam anos sem acontecer novamente.
No entanto isso também pode se tornar uma armadilha
se você não tiver foco. Mirando vários concursos com
conteúdos diferentes dificilmente você conseguirá uma
aprovação rápida. É quase como sempre voltar à estaca
zero, em vez de melhorar nossos conhecimentos para
uma prova específica.
Por fim, reflita sobre o porquê de fazer o concurso que
você planeja passar para entender seu propósito e ter um
forte agente motivador te apoiando durante toda a sua
preparação. Este é a sua atividade para agora. Pare por
alguns minutos e escreva em um papel (e guarde-o) as
suas respostas para as perguntas: por quê e para quê?
Lembre-se que esse é o passo mais importante de todos.

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2 Superando o Medo
Medo: O grande destruidor de sonhos e que faz as pessoas
assistirem a vida passar por uma janela como um coad-
juvante.
Se nós temos um propósito para correr atrás, o que nos
impede de fazê-lo?
Muitas vezes pensamos que nossos atos serão irre-
versíveis, contudo pouquíssimas coisas são. Princi-
palmente quando se é jovem e tem tempo o suficiente
para reverter qualquer situação.
Alguns pensamentos comuns de quem tem medo são:
#1 “E se eu perder muito tempo me dedicando e não passar?
Poderia estar fazendo outra coisa”;
#2 “Se eu largar meu trabalho para estudar e falhar não vou
mais conseguir voltar para o mercado de trabalho”;
#3 “Não sei como seguir esse caminho, melhor não arriscar”;
#4 “Se está dando certo dessa forma, para que vou tentar
algo maior?”;
#5 “Meus colegas estão trabalhando e com a vida encaminhada,
melhor eu não perder mais tempo com isso e encaminhar a
minha”;
#6 “A relação candidatos/vaga está altíssima, não vou nem
tentar”.

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Há grandes chances de você já ter deixado se levar por,

pelo menos, uma das situações descritas acima. O medo
é normal e real, cabe a você supera-lo. Respostas para
esses pensamentos são:
#1 E se você passar? Por que fazer algo diferente se seu
sonho é passar em um concurso público? Prefira dedicar
mais tempo pensando em como sua ideia vai dar certo a
pensar como vai dar errado;
#2 Praticamente nada é irreversível. Relembrando a
história do meu antigo chefe, ele certamente teve medo
de se arrepender ou de seu plano não dar certo, mas não
deixou isso domina-lo e assumiu os riscos. Hoje ele já está
concursado;
Deixar o emprego pode ser um assunto um pouco mais
complicado para determinadas pessoas. Se você já
possui uma família e todo o sustento vem de sua renda
mensal, talvez essa não seja uma boa ideia. Caso possua
um parceiro(a) que possa dar conta dos gastos enquanto
se dedica arduamente ao seu objetivo, a ideia já começa
a fazer mais sentido. Na ocasião de você ser um recém-
formado, ainda morar com seus pais ou não ter filhos
pra criar, certamente largar seu trabalho será a melhor
opção (mas lembre-se: a escolha é sua). Lembre-se que
você estará dando um passo para trás e dois para frente
quando passar.
A disponibilidade total de tempo e foco em uma só tarefa
aumenta consideravelmente suas chances de conseguir
entrar para o clube dos concurseiros100. Na pesquisa que
realizei com alguns concursados percebi que 100% dos que
foram aprovados em menos de 7 meses não estavam tra-

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balhando quando passaram em seus concursos. Também

conversei com pessoas que estavam trabalhando, mas
estas não passaram nesse mesmo período.
Isso não significa que não é possível passar em um
concurso trabalhando, é completamente possível con-
ciliar, mas você deve levar mais tempo para obter êxito.
Sobre achar que deixar o emprego o impedirá de voltar ao
mercado de trabalho uso o meu próprio exemplo.
Ao me formar, em julho de 2012, recebi um convite para
trabalhar na empresa que havia deixado em janeiro do
mesmo ano, mesmo após as minhas recusas às opor-
tunidades apresentadas pelo meu supervisor de obras.
Contudo, como já estava aprovado em dois concursos
acabei gentilmente recusando.
Isso me fez perceber que, quando se criar boas relações e
se faz um trabalho bom e honesto, as portas sempre vão
estar abertas para quando você precisar voltar. O segredo
é sair sempre pela porta da frente.
#3 Se você não sabe o caminho fique feliz, pois você já está
aprendendo o caminho aqui. Seguindo todos os passos
com compromisso eu não vou ter nenhuma dúvida de
seu sucesso. É praticamente infalível.
#4 Porque isso não significa que você está feliz, sempre
tente algo maior se esse for o seu desejo. Saia desse
“matrix” de levar uma vida que não quer da mesma
forma que milhões de outras pessoas fazem. Não pense
pequeno. Corra atrás de sua felicidade.

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Poucos sentimentos são tão ruins quanto pensar: “se eu

tivesse feito aquilo eu estaria bem melhor de vida hoje” ou
“se eu tivesse acreditado em mim mesmo meu plano teria
dado certo e eu estaria mais feliz”. Aliás, o “se eu tivesse” é
o atestado de que você errou em não tentar no passado
e também passa o sentimento de que não há mais volta.
Isso nos traz uma sensação horrível de que a culpa por
não ter tentar foi única e exclusivamente nossa, causando
peso na consciência e lamentação.
No presente substitua o “mas” por “a não ser que”. Em
vez de pensar: “eu até estou estudando, mas acho que meus
concorrentes são melhores” pense “desse jeito eu não vou
passar, a não ser que eu me dedique da maneira certa e
acredite mais em mim mesmo”.
#5 Essa é a forma como você os enxerga, mas ninguém
garante que eles estão felizes e realizados. Se estiverem,
fique feliz por eles, use-os como exemplo para também
encaminhar a sua vida, mas do seu jeito. Preocupar-se
com a vida dos outros é uma grande perda de tempo. A
grama do vizinho sempre vai parecer mais verde que a
sua.
#6 É uma grande besteira pensar sobre a relação can-
didatos/vaga, pois não significa absolutamente nada. O
que importa, na verdade, é a nota de corte, a pontuação
que o último convocado teve para ser aprovado. Em ves-
tibular, por exemplo, é comum medicina não ter a maior
concorrência, no entanto invariavelmente tem a maior
nota de corte.
Número de inscritos não determina a dificuldade da
prova.

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Meu concurso-sonho teve uma concorrência de, aprox-

imadamente, 700 candidatos por vaga. Em nenhum
momento eu permiti me abalar por isso, pelo contrário, eu
consigo enxergar pontos positivos para quem está men-
talmente preparado quando se tem um grande número
de inscritos e quando a prova é mais difícil.
Vou explicar: quando um determinado concurso está
com um alto número de candidatos por vaga isso tende
a mexer com o psicológico das pessoas que não estão
com um corpo mental fortalecido. O desempenho delas
nos estudos e também na hora de fazer a prova é preju-
dicado pelo medo e pela pressão, começam a pensar no
número candidatos/vaga e que qualquer vacilo fará com
que percam a oportunidade de serem aprovados, ficando
ainda mais nervosos.
Quando a prova é difícil funciona da mesma forma, ao
perceber que não sabe as três primeiras questões os
candidatos que não estão preparados mentalmente
ficam exaltados e logo perdem a concentração em outras
questões ou gastam tempo demais tentando resolve-las.
Além disso, provas difíceis são as melhores para distinguir
quem está preparado de quem não está e diminuem a pos-
sibilidade de sortudos “chutões” que não se empenharam
como deveria se deem bem, tirando uma vaga de alguém
que varou horas estudando.
É comum ver em provas fáceis uma diferença enorme
na posição quando um candidato acerta uma questão a
menos que o outro. Nas mais difíceis as pontuações das
posições são mais bem distribuídas.

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Vamos utilizar um exemplo para melhor demonstrar o que

foi dito acima: imagine que hipoteticamente uma prova
pode ter sua dificuldade medida por um valor entre 0 e 100.
Se você está preparado para uma prova de dificuldade 90
e ela estiver com uma dificuldade nível 60, você não con-
seguirá se diferenciar daqueles que se prepararam para
uma dificuldade 80, 75, 70, 68, 65; e por aí vai...
Em resumo, provas com alta concorrência e difíceis são
boas porque conseguimos vantagem psicológica sobre
quem não está mentalmente preparado e vantagem
no que diz respeito ao uso de seu conhecimento, já que
questões difíceis exploram mais a sua preparação. Por
isso, prefira que a prova seja difícil e que a concorrência
seja grande, você não vai deixar de estudar por causa
disso.
Além do mais, isso vai engrandecer ainda mais o seu
feito. Certo dia estava bebendo uma cervejinha com um
amigo após a minha aprovação na Petrobras e ele me
falou: “Marcel, você está muito normal para quem passou na
Petrobras. Não está se sentindo um gênio não?”. Tudo isso
porque esse concurso é difícil e concorrido.
Outro ponto importante de se observar é a concorrência
real do seu concurso. Não se assuste com números.
Dos 699 candidatos que disputavam 1 vaga comigo,
500 estavam apenas contando com a sorte, 100 haviam
fingido que tinham se preparado, 90 tinham estudado,
mas não estavam mentalmente preparados e apenas
9 estavam disputando, de fato, a vaga junto comigo. É
valido, ainda, lembrar que há uma média de 20 a 30% de

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candidatos que faltam as provas. A proporção é essa, e a

concorrência real é bem menor do que você acredita ser.

Incertezas geram medo. Pessoas preferem passar a

vida inteira infeliz a lidar com incertezas uma única vez.
Passam dias e mais dias fazendo algo que não suportam
com receio de falhar.
Vamos refletir.
Não se arriscando para realizar seu sonho você será
frustrado pelo resto da sua vida. Se arriscar e não con-
seguir você simplesmente voltará para a situação que
já estava: infeliz (embora você nunca deva desistir de
seus sonhos). Em contrapartida, se decidir arriscar e tiver
sucesso você se sentirá realizado. Tudo terá valido a pena.
Ou seja, você só tem a ganhar. Pense nisso.

Mais vale arriscar uma vez

e ser feliz o resto da vida do
que não arriscar e viver uma
vida apática, sem graça.
Curiosamente, na pesquisa que fiz com alguns con-
cursados o item “superar o medo” foi o que recebeu as
menores notas no grupo Aspectos mentais/psicológicos.
Isso me gerou dúvidas e tive que refletir um pouco sobre
o assunto.

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Lembrei que quando decidi “largar tudo” (que era quase

nada) para fazer concurso tirei o medo “de letra”. Não deixei
que ele me atormentasse. Não permiti que ele crescesse
dentro de mim.
Cheguei à conclusão que, por ter feito a pesquisa com
pessoas aprovadas, o medo não foi grande obstáculo para
elas. Esse sentimento é facilmente superado por quem
tem sucesso. 100% dos aprovados que responderam a
pesquisa afirmaram ser uma pessoa otimista.
O medo é uma das principais razões pela qual protelamos
nossos planos, sempre esperamos pelo “momento
perfeito” para tomar a iniciativa. Contudo, entenda que
quem espera pelo momento perfeito para tomar uma
atitude espera para sempre, pois essa hora nunca chega.
Na vida nada é perfeito.
Inventamos desculpas para não tomar a iniciativa no
presente principalmente por três questões: medo, preguiça
ou falta de um propósito bem definido. Com certeza você
já ouviu algumas das desculpas abaixo:
“Quando terminar aquele trabalho eu começo a estudar para
concurso”
“Quando passar o carnaval eu vou estudar pra valer”
“Quando o meu filho crescer um pouco mais vou ter mais
tempo para estudar”
“Deixa abrir o concurso que eu começo”
“Ano que vem vai ser diferente, vou me dedicar de verdade”

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Quando a data prometida chega inventamos novas des-

culpas. É ou não assim?

Não deixe para amanhã o

que pode ser feito hoje.
Tome uma atitude, não pense muito e simplesmente faça.
Siga o conselho do slogan da Nike: “just do it”.
Suas decisões definirão seu futuro.
Para superar o medo é necessário, antes de tudo, iden-
tifica-lo. O que te causa esse temor? Os exemplos citados
acima não são a causa, são as desculpas.
Identificado o problema, lembre-se desta frase magistral
escrita por David Schwartz: a ação cura o medo. Repita
essa frase mentalmente. Já repetiu? Faça isso mais uma
vez. Lembre-se disso todo santo dia.
Devemos agir exatamente em cima daquilo que nos aflige.
Use o tempo gasto pensando no medo para estudar.
Você já deve ter ouvido falar que um dos métodos mais
utilizados para superar fobia é justamente aproximar a
pessoa daquilo que lhe causa o medo. Para quem tem
aracnofobia, por exemplo, um dos tratamentos é feito
exatamente aproximando a pessoa gradativamente a
aranhas (seja foto, vídeo ou pessoalmente), aumentando
o contato entre ambos com o tempo.
Ao entrar em uma montanha russa, por exemplo, sentimos
maior medo justamente no momento que antecede a
queda, naquela paradinha proposital no mecanismo do

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brinquedo. Depois de iniciado o movimento o medo desa-

parece e se transforma em emoção. A ação curou o medo.
Quando devemos fazer alguma apresentação para um
auditório sentimos mais medo minutos antes de iniciar,
quando começamos a falar o medo some e ganhamos
confiança. Mais uma vez, a ação curou o medo.
Se você é tímido, experimente se expor, dar uma opinião
em uma reunião, perguntar, aparecer. Somos todos iguais,
não há o que temer.
Se o seu receio é estudar e falhar, haja, tente, estude, não
desista. A hesitação engrandece o medo. Saiba disso.
Experimente confronta-lo e veja os resultados positivos
que isso lhe trará.
Just do it.

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3 Acredite
O Céu Não é o Limite
Sempre haverá quem duvide de você, e não se sur-
preenda se essas pessoas forem mais próximas do que
você imagina. Na maioria das vezes as pessoas não fazem
por mal, elas simplesmente não têm o corpo mental tão
preparado quanto o seu e acham que o desafio é im-
possível.
Isso também aconteceu comigo.
Lembra-se de quando eu contei aos meus pais que
sairia do meu emprego para me dedicar ao meu concur-
so-sonho?
Se eu lhes desse ouvidos e não acreditasse no meu po-
tencial eu nem, se quer, teria deixado o meu trabalho. Seria
uma pessoa sem tempo e infeliz. Acreditar que passaria
no concurso seria uma tarefa impossível para mim.
Não tenho nenhum rancor deles, amo-os de coração,
porque sei que nem todos sabem o tremendo potencial
de uma mente forte. Você deve se acostumar com isso.
Mais uma vez, elas não fazem por mal, às vezes até fazem
pensando que estão ajudando, alertando.
Não confunda acreditar com desejar, são coisas comple-
tamente diferentes. Podemos apenas desejar algo e não
acreditar que somos capazes de consegui-lo.

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Vamos fazer um teste muito simples: você desejaria ter

uma grande casa onde você poderia receber sempre
sua família e amigos? Ou desejaria ser uma pessoa na-
cionalmente (ou internacionalmente, por que não?) recon-
hecida pelo seu trabalho? É evidente que sim. No entanto,
você acredita ser realmente capaz de alcançar esses
feitos?
A maioria das pessoas responderá que não acreditam. Se
você respondeu sim para as duas perguntas, parabéns! Se
considere acima de cerca de 90% das pessoas no mundo.

O desejo é para todos,

acreditar é para poucos.
Como disse David Schwartz, “a crença no sucesso é o in-
grediente básico, absolutamente essencial a todos que tem
sucesso”. Quando a mente não acredita, atraímos motivos
para apoiar a nossa descrença.
Quando comecei a estudar, não obtive o êxito que desejava
no meu primeiro concurso. Para algumas pessoas eu tinha
me saído muito mal, embora eu não conseguisse enxergar
dessa forma. Com isso passei a ouvir novas frases “recon-
fortantes” como:
“Você tem certeza que é isso?”
“Esse concurso é muito difícil”
“O Brasil todo está disputando essa vaga com você”
“Volta para empresa que você estava”

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Porém eu tinha algo me impediu de desistir, uma confiança

inabalável. Eu não simplesmente desejava aquele
concurso, eu também acreditava que podia ser aprovado.
A autoconfiança é um ponto de extrema importância e
essencial para conseguir uma aprovação.
Quando se acredita, os meios para atingir o sucesso sim-
plesmente surgem!
Você conhece alguém que obteve sucesso em algum ob-
jetivo sem acreditar que iria conseguir? Algum projeto que
deu certo enquanto o próprio idealizador não tinha con-
fiança nele? Provavelmente não.
Você pode até pensar que não, porém é muito mais comum
do que você pode imaginar pessoas que se preparam
durante meses ou anos para um concurso e quando são
questionadas no momento da prova se acham que vão
passar a resposta é um não. Outra resposta muito uti-
lizada também é: “Não sei, vamos ver...é muito difícil, não é?”
Respostas negativas atraem resultados negativos.
Não ache que se você disser: “Estou preparado para passar” ou
“Estou confiante” estará passando uma imagem de arrogante.
Na realidade, você estará criando vibrações positivas para si.
Não se preocupe com o que os outros vão pensar.
No meu primeiro concurso, o da Petrobras Distribuidora,
enquanto para alguns eu não tinha ficado nem entre os
300 primeiros colocados (um concurso nacional de 2
vagas), para mim eu tinha conseguido ficar entre os 500
primeiros do Brasil já no meu primeiro concurso e com
menos de 1 mês de estudo.

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Veja bem, não estou dizendo para criar ilusões e viver se

enganando em seu mundo particular. Isso é um problema
que vai te impedir de enxergar onde estão seus erros e de
progredir.
É sempre bom e superimportante aprender com os erros,
é assim que adquirimos experiência. No entanto, a maioria
das pessoas, quando não obtém sucesso em alguma ten-
tativa, tendem a ver apenas um lado da moeda: o pior.
Sempre há algo positivo que você possa tirar de uma ex-
periência negativa, sempre. Enquanto para maioria o meu
resultado foi trágico, eu conseguia sorrir e me motivar,
apesar do meu insucesso.
É impressionante como, ao se propor a superar um
desafio, as pessoas dedicam mais tempo pensando no
que pode dar errado do que no que pode dar certo. Muito
provavelmente você já fez isso. Concorda?
Faça um exercício: quando você não estiver se sentindo
confiante pare e reflita. O que está causando esse sen-
timento? Há grandes chances de você estar concentrando
atenção no que pode dar errado.
Faça sempre essa pergunta e mude a sua postura im-
ediatamente, começando a pensar em por que vai dar
certo. Elimine o “não” de seu vocabulário.
Há um caso impressionante de uma pessoa que acreditou
em si e conseguiu um feito que para muitos seria con-
siderado impossível.
Em 2001, a história de superação de Marilene Lopes
chamou a atenção do Brasil. Ela morava em Brazlândia,

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cidade a 30km de Brasília, e passava por diversos

problemas financeiros.
Era demitida dos empregos que tinha quando, por vezes,
se via obrigada a faltar o trabalho para cuidar dos quatro
filhos que tinha na época.
Invariavelmente faltava comida em casa e, quando tinha,
cozinhava os alimentos em uma fogueira de gravetos.
Além de tudo, sofria preconceito devido ao seu lábio
leporino.
Todas as manhãs ela tinha de levar seus filhos para creche,
mas como não tinham chinelo, eles chegavam sempre com
os pés sujos. Certo dia a direção do local proibiu que che-
gassem daquela forma. Diante da adversidade, Marilene
conseguiu, então, um carrinho de mão para carregar os
filhos e solucionar o problema. Aproveitava a volta para
enchê-lo de latinhas de alumínio e vender.
Ao fazer uma cirurgia e ter de ficar 25 dias de repouso
viu nisso uma oportunidade para estudar (encontrou
algo positivo em uma situação que, aparentemente, era
apenas negativa) e resolveu tentar um concurso para
técnica judiciária no Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios. Teve de pedir 25 reais emprestados a
amigos e conseguiu a inscrição no último dia.
Com menos de um mês de estudo, Marilene conseguiu
a aprovação e passou de uma renda mensal de R$ 50,00
para R$ 7000,00. Ela acabava de transformar sua vida
para sempre.
Em entrevista com Marilene Lopes, esta me disse que a
sua maior motivação era dar uma melhor qualidade de

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vida para seus filhos, uma vida diferente da que ela tinha.
O desafio também a motivava, ela queria provar para si
mesmo que era possível, pois era constantemente hu-
milhada quando falava que queria passar em um concurso
público. A motivação era o combustível que ela tinha para
estudar mais de 12 horas por dia.
Agora reflita: quantas pessoas no mundo nas condições
que ela estava conseguiriam acreditar que poderiam
passar em um concurso do Tribunal de Justiça? Aliás, é
difícil até de imaginar como ela teve essa ideia de estudar
enquanto repousava da cirurgia.
Impressionante, não?
Ao deparar com a história de Marilene Lopes é possível
perceber que qualquer um pode ter sucesso. Pessoas
nas condições mais adversas possíveis conseguem con-
quistar seus objetivos.
Ela talvez não tivesse medo de encarar o desafio, já que
não tinha tanto a perder. Contudo, ela poderia desistir por
achar que simplesmente não tinha capacidade. Porém,
como dito anteriormente, capacidade é um estado.
Acreditar foi um ponto chave para ela atingir esse estado
e obter sucesso.

Não negue a si mesmo e, muito menos, aceite um não

dos outros como resposta. Se você não se dá uma chance
de sucesso não será a sociedade quem fará isso por você.

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Todos aqueles que conseguiram acreditavam no seu

próprio sucesso.
Acredite, o céu não é o limite. Não há nada que não
podemos alcançar se acreditamos de verdade que somos
capazes.
Lembre-se da música do Renato Russo: “nunca deixe que
lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se
tem, ou que seus plano nunca vão dar certo...Quem acredita
sempre alcança!”.

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4 Foco, Foco e
mais Foco
Já te contei um pouco sobre meu histórico como aluno, o
que eu não te contei ainda foi sobre meu ponto de virada,
a minha transformação. O momento que deixei o velho
Marcel para trás e mudei a minha vida.
Durante um bom tempo não fui exemplo de dedicação.
Não me interessava e não tinha nenhuma responsabi-
lidade com os estudos.
Mesmo querendo cursar engenharia civil fiquei em recu-
peração final em matemática no terceiro ano do ensino
médio e não passei na primeira tentativa no vestibular da
Universidade Federal de Sergipe.
Já na faculdade cheguei a perder 4 matérias em um só
período e a ter a pior média de toda turma em uma delas.
Apesar de todos esses problemas, sempre tive uma
qualidade peculiar: quando em alguma situação eu fosse
subestimado eu fazia tudo o que fosse necessário para
provar que eu era capaz.
Sempre fui movido a desafios, mas desafios que ferissem
meu ego.
Passei por situações desse tipo durante o colégio e
durante a faculdade, e sempre quando era desafiado/
subestimado conseguia me superar.
O grande problema é que eu sempre precisava que os

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outros me desafiassem para ter ótimos resultados, ao

invés de fazer uma autocrítica e me desafiar constan-
temente.
O tempo passou e eu comecei a perceber que meu pai
estava começando a desistir de mim, que eu estava me
distanciando cada vez mais daquele grupo que entrou na
faculdade comigo e não repetia matérias e que eu estava
totalmente perdido. Notei que havia chegado ao fundo do
poço.
Passei a me sentir realmente mal por estar naquela
situação. Eu era orgulhoso demais para isso. Embora
não tivesse responsabilidade com os estudos sempre
me imaginava como alguém bem sucedido no futuro. No
entanto, eu estava seguindo o caminho oposto!
Com a ajuda da minha então (e eterna) namorada comecei
a trabalhar e prometi para mim mesmo que não perderia
mais nenhuma matéria em minha vida, mesmo com
menos tempo para estudar devido ao trabalho.
Mantive o foco na minha promessa, acreditei que era
possível, que eu não era menos capaz que ninguém e que
podia chegar aonde eu quisesse.
E foi assim que minha vida mudou.
Com a perceptível melhora no meu desempenho, percebi
que o maior problema nunca esteve no professor porre,
na matéria chata ou na vida injusta, mas sim na minha
cabeça, que estava voltada para o fracasso.
Períodos se passaram e nunca me permiti perder mais
uma matéria se quer. Mantive-me alinhado com meu ob-

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jetivo. Por fim, tive sucesso em meu desafio e, além disso,

antes mesmo de me formar já estava aprovado em dois
concursos públicos altamente cobiçados.

O que podemos tirar dessa minha história? Várias con-

clusões, mas destaco as três mais importantes.
Primeiro, eu tive um grande propósito. Eu não queria
mais estar no fundo do poço. Não queria simplesmente
passar nas matérias, queria alcançar uma posição que eu
pudesse sentir orgulho de mim mesmo.
O segundo ponto é que, antes de conquistarmos algo
realmente grande, devemos ter conquistas menores e
crescer gradativamente. Ninguém atinge o topo de uma
hora para outra. É necessário dar um passo de cada vez.
Se você fez uma ótima faculdade, talvez não perder
matérias nem seja um desafio. No entanto, era para mim,
era algo que eu tinha de superar antes de almejar algo
maior. Só planejei que iria prestar concurso público no
penúltimo período, depois que eu garanti que não perderia
mais nenhuma matéria. Dei um passo de cada vez.
E sabe o que você precisa ter para respeitar cada passo a
ser dado? Foco. Este é o terceiro ponto.
Quem não tem foco procura pular etapas, mira mais de
um alvo por vez, espera por resultados imediatos. Quando
o resultado não vem imediatamente a pessoa acaba
mudando de meta ou fica sem clareza em seu objetivo
(como estudar para qualquer concurso que abrir).

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Manter o foco no meu objetivo foi crucial para eu alcançar

o sucesso. Durante o caminho até minha formação não
criei nenhum outro objetivo, não me desvirtuei da minha
meta. Só comecei a estudar para concursos no último
período, quando só restavam minha monografia e uma
matéria optativa.
É isso que você deve ter em mente. Lembre-se sempre
dessa frase:

Sem clareza é muito

difícil ter foco.
Tenha foco na sua escolha e saiba que uma corrida só se
ganha se você der uma passada de cada vez, caso con-
trário você vai cair.
Se apenas reagimos aos concursos que são abertos ao
longo do tempo não ficaremos bem preparados para
nenhum deles.
Como eu disse antes, não necessariamente existe apenas
um concurso que te torne realizado (propósito alcançado).
Isso é bom, pois te dará um leque maior de opções e au-
mentará suas chances de conseguir uma aprovação
rápida, desde que se comporte da forma correta.
O que eu quero dizer com isso? Escolha o seu concurso e
se dedique exclusivamente a ele!
Com mais opções para escolher, decida por aquela que
você sabe que terá edital aberto em um tempo que lhe
permita estudar o bastante. Cada banca tem o seu método

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de examinar os candidatos e, além disso, cada empresa

ou órgão solicita para as bancas que determinados as-
suntos sejam cobrados em mais quantidade e de forma
específica.
Aí está a importância de focarmos apenas em um
concurso. Dessa forma conhecemos melhor a maneira
como a banca e a instituição/órgão contratante deseja
que os assuntos sejam cobrados. Conseguimos, assim,
um fator muito importante que trataremos mais tarde:
pegar o jeito da prova.
Obviamente, alguns concursos não são abertos com
tanta frequência e você não precisa ser tão específico
nesse caso. Como frisa o Igor Nardelli em seu livro, Vida
de Concurseiro: Da Depressão à Euforia e as 27 Lições
do Concurseiro Vitorioso, se você sonha em ser Auditor
Fiscal da Receita Estadual de Minas Gerais e estudar ex-
clusivamente para esse concurso você pode esperar por
vários anos e fechar as portas para concursos de Auditor
Fiscal de outros estados.
No entanto, se seu concurso-sonho for corriqueiro (1 vez
por ano, por exemplo) foque exclusivamente nele. Esse é
o meu conselho.
É fundamental que você tenha foco, porém antes disso
precisa saber o que você quer.
Você provavelmente já ouviu aquele ditado: “melhor um
pássaro na mão do que dois voando”. Quem quer passar
em tudo ao mesmo tempo não é aprovado em nada.
Seja como os maiores felinos do reino animal. Você já viu
como eles caçam?

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Leões e tigres, ao caçar, escolhem apenas uma presa e não

desistem enquanto não conseguir captura-la, mesmo que
várias outras presas em potencial passem literalmente
ao seu lado (os concursos-paralelos).
Escolha um concurso que tenha perspectiva de ser aberto
em menos de 1 ano (se você tiver mais de um concur-
so-sonho). Quanto mais distante estiver o concurso mais
difícil será manter a disciplina mental e nos estudos.
Pensamentos como “tenho bastante tempo para estudar,
posso fazer uma viagem no meio do ano” podem inundar
sua cabeça. Como disse Machado de Assis em seu livro
Dom Casmurro:
“Prazos largos são fáceis de subscrever. A imaginação os faz
infinitos.”
Por isso, lembre-se dessa máxima:

Prazos curtos nos forçam

a atingir uma produtividade
maior.
Não há nada que consiga me convencer do contrário.
Quantas vezes você não conseguiu fechar relatórios ou
fazer trabalhos que tinham prazo “para ontem”?
Em contrapartida, quantas tarefas você tem para fazer
dentro de casa, mas nunca faz? Tarefas simples como
fazer a grama do quintal, consertar a bicicleta ou trocar
a lâmpada do abajur, pode levar um ano inteiro para ser
feito.

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Isso tudo por não haver um prazo para concluir esse

serviço.
Após a prova do primeiro concurso que me inscrevi me
senti um pouco perdido sobre como deveria prosseguir
com os estudos. Sabia que o concurso da Petrobras seria
aberto naquele ano, mas não sabia exatamente quando.
Mirei as atenções para minha monografia e praticamente
parei de estudar para o concurso. Além disso, passado
algum tempo, comecei a estudar para o concurso da CEF
(abreviando Caixa Econômica Federal) que havia sido
aberto.
Infelizmente, eu não estava focado naquela época. Tinha
colocado meu plano de largar meu emprego em prática,
no entanto, pela minha inexperiência, estava falhando
na hora de estudar. Perdi tempo estudando para outro
concurso.
Quando abriu vagas para o meu concurso-sonho percebi
que tinha apenas 45 dias para estudar. O curto espaço de
tempo me forçou a ser mais produtivo. Eu consegui, mas
corri riscos.
Poucas pessoas tem a capacidade de traçar o que querem,
montar um plano e executa-lo. Faça parte dessa minoria
de sucesso. Vencedores sempre estão 100% focados e al-
inhados com seus propósitos.
Robbins diz que a razão para tão poucas pessoas con-
seguirem o que deseja é o fato delas nunca dirigirem seu
foco, nunca concentrar o poder.
Não mude o foco, não estude para os concursos que

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abrirem no caminho. Defina seu alvo, se concentre no seu

objetivo e coloque seu plano em prática. O sucesso virá
mais rápido.
Caso seu concurso-sonho não tenha nenhuma per-
spectiva de ser aberto pelos próximos 2 anos, considere
se dedicar a um concurso-paralelo que seja da mesma
banca, de preferência. Quando passamos em um concurso
ganhamos muito mais confiança e quebramos o par-
adigma de que ser aprovado é um bicho de sete cabeças.
Isso o ajudará a ir mentalmente mais preparado para a
prova do seu concurso-sonho, quando ocorrer.
Meu amigo Lucas, que também é um engenheiro con-
cursado, escreveu na pesquisa que lhe enviei sobre a
importância de focar em apenas uma banca. Como não
havia perspectiva de ter seu concurso-sonho aberto re-
solveu, como estratégia para ter uma aprovação rápida,
se dedicar a concursos exclusivamente da mesma banca,
pois “cada banca possui seu estilo próprio e isso diferencia
bastante na abordagem dos assuntos”. Isso mostra a im-
portância de se pegar o jeito da examinadora.
Foco foi o ponto que em média recebeu as maiores notas
daqueles concursados de engenharia que responderam
ao meu questionário. Então entenda o real valor de ser
uma pessoa focada.
Saliento que, por enquanto, estamos tratando de foco no
objetivo. Posteriormente trataremos de foco na hora do
estudo, que está relacionado à concentração, eliminação
de distrações, disciplina, entre outros aspectos.
O mais importante, por enquanto, é ter clareza no que
quer e focar apenas em uma só meta por vez.
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5 Selando a sua
Aprovação com
o Poder da sua Mente
Essa seja talvez a etapa mais controversa (e fascinante)
e que muitas pessoas devem achar que não funciona,
porém, como essa prática dá certo para inúmeras pessoas
ao redor do mundo (também me incluo nessa lista), eu
não poderia deixar de mencionar.
Aqueles que já leram o famoso livro O Segredo, de Rhonda
Byrne, já devem estar familiarizados com o que eu vou
falar.
Seguindo os 4 passos citados anteriormente você já estará
à frente da grande maioria dos candidatos. No entanto, há
uma cereja no bolo que você pode colocar para melhorar
o seu ânimo e conseguir resultados mais rápidos.
Selar algo com o poder da mente é como criar uma
proteção que te impede de fracassar. É quando você cria
imagens tão reais em sua imaginação do que você quer
que se torna praticamente impossível que não aconteça.
E eu te digo que, de alguma forma que eu não posso te
explicar, isso realmente funciona!
Quando estava estudando para o meu concurso-sonho
criei alguns hábitos que fazia todo dia. Sempre antes

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do dormir, por exemplo, eu imaginava o dia da minha

aprovação no concurso da Petrobras. Imaginava com
uma riqueza de detalhes muito grande; contando para
os meus pais, rindo, chorando de felicidade, pulando de
alegria com minha namorada e amigos, entre centenas
de outras coisas.
Algumas vezes esses pensamentos pareciam tão reais
para mim que eu chegava a chorar de emoção (ok, isso vai
ficar só entre nós).
Para algumas pessoas isso pode soar ridículo, mas posso
dizer funciona de verdade. Não só para mim, mas no
próprio livro O Segredo é possível ver histórias de várias
pessoas de sucesso que usam o poder dos pensamentos
direcionados a seu favor.
Utilizo O Segredo como exemplo porque este é o livro mais
popular no Brasil que trata deste assunto, porém vários
outros autores também compartilham da mesma ideia,
como o David Schwartz, Anthony Robbins, Shawn Archor,
Joseph Murphy, entre outros.
Não só os autores que eu mencionei, mas a própria Bíblia
destaca a importância de acreditar e dos pensamentos
positivos. “Pois como imaginou na sua alma, assim é”
(Provérbio 23:7).
Robbins diz que (sei que muitos podem discordar disso)
o pensamento é dez vezes mais forte que a força de
vontade. Poxa, que frase impactante!
Simplesmente há algo mágico nisso e você certamente
não deve ignorar.

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Como disse anteriormente, quando você consolida algo

em seu pensamento é praticamente impossível que não
aconteça. Talvez você esteja pensando: “então se eu ficar
todo dia pensando que vou conseguir e não estudar eu vou
passar?”.
A resposta, obviamente, é não, caro colega. Essa talvez
seja a grande falha que a maior parte das pessoas comete
após ler o popular livro de Rhonda Byrne. Elas sim-
plesmente começam a imaginar coisas e deixam de ter
uma postura ativa.

Sem postura ativa não há

força do pensamento que te
faça ter sucesso.
No entanto, a recíproca também é verdadeira: postura ativa
sem pensamentos positivos não leva a nada. Apenas com
postura ativa você pode caminhar para o lado errado. Os
pensamentos positivos te ajudarão a encontrar o melhor
caminho para que através da ação você possa segui-lo.
Com isso podemos chegar a uma conclusão, à dedução de
uma fórmula. Aquela que é a mais importante para obter
sucesso em qualquer área na vida, a fórmula dos 2Ps:

Sucesso = Postura ativa + Pensamentos positivos

Eu sei que é impossível que alguém consiga consolidar um
resultado em sua mente se também não estiver fazendo o
“dever de casa”, que no seu caso é estudar com bastante dis-
ciplina. Por mais que uma pessoa se imagine comemorando

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a aprovação, no fundo sempre vai ficar aquele sentimento

de que está apenas se enganando, já que ela não está se
dedicando como deveria. Nunca vai parecer real.
Quando imaginamos as situações que queremos, quando
estamos positivos e fazendo nossa parte, os meios
para o sucesso simplesmente surgem. Uma pessoa te
liga falando que encontrou um excelente material, você
consegue entender a resolução de determinada questão
ou encontra um livro crucial para sua aprovação. Cabe
a nós identificar e tirar proveito das oportunidades que
aparecerão.
Sabe o que as pessoas falam quando as oportunidades
aparecem para uma pessoa exatamente quando ela está
preparada? “Ela teve sorte”.
De fato, a sorte sorri mais para quem está mais positivo e
mantém uma postura ativa.
Antes de dormir, eu sempre selava minha aprovação com
a certeza de que tinha me dedicado bastante naquele
dia. Eu estava confiante, motivado, estudando e criando
imagens de minha conquista em minha mente. Uma
receita praticamente infalível. Eu estava selando a minha
aprovação com os 2P’s.
Criar imagens de minha aprovação em minha mente era a
forma que eu utilizava para consolidar minha aprovação.
Algumas pessoas utilizam painéis de visualização, onde
colocam fotos do que quer para o futuro e ficam vendo as
imagens constantemente, outras copiam contracheques
de colegas para imaginar que também vão receber o
mesmo valor e usam como estímulo. Escolha a forma que
mais funcionar para você.
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Use sempre o pensamento positivo também durante o

dia, pessoas felizes e otimistas são mais produtivas e tem
mais chances de sucesso que pessoas negativas. Durante
o intervalo do estudo, dedique 5 minutos a positividade.
Sorria. Passe um tempo sozinho todos os dias para se
concentrar no seu sucesso.
Esse é um exercício que devemos fazer durante toda
nossa jornada de estudo, da mesma forma que devemos
estudar o programa de matérias da prova diariamente.
David Schwartz disse, em seu livro, que devemos abolir
pensamentos negativos de nossa mente. Jamais pensar
em algo que não seja positivo. Podemos realizar tanto
quanto pensamos. Se pensamos positivo e que vamos
conseguir alcançar nossos objetivos assim será.
Uma pesquisa feita pelo psicólogo Shawn Archor em
Havard chegou a algumas conclusões fantásticas. Para
quem não o conhece, Shawn é um expert na conexão
entre a felicidade e o sucesso e é referência mundial no
assunto. Escreveu os best sellers The Happiness Advantage
(a vantagem da felicidade) e Before Happiness (antes da
felicidade), ambos sem versão em português. Algumas
das conclusões de sua pesquisa são:
· Pessoas positivas e felizes são mais bem-sucedidas que
pessoas negativas;
· Fatores externos (como o lugar onde você vive, por
exemplo) são responsáveis por apenas 10% de sua feli-
cidade;
· 90% da causa de sua felicidade vêm da forma como seu
cérebro processa o mundo, ou seja, você é quem decide

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se vai ser uma pessoa feliz ou não;

· Somente em 25% dos casos o QI é o fator preponderante
para o sucesso de uma pessoa;
· Otimismo, suporte social e capacidade de enxergar o
desafio como algo bom é responsável pelo sucesso em
75% dos casos;
· Cérebro positivo é 31% mais produtivo que um cérebro
negativo, 37% melhor em vendas e médicos são 19% mais
precisos;
· Fazendo alguns exercícios diários como meditação, atos
de bondade, gratidão e exercícios físicos tornam a pessoa
mais positiva e mais apta ao sucesso em 21 dias.

Caso esteja curioso para saber um pouco mais sobre sua

pesquisa, faça uma busca rápida no google e assista a
palestra dele no TED Talks. Sua apresentação é uma das
mais vistas da história do TED até hoje.
Para refletir um pouco sobre o fato de o grande re-
sponsável pela sua felicidade ser a lente que você usa
para enxergar o mundo, basta lembrar-se de pessoas em
condições muito piores que a nossa, que não tem onde
dormir e, ainda assim, são felizes. Os fatores externos
são completamente desfavoráveis, mas elas conseguem
encontrar a felicidade dentro de si.

O sucesso vem de dentro

para fora e não o contrário.
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Sentimentos de gratidão, amor e felicidade são ex-

tremamente poderosos e te ajudarão a manter o otimismo.
Eles te impedem de entrar em negatividade. Use esses sen-
timentos todos os dias.
Uma dica bastante útil é evitar contato com pessoas
negativas. Os pessimistas carregam uma energia des-
motivadora e pouco vão te ajudar. Busque estar perto
de pessoas otimistas e que estejam na mesma situação
que você. Dessa forma um ajuda a levantar o outro em
situações adversas. Juntos vocês ficam em uma sintonia
perfeita.
Lembre-se de, ao dormir e durante o dia, praticar pen-
samentos positivos e imaginar as situações de felicidade
que ocorrerão em sua vida após a aprovação. Sele a sua
conquista!

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Aplicando os 5 Passos
Fechamento

Agora você já sabe os passos do principal e essencial in-

grediente de sucesso para conseguir a sua aprovação: a
preparação mental.
Sendo assim tenho uma boa notícia: essa é a etapa mais
difícil e é onde 99% das pessoas falham, mas agora você
já sabe o segredo. Isso significa que aquilo que você
acreditava ser a parte mais difícil, estudar e aprender, na
verdade não é, e, além disso, vai ficar ainda mais fácil.
Nenhum desafio vai parecer grande demais para você.
Após seguir os 5 passos descritos acima seu estudo irá fluir
de forma impressionante e seu aprendizado será muito
maior. É uma ótima vantagem para conseguir passar em
concursos públicos rapidamente.
Você perceberá como vai ser muito mais simples recusar
convites para sair e como será prazeroso estudar por
horas. Vai sentir a sensação que esse esforço está sendo
feito para o seu próprio sucesso, para o seu propósito, e
vai se sentir muito bem com isso!
Ao passo que for estudando você se sentirá ainda mais
confiante, o medo vai embora, a concentração aumenta
e a imagem de sua aprovação tornará ainda mais clara
em sua mente. Com algum tempo você será como uma
máquina absorvendo informações de forma cada vez

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mais rápida e eficaz. Uma mente preparada facilita o

aprendizado.
Lembre-se de seguir os 5 passos:
#1 Encontrar o seu propósito: o motivador mais im-
portante, a razão, o combustível, o começo de tudo;
#2 Superar o medo do fracasso: inimigo número um do
sucesso, a ação cura o medo;
#3 Acreditar em si mesmo: o desejo é para todos,
acreditar é para poucos. Tenha uma confiança inabalável
no seu sucesso;
#4 Ter foco no seu objetivo: sem clareza é muito difícil ter
foco, mire no seu sonho e não desvie dele, dê um passo
de cada vez;
#5 Selar a sua aprovação com pensamentos positivos:
pense positivo, sorria, siga os passos citados e sele sua
aprovação com o poder da imaginação. Os resultados
virão.

Acredite neles, coloque paixão, confie que as pessoas de

sucesso seguem esses passos, mesmo que sem perceber.
Tenha consciência e dê o merecido valor para essa etapa.
Isso o impedirá de desistir diante das adversidades.
Com exceção do primeiro, os passos citados devem ser
feito todos os dias. Como um dever de casa. Dessa forma
você fica ainda mais poderoso.
Talvez essa não seja uma tarefa fácil para quem não está
mentalmente preparado. Sair da inércia de pensamentos

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negativos pode parecer difícil. No entanto, aqui vai uma dica.

Quando sentir dificuldade para colocar esses exercícios
em prática use a sua postura corporal para fortalecer a
sua mente. Um estudo realizado pela psicóloga Amy
Cuddy indicou que assim como nosso estado emocional
influencia nossa postura corporal (quando estamos con-
fiantes ficamos com o corpo mais ereto e ocupando
mais espaço, quando estamos tristes e desmotivados
tendemos a nos encolher), o contrário também se aplica,
ou seja, forçar uma postura corporal altera a nossa
emoção.
Amy Cuddy fez um teste levando voluntários para um
laboratório onde estes fariam, por dois minutos, posições
de alto poder (braços abertos, posição ereta) e de baixo
poder (encolhidas, mão segurando o pescoço). Durante
esse tempo foram retiradas amostras de saliva dos vol-
untários e algumas perguntas foram feitas para os par-
ticipantes. Uma das perguntas realizadas foi o quão
poderoso a pessoa se sentia no momento.
O resultado foi que mais pessoas em posição dominante
julgaram-se se sentir poderosas em comparação com
as pessoas em posição de baixo poder. Além disso, as
amostras de saliva indicaram que as pessoas em posição
de alto poder tiveram um acréscimo médio de 20% na
taxa de testosterona e uma redução de 25% na taxa do
hormônio cortisol. O segundo grupo teve uma queda de
10% na taxa de testosterona e um acréscimo de 15% na
taxa de cortisol.
Para esclarecer, a taxa de testosterona está, entre outros
fatores, intimamente ligada à confiança de uma pessoa,

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quando estamos confiantes nosso nível de testos-

terona tende a subir, isso explica o fato de homens terem
tendência a ser mais confiantes que mulheres, já que estes
produzem quantidades muito maiores de testosterona.
Já no caso de uma pessoa estar em uma situação de stress
é seu nível de cortisol que tende a subir.
Com esse estudo Amy chegou a impressionante con-
clusão que uma simples postura consciente por dois
minutos é capaz de mudar nossas emoções, alterando
inclusive os níveis de testosterona e cortisol. Pessoas em
posições de alto poder tendem a ficar mais confiantes e
menos reativas ao stress.
Por fim, Cuddy aconselha que todos os dias façamos
posições de alto poder por, no mínimo, 2 minutos. Esse
exercício repetitivo fará com que nos sintamos mais con-
fiantes não só naquele momento, mas nos tornará uma
pessoa assim com o tempo. Como dito, confiança é um
ponto importantíssimo na preparação de um candidato a
um concurso público.
Veja como é impressionante o fato de uma simples
mudança em sua postura corporal (mesmo que não seja
condizente com seu sentimento no momento) poder
alterar até seus níveis hormonais.
David Schwartz cita, em A Mágica de Pensar Grande,
mais alguns exercícios que devemos fazer para nos sen-
tirmos mais importantes e confiantes. São alguns deles:
andar mais rápido, sorrir forçadamente (mesmo que sem
vontade), olhar nos olhos e sentar-se na frente. Ele destaca

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que “ações orientadas podem alterar nossas emoções”,

assim como detectou o estudo realizado por Amy.
Ao andar mais rápido passamos a impressão que temos
algo importante a fazer, passa uma imagem de confiança.
Olhar nos olhos traz segurança para nós e para quem
estamos conversando, ao desviar o olhar passamos uma
impressão de inferioridade ou de que estamos fazendo
algo errado, encare as pessoas sem receio. Sentar-se
na frente nos ajuda a encarar a exposição, não devemos
ter medo de aparecer. Sorrir, mesmo que sem vontade,
destrói o medo e traz bem estar.
Fale várias vezes durante o dia “vou passar no meu con-
curso-sonho” ou “vou passar no concurso X”. Fale na frente
do espelho, antes de dormir, depois do almoço, enfim, o
tempo todo. Isso vai te passar confiança. Não se importe
com o que os outros pensam disso, eles não entendem
o poder do pensamento e, além disso, você não precisa
falar isso pra ninguém, a não ser que queira passar essa
excelente dica adiante.
A autossugestão é uma importante ferramenta para ad-
quirir tranquilidade, confiança e outras qualidades. Ao
usar essa ferramenta repetidas vezes aquilo que estamos
sugerindo a nós mesmos ficará incorporado em nossa
personalidade com o tempo.
Seja pela força da atração, do universo, de Deus, hipnose
ou qualquer coisa que você acredite; use e abuse da au-
tossugestão, da sua postura corporal e de seu compor-
tamento para melhorar a sua emoção. Melhorando a
emoção siga os 5 passos para o fortalecimento mental.

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Entenda que esses passos servem não só para conseguir

uma aprovação em um concurso público, como eu sei que
irá acontecer com você, mas para qualquer desafio que
tiver na vida. Conseguir emagrecer, empreender, passar
no vestibular, ser aprovado em uma residência, conseguir
um bom emprego. Use os passos para tudo que você
julgar conveniente.
David Schwartz foi uma das grandes influências para
eu escrever esse capítulo, no entanto o curioso é que
eu só conheci o seu premiado livro depois de já ter sido
aprovado nos concursos. Enquanto lia o livro (e relia, mais
de uma vez) me impressionava com a série de similar-
idades entre o que ele diz e o que eu fazia quando estava
me preparando para o concurso.
Isso me ajudou a comprovar, com mais convicção, que o
fortalecimento mental é o primeiro e o principal caminho
para o sucesso. Com a cabeça forte todo o resto flui nat-
uralmente.
Preste atenção nas pessoas de sucesso que você conhece.
Perceberá que elas superam o medo, confiam em si
mesmo, são otimistas e focadas. Veja e comprove.
Mais uma vez, confie que está é a etapa mais importante
de sua preparação e que você deve leva-la a sério. Esse é
um ponto chave. Não adianta seguir os passos descritos
e não acreditar na importância que eles têm, não vai fazer
efeito. Acredite de verdade!
Este livro poderia acabar aqui, meu trabalho já estaria
feito. Falo isso porque sei que seguindo os 5 passos o
caminho para sua aprovação simplesmente vai surgir

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para você. Ninguém me pegou pelo braço e me ensinou a

como estudar para concursos. Isso foi algo que veio natu-
ralmente dentro de mim. É claro que segui algumas dicas,
porém não tive acesso a um livro como esse que escrevo,
por exemplo.

Nesse momento você está pronto. Podemos seguir para

as estratégias, métodos de estudo, dicas para a hora
da prova e os mais diversos artifícios que te ensinarei a
seguir. Verá como essa será a parte mais fácil. Use toda
essa energia positiva que está em sua volta como es-
tímulo para estudar mais e conseguir sua aprovação para
se tornar mais um concurseiro100. Vai parecer fácil!

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Módulo lI

PROJETO DE
APROVAÇÃO
APLICANDO
O DPACR

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U m final de tarde de uma quarta-feira, enquanto voltava

do trabalho com um colega do mesmo empreen-
dimento que o meu, surgiu o assunto concursos públicos.
Embora trabalhe junto comigo ele não é concursado.
Conversamos sobre os bons concursos de engenharia que
podem ser feitos, sobre o número de concursos abertos,
que aumentaram bastante nos últimos anos, sobre a es-
tabilidade, salários (inclusive sobre os salários oferecidos
para o cargo de prático, que, por sinal, são exorbitantes) e
outros assuntos deste tipo. Até que, em certo momento,
este meu colega comentou que tinha muita vontade de
ser concursado, mas que simplesmente não conseguia se
sair bem em concursos.
Fiquei curioso e resolvi questiona-lo sobre como ele se
preparou para as provas dos concursos que realizou.
Sua resposta foi igual à que poderia ser de várias outras
pessoas:
“Marcel, não tinha muito mistério. Todo dia eu escolhia um
assunto que estava no edital para estudar. Às vezes resolvia
algumas provas para ver como eu me saía e depois voltava a
estudar os assuntos do edital. O problema é que geralmente
tem muito assunto e você acaba esquecendo tudo. Isso é para
superdotado ou para quem SE MATA de estudar.”

Quando ele terminou de falar eu já imaginava os motivos

para ele não se dar bem em concursos públicos, porém

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me contive naquele momento e continuei conversando.

Após falar um pouco sobre suas experiências ele me per-
guntou sobre a minha. Fez aquela entrevista clichê que
todos que são aprovados em um bom concurso estão
acostumados a ter: quanto tempo demorei para passar,
quantas horas estudava por dia, a concorrência, se eu sou
um gênio e todas essas perguntas que você já deve ter
feito.
Comecei pela primeira pergunta, respondendo que estudei
cerca de três meses e ele logo me interrompeu dizendo:
“Nossa, então você deve ser um gênio mesmo”

Pensei comigo mesmo que teria que fazer mais uma vez
teria uma dissertação verbal para explicar que isso não
tem nada a ver e que isso é um mito que é até sustentado
por alguns concursados para alimentar o próprio ego.
Expliquei para ele resumidamente a estratégia que utilizei
para conseguir uma aprovação rápida. Falei que o segredo
para conseguir aprovação em concursos é saber como se
preparar. Salientei que devemos nos organizar e elaborar
um projeto consistente, assim como tinha o empreen-
dimento que trabalhávamos.
Dito isto, ele se mostrou curioso e depois me fez uma
pergunta pertinente.
“Mas desse jeito você não perdeu tempo demais? Um tempo
que você já poderia estar estudando?”
Não pensei nisso no momento da conversa, porém após
refletir sozinho percebi que talvez essa seja realmente a

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grande barreira que a maioria das pessoas cria para não

ter uma estrutura de estudo organizada.
“P., me diga uma coisa: quantas vezes você levou horas se
decidindo sobre o que deveria estudar, ou pior, acabou não
se decidindo e não estudando nada naquele dia. Quantos as-
suntos você estudou demasiadamente só porque gostava
deles e depois percebeu que restava pouco tempo para outras
matérias até mais importantes?”

Bom, agora chegou a hora de você colocar a mão na

massa.
Definido o concurso que você irá se dedicar vamos tira-lo
da sua cabeça e transforma-lo em um projeto, com um
cronograma a ser seguido e metas a serem cumpridas. Isso
vai te ajudar a manter a disciplina nos estudos e servirá
como um guia para você não perder tempo pensando no
que vai fazer no momento.
É um erro bastante comum entre os concurseiros não ter
uma estratégia definida do que vai fazer durante o tempo
disponível para estudo.
Ao deixar para definir diariamente o que vamos fazer,
como meu colega de trabalho fazia, perdemos um
precioso tempo de estudo todos os dias. No final do
período de dedicação ao concurso, somado todo o tempo,
percebemos que foi um grande desperdício.
Gastamos tempo pensando se devemos estudar gestão de
estoques ou transporte e distribuição física, por exemplo,
se resolvemos exercícios ou provas. Nesse intervalo as

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chances de você se distrair com outras atividades são

muito grandes. Sendo assim, fica a lição: nunca deixe
para definir no dia o que você vai fazer (seja aprender
algo novo ou revisar).
Se a elaboração de projetos e cronogramas não fun-
cionasse, com toda certeza as milhares empresas es-
palhadas pelo mundo não perderiam tempo com isso.
Em geral, um grande problema das pessoas é se limitar a
ter apenas ideias, mas nunca realizações. No futuro, essas
ideias não concretizadas se tornam frustrações.
É importante que se tire a ideia da cabeça e passe para
o papel para que você possa lembrar-se de tudo. Não
adianta tentar memorizar quando você vai estudar cada
assunto, quantas horas, quando devemos acabar tal
conteúdo. É impossível.
Quando comecei a estudar para meu concurso-sonho, um
amigo que começou ao mesmo tempo que eu me disse:
“Cara, não precisa anotar tudo isso, você já sabe o que é im-
portante e o que não é. Agora é só seguir a ordem de cabeça.”

Mesmo que você saiba o que é mais importante, sem or-

ganização você não vai ter controle sobre o que está es-
tudando. Não vai conseguir priorizar o estudo para eficácia
máxima.
Insisti para ele que a melhor maneira de se preparar de
maneira eficaz era se organizando adequadamente. Não
tardou muito para ele me ligar e perguntar como eu tinha
me organizado.

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Não ache que a elaboração do seu projeto é muito tempo

“perdido” e que você já poderia estar estudando. Isso é
investimento. Sem organização e controle não chegamos
a lugar nenhum.
A maior lição que eu tirei que tive da conversa que tive com
meu colega de trabalho foi que um pequeno investimento
de seu tempo na organização do seu estudo, quando re-
alizado no início da sua preparação, te poupará muitas,
mas muitas, horas no decorrer de sua maratona.
É importante saber que o nosso cérebro funciona de forma
diferente quando estamos simplesmente pensando e
quando estamos escrevendo. Pensamentos são desor-
ganizados, são vagos. Quando escrevemos procuramos
formas de estruturar e de dar lógica ao que pensamos,
ajudando na fixação da ideia.
Faça um teste simples: leia algum artigo de cerca de três
páginas de algum assunto completamente novo e alguns
dias depois tente escrever apenas uma página inteira
sobre ele. É possível que sinta dificuldade pelo fato de suas
ideias não estarem totalmente organizadas. Quando um
assunto é novo, a chance de você esquecer-se de quase
tudo do que foi visto depois de dois dias (sem revisão) é
muito grande.
Portanto, aí está a importância de transformarmos nossas
ideias em algo mais palpável. Se o seu projeto e cron-
ograma foi feito pelo computador o ideal é que imprima
para que possa ver todos os dias.
Bom, agora que você já sabe quanto é importante ter um
projeto bem definido e um cronograma de estudo, você

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vai aprender como deve elabora-lo. Ele será o projeto da

sua vida. Aquele que vai garantir sua aprovação. Eu não
tenho dúvida que, da mesma forma que ele funcionou
para mim, também irá funcionar para você.
É hora de você conhecer o infalível DPACR. Mãos à obra!

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DPACR – os 5 passos
básicos e essenciais

A princípio, você deve saber que a preparação de todo

candidato a concurso público deve passar por 5 passos:
#1 Definir;
#2 Priorizar;
#3 Aprender;
#4 Compactar;
#5 Repetir.

Chamo estes 5 passos gentilmente pelo acrônimo DPACR

(Decisivos Passos para Aprovação e Convocação Rápida).
Lembre-se sempre desses passos. São exatamente eles
que você deve dar durante sua preparação para garantir
que você chegue afiadíssimo para a prova do seu concurso.
Eles são seus 5 pilares, seu sistema.
“Mas, a que esses verbos se referem?”

Calma, nobre concurseiro. Esses 5 verbos são referentes

ao conteúdo do seu concurso. Utilizando o DPACR você
vai, nesta ordem:

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· Definir quais são os assuntos a serem estudados;

· Priorizar estes assuntos, de forma que você consiga
aplicar o princípio de Pareto (80-20);
· Aprender ou reaprender os conteúdos;
· Compactar os conteúdos, fazer sínteses;
· Repetir, revisar e resolver exercícios de forma distribuída
durante sua preparação.

Pronto, é isso. Esses são os passos básicos, porém

cruciais para sua preparação e aprovação. Talvez você
esteja pensando que isso é simples demais. E realmente
é. Por que deveria ser complicado, afinal?
Inclusive, eu não sei como poderia ser de outra forma.
Simplicidade muitas vezes pode ser a solução para seus
maiores problemas. Invariavelmente, não conseguimos
resolver algumas situações justamente por estar com-
plicando demais.
Voltando ao ponto, seu projeto de aprovação vai te auxiliar
a seguir o DPACR para que possa obter resultados rápidos.
Para elabora-lo, você deve identificar os seguintes pontos:
#1 Concurso-alvo;
#2 Assuntos a serem estudados (certo, usual e esporádico);
#3 Horas disponíveis para estudo;
#4 Método de estudo;
#5 Tipo de cronograma.
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Essas são as informações necessárias para você montar

seu projeto. É isso que você vai aprender a identificar logo
adiante.
Monte seu projeto de aprovação e leve-o a sério, ele vai
ser seu indicador. A partir do momento que você não con-
seguir cumprir suas próprias metas pare e analise:
“Por que não estou conseguindo?”

Existem duas opções:

· Tempo curto demais para determinada meta (hora de re-
programar);
· Você não está devidamente concentrado, focado no seu
objetivo. Está permitindo se distrair e não está compro-
metido (se esse for o caso reflita no que você quer para
sua vida, lembre-se do seu propósito).

Identifique e corrija. Simples assim.

Lembre-se do que já foi dito: poucas pessoas tem a ca-
pacidade de traçar o que querem, montar um plano e ex-
ecuta-lo. Não faça parte desse grupo.
Durante cada tópico vou te passar bastante informação
importante. Então, para não se perder na criação do seu
projeto, sugiro que você leia todos os tópicos e, somente
após concluído este capítulo, releia esta sequência, mas
já criando seu projeto a cada passo que concluir.
Não se preocupe se parece ser muita informação, vou te
explicar passo a passo como você irá fazer isso.
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1 Concurso-alvo
Certamente você já escolheu o seu concurso após a leitura
do Módulo I, contudo, ainda assim, considero válido te
atentar para certos pontos que, por mais simples que
sejam, alguns candidatos se passam.
Antes de tudo, leia atentamente todo o edital (se ainda
não tiver sido lançado use os concursos anteriores como
referência). Nele você vai encontrar muitas informações
essenciais, vai encontrar as regras do jogo! É engraçado,
mas às vezes acontece de um certame só aceitar canetas
esferográficas pretas e dezenas de candidatos ficam
desesperados com suas canetas azuis minutos antes da
prova.
Destaco a seguir os 6 pontos que considero mais impor-
tantes observar (mas lembre-se que você deve ler tudo):
#1 Requisitos do edital: além do diploma, alguns con-
cursos exigem um tempo mínimo de experiência na área
do cargo, outros que possua pós-graduação, mestrado
ou doutorado. É importante ler com bastante atenção os
pré-requisitos descritos no edital para que você não perca
tempo estudando para um cargo que não pode assumir;
#2 Local de realização da prova: a depender do concurso,
as provas podem não ser realizadas em todos os estados.
Confira os locais de realização das provas e certifique-se
que você pode ir até essas cidades. Infelizmente, para
algumas pessoas dinheiro é um fator limitante e estas

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podem não ter condições de comprar passagem e hos-

pedagem para outros locais. Se conhecer alguém em
alguma cidade onde será realizado o certame combine
com antecedência sua estadia para evitar problemas (e
lembre a pessoa constantemente da data de sua prova),
outra opção é se juntar com outras pessoas e procurar
por quartos duplos, triplos ou quádruplos para reduzir os
custos com hospedagem;
#3 Lotação das vagas: é mais comum do que se imagina
candidatos aprovados que largam sua vaga por causa do
local onde ficou lotado. Por incrível que pareça isso ac-
ontece, inclusive, em concursos nacionais, sem lotação
pré-determinada. Imagina a decepção ao descobrir
apenas na convocação que você vai trabalhar em uma lo-
calidade que não quer e ter de abrir mão da vaga, jogando
no ralo quase todo seu sacrifício. Isso pode ser evitado
lendo atentamente no edital as cidades onde você pode
ser lotado;
#4 Documentação: confira toda a documentação exigida
para a inscrição no concurso, realização da prova e quando
for se apresentar para assumir a vaga. Garanta que esteja
com tudo em ordem, faça cópias autenticadas de tudo
que o edital solicitar para apresentar. Você não vai querer
perder a sua vaga por um problema tão bobo;
#5 Esquema da prova: verifique se o exame será composto
apenas por questões objetivas, se também terá questões
dissertativas, redação ou testes físicos. Esse ponto deve
ser observado apenas para que tenha conhecimento, não
para determinar se você vai escolher esse concurso ou não,

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o seu concurso será escolhido por razões muito maiores

que essa. Se houver testes físicos analise a data de re-
alização para saber se pode começar a praticar somente
após a prova ou se deve iniciar antes. De qualquer forma,
é válido lembrar que é importante cuidar de seu corpo no
período de estudo. Isso vai te ajudar a se manter saudável
e impede que você tenha queda de rendimento em decor-
rência de alguma doenças.
#6 Critérios de classificação: a pontuação é calculada le-
vando-se em consideração todas as questões ou apenas
um bloco específico? Quais são os critérios de desempate?
Você pode zerar alguma disciplina? Há uma pontuação
mínima? Essas informações guiarão seu projeto. São
muitos os casos de pessoas que não foram aprovadas em
um concurso porque não atingiram uma nota mínima em
determinada disciplina, mesmo estando com uma pon-
tuação geral suficiente para ficar dentro das vagas. Não
cometa esse vacilo!

Na hipótese de você ter utilizado um edital anterior como

referência lembre-se de comparar com o edital atual
quando este for lançado, alguma alteração pode ter
ocorrido.

Conclusão - Ao seguir estes passos você define o objetivo

do seu projeto: aprovação no concurso X.

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2 Assuntos a
Serem Estudados

É sabido que grande parte das bancas não fazem provas

que selecionam os mais inteligentes, mas sim os mais
preparados (embora seja bastante inteligente estar
preparado). Isso torna esse método de seleção mais de-
mocrático, já que qualquer pessoa pode conseguir sua
aprovação.
Se você é inteligente e vai se preparar adequadamente,
melhor ainda.
Sendo honesto, é possível que se obtenha sucesso em
qualquer prova de concurso de engenharia sem saber,
entender e compreender profundamente os assuntos do
edital. Isso ocorre devido ao método falho que a maioria
das bancas adota para elaborar suas provas: avaliam
nossa capacidade de memorizar informações.
Mesmo para os concursos que cobram menos normas
ou leis e mais exercícios de cálculo, o que vai ser deter-
minante na resolução das questões será a sua capacidade
de reter os conteúdos estudados. Mesmo que você tenha
aprendido os assuntos e não apenas decorado.
No meu período de concurseiro estudei apenas para provas
da minha formação, que é engenharia civil. No entanto,
para escrever esse livro analisei provas de outras for-
mações de engenharia para confirmar se o mesmo ocorria

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com outros cargos. Além disso, conversei com aprovados

em cargos de formação diferentes do meu para ter mais
conhecimento sobre o que estou escrevendo.
Evidentemente, provas de algumas engenharias e de
bancas diferentes exigem mais raciocínio e menos mem-
orização do que outras. No entanto sempre haverá
questões “decorebas”, e são elas que fazem a diferença
na maioria das vezes. Outro ponto é que se engana quem
pensa que não precisamos memorizar os assuntos que
aprendemos. Porém, isso é um assunto para mais adiante.
Tenha em mente que concurseiros100 não se preocupam
em se tornar phD’s nos assuntos da prova, mas sim em
simplesmente conseguir uma pontuação mínima para ser
aprovado. Saiba responder as questões que cair na prova
e não quebre sua cabeça com nada além disso. É quase
como burlar o sistema.
Você pode ter a intenção de passar em seu concurso
dominando profundamente cada assunto, porém aí está
a diferença entre quem passa em meses (às vezes menos
de um mês) e quem leva vários anos (ou não passa). Entre
para o clube dos concurseiros100, feito isso com certeza
você terá tempo para se aprofundar no que quiser (e se
você quiser).
Na maioria dos cargos de engenharia é comum cair
questões que citam normas e leis. Dentro de cada norma,
por exemplo, há outras 10 normas que foram utilizadas
como referência para gerar aquela norma, e assuntos
dessas 10 normas também podem cair na prova. Ao todo,
se somarmos todos os assuntos e todas as normas, o
tamanho do conteúdo será imenso e dificilmente con-

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seguiremos estudar, entender e memorizar todo o

assunto.
É muito mais inteligente você ocupar sua cabeça apenas
com o necessário. Não vale a pena arriscar esquecer um
conteúdo que cai em 100% das provas de seu concurso
para lembrar-se de outro que aparece em apenas 10% e
que tem um material enorme de estudo.

Concurseiros100 não se
preocupam em saber tudo,
mas sim saber aquilo que
a banca cobra e da forma
como ela faz.
Você deve priorizar o estudo.
Já vi concurseiros gabarem-se por estar dominando com-
pletamente determinado assunto que caía esporadic-
amente nas provas do seu concurso (e quando caía era
apenas uma questão).
Lembre-se que uma tarefa não se torna importante
apenas por lhe ocupar bastante tempo. Só gaste muito
tempo com aquilo que realmente for importante para sua
aprovação.
Então, como estar preparado para a prova do concurso
e não para defender uma tese de doutorado? É isso que
nós vamos ver agora.

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Elaborando “A” lista

Quanto valeria uma lista contendo todas as questões da

prova de um concurso? Não tenho dúvida que dezenas
de milhares. No entanto, não temos (e nem devemos ter)
acesso a essas informações. Não quero fazer nenhuma
apologia ao crime, para ser bem claro.
Agora, quanto valeria uma lista contendo todos os as-
suntos organizados de forma racionalizada para a prova
do seu concurso? Uma lista que vai guiar seu estudo
de forma que você obtenha o máximo resultado com o
menor esforço necessário. Uma lista que vai te aproximar
o máximo possível do que seria ter acesso às questões
das provas. E aí, quanto valeria?
Talvez continue na casa dos milhares. No entanto, você já
pagou o preço por essa lista, e você vai aprender a elab-
ora-la aqui e agora. Quanto mais precisa estiver sua lista,
mais resultados você vai obter.
Para determinar os assuntos a estudar é necessário,
antes de tudo, ler com bastante atenção os assuntos
apresentados no edital (que novidade!).
Para algumas pessoas o próximo passo seria começar a
estudar assunto por assunto e comprar livros para cada
conteúdo a ser cobrado. Contudo, mais uma vez, é válido
lembrar que é aprovado em concurso público quem está
preparado para a prova em especial que está tentando
passar e não quem é um profundo conhecedor da en-
genharia.

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Para estarmos preparados e sabermos o que estudar,

o próximo passo é conseguir o maior número de provas
possível do concurso que você irá prestar e resolvê-las.
Essa foi a estratégia adotada por mim e pela maioria dos
concurseiros100 que responderam a minha pesquisa.
Conheço alguns aprovados que não compraram um livro
se quer para estudar para o concurso-sonho (não estou
te aconselhando a fazer isso), apenas resolveu provas
e estudou os assuntos nela encontrados através de
cadernos ou livros que já tinha da universidade.
Vou detalhar os passos a serem seguidos para determinar
os assuntos e também como eles devem ser estudados.
Preste bastante atenção, pois eles são muito importantes.
Seguindo-os, você vai conseguir elaborar “A” lista.
Após conseguir o maior número possível de provas an-
teriores do seu concurso-sonho você vai:
#1 Comparar os assuntos apresentados no edital das
provas antigas com o da prova que você irá fazer. Iden-
tifique o que entrou e o que saiu. Atente para o fato de
que o mesmo assunto pode estar escrito de forma dif-
erente nos editais;
#2 Responder as provas sem fazer pesquisas enquanto
resolve, mesmo antes de estudar qualquer assunto. Faça
apenas as questões que você souber para analisar como
está o seu conhecimento atual, chute somente se souber
as técnicas para um bom chute. Realize as provas sem
medir tempo, mas se concentre e não se distraia en-
quanto as responde. A depender do número de provas
que conseguir é válido reservar algumas para resolver

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quando avançar nos estudos (exemplo: se conseguiu até

5 provas guarde 1 para resolver mais tarde, se conseguiu
entre 6 e 10 guarde 2 e por aí vai). Não resolva questões
de assuntos que não estiverem no seu edital, ignore-as;
#3 Confira os gabaritos e anote seu aproveitamento
de acordo com: acertos/questões resolvidas sem chute,
acertos/questões resolvidas com chute, acertos/todas as
questões da prova. Guarde os valores obtidos para saber
como está seu nível atual e para comparar com resultados
posteriores;
#4 Anote os assuntos que caíram da seguinte forma:
presente em todas as provas, presente na maioria das
provas, presente em algumas/uma prova. Escreva em um
papel, programa ou aplicativo uma lista de assuntos em
ordem de maior para menor frequência em provas. Analise
também o número de questões por prova dos assuntos
para compor a sua lista. Quanto aos conteúdos que não
estão presentes em todas as provas, avalie se estes têm
aparecido nos últimos concursos, em outros mais antigos
ou se há alguma periocidade em sua presença nas provas.
#5 Reveja e analise as questões, observe como os as-
suntos são cobrados nas provas. Perceba que para alguns
assuntos a banca gosta de cobrar mais conceitos, em
outros costuma cobrar dados e para outros é comum
ver questões de cálculo. Busque um padrão comparando
provas de vários anos, tente visualizar a prova do ponto
de vista da banca e não do candidato. O que a banca gosta
de cobrar em estruturas metálicas? E em tecnologia das
construções? O que seria mais interessante para a in-
stituição/órgão contratante que o candidato aprovado

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soubesse para poder desempenhar suas atividades? Isso

o ajudará a pegar o jeito da prova e o auxiliará na forma
como você vai estudar cada assunto, no que você deve
focar. Não se preocupe se não captar a essência da prova
já nesse instante, com a repetição da resolução de provas
anteriores isso vai acontecer. O importante é saber que
você sempre deve parar para analisar como as questões
são formuladas.

Esses passos devem ser seguidos para todos os blocos.

Ainda que a prova de conhecimento geral do seu certame
seja apenas eliminatória e sirva como critério de de-
sempate os passos devem ser feitos, mas é evidente que
você deve se empenhar mais ao conhecimento específico.
Tenha bastante atenção na comparação entre os as-
suntos apresentados nos editais antigos e o atual. Algum
assunto com grande frequência nos exames anteriores
(que é aquele que você dedicará mais tempo) pode não
fazer parte do escopo da sua prova. Essa análise mi-
nuciosa pode te livrar de grandes problemas.
Agora, imaginemos que o seu concurso-sonho passou
a ser realizado por uma nova banca. A sua etapa de de-
terminar os assuntos a serem estudados levará um pouco
mais de tempo.
Nesse caso, você deve ler atentamente o conteúdo
proposto no edital atual e depois procurar por provas de
outros concursos desta banca com o mesmo (ou bastante
parecido) assunto, para assim poder resolvê-las e pegar o
jeito da organizadora.

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Estude também a banca anterior. Resolva as provas

antigas do seu concurso e compare com provas de outro
concurso da mesma examinadora com conteúdos sim-
ilares, dessa forma você pega o jeito do órgão/instituição
contratante e descobre o que eles consideram importante
ser cobrado.
Repita os passos #3, #4 e #5.
Você pode conseguir as provas anteriores do seu concurso
através do próprio site da banca organizadora ou nos
sites da PCI Concursos, Questões de Concursos e Super
Provas.
Uma dica simples, mas excelente, para ajudar a compor
a sua lista é conversar com pessoas que foram recen-
temente aprovadas no seu concurso-sonho. Geralmente,
recém-aprovados são muito solícitos em ajudar aqueles
que estão passando pelo mesmo caminho que estes
passaram recentemente. Eles adoram passar todos os
detalhes e falar como alcançaram o seu sucesso (afinal
de contas, é isso que eu estou fazendo agora, não?).
Se tiver contato com algum aprovado, peça dicas, pergunte
os assuntos que mais caem nas provas, por onde começar,
o que deixar por último. Isso vai ser de grande ajuda para
complementar sua lista.

●
Não se importe se o seu desempenho não for bom nas
resoluções das provas, você ainda não começou a estudar.
Lembre-se de manter a sua mente forte.

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É impressionante como muita gente não gosta de re-

solver provas ou exercícios por medo. Preferem ficar es-
tudando teoria e mais teoria pelo receio de não conseguir
acertar as questões e ter um desempenho não tão bom
nos “simulados”. Que grande besteira!
Tenho autoridade para falar o quanto é uma besteira se
preocupar com isso logo no início da sua preparação. Sabe
por quê?
Quando comecei a resolver as provas antigas da Petrobras
tive um desempenho nada animador. De verdade. Lem-
bro-me que minha melhor performance havia sido cerca
de 35% de aproveitamento das questões específicas da
prova.
Com esse resultado muitos teriam desistido, teriam
achado que estava totalmente fora da briga. No entanto,
eu sabia que poderia passar em qualquer concurso que
desejasse, eu confiava em mim mesmo. Afinal de contas,
na minha visão eu não tinha nem começado a estudar e já
estava com praticamente meio caminho andado.
“Como assim meio caminho andado, ficou maluco?!”

Bom, o que muita gente não sabe é que com cerca de 75%
de aproveitamento já é possível passar em grande parte
dos concursos de engenharia (na verdade 70% já seria o
suficiente em muitos casos, mas quero que pareça mais
verdadeiro). Obviamente, tudo vai depender do nível da
prova. As mais fáceis terão uma média mais alta e as mais
difíceis o contrário.

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O ponto principal é: não se preocupe com seu desempenho

no começo. O desafio não é tão complicado quanto parece,
uma nota 7 já pode ser mais que suficiente. Além disso,
você ainda nem começou a estudar.
Pronto, seguindo os 5 passos você vai criar sua lista de
assuntos a serem estudados com a ordem de frequência
em provas de cada assunto. Dessa forma fica muito mais
fácil guiar seus estudos.

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Como prever a sua prova

Não demore muito tempo entre a resolução das provas

anteriores nessa fase inicial do seu projeto. É evidente
que tudo vai depender da sua disponibilidade de horas
livres, porém resolver as provas em um intervalo curto te
ajudará a pegar o jeito da banca antes mesmo de começar
os estudos.
No meu caso, como não estava trabalhando quando
comecei a estudar, consegui resolver até 4 provas em um
só dia e, nesse mesmo dia, já consegui perceber como
a banca cobrava alguns assuntos da minha prova. Além
disso, posteriormente durante a sua preparação você deve
continuar resolvendo provas anteriores do seu certame.
Repetindo mesmo. Isso é essencial.
Outro ponto muito importante é que você sempre deve
resolver as provas analisando como as questões de cada
assunto são cobradas, como já antecipei no tópico an-
terior.
Isso é lei. Não leia as questões com o cérebro “desligado”.
Além de tentar acertar as respostas, avalie a questão
em si, o que e como vem sendo cobrado. Não faça essa
análise somente em simulados e, obviamente, na hora da
prova, pois você tem um tempo limitado para concluir sua
tarefa.
Sempre se pergunte sobre o que seria interessante para
a instituição/órgão que um profissional do seu cargo
soubesse, pesquise sobre ela: como atua, seus padrões, a

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sua cultura. Converse com pessoas que trabalham no cargo

que você deseja para saber um pouco mais sobre suas
atividades. Você também pode encontrar as atribuições
do cargo no próprio edital. Entender estes pontos o ajuda
a criar a sua lista e a prever o que vai ser cobrado na sua
prova.
A Petrobras, por exemplo, é uma empresa muito rigorosa
no que diz respeito à obediência a normas, padrões e leis.
Então, assuntos apresentados no edital do seu cargo que
são normatizados (ABNT, por exemplo) têm grande pos-
sibilidade de caírem na sua prova utilizando normas como
referências. Isso é até mais seguro para as bancas, pois
reduz a chance de questões serem anuladas.
No curto período que estudei para o concurso da CEF
percebi em uma prova passada o grande número de
questões que tratava de acessibilidade a edificações.
Comecei a notar depois disso que todas as agências
que haviam sido abertas pelo banco recentemente res-
peitavam estritamente a norma de acessibilidade (observe
como todas elas possuem rampas, corrimãos, piso tátil e
várias outras exigências). Além disso, a CEF entrega di-
versas unidades habitacionais através do programa Minha
Casa Minha Vida, unidades essas que estão sob sua re-
sponsabilidade e que também devem estar de acordo
com a norma citada.
Pareceu-me óbvio naquele momento que a NBR 9050
seria um assunto muito abordado na prova que iria ser
realizada. Para minha sorte, era um assunto que também
costumava ser cobrado nos concursos da Petrobras e, por
isso, estudei.

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Resultado: foi o único tema da questão escrita da prova e

foi responsável pela eliminação de muita gente.
Na lotação que eu me inscrevi a redação foi responsável
pelo corte de 50% dos que haviam conseguido passar pela
primeira fase (que era obter uma pontuação mínima nas
questões objetivas). Que diferença fez pegar o jeito da
prova!
Por isso, lembre-se: pegar o jeito da banca e da insti-
tuição/órgão contratante é um verdadeiro antecipador
de aprovação. Acredite!
Resumindo, os três passos para antecipar o que vem na
prova e como estudar cada assunto de acordo com o que
é cobrado são:
· Repetir exaustivamente a resolução das provas ante-
riores do seu concurso;
· Fazer uma análise crítica sobre as questões, como elas
são cobradas (exemplo: como costumam ser cobradas as
questões de mecânica dos fluidos? Conceitos? Questões
com cálculo? Dados?);
· Estudar a instituição/órgão que você pretende trabalhar,
sua atuação, sua filosofia de trabalho, sua cultura.

Dedique um bom tempo para esses 3 passos, te garanto

que vai valer a pena.
Você pode procurar também por outras provas da sua
banca, principalmente se for o caso de concurso de em-
presas subsidiárias, como a Petrobras/BR Distribuidora/

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Transpetro, por exemplo. Porém, não as resolva nesse

momento de definição dos assuntos a serem estudados,
deixe para respondê-las depois, como exercício, quando já
conhecer o conteúdo e o jeito da sua prova. Depois você
procura captar a essência da sua banca.
Digo isso porque mesmo no caso de empresas sub-
sidiárias, as provas abordam alguns conteúdos de forma
diferente, tanto na quantidade de questões para tais as-
suntos como na forma como é cobrado, ainda que tenha
suas provas elaboradas pela mesma banca. E eu sei disso
porque eu mesmo fiz essa análise e percebi diferenças.
Por esta razão, considero mais importante que, nesse
momento do projeto, resolva apenas as provas do seu
concurso e ao decorrer do estudo repita mais vezes à
resolução dessas provas em comparação com outras da
banca.

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Aplicando o Princípio de Pareto

Quando segui os 5 passos para determinar os assuntos a

serem estudados criei uma lista onde estavam presentes
todas as matérias que eu deveria estudar e em ordem de
peso (número de repetições e quantidade de questões em
provas). Esta lista me serviu como parâmetro para saber
como eu deveria priorizar meu estudo. Ou seja, aplicar
maior parte do meu esforço na menor parte dos con-
teúdos que eram responsáveis pela maior parte dos re-
sultados. Estava seguindo inconscientemente o Princípio
de Pareto, e é isso que você vai fazer: priorizar!
Seguindo o Princípio de Pareto você irá realizar o mínimo
esforço necessário para sua aprovação.
No meu caso, a proporção não era exatamente 80-20, no
entanto para meu cargo cerca de 30% do conteúdo corre-
spondia a 70% do que caía nas provas. Logicamente, esses
conteúdos foram os que receberam mais dedicação da
minha parte.
Agora que tem a lista você sabe quais são os assuntos
certos de cair, os usuais e os esporádicos. Dimensione o
seu estudo de acordo com a frequência e o número de
questões utilizando o seu bom senso, priorize e dedique
mais tempo aos conteúdos que estão no topo da lista (se
algum assunto já for de seu completo domínio você pode
reduzir a dedicação a este). Essa organização o impedirá
de estudar por demasiado tempo um assunto com pou-
quíssima frequência apenas porque você gosta dele.

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Embora esteja priorizando o estudo, assuntos das três

classificações de frequência são importantes para sua
aprovação. Isso se torna ainda mais evidente em provas
difíceis. Os candidatos bem preparados também sabem
os assuntos que sempre caem e os que caem em boa
parte das provas, as questões de assuntos esporádicos
podem ser a diferença entre a aprovação e reprovação.
Por isso, um conteúdo que está lá embaixo na sua lista
não deve ser ignorado. Você certamente não deve dedicar
a ele o mesmo tempo de estudo que dedica a um assunto
certo em todas as provas e com muitas questões, porém
ele com certeza deve ser visto e analisado.
Caso não tenha tempo suficiente para estudar todos os
assuntos escolha os assuntos esporádicos a serem es-
tudados com base no seu sentimento, analisando as
provas e tentando acertar o que vai cair. Infelizmente, é
assim que temos de agir se não estamos com tempo o
bastante. No entanto, acredito que a sorte sempre sorri
para aqueles que estão fazendo por onde e que mantêm
a mente sempre positiva, ou seja, aqueles que seguem a
fórmula dos 2Ps.
Vou te contar uma experiência própria.
Quando estudei para meu concurso-sonho deixei os as-
suntos esporádicos para o final. Fiz isso pela seguinte
razão: como dedicava menos tempo de estudo a eles
preferi estuda-los após ter resolvido provas antigas
repetidas vezes. Dessa forma, quando comecei a ana-
lisá-los eu já havia absorvido muita informação pela
simples repetição da resolução de questões.

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Além disso, também consegui perceber como a banca

gostava de cobrar estes conteúdos. Por mais de uma vez
enquanto lia alguma norma ou apostila de determinado
conteúdo eu parava e falava:
“Essa informação tem a cara da prova da minha banca, vou
anotar”

Dessa maneira conseguia ler rapidamente assuntos de

várias páginas, mas ter apenas 3 linhas de informações
anotadas. Isso me garantia um poder de compactação
muito grande.
Para te dar um exemplo, vou citar o que aconteceu na
prova da Petrobras que eu fiz. Nela caiu uma questão de
assunto esporádico da norma NBR 5413 – Iluminância de
Interiores, que felizmente eu havia escolhido para estudar
(meu tempo até a prova era muito curto e não havia como
estudar todos os assuntos).
Está norma contém 13 páginas de pura “decoreba”, no
entanto como eu já sabia a forma como a banca cos-
tumava cobrar certos assuntos tinha anotado em meu
caderno apenas meia folha. Segue abaixo um dos trechos
na forma exata como eu anotei em meu caderno:
“- O peso do Lux depende da idade da pessoa (para <40 anos:
-1, 40 a 55 anos: 0 e >55 anos: +1), da velocidade e precisão
(para sem importância: -1, importante: 0, crítico: +1) e da re-
fletância (para >70%: -1, 30 a 70: 0, <30%: +1).
- Se a soma dos pesos for igual a -2 ou -3 adotar o menor
valor indicado, se igual a +2 ou +3 adotar o maior”

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Perceba que eu não detalhei muito em minha anotação o

significado de cada palavra ou o contexto. Alguns trechos
eu já sabia e não precisava anotar e outros eu sim-
plesmente não precisava saber. Tudo depende da posição
que o assunto está em sua lista e de pegar o jeito da prova.
A questão que caiu na prova citava que o peso para a idade
do observador era +1, para velocidade e precisão era 0 e
para refletância do fundo da tarefa era -1. Com isso, per-
guntava qual valor de Lux adotar para iluminação geral de
uma área de trabalho e informava três valores em uma
tabela: 500, 750 e 1000.
Eu sabia que a depender do caso eu usaria o maior, menor
ou o valor intermediário da tabela, não precisei anotar no
caderno os valores utilizados para cada ambiente, isso
seria praticamente impossível de memorizar.
A verdade é que, mesmo com poucas linhas de anotação
em meu caderno, a questão estava ainda mais fácil do
que eu estava preparado para acertar (já que sabia, por
exemplo, o que ocasionava um peso +1 para o fator idade)
e até fiquei “chateado” com isso na hora, pois por ser uma
questão de assunto esporádico era mais difícil que outras
pessoas também tivessem estudado.
Acertei essa questão porque, ao estudar essa norma, eu
já tinha sacado o jeito da banca e ao invés de decorar 13
páginas de informações fiz somente anotações em meia
página (não se preocupe, você vai aprender a compactar
conteúdos em breve); e a questão ainda veio mais fácil do
que eu esperava.
Nota: a norma citada (NBR 5413) foi atualizada e o critério de determinação de iluminância
de interiores foi modificado. Não adote meu resumo como parâmetro para seus estudos.

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Você pode sentir certo desespero ao definir os assuntos a

serem estudados e achar que não é capaz de aprender e
memorizar tanta informação. No entanto não se preocupe,
também passei por isso no começo e me questionei se
era possível.
Você já sabe que capacidade é um estado que qualquer
um pode atingir.
Existem métodos de estudo que você aprenderá adiante
que quando colocados em prática não só o ajudará a
aprender, mas também a memorizar uma quantidade
imensurável de informações. Além disso, lembre-se que
o cérebro funciona como um músculo, quanto mais você
o pratica mais forte ele fica e conseguimos aprender e
memorizar cada vez mais.
Uma boa preparação mental garantirá que não desanime
e nem ande para trás. Foram esses métodos que me
ajudaram a aprender e memorizar em pouco tempo in-
úmeras normas, como, por exemplo, a NBR 9050 de
acessibilidade que é pura “decoreba”.
Além disso, você deve pensar em um passo de cada
vez. Não enxergue o todo, mas as suas partes. Pensar
que você deve estudar e memorizar 100 assuntos, por
exemplo, é difícil e traz medo. No entanto, pensar que você
deve estudar 3 assuntos em uma semana é uma tarefa
muito mais fácil. Por isso, você deve ter pequenas metas
durante sua preparação e focar nelas, a sua meta maior
(aprovação) é consequência. Aí está o grande segredo!

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Exercícios/provas a serem resolvidos

Identifique todas as provas que possuir (as do seu

concurso, as da sua banca e, se achar necessário, de
outras bancas) para que possa incluir no seu cronograma
ocupando blocos de 3 a 4h. Caso opte por também re-
solver provas de outras bancas faça em quantidade bem
menor em comparação com as provas de seu concurso e
outras de sua banca.
Testes de organizações diferentes podem te atrapalhar a
pegar o jeito da sua prova e se já tiver pego você pode sentir
dificuldades em resolver algumas questões de assuntos
já estudados. Isso acontece porque ao revisar os assuntos
você não vai ler todo o conteúdo novamente, vai apenas
rever as sínteses que você elaborou baseado na prova do
seu concurso. Então se para determinado assunto a sua
banca costuma cobrar alguns pontos e ignorar outros,
certamente os pontos ignorados não ficarão gravados na
sua memória.
No entanto, esses pontos ignorados pela organizadora ou
instituição/órgão podem ser muito abordados em provas
de outras bancas e, sentindo dificuldades em responder,
você pode achar que não está bem preparado. O que não
será verdade, pois você vai estar preparado para sua
prova.
Resumindo, você vai resolver e repetir: provas do seu
concurso>>>provas da sua banca>>>>>>>>>>provas de
outra banca.

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Eu, particularmente, resolvi praticamente nenhuma prova

de outra banca e tive excelentes resultados, contudo caso
queira ver algumas questões por outra ótica a resolução
desses testes pode ser uma opção.

●
Toda revisão (passo Repetir, do DPACR) deve começar pela
resolução de exercícios. Para resolver apenas os exercícios
do assunto que pretende revisar você pode acessar o site
www.questoesdeconcursos.com.br e utilizar os vários
filtros que ele possui (por cargo, por banca, por assunto
ou por concurso, por exemplo). Gratuitamente, você pode
responder e conferir o gabarito de 10 questões por dia.
Para responder mais questões você deve fazer uma as-
sinatura paga no site. Uma opção para “responder” mais
questões sem pagar é verificar as estatísticas de resposta,
na maioria das vezes a letra mais assinalada é a que está
correta (mas há exceções). Se tiver condições, não abra
mão de fazer uma assinatura.
Independente dos assuntos que já foram estudados ou re-
visados, é recomendável a execução de provas no mínimo
uma vez por semana (no sábado, por exemplo), mesmo
que não tenha estudado todos os assuntos. Assim você já
testa o seu conhecimento quanto aos conteúdos já vistos
e acaba aprendendo e memorizando pela repetição as-
suntos ainda nem estudados, como já venho escrevendo
aqui.
Não se importe em repetir as provas, quanto mais re-
fazê-las melhor. Rapidamente você pegará o jeito.

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Sempre que você resolver uma bateria de exercícios ou

provas anteriores lembre-se de anotar seu desempenho.
Faça um controle. No caso dos exercícios, identifique
também as questões que você sentiu mais dificuldade,
as que você considera mais importante, as que exploram
mais seu conhecimento; dessa forma ao revisar você vai
conseguir encontra-las mais rapidamente. Quando o seu
tempo até o concurso estiver folgado você pode resolver
todas as questões, mas quando estiver apertado é nas
melhores que você deve ir.
Ao resolver provas anteriores, anote o seu desempenho
para saber se você já atingiu o aproveitamento mínimo
para ser aprovado nos últimos concursos e também
analise sua evolução ao longo de sua preparação. Se
nas últimas edições do seu certame foi necessário um
aproveitamento de 68% para ser convocado pode ter
certeza que sua aprovação vai ser bastante improvável
enquanto você não ultrapassar esse resultado. Aliás, é
bom você ultrapassar com certa folga. Resolver a prova
em casa não tem a mesma tensão que tem o momento
da prova, então é natural ter um desempenho um pouco
melhor no primeiro caso. Se for necessário 68%, faça 80%
em casa!
Assim como nos exercícios, anote nas provas as melhores
questões, as que você sentiu mais dificuldade e tudo mais.
Nas suas revisões finais são elas que você vai resolver.

Conclusão - ao final deste passo você deve ter para o seu

projeto uma lista com todos os conteúdos da sua prova

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organizados por peso para que possa priorizar seu estudo.

Além disso, você possivelmente já vai ter captado o jeito
da sua banca para direcionar melhor seus estudos para
cada conteúdo.

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3 Horas disponíveis
para estudo

“Quanto tempo devo estudar por dia?”

“Quantas horas você estudava por dia quando passou nos
concursos?”
“Duas horas por dia é pouco?”
“Estou estudando dez horas por dia, vou passar?”

Essas são talvez as perguntas mais comuns feitas por

concurseiros iniciantes. Muita gente acredita que o fator
crucial para conseguir uma aprovação em concursos pú-
blicos é o número de horas estudadas por dia, mas quem
já foi aprovado sabe que na realidade não é.
Considero muito mais importante que a quantidade de
horas que você estudar por dia a sua disponibilidade de
tempo para estudar a hora que quiser, mas tratarei desse
assunto mais adiante.
O número de horas que você precisa estudar por dia até
passar depende de uma série de fatores: conhecimento
prévio dos assuntos do edital, costume de estudar, mo-
tivação, facilidade com as matérias etc. Esses são fatores
completamente pessoais, por isso, é completamente
inútil perguntar para um aprovado quantas horas ele es-
tudava por dia.

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Se você realmente deseja arduamente ser aprovado no

seu concurso-sonho, se sonha com isso e se você está
absolutamente focado, a reposta para essa pergunta é
simples: estude o máximo que você puder sem deixar
de lado suas necessidades básicas, e respeitando seus
limites.
Você aprenderá mais adiantes alguns cuidados que você
deve ter enquanto se prepara para seu concurso que vai
melhorar consideravelmente seus resultados, mesmo
que estudando menos, mas a princípio a dica dada acima
já está valendo. Corte totalmente seus momentos im-
produtivos, aqueles que não servem nem para relaxar.
Muitas vezes ficamos passeando pelo facebook, instagram
ou qualquer página da internet apenas para se ocupar ou
pelo hábito; esses momentos podem ser aproveitados
para estudar mais.
“Ah...mas eu posso estar estudando demais e, na verdade,
precisar de menos horas de estudo para ser aprovado!”

Bom, eu não correria esse risco, prefiro aproveitar as horas

disponíveis ao máximo que meu corpo e mente permitir. E
você, está disposto a correr?

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Qualidade X Quantidade

É verdade que nunca ouviremos alguém falar:

“Poxa, se tivesse menos horas para estudar talvez eu tivesse
passado no concurso.”

No entanto, se engana quem acha que esse é o principal

fator para conseguir uma aprovação.
A qualidade do estudo é mais importante que a quan-
tidade. Não adianta estudar sete horas por dia se você só
consegue absorver informação de duas horas de estudo.
As cinco horas a mais que você “estudou” será apenas
prejudicial para sua preparação, pois você vai estar des-
gastando seu corpo e mente, vai deixar de fazer algo mais
prazeroso e que vai te deixar relaxado. Para piorar, você vai
pensar que o assunto visto já está estudado (mas nesse
tempo você nada aprendeu) e quando resolver exercícios
desse conteúdo vai acertar praticamente nada e entrar
em desespero.
É muito importante na preparação do candidato evitar
ao máximo entrar no estado de pilha de nervos. Em um
concurso público estamos em uma guerra constante
contra nosso psicológico. Por isso, frisei a importância de
estar com a mente forte e fazer os exercícios da preparação
mental continuamente.
Evite estudar quando não está conseguindo render mais,

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aproveite para descansar. Mais uma vez, continuar es-

tudando quando não está mais assimilando as ideias é
prejudicial para sua preparação.
Você tem que encontrar seu tempo ótimo de estudo.
Seu tempo ótimo é aquele que, durante o estudo, você
consegue aprender e assimilar o que está sendo lido ou
praticado.
Eu, por exemplo, não conseguia ficar mais de 50 minutos
concentrado em alguma coisa sem ter de me distrair por
alguns minutos, também não consigo estudar por mais
de 3 horas sem tirar um intervalo mais longo para des-
cansar. Logo eu respeitava minha mente e tirava os in-
tervalos a cada 50 minutos e períodos maiores quando
estudava por mais de 3 horas.
Aproveitava esses intervalos para me dedicar a pensa-
mentos positivos, imaginando minha aprovação, dessa
forma voltava da folga muito mais motivado a continuar
estudando.
Com o tempo fui, naturalmente, percebendo que con-
seguia estudar por mais tempo sem necessitar de um
descanso, até que cheguei que consegui chegar ao ponto
que estudava 90 minutos sem interrupções e sem perder
compreensão no assunto (lembra-se que nosso cérebro
é como um músculo que quanto mais exercitamos mais
forte ele fica?).
Como eu disse, isso foi feito naturalmente. Eu não ficava
olhando o relógio de minuto em minuto para saber se
já tinha dado os 50 minutos para eu descansar. Apenas
percebia que não estava rendendo mais e quando olhava

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no relógio reparava que tinha estudado cerca de 50

minutos (53, 55, 48, 47,...).
Não fique olhando a todo tempo que horas são, pare
quando a sua mente te dizer que está na hora de parar. Além
disso, acabe com essa mania de só começar a estudar ou
parar de estudar em hora cheia (08:00, 08:30...). Comece
na hora que puder e também só pare na hora que seu
corpo der os sinais de cansaço, não antecipe o término do
seu estudo porque “já deu 18:00”, se estiver em condições
estude até 18:17.
Alexandre Meirelles, escritor do livro Como Estudar para
Concursos, destaca que muita gente perde muito tempo
de estudo porque planeja começar a estudar, por exemplo,
às 14:00, porém quando percebe que já são 14:12 decidem
por só começar as 14:30. Fazem isso várias e várias vezes.
Então, é hora de parar com esse vício e simplesmente
começar a estudar sem olhar que horas são.
“Mas como sei que é hora de fazer uma pausa?”

Sinceramente, é fácil saber quando você não está rendendo

mais e apenas se enganando. Basta se perguntar sobre
o que acabou de ler na página anterior, fazer alguns au-
toquestionamentos. Quando não conseguir responder é
sinal que você não está mais aprendendo, mas apenas
enrolando, ou que não está concentrado como deveria.
Quando estamos com a mente cansada costumamos nos
distrair com mais facilidade. Então se há minutos ou uma
hora atrás você estava completamente concentrado e
agora até uma mancha na parede é motivo de distração,

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faça os autoquestionamentos e conclua se está ou não

na hora de fazer uma pausa.
Algumas pessoas que não conseguem se dedicar por horas
seguidas sem descanso continuam a estudar apenas
por “obrigação” e para falar para si mesmo que “estudei
por 5 horas seguidas”. Mais uma vez, lembre-se que uma
tarefa não se torna importante apenas porque lhe ocupa
bastante tempo. Não se sinta mal por estudar apenas
duas horas se você não consegue absorver mais infor-
mações depois disso. Com o tempo você vai aumentando
naturalmente seu tempo de imersão sem descanso.
Outro ponto importante é que também não adianta se
dedicar sete horas por dia, mas priorizando o assunto
errado, estudando algo que não cai ou utilizando algum
método de aprendizado que não ajuda em nada. Uma
pessoa que teve um estudo de duas horas bem dire-
cionado para sua prova terá um aproveitamento muito
melhor do que aquele que se dedicou de forma errada
durante sete horas.
Agora uma ressalva: não confunda cansaço com preguiça.
Na primeira situação uma pausa nos estudos vai ser van-
tajosa para você; na segunda vai ser completamente
prejudicial. Para saber distinguir os dois aqui vai uma dica:
quando sentir vontade de parar de estudar tente con-
tinuar por mais 15 minutos. Se você conseguir e engrenar
os estudos este é um sinal que você estava apenas com
preguiça. Caso contrário você realmente está cansado e é
hora de relaxar um pouco. Dica de ouro.
Existe outra dica muito valiosa e que vai te ajudar bastante
a aproveitar os momentos que você não se sente muito

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disposto para estudar mais: nessas horas tente revisar

algum resumo ou resolver exercícios ao invés de aprender
algo novo. Aprender exige muito mais do seu cérebro e
você pode não conseguir ter êxito por estar indisposto,
uma revisão vai exigir menos e você vai poder aproveitar
melhor essas horas que estariam perdidas.

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Flexibilidade do horário de estudo

Se tem algo que eu considero muito importante durante

a preparação para concursos é a maleabilidade do seu
tempo para estudo. Isso é algo que, infelizmente, somente
aquele que não tem outras tarefas como trabalho, curso
ou filhos para cuidar podem dispor.
Aqueles que têm disponibilidade total de tempo podem
escolher o horário de estudo na forma que melhor lhe
convir.
Em janeiro de 2012, eu estava me preparando para meu
primeiro concurso público, o da Petrobras Distribuidora,
que aconteceria no início de fevereiro e estava muito
animado para ver como me sairia no meu primeiro teste.
No entanto, ainda não havia saído totalmente do trabalho.
Estava trabalhando pela manhã e, às vezes, pela tarde.
Quando chegava à minha casa começava a estudar.
O problema é que sempre tive um grande problema de
concentração, então barulho de televisão, minhas irmãs
conversando ou qualquer outro tipo de som me atra-
palhava bastante. Por consequência do trabalho eu só
estava com disponibilidade de tempo para estudar no
“horário de pico” do barulho, no tardar da noite, lá pelas
23-24h, justamente quando meu estudo começava a
render mais eu tinha que dormir para trabalhar cedo no
outro dia.
Eu estava com rendimento baixíssimo, estava difícil me
concentrar.

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Em contrapartida, quando comecei a estudar para meu

concurso-sonho, o da Petrobras, eu não estava mais tra-
balhando, estava com total disponibilidade de tempo (com
exceção de uma matéria optativa e a monografia na fac-
uldade). Nesse período, descobri que meu horário de maior
fluxo, de work flow (estado mental que acontece quando
estamos completamente envolvidos em uma atividade),
era na madrugada, pois praticamente não ouvia ruídos e
não havia distrações. Era o horário que meu estudo mais
rendia e eu devorava páginas de leitura e exercícios. Por
isso, montei o meu horário de forma que pudesse estudar
a madrugada toda.
Há quem diga que não faz bem trocar o dia pela noite, mas
eu não confio totalmente nessa afirmação. O importante
é que eu garantia um mínimo de 7/8 horas seguidas de
sono (além dos cochilos que eu tirava durante o dia).
Um bom sono, aliás, é de grande valia para nosso
aprendizado. Sua qualidade está intimamente relacionada
com a capacidade de nossas funções cognitivas.
Vários estudos comprovam que é durante o sono que
transformamos uma informação que está superfi-
cialmente em nossa mente em uma memória duradoura.
Esse é um assunto que ainda irei tratar com mais detalhes
no tópico sobre memorização.
Por enquanto, você já sabe que esse é um cuidado que não
deve ser ignorado. Sabendo disso, valorize seu tempo de
sono e, se seu horário permitir, durma na hora que quiser
para poder estudar no seu horário de melhor rendimento.
Eu acordava todos os dias às 12:30/13:00 horas, almoçava

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e depois estudava cerca de duas horas, fazia academia,

jantava pelas 18:30 e retomava os estudo às 19:30. Es-
tudava mais duas horas, cochilava entre 21:30 e 23:00
e depois estudava das 00:00 até as 05:00/06:00 com
intervalo de uma hora no meio da madrugada, quando,
enfim, tomava café da manhã com meu pai, ele para
trabalhar e eu para dormir. Não seguia esse roteiro reli-
giosamente, porém sempre era algo nessa linha, alguns
dias eu estudava menos e outros mais.
Não me arrependi durante um segundo se quer por ter
deixado meu emprego para estudar para concursos. A
disponibilidade de tempo para montar o meu horário da
forma como queria foi muito importante para a minha
aprovação rápida.
Se o seu caso não é esse, não se preocupe. Você também
vai passar no seu concurso. Há maneiras que ensinarei a
seguir para te “forçar” a entrar em um estado de work flow
que com certeza vai te ajudar a estudar com um ótimo
rendimento a qualquer hora.

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Cursinho/grupos de estudo

Sei que muita gente acredita que para passar em con-

cursos é necessário fazer algum cursinho preparatório e
até se sente despreparado quando não faz um, mas isso
não é verdade. Isso acontece porque alguns concurseiros
não sabem como se preparar e acham que um cursinho
servirá como um guia. A maioria dos concurseiros100 de
engenharia que tive a oportunidade de conversar não fez
um cursinho se quer.
A verdade é que, em alguns casos, eles mais atrapalham
do que ajudam.
Há alguns questionamentos que devem ser feitos antes
de se inscrever em um curso preparatório, porém antes
de mostra-los apresento as principais e possíveis van-
tagens e desvantagens em fazer um cursinho.
Vantagens:
· Se possuir professores experientes em concursos pú-
blicos certamente conseguirá boas dicas (não adianta ser
um especialista com phD na área, tem que ter experiência
em concurso público);
· Pode adquirir um bom material para estudo e uma lista
de exercícios voltados para seu concurso, poupando seu
tempo procurando por eles;
· Sanar suas dúvidas de forma mais rápida, pois você vai
poder perguntar para um profissional qualificado (não
terá quebrar a cabeça tentando entender sozinho);

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· Aprender com as dúvidas de outras pessoas;

· Conhecer e interagir com pessoas que estão na mesma
situação que a sua.

Desvantagens:
· Perda de tempo de estudo com trânsito na ida e na volta
até a sua casa;
· A depender da qualificação dos professores eles pouco
poderão te ajudar (em alguns casos podem até atra-
palhar), fazendo você perder um precioso tempo;
· O material oferecido pelo curso preparatório pode ser de
baixa qualidade e te guiar para o caminho errado;
· O aprendizado será no ritmo apresentado pelo professor,
não no seu;
· A sequência de assuntos a serem estudados não será de
sua escolha;
· Pode perder tempo com constantes dúvidas de outras
pessoas sobre assuntos que já são do seu conhecimento.

Para saber se o curso preparatório te trará mais van-

tagens do que desvantagens é importante que faça uma
pesquisa sobre ele para descobrir informações sobre a
organizadora:
#1 Há quanto tempo ele está no mercado? Quem são os
professores? Eles são qualificados?

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#2 Quais são as opiniões de quem já fez esse cursinho?

Quais foram os resultados?
#3 Qual será o material oferecido (apostilas, livro, ex-
ercícios)?
#4 Qual será o modelo do cursinho (apenas teoria,
apenas resolução de exercícios, apenas esclarecimento
de dúvidas, um pouco de cada,...)?
#5 Qual será o escopo do curso (todo edital, conheci-
mentos específicos, conhecimentos gerais,...)?

Assim como nos cursinhos preparatórios, grupos de

estudos também têm seus prós e contras.
Ao montar um grupo garanta que todos os envolvidos
estão com o mesmo nível de comprometimento e conhe-
cimento. Dessa forma um integrante do grupo não atrasa
a evolução do outro.
Grupos de estudos com integrantes não comprometidos
com o próprio propósito tendem a gerar distrações, trans-
formando horas de estudo em bate-papo.
Esse é o maior e mais comum problema em grupos de
estudos: a autossabotagem. Tudo começa com um
assunto despretensioso que leva a outro e mais outro
até que se perca todo o tempo destinado aos estudos.
Combinem que aquele momento é para se concentrar
apenas em estudar e sempre que alguém propor algum
assunto não relacionado ao concurso os outros inte-
grantes devem interrompê-lo imediatamente.

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Caso esteja participando em um grupo de estudos que

os outros participantes estejam muito atrasados nos as-
suntos não fique receoso em pedir para sair. É sempre bom
ajudar os outros, mas grupos assim mais te atrasarão do
que te ajudarão.
Um grupo é para compartilhar informações, dúvidas,
pontos de vista, resolver exercícios, e não para uma pessoa
ensinar todas as outras. Assim você vai apenas perder o
seu tempo. Seja educado, sutil e fale que não deseja mais
participar do grupo.
Cuidado com a forma como fará isso, pois os outros in-
tegrantes podem pensar que você está se sentindo su-
perior a eles. Uma excelente maneira de pedir para sair
é colocando a culpa em si mesmo, falando, por exemplo,
que não está mais conseguindo se concentrar adequad-
amente e que isso pode afetar seu aprendizado e o dos
colegas.
Outro ponto negativo no grupo de estudo é o tempo
perdido com eventual atraso de outros integrantes do
grupo para chegar na hora combinada, além do tempo
para chegar da sua casa até o local acertado (caso não
seja na sua casa). A depender da hora que você mora os
atrasos podem ser grandes, e nós sabemos que um dos
bens mais valiosos de um concurseiro é seu tempo!
O número que considero ideal para formar um grupo são
três pessoas (você e mais dois). Grupos muito grandes
tendem a ter distrações (mesmo que estejam compro-
metidos) e é difícil encontrar mais pessoas que estejam
no mesmo ritmo de estudo.

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Lembre-se que o grupo deve existir apenas se ajudar a

todos os integrantes, caso contrário não há motivos para
ele continuar acontecendo.
Os principais pontos positivos de um grupo de estudo é
a possibilidade de compartilhar conhecimentos (ideias,
dúvidas, resoluções de exercícios,...), materiais e também
servir como um compromisso de estudo em um horário
que talvez você não tivesse estímulo para estudar se
estivesse sozinho.
É mais fácil estudar em um sábado ou domingo à noite
quando se tem um compromisso com outras pessoas
do que quando se está sozinho. Além disso, há o lado
egoísta que todos nós temos (uns menos que outros). In-
timamente pensamos:
“Pelo menos não estou perdendo meu fim de semana sozinho”

Analise sua rotina de estudos, identifique os horários e

dias que você tem menos disposição para estudar e tente
combinar um grupo de estudo nesses horários.
Dessa forma você vai transformar um horário impro-
dutivo em valiosas horas de estudo, e, somados todos
os dias, isso vai representar um grande tempo a mais de
preparação para seu concurso.
No entanto, lembre-se que se você está com a mente
bem preparada (propósito definido, sem medo, con-
fiante, focado e consolidando sua aprovação) deixar de
sair para estudar não será nenhuma tarefa difícil, será até
prazeroso, já que você está fazendo tudo isso para você
mesmo.

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Aproveite os grupos também para levantar as dúvidas,

compartilhar bons materiais e resolver exercícios.
Para isso, crie seus grupos com pessoas confiáveis, que
você conheça bem. Pode acontecer em alguns casos de
um integrante do grupo só colher as informações dos
colegas e esconder o “seu ouro” apenas para si, tentando
se beneficiar da bondade alheia.
Por fim, caso tome à decisão de que vai fazer cursinhos ou
realizar grupos de estudo, tenha em mente que sempre
será necessário que reserve tempo para estudar sozinho,
somente assim você aprende de verdade e fixa o assunto
ou exercício visto.
Como diria Pablo Picasso:

“Sem grande solidão

nenhum trabalho sério é
possível”

Um tempo de imersão sem nenhuma companhia é de

suma importância para o sucesso, que no seu caso é a
aprovação em um concurso de engenharia. Não conheço
ninguém que passou em um concurso estudando apenas
em cursinho, por melhor que ele seja (pode até acontecer,
mas sinceramente não sei de um caso). O mesmo vale
para os grupos de estudo.
É necessário ter seu tempo sozinho para estudar, revisar,
fixar os assuntos, refletir, praticar pensamentos pos-

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itivos, resolver exercícios, entre outras coisas. Todos que

conseguiram obter sucesso em seus objetivos tiveram
seu tempo de isolamento. Por isso, não faça cursinhos ou
grupos de estudo para ocupar 100% de seu tempo dis-
ponível para estudo, mesmo que eles sejam excelentes e
muito indicados.
Inclui esse assunto no tópico de Horas Disponíveis para
Estudo porque caso você opte por fazer cursinhos ou
grupos de estudo você deve identificar e ocupar o horário
destes em seu cronograma, restando menos horas dis-
poníveis para estudo.

●
Feitas minhas considerações a respeito do que é im-
portante de verdade em relação ao tempo de estudo,
cursinho e grupos de estudo; vamos ao seu projeto.
Identifique suas horas disponíveis para estudar e monte
sua programação de acordo com o seu método de estudo
a ser utilizado. Analise o seu dia e verifique quanto tempo
que você gasta desnecessariamente. Assiste televisão
demais? Perde muito tempo em rede sociais? Conversa
demais ao telefone? Joga muito angry birds, candy crush
ou fruit ninja em seu smartphone/iphone? Preste atenção
no seu dia.
Existe um péssimo hábito que costumamos ver em várias
pessoas que não têm sucesso na vida: querem conquistar
as coisas na vida a troco de nada.

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É preciso entender o preço

do que você quer.
Quão importante é a sua aprovação para você? Qual o
valor de sua aprovação?
Felizmente, você pagará o preço de sua aprovação prati-
camente apenas com seu tempo. O custo com materiais
é irrelevante se comparado ao tempo que você se dedica
à sua preparação.
Passar em um concurso público exige seus sacrifícios e en-
tender isso te ajudará a se manter no caminho planejado
e até tornará todo o esforço mais fácil de ser realizado.
Esteja sempre alinhado com seu propósito.
Transforme as horas improdutivas em horas de estudo, se
prive de alguns prazeres (com o tempo o próprio estudo
se tornará um hábito prazeroso).
Faça um levantamento preciso das horas que você tem
disponível dia a dia. Ele é de extrema importância para
você montar seu cronograma de estudos. Não considere
tempo em cursinho ou grupos de estudo como horas
estudadas.
●

Conclusão - ao final deste passo você deve ter levantado

a quantidade de horas disponíveis de estudo para montar
seu cronograma.

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4 Método de estudo

Impressiona-me como muitas pessoas estudam para

concursos de qualquer jeito. Às vezes apenas leem, outras
vezes estão fazendo resumos que praticamente são uma
xerox e outras estão pintando um livro de marca-texto. Há
também quem estude um conteúdo inteiro de uma só vez
para depois partir para o próximo. Que grande erro!
Neste passo você vai aprender mais sobre métodos
e ferramentas e também como utiliza-las de maneira
eficaz para conseguir um ótimo aprendizado e fixação.
Duas características que com certeza te tornarão mais
um concurseiro100.
Não adianta ter um excelente material em mãos, fazer
um bom cursinho, se você não sabe como estudar para
aprender e fixar. Você não terá bons resultados. É a mesma
coisa que ir para a guerra com a melhor arma disponível
no mundo e não saber atirar, basta um arco e uma flecha
para alguém te superar.
A definição do método de estudo é um dos itens mais
importantes que você precisa escolher para fechar seu
projeto e dar início aos estudos. O seu cronograma vai
depender da sua escolha, pois com determinado método
um assunto pode levar mais ou menos tempo para ser
concluído.
A escolha do método vai depender de alguns fatores, como
tempo total disponível para estudo, tipo de conteúdo e
preferência pessoal.
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Para fazer a definição, vamos antes entender um pouco

mais sobre os métodos existentes.
Um estudo publicado em 2013 pela revista científica
Psychological Science in the Public Interest teve o intuito
de avaliar a eficácia de aprendizado dos 10 métodos de
estudo mais comuns. O trabalho foi feito pelo depar-
tamento de psicologia da universidade de Kent State em
conjunto com outras universidades.
Os 10 métodos analisados foram:
· Interrogatório elaborativo: se questionar sobre o que
está sendo estudado;
· Auto-explicação: explicar o assunto para si mesmo en-
quanto ou após estuda;
· Elaboração de resumos: resumir através da escrita/dig-
itação aquilo que foi estudado;
· Destacar e sublinhar: chamar a atenção visualmente
para um ponto que considera mais importante grifando
ou sublinhando;
· Mnemônicos: utilizar palavras-chave, sequência de
imagens e outros artifícios para ajudar a memorizar as-
suntos ou fórmulas. Exemplo: minha terra tem palmeiras,
onde canta sabiá, senoA cossenoB, senoB cossenoA
(para a fórmula fórmula de trigonometria sen(a+b)=
senAcosB + senBcosA) . Outro exemplo: Meu (Mercúrio)
Velho (Vênus) Tio (Terra) Mandou (Marte) Júnior (Jupter)
Saborear (Saturno) Umas (Urano) Nozes (Neturno);
· Visualização: criar imagens mentais, desenhar mapas
mentais com ilustrações para associar ao assunto estudado;

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· Releitura: ler repetidas vezes algum assunto no mesmo

momento;
· Testes práticos: resolução de exercícios, elaboração de
redações;
· Prática distribuída: estudar e realizar exercícios de forma
distribuída durante o período que o assunto deve ser
dominado, ao invés de estudar tudo uma única vez;
· Prática intercalada: alternar o estudo de diferentes
matérias durante o dia/semana, independente de ter es-
tudado todo o assunto. Ex: estudar circuitos elétricos das
19 às 21h e aterramento e sistemas de segurança das 21
às 23h.

Em resumo, teste prático e prática distribuída receberam

a qualificação de grande eficácia. O interrogatório elab-
orativo, a auto-explicação e a prática intercalada foram
classificadas como de utilidade moderada. Resumos,
grifar/sublinhar, mnemônicos, mapas mentais e releitura
foram classificados como ferramentas de baixa eficácia.
Perceba que o estudo não fala na preparação de candidatos
para concursos públicos, mas sim em aprendizado.
Concordo com alguns pontos apresentados no estudo e
discordo de vários outros. Não há um método mais ou
menos eficiente, e sim um método mais ou menos efi-
ciente para a maioria das pessoas, o que não significa
que o seu método favorito é ineficiente para você. Não
mude sua maneira de estudar se ela funciona e te traz
excelentes resultados, se você se dá muito bem quando

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canta o que está lendo continue estudando assim!

Além disso, os vários métodos utilizados, de alta a baixa
utilidade, são de extrema eficiência na preparação de um
candidato se utilizados de forma combinada.
De qualquer maneira, o trabalho fornece algumas infor-
mações importantes que discutiremos a seguir.
De acordo com os pesquisadores, o interrogatório elab-
orativo se mostrou mais eficiente em casos onde os es-
tudantes já possuíam um conhecimento prévio sobre
o assunto. Em se tratando de matérias exatas poucas
perguntas nos restam a ser feitas, porém esses poucos
questionamentos podem ser aplicados em praticamente
todas as matérias. Aprenderemos mais adiante.
O mesmo ocorre para a auto-explicação, é necessário um
conhecimento prévio. Por isso, pode ser uma ferramenta
útil para ser utilizada logo após a conclusão de uma leitura.
Segundo os autores, o grande problema na elaboração de
resumos está no fato de estudantes, em boa parte, não
saber como resumir, o que inserir e o que deixar de fora.
Analisar e conhecer sua prova e sua banca o ajuda a saber
que informações devem constar no seu resumo. Embora
a pesquisa tenha classificado esse método como de baixa
utilidade, o considero muito importante na preparação de
um candidato a concursos, ainda mais pelo fato de cair
em provas um grande número de questões “decorebas”.
Através de resumos é possível reduzir assuntos de
várias páginas a apenas algumas delas, e com as infor-
mações que provavelmente cairão em sua prova. Outro
ponto que já vimos neste livro é que a escrita estrutura a

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ideia, organiza, cria lógica, e isso sem dúvidas auxilia no

aprendizado. Sendo assim, é evidente que você aprenderá
mais adiante como elaborar resumos eficazes, voltados
para o resgate das informações já estudadas.
Assim como na elaboração de resumos, a tática de grifar
ou sublinhar o que está sendo lido não é de domínio geral
dos estudantes. Muitos destacam algo que não tem real
importância para o objetivo, que é conseguir uma boa pon-
tuação na prova. Realmente, simplesmente grifar ajuda
praticamente em nada no aprendizado, mas a verdade
é que, quando utilizado corretamente, destaques visuais
no texto são de extrema eficiência na fixação e com-
pactação de assuntos. Só aprender não é suficiente para
ser aprovado em concursos.
Após determinar os assuntos a serem estudados você já
deve saber o que é e o que não é importante para a prova
e a forma como determinados conteúdos são cobrados.
Isso te permite destacar apenas aquilo que considera im-
portante conhecer e são justamente esses pontos que
serão revisados durante o seu estudo.
O ponto baixo do uso de mnemônicos e visualização,
de acordo com a pesquisa, é a sua grande limitação de
aplicação. Nem todos os assuntos permitem que você
elabore mapas mentais com imagens ou palavras chaves
para memorização. Uma palavra chave que não existe
e sem sentido algum provavelmente será mais difícil de
memorizar do que os próprios itens que você está es-
tudando.
Mais adiante você verá como grifar, elaborar resumos,
fazer mapas mentais e mnemônicos da forma correta. É

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sim possível e útil o uso destas ferramentas na preparação

de engenheiros concurseiros.
Os pesquisadores do estudo chegaram à conclusão que
a releitura tem baixa utilidade no que diz respeito ao
aprendizado e alega que sua maior utilidade é para a mem-
orização. Mais uma vez, discordo em partes da conclusão
do estudo, haja vista que se o estudante se concentrar
no que está relendo, tentando entender os conceitos e
raciocinando, certamente ele aprenderá mais. Além disso,
a releitura é a ferramenta mais utilizada pelo mais con-
sagrado método de estudo entre os especialistas da
neurociência cognitiva: o SQ3R.
Concordo com o fato que a releitura é uma excelente
ferramenta para memorização, o que é muito útil para
qualquer concurseiro.
A prática intercalada recebeu a classificação de utilidade
moderada para aprendizado, contudo foi destacada sua
grande utilidade para matérias exatas. Você pode in-
tercalar diferentes matérias durante um só dia ou entre
dias diferentes.
Algumas pessoas levam esse método extremamente à
risca e interrompem o estudo de determinada matéria
assim que atingem o tempo pré-determinado, inde-
pendente de em que ponto da leitura/prática esteja para
iniciar a outra matéria. Não aconselho o uso desse método
dessa forma, pois assim se corre o risco de interromper o
estudo justamente no momento em que você estava em
estado de work flow ou até mesmo o risco de interromper
uma matéria antes de captar a ideia central do que estava
sendo lido. Isso acarreta em tempo perdido (retrabalho),

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já que terá que reler todo o conteúdo para entender.

As principais vantagens da prática intercalada são: evoluir
nos assuntos por igual, em bloco, impedindo que deixe
alguns assuntos para trás (nada que um bom cronograma
não resolva) e estudar mais horas durante um dia, pois
alternando as matérias você reduz seu stress por estar
vendo apenas a mesma coisa durante horas e horas.
Por fim, a conclusão do estudo que considero mais im-
portante e que é praticamente unanimidade entre os con-
curseiros100: a forma mais eficiente para se aprender (e
para se preparar para um concurso público) é através da
resolução de exercícios.
Para comprovar o que foi dito, retirei algumas respostas de
minha pesquisa com alguns concurseiros100 que ques-
tionava sobre o método utilizado nos estudos quando
conseguiram a aprovação:
“Resolução de provas anteriores”;
“O método de aprendizado vai passando por uma con-
stante adaptação no decorrer da realização das provas,
mas, em resumo, posso apresentar minha sequência
lógica: estudo teórico de todo o assunto (não aprofundar
demais ou fugir do proposto no edital) junto com provas
antigas, com o intuito de ver os assuntos mais cobrados
e; resolução de muitas questões. Quando eu falo muitas,
são milhares. Considero este último método como um
dos mais importantes e eficazes. Portanto, nunca ache
que está resolvendo demais”;
“resolver provas repetidas vezes aos sábados”;

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“resolver inúmeros exercícios e depois partir para a teoria

do que foi citado nos exercícios”;
“resolver um monte de provas e estudar a partir do que é
cobrado nelas”.

A repetida resolução de provas/exercícios foi um fato

comum entre quem passou rapidamente em concursos
públicos de engenharia. Esse método é de extrema im-
portância para fixação dos assuntos, para se avaliar, para
já aprender alguns assuntos sem nem mesmo ter es-
tudado, para pegar o jeito da prova e para se acostumar
com o ato de resolver questões, que afinal é o que fazemos
nas provas.
Sabendo disso, resolva incansavelmente provas e ex-
ercícios repetidas vezes. Quando chegar o momento de
realizar sua prova você já estará familiarizado com boa
parte das questões.
Se você quer entrar para o clube dos concurseiros100,
testes práticos devem ser feitos no mínimo uma vez por
semana. Eu disse no mínimo.
Ao repetir a resolução de provas você estará aplicando
outro método considerado como de alta eficácia pela
pesquisa: a prática distribuída. Estudar e realizar ex-
ercícios de um mesmo conteúdo em intervalos regulares
será muito útil para sua aprovação, mesmo que comece a
estudar com um prazo curtíssimo para a prova.
Esta é uma prática excelente para revisar e fixar o
aprendizado. Inclusive, já foi comprovado cientificamente

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que está é a maneira mais eficiente de fixação. Por isso

é importante que você tenha um cronograma de estudo
organizado para que possa planejar previamente quando
determinados assuntos serão revistos.

●
Apresentada a pesquisa e feita às devidas considerações,
é hora de se aprofundar no uso das ferramentas citadas e
conhecer alguns métodos de estudo que combinam estas
ferramentas e são extremamente eficazes.
No entanto, antes de tudo, vamos aprender a como mem-
orizar os assuntos estudados. O tópico seguinte talvez te
crie um novo mundo de possibilidades. Você vai se im-
pressionar com a quantidade de informações que vai se
tornar capaz de memorizar.

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Como memorizar assuntos

Você está fazendo a prova e ao ler o enunciado da questão 32

percebe que se trata de um assunto que estudou e aprendeu.
Ao verificar as alternativas você não consegue se lembrar
da informação necessária para responder, ela está na sua
mente, quase saltando, sua boca move-se quase pronun-
ciando o termo, você sente que está bem próximo de lem-
brar-se da informação que precisa, começa a ficar nervoso
porque ela parece estar prestes a surgir em seu pensamento,
você repete mentalmente “eu sei essa resposta, vou lembrar”
várias vezes, no entanto ela não vem. Ao entregar a prova e
dar o primeiro passo após a porta a reposta surge quase que
imediatamente em sua mente e você sente vontade de voltar
no tempo para responder a questão.

É bem provável que já tenha passado por uma situação

como essa, quando na hora da prova teve aquele “branco”
e não conseguiu responder uma questão que você sabia.
Saber como memorizar é, sem dúvida, crucial para a
aprovação em um concurso público.
Grande parte dos candidatos a vagas não dão a devida
importância para a memorização e acabam por não con-
seguir sua sonhada aprovação. Ouvimos várias vezes
pessoas falando de situações iguais às que citei acima.
Essas pessoas podem ter aprendido cada detalhe de de-
terminado conteúdo, mas se não praticarem as ferra-
mentas de memorização estarão fadadas a esquecer.

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Engana-se quem pensa que só é necessário memorizar

os assuntos recheados de decoreba. Conteúdos teóricos
e de muito exercício prático também devem ser memo-
rizados.
Você já deve ter ouvido que quando aprendemos um
assunto jamais esquecemos, que quando esquecemos é
porque não aprendemos, mas sim decoramos. Esqueça
isso. Essa é uma informação completamente incorreta,
pois até mesmo os assuntos que foram totalmente en-
tendidos devem ser revistos para que continuem em sua
memória.
Você lembra-se de tudo que aprendeu em cálculo três,
numérico ou equações diferenciais ordinárias? Para
passar nas matérias provavelmente você aprendeu (pelo
menos alguma coisa), no entanto como muito do que
foi visto não foi reutilizado você esqueceu, mesmo que
tivesse aprendido em algum momento de sua vida.
Aprofundemos um pouco.
Existem 4 etapas que podemos ou não passar no que
diz respeito a absorção de uma nova informação. Essas
etapas são descritas perfeitamente no livro de Felipe
Lima e William Douglas, “Mapas Mentais e Memorização
para Provas e Concursos”. Segue:
#1 Incompetente inconsciente: não sabemos da ex-
istência da informação (não sabemos que não sabemos);
#2 Incompetente consciente: tomamos conhecimento
da informação, porém ainda não a entendemos;
#3 Competente consciente: quando conhecemos e en-
tendemos uma informação;

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#4 Competente inconsciente: quando conhecemos e en-

tendemos uma informação e não precisamos forçar nossa
memória para lembrar-se, ela virou habitual, de resgate
automático.

Muita gente para na 3º etapa (ou até antes, quando

acredita que o assunto é difícil demais) achando que pelo
fato de ter aprendido um assunto ele não será esquecido
e já garantirá um acerto na prova do concurso. Porém, é
muito importante que consiga chegar à fase 4.
A memória será sua forte aliada em sua preparação, tendo
você muito tempo para estudar ou não. Os conteúdos de
concursos públicos são, em geral, imensos e você não
dará conta de fixar tudo se não utilizar técnicas de mem-
orização e se achar que apenas aprender já é o suficiente.
Já ouvi de algumas pessoas que boa memória é algo
genético, um dom, que nem todo mundo pode ter uma
supermemória. A verdade é que qualquer um pode treinar
seu cérebro para melhorar incrivelmente sua capacidade
de memorização. É evidente que algumas pessoas já
nascem com pré-disposição para isso, mas qualquer um
pode chegar lá. Quer uma prova disso?
Veja a história impressionante que aconteceu com um
jornalista americano chamado Joshua Foer.
Certo dia, Joshua foi designado para cobrir como jornalista
científico uma competição de memorização que acontece
toda primavera em Nova York, nos Estados Unidos da
América. Lá encontrou diversos competidores de diversos

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tipos e idades. Estas pessoas memorizavam quantidades

inimagináveis de informações em pouco tempo: eram
números, vários conjuntos de baralho organizados alea-
toriamente, poemas e nomes de pessoas desconhecidas.
Ao ver com os próprios olhos tamanhas façanhas, Foer se
impressionou com a capacidade daqueles competidores
em memorizar tantas informações em tão pouco tempo.
Ele se perguntou como aquilo era possível, se aquelas
pessoas eram gênias, se tinham uma supermemória nat-
uralmente.
Curiosamente, neste dia Joshua Foer conheceu um
campeão mundial de memorização que lhe disse que todos
os competidores que ali estavam possuíam uma memória
normal, mediana. A única diferença era que as pessoas
que estavam ali competindo treinaram sua mente para
memorizar aquela quantidade de informações. Este com-
petidor, inclusive, se ofereceu para ensina-lo as técnicas
de memorização para provar o que ele havia acabado de
dizer.
Joshua resolveu encarar o desafio e começou a mer-
gulhar nesse mundo da supermemória. Ficou fascinado.
Praticava diariamente sua capacidade de memorização
e começou a obter cada vez mais resultados impressio-
nantes.
Um ano após a sua cobertura jornalística resolveu re-
tornar à competição nacional de memorização e, para
tornar as coisas um pouco mais interessantes, participar
do desafio. Ele queria apenas vivenciar o que acontecia
naquele campeonato estando dentro dele, dessa forma
poderia fazer uma melhor matéria sobre o assunto. O re-

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sultado ninguém esperava: um ano após fazer a sua cob-

ertura na competição de Nova York, Joshua Foer sagrou-se
campeão norte americano de memorização e provou que
o que seu colega competidor havia dito; qualquer um
pode ter uma supermemória.
Vendo essa história, você percebe mais uma vez como a
capacidade de uma pessoa não é estática, mas sim um
estado que vai depender de sua preparação. É evidente
que você não precisa memorizar centenas de cartas de
baralhos ou nomes e fisionomias de pessoas. Este não é
o objetivo. No entanto, saiba que pode melhorar signifi-
cantemente a sua capacidade de memorização, e isso é
muito importante para um concurso público.
Durante a minha preparação para o concurso da Petrobras
fui capaz de memorizar informações que eu jamais
acreditei ser capaz, mas não foi assim no começo. Além
disso, decorei várias e várias informações arbitrárias, in-
formações que não há como entender, apenas decorar.
São informações como os exemplos a seguir:
· Inclinação máxima permitida para rampas de acesso
para deficientes físicos:
· Intervalos da dimensão de brita, cascalho, areia, silte e
argila:
· Relação água/cimento de uma estrutura de concreto
armado a depender da classificação de agressividade do
meio ambiente:
· Tempo limite para o uso de um concreto após sua saída
da usina de fabricação:
· Limites de valor para as modalidades de licitação:

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· Distância mínima entre dobras em barras de aço e

emendas por solda;
· Massa específica do concreto simples e do concreto
armado;
· Diâmetro mínimo para tubos de injeção e respiro em
concreto protendidos;
· Temperatura mínima permitida para execução de pintura
de ligação em pavimentos flexíveis;
· Tensão de ruptura à flexão de vidros temperados.

“Preciso saber tudo isso? Eu desisto!”

Calma, concurseiro(a). Não quero te assustar. De forma

alguma. O que eu quero é te estimular, mostrar para
você o que você também vai ser capaz de memorizar ao
terminar e praticar este tópico.
Esses exemplos que eu citei não são nem 5% da quan-
tidade de informações que memorizei para minha prova.
Talvez se eu soubesse a dimensão dos 100% tivesse de-
sistido. No entanto, conforme conversamos no capítulo
2 quando tratamos de Foco, devemos dar um passo de
cada vez. Antes de atingir 100% você deve atingir 1%;
óbvio, não é?
Então, não se desespere, se empolgue! Você vai ser capaz
do mesmo.

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Agora, veremos as principais ferramentas para poten-

cializar nossa capacidade de fixação.
Em avanço, já vou te adiantar um dos segredos para
você resgatar uma informação quando tiver um “branco”:
pare de tentar se lembrar, parta para outra questão; e de
preferência de outro assunto. Quanto mais você tenta
lembrar-se, mais você parece afundar a informação na
sua mente. Além do mais, nosso cérebro parece con-
tinuar tentando resgatar uma informação mesmo quando
estamos fazendo outra coisa. Então, não perca tempo
na sua prova tentando lembrar-se, deixe que seu incon-
sciente faça isso. Já notou como, às vezes, lembramo-nos
da informação quando estamos assistindo televisão ou
saindo pela porta da sala da prova sem estar pensando
no assunto?

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Utilizar a repetição

O principal método para memorizar assuntos, obviamente,

é a repetição.
A repetição de alguma tarefa transforma esta em um
hábito. Quando existe o hábito as informações necessárias
para realiza-lo são resgatadas automaticamente em
nosso cérebro. Por exemplo: quando aprendemos algo
novo, como tocar violão, precisamos lembrar-nos das
notas, da forma como ficam os dedos nas cordas, de as-
sociar o nome da nota com a posição dos dedos, de quantas
cordas devemos bater para o som sair corretamente.
Tocamos o violão lentamente para lembrar-se de cada
passo. No entanto, com a prática não precisamos mais
lembrar como é cada etapa, apenas tocamos o violão no
automático, não pensamos em cada passo (“vou colocar
o dó, agora o ré, agora o lá...”).
O mesmo vale para aprender a dirigir, por exemplo, no
começo são várias informações: marcha, volante, freio,
embreagem, acelerador, seta...com a repetição isso fica
tão automático que não precisamos mais lembrar em
qual momento devemos fazer cada passo. É o típico caso
da competência inconsciente já citado.
Para gravar um assunto de um concurso público é a
mesma coisa.
Quando você repete a resolução de exercícios de deter-
minado assunto com muitas operações e fórmulas, por
exemplo, você passa a resolvê-las no automático, não

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precisa parar para pensar “agora vou usar a fórmula X...

agora a Y...”.
Embora seja óbvio que a repetição é crucial para a mem-
orização, muito concurseiro estuda para concursos di-
vidindo o período de estudo de tal forma que cada assunto
só será visto uma vez.
Esse é o maior erro que você pode cometer. A repetição
leva à proficiência.
Faça o seu cronograma de estudos de forma que os as-
suntos vistos sejam revisados várias vezes. Além do
mais, a repetição distribuída é muito mais eficiente
que a repetição exaustiva uma única vez. Está é uma
dica muito importante que é apoiada por diversos espe-
cialistas da área.
Estudos apontam que o nosso esquecimento ocorre de
forma exponencial nas primeiras horas e dias após o re-
cebimento de uma informação, tendo uma queda mais
lenta e gradual após a primeira semana. Esse compor-
tamento da nossa memória pode ser facilmente ilustrado
através da famosa Curva do Esquecimento, como você
pode ver abaixo:

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O dia 1 (eixo horizontal) representa o dia do recebimento

da informação. Logo, se você entendeu devidamente, seu
conhecimento para esse assunto é de 100%, que está rep-
resentado no eixo vertical do gráfico. Perceba como ainda
antes de terminar o primeiro dia há uma queda acentuada
no seu conhecimento para o conteúdo recebido.
Isso nos dá a clara indicação de que é necessário realizar a
primeira revisão de um assunto aprendido já no primeiro
dia, esta é a revisão mais importante, caso contrário
você irá esquecer boa parte do que aprendeu. Claro que
se você aprendeu determinado assunto próximo da hora
de dormir você pode deixar a primeira revisão para o dia
seguinte, mas evite passar de 24 horas.
Quando a revisão é feita você puxa seu conhecimento
novamente para cima, como pode ser visto no gráfico
retirado do site www.supermemoria.com.br, do Alberto
Dell’Isola:

A linha em laranja representa as revisões, que faz com que

você recupere a maior parte do conhecimento adquirido
previamente. O intervalo de tempo presente acima de
cada revisão indica a duração que deve durar cada uma
delas para cada hora de estudo (a primeira deve durar 10
minutos, a segunda 5 minutos etc). Esse número é um
tanto quanto relativo, tudo vai depender do tamanho, da

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densidade e do seu conhecimento prévio/facilidade com

o assunto. O certo é que uma revisão deve, obrigatori-
amente, durar menos tempo que o que você levou para
aprender. Por isso, quanto melhor for seu aprendizado e
suas sínteses, que você aprenderá como fazer em breve,
menos irão durar suas revisões e mais conteúdo você vai
conseguir rever.
Talvez você esteja se perguntando se deve revisar um
assunto todos os dias, já que horas depois de vê-lo você
vai esquecer boa parte dele. A resposta é não. O gráfico
acima, por exemplo, sugere que a primeira revisão seja
feita no dia seguinte ao do recebimento da informação,
a segunda uma semana depois e posteriormente a cada
30 dias. Isso acontece porque ao decorrer das revisões
seu esquecimento vai diminuindo gradualmente, como o
próprio gráfico demonstra.
Por isso, ao invés de ficar uma semana seguida revendo
algum assunto várias vezes, distribua esses 7 dias ao
longo do prazo do seu projeto para que reveja em períodos
mais espaçados, garantindo assim que as informações
sejam mais facilmente resgatadas de sua memória. Dessa
forma o cérebro começa a entender que você precisa da
informação que esta sendo revisada por mais tempo, já
que você está sempre a revendo periodicamente. Dif-
erente do caso das revisões concentradas, quando seu
cérebro vai interpretar que você necessita pontualmente
da informação.
Algumas pessoas não gostam de repetir, acham ente-
diante ou que já sabem o assunto. No entanto, quando
se conhece seus benefícios e sabe-se que essa prática o

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ajudará a realizar o seu propósito ganhamos motivação

para colocar a repetição em prática. Tenha muito cuidado
com aquela frase que costumamos falar para nós mesmo
“Ah...eu já sei esse assunto, não preciso revisar!”.
Tenha em mente que a cada nova revisão que você realiza
menos tempo você levará para concluí-la. Com o decorrer
das repetições um assunto ao ser revisado surgirá em
sua mente quase que automaticamente só de olhar para
o material (livro grifado, resumo, mapas mentais,...).
Certamente, leve em consideração em que grupo cada
assunto está em sua lista de assuntos a serem estudados.
Os assuntos com mais frequência em provas e número
de questões devem ser revistos mais vezes que os as-
suntos esporádicos. Da mesma forma que os assuntos
que estão sob seu completo domínio devem ser revistos
menos vezes que os assuntos que você sente mais difi-
culdade. Contudo, ainda assim, eles devem ser revisados.
É comum para os concurseiros iniciantes sentir certo
desespero ao levantar a lista de assuntos a serem es-
tudados, por achar que é muito conteúdo e que não dará
conta de memorizar tudo. Eu também passei por isso.
A repetição distribuída ao longo do prazo do seu projeto
vai resolver esse problema. Você vai se surpreender com
a quantidade de informações que vai conseguir gravar.
Faça e comprove.

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Flash Cards

Uma boa forma de aproveitar um tempo que geralmente

é desperdiçado e aplicar a repetição é fazer uso dos flash
cards.
Esta ferramenta consiste em utilizar pequenos pedaços
de papel, cartolina ou outro material, com um tamanho
que caiba em seu bolso da calça ou camisa, preenchidos
com duas informações: de um lado uma pergunta e do
outro a reposta. Simples assim.
Você pode fabricar os seus flash cards ou comprar em
uma papelaria. Materiais mais rígidos são melhores, pois
amassam menos com o tempo.
Outra opção é utilizar um aplicativo chamado Anki, que
segue exatamente o mesmo princípio dos flash cards.
Coloque qualquer tipo de pergunta. Pode ser uma fórmula,
um conceito, um dado ou qualquer informação que julgue
importante para seu concurso. Contudo, é importante que
a pergunta não exija uma resposta muito grande, nada
de complicar demais. O objetivo é que você consiga re-
sponder vários cartões em um curto período.
Separe 7 caixinhas ou apostilas com etiquetas que repre-
sentam os dias da semana e distribua nelas os pedaços
de papel com perguntas e respostas. Sendo assim, na se-
gunda-feira, por exemplo, pegue os papéis que estão na
caixa/apostila referente àquele dia.
Coloque flash cards de diferentes disciplinas no mesmo

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dia, de forma que durante a semana você reveja rapid-

amente vários assuntos todos os dias. Isso vai te ajudar
bastante a reduzir o esquecimento que você aprendeu no
tópico anterior quando falamos sobre a Curva do Esquec-
imento.
Quando estiver esperando algum elevador, estiver no
ônibus, no metrô, aguardando alguém, esperando o
almoço ou qualquer outra atividade que não ocupe o seu
tempo produtivamente retire os papéis do bolso e tente
responder as questões sem ver as respostas, depois
confira e veja como se saiu. Repita essa tarefa algumas
vezes no dia. Antes de dormir, coloque os papéis no-
vamente na caixa/apostila referente ao dia atual.
No início, é provável que tenha poucos flash cards para
utilizar, então comece com uma caixa/apostila que será
utilizada todos os dias e vá aumentando gradativamente,
até chegar aos sete dias da semana. Não crie mais caixas/
apostilas, pois o ideal é que todos os flash cards sejam re-
vistos no menor tempo possível.
Como dito, ao decorrer do estudo acrescente novos flash
cards às apostilas e não tire os antigos, para que possa
continuar revisando. Quanto mais você visualizar um flash
card mais automático será o resgate da informação. Por
isso, mantenha os flash cards mais antigos, eles não vão
tomar muito do seu tempo.
Agora, caso você tenha percebido que realmente já tenha
memorizado completamente as respostas de alguns
cartões, conseguindo falar, inclusive, de trás para frente
ou até mesmo por mimica (ok, só uma brincadeira), crie
uma caixa/apostila de revisão mensal. Todo dia primeiro

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você utilizará os cartões dessa caixa e da caixa do dia

respectivo (segunda, terça ou qualquer outro). Se você
perceber que esqueceu a resposta de algum flash card que
está sendo revisto mensalmente recoloque-o em alguma
caixa/apostila de algum dia da semana.
Esta é uma ferramenta muito poderosa, pouco utilizada e
que te fará memorizar “toneladas” de informações de di-
versos assuntos do seu concurso e que te tornará muito
mais produtivo. Você tem a obrigação de tirar proveito
dela.
Utilizando-a, até aguardar para ser atendido na fila de
espera do seu oftalmologista poderá ser algo proveitoso
(e eu e você sabemos como isso pode demorar).

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Como revisar para resgatar

Através da revisão de uma parte é possível lembrar-se do

todo.
Revendo mapas mentais, resumos, palavras-chave
grifadas ou gravações em áudio, conseguimos resgatar
tudo que lemos. No entanto, é necessário, primeiramente,
que de fato tenha entendido o assunto.
Não adianta fazer sua síntese se você ainda não entendeu
o conteúdo visto. Caso contrário você estará apenas dec-
orando, o que torna o processo de memorização mais
difícil. O processo correto é:

Entender Memorizar

Outro ponto muito interessante sobre como revisar, que
é abordado no livro do Felipe Lima e do William Douglas,
é sobre as fases que uma informação passa em nossa
memorização. Fazendo uma analogia ao planeta Terra,
imagine que nossa memória é algo concreto que possui
três camadas: crosta, manto e núcleo. Uma informação
recém-recebida permanece por um tempo na camada
mais superficial, a crosta, com o passar do tempo (sem
revisão) o conhecimento vai se aprofundando, passando
pelo manto e chegando, por fim, ao núcleo.
As informações que estão no “núcleo” de nossa memória,
evidentemente, são mais difíceis de serem pescadas,

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porém quando fazemos uma revisão puxamos essa in-

formação de volta para a camada mais superficial e fácil
de lembrar. É basicamente o que vimos na Curva do Es-
quecimento.
Dito isto, vem uma das dicas mais importantes dada no
livro e que já é utilizada conscientemente ou não por con-
curseiros de sucesso: após aprender um assunto, seja
estudando em casa, no cursinho ou em grupo, quando for
revisar comece pela resolução de exercícios, só depois
releia suas anotações (seja um resumo, palavras grifadas,
mapas mentais, gravações em áudio,...).

Aprender Exercício Síntese

Felipe e William sugerem isso porque ao iniciar por um

exercício você está estimulando e treinando sua mente
a resgatar as informações mais profundas, ao invés de
lembrar apenas aquelas informações que estão na camada
mais superficial. Essa postura evita que esqueça na hora
da prova de algum conhecimento já adquirido, mas que
não tenha sido revisto recentemente (o citado “branco”).
Além disso, o simples fato de resolver exercícios antes de
revisar o teórico o ajuda a avaliar seu nível atual de con-
hecimento.
Você deve lembrar que no tópico “Utilizar a repetição”
falamos que a primeira revisão deve durar aproximad-
amente 10 minutos para cada hora estudada e também
que esse tempo é reduzido ao decorrer das revisões. Ev-
identemente, esse é o tempo que deve ser gasto para

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rever suas sínteses, a depender da matéria estudada a

resolução de um exercício pode levar bem mais tempo
que isso.
Se você estudou uma matéria densa em exercícios
práticos (comum na maioria das engenharias) e resolveu
muitos deles durante seu estudo você até pode dispensar
a resolução de exercícios na primeira revisão se o tempo
estiver curto, mas a mantenha nas revisões posteriores.
É normal que algumas pessoas não utilizem essa se-
quência por medo de não ter um bom desempenho nos
exercícios ou se autossabotam dando uma espiadinha no
material de estudo. Isso é uma grande besteira.
Como eu recomendei no tópico “Assuntos a Serem Es-
tudados”, não se preocupe com seu desempenho nesse
momento. Muito mais importante é se avaliar e estar
preparado na hora da prova. Lembre-se que no dia D você
não vai poder pegar suas anotações antes de resolver
o exame. Inclusive, quando você cria esse costume de
sempre verificar seu material para responder questões
você sentirá uma sensação péssima quando não puder
fazê-lo (que é o caso de uma prova) e ainda vai prejudicar
sua capacidade de memorização.
Habitue-se ao ato de resolver questões sem consultas.
Realizar exercícios antes de rever as sínteses vai apontar
onde você está errando mais, quais assuntos não foram
bem fixados ou entendidos. Você vai enxergar seus erros
para aprender com eles.
A resolução de exercícios é a tarefa mais importante na
preparação de um candidato para um concurso público.

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É possível, inclusive, ser aprovado apenas resolvendo

questões e conferindo o gabarito. Sendo assim, além de
responder a exercícios antes de ler sua síntese quando for
revisar, o faça em grande número.
Está é uma dica de ouro que sem dúvidas deve ser utilizada.

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Utilizar seus sentidos

Outra maneira de ter uma excelente fixação é procurar

utilizar seus sentidos quando receber uma informação.
Seja a visão, audição, olfato, tato ou até mesmo o paladar;
todos eles contribuem para a memorização. O uso de
uma combinação desses sentidos para uma mesma in-
formação vai potencializar incrivelmente suas chances de
fixa-la e resgata-la.
Explore os seus sentidos ao máximo quando estudar.
Além de apenas ler, preste atenção nas palavras, nos
números, nos gráficos, nas imagens, na posição que
uma fórmula está na página, fale em voz alta para que
possa ouvir também, visualize mentalmente situações
sobre a qual você está lendo (se está estudando sobre
tipos de corrosão, por exemplo, imagine o que está sendo
descrito, a deterioração do metal), procure também por
fotos, utilize o destaque de informação com cores (mar-
ca-texto, resumo com cores diferentes) para estimular a
visão. Formar imagens do que está sendo lido é essencial
para uma boa fixação, é mais muito fácil memorizar uma
imagem do que uma palavra.
Quanto mais campos sensoriais você utilizar mais gatilhos
terá para recuperar uma informação que está em sua
mente, caso um deles falhe.
O uso dessa ferramenta resultará em uma melhora sig-
nificativa em sua capacidade de memorização. Muitas
questões que eu acertei nas provas que fiz eu não só me
lembrava da informação, mas também onde eu a vi e, em
alguns casos, até em qual posição da página estava, a cor
ou a figura que me mostrava tal informação.

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Criar Mnemônicos

A mnemônica é uma ferramenta para auxiliar na memo-

rização, principalmente para fórmulas ou listas. Consiste
em atribuir um significado diferente do que o item
realmente tem para facilitar nossa fixação. Pode ser
através de uma história, de uma sequência de palavras
ou qualquer outra ferramenta que cumpra seu objetivo
(utilizar os punhos para memorizar os meses do ano com
30 ou 31 dias, por exemplo, também é um mnemônico).
Separei alguns exemplos de uso de mnemônicos em
fórmulas:
- Velocidade de um corpo em M.R.U.V.: V = V0 + A.T – Vou
Voar + AlTo
- Distância M.R.U.: D = V.T – Deus Vê Tudo
- Vazão: Q = V.A – Que Velha Azarada

Utilizei fórmulas genéricas, use sua criatividade para criar

mnemônicos para fórmulas utilizadas em sua engenharia.
Criei alguns mnemônicos para fórmulas utilizadas em
concursos para engenheiro de produção para servir como
exemplo:
- Confiabilidade de um sistema ou componente: Rs = 1 –
Qs – Rápido senhor 1 Queijo suiço
- Função custo: F(x) = CF + CV – Fora Cachorro fedorendo
e Cadela vira-lata

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- Ponto de equilíbrio de uma empresa: PE = CF/IMC – Para

Emagrecer Coma folha 1 Mês Corrido

Não há muito segredo no uso dessa ferramenta. Você deve

usar sua criatividade. Crie sempre palavras que existam e
sequências que façam sentido. Um mnemônico “domingo
flor cabelo janela”, por exemplo, não vai ter ajudar em nada,
pois não tem nenhum nexo. Você apenas terá novas pa-
lavras para decorar (a não ser que você utilize uma técnica
avançada que será ensinada mais adiante).
Ao criar as mnemônicas explore seus sentidos, assim como
você aprendeu no tópico anterior. Imagine o cachorro fe-
dorento que citei na mnemônica do exemplo, pense que
consegue sentir seu cheiro. Se for possível utilizar o nome
de alguém muito próximo em uma fórmula, também é
válido, esta é uma técnica de memorização por asso-
ciação. Isso com certeza ajuda a resgatar a informação
quando precisar.
Uma dica óbvia, mas que vale citar, é que você não deve
gastar tempo demais tentando criar mnemônicos para
tudo. Se perceber que não está conseguindo desista, há
outras formas de não esquecer uma fórmula. Você não
vai querer gastar mais tempo criando uma ferramenta
que te trará como benefício menos tempo do que você
levou para cria-la. Outro ponto é que você não precisar
criar mnemônicos para fórmulas que você já sabe ou que
soam muito lógicas para você, como pode ser o caso da
fórmula da função custo para engenheiros de produção.

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Elementos influenciadores da memória

Além de exercitar nossa memória com as ferramentas já

ensinadas, é necessário que cuidemos de outros fatores
que podem potencializar ou prejudicar nossa capacidade
de fixação. São fatores que não estão relacionados com o
estudo em si, mas com o nosso corpo e mente.
Assim como já foi citado em um tópico anterior desse livro,
a qualidade do nosso sono é um dos principais cuidados
que devemos ter para garantir uma boa capacidade de
memorização, além de outras capacidades cognitivas.
Isso vai contra o pensamento de boa parte dos concur-
seiros, que acredita que para passar em um concurso é
necessário sacrificar noites de sono para estudar mais
(chegando a dormir 5 horas por noite).
Além do sono, praticar atividades físicas e se alimentar
bem também são ações essenciais para nossa mente, e
isso não é brincadeira. Estudar menos para cuidar desses
três pontos é essencial para uma boa preparação de
qualquer candidato. Os resultados positivos são cientifi-
camente comprovados.
Você pode não perceber, porém aqueles dias que você
sente uma indisposição imensa para estudar, não está
absorvendo nada que lê ou se sente cansado, pode ter
relação direta com os três cuidados acima.
Sabemos o quão é importante que estejamos sempre

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dispostos para ter uma melhor produtividade, tanto para

aprender quanto para memorizar.
Vamos entender um pouco mais sobre esses cuidados
que devemos ter e sua influência na nossa capacidade de
memorizar.

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Qualidade do sono

Diversos estudos já apontaram que é quando dormimos

que armazenamos as milhares de informações que as-
similamos durante o dia.
Uma pesquisa realizada na universidade de Lubeck, coor-
denada pelo alemão Jan Born, registrou durante um ano
a atividade cerebral de sessenta pessoas enquanto estas
dormiam, com o intuito de decifrar como ocorre o processo
de armazenamento de informação durante o sono.
Em resumo, com o auxílio de aparelhos de ressonância
magnética os pesquisadores conseguiram detectar com
precisão o exato processo de assimilação das infor-
mações aprendidas durante o dia. É durante o sono que a
informação que está em nossa cabeça temporariamente
se torna uma memória duradoura, ficando claro, daí, a im-
portância de uma noite bem dormida.
Outro estudo realizado em Havard fez testes com vol-
untários que foram submetidos a lições durante seis
meses. Como resultado dos estudos, os pesquisadores
perceberam que aqueles que tiveram oito horas seguidas
de sono tiveram 44% a mais de lições aprendidas com
relação aos voluntários que tiveram as horas de sono
mais limitadas. Que diferença!
Há vários outros estudos que poderiam ser citados aqui,
mas esse não é o escopo deste livro, o ponto é que você
entenda a mensagem que dormir bem é muito importante
para gravar em sua mente as informações aprendidas
durante o dia.

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Por isso, acabe com aquele costume de dormir quase

nada porque está se preparando para um concurso, você
vai dar um passo para trás (e não vai dar nenhum para
frente depois). Não fique abalado se seu colega te fala que
está dormindo só 5 horas por dia para estudar mais, ele
só está se prejudicando (eu também já te falei para não
ligar muito para a concorrência, se concentre em você).
É nesse momento que os arquivos que estavam car-
regados na sua memória de curto prazo migram para a
memória de médio e longo prazo.
O melhor repouso é aquele que acontece quando você
acorda sozinho, sem a necessidade de um despertador.
Você sente que recuperou suas energias e se sente apto
para começar o dia.
Contudo, se você costuma dormir 10h diariamente, isso
pode representar uma perda significativa de horas de
estudo. Então tenha em mente que dormir entre 7 e 8
horas por dia já é um ótimo número.
Se você dorme apenas 6 horas, mas sente que teve uma
ótima noite de sono e que não acordou cansado, tudo
bem, não precisa voltar a dormir só para cumprir as 7-8
horas de sono. O importante é dormir bem.
Uma dica para dormir o tempo ideal que aprendi no curso
de produtividade do Seiiti Arata é colocar não só um alarme
para acordar (se tem compromisso no dia seguinte, como
curso, trabalho...), mas também para dormir.
Na maioria das vezes dormimos pouco porque não res-
peitamos a hora de dormir. Seja porque estamos estudando
além da hora ou porque estamos fazendo atividades im-

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produtivas. Colocando um alarme para despertar cerca de

15 minutos antes de dormir você terá tempo para finalizar
sua atividades e se preparar para deitar.
Se você não tem nenhum compromisso no outro dia,
melhor. Durma no momento que estiver sentindo que
não está rendendo mais, enquanto estiver em estado de
fluxo continue estudando e não ligue para aquele ditado
que devemos só devemos dormir pela noite.
Para te ajudar nessa hora, existem alguns cuidados que
você deve ter antes de dormir para garantir uma boa noite
de sono:
#1 Não comer comidas pesadas e estimulantes (en-
ergético, por exemplo);
#2 Fazer um pequeno alongamento (muito eficiente);
#3 Não assistir TV (se já tem esse costume, não assistir
nada agitado demais);
#4 Garantir um ambiente silencioso e sem iluminação;
#5 Concentrar-se na respiração para relaxar, respirar cal-
mamente;
#6 Esvaziar a mente, pensar em ambientes tranquilos,
como uma praia paradisíaca com uma boa brisa (esqueça
seu concurso);
#7 Praticar exercícios físicos durante o dia.

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Não cuidar da sua noite de sono é o mesmo que jogar fora

todo conhecimento aprendido que você adquiriu durante
o dia (ou a maior parte dele). Tenho certeza que, como
concurseiro inteligente que é, você não quer que isso
aconteça.

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Atividades Físicas

A atividade física aeróbica, além de prevenir problemas

cardiovasculares (responsável por perdas cognitivas),
libera substâncias benéficas ao cérebro.
Problemas cardiovasculares podem causar lesões cer-
ebrais por falta de circulação, principalmente em áreas
que influenciam na memória, como o hipocampo e o
córtex frontal.
Uma pesquisa realizada no Brasil fez um teste com 50
voluntários onde estes eram submetidos a exercícios
físicos três vezes por semana.
Como resultado, todos apresentaram, dentre outros
benefícios, uma melhora na capacidade de memorização.
A responsável pela pesquisa, Hanna Karen Antunes,
explica que a atividade física reduz a viscosidade do
sangue, acarretando em um aumento do fluxo sanguíneo
cerebral, melhorando as capacidades cognitivas.
Além de aumentar a oxigenação cerebral, as atividades
físicas (principalmente as aeróbicas) aumentam consid-
eravelmente a produção da proteína BDNF (Brain Derived
Neurotrophic Factor), que é uma proteína fabricada pelos
neurônios e que os mantém saudáveis. A BDNF auxilia
na transmissão de informações entre os neurônios e na
criação de novas células cerebrais, preservando assim
nossas funções essenciais como o aprendizado e a re-
tenção.
Outro ponto positivo da prática de exercícios físicos é que

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estes melhoram a qualidade do sono e nós já aprendemos

no tópico anterior que dormir bem é crucial para uma boa
memorização.
Os motivos citados acima justificam a importância de se
manter o hábito de fazer atividades físicas mesmo en-
quanto estuda para um concurso público.
Não pense que se você fizer academia ou correr três vezes
por semana, vai colocar a vaidade acima da sua aprovação.
Você estará, na verdade, trabalhando em prol de sua meta,
melhorando sua capacidade de memorização e te dando
mais aptidão para continuar estudando.
O sedentarismo potencializa a preguiça e aumenta nossa
carga de pensamentos negativos.
Embora você consiga estudar por mais tempo se dormir
menos e não praticar atividades físicas, seu aproveit-
amento vai ser muito menor. Além disso, este é um efeito
progressivo, ou seja, quanto menor os cuidados com o
sono e o seu corpo ao decorrer dos dias, menos ainda
você vai render nos estudos.
Quando comecei a estudar para meu concurso-sonho
continuei fazendo academia e aulas de muay thai nor-
malmente. Faltando um pouco menos de 1 mês para a
prova passei a fazer apenas o muay thai (reduzi, porém
continuei com minhas atividades físicas). Somente
faltando duas semanas para a prova parei com todas as
atividades para intensificar os estudos na reta final.
Algumas vezes meu pai até me questionou se eu não
deveria abdicar dessas atividades para me dedicar ainda
mais ao concurso.

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“Depois que você for aprovado vai ter mais tempo para fazer
o que quiser” – ele costumava dizer.

Isso, inclusive, me fez questionar por alguns momentos

se eu realmente não estava colocando minha vaidade
acima do meu objetivo. Se eu estava desperdiçando meu
tempo com algo que poderia fazer após minha aprovação.
Ora, se eu tivesse feito isso estaria, na realidade, prej-
udicando a minha preparação. Com certeza meu de-
sempenho nos estudos seria muito pior.
Lição aprendida.

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Alimentação

Assim como uma má alimentação prejudica nossa pro-

dutividade ela também pode afetar nossa capacidade de
memorização
Não vou me aprofundar em explicar como cada alimento
age para melhorar nossa capacidade cognitiva. O im-
portante é saber que devemos nos alimentar bem e que
determinados alimentos ajudam na nossa preparação.
Alimentos com vitamina B, ômega 3 ou colina são muito
bem vindos em nossa dieta, principalmente para quem
está se preparando para um concurso público.
Uma boa ideia é procurar um nutricionista que possa te
auxiliar quanto a isso. De qualquer forma, listo a seguir
alguns alimentos que nos ajudam a ter uma melhor ca-
pacidade de memorização: ovo, salmão, quinoa, morango,
carne de fígado, alface e maçã.
Incluir esses alimentos na sua rotina de alimentação com
certeza irá te auxiliar na absorção dos conteúdos que vem
estudando.
Algumas pessoas dizem que não se pode comer ovos mais
de duas vezes por semana. No entanto, essa não é uma
afirmação verdadeira. Eu, por exemplo, como ovo cozido
uma vez por dia a um bom tempo, e por recomendação do
meu nutricionista.
O ovo é um dos alimentos mais importantes para
melhorar nossas capacidades cognitivas, principalmente

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a memória. Além disso, é um alimento barato. O simples

fato de consumi-lo, por incrível que pareça, vai ajudar na
sua preparação.

É preciso quebrar aquele paradigma que quem quer passar

em concurso tem que se matar de estudar a ponto de não
poder ter uma boa noite de sono, praticar exercícios físicos
regularmente e ter uma boa alimentação.
Esse talvez seja o perfil de quem não passa em concursos
públicos. Aquela pessoa que você conhece que só fala com
você para se queixar do quanto está se sacrificando, que a
maratona é muito cansativa, que dá vontade de desistir, e
só te traz energia negativa.
Como eu já escrevi, com a mente bem preparada nada vai
parecer um sacrifício e você vai perceber o valor que tem
cuidar do seu corpo durante sua preparação. Vai se sentir
confiante e não vai pensar que isso vai te prejudicar em
sua preparação.
É assim que você deve pensar. Ao dormir 8 horas por dia
ou interromper os estudos por 1 hora para se exercitar
você vai estar se ajudando.
Tem de haver tempo para tudo, inclusive para cuidar do
seu corpo para que ele melhore a sua mente.

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Quebre o padrão e transforme

os números

As técnicas que serão tratadas adiante são avançadas.

São técnicas para quem não está de brincadeira, para
quem quer expandir a capacidade memorização para
patamares inimagináveis. No entanto, elas demandarão
um pouco mais de tempo da sua parte. Por isso, você não
tem a obrigação de utiliza-las. Contudo, se domina-las e
aplica-las você terá grandes benefícios em sua capacidade
de memorização.
Uma maneira muito interessante e eficiente para mem-
orizar qualquer lista é quebrar o padrão do que é lógico
em nossa mente gerando conexões malucas entre as in-
formações a serem memorizadas.
“Mas como faço isso?”

Vamos fazer um exercício para ficar mais fácil.

Imagine que é necessário que você memorize os seguintes
itens: chão, nuvem, amigos, mar, céu, estrela, montanha,
piscina, cerveja, shopping, olho, cão, taça, tonel, tela, rena,
laço, tacha, terra e tartaruga.
São 20 itens completamente aleatórios que você precisa
memorizar. Parece um tanto quanto improvável que você
consiga reproduzir essa sequência na ordem em qualquer
dia. A não ser que repita esses itens cerca de 30 vezes
diariamente, não é?

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Na verdade não, fazendo conexões em pares esquisitos

e seguindo uma sequência você não levará, inicialmente,
mais do que 10 minutos para fixa-las em sua memória.
Vamos à resolução:
· Chão-Nuvem: imagine que na verdade andamos sobre
nuvens, que nossos pés afundam um pouco e temos
dificuldade em andar. Veja como estanho seria se es-
tivéssemos em pé sobre nuvens;
· Nuvem-Amigos: imagine que somos todos nuvens am-
bulantes, se imagine passeando com seus amigos em
um parque e todos vocês são nuvens branquinhas e es-
quisitas, com braços e pernas;
· Amigos-Mar: pense que seus amigos choveram e viraram
um mar, quando você vai nadar nele consegue conversar
com seus amigos;
· Mar-Céu: já pensou se o mar ficasse no céu? Se imagine
tendo que pegar um helicóptero para chegar ao mar, que
fica no céu. Lá do céu você tem que nadar constantemente
para cima para não cair. Visualize você olhando para cima
e vendo o mar, pessoas nadando e peixes passando;
· Céu-Estrela: conexão fácil, já que são elementos ligados
um ao outro. Lembre-se apenas que ao olhar para o céu à
noite você vê estrelas;
· Estrala-Montanha: como seria se a forma das montanhas
como estamos acostumado a ver fossem em formato de
estrela ( ). Um tanto esquisito, não? Imagine alpinistas
escalando estrelas gigantes cravadas no chão;
· Montanha-Piscina: imagine se só existissem piscinas

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em cima de montanhas, ou que os vulcões, na verdade,

tivessem piscinas gigantes no meio delas. Pense em você
e sua família com boia e protetor solar escalando mon-
tanhas para tomar um belo banho de piscina;
· Piscina-Cerveja: e se toda essa piscina virasse cerveja?
Tenho certeza que muita gente iria gostar. Visualize você
nadando e bebendo ao mesmo tempo, ou apenas com
uma caneca na mão e enchendo de cerveja na própria
piscina que estava nadando. Assim ficaria difícil estudar
para seu concurso;
· Cerveja-Shopping: você está na cerveja e decidiu ir para o
shopping, mas para isso você tem que nadar até o fundo.
Os shoppings ficam lá embaixo e agora você pode respirar
cerveja tranquilamente;
· Shopping-Olho: imagine um shopping em formato de
olho gigante que pisca e tudo mais. Você tem que tomar
cuidado para não entrar no momento que a pálpebras
estão sendo fechadas ou então será decepado ao meio;
· Olho-Cão: pense em um cão que não tem cabeça, mas
um olho gigante depois do pescoço. Imagine ele correndo
por aí e se alimentando pela pupila. É uma imagem muito
estranha;
· Cão-Taça: imagine seu cão bebendo um belo vinho em
uma taça gigante. Consegue imaginar ele segurando-a
com sua pata e lambendo o vinho? Enriqueça de detalhes
para ficar mais fácil;
· Taça-Tonel: o cão bebeu todo o vinho, então para encher
a taça gigante é necessário um tonel gigante. São itens
correlatos, mais fácil ainda de memorizar;

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· Tonel-Tela: você tem uma tela na parede da sua sala

com a imagem de tonéis falantes. Sempre que uma visita
passa pela tela os tonéis falam bom dia, boa tarde ou boa
noite;
· Tela-Rena: consegue imaginar as renas do papai noel
fabricando várias telas com pinturas para dar de presente
no natal? Aliás, são elas que fabricam as telas com tonéis
falantes. Algumas renas estão um pouco cansadas e en-
raivadas, pois o papai Noel é um pouco explorador;
· Rena-Laço: você ganhou uma rena voadora com um laço
vermelho e mágico enrolado. Quando estiver voando você
se segura pelo laço para não cair das alturas e para guiar
sua rena;
· Laço-Tacha: sabe o que faz a sua rena voar, na verdade?
São várias tachas que estão presas ao laço na parte ab-
dominal. Quando você puxa o laço sua rena sente dor e
começa a voar, às vezes até sangra;
· Tacha-Terra: não existe mais gravidade na Terra, agora
tudo tem que ser preso ao chão com tachas gigantes
para não sair voando por aí, seus sapatos teriam várias
tachinhas embaixo para não desgrudar da terra enquanto
caminha;
· Terra-Tartaruga: basta lembrar-se daquela teoria maluca
que a Terra fica apoiada no casco de uma tartaruga gigante
que vaga pelo universo. Pense como isso seria estranho.
Imagine que no Polo Sul é possível ver o casco da tar-
taruga gigante.

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Eu não tenho dúvida que imaginando essas situações que

descrevi você memorizará rapidamente essa sequência,
e na ordem. Basta repetir algumas poucas vezes em in-
tervalos cada vez maiores.
Use a sua imaginação e criatividade para criar as suas sit-
uações inusitadas. Imagine com detalhes, além de visu-
alizar, pense no som, no cheiro, nas expressões faciais,
explore os seus sentidos.
Os detalhes são muito importantes para que funcione.
Não é difícil. Faça o teste e veja que ele realmente funciona.
Pensamentos com humor, exagero, nojo, cores, erotismo
e associação a algo do seu cotidiano ajudam na memo-
rização.
Utilizei uma sequência de apenas 20 itens, contudo,
após fazer esse teste, você vai perceber que é capaz de
memorizar uma sequência bem maior que essa. Não é
necessário inventar uma historinha que relacione todos
os itens da lista. Basta relacionar de dois em dois.
Quebrar o padrão fará com que memorize com muito
mais facilidade.
“Ok, Marcel, mas para que eu quero saber como memorizar
essas listas totalmente aleatórias? Esqueceu que o que eu
quero é passar em um concurso de engenharia?!”

Acabei de ler seu pensamento?

Acontece que você nem imagina que dentro dessa lista
tem informações que, a depender da sua formação,
podem te ajudar em seu concurso público.

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Vamos seguindo que você entenderá. Porém, antes de

seguir adiante, peço que você realmente faça o exercício
acima e memorize a sequência, pode até imaginar sit-
uações diferentes das que utilizei.
A dúvida agora é: como aplicar esse método com números?
Números são difíceis de memorizar porque não geram
imagens em nossa mente, são apenas números, símbolos,
difíceis de associar. Então, um método para memoriza-los
é transformar o número em algo que possamos imaginar.
A ideia é substituir os números de 0 a 9 por consoantes,
de forma que podemos formar palavras com a com-
binação de números, as vogais ficam por nossa conta.
Um bom local para aprender essa ferramenta é o ótimo
site que fala sobre a potencialização da mente do Alberto
Dell’Isola, blog este que, inclusive, me ajudou a coletar
algumas ideias e adapta-las ao estudo para concursos de
engenharia.
Leia a parte 1 e 2 para aprender o método. Inicialmente
pode parecer bastante complicado, mas garanto que
funciona e com algumas repetições se tornará automático
(lembra-se que a repetição é excelente para a memória?).
Leia de verdade, com calma, e entenda o método antes de
seguir adiante.
Feito isso, você ainda deve estar se perguntando sobre
a utilidade desse método ao estudar para seu concur-
so-sonho (ou talvez já tenha sacado). Aí que a mágica é
feita.
Ora, precisamos memorizar vários números. Trans-

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formando estes números em palavras podemos utilizar

o método de quebrar o padrão para memoriza-los. Segue
um exemplo abaixo para entender como podemos aplicar
esse método. Utilizei um assunto que corriqueiramente
é encontrado em provas de concurso de engenharia civil.
De acordo com a NBR 6118, nas lajes maciças de concreto
armado devem ser respeitados alguns limites mínimos de
espessura. São esses limites:
laje de cobertura não em balanço: 5cm;
laje de piso ou de cobertura em balanço: 7cm;
laje que suportem veículos de peso total menor ou igual
a 30kN: 10cm;
laje que suportem veículos de peso total maior que 30kN:
12cm;
laje com protensão apoiada em vigas: 15cm;
laje biapoiada com protensão: l/42
laje de piso contínua com protensão: l/50
laje lisa: 16cm;
laje cogumelo: 14cm;
(l = comprimento do vão da laje).

Sabendo disso, vamos transformar os números em pa-

lavras na ordem como está na lista acima. Através do que
vimos no site do Alberto chegamos às seguintes palavras:
olho, cão, taça, tonel, tela, rena, laço, tacha e terra.

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Essas palavras soam familiar para você? Se seguiu os

passos do livro perceberá que essas palavras são apenas
uma parte da lista que já memorizou no exercício anterior.
Você gravou uma lista de 20 itens, no entanto essa lista
tem apenas 9. É ainda mais fácil.
Utilize a repetição ou associação para lembrar a que cada
palavra se refere e que em laje biapoiada com protensão e
laje de piso contínua com protensão há um comprimento
(l) que está sendo dividido pela palavra formada. Além
disso, há uma lógica no valor crescente das espessuras.
Para um engenheiro civil (talvez até para outras engen-
harias) é fácil perceber que uma laje de cobertura que
não está em balanço exige uma espessura de concreto
armado menor que uma laje protendida apoiada em vigas
(considerando-se a mesma densidade de armação).
Aplique essa técnica para todo número que precisar mem-
orizar.
Você pode anotar em folhas diferentes várias listas que
criar a partir desse método e descrever em um cabeçalho
a que a lista se refere. Comece revendo as listas uma vez
por dia e depois diminua a frequência gradativamente,
assim como ensinei no tópico do flash cards.
Mesmo que você possua várias listas, revê-las não te
ocupará mais de 15 minutos, nesse curto tempo você re-
visará bastante conteúdo.
Classifiquei esse método como avançado somente por
saber que há uma resistência inicial em aplica-lo, mas
ele não é complicado como parece. Na implantação de
qualquer novo método é necessária uma energia inicial
maior para que dê certo.
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É possível que sinta até mais dificuldade em memorizar

no início (piora no desempenho), porém com a repetição
essa situação será revertida e sua capacidade de mem-
orização estará melhor do que no momento anterior à
implantação do método. Continue tentando para colher
esses benefícios.
Ao estudar, lembre-se da ferramenta de transformar
números em palavras (se optar por utilizar essa fer-
ramenta). Além disso, quando estiver estudando algo
com embasamento mais teórico procure por pontos que
podem ser ridicularizados em sua mente para gravar em
sua mente.
Por exemplo: se você é um engenheiro civil, ao estudar
sobre estacas mega imagine um “mega-macaco” (animal)
executando o serviço, com camisa, capa e sunga por cima
da calça; para lembrar-se que esta estaca é cravada com
o auxílio de um macaco hidráulico, o que também te faz
deduzir que essa estaca é utilizada para recuperação ou
reforço de fundação (já que um macaco hidráulico serve
para suspender algo que já existe).
Certamente você não deve tentar aplicar esse método em
tudo que ler, nem perder tempo demais se notar que não
consegue usar essas ferramentas em algumas situações.
Contudo, você vai perceber com a prática que esses ar-
tifícios podem ser úteis mais vezes do que imagina.

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Como grifar/destacar

Uma ferramenta extremamente simples de se aplicar e

amplamente utilizada pelos concurseiros ou estudantes
em geral. No entanto, exatamente por ser tão fácil de
aplicar, é mal utilizada por muita gente.
Essa, inclusive, foi uma das razões para esta ferramenta
ser classificada como de baixa utilidade para o aprendizado
pela pesquisa citada lá no início do tópico Métodos de
Estudo.
Destacar pontos em um texto é muito útil ao revisar as-
suntos estudados.
Quando determinado conteúdo foi, de fato, aprendido,
passar o olho pelas palavras-chave destacadas te faz
lembrar-se de praticamente todo assunto. Você revisa e
economiza tempo evitando ler palavras desnecessárias
em uma revisão. É como um agente catalisador.
Outro ponto importante é que grifar atiça a nossa visão, o
campo sensorial mais poderoso para o processo de mem-
orização.
No entanto, mesmo com essas vantagens, essa fer-
ramenta pode trazer prejuízos para o estudante se não
for utilizada adequadamente. É comum algumas pessoas
grifarem praticamente todo o texto, com várias palavras
desnecessárias como adjetivos, preposições e artigos.
Além disso, alguns estudantes destacam todo o conteúdo
que lê apenas para criar uma sensação de que estudou o

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assunto, mesmo sem entender o que foi estudado. Estão

se autossabotando. Como a página está toda rabiscada
acreditam que fizeram um bom trabalho.
Destacar o texto não serve para aprender, mas sim para
revisar o conteúdo.
Se você perceber que rabisca qualquer assunto que lê e
faz isso no automático é hora de rever a aplicação dessa
prática. Esse não é o ponto dessa ferramenta. Primei-
ramente é preciso entender o conteúdo, depois dest-
acamos os pontos chave para revisões futuras.
Por isso, você não deve destacar palavras enquanto
vai lendo determinado assunto pela primeira vez, sim-
plesmente porque você ainda não entendeu o conteúdo
como um todo para saber o que é importante, quais são
as palavras-chave para a compreensão.
Dificilmente saberemos os pontos mais importantes do
texto antes de concluí-lo. Ao ler e destacar ao mesmo
tempo corremos o risco de valorizar trechos que não são
essenciais para a compreensão do conteúdo. Fazendo
com que a gente perca tempo com esses trechos toda
vez que for revisar.
Destacar enquanto lê somente é recomendável quando
for um assunto que já é de seu conhecimento ou quando
você já conhece bem o jeito da sua prova (mesmo assim é
aconselhável ler o material anteriormente).
Vamos seguir com um exemplo prático do que se deve
destacar um texto. Escolhi um texto na internet sobre um
assunto comumente cobrado em concursos para engen-
heiros ambientais. O trecho trata de gerenciamento de

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resíduos sólidos. Segue abaixo:

“Classificação dos resíduos sólidos

Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se

baseiam em determinadas características ou propriedades
identificadas. A classificação é relevante para a escolha da es-
tratégia de gerenciamento mais viável. A norma NBR 10004,
de 1987 trata da classificação de resíduos sólidos quanto a
sua periculosidade, ou seja, característica apresentada pelo
resíduo em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, que podem representar potencial de risco
à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com sua peric-
ulosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como:

Classe I – resíduos perigosos

São aqueles que apresentam periculosidade, conforme
definido anteriormente, ou uma das características seguintes:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou pa-
togenicidade.

Classe II – não-inertes
São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os
resíduos classe II podem ter as seguintes propriedades: com-
bustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.

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Classe III - inertes

São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. Além disso,
quando amostrados de forma representativa, segundo a
norma NBR 10007, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura
ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma
NBR 10006, não têm nenhum de seus constituintes solubi-
lizados a concentrações superiores aos padrões de potabi-
lidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo
H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor,
turbidez e sabor.”

Agora, vamos ver o que acontece quando um concurseiro

faz um mau uso dessa ferramenta:
“Classificação dos resíduos sólidos

Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se

baseiam em determinadas características ou propriedades
identificadas. A classificação é relevante para a escolha da es-
tratégia de gerenciamento mais viável. A norma NBR 10004,
de 1987 trata da classificação de resíduos sólidos quanto a
sua periculosidade, ou seja, característica apresentada pelo
resíduo em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, que podem representar potencial de risco
à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com sua peric-
ulosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como:

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Classe I – resíduos perigosos

São aqueles que apresentam periculosidade, conforme
definido anteriormente, ou uma das características seguintes:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou pa-
togenicidade.

Classe II – não-inertes
São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os
resíduos classe II podem ter as seguintes propriedades: com-
bustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.

Classe III - inertes

São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. Além disso,
quando amostrados de forma representativa, segundo a
norma NBR 10007, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura
ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma
NBR 10006, não têm nenhum de seus constituintes solubi-
lizados a concentrações superiores aos padrões de potabi-
lidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo
H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor,
turbidez e sabor.”

Esse é o típico caso de uma pessoa que destacou os

trechos enquanto lia o assunto. Dessa forma, como ela
ainda não conhece o conteúdo como um todo, tudo parece

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ser importante.
A depender do caso, os trechos que não estão destacados
despertam mais a nossa atenção do que os que estão.
Fazendo um efeito inverso ao que desejamos.
Abaixo veremos um melhor uso dessa ferramenta.
“Classificação dos resíduos sólidos

Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se

baseiam em determinadas características ou propriedades
identificadas. A classificação é relevante para a escolha da es-
tratégia de gerenciamento mais viável. A norma NBR 10004,
de 1987 trata da classificação de resíduos sólidos quanto a
sua periculosidade, ou seja, característica apresentada pelo
resíduo em função de suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas, que podem representar potencial de risco
à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com sua peric-
ulosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como:

Classe I – resíduos perigosos

São aqueles que apresentam periculosidade, conforme
definido anteriormente, ou uma das características seguintes:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou pa-
togenicidade.

Classe II – não-inertes
São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os

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resíduos classe II podem ter as seguintes propriedades: com-

bustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.

Classe III - inertes

São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. Além disso,
quando amostrados de forma representativa, segundo a
norma NBR 10007, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura
ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma
NBR 10006, não têm nenhum de seus constituintes solubi-
lizados a concentrações superiores aos padrões de potabi-
lidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo
H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor,
turbidez e sabor.”

Esse é um trecho curto e não muito complexo, contudo,

ainda assim eu li todo o texto para depois grifar os pontos
que considerei mais importante. Às vezes destaco pa-
lavras soltas e outras vezes frases, a depender do que
julguei essencial.
Não dou destaque aos trechos que não acrescentam em
nada no meu entendimento, como, por exemplo, o trecho:
“São aqueles que não enquadram na classe I ou III”.
Perceba que alguns trechos já podem ser deduzidos
devido a grifos anteriores. Não destaquei, por exemplo,
que os resíduos inertes não oferecem riscos à saúde e ao
meio ambiente, pois eu já havia grifado esse trecho an-

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teriormente, já sei que se o risco é relativo a isso. Não

destaquei, também, a palavra “propriedades” no trecho
sobre a classe II, pois já sabia (devido ao destaque dado na
classe I) que as palavras grifadas nesse texto se tratavam
disso.
Note como o texto ficou mais reduzido e com as prin-
cipais ideias para o seu entendimento. Este é um trecho
de apenas uma página. Imagine a economia de tempo
em suas revisões se aplicar essa ferramenta em várias
páginas, nos vários conteúdos que estudar. Isso possi-
bilita leitura rápida e uma revisão eficaz.
Para ser preciso, o texto sem nenhum destaque contem
1416 caracteres (sem contar com os espaços) e 235 pa-
lavras, já no segundo texto são 568 caracteres (também
sem os espaços) e 74 palavras. Menos que o número de
palavras do texto original dividido por três.
Outro modo, mais avançado, de se utilizar essa ferramenta
é destacar apenas as palavras que servirão como gatilho
para sua memória. Serve para quando o assunto já está
bem consolidado em sua mente. Segue o mesmo exemplo
abaixo, mas grifado de outra forma:
“Classificação dos resíduos sólidos

Há vários tipos de classificação dos resíduos sólidos que se

baseiam em determinadas características ou propriedades
identificadas. A classificação é relevante para a escolha da es-
tratégia de gerenciamento mais viável. A norma NBR 10004,
de 1987 trata da classificação de resíduos sólidos quanto a
sua periculosidade, ou seja, característica apresentada pelo

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resíduo em função de suas propriedades físicas, químicas ou

infectocontagiosas, que podem representar potencial de risco
à saúde pública e ao meio ambiente. De acordo com sua peric-
ulosidade os resíduos sólidos podem ser enquadrados como:

Classe I – resíduos perigosos

São aqueles que apresentam periculosidade, conforme
definido anteriormente, ou uma das características seguintes:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou pa-
togenicidade.

Classe II – não-inertes
São aqueles que não se enquadram na classe I ou III. Os
resíduos classe II podem ter as seguintes propriedades: com-
bustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.

Classe III - inertes

São aqueles que, por suas características intrínsecas, não
oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente. Além disso,
quando amostrados de forma representativa, segundo a
norma NBR 10007, e submetidos a um contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura
ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma
NBR 10006, não têm nenhum de seus constituintes solubi-
lizados a concentrações superiores aos padrões de potabi-
lidade da água, conforme listagem nº 8, constante do Anexo
H da NBR 10004, excetuando-se os padrões de aspecto, cor,
turbidez e sabor.”

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Como dito, esse é um método mais avançado para ser uti-

lizado quando se domina o assunto, dessa forma a revisão
é composta basicamente por rever poucas palavras que
servirão como gatilhos para te lembrar de quase todo o
texto.
Ao ver a palavra periculosidade destacada lembramos que
este é o parâmetro de classificação dos resíduos sólidos.
Na classe I destaquei apenas a palavra inflamabilidade,
ela me lembra que esta classe é referente a resíduos per-
igosos e que ela (a inflamabilidade) é uma das possíveis
características deste tipo de resíduo junto com a corro-
sividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade.
O mesmo vale para outras classes. São gatilhos pessoais
que escolhi.
Nesse caso o texto passa a possuir apenas 163 caracteres
e 22 palavras, muito menos que os 1416 caracteres e 235
palavras do texto original.
Uma boa opção é xerocar o material que você está uti-
lizando para estudar e aplicar a ferramenta de grifar em
dois passos. Após ler e entender determinado assunto
você grifa da forma como ensinei primeiramente. Feito
isso, quando estiver dominando completamente o
assunto e se lembrando de todos os detalhes durante
as revisões utilize a xerox para grifar o material no modo
mais avançado, apenas com os gatilhos para se lembrar
de tudo.
Um artifício que também ajuda bastante é utilizar mais de
uma cor de grifo. Dessa forma você pode utilizar cada cor
selecionada para determinado tipo de informação. Por

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exemplo: verde para conceitos, amarelo para fórmulas e

azul para dados.
Quanto mais cores você utilizar mais gatilhos estará
criando, mais você estará explorando seu campo sensorial
da visão, o mais poderoso para resgatar informações.
Por fim, recomendo fortemente a resolução de exercícios/
provas sobre o que acabou de estudar e, só após ter feito
isso, destacar os pontos que mais apareceu nas questões
e os que você considerou chave para o entendimento. Você
provavelmente já deve ter uma ideia do que é usualmente
cobrado em cada assunto quando resolveu provas para
levantar os assuntos a serem estudados.
Lembrando que quando for revisar os conteúdos você deve
seguir a ordem que já foi ensinada: exercícios síntese. Reler
todo o conteúdo só se estiver sentindo muita dificuldade
em algum assunto. Começar pelo material completo só
quando for aprender algo novo ou que não se lembra de
praticamente nada (assuntos estudados na universidade
que não utilizou enquanto trabalhava, por exemplo).

●
Agora você já sabe como aplicar essa ferramenta.
Aprendeu que ela não serve para aprender, mas sim para
revisar. Primeiro devemos ler e entender o assunto, só
após grifamos aquilo que consideramos pertinente para
o nosso entendimento ou para resgatar informações.
Aplique esta ferramenta da forma correta e colha os
benefícios em sua preparação.

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Como fazer resumos

A elaboração de resumos é uma ótima ferramenta a ser

utilizada por quem está se preparando para um concurso
público. Como já foi dito, a escrita estrutura a ideia, organiza
aquilo que aprendemos. Ao escrever estamos colocando
a nossa interpretação sobre o que foi aprendido.
Assim como no uso da ferramenta grifar/destacar, é
necessário, antes de elaborar um resumo, estudar e en-
tender todo o assunto. Não é possível fazer um bom
resumo sem antes saber o final da história.
O resultado de um resumo feito concomitantemente com
a leitura é um material com um tamanho de cerca de 80%
do conteúdo original.
Isso não é resumir, ao rever sua síntese você vai prati-
camente reler todo o assunto, ao invés de apenas resgatar
as ideias principais para lembrar-se do todo. Ao ler e en-
tender anteriormente, você saberá quais são os pontos
importantes que devem constar na sua síntese.
Não utilize resumos como um “atestado de estudo”, para
fazer volume e utilizar como mecanismo de defesa quando
a consciência pesar. Muita gente elabora resumos só para
ter uma sensação de que estudou (assim como fazem
quando estão grifando). Na maioria das vezes são essas
pessoas que elaboram seus resumos ao mesmo tempo
em que lê.
Dito isto, como você deve elaborá-los?

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A sua síntese servirá como uma ferramenta de resgate

do que foi aprendido, não para aprender. Por isso, corte
palavras desnecessárias, seja mais objetivo, utilize pala-
vras-chave. Por exemplo, não escreva:
“o coeficiente de segurança ao tombamento de uma estrutura
de contenção é calculado a partir da razão entre os momentos
produzido pelo peso e pelo empuxo ativo em torno de um de-
terminado ponto”

Escreva:
“Coeficiente de segurança ao tombamento ntomb = MPeso/MEA “

Utilize setas e cores para estimular sua visão e para

tornar a leitura mais agradável. Não necessariamente
seu resumo deve ser escrito como uma página de um
livro, você pode utilizar fluxogramas, organogramas ou
resumos em forma de árvore.
Deixe um espaço considerável entre as linhas e utilize
letras grandes (você não vai querer poupar papel, não é?).
Não seja perfeccionista, o importante é que você entenda.
Em contrapartida, um mínimo de capricho também é
necessário. Letras horríveis desestimulam a releitura,
prejudicando sua preparação.
Resumos feitos à mão são mais eficientes do que os dig-
itados no computador. Além disso, te garante mais flex-
ibilidade para puxar setas, apagar alguma informação ou
fazer qualquer tipo de alteração.
Como costumo fazer, vamos à prática. Segue abaixo um
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resumo feito a respeito de NPSH (dimensionamento de

bombas hidráulicas), assunto presente em concursos
para engenheiros mecânicos.

Note que não escrevi palavras desnecessárias, apenas os

pontos chave para o meu entendimento. Coloquei gatilhos
para me lembrar de todo o assunto, já que estudei antes
de elaborar o resumo.
A palavra sucção, por exemplo, já me faz lembrar que o
NPSHdisp é a energia medida em pressão disponível em
um ponto anterior a entrada de sucção da bomba. Essa
mesma palavra também me recorda, em decorrência do

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que foi dito anteriormente, que tanto a altura estática

(Hest) quanto à perda de carga (J) é referente ao trecho de
sucção, e não sucção + recalque.
Seja sincero e me diga se as duas cores que eu utilizei
deixou a síntese mais leve. Está agradável de ver. Outro
ponto, como já disse, é que as cores ajudam na memo-
rização, facilita o resgate da informação. Por isso, pode
utilizar várias cores. Crie um padrão para utiliza-las (para
fórmulas: vermelho, para definições: verde, para dados:
azul; por exemplo). Você vai lembrar-se de várias infor-
mações pela cor que ela tinha no seu resumo.
Utilizar desenhos ou esquemas também é um ótimo ar-
tifício para tornar o material mais interessante e facilitar a
memorização (poderia desenhar uma bomba com fumaça
saindo ao lado da palavra cavitação, por exemplo).
Perceba também que o resumo é curto. Não é bom colocar
muitas informações na mesma página. Sua síntese deve
ter informação suficiente para ser vista em uma rápida
passada de olhos (o que vai facilitar obter uma memória
fotográfica para esse material posteriormente). Caso seja
necessário escrever muita informação utilize mais de uma
folha.
Através dessa única página consegui resumir muita in-
formação sobre NPSH, o que vai me poupar muito tempo
quando for revisar esse assunto. É isso que você deve
fazer, compactar para aproveitar ao máximo seu tempo
de dedicação.
Um bom resumo com o objetivo de resgatar e fixar é algo
bastante pessoal. Não é garantido que alguém que tenha

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conhecimento no assunto citado, por exemplo, vá en-

tender o meu resumo. Da mesma forma que se eu pegar
a síntese de outra pessoa talvez eu não entenda.
Você pode escrever em papel A4 e colocar o material em
fichários ou diretamente em cadernos, separados por
assuntos. Lembre-se de sempre rever seus resumos,
quantos mais vezes rever maior vai ser sua fixação e
ainda vai conseguir obter uma memória fotográfica para
este material.
Sei que muita gente gosta de aprender pelo resumo dos
outros, porém dessa forma pode estar cometendo dois
erros. O primeiro, como já comentei, é que resumo não
serve para aprender, mas para revisar. O segundo erro é
que você corre o risco de não entender completamente
o que a pessoa quis dizer com determinada palavra (até
mesmo se a pessoa utilizar mnemônicos ou abreviações,
o que é uma boa ideia).
Não confunda um resumo com um material compacto.
Um resumo deve ter o objetivo de resgatar, ao passo que
um material compacto tem o objetivo de ensinar com o
menor número de informações possível para o enten-
dimento do que se propõe. Livros voltados para concursos
são um exemplo de material compacto, bons livros dessa
área são totalmente diferente de livros acadêmicos. Por
isso, materiais compactos são excelentes para concur-
seiros. Poupam seu tempo, servem para aprender e, ao
final, você ainda pode reduzi-los através de um resumo
ou grifando.
Assim como foi dito no tópico anterior, uma boa opção é,
após estudar o assunto, partir para os exercícios práticos

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e, feito isso, elaborar seus resumos. Outra opção melhor

ainda é fazer seu material após ter grifado ou destacado,
ou seja:

Estudar Exercícios Grifar Resumir

Obviamente, você não irá escrever exatamente o que foi

destacado, assim seria perda de tempo. Você vai utilizar
suas próprias palavras para organizar as ideias e talvez
até já resumir o que foi grifado.
Você não tem a obrigação de seguir essa sequência. Tudo
vai depender da sua disponibilidade de tempo, mas ela é
altamente recomendável.

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Como criar mapas mentais

Talvez para nós, engenheiros, essa pareça ser a fer-

ramenta mais inapropriada a ser utilizada para estudar
para um concurso de engenharia. Tendemos a ser práticos,
precisos e até mesmo um pouco frios com a forma como
devemos estudar. Por isso, geralmente acreditamos que
mapa mental é uma ferramenta ineficaz, pensamos que
estamos mais nos divertindo do que elaborando um ma-
terial para revisão.
Você precisa abrir sua mente para novos métodos de
estudo. Principalmente se você não estiver obtendo bons
resultados com a forma como estuda.
A maioria das pessoas que não usam essa ferramenta
acredita que mapas mentais são muito complicados de
se fazer, ocupam muito tempo e tem baixa utilidade.
A verdade é que, com prática, o uso de mapas mentais
torna-se uma ferramenta poderosa e eficaz para revisar
assuntos já estudados. Funciona como um “flash card
tamanho GG” que te faz resgatar mais informações que
uma resposta a uma simples pergunta. Além disso, mapas
mentais são excelentes para estruturar a ideia, para ter
uma visão holística sobre o conteúdo.
Através da repetição você será capaz de elaborar mapas
com agilidade e talvez não queira mais saber de resumos.
Então, quais são os elementos que devem estar presentes
na elaboração de um mapa mental?

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#1 Tema central: o assunto que você está desenvolvendo

o mapa mental, deve ficar no centro para auxiliar na
conexão das ideias;
#2 Letras grande: torna o texto mais agradável e facilita
na memorização;
#3 Abreviação: poupa tempo ao ler e ao escrever, facilita
um resgate rápido da informação ao olhar;
#4 Cores: utilizar cores diferentes para estimular a visão,
quebra a monotonia, gera mais um gatilho para memória,
torna o mapa mais agradável;
#5 Cabeçalho: para identificar a que assunto o tema
do mapa mental é referente, ajuda a dividir mapas por
assunto, pode ser colocado a frente ou atrás do papel;
#6 Imagens: desenhos simples que te remetem a palavra
escrita. Desenhos engraçados, exagerados, eróticos, no-
jentos ou surreais dão uma força a mais na fixação; não é
necessário ser um profissional.

Da mesma forma como foi explicado em Como grifar/

destacar e Como fazer resumos, antes de elaborar o mapa
mental é necessário entender o assunto. Dessa forma ao
revisar o conteúdo através do seu mapa você irá resgatar
tudo que aprendeu.
Para provar que é sim possível fazer uso dessa ferramenta
em assuntos de engenharia escolhi um assunto para
elaborar um mapa mental. O assunto é obras rodoviárias
e o tema é camadas de um pavimento flexível.

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Perceba que utilizei desenhos simples mesmo, poderia

caprichar mais, porém esse não é o foco da ferramenta.
Basta que, de alguma forma, os desenhos te remetam às
palavras que estão escritas.
As molas representam o pavimento flexível. Em subleito,
utilizei um leito de hospital bem pequeno, menor que
o paciente. Já no reforço desenhei um mais robusto e
no tamanho ideal. Para base fiz uma imagem de uma
base militar bem armada, com tanques e helicóptero. A
sub-base está um pouco menos equipada, tem apenas
um tanque. Por fim, em revestimento desenhei um pe-
dreiro assentando revestimentos cerâmicos para remeter
a essa palavra.
Não precisa ser perfeccionista, só é necessário fazer um
desenho que você mesmo possa entender depois, isso é
o que importa. É importante que tenha isso em mente
porque, na maioria das vezes, o desenho é o que faz as
pessoas desistirem de elaborar mapas mentais, ou os
fazem sem as imagens. No entanto, são nelas (as imagens)
que conseguimos um maior poder de fixação do conteúdo
do mapa.

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Note como também utilizei várias cores diferentes. Para o

subleito e o reforço de subleito utilizei cores em azul, uma
mais clara para o menor CBR e uma mais escura para o
maior. Utilizei a mesma ideia para base e sub-base, optei
por vermelho no primeiro e laranja (um vermelho mais
claro, combinamos) no segundo.
Você pode utilizar o cabeçalho do seu mapa mental na
parte da frente, onde fica o desenho, ou de trás da folha.
Fica a seu critério.
O mapa mental já me diz quais são as camadas de um
pavimento flexível, a ordem delas de baixo para cima
(através dos números) e, além disso, os valores dese-
jáveis para cada uma delas com relação à expansão e ao
índice de suporte Califórnia.
As cores, as imagens e os números são ótimos gatilhos
que te salvarão quando esquecer o que está escrito. O
tema principal está no meio e todas as letras do mapa
mental estão grandes, também utilizei abreviações para
tornar a escrita e a leitura mais rápida.
Se você está na prova do seu concurso e esqueceu, por
exemplo, da porcentagem máxima admissível para a
expansão da camada da base de um pavimento, tente
lembrar-se do seu mapa, da cor que ela estava escrita
(vermelha) e a posição onde ela estava (canto inferior
esquerdo). Com certeza isso o ajudará a resgatar a in-
formação. Faça o teste e veja como isso vai te ajudar a
lembra-se de tudo.
Um mapa não deve ter muitas informações. Lembre-se
que esta ferramenta não serve para aprender, mas sim

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para revisar, ou seja, parte-se do pressuposto que você

já entendeu o assunto. Por isso, ao olhar as poucas in-
formações contidas no mapa mental você se lembrará do
todo.
Quando um assunto for muito grande divida-os em mais
de um mapa. Muitas informações deixam a ferramenta
mais difícil de ser criada e, posteriormente, de ser memo-
rizada por estar mais confusa.
Como dito anteriormente, esta é uma ferramenta válida
de experimentar quando não se está conseguindo bons
resultados.
Mapas mentais comprovadamente funcionam. Pode
até parecer complicado no início (como qualquer novo
método ao ser implantado), no entanto é menos do que
parece ser. Além do mais, enquanto ficar martelando em
sua cabeça que esta é uma ferramenta difícil demais para
utilizar, assim ela será para você.
Para criar um mapa mental, comece pela organização
das ideias, pela parte escrita. Só depois de concluída esta
etapa você deve fazer os desenhos. É um erro comum
tentar começar pelas imagens, sentir dificuldade e acabar
desistindo de continuar com o mapa.
Utilize seus mapas da mesma forma como são utilizados
os flash cards. Inicialmente reveja-os todos os dias, quando
tiver um número grande passe a criar os dias da semana
até que tenha todos os mapas divididos em 7 partes, para
que reveja cada mapa no mínimo uma vez por semana.
Com o passar do tempo e quando sua memória já estiver
fotográfica para determinado mapa, passe a revê-lo uma

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vez por mês.

Se você se interessou, viu resultados e deseja se apro-
fundar ainda mais no uso desta ferramenta recomendo o
já citado livro “Mapas Mentais e Memorização para Provas
e Concursos” do Felipe Lima e William Douglas.
Se você quer ver mais aplicações dessa ferramenta acesse
o site www.maisaprendizagem.com.br para ver mais ex-
emplos, são vários vídeos altamente recomendáveis para
a preparação de um candidato.

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Como gravar áudios

Agora que já aprendeu a como fazer resumos escritos,

gravar áudios se tornou uma tarefa bastante prática.
A única coisa que você deve fazer é ler em voz alta e
próximo a um gravador as suas sínteses. Nada de gravar
assuntos que ainda não aprendeu para tentar aprender
enquanto dirige, por exemplo.
Para aprender é necessário concentração. Por isso, suas
sínteses é que devem ser gravadas; e o mais recomendado
para esse caso são os resumos. Mapas mentais são
mais complicados de conseguir transmitir a mensagem
fielmente por voz.
Leia com clareza para tornar o áudio mais agradável. As
gravações vão lhe ser muito útil para ajudar na memo-
rização.
Hoje em dia qualquer celular possui um gravador de voz,
então você pode utilizar essa ferramenta para auxiliar na
sua preparação.
Uma excelente dica é acelerar sutilmente a velocidade de
sua voz enquanto lê o seu resumo. Uma fala muito lenta
vai te permitir pensar em assuntos alheios ao conteúdo
da sua gravação. Tente equilibrar, ou seja, utilize uma ve-
locidade que o force a se manter focado na mensagem e
também que permita a compreensão do que está sendo
falado.

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Método SQ3R

O SQ3R é um método de estudo considerado por muitos

especialistas na área da neurociência cognitiva como o
mais eficiente para se aprender e fixar algum conteúdo.
O método foi criado por Francis Pleasant Robinson e foi
apresentado em seu livro Effective Study (Estudo Eficaz).
Trata-se de um método composto pela combinação de
vários outros mais conhecidos, como a releitura, criar
resumos, grifar e interrogatório elaborativo. A forma como
os passos devem ser seguidos atiçam nossa curiosidade
sobre o assunto, nos trazendo mais interesse para o que
vai ser estudado.
Utilizando o método não você não vai apenas fazer uma
única leitura sobre o assunto, como os estudantes fazem
habitualmente, com o SQ3R o aprendizado será composto
por 5 etapas e você fará mais de uma leitura do conteúdo.
A repetição, como visto, é uma ferramenta fundamental
para a memorização.
SQ3R trata-se de um acrônimo composto pelas re-
spectivas palavras: Survey (Examine), Question (Questione),
Read (Leia), Recite (Recite) e Review (Revise). Essas pa-
lavras representam os passos a serem seguidos durante
o seu estudo
As duas primeiras etapas preparam sua mente para o que
está por vir e ainda te permite traçar algumas “metas”
para o entendimento do assunto a ser estudado.

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No passo Survey você fará uma análise rápida do que

será aprendido. Leia os títulos e subtítulos, observando
as palavras grifadas no livro ou qualquer outro material
que esteja utilizando para estudar, analisando as figuras
e suas legendas, lendo resumos e conclusões ao final do
capítulo (se houver) e passando o olho rapidamente sobre
o texto, lendo por alto.
Assim você desperta atenção e interesse pelo o que será
aprendido. Não tem por que começar a estudar o assunto
aceleradamente, achando que assim ganhará tempo para
estudar outros conteúdos. É melhor “gastar” um tempo a
mais e garantir um aprendizado e uma fixação mais du-
radoura, o que te garantirá uma boa nota no seu concur-
so-sonho.
Primeiro vamos preparar nossa mente, aquecer o motor,
“alongar” o cérebro. Procure pegar algumas ideias do
assunto, mas não se preocupe em compreender todo o
texto nessa etapa. Folheie o assunto com gosto e curio-
sidade pelo que vai ser visto. Lembre-se que essa etapa
é uma leitura por alto do assunto, então não deve levar
muito tempo.
Concluído o primeiro passo, questione. Formule perguntas
para o que vai ser aprendido, antes mesmo de estudar. Ao
iniciar essa etapa muito provavelmente você já terá re-
solvido bastantes provas do seu concurso-sonho, então
se lembre das perguntas sobre o assunto que irá estudar
que mais caíram em provas para você responde-las
durante a leitura (por isso é muito importante que você
siga todos os passos do método Concurseiro100, eles se
completam), formule outras perguntas também de acordo
com sua percepção de como é seu certame. Responder

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a essas questões já serve como uma meta que deve ser

cumprida ao final dos 5 passos do método SQ3R.
Read, este é o terceiro passo do método. Faça uma leitura
do assunto da forma que provavelmente está acos-
tumado a fazer. Você já sabe do que se trata o conteúdo
e assimilou algumas ideias. Agora leia com atenção, não
se distraia e aprenda tudo que está sendo lido. Reveja as
figuras, palavras grifadas, resumos. Leia o texto todo. Tire
as suas conclusões. Procure responder todas suas per-
guntas enquanto estuda.
Recite, uma das etapas mais importantes do SQ3R. Hora
de reler o que foi visto. A repetição torna a leitura ativa,
ajuda na fixação. No entanto, dessa vez você não irá apenas
ler o assunto, vai grifar os pontos que considerou mais
importante para o entendimento do assunto e também
os que têm a cara de sua prova (lembre-se que para ser
mais um concurseiro100 você não precisa dominar todo
o conteúdo, mas sim o que cai em seu teste).
Nessa etapa, você vai também reproduzir o material da sua
forma: fazer resumos com suas próprias palavras daquilo
que está sendo aprendido e do que cai nas provas, criar
mapas mentais; vai verbalizar os pontos em destaque em
seu resumo, para que também possa ouvir. Dessa forma,
você vai usar o aprendizado com quadrupla força: ver,
escrever, falar e ouvir. Feito isso, responda às perguntas
feitas anteriormente mais uma vez.
Esse é o passo que vai organizar suas ideias, facilitar seu
entendimento e ajudar na sua memorização.
Review, responda todas as suas perguntas novamente.
Consegue explicar tudo aquilo que resumiu sem ler o seu

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material? Lembra-se dos pontos grifados no texto? Re-

spondeu todas as questões corretamente? Hora de se
testar mais uma vez. Veja como se saiu nos testes relendo
tudo que escreveu, revendo os pontos destacados e as
questões elaboradas. Reforce os trechos que sentiu mais
dificuldade para que não tenha mais dúvidas.
Concluído os 5 passos do método SQ3R de estudo você
já deve estar dominando completamente o assunto es-
tudado da forma que a sua banca costuma cobrar. É bem
provável que já esteja preparado para explicar ou ensinar
a alguém aquilo que aprendeu.
Se não tiver, talvez não tenha formulado perguntas o sufi-
ciente, seu resumo não contempla tudo que é necessário
para o entendimento do assunto ou você não reforçou os
assuntos que sentiu maior dificuldade. Repita, então, os
passo 2, 3, 4 e 5 do método.
O tempo gasto estudando um conteúdo pode levar mais
tempo com o SQ3R, mas o ganho em aprendizado e mem-
orização com certeza é recompensador, vale a pena in-
vestir um tempo a mais para garantir uma boa preparação.
Talvez você esteja pensando que esse método não tem
aplicação quando se estuda conteúdos de engenharia.
De fato, os próprios estudiosos citam que esse método
é de grande eficácia nas matérias não exatas. Porém, ad-
aptando o SQ3R à nossa realidade, ele também é muito
eficiente para nosso aprendizado e memorização. Basta
utilizarmos os princípios dessa metodologia: despertar a
curiosidade, conhecer, estruturar/destacar e revisar.
Veremos como aplicar o SQ3R para estudar para con-
cursos de engenharia.

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SQ3R para engenheiros concurseiros

Muitos pensam que os conteúdos de engenharia se
resumem a decorar fórmulas e aprender a como resolver
as questões. Primeiro que nem todas as questões de prova
dessa área estão diretamente relacionadas a operações
matemáticas, além disso, algumas engenharias possuem
mais matérias envolvendo cálculos do que outras.
Segundo que um erro comum dos estudantes de en-
genharia é querer decorar fórmulas sem, ao menos, tentar
entende-las. Não estou dizendo que não é necessário
memorizar tais fórmulas, mas sim que as entendendo o
processo de fixação fica ainda mais fácil.
É muito mais simples gravar a fórmula do módulo de elas-
ticidade, por exemplo, quando primeiramente se sabe o
que é o módulo de elasticidade e a sua unidade de medida.
A depender do prazo do seu projeto (tempo de estudo para
o concurso) você não terá tempo para entender o conceito
de cada fórmula e sim decorar algumas, daí está à im-
portância em priorizar os estudos de acordo com o peso
de determinado assunto em sua prova.
É importante que se saiba o conceito de uma fórmula
principalmente quando se trata de um assunto certo ou
usual em sua lista de assuntos a serem estudados.
Por que estou falando isso? Ora, se é importante que se
entenda o conceito das fórmulas é necessário ler e não
simplesmente partir para os exercícios. Se é necessário
ler, então o método SQ3R, do jeito que ele é, já se torna
efetivo para o aprendizado e fixação. No entanto, ainda
assim há alguns ajustes que podemos fazer para tornar

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esse método ainda mais eficiente para você, futuro

concurseiro100.
Explico abaixo como aplicar o método SQ3R para as-
suntos com bastante cálculo e assuntos com bastante
dado para memorização. Para conteúdos de engenharia
com bastante teoria basta utilizar o método da forma
como foi explicado acima.

Assuntos com bastante cálculo

Na fase de Survey (examinar) siga as mesmas instruções

dadas anteriormente, porém dedique um pouco mais de
atenção a resolução dos exemplos dados em seu material
e as fórmulas apresentadas. Não é para estudar toda a
resolução do exercício, apenas olhe, veja as fórmulas uti-
lizadas, a ordem como foram aplicadas. Uma vista por
alto, para abrir a sua cabeça e se preparar para o que estar
por vir.
No segundo passo, questione sobre o conceito das
fórmulas, o que representa cada símbolo, em quais sit-
uações elas são aplicáveis e em quais não são e quais são
suas unidades de medida (metro, pascal, joule, amperes,...).
Essas são as principais respostas que se deve saber para
entender e memorizar fórmulas.
Na etapa Read leia todo o texto. Eu disse todo o texto, não
disse para ver as fórmulas e pular para os exercícios. Leia
com bastante atenção a teoria, as deduções de fórmulas
e principalmente a prática (mas não apenas). Abro a
exceção de partir direto para as fórmulas e exercícios

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caso trate-se de um assunto de questões esporádicas

em sua lista (e a depender do prazo do seu projeto). Ao
final tente responder as questões que você formulou e
veja se aprendeu a resolução dos exercícios.
Recite, assim como já foi explicado, grife os pontos impor-
tantes do texto, escreva em um papel as fórmulas que
são utilizadas e as respostas para as perguntas feitas no
passo 2 (vou reforçar aqui porque as considero impor-
tantes: qual o conceito da fórmula, o que representa cada
letra, em quais situações as fórmulas podem ser aplicadas
e quais são as unidades de medida). As perguntas que eu
mencionei são praticamente tudo que você precisa saber
para ter um bom desempenho.
Nessa etapa você pode, também, tentar criar mne-
mônicos sempre que possível para ajudar a memorizar as
fórmulas, só não perca tempo demais com isso se estiver
sentindo dificuldades.
Review, nessa etapa você vai começar resolvendo os ex-
ercícios sem a consulta de nenhum material. Feito isso
analise seu desempenho e depois reveja os pontos
grifados e as informações anotadas, independentemente
de ter acertado tudo ou não. É óbvio que se acertou tudo
você vai apenas dar uma olhada ligeira no que está grifado
e anotado, no entanto se errou você deve dar uma olhada
mais criteriosa e rever a resolução dos exercícios.

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Assuntos com bastante memorização

Na etapa Survey siga as mesmas instruções dadas no

começo da explicação do método. Faça uma leitura
rápida, observe os dados que exigem memorização, olhe
os títulos e subtítulos, ilustrações e suas respectivas
legendas, pontos em negrito, resumos e conclusões. Você
está preparando sua mente para tudo aquilo que você
terá que memorizar.
No segundo passo do método SQ3R você vai sim-
plesmente se questionar sobre a que cada dado se refere
e se há alguma lógica nesse número. Alguns dados para
memorizar são completamente arbitrários, porém en-
tender a lógica por trás deles com certeza nos ajuda a
memoriza-lo.
Exemplo: na norma NBR 6118 é possível observar que
a relação água/cimento em concreto armado para am-
bientes com classe de agressividade IV deve ser menor
que 0,45; enquanto em ambientes com classe I esta
relação pode ser até 0,65; qual é a lógica por trás disso?

Na fase Read você irá ler todo o assunto e tentar responder

os questionamentos feitos no passo anterior.
No quarto passo, Recite, grife tudo aquilo que considerou
importante, exceções e os dados a serem memorizados.
Escreva e verbalize várias vezes todos os dados que
precisa fixar, use a quadrupla força.

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Exemplo de exceção a ser grifado em um material: em

dimensionamento de tomadas de uso geral (TUG), para
cômodos utiliza-se a regra de 1 tomada para áreas infe-
riores ou iguais a 6m² ou 1 tomada a cada 5m ou fração
para áreas superiores a 6m², porém caso a área do cômodo
seja inferior a 2,25m² admite-se utilizar uma TUG fora do
local.

A essa altura, ter captado o jeito da prova vai ser de

grande ajuda saber que tipo de “decoreba” sua banca
costuma colocar no exame de seu concurso-sonho para
cada assunto, isso o impedirá de ter de memorizar infor-
mações desnecessárias.
Lembre-se de dedicar mais tempo aos assuntos certos e
usuais em sua prova. A depender do seu prazo de estudo,
não é necessário decorar todos os dados de todos os as-
suntos esporádicos, você deve escolher alguns. É aí onde
deve entrar seu “feeling” baseado na sua análise sobre a
presença de certos assuntos esporádicos na sua prova,
etapa esta que foi feita lá na definição dos assuntos a
serem estudados.
Por fim, responda suas perguntas feitas anteriormente
mais uma vez e faça outras se perguntando sobre os
dados a serem memorizados. Garanta que só irá passar
para a próxima fase quando for capaz de falar todos os
dados sem espiar o seu resumo escrito ou o que está
grifado em seu material utilizado para estudo.
Feito isso veja os pontos grifados e os resumos feitos
para ver como se saiu e para reforçar o que foi visto.

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Pronto, seguindo os 5 passos estou certo que você con-

seguirá memorizar qualquer assunto “decoreba”. Vai se
impressionar com o número de informações que seu
cérebro é capaz de armazenar e resgatar.

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Por que o SQ3R funciona?

Como você deve ter percebido, este método é uma com-

binação das ferramentas já explicadas nos tópicos ante-
riores, e aplicadas da maneira correta. A fase Recite, por
exemplo, só vem após o entendimento do que foi visto.
Nada de grifar ou fazer resumos enquanto você está
lendo. O mesmo vale para os mapas mentais.
Além disso, as duas primeiras etapas, de fato, despertam
nossa curiosidade para o que está por vir. Os 3R’s ajudam
na memorização do que está sendo visto através da
repetição e da resposta aos questionamentos. Quando
você responde a perguntas relacionadas ao assunto
durante o estudo, mesmo que mentalmente, você faz
uma leitura ativa do conteúdo, ou seja, você está efeti-
vamente participando do processo, e não simplesmente
“narrando” o assunto. Essa é uma dica muito importante,
apoiada por diversos especialistas estrangeiros, que traz
melhora significativa na capacidade de retenção.
A combinação das ferramentas apresentadas é de grande
eficácia na preparação para seu concurso público.
Por fim, a fase Review é feita em dois momentos: logo
após a fase Recite e ao longo de todo prazo do seu projeto.
Ao rever determinado assunto, você não vai repetir os
5 passos do SQ3R, vai realizar apenas o último passo,
começando pela resolução de exercícios e posteriormente
pela revisão das suas sínteses.
Este é um método que demanda um pouco mais do seu
tempo, contudo é muito eficaz. Sua escolha em aplica-lo

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dependerá da sua disponibilidade de tempo e do seu

ritmo de estudo. Cabe a você analisar se considera válido
ou não utiliza-lo.

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Método das matérias em par

Talvez você nunca tenha ouvido falar nesse método por aí,
ou talvez até tenha ouvido, mas com outro nome. Este foi
o método que criei inconscientemente para me preparar
para meu concurso-sonho. Ele funciona muito bem pelo
fato de também respeitar a forma correta de fazer as
sínteses e facilitar a fixação.
Então, como ele é aplicado?
Você deve elaborar seu cronograma de estudo de forma
que divida seu horário disponível em vários blocos com
duas matérias em cada. Por exemplo, um bloco conterá
algum assunto de resistência dos materiais e outro de in-
stalações prediais, ao invés de estudar todo o assunto de
resistência dos materiais de uma só vez.
Feita esta divisão, explicarei passo a passo como aplicar
esse método:
#1 Assim como na etapa Survey do método SQ3R, olhe
por alto o primeiro assunto a ser estudado;
#2 Estude o assunto da forma como está acostumado
sem destacar ou fazer qualquer síntese, só destaque se
identificar respostas de questões que já caíram em provas
do seu concurso-sonho. Faça pequenos autoquestiona-
mentos durante a leitura para participar ativamente no
processo;
#3 Repita os mesmos passos para o segundo assunto;

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#4 Volte para o primeiro assunto e resolva exercícios e

provas sobre ele (você pode filtra-los no site www.ques-
toesdeconcursos.com.br);
#5 Terminado os exercícios faça suas sínteses da forma
que julgar mais conveniente;
#6 Repita os passos #4 e #5 para o segundo assunto.

Estudar matérias diferentes em par e nessa ordem exibida

é vantajoso por uma série de razões:
#1 Torna o estudo menos monótono: ao passar para
outra matéria, você tem a sensação que esta avançando
no estudo, não há nada mais entediante que achar que
não está saindo do lugar. Além disso e por isso, o estudo
se torna menos cansativo. Ao começar a segunda matéria
é como se você estivesse começando a estudar naquele
momento (ou quase isso);
#2 Testa o seu aprendizado: ao retornar para a primeira
matéria e resolver exercícios você confere o seu ren-
dimento e identifica aquilo que está sentindo mais di-
ficuldade, dessa forma você vai saber o que deve ser
colocado em sua síntese e também o que deve ser re-
forçado. Outro ponto é que esse intervalo entre a primeira
revisão e o estudo (diferente do método SQ3R que é feito
logo em seguida) evita que você acerte alguma questão
que sentiu dificuldade, mas que você lembra-se da re-
sposta apenas por ter acabado ler sobre o assunto. Isso
cria uma falsa impressão de domínio do conteúdo;

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#3 Sínteses consistentes: como dito, a síntese só será

elaborada após o entendimento e a resolução de ex-
ercícios, assim você vai saber exatamente o que colocar
em seu material, criando uma síntese mais precisa.
A duração de estudo de cada bloco dependerá do tempo
diário de estudo que você tem disponível. Além disso, não
é obrigado que você estude um, dois ou três blocos por
dia, você também pode começar em um dia e terminar no
outro.
Se você não tem nenhuma obrigação (trabalho, curso ou
algum serviço doméstico) é totalmente possível e acon-
selhável estudar mais de um bloco por dia. Caso tenha
obrigações, recomendo que não dure mais que três dias
em um mesmo bloco. Lembre-se que é você quem vai de-
terminar como vai ser o seu par de matérias, então sim-
plesmente dimensione de forma que você consiga cumprir
esse prazo. Não coloque dois assuntos muito grandes
no mesmo bloco, você pode selecionar um grande e um
pequeno ou até mesmo fracionar dois assuntos grandes.
Também é interessante que você forme pares de matérias
de diferentes tipos, um conteúdo mais teórico com outro
denso em cálculos, por exemplo. Isso ajuda a tornar o
estudo menos cansativo.
Este é um método de estudo que demanda um pouco
menos de tempo para avançar no estudo em comparação
com o SQ3R. Ele pode ser de grande utilidade para você
caso não tenha um prazo tão grande, como foi o meu caso.

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Método do estudo em grupo

Como escrevi no tópico sobre esse assunto, grupo de

estudos tem a desvantagem de ser uma forma fácil de
autossabotagem. Quando não estão todos com o mesmo
nível de envolvimento, a probabilidade de ocorrer dis-
trações desnecessárias aumenta consideravelmente.
Outro ponto é que o aprendizado só ocorrerá, de fato, na
solidão.
Contudo, existe uma forma de estudar em grupo
(recomendo no máximo três pessoas) que é excelente
para o aprendizado e que realmente funciona. Vamos ver
passo a passo como ela funciona:
#1 Selecionado o assunto, cada participante deve estudar
silenciosamente o conteúdo por determinado tempo (nada
de um ler em voz alta para os outros, isso não funciona) e
fazer suas anotações;
#2 Concluída a leitura, cada um deve dar uma aula para
o grupo do que foi estudado, podendo conferir as ano-
tações ou ser corrigido pelos colegas;
#3 Após as três aulas, elaborar individualmente questões
sobre o assunto e trocar as perguntas entre si para que
responda as questões de outro colega;
#4 Conferir as questões, as respostas e debater.

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Esse é um excelente método para estudar assuntos

bastante teóricos ou até mesmo com muito dado para
memorizar.
A interação faz com que você veja o ponto de vista dos
outros colegas para o mesmo assunto. Assim você pode
perceber a importância de alguns trechos que não tinha
prestado atenção
Para conteúdos com bastante exercício a ordem é iniciar
com o passo #1 e em seguida já partir para os exercícios.
Quando dúvidas surgirem os integrantes interagem entre
si para ajudar um ao outro.
Ao ver (leitura individual), escrever (anotações e questões),
falar (explicação do que foi visto) e ouvir (explicação dos
outros integrantes e discussão), você está aplicando o
aprendizado com quadrupla força.
Esta maneira de estudar melhora o aprendizado e
também cria mais gatilhos para memorizar as infor-
mações aprendidas ou revisadas, já que você utiliza mais
campos sensoriais durante o recebimento destas.

●
Conclusão - ao final deste passo você deve ter para o seu
projeto o método de estudo a ser utilizado.

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5 Tipo de cronograma
Finalmente, o último passo. Aquele que irá fechar o seu
projeto e te ajudar a aplicar o DPACR: Decisivos Passos
para Aprovação e Convocação Rápida.
Ao elaborar um cronograma, você dever estipular as horas
que serão dedicadas a cada matéria não só de acordo
com o tamanho, mas também com o peso do assunto
para seu concurso, conforme já conversamos quando
tratamos sobre o Princípio de Pareto. Isso é um ponto
importantíssimo. Existem muito assuntos imensos que
estão no edital que não podem ter muito tempo ded-
icados a eles.
Não se preocupe se futuramente for necessário fazer cor-
reções no seu cronograma, isso é normal. Se você não for
um concurseiro experiente você vai conhecendo seu ritmo
aos poucos e vai ajustando seu cronograma ao decorrer
do tempo. Somente não crie um prazo para concluir de-
terminado assunto que você consiga cumprir olhando
o whatsapp, facebook ou instagram em seu smartphone/
iphone enquanto estuda. Isso é tempo perdido, deixe-os
para o intervalo.
Com a mente preparada e estudando continuamente sua
taxa de aprendizado irá aumentar consideravelmente,
então não fique ressabiado em diminuir o tempo de estudo
de determinado assunto se você estiver mais rápido do
que antes.
Consideração feita, o primeiro passo, nesse momento, é
definir o tipo de cronograma que você irá utilizar.
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Cronograma fixo ou aberto?

Bom, não há uma verdade absoluta sobre qual é a melhor

maneira de elaborar seu cronograma.
Alguns especialistas da área de concursos públicos de-
fendem o uso de um cronograma fixo e outros o uso de
estudo por ciclos com o cronograma do dia a dia em aberto
(principalmente o Alexandre Meirelles, maior difusor
desse método).
Ambos os métodos possuem vantagens e desvantagens.
A escolha dependerá do seu perfil. Você escolherá aquele
que você acredita que te trará mais resultados.

Cronograma aberto – estudo por ciclos

Nesse método o que importa é seguir a ordem das

matérias que estão em seu ciclo, independente do dia da
semana que esteja ou quantas horas diárias você tem dis-
ponível para estudo. Para que você possa entender mais
facilmente vamos seguir para um exemplo.
Exemplo de um ciclo de estudo:
Imagine que você esteja estudando para o concurso da
Petrobras para o cargo de engenheiro de equipamentos
junior – eletrônica. Por meio de sua análise do peso de
cada assunto a ser estudado você elabora o ciclo abaixo
com algumas matérias do edital. Obs: quero deixar bem
claro que eu não fiz a análise, você é quem tem que le-
vantar sua lista. Estou apenas citando um exemplo prático.
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conteúdos horas
Eletrônica Analógica 4
Redes de Computadores 1
Conversão Eletromecânica de Energia 5
Noções de Termodinâmica 2
Algorítimos Computacionais 1
Circuitos Elétricos e de Potência 2,5
Português 1

ciclo de 16,5 horas

2h 1h 2,5 h
Conversão
Eletrônica Analógica Redes de Computadores Eletromecânica de
Energia
Noções de Algorítimos Circuitos Elétricos e de
Termodinâmica Computacionais Potência
Conversão
Eletrônica Analógica Português Eletromecânica de
Energia

Pois bem, essa é a sequência que você deve seguir, in-

dependente de ser uma segunda ou uma sexta-feira. O
que interessa é seguir essa ordem. . Você vai estudar 2
horas de eletrônica analógica, depois 1 hora de redes de
computadores, posteriormente 2,5 horas de conversão
eletromecânica de energia, após isso 2 horas de noções
de termodinâmica e por aí vai.
Ao chegar o assunto “conversão eletromecânica de
energia” pela segunda vez você reinicia o ciclo, ou seja,
estuda eletrônica analítica novamente e segue a se-
quência.
Você pode repetir o ciclo quantas vezes achar necessário
para aprender e para revisar os conteúdos nele pre-
sentes. Depois que dominar todo o ciclo você pode criar

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outro com outras matérias ou mesclar assuntos do ciclo

anterior com o novo.
O ideal é que você sempre mantenha as matérias mais
importantes e inclua as que ainda não foram estudadas.
Isso não significa que seu ciclo vai ficar cada vez maior,
você pode apenas reduzir o tempo de estudo no ciclo para
as matérias já vistas. Aliás, quanto mais rápido você girar
um ciclo melhor é, pois isso significa que você está vendo
muitas matérias diferentes e está revisando mais vezes.
Se você fez o MiniCurso grátis do meu site, o Engenheiro
Concurseiro, você aprendeu que deve avançar em seus
estudos em bloco, e é justamente isso que você vai fazer
utilizando o estudo por ciclos dessa forma. Isso o impede
de deixar matérias que você não gosta para traz ou se
empolgar demais em determinado conteúdo.
Nesse método, você não é obrigado a cumprir um ciclo
inteiro de uma vez só (16,5 horas) e nem a interromper o
estudo apenas quando passar para outra matéria. Você
pode parar no meio do estudo de noções de termod-
inâmica, por exemplo, e em um momento seguinte retomar
essa matéria e cumprir o tempo que ficou devendo. A
única ressalva é evitar ficar com uma “dívida” inferior a
trinta minutos, pois esse é um tempo curto demais para
aprender alguma coisa (se for o caso de uma revisão, tudo
bem).
Você pode completar o ciclo em dois ou em até mesmo
5 dias, o que importa é respeitar a ordem e a quantidade
de horas para cada matéria. Por isso, é válido que você
anote as horas estudas por matéria para garantir um bom
controle dos seus ciclos de estudo.

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Há quem recomende que o tempo para cada matéria

seja cronometrado, ou seja, a hora de estudo deve
ser efetiva. Dessa forma, caso você vá ao banheiro ou
atenda uma ligação (embora isso seja extremamente não
recomendável) você deve pausar o cronômetro, mesmo
que seja por pouco tempo. Discutiremos sobre isso mais
adiante no tópico sobre produtividade, não sou a favor de
nenhum extremo. Não vejo mal em ir ao banheiro lavar o
rosto e não pausar o cronômetro, da mesma forma que
não acho correto você ficar pendurado 20 minutos no
telefone e inserir isso nas suas horas de estudo. Use o
bom senso.
Não sou a favor de nenhum extremo. Não vejo mal em ir
ao banheiro lavar o rosto e não pausar o cronômetro, da
mesma forma que não acho correto você ficar pendurado
20 minutos no telefone e inserir isso nas suas horas de
estudo. Use o bom senso.
As duas principais vantagens em se fazer um cronograma
de estudo por ciclos é a sua simplicidade e também pelo
fato do estudo se adaptar à sua rotina, não o contrário.
Às vezes, imprevistos que interrompem seus estudos
acontecem e não há nada que você possa fazer. Em um
cronograma fixo isso significaria um dia perdido de alguma
matéria, já que no dia seguinte você tem outro assunto
para estudar. No caso do estudo por ciclos com cron-
ograma em aberto isso não seria problema, pois o que
importa é a sequência.
Agora, como ficaria o cronograma aberto no método das
matérias em par? Bom, não muda praticamente nada.

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ciclo de 16,5 horas

2h 1h 2,5h
Algorítimos Conversão Eletromecânica
Eletrônica Analógica /
Computacionais / Redes de Energia / Noções de
Redes de Computadores
de Computadores Termodinâmica
Conversão Eletromecânica Algorítimos Algorítimos
de Energia / Noções de Computacionais / Circuitos Computacionais / Circuitos
Termodinâmica Elétricos e de Potência Elétricos e de Potência
Conversão Eletromecânica
Eletrônica Analógica / Eletrônica Analógica /
de Energia / Eletrônica
Português Português
Analógica

Você deve utilizar a sua tabela que já foi montada para

definir quanto tempo você vai estudar de cada matéria
dentro de um bloco.
conteúdos horas
Eletrônica Analógica 4
Redes de Computadores 1
Conversão Eletromecânica de Energia 5
Noções de Termodinâmica 2
Algorítimos Computacionais 1
Circuitos Elétricos e de Potência 2,5
Português 1

Então, exemplificando, no bloco “eletrônica analógica/

redes de computadores” você poderia estudar da seguinte
forma: 1 hora de eletrônica analógica, 30 minutos de
redes de computadores, 1 hora de exercícios + sínteses de
eletrônica analógica e, por fim, 30 minutos das mesmas
tarefas para redes de computadores.
Faça da forma que julgar melhor.
“Marcel, se o tempo de uma matéria acabar quando eu estiver
próximo de terminar um capítulo ou um exercício eu devo
parar imediatamente?”

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Claro que não. Os ciclos de estudo servem como uma

referência, eles te ajudam a não deixar matérias para traz,
te ajudam a estudar varias disciplinas para deixar o estudo
menos monótono, a te manter na linha; no entanto, não
fique escravo do seu ciclo, seja flexível quando isso for te
favorecer.

Cronograma fixo
Basicamente, a diferença com relação ao método an-
terior é que você tem metas a serem cumpridas em cada
dia. Para isso, você já deve saber anteriormente quanto
tempo você tem disponível em cada dia para planejar seu
cronograma.
Seguindo o mesmo exemplo do formato anterior
chegamos à seguinte tabela de um candidato hipotético.

hora/dia seg ter qua

08 às 17 Trabalho Trabalho Trabalho
17 às 18 Jantar Jantar Jantar
Conversão
Circuitos Elétricos e
18 às 18:30 Lazer Eletromecânica de
de Potência
Energia
18:30 às Circuitos Elétricos e
Eletrônica Analógica Lazer
19:30 de Potência
19:30 às
Eletrônica Analógica
Noções de Lazer
20:30 Termodinâmica
20:30 às Redes de Noções de Eletrônica Analógica
21:30 Computadores Termodinâmica
Conversão
21:30 às
Eletromecânica de
Algorítimos Eletrônica Analógica
22:30
Energia
Computacionais
Conversão
22:30 às Circuitos Elétricos e
Eletromecânica de Português
23:30
Energia
de Potência

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hora/dia qui sex

08 às 17 Trabalho Trabalho
17 às 18 Jantar Jantar
Conversão Eletromecânica de
18 às 18:30 Lazer
Energia
Conversão Eletromecânica de
18:30 às 19:30 Redes de Computadores
Energia
Conversão Eletromecânica de Conversão Eletromecânica de
19:30 às 20:30
Energia Energia
Conversão Eletromecânica de
20:30 às 21:30 Lazer
Energia
Conversão /Noções de
21:30 às 22:30 Eletrônica Analógica
Termodinâmica
22:30 às 23:30 Eletrônica Analógica Noções de Termodinâmica

No método das matérias em par ficaria dessa forma:

hora/dia seg ter qua

08 às 17 Trabalho Trabalho Trabalho
17 às 18 Jantar Jantar Jantar
Conversão Algorítimos
18 às 18:30 Lazer
Eletromecânica de Computacionais /
Energia / Noções de Circuitos Elétricos e
Termodinâmica de Potência
Eletrônica Analógica
Algorítimos
18:30 às
/ Redes de Lazer
Computacionais /
19:30 Circuitos Elétricos e
Computadores
de Potência
Conversão
Eletrônica Analógica
19:30 às Eletromecânica de
/ Redes de Lazer
20:30 Energia / Noções de
Computadores
Termodinâmica
Conversão
Eletrônica Analógica
20:30 às Eletromecânica de Eletrônica Analógica /
/ Redes de
21:30 Energia / Noções de Português
Computadores
Termodinâmica
Conversão Algorítimos
21:30 às Eletromecânica de Computacionais / Eletrônica Analógica /
22:30 Energia / Noções de Circuitos Elétricos e Português
Termodinâmica de Potência
Conversão Algorítimos
22:30 às Eletromecânica de Computacionais / Eletrônica Analógica /
23:30 Energia / Noções de Circuitos Elétricos e Português
Termodinâmica de Potência

267

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Essas tabelas são apenas para exemplificar. Por favor, não

tome isso como uma receita de bolo. Também não pense
que você não deve estudar aos sábados e domingos.
Estou simplesmente ilustrando uma situação para você.
No seu cronograma você deve colocar todas as infor-
mações que não sejam horário de estudo, como cursinhos,
grupos de estudo, trabalho...
No caso da tabela acima, essas seriam as suas metas se-
manais que você deveria cumprir.
As principais vantagens desse formato de cronograma
é servir como um guia que você deve seguir para medir
como está seu rendimento e também deixar metas bem
definidas que você deve cumprir.
Há uma grande diferença entre simplesmente saber que
você tem que estudar termodinâmica e saber que tem
que estudar termodinâmica até a terça-feira para assim
começar a estudar algoritmos computacionais.
Se não estipulamos um prazo tendemos a levar mais
tempo do que o necessário estudando determinado
assunto em comparação com o caso de termos uma
meta. Mesmo que você tenha pré-estabelecido que vai
estudar duas horas de eletrônica analógica, sem uma
meta definida você pode levar dias para cumprir seu plano.
Outro ponto é que você deve lembrar-se que um prazo
curto o força a ser mais produtivo. Você já deve ter
percebido isso no trabalho ao ter que fechar um relatório
“pra ontem” ou na universidade ao ter de entregar um
trabalho em tempo “inexequível”.

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Quando não temos metas qualquer coisa pode se tornar

um imprevisto que interromperá seu estudo, mesmo que
na verdade não seja.
Se seu horário está aberto, por que não ir comprar um
pão quentinho na padaria e depois retomar os estudos?

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Qual formato de cronograma escolher?

Bom, te apresentei como funcionam os dois tipos de

cronograma. Cabe a você fazer uma autoanálise e es-
colher aquele que julgar melhor para você. Não é porque
Joãozinho utiliza o cronograma fixo que você também
deve utilizar.
Identifique aquele que mais te agrada, que mais se encaixa
ao seu perfil.
No estudo por ciclos você tem liberdade para estudar na
hora que quiser, contanto que cumpra a sequência que
você mesmo estabeleceu, ao passo que no cronograma
com horário fixo você fica preso a um horário semanal, ou
seja, exige um comprometimento maior.
Dito isso, soa plausível que no formato de cronograma
com horário fixo você aproveita melhor seu tempo dis-
ponível, já que você pré-determina que vai estudar deter-
minado assunto de redes de computadores até a sexta,
por exemplo. Enquanto no outro formato não há um dia
específico para fechar o ciclo, isso pode ocorrer em dois
dias ou em uma semana.
Particularmente, penso que há dois perfis de pessoas que
combinam mais com um formato do que o outro.
Como o cronograma fixo exige maior comprometimento
de sua parte recomendo-o se você tiver problema em se
comprometer. Haja vista que esse formato o forçará a
cumprir seu cronograma.

270

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Se você é uma pessoa bastante comprometida e alinhada

com seu propósito não tem porque se manter preso a
uma grade de horários, já que você só deixará de estudar
quando realmente for necessário. Por isso, recomendo
que utilize o cronograma aberto com estudo por ciclos.
Caso tenha preparado sua mente adequadamente, da
forma como ensinei no capítulo anterior, certamente você
utilizará o cronograma aberto. Falo isso porque você não
desperdiçará seu tempo com distrações desnecessárias,
estará focado para cumprir seu objetivo, para se aproximar
do seu sonho.
Existe ainda um terceiro formato que você pode utilizar
(que é o que recomendo) que chamo de cronograma fixo-
flexível. Nesse método você estuda por ciclos com cron-
ograma aberto, mas com uma data limite para concluí-lo.
Ou seja, ao invés de você ter uma meta diária, você terá
objetivos em datas pontuais. Não importa em quais dias
você estuda cada matéria do ciclo, mas sim em qual data
vai finaliza-lo.
Recomendo esse método porque, mesmo que compro-
metido, um prazo te força a ser mais produtivo para cum-
pri-lo (como eu, admito, já repeti mil vezes nesse livro).
Nada impede que você comece por um formato e poste-
riormente migre para o outro, faça da forma que se sentir
mais confortável. Você pode começar pelo cronograma
fixo, passar para o fixo-flexível e posteriormente para o
aberto, ou simplesmente seguir um só formato durante
toda sua preparação. A escolha é sua.
●

271

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Um detalhe importante: ao final de cada semana anote

quantas horas você estudou de cada disciplina para saber
se você está respeitando a priorização nos seus estudos
baseado na sua lista. Isso é uma tarefa muito simples,
já que para gerar os ciclos de estudo ou os cronograma
fixos você já levou isso em consideração; será apenas um
registro.
Algumas pessoas devem estar se perguntando como di-
mensionar os ciclos ou os cronogramas fixos. Ora, isso
vai depender de você. Você já aprendeu como identificar o
que tem um peso maior no seu concurso. Essa estratégia
funciona e pode ser aplicada por qualquer concurseiro, no
entanto só você conhece o seu conhecimento prévio dos
assuntos, seu ritmo e sua facilidade com determinados
conteúdos. Analise suas horas disponíveis para estudar
semanalmente e dimensione seu cronograma de forma
inteligente e priorizada. Lembre-se de evitar colocar um
bloco de estudo de algum conteúdo inferior a meia hora,
este é um tempo curto demais para aprender um assunto,
a não ser que se trate de uma revisão.

Conclusão - ao final deste passo você deve ter o seu cron-

ograma de estudo com distribuição das horas por assunto
baseado na sua lista de assuntos a serem estudados, na
sua disponibilidade de horas e no seu método de estudo.

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Seu Projeto Aprovação

Pronto, todos os passos foram explicados e detalhados
para que você monte seu projeto com um objetivo, os as-
suntos a serem estudados, um método de estudo e um
cronograma a ser seguido de acordo com as suas horas
disponíveis.
Métodos e ferramentas foram destrinchados para que
você escolha aquele que melhor lhe convém. Mostrei passo
a passo como utiliza-los para que não restem dúvidas e
para que você não os aplique de maneira errada.
Tenho certeza que com a aplicação das dicas aqui
mostradas seu estudo terá um rendimento muito melhor.
Além disso, você vai conseguir memorizar várias vezes
mais conteúdo do que estava acostumado.
Você está com um material muito valioso em mãos. Nem
todos tem a oportunidade de receber dicas como essas,
então saiba que você já está muito a frente dos outros e
mais próximo de sua aprovação.
Já está se imaginando concursado?
A depender do seu horário disponível para estudo e do
período até a sua prova você pode optar por utilizar a
ferramenta de grifar/destacar, criar resumos, estudar as
matérias em par...Enfim, fica a seu critério. Você precisa
dessa definição para saber como montar o seu cron-
ograma de estudo.
Como venho ensinando tudo muito mastigado, recheado

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de exemplos práticos, irei fazer isso mais uma vez e

passar a minha recomendação para cada tipo de situação
de acordo com sua disponibilidade de tempo para estudo
e com o seu prazo de projeto. Porém lembre-se: eu não
te conheço, não sei qual é seu ritmo ou seu conhecimento
atual; então o que escrevo a seguir são apenas sugestões.
Para aqueles que têm bastante tempo para estudar, seja
pelo fato do concurso não estar aberto ou por ter total
disponibilidade de tempo durante o dia, recomendo que
utilize o método de estudo SQ3R. Ele despende um maior
tempo durante o estudo, mas, além de ajudar na mem-
orização, fornece uma base teórica mais forte sobre o
assunto.
Para aqueles que não possuem tanto tempo assim para
estudar, seja porque trabalha durante o dia ou porque está
com o concurso próximo, recomendo que utilize o método
das matérias em par. Ele leva menos tempo para ser con-
cluído do que o SQ3R e também é muito eficiente tanto
para o aprendizado quanto para a memorização. Este foi o
método que utilizei. Meu concurso estava muito próximo
quando comecei a estudar para ele (45 dias), mas eu não
estava mais trabalhando, então conseguia estudar várias
horas por dia.
Se você é um daqueles que está com um concurso batendo
na porta ou não tem tempo quase nenhuma para estudar,
você deve adotar uma estratégia mais agressiva. Seu
estudo deve ter muito menos embasamento teórico e
mais prática e memorização. Levante os assuntos a serem
estudados e resolva muitas provas do seu concurso e da
sua banca durante praticamente toda a semana (ênfase

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maior na prova do seu concurso). Estude a teoria e faça

sínteses apenas das questões que sentiu mais difi-
culdade nas provas e que estejam dentro dos assuntos
certos ou usuais. Teoria de questões esporádicas apenas
quando não estiver mais errando questões e se sobrar
tempo. Caso contrário, aprenda esses assuntos através
da repetição das provas. Parece loucura, mas conversei
com algumas pessoas que conseguiram aprovações em
bons concursos estudando apenas um mês através da
prática exaustiva (resolução de exercícios e provas). Esse
é o caminho para esse caso.

A lógica é clara: quanto mais tempo para você tiver dis-

ponível até seu concurso mais você vai poder se dedicar
à parte teórica da sua prova. Em contrapartida, quanto
mais próximo for o seu certame e menor for seu tempo
para estudo mais você deve se dedicar a resolução de ex-
ercícios e provas anteriores.
Contudo, é válido lembrar que, independente do seu tempo,
a resolução de questões sempre deve ser feito sempre
em grande quantidade. Como vimos, esta atividade é uma
das mais importantes para o aprendizado.
Lembre-se que a ordem das revisões sempre será: ex-
ercícios sínteses.

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Exemplo prático de um
projeto de convocação
rápida
Pois bem, agora vou elaborar um cronograma como
exemplo de uma situação bem parecida com a que eu
convivi: boa disponibilidade de tempo diária, prazo de
projeto de 45 dias, cronograma fixo-flexível e cargo para
engenheiro civil.
Suponhamos que todas as matérias específicas que vão
cair no concurso são as seguintes (só lembrando que isso
é só um exemplo, não estou me baseando em nenhum
concurso específico, cada caso é um caso e cada pessoa
tem um ritmo diferente, faça você mesmo seu projeto):

Conteúdos
Estruturas de Aço
Instalações Elétricas Prediais
Estruturas de Concreto Armado
Instalações Prediais Hidrossanitárias
Planejamento e Controle de Obras
Macânica dos Solos
Licitações e Contratos
Norma de Acessibilidade
Pontes e Obra de Arte
Arquitetura e Urbanismo
Fundações
Hidrologia
Mecânica de Fluídos

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Após resolver várias provas você dividiu os assuntos de

acordo com sua prioridade conforme mostra a tabela
abaixo.

Conteúdos prioridade
Estruturas de Aço 2
Instalações Elétricas Prediais 2
Estruturas de Concreto Armado 1
Instalações Prediais Hidrossanitárias 2
Planejamento e Controle de Obras 3
Macânica dos Solos 1
Licitações e Contratos 3
Norma de Acessibilidade 2
Pontes e Obra de Arte 3
Arquitetura e Urbanismo 3
Fundações 2
Hidrologia 3
Mecânica de Fluídos 3

O número 1 representa os assuntos certos de cair, 2 os

usuais e 3 os esporádicos.
Estou generalizando bastante, pode ocorrer de um
assunto específico de mecânica dos fluidos ser bastante
cobrado e todo o resto não, por exemplo. Você é quem
fará os ajustes necessários.
Agora, como você vai elaborar o cronograma?
De início, você deve elaborar os ciclos de aprendizado.
Uma boa forma de organiza-los é na sequência a seguir.

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ciclo de 18 horas
2h 1h 2h 1h
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Instalações Solos / Instalações
Fundações Fundações Elétricas Prediais Elétricas Prediais
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Norma de Solos / Norma de
Estruturas de Aço Estruturas de Aço Acessibilidade Acessibilidade
Estruturas de Estruturas de
Concreto Armado Concreto Armado Macânica dos Macânica dos
/ Instalações / Instalações Solos / Licitações e Solos / Licitações e
Prediais Prediais Contratos Contratos
Hidrossanitárias Hidrossanitárias

ciclo de 18 horas
2h 1h 2h 1h
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Instalações Solos / Instalações
Fundações Fundações Elétricas Prediais Elétricas Prediais
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Norma de Solos / Norma de
Estruturas de Aço Estruturas de Aço Acessibilidade Acessibilidade
Estruturas de Estruturas de
Concreto Armado Concreto Armado Macânica dos Solos Macânica dos Solos
/ Instalações / Instalações /Pontes e Obras de /Pontes e Obras de
Prediais Prediais Arte Arte
Hidrossanitárias Hidrossanitárias

ciclo de 18 horas
2h 1h 2h 1h
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Instalações Solos / Instalações
Fundações Fundações Elétricas Prediais Elétricas Prediais
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Norma de Solos / Norma de
Estruturas de Aço Estruturas de Aço Acessibilidade Acessibilidade
Estruturas de Estruturas de
Concreto Armado Concreto Armado Macânica dos Solos Macânica dos Solos
/ Instalações / Instalações /Planejamento e /Planejamento e
Prediais Prediais Controle de Obras Controle de Obras
Hidrossanitárias Hidrossanitárias

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ciclo de 18 horas
2h 1h 2h 1h
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Instalações Solos / Instalações
Fundações Fundações Elétricas Prediais Elétricas Prediais
Português / Português /
Arquitetura e Arquitetura e Inglês / Hidrologia Inglês / Hidrologia
Urbanismo Urbanismo
Estruturas de Estruturas de
Concreto Armado Concreto Armado Macânica dos Solos Macânica dos
/ Instalações / Instalações / Mecânica dos Solos / Mecânica
Prediais Prediais Fluídos dos Fluídos
Hidrossanitárias Hidrossanitárias

Esses seriam os ciclos utilizados para aprender os con-

teúdos.
Perceba a priorização. Os assuntos certos são repetidos
3 vezes dentro de cada ciclo e estão presentes em todos
eles, os assuntos usuais também estão presentes em
todos os ciclos. Já no caso dos esporádicos, eles só são
estudados ao final de cada ciclo e não são repetidos. A
ideia é que boa parte dos conteúdos esporádicos já seja
aprendido com a repetida resolução de provas.
O próximo passo é criar os ciclos de revisão. Neles, você vai
resolver exercícios e posteriormente rever suas sínteses.
Nesse passo vou manter a ordem de cada ciclo, mas
reduzir o tempo de cada um deles. O intuito é que com o
passar do tempo você utilize ciclos cada vez menores.
Utilizando apenas um ciclo como exemplo, ficaria no
formato abaixo:

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ciclo de 12 horas
1,5h 30min 1,5h 30min
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Instalações Solos / Instalações
Fundações Fundações Elétricas Prediais Elétricas Prediais
Estruturas de Estruturas de Macânica dos Macânica dos
Concreto Armado / Concreto Armado / Solos / Norma de Solos / Norma de
Estruturas de Aço Estruturas de Aço Acessibilidade Acessibilidade
Estruturas de Estruturas de
Concreto Armado Concreto Armado Macânica dos Macânica dos
/ Instalações / Instalações Solos / Licitações e Solos / Licitações e
Prediais Prediais Contratos Contratos
Hidrossanitárias Hidrossanitárias

Não se preocupe com a repetição de resolução de ex-

ercícios, já te disse como eles são importantes.
Então, como ficaria a combinação de ciclos de aprendizado
e de revisão?
Lembre-se que você deve estar sempre revisando e
repetindo os assuntos para ajudar na memorização do que
foi aprendido. Por isso, a combinação ideal é da seguinte
forma:
Ciclo de aprendizado 1 Ciclo de aprendizado 2 Ciclo
de revisão 1 Ciclo de revisão 2 Ciclo de aprendizado 3
Ciclo de aprendizado 4 Ciclo de revisão 3 Ciclo de
revisão 4.
Assumindo que você estuda, por exemplo, 6 horas por dia,
você encerrará dois ciclos de aprendizado em 6 dias. Os
quatro dias seguintes seria de revisão destes dois ciclos.
O “mega-ciclo” de combinação de 4 ciclos de aprendizado
e 4 de revisão levaria ao todo 20 dias de estudo para uma
produtividade de 6h/dia. Sabemos que para quem tem
total disponibilidade de tempo é totalmente plausível

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estudar mais de 6h/dia.

Se após terminar o mega-ciclo você já tiver aprendido
todos os conteúdos, a partir desse momento você uti-
lizará apenas os ciclos de revisão, e reduzindo cada vez
mais seu tempo. Por exemplo: você faz mais uma rodada
dos 4 ciclos de revisão de 12 horas, depois passa a fazer
rodadas de 10, 8, 6 e 4 horas. Quanto mais rápido os ciclos
girarem, mais matérias você estará revisando em menos
tempo.
Caso um mega-ciclo não seja tempo suficiente para
aprender todos os assuntos, repita-o. Ainda assim re-
starão 20 dias de pura revisão (sem contar com as re-
visões que você já faz dentro do mega-ciclo).
Talvez você esteja se perguntando: “Então, pelo exemplo
dado, eu só vou fazer minha primeira revisão do ciclo 1 após
6 dias?”. A resposta é não. Você já aprendeu que a primeira
revisão deve ser feita em até 24 horas, pois ela é uma das
mais importantes. Sendo assim, faça a primeira revisão
dos assuntos vistos ao final do dia e não contabilize como
horas estudadas do ciclo. Além disso, os flash cards vão
te ajudar a revisar parte dos conteúdos todos os dias.
Dessa forma, os ciclos de revisão serão a segunda revisão
do conteúdo aprendido, eles ocorrerão em um bom es-
paçamento.
Agora, como ficam esses ciclos no cronograma fixo-
flexível?
Elaborei abaixo uma programação de uma semana

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HORA/DIA SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM

7 às 8 Café Café Café Café Café Café Disponível
8 às 9 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível
9 às 10 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Café
10 às 11 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível
11 às 12 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível
12 às 13 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Disponível
Flash Flash
13 às 14 Disponível Disponível Disponível Flash Cards Disponível
Cards Cards
14 às 15 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Almoço
15 às 16 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível
16 às 17 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Prova Disponível
Flash
17 às 18 Disponível Flash Cards Disponível Flash Cards Prova Flash Cards
Cards
18 às 19 Academia Disponível Academia Disponível Academia Prova Disponível
19 às 20 Janta Janta Janta Janta Janta Janta Janta
20 às 21 Disponível Cursinho Disponível Cursinho Disponível Disponível Disponível
Grupo de
21 às 22 Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível Disponível
Estudos
Encerrar Encerrar
Grupo de
22 às 23 Disponível Disponível Ciclo de Disponível Disponível Ciclo de
Estudos
Aprendizado I Aprendizado II
23 às Flash Flash Flash
Flash Cards Flash Cards Flash Cards Flash Cards
23:30 Cards Cards Cards

aleatória para que se baseie.

Pronto, aí está uma semana comum de um candidato
fictício nas condições do exemplo.
Perceba como coloquei o uso de flash cards todos os dias.
É uma ferramenta muito simples e que te ajuda a rever
vários assuntos em um curto período de tempo.
Todo sábado separei 3 horas para resolução de provas
do concurso e, posteriormente, de outros cargos que sua
banca organizou. Vamos conversar um pouco mais sobre
esse assunto.
Utilize esse tempo de resolução de provas como sim-

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ulados, eles vão ser muito importantes para você. É

durante os simulados que você treina de verdade, que
você começar a pegar o jeito de como dosar seu tempo
para cada bloco do teste, que você resolve a uma série
de questões sem poder olhar para seu material. Não
cometa o pecado de resolver uma prova do seu concurso
pela primeira vez justamente no dia do seu certame. Isso
é um grande vacilo que não tem porque ocorrer, não vejo
razões para você querer descobrir justamente no dia de-
cisivo quanto tempo você deve levar com cada questão,
se faz primeiro as específicas ou as básicas e por aí vai.
É muito comum ouvir história de candidatos que não con-
seguiram resolver todas as questões do exame, que não
conseguiu preencher o gabarito ou que acabou trocando
tudo porque o tempo estava acabando, realizar simulados
vai te ajudar a evitar isso.
Utilizei no cronograma acima um intervalo de 3 horas com
a intenção de simular um tempo mais apertado mesmo,
já que geralmente os concursos de engenharia possuem
duração de 4 horas. Esse é um excelente treino.
Você também pode tentar resolver duas provas em 5 ou
6 horas para ficar preparado para as situações de grande
stress. Lembre-se que na sua prova você vai ficar aprox-
imadamente 4 horas seguidas sentado e concentrado,
nessas horas dói a bunda, a coluna, o pescoço, a mente
cansa etc. Fique pronto para essas ocasiões.
Outro ponto interessante é que durante o estudo, seu am-
biente deve ser o mais silencioso possível, mas durante a
resolução da sua prova no dia D isso pode não acontecer.
Por isso, simule em ambientes não tão tranquilos, nunca

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se sabe como será sua sala no dia do certame e se o

bairro onde este será realizado é sossegado. Já fiz um
concurso numa sala que fazia divisa com uma calçada e
muito próxima a ela havia um som de carro ligado tocando
música alta. Você tem que estar preparado para isso, pois
ninguém vai cancelar o concurso porque você perdeu a
concentração.
Quando for fazer simulados coloque alguma música para
te atrapalhar um pouco, experimente uma biblioteca
pública onde terão várias outras pessoas no mesmo am-
biente, reduza o tempo de execução do teste, utilize uma
cadeira um pouco desconfortável, evite fazer qualquer
coisa que você não possa fazer durante um concurso
(como atender ao telefone, olhar algum material, utilizar
calculadora...). Quanto mais parecido com o momento da
prova for suas simulações mais preparado você vai estar e
mais o seu aproveitamento nestes testes vai representar
seu desempenho no certame.
Os espaços preenchidos com “disponível” são os horários
que você tem para estudar sozinho. Por essa razão pintei
cursinho e grupo de estudos de outra cor, embora eles
façam parte de sua preparação. As provas aos sábados
devem ser resolvidas sozinho, pintei com outra cor
apenas para realçar essa tarefa. Lembre-se de sempre
que possível reservar um horário para revisões ao final de
cada dia, você já aprendeu que a primeira revisão é uma
das mais importantes.
Perceba como há muito mais tempo disponível dia-
riamente do que as 6 horas que utilizei no exemplo. Saber
suas horas disponíveis durante todo o prazo do seu

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projeto é importante para estudar quantos ciclos podem

ser montados, quantos repetições você consegue fazer
ou se é necessário reduzir o tamanho dos ciclos.
Com toda essa informação o seu projeto pode ter a
seguinte organização.
projeto aprovação no concurso X
Matérias Prioridade Provas Repetições
Estruturas de Aço 2 prova concurso x 2007
Instalações Elétricas Prediais 2 prova concurso x 2008
Estruturas de Concreto Armado 1 prova concurso x 2010
Instalações Prediais Hidrossanitárias 2 prova concurso x 2011/1
Planejamento e Controle de Obras 3 prova concurso x 2011/2
Macânica dos Solos 1 prova concurso x 2012
Licitações e Contratos 3 prova concurso x 2013/1
Norma de Acessibilidade 2 prova concurso x 2013/2
Pontes e Obra de Arte 3 prova concurso y 2010
Arquitetura e Urbanismo 3 prova concurso y 2012
Fundações 2 prova concurso y 2013
Hidrologia 3
Mecânica de Fluídos 3

projeto aprovação no concurso X

Horário Disponível Ciclos Duração Repetições metas
Jan Ciclo de Aprendizado 1 18 10/01/14
Seg a Sex 11h/dia Ciclo de Aprendizado 2 18 13/01/14
Sab - 8h/dia Ciclo de Aprendizado 3 18
Dom - 10h/dia Ciclo de Aprendizado 4 18
Fev Ciclo de Revisão 1 12
Seg a Sex 8h/dia Ciclo de Revisão 2 12
Sab - 8h/dia Ciclo de Revisão 3 12
Sab - 8h/dia Ciclo de Revisão 4 12
Mar Ciclo de Revisão 5 8
Seg a Sex 9h/dia Ciclo de Revisão 6 8
Sab - 9h/dia Ciclo de Revisão 7 8
Dom - 7h/dia Ciclo de Revisão 8 8
Total: X h

285

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Definindo o Projeto
Fechamento

Finalmente, agora você tem tudo que precisa e inclusive

já viu alguns exemplos para montar seu projeto e aplicar
o DPACR.
Até aqui você já viu como realizar, através do seu projeto, os
passos Definir, Priorizar, Aprender, Compactar e Repetir. Já
sabe como aplicar os 5 passos. Lembre-se sempre deles,
essa é a sequência que qualquer candidato de sucesso
deve seguir.
Seguindo tudo que foi escrito neste livro, sua mente estará
forte, preparada e voltada para o sucesso. Seu projeto
estará bem consistente, priorizado e racionalizado para
a eficácia máxima (com menos tempo). Só lhe resta a
prática: estudar.
Te garanto que, ao aplicar tudo que está aqui escrito, você
vai estar muito preparado para uma aprovação no seu
concurso-sonho.
Os passos que ensinei até esse momento são exatamente
os que eu utilizei quando me preparei e passei no concurso
da Petrobras antes mesmo de estar formado e estudando
menos de 3 meses, além da aprovação no concurso da
CEF em decorrência da minha preparação para meu ob-
jetivo maior.

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Também são os passos que coincidentemente foram uti-

lizados por outros engenheiros que tive a oportunidade
de conversar que também obtiveram sucesso em con-
cursos públicos.
Para te dar ainda mais segurança quanto à eficácia dessa
forma de elaborar seu projeto de estudos e aplicar o
DPACR, vamos conversar um pouco sobre o último livro
do autor Tim Ferriss.
Em The 4 Hour Chef (ainda sem versão em português),
Tim Ferriss diz que é possível se tornar um expert de nível
mundial em qualquer área que deseje em menos de 6
meses.
Para provar que isso é possível, Tim exibiu ao decorrer
do livro diversos cases de pessoas que conseguiram re-
alizar essa proeza e, além disso, ele próprio escolheu uma
habilidade para se tornar um expert de nível mundial em
menos de 6 meses (e conseguiu).
No livro ele ensina como qualquer pessoa pode se tornar
um “chefe cuca” em pouco tempo, porém esse não é o
ponto principal. Em sua obra, Tim fala sobre o método
que ele mesmo criou para conseguir esse feito: o DiSSS
(ou DS3).
O acrônimo citado é composto pelas seguintes palavras:
Desconstruction (desconstrução), Selection (seleção), Se-
quencing (sequência) e Stakes (apostas).
A desconstrução é, como o nome sugere, separar cada
bloco que compõe o todo. Determinar as unidades
mínimas para compreensão.

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Na etapa Selection você deve identificar qual 20% dos

blocos te darão 80% dos resultados para assim receber
a maior parte dos seus esforços e atingir o objetivo no
menor tempo possível.
Em qual sequência você deve aprender os blocos? Este é
o terceiro passo.
A fase Stakes é como apostas que você deve criar para
garantir que sua programação seja cumprida. Você pode
prometer para alguma pessoa que se não estudar licen-
ciamento ambiental até o dia X irá limpar o banheiro da
casa dela, por exemplo.
Aplicado o método DS3, o próximo passo é aplicar seu
segundo método: o CaFE (compression, frequency e en-
coding).
A compressão consiste em condensar os blocos 20% mais
importantes em apenas poucas páginas para acelerar sua
preparação.
Em Frequency, Tim fala sobre a frequência que você deve
treinar, montar um horário para praticar.
Encoding consiste em criar gatilhos, ancorar uma nova in-
formação a algo que você já sabe, criar mnemônicos ou
outros artifícios para te ajudar a memorizar.
Estes são os passos apresentados pelos best seller Tim
Ferriss para se tornar mestre em qualquer área. Agora,
vamos fazer uma analogia do método criado pelo Tim
com o método de criação do seu projeto de aprovação e o
DPACR que te apresentei neste livro para notar as semel-
hanças:

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· Desconstruction – antes de construir nossa base, vamos

desconstruir a prova que desejamos passar. Resolva várias
provas de seu concurso para identificar os assuntos co-
brados e criar uma lista de assuntos a serem estudados;
· Selection – defina em sua lista uma ordem de acordo com
os assuntos certos, os usuais e os esporádicos, e também
os organize por volume de questões. Com isso é possível
definir o peso de casa assunto e priorizar, ou seja, utilizar
o princípio 80-20;
· Sequency – defina a sequência dos assuntos a serem es-
tudados de acordo com o peso que você determinou em
sua lista;
· Stakes – se você estiver com sua mente preparada da
forma como ensinei, você não precisará criar apostas
para seguir focado no seu objetivo. Lembre-se sempre
do seu propósito, do porquê do seu esforço. Essa etapa
é realmente muito importante. É crucial para qualquer
candidato. Contudo, se preferir, você pode criar algumas
apostas para somar e aumentar seu comprometimento.
Tim Ferriss cita em seu livro que muitas vezes as pessoas
interrompem dietas, por exemplo, porque o não cum-
primento do plano não traz nenhuma penalização para a
pessoa (seja financeira ou de tempo);
· Compression – são as sínteses. Como foi dito, após
aprender é possível compactar bastante o assunto es-
tudado, seja grifando, fazendo resumo ou mapas mentais.
É extremamente importante para ganhar tempo durante
as revisões e auxiliar na memorização;
· Frequency – é o horário que você deve montar de acordo

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com seu horário disponível e método de estudo escolhido.

Planejar em seu cronograma a distribuição dos conteúdos
e as repetições;
· Encoding – são os gatilhos que você aprendeu no tópico
sobre memorização.

Fiquei muito feliz quando li o material do Tim Ferriss

porque me familiarizei muito com tudo que ele escreveu,
pois, como eu disse, a forma como ensinei a elaborar o
projeto para seguir o DPACR foi exatamente a que eu
utilizei para conseguir realizar meu objetivo.
Seu último livro foi escrito no final de 2012 (novembro),
depois das minhas duas aprovações. Isso me deu a se-
gurança que esse método realmente funciona, não só
comigo, mas com o autor do livro, com várias pessoas
que este entrevistou e estudou, e também com outros
aprovados em concursos de engenharia que tive a opor-
tunidade de conversar.
Para você ter uma ideia da credibilidade que o Tim Ferriss
tem para falar do assunto destaco algumas das proezas
que este já conseguiu em pouco tempo:
· Campeão nacional de boxe chinês;
· Primeiro americano na história a conquistar um recorde
mundial de tango;
· Fundador de uma empresa de suplementos;
· Fluente em japonês, chinês, alemão e espanhol (além do
inglês);

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· Conselheiro esportivo de mais de 30 atletas recordistas

mundiais;
· Escritor de três best sellers.

Espero que você sinta-se seguro o suficiente para con-

tinuar motivado e seguir o que está escrito aqui à risca.
Um concurso pode resolver sua vida para sempre, então
leve a sério a sua estratégia de aprovação.
Mente preparada: ok!
Projeto de aprovação: ok!
Agora veremos dicas valiosas para o momento de estudo!
Preparado?

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Módulo lIl

EVOLUÇÃO TOTAL
TRANSFORMANDO-SE
EM UM CONCURSEIRO
NINJA

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C omo você já sabe, durante a maior parte do meu

passado eu não fui um aluno exemplar.
Lembro-me que, na época do colégio, meus pais me
obrigavam a estudar em casa no período da tarde e eu
simplesmente detestava isso! Durante a semana, eu era
proibido de sair ou assistir televisão naquele turno do dia.
Todas as tardes, para disfarçar que estava estudando,
me trancava no meu quarto e não fazia absolutamente
nada. Às vezes, saía para beber uma água e deixava um
livro aberto sobre a cama, para caso minha mãe visse
acreditasse que eu estava estudando. Várias vezes ouvi
a pergunta:
“Você está estudando mesmo ou só enrolando?”

Para piorar, naquela época ainda não existiam smartphones

e eu não tinha computador ou televisão no quarto, então
eu realmente não fazia absolutamente nada, ou melhor,
fazia: ficava olhando para o teto.
Por incrível que pareça, eu preferia isso a aproveitar meu
tempo disponível para estudar e aprender alguma coisa.
Quanta perda de tempo! Como eu podia ser uma pessoa
tão improdutiva?
Essa minha atitude me prejudicou bastante, pois com
o passar dos anos isso era tão repetitivo que, no meu

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íntimo, o ato de estudar me remetia a uma tarefa ruim,

desgastante. Este meu comportamento durou até um
pouco mais da metade do meu curso de engenharia na
universidade, que foi quando eu tive meu ponto de virada.
O que aconteceu antes disso você já sabe: recuperações
paralelas, provas finais e matérias perdidas na faculdade.
Isso aconteceu por várias razões, uma delas era o fato de
eu não possuir, na época, o hábito de estudar.
“Eu gostaria de ter o hábito de estudar, mas não tem jeito.
Não consigo.”

Você com certeza já deve ter ouvido ou falado isso. Muita

gente tem vontade, mas não faz concursos simplesmente
por achar um saco estudar. Eu já fui assim e sei muito bem
o que é isso. Como eu disse, eu preferia olhar para o teto.
Criar um hábito é uma arte e pode ser um grande difer-
encial em sua vida. Esta ação é capaz de transformar algo
que você detesta em algo prazeroso. Exatamente como
aconteceu comigo. No passado eu brigava com meu
pai por causa dos estudos, hoje eu acho este ato muito
prazeroso. Tenho como um hobby aprender.
Construir o hábito de estudar é o primeiro passo para
concurseiros iniciantes. Não adianta estudar na força,
fazendo este ato parecer tão difícil quanto empurrar um
elefante dormindo. Dessa forma, você logo irá parar de
estudar e voltar a fazer o que fazia antes nas suas horas
vagas (e improdutivas). O estudo deve ser agradável, pro-
dutivo e fazer parte do seu cotidiano. Deve ser aquilo que
você realmente quer fazer.

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Produtividade, aliás, é outro ponto importantíssimo

que vamos nos aprofundar ainda mais neste capítulo. A
preparação mental e a organização do seu estudo já foram
dois passos que você aprendeu muito importantes para
ter uma boa produtividade. Manter a mente preparada e
ter um propósito definido faz uma diferença imensa no
seu rendimento. Assim como possuir um cronograma de
estudo eficaz que o impede de pensar todo o dia sobre o
que você vai estudar no momento.
Você vai aprender tudo que precisa saber para entrar em
estado de fluxo e ter um rendimento máximo sob suas
horas disponíveis. Uma das medidas mais importantes
para se conseguir entrar no estado de work flow é se con-
centrar adequadamente. Eliminar as distrações internas
e externas e mergulhar profundamente naquilo que se
pretende fazer. Seu rendimento é diretamente propor-
cional ao nível de concentração que você se encontra.
O seu ambiente de estudo também é muito importante.
Este fator até pode variar de pessoa para pessoa: alguns
se dão muito bem estudando em bibliotecas públicas,
vendo outras pessoas fazendo o mesmo; e outras só con-
seguem estudar adequadamente quando estão comple-
tamente isoladas. No entanto, é um consenso geral que
você conseguirá uma produtividade maior quanto mais
silencioso for o seu ambiente de estudo. Não adianta
estudar sozinho trancado no quarto se seu irmão escuta
músicas de rock no volume máximo no quarto ao lado. O
silêncio é um ponto primordial para um bom rendimento.
Vamos nos aprofundar muito mais nestes e outros as-
suntos nesse capítulo. Você vai aprender tudo aquilo

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que lhe será útil para melhorar significativamente sua

preparação para seu concurso-sonho. A seguir você de-
scobrirá:
· Como criar o hábito de estudar;
· Como ter produtividade máxima;
· Qual é o seu ambiente ideal de estudo;
· Como aprender qualquer assunto;
· Como selecionar os melhores materiais para o seu
concurso;
· Fazer concursos-paralelos durante sua preparação.

Mão na massa!

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Criando o Hábito
de Estudar

“Estou sem saco nenhum, mas vou tentar estudar por duas
horas”

A pessoa que diz esta frase certamente não possui o

hábito de estudar. Vai utilizar a força de vontade para
seguir adiante. O grande problema é que esta é uma
energia limitada. Todos nós possuímos picos temporários
de energia para exercitar tarefas através de nossa força
de vontade.
Quanto maior o seu comprometimento, foco e fé no seu
objetivo, mais força de vontade você terá para desem-
penhar suas atividades. Lembra-se da história que contei
sobre meu ponto de virada?
Eu tive um grande propósito para sair da situação que eu
me encontrava. Isto me deu a energia necessária para
estudar cada vez mais e criar o hábito do estudo. Na minha
meta seguinte, que era passar no concurso da Petrobras,
eu já possuía o costume de estudar, então, embora eu
também tivesse realizado os 5 passos da preparação
mental, não necessitava da minha força de vontade para
seguir estudando. Era natural. Não me parecia um fardo.
Ao final de tudo aconteceu algo que eu já mencionei neste
livro e que também irá acontecer com você: sua aprovação

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vai parecer ter sido muito mais fácil para você do que para
os outros à sua volta.
Mesmo com a mente bem preparada há limites para a
força de vontade. Por esta razão, existe um grande ponto
na realização de um hábito que você deve tirar proveito:
Para realiza-lo você não utiliza sua energia ou força de
vontade.
Somos guiados diariamente por vários hábitos que dire-
cionam nossa vida no piloto automático. Às vezes, nem
lembramos como realizamos algumas tarefas do dia a
dia. Isso acontece porque não gastamos praticamente
nenhuma energia para realiza-las. Estudos científicos já
comprovaram que nossa atividade cerebral é reduzida
no momento que estamos realizando uma sequência de
ações que compõe um hábito. Pode ser folhear o jornal no
banheiro, caminhar todo dia às 19h, verificar suas redes
sociais sempre após o jantar ou qualquer hábito que você
tenha; não interessa, no momento de sua realização o
seu cérebro estará no piloto automático.
Criando-se o hábito de estudar você não precisará utilizar
sua força de vontade. Isso vai ser algo natural, assim
como foi comigo. Não gastará sua energia. Assim você
terá ótimos rendimentos.
É lógico pensar que quem possui bons hábitos possui mais
chances de sucesso na vida do que aqueles que possuem
hábitos negativos. Aquele que possui o hábito de estudar
todo dia após o almoço tem mais chances de ser aprovado
em um concurso público do que aquele que tem o hábito
de jogar video game no mesmo período.

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Nossos hábitos determinam o nosso futuro. Como disse

Gandhi:
“As nossas crenças se transformam em pensamentos
nossos pensamentos se transformam em palavras
nossas palavras se tornam ações
nossas ações se tornam hábitos
nossos hábitos se tornam valores
e os nossos valores revelam o nosso destino”
Para implantar o hábito de estudar você deve, antes de
tudo, entender o que ele significa: um hábito nada mais
é que o resultado da repetição de uma determinada se-
quência de atividades até que estas se tornem uma rotina
automática. Repetindo os exemplos já citados: é ler o jornal
no banheiro, fazer uma caminhada todos os dias às 19h
ou verificar as redes social sempre após o jantar; também
pode ser ler um capítulo de algum livro de engenharia
sempre antes de dormir, estudar línguas estrangeiras por
1h após assistir o jornal da noite ou ler durante meia hora
alguma revista técnica de engenharia antes de retomar o
trabalho após o almoço.
Agora, o próximo passo é entender os componentes que
constroem um hábito.

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Componentes
de um hábito

Charles Duhigg cita em seu livro, O Poder do Hábito, que

nossos hábitos são compostos por três componentes:
#1 Gatilho;
#2 Rotina; e
#3 Recompensa.

O gatilho é aquilo que desperta nossa atenção para iniciar

uma rotina. É o sinal que capitamos que faz com que in-
iciemos a realizar as ações que compõe nosso hábito de
forma automática. Utilizando os exemplos já citados: ler
o jornal no banheiro ou fazer uma caminhada diária às
19h. Há também outros exemplos de gatilhos que estão
presentes na vida da grande maioria das pessoas at-
ualmente: verificar as conversas no whatsapp após ouvir
o som de nova notificação, verificar o correio de email
após perceber o sinal de nova mensagem recebida ou
comer a sobremesa após o almoço.
A rotina é a série de ações que você irá realizar após
perceber o gatilho. Pode ser folhear um jornal, praticar
alguma atividade física ou simplesmente pensar (algumas
músicas que quando tocam nos remete a algum momento
de nosso passado, por exemplo).

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A recompensa é o que você ganha ao realizar uma rotina,

é o que faz com que a série de ações se transforme em
um hábito. Se a recompensa não for boa, as atividades
não se tornam um hábito. Aí está um dos grandes pontos
para a criação do hábito de estudar e que discutiremos no
tópico a seguir.
Conhecendo os três componentes de um hábito fica mais
fácil identifica-los e modifica-los. Há muito mais a ser dito
sobre a identificação e modificação de um hábito, tanto é
que há livros inteiros tratando apenas deste assunto. No
entanto este não é o escopo deste método. Vamos focar
a seguir em como construir o hábito de estudar, que é o
que mais te interessa nesse momento.

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Como criar o hábito

de estudar

Eu não sei em que nível você se encontra no que diz re-

speito ao hábito de estudar. Talvez você já tenha esse
costume e isso não seja um problema para você, talvez
você já estude, mas deseja aumentar a quantidade de
horas estudadas com qualidade ou talvez você não tenha
nenhum hábito de estudar, vai começar do zero. Tudo
bem, não tem problema. A forma como vamos construir
o hábito pode ajudar tanto aquele que ainda não estuda
nada quanto aquele que só deseja aumentar o número de
horas estudadas diariamente.
Caso você já seja um estudante assíduo, pode achar que
este tópico não tenha tanta utilidade para você, porém,
ainda assim, recomendo a leitura.
Como você já sabe, um hábito é composto por três com-
ponentes: o gatilho, a rotina e a recompensa. O primeiro
passo que você deve dar é selecionar algum gatilho para
iniciar à sua rotina de estudo. Exemplos: um alarme para
despertar sempre meia hora após o jantar, a conclusão do
banho após a academia ou o final do jornal da noite.
Evidentemente você deve selecionar um gatilho que faça
parte do seu dia a dia. Não adianta escolher como gatilho
começar a estudar após o canto do galo se você mora
em uma zona urbana ou iniciar o estudo após começar

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a chover. Para a construção de um hábito funcionar você

deve realizar os passos todos os dias. Dessa forma a sua
chance de sucesso só aumenta. Neste primeiro momento,
tentar implantar o hábito de estudar todo domingo após
o Fantástico (ou o Domingo Espetacular, tanto faz) não vai
funcionar.
A rotina nada mais é que estudar, aplicar algum dos
métodos de estudo que você já aprendeu no capítulo an-
terior.
A recompensa é o fator principal, é aquele que faz com
que uma ação, de fato, se torne um hábito. É aí que grande
parte das pessoas que tentam criar o hábito de estudar
falha. Elas estudam apenas por estudar, sem enxergar as
recompensas de sua dedicação.
Sempre crie uma recompensa para seu estudo!
Voltando ao que foi dito no início do livro (e salientando,
mais uma vez, a sua importância), aqueles que possuem
um propósito bem definido, alinhado com seus objetivos,
sabe que cada hora de estudo é um passo a mais que é
dado em direção à realização. Esta é a maior recompensa.
O estudo te permite selar cada vez mais sua aprovação, as
imagens ficam cada vez mais vivas e reais em sua mente.
Então, após terminar o estudo em um momento, dedique
certo tempo a visualizar seu objetivo alcançado.
Por isso fiz questão de destacar que os 5 passos da
preparação mental são os mais importantes na preparação
de um candidato. Dentre as mais diversas vantagens que
isto te traz, uma delas é auxiliar na criação do hábito de
estudar, que é essencial para qualquer candidato ter a

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disciplina necessária para seguir seu plano. Qual é o valor

de se estudar com prazer?
Inestimável!
Além da recompensa da visualização do propósito al-
cançado, que é a maior de todas, é a razão de tudo; você
também vai utilizar recompensas imediatas. Uma delas é
bastante simples: resolver exercícios após o estudo e se
sentir bem com o maior número de questões acertadas,
com a constatação do progresso. Sempre vibre com seus
acertos! Estes sentimentos positivos criam estímulos que
facilitam a criação do hábito.
Outra recompensa pode ser a melhora gradativa no
aproveitamento de questões respondidas corretamente
na resolução de provas anteriores. Isto também é muito
recompensador. Esta também é uma das grandes razões
para que você resolva muitas provas e exercícios durante
a sua preparação. Dessa forma você está criando pe-
quenas recompensas para manter o hábito de estudar.
Não estude apenas teoria, parta para prática. Você precisa
ver os resultados!
Você também pode criar recompensas não relacionadas
diretamente ao estudo. Um ótimo exemplo: se você
adora assistir algum seriado específico utilize-o como
premiação. Você só vai assistir o episódio seguinte após
estudar por X horas. No entanto, esta não é a maneira
mais indicada de utilizar recompensas. Sabe por quê?
Porque um ponto muito importante é que, se você não
gosta de estudar, você deve desvincular esta tarefa de uma
ação negativa, penosa. Isso é de extrema importância para
que você transforme o estudo em um hábito prazeroso.

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Utilizar como recompensa algo não relacionado à atividade

fim do seu hábito passa a seguinte mensagem para seu
inconsciente: primeiro o trabalho, depois o lazer. Você
deve fazer com que o próprio estudo seja o lazer. Utilizar
como recompensas melhores resultados em provas e ex-
ercícios te ajuda com isso. Lembrar que você está cada
vez mais próximo de alcançar seu propósito te ajudará mil
vezes mais.

Estes são os três passos iniciais para a construção do seu

hábito de estudar. Além deles, é fundamental que tenha
uma crença inabalável no sucesso da implantação deste
hábito. Se você mesmo não acreditar nada vai para frente.
Para algumas pessoas, criar um novo hábito pode não ser
algo simples. Se esse for o seu caso, uma recomendação
é criar uma penalização para a hipótese de você não re-
alizar a rotina em algum dia. Você deve conversar com
alguma pessoa de sua confiança e combinar uma penal-
ização verdadeira. Por exemplo: se você deixar de estudar
X horas determinado dia da semana você vai varrer a casa
desta pessoa.
Esta ação cria um maior comprometimento com a criação
do seu hábito, até mesmo porque o fato de você não
ter que realizar a pena já é mais uma recompensa. Pe-
nalizações fajutas, como assistir ao filme romântico no
cinema que sua namorada(o) estava insistindo para ver
durante toda a semana, não surtem efeito nenhum.

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Outra dica para ajudar no comprometimento com a criação

do hábito é escrever sua meta diária em um papel logo pela
manhã e assina-lo. Antes de dormir você deve conferi-lo
para verificar se o objetivo foi ou não cumprido. Mesmo
que você saiba o que tem escrito você deve pegar o papel
e olhar para sua assinatura. Quando escrevemos algo e
assinamos criamos um compromisso com nós mesmos e
tendemos a manter a coerência em nossas ações.
Aconselho escrever algo como: “Eu, Joãozinho da Silva,
me comprometo a estudar hoje duas horas seguidas após o
jantar. Ass:XXX”. Se você passar a não cumprir sua própria
meta diária e sempre verificar o papel antes de dormir,
você passará a se sentir culpado consigo mesmo e talvez
não repita o mesmo erro no dia seguinte.
“Marcel, adorei suas dicas. Vou implantar agora o hábito de
estudar 10 horas por dia.”

Calma, companheiro(a). Como eu disse, eu não sei em

que nível você se encontra, mas o que eu sei é que, inde-
pendentemente disso, você deve dar um passo de cada
vez. Tentar implantar hábitos de grande magnitude (parar
de beber, perder 50 kg ou estudar 10 horas por dia) de
um dia para o outro simplesmente não dá certo. Com
pouco tempo você vai acabar desistindo, desanimando e
voltando para a estaca zero. Você deve fracionar grandes
objetivos em partes menores.
Se você não tem o menor costume de estudar, inicie
dando pequenos passos. Um bom hábito a se construir
seria estudar diariamente meia hora após o jantar, todos

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os dias. Quando isto se tornar um hábito você inclui mais

1 hora, por exemplo, até que chegue o momento que você
estude as 10 horas diárias, caso queira.
Na hipótese de você já ter o costume de estudar, um bom
hábito a se construir seria utilizar flash cards diariamente
por 15 minutos após algum gatilho que você escolher.
O hábito que você vai criar fica a seu critério. O que você
deve ter claro em sua mente é que tentar implantar
grandes hábitos de um dia para o outro não funciona e
ainda pode te deixar em uma situação emocional muito
pior da que você estava antes de tentar cria-los.
Outro ponto é que só se deve construir um hábito por vez,
se você tentar começar a estudar duas horas a partir das
14 horas, estudar inglês 1 hora antes de dormir e fazer
aulas de violão às 18 horas você vai falhar. Um passo
por vez. Quando concentramos nosso foco aumentamos
nossas chances de sucesso, você já sabe disso.

Para revisar:
· Realização de hábitos não depende da sua força de
vontade, enquanto estudar for um fardo essa atividade
ainda não é um hábito para você;
· Um hábito é composto por um gatilho, uma rotina e uma
recompensa;
· Construir pequenos hábitos;

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· Construir apenas um hábito por vez, concentrar o foco;

· Ao construir o hábito de estudar vincula-lo a um gatilho
e pensar nas recompensas;
· Repetir a rotina diariamente para que o hábito seja im-
plantado com sucesso.

A construção de hábitos é uma ferramenta poderosíssima

e que fará toda diferença em sua preparação para ser
aprovado e se tornar um concurseiro100. Tire proveito
desse aprendizado. Estude com prazer.

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Alcançando a
Produtividade Máxima

Ter uma produtividade alta, sem dúvida, é uma carac-

terística desejada por todos, inclusive concurseiros de
engenharia.
A esta altura, imagine que você já possui seu projeto de
aprovação totalmente priorizado para que você exerça o
menor esforço necessário. Também já implantou o hábito
de estudar, faz isso com prazer. Os passos DPACR já
estão sendo realizados com sucesso. Então, o que falta
para você conseguir sua aprovação?
Bem, eu me arrisco a dizer que você já sabe os segredos
para passar em qualquer concurso de engenharia. Porém,
imagine poder fazer tudo isso com uma produtividade
máxima. Isso te tornará ainda mais preparado para a
prova.
Ao decorrer deste livro você já aprendeu diversas dicas
valiosas para ter uma excelente produtividade, porém
neste tópico nós vamos além, vamos nos aprofundar
ainda mais.
Esclarecendo, ter uma boa produtividade não significa
apenas produzir mais. Produtividade alta significa produzir
mais em menos tempo. Se você conseguia estudar 100
páginas por dia e agora consegue estudar 200, isso não
significa que você foi mais produtivo se para isso levou o

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dobro de horas. Você só estudou por mais tempo, a pro-

dutividade foi a mesma.
A implantação de novos horários de estudo graças a
criação de novos hábitos é uma ótima ferramenta. Melhor
ainda será se você conseguir aumentar sua carga horária
de estudo e ainda produzir mais dentro deste intervalo.
Muitos cursos de produtividade mundo a fora ensinam
como gerenciar o tempo e como criar sistemas complexos
para conseguir realizar multitarefas. Dessa forma, teori-
camente você consegue melhorar seu rendimento para
determinado intervalo de tempo.
Aí estão dois mitos que precisam ser derrubados:
#1 Não possuímos controle sobre o tempo, mesmo que
usemos as melhores ferramentas disponíveis no mundo
o dia nunca terá mais que 24 horas e a semana mais que
7 dias; e
#2 É impossível realizar alguma tarefa com maestria en-
quanto realiza outra ao mesmo tempo, ou seja: multi-
tarefas não funciona. Exceto para tarefas simples, como
escovar os dentes e assistir televisão ao mesmo tempo.

Baseado nisso, Tont Schwartz e Jim Loehr defendem em

seu livro a genial ideia de que não devemos gerenciar o
tempo, mas sim a nossa energia. Apesar de conhecermos
a teoria geral da relatividade de Albert Einstein, na nossa
realidade cotidiana o tempo é imutável. Já a nossa energia
não, ela depende de uma série de fatores, como o nosso
humor, disposição, motivação, entre outros; e todos eles
são de grande influência em nossa produtividade.

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Gerenciando sua energia

para produzir mais

É incrível como, após conhecer a teoria de Loerh e

Schwartz, parece demasiado óbvio como a nossa energia
determina o quanto podemos produzir. Quando estamos
felizes, motivados, bem alimentados, saudáveis, en-
volvidos ou focados tendemos a ser mais produtivos;
em contrapartida quando estamos tristes, irritados, fa-
mintos, doentes, apáticos, indiferentes ou passando por
problemas familiares a tendência é que tenhamos uma
produtividade pífia. Tudo está relacionado a nos mesmos,
independe do tempo.
Todos nós possuímos ciclos de baixa e alta energia. Força
de vontade, como já foi dito, é uma forma de energia
limitada, não podemos contar com ela 24 horas por dia. No
entanto, realizando um gerenciamento eficaz é possível
que a gente consiga obter rendimento máximo por mais
tempo durante algum intervalo.
De acordo com Loehr e Schwartz, do livro Envolvimento
Total – Gerenciando Energia e Não Tempo, energia nada
mais é que a capacidade de realizar trabalho, e para con-
seguir ficar a maior parte do tempo com energia alta e
positiva você deve gerenciar 4 dimensões:

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#1 Corpo físico;
#2 Corpo emocional;
#3 Corpo mental; e
#4 Corpo espiritual.

Uma boa notícia: a esta altura do livro você já aprendeu

a como gerenciar praticamente todas as 4 dimensões.
Veremos a seguir mais detalhadamente o que cada um
deles representa e seus benefícios para atingir uma maior
produtividade.

Corpo Físico

O corpo físico está relacionado, como o próprio nome

sugere, aos cuidados que você deve ter com o seu corpo.
Você deve cuidar da sua respiração, da alimentação,
praticar exercícios físicos e dormir bem. Todos esses
fatores citados são de extrema importância para que você
mantenha sua energia alta no corpo físico.
Uma boa respiração o ajuda a acalmar, aliviar o stress, a
sair do estado emocional negativo. Respire calmamente,
inspirando pelo nariz e expirando pela boca. Faça esse
exercício durante alguns minutos sempre que se sentir
estressado, pois esse estado emocional prejudica a pro-
dutividade.
Você já aprendeu no capítulo anterior os benefícios que

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a alimentação pode trazer para melhorar sua capacidade

de memorização. Além desta vantagem, manter uma ali-
mentação balanceada te dará mais energia para produzir
trabalho, que no seu caso é estudar.
Faça o seguinte teste: procure medir sua produtividade
após o almoço em um dia comum e depois compare com a
sua produtividade em outro dia após comer em um rodízio
de carne ou massas. Você não vai conseguir estudar, seu
corpo vai ficar pesado, você terá preguiça e sonolência;
vai render praticamente nada.
Para ter uma dieta saudável você deve consultar um nu-
tricionista. Isso pode até parecer besteira, mas faz uma
diferença significante. De qualquer forma, todos nós
sabemos que devemos evitar alimentos com altas taxas
de gordura (principalmente a trans), com muito açúcar e
com alto índice glicêmico. Além disso, o ideal é que você
distribua a sua alimentação em várias vezes ao longo do
dia, começando com um bom café da manhã e diminuindo
a quantidade de alimento com o passar das horas. Nada
de apenas almoçar e jantar e comer quilos de comida para
compensar.
Muita gente come chocolate, por exemplo, quando deseja
ganhar energia. Ele, de fato, é uma fonte de carboidratos
que te dará a energia que necessita de forma rápida. No
entanto, se você comer chocolate sempre que precisar
de energia, ao longo prazo você estará prejudicando seu
corpo físico e, consequentemente, sua produtividade nos
estudos. Além disso, em menos de 30 minutos após con-
sumi-lo você vai ter uma queda no seu nível de glicose, o
que sem dúvidas é prejudicial para seu cérebro (e conse-

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quentemente sua concentração), já que este necessita de

um suprimento constante desta substância.
Para manter uma boa alimentação e evitar comer bastante
aquilo que você gosta tenha em mente que se alimentar
não deve ser entendido como um lazer (pelo menos
durante o meio da semana), mas sim como uma neces-
sidade do corpo. Mudar essa visão pode levar um tempo,
mas comece com pequenos passos que você consegue.
Durante o dia consuma bastante fruta, em quantidade
e diversidade. As frutas são os alimentos mais perfeitos
para os seres humanos. Elas necessitam de pouca energia
para serem digeridas e, por isso, não drenam nossa pro-
dutividade. Além do mais, as frutas são ricas em frutose,
que pode se transformar facilmente em glicose, a sub-
stância que faz o cérebro funcionar.
A maneira ideal de se consumir frutas é com o estomago
vazio, jamais junto com outros alimentos como arroz,
feijão ou carnes. Caso contrário, a fruta consumida, que
deve ser digerida no intestino delgado, começa a fer-
mentar no estômago e causa mal estar. Por isso, corte
a fruta como sobremesa, a consuma apenas 1 hora ou
mais após sua refeição.
Outro cuidado que devemos ter para melhorar esta di-
mensão do corpo é praticar atividades físicas. Esta ação
também foi apontada no capítulo anterior como muito
importante para melhorar nossa capacidade de memo-
rização, mas ela vai além. Lembra-se que o sedentarismo
potencializa a preguiça? Praticar atividades físicas regu-
larmente nos mantém mais dispostos, aumenta nossa
energia para realizar outras atividades e, além disso,

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melhora a qualidade do sono, que é o ponto que dis-

cutiremos logo adiante.
Quantos benefícios nos traz uma boa noite de sono, não
é verdade?
É nessa hora que recompomos nossas energias. Somos
como pilhas recarregáveis ou automóveis, é quando
dormimos que nos reabastecemos (ou recarregamos)
para produzir mais no dia seguinte. Procure dormir
sempre entre 7 e 8 horas por dia, a não ser que acorde
naturalmente e revigorado com menos tempo que isso.
Quando dormimos mal acordamos indispostos e mal hu-
morados, e isso, sem dúvidas, é prejudicial para que você
consiga ter um estudo produtivo. Além disso, a tendência
é que você fique sonolento durante todo o dia.
Assim como devemos dormir bem, devemos fazer várias
pausas durante o dia. De acordo com Tony Schwartz,
nosso corpo é projetado para funcionar bem quando
fazemos vários repousos: um grande (dormir), um inter-
mediário (cochilar) e vários menores (intervalos entre uma
ou mais tarefas). Mesmo que não tenha terminado de
estudar determinado assunto, é necessário que você faça
pausas regulares para recarregar seu corpo físico. Pode
ser descansar a coluna, os olhos, o pescoço ou esticar as
pernas. Não realizar essas pausas desgasta seu corpo
físico, acaba drenando sua energia e, consequentemente,
atrapalha seu rendimento.

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Corpo emocional

Já vimos muito sobre o corpo emocional neste livro. Dentro

dos 5 passos da preparação mental, já foi abordado boa
parte não só desta dimensão, mas também da dimensão
do corpo mental e espiritual. Esta é uma das razões
pela qual destaquei no segundo capítulo que seguir os 5
passos te transformará numa máquina exterminadora de
desafios. Você se tornará uma pessoa incrivelmente pro-
dutiva nos estudos.
Seu corpo emocional é aquele que está relacionado à
sua inteligência emocional, que nada mais é que sua ca-
pacidade de gerenciar suas emoções. Estados de fúria,
tristeza, medo e stress, por exemplo, trazem cargas neg-
ativas que prejudicam a produtividade. Em contrapartida,
a autoconfiança, felicidade, autocontrole e empatia são
estados benéficos para esta dimensão.
Mesmo que você esteja em paz consigo mesmo, nem
sempre os fatores externos conspirarão para que você
se mantenha com cargas positivas durante o dia a dia.
O trânsito pode estar congestionado, seu ônibus pode
atrasar, alguém pode ter mexido na sua escrivaninha e
desarrumado seu material de estudo; e por aí vai. Essas
situações podem te tirar do sério, e isso é extremamente
prejudicial para sua produtividade.
Você consegue ter um bom aproveitamento nos estudos
quando está com raiva de alguém ou de alguma situação?
Tenho certeza que não.

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Aprender a gerenciar suas emoções para que você sempre

possa superar sentimentos negativos e resgatar senti-
mentos positivos é uma excelente ferramenta a ser uti-
lizada para evitar que os exemplos citados modifiquem
seu estado emocional e, consequentemente, seu ren-
dimento.
Então, como posso fazer esse gerenciamento?
Para que você tenha um melhor controle sobre suas
emoções você deve, antes de tudo, se conhecer melhor. O
que te tira do sério? Falta de compromisso? Arrogância?
Ciúmes? Ser interrompido? Cada um tem uma forma de
reagir para cada tipo de situação. Você pode não se sentir
incomodado ao ser interrompido, no entanto para outra
pessoa isso pode ser o “fim da picada”.
Sem identificar o que te deixa impaciente, triste, desa-
creditado ou amedrontado; não há como agir para re-
verter à situação. Lembra-se que o primeiro passo para
curar o medo é identifica-lo? Por isso, é muito importante
que você tenha autoconhecimento.
Você já aprendeu ferramentas para acreditar mais em
si mesmo, superar o medo e se sentir mais feliz. Agora
veremos o que fazer para lidar melhor com situações que
te tiram do sério, que te deixam estressado.
O melhor caminho a seguir é se expor mais vezes a estes
tipos de situações e prestar atenção em suas própria
reações. Converse com aquele cara chato e se avalie, tente
se controlar e praticar sua paciência. O mesmo vale para
quando você está preso no trânsito a caminho de casa,
esperando alguém que está atrasado ou pedindo silêncio

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para seus irmãos para se concentrar nos estudos.

Realmente pratique esta atividade. Com o tempo você
vai aprendendo a lidar melhor com estes tipos de ad-
versidades e vai aprimorar o gerenciamento de suas
emoções, melhorando sua dimensão do corpo emocional.
Outro ponto é identificar o que te faz bem, para que você
possa aplicar estas ações e alterar seu estado emocional.
Eu, por exemplo, sempre fico animado quando me lembro
do dia que avisei aos meus familiares que havia passado
no concurso da Petrobras. Um amigo meu me disse, certa
vez, que sempre que desejava melhorar seu ânimo ele se
lembrava da conquista da Libertadores da América do seu
time do coração.
No seu caso, você pode se sentir mais calmo, animado,
seguro ou com qualquer outro sentimento positivo quando
escuta alguma música em especial, conversa com algum
familiar ou toca algum instrumento. Identificando aquilo
que te faz bem, que muda seu estado de espírito, aplique
essas ações quando desejar se sentir melhor.
Acredite, isso funciona!
Lembro-me que quando criança costumava fazer certa
brincadeira com meus amigos que tinha como objetivo
ver quem conseguia ficar mais tempo sem sorrir. Ela fun-
cionava da seguinte forma: algum colega ficava fazendo
uma série de palhaçadas e quem resistisse por mais
tempo vencia, simples assim. Curiosamente, eu sempre
me saía bem.
Isso acontecia porque no momento da brincadeira eu
sempre ficava lembrando-me de um momento particular

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de minha infância que havia me tirado do sério. Dessa

forma, ficava irritado novamente e não conseguia achar
nenhuma graça nas palhaçadas dos meus amigos.
A brincadeira era infantil e sem sentido, coisa de criança
mesmo. Inclusive não é nem um pouco saudável relembrar
maus momentos do passado. No entanto, essa história
mostra que este artifício realmente funciona, seja positi-
vamente ou negativamente.
Pessoas que passam a vida inteira reclamando da vida
nunca estão felizes. Da mesma forma que pessoas que
falam apenas coisas positivas estão sempre de bem com
a vida. Suas ações determinam seu estado de espírito!
Então, quando estiver se sentindo desanimado com seu
concurso, utilize alguns dos seus gatilhos de emoção
(como lembrar sempre do seu propósito) para se reanimar
e seguir estudando.
Algumas ações que também são indicadas para quando
você estiver estressado é respirar profundamente e cal-
mamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, ou
acelerar seus batimentos cardíacos através de atividades
físicas. Isso ajudará a melhorar o seu estado emocional.
Em resumo, você estará bem energizado no campo emo-
cional quando estiver carregando sentimentos positivos.
É isso que você deve buscar. Dessa forma você vai render
muito mais.

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Corpo mental

Esta é outra dimensão que já foi amplamente discutida

neste livro.
Loehr e Schwartz citam em seu livro os dois pontos de
grande importância para a dimensão do corpo mental: o
otimismo realista e o foco.
O otimismo realista consiste em manter pensamentos
positivos, mas sem perder o senso de realidade.
A história que eu contei sobre o meu comportamento após
ter falhado na primeira prova de concurso de engenharia
que fiz ilustra bem este conceito. Você deve lembrar que
eu comentei ter ficado feliz com o meu resultado, mesmo
enquanto a maioria a minha volta acreditava ter sido
desastroso. No entanto, eu também não me acomodei.
Procurei identificar e aprender com meus erros para
ganhar experiência e ter uma melhoria contínua.
Otimismo realista também significa não ter apenas ter
pensamentos positivos, mas também uma postura ativa.
Esta definição combina com a fórmula dos 2P’s: sucesso
é igual à postura ativa mais pensamentos positivos.
Enquanto estiver estudando, não imagine que apenas
pensar positivamente resolverá o seu problema. Você
também deve agir. Só assim você conseguirá selar a sua
aprovação.
No capítulo 2, você aprendeu que deve ter foco no seu
objetivo. Mirar apenas um concurso.

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Agora, saiba que você também deve manter o foco para

resolver apenas uma tarefa por vez, estar comprometido
com seu estudo. A multitarefa não funciona, além de
elevar seu nível de stress.
Não é possível estudar eficientemente conversando
ao mesmo tempo no whatsapp, falando ao telefone ou
navegando na internet. Da mesma forma que você não
vai conseguir ter uma boa produtividade nos estudos se
aceitar todos os convites que receber para sair. É preciso
ter compromisso!
Enquanto estiver estudando não pare para realizar outras
tarefas. Não se distraia. No seu período de estudo se con-
centre no seu objetivo. Quando chegar a hora do descanso
você aproveita para verificar as distrações que even-
tualmente possam ter aparecido.
Saiba que é mais eficiente estudar sem parar por uma hora
e meia do que estudar por três horas, mas interrompendo
para fazer outra atividade a cada 15 minutos. Para render
nos estudos de verdade você precisará de um tempo de
imersão, de concentração profunda; e certamente você
não conseguirá alcançar esse estado parando a todo in-
stante. O tempo de imersão é de extrema importância
para que se consiga atingir uma produtividade muito alta.
Para exercitar e aprimorar seu cérebro você deve passar
por momentos contínuos de esforço e recuperação. Aliás,
fazendo uma analogia aos músculos do nosso corpo,
quando desejamos obter hipertrofia muscular é ex-
atamente isso que fazemos: esforço (exercício) e recu-
peração (alimentação e sono). Quem vai para academia
para conversar (distração) não consegue obter resultados,

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mesmo que fique nela por bastante tempo.

Além do ato de estudar (esforço), a recuperação também
é muito importante. É nesse momento que você des-
cansará não só seu corpo físico, mas também sua mente.
É nele que temos uma sacada sobre a resolução de alguma
questão ou quando nos recordamos de algum dado que
não lembrávamos no momento de sua necessidade; além
de consolidar aquilo que aprendemos.
Por isso, nada de estudar três horas seguidas sem
descanso. Dessa forma você estará baixando sua energia
em todas as dimensões. Faça uma pausa no meio. Só
tenha em mente que parar para descansar a mente é
uma coisa; já parar para atender a distrações é outra coisa
completamente diferente. É necessário maturidade e au-
tocrítica para saber diferenciar as duas coisas.
Concentração e distração são dois temas que serão mais
profundamente abordados em tópicos posteriores, pois
são de extrema importância para que você consiga entrar
em estado de fluxo e renda muito mais. De qualquer
forma, você já sabe que quanto menos interrupções você
tiver durante seu estudo (ou seja, quanto maior for seu
foco) e quanto mais otimismo realista você mantiver, mais
energia você terá na dimensão do corpo mental e, conse-
quentemente, mais produtividade.

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Corpo espiritual

A dimensão mais importante de todas está relacionada

ao primeiro dos 5 passos da preparação mental: ter um
propósito bem definido. Inclusive, recomendo a releitura
daquele tópico, pois esta talvez seja a parte mais im-
portante de toda sua preparação para seu concurso
público.
Quando determinada atividade que você está desem-
penhando está alinhada com o seu maior propósito, sua
energia nessa dimensão estará na carga máxima. Isso
o tornará uma pessoa superprodutiva. O poder em mo-
tivação que esta dimensão nos fornece é inestimável!
Identificar o propósito de todo seu esforço para estudar
para seu concurso-sonho é um passo muito importante
para seu bom desempenho. Você deve ter uma razão
muito forte, muito além do dinheiro, assim como foi o
caso da Marilene Lopes e do meu antigo chefe. Pergunte
sobre o porquê de realizar o concurso e, posteriormente,
sobre o porquê do porquê, até que identifique a verdadeira
razão de tudo, o seu verdadeiro propósito.
Ao conhecê-lo, use este desejo sempre que necessário
para continuar seguindo em frente. Lembre-se do seu
propósito a todo instante. Visualize seu propósito sendo
alcançado. Vibre com seus resultados positivos sabendo
que você está mais próximo de atingir aquilo que você
mais deseja!

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As 4 dimensões - Fechamento

Note como alguns fatores que parecem não ter nenhuma

importância para concurseiros são, na verdade, cruciais
para que se tenham bons resultados. Ignorar estes fatos é
um erro comumente cometido pela maioria deles. Preocu-
pam-se apenas em estudar, quanto mais horas, melhor é.
Aqui você está aprendendo a ter vida mesmo sendo um
concurseiro.
Não adianta sacrificar seu sono para estudar algumas
horas a mais, pois no final você vai pagar a conta. Com
alguns dias você vai passar a produzir por menos tempo
e vai perder mais horas do que as que você “ganhou” sac-
rificando seu sono.
Continue (ou inicie) praticando atividades físicas, não pense
que isso será perda de tempo. Se alimente bem. Faça pe-
quenas pausas enquanto estuda para descansar. Cuide
do seu corpo, da sua saúde. Ficar doente é péssimo para
sua produtividade. Já viu alguém passar em um concurso
estudando com pneumonia ou infecção alimentar? Tenho
certeza que não.
Você certamente se lembra de quando eu falei que en-
quanto estudava para o concurso da Petrobras continuei
com minhas atividades físicas e garantia um sono de, no
mínimo, 7 horas por dia. Lembra também que eu fui, in-
clusive, questionado pelos meus pais se eu não podia me
dedicar um pouco mais e deixar as atividades físicas para
depois da prova.

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Agora você entende um pouco mais a razões pela qual

você deve manter estes cuidados. Mesmo ocupando um
horário que poderia ser utilizado para estudar mais, com a
prática de atividades físicas eu tive excelentes resultados
em concursos públicos de engenharia. Eu sei que parece
arriscado. Parece ser uma perda de um tempo precioso,
mas confie que essas ações serão benéficas para sua
preparação. É preciso quebrar paradigmas.
Gerencie suas emoções. Estado de tristeza, fúria, medo
ou falta de fé é prejudicial para o seu bom rendimento.
Como indicou o resultado da pesquisa realizada por Shawn
Archor, pessoas felizes são mais produtivas e precisas.
Mantenha o foco no seu objetivo, não realize multitarefas.
Mantenha um otimismo realista. Concentre toda sua
energia na meta principal. Essas atitudes com certeza te
ajudarão a absorver mais conteúdos em menos tempo.
Esteja sempre alinhado com seu maior propósito. Este é
o ponto principal. Se você falhar nessa etapa com certeza
também falhará na prova do seu concurso público.
As quatro dimensões são fontes geradoras de energia
importantes para que você possa atingir uma produ-
tividade máxima. É isso que deve ser gerenciado, não
apenas seu tempo. Tomando os devidos cuidados com
seu corpo físico, emocional, mental e espiritual você vai
sentir um grande fluxo de energia que vai aumentar con-
sideravelmente sua capacidade de realizar trabalho, que
é estudar.
Lembre-se que eu não estou te passando algo que eu li e
acho que funciona. Estou te ensinando práticas que eu e

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outros concursados aplicamos e que realmente traz mais

resultados.
Em resumo, as 4 dimensões geradoras de energia vão
agir em sua produtividade da seguinte forma:
· Corpo físico: gera energia em forma de disposição, o
sedentarismo estimula a preguiça;
· Corpo emocional: gera energia em forma de bem estar,
paz interior; não é possível render quando estamos com
cargas emocionais negativas;
· Corpo mental: concentração da energia para realizar seu
principal objetivo;
· Corpo espiritual: gera energia em forma de motivação, a
maior força que pode existir para que consiga ter uma boa
produtividade.

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Registre suas horas

diárias de estudo
Esta simples orientação te garante muito mais controle
sobre seu estudo e aumenta sua produtividade.
Criando um registro das horas estudadas diariamente
você consegue traçar uma tendência e também identificar
alguns padrões, para assim descobrir como você pode
melhorar seu rendimento. Através do seu controle vai ser
possível perceber, por exemplo, se você está aumentando
ou diminuindo seu tempo de dedicação ao decorrer de sua
preparação.
É normal que a gente consiga aumentar gradativamente
nossas horas diárias de estudo (a não ser que você tenha
alguma modificação em sua rotina), porque nosso corpo
e mente vai se acostumando com essa tarefa e mel-
horando cada vez mais, já discutimos sobre isso. Então,
se você notar através do seu controle que suas horas de
dedicação estão caindo é hora de refletir sobre o que está
acontecendo.
Você está desmotivado?
Seu ambiente de estudo está cada vez mais desor-
ganizado?
Descubra as causas!
É possível notar também os dias que você consegue
estudar por menos tempo para entender melhor se

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alguma atividade está prejudicando seus estudos. Ou

seja, busque por padrões.
Por exemplo: através de suas anotações você percebe
que estuda, em média, quatro horas e meia por dia, mas
na terça e na quinta-feira você estuda apenas uma hora.
O que você faz nesses dias para conseguir estudar apenas
por este intervalo de tempo?
Será que você está dormindo muito tarde na segunda e
quarta-feira e está acordando cansado? É algum seriado
ou programa de TV?
Ou será que você exagera demais nos estudos nos dias
anteriores e por isso consegue render bem menos nos
dias seguintes?
Você come um belo de um rodízio de carne nesses dias?
Conheça sua rotina para que você possa analisa-la e
modifica-la para produzir bem mais. Você não precisa ser
rigoroso ao extremo nos registros, como descontar os
minutos que vai ao banheiro ou beber água, por exemplo.
Faça um controle de forma macro (mas se quiser fazer
dessa forma, tudo bem).
Se possível, anote os turnos do dia que você estudou para
conhecer o horário que você tem mais disposição. Uma
vez por semana avalie seu desempenho do dia a dia e
faça as devidas análises e correções.
Estes registros serão uma ótima ferramenta que você
terá em mãos para ajustar seus estudos durante toda
sua fase de preparação. Uma pequena atitude vai fazer
uma diferença imensa nos seus resultados!

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Como atingir a
concentração total

A falta de concentração pode ser facilmente considerada a

maior responsável pela necessidade de retrabalho de uma
tarefa. No seu caso, significa ter de reler várias páginas
após se dar conta de que não aprendeu nada por não
estar devidamente concentrado. Isso acontece inúmeras
vezes e, somadas todas elas, representa um considerável
desperdício de tempo precioso para um candidato.
Você não pode se dar ao luxo de perder esse tempo por
uma razão que pode ser contornada. Além de atrapalhar
a produtividade, retrabalho pode acabar com todo seu
planejamento de estudo. Em contrapartida, quando at-
ingimos o estado de concentração total conseguimos al-
cançar uma produtividade além do comum!
É bastante provável que já tenha acontecido com você
uma situação como essa: você estava tão empenhado em
determinada tarefa, tão concentrado, que praticamente
se desligou do mundo e não conseguia ver, sentir ou ouvir
nada em sua volta, parecia que você estava em outra di-
mensão. Isso acontecia com frequência em minha ado-
lescência quando jogava meus jogos favoritos de vídeo
game. É esse estado que devemos buscar e vamos al-
cançar, mas para os estudos!
Com uma produtividade altíssima será possível estudar,

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realizar exercícios, elaborar e rever sínteses de forma

muito mais rápida e, dessa maneira, repetir o ciclo várias
vezes para chegar imbatível à prova do seu concurso.
O primeiro passo para conseguir atingir o estado de
fluxo (workflow) é evitar a perda de concentração, antes
mesmo de se preocupar em melhorar seu nível de apro-
fundamento. Para isso devemos, a princípio, conhecer
qual é o seu maior vilão: as distrações.
Basicamente, há dois tipos de distrações que quebram
nossa concentração e prejudicam nosso fluxo no desen-
volvimento de uma tarefa: as distrações internas e as ex-
ternas.

Distrações internas

As distrações internas são aquelas relacionadas princi-

palmente à nossa dimensão do corpo emocional, conforme
você aprendeu no tópico anterior. É o stress, a angústia,
tristeza, ansiedade, raiva...Todos esses sentimentos são
capazes de nos distrair no meio do estudo. Você está
estudando tranquilamente, mas de repente se lembra
da raiva que você está da sua irmã por importunar seu
estudo no dia anterior e daí começa a remoer o assunto.
Isso é distração.
Felizmente, você já aprendeu a como contornar este tipo
de problema.
Tenha em mente que você deve sempre evitar o estado de
pensamento nebuloso quando deseja se concentrar em

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determinada tarefa. Este estado de pensamento ocorre

quando você está realizando alguma atividade, porém
está com a cabeça em outro lugar. É quando você está
em um momento família, no entanto está pensando no
assunto que ainda não estudou; ou quando você está es-
tudando, mas está pensando que não está dando atenção
suficiente aos seus familiares. Esses são só alguns ex-
emplos.
É preciso separar bem suas atividades e se comprometer
não apenas com o corpo, mas também com a cabeça.
Já conversamos sobre a importância que o descanso e
as horas de lazer têm na preparação de um candidato.
Valorize esses momentos! Manter pensamentos neb-
ulosos gera stress e os momentos de lazer acabam não
surtindo o efeito desejado. O mesmo vale para os mo-
mentos de estudo, você nunca vai aprender ou fixar dessa
forma.
Estudar com pensamentos nebulosos não geram re-
sultados!
Uma dica extra muito boa para eliminar distrações in-
ternas enquanto estuda é acelerar sua leitura. A forma
como você deve ler nessa situação é diferente da forma
como você deve ler um romance, por exemplo.
Uma leitura vagarosa cria vazios em sua mente que
permite a entrada de outros pensamentos, as distrações
internas. Uma leitura acelerada o força a manter a con-
centração para que você não comprometa seu enten-
dimento. Não dá brechas para distrações.
Você já percebeu que quando você assiste a um vídeo de

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alguém que fala lentamente sua cabeça pensa em mil

coisas diferentes enquanto esta termina sua frase?
Se não percebeu faça o teste!
Bons palestrantes ou professores tendem a falar ligei-
ramente mais rápido que os piores.
O mesmo que acontece para um vídeo, um áudio ou uma
palestra vale para sua leitura. Por isso, regule-a!
É mais difícil se concentrar em algo quando a informação
leva muito tempo para ser recebida. Acelere ligeiramente
sua leitura de modo que você não se distraia e também
não comprometa o entendimento do que está sendo
lido. Esta dosagem cabe a você.
Uma boa maneira de começar a aumentar a velocidade
de leitura é utilizar seu próprio dedo ou lápis para acom-
panhar a atividade. Guie-o em uma velocidade constante
que você consiga acompanhar com a leitura sem perda
em compreensão. Com a prática você vai aumentando
gradativamente esse ritmo.
Esta ação impede que você volte no texto para reler uma
palavra porque não estava concentrado o suficiente e
também o impede de reler a mesma linha, como às vezes
acontece por engano.
Este simples cuidado já pode ser capaz de até duplicar
sua velocidade de leitura sem perda de compreensão.

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Distrações externas

As distrações externas estão relacionadas ao ambiente

onde você está estudando e, para surpresa de muitos,
não está relacionado apenas à audição. Tudo em seu am-
biente de estudo deve ser analisado com cuidado para
não quebrar sua concentração.
Objetos visualmente atrativos, cadeira desconfortável,
temperatura elevada ou baixa demais, mau cheiro,
bagunça e barulhos externos ao seu ambiente: tudo isso
tem grande potencial para te distrair, nem que seja para
fazer uma reclamação para você mesmo. Pode parecer
besteira, mas isso faz diferença em seu rendimento. Um
bom ambiente de estudo te ajudará a atingir o estado de
workflow!
Sabendo disso, estude em uma cadeira confortável. Invista
algum dinheiro nisso. Muitas vezes nos desconcentramos
porque sentimos algum desconforto na coluna ou na nuca.
Isso distrai e jogar seu rendimento lá para baixo.
Sua cadeira deve ter almofadas, altura regulável, deve
permitir que você aproxime-se da sua mesa de estudos
para que você não tenha que encurvar a coluna para
chegar mais perto do seu material.
Tenha organização em sua mesa de estudos. Um ambiente
bagunçado gera stress, distração e queda de rendimento.
Antes de começar a estudar deixe todo seu material do dia
separado e organizado em sua mesa (livros, rascunhos,
apostilas, lápis, borracha, calculadora...). Você não vai

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querer interromper seu estudo para procurar um livro que

não está em seu fácil alcance.
O seu ambiente deve estar bem iluminado. Se ele estiver
muito escuro você vai forçar sua visão e vai começar a
achar o estudo muito chato. Se estiver muito claro, a luz
vai incomodar, vai prejudicar sua visão e a tendência é que
você se canse e interrompa os estudos precocemente.
Você já sabe, seu ambiente de estudo deve ser o mais si-
lencioso possível. Não é possível alcançar o estado de con-
centração total em um ambiente com desconforto sonoro.
Se você não mora sozinho converse com as pessoas a
sua volta, peça um pouco de compreensão, peça também
para evitar te interromper enquanto você estuda. Faça de
tudo para que o ambiente fique em completo silencio. Se
necessário compre um abafador (protetor auricular).
Há uma dica muito boa que aprendi no livro do Alexandre
Meirelles, Como Estudar para Concursos, que fala sobre
música e estudo. Muita gente tem o costume de ouvir
música enquanto estuda, mas o que a maioria delas não
sabe é que na maior parte das vezes isso é prejudicial para
a concentração, pois divide a atenção entre o estudo e o
som.
No entanto, em se tratando de música clássica, em um
volume baixo, ambiente, ouvi-la durante os estudos é
benéfico não só para a concentração, mas também para
a memorização. Segundo Alexandre, este tipo de música
ajuda a conduzir o cérebro para o estado de ondas alfa,
que é o estado onde o aprendizado é mais eficiente. Sendo
assim, considere ouvir música clássica (preferencialmente
barroco) durante os estudos em um volume bem baixinho.

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Faça o teste algumas vezes e veja se tem resultado. Eu

testei e achei que realmente funciona. Você pode en-
contrar esse estilo de música facilmente no google.
Voltando para as distrações, infelizmente, com o de-
senvolvimento acelerado da tecnologia vivemos em
um mundo onde a distração é praticamente uma obrig-
atoriedade. Antigamente um celular servia quase que
exclusivamente para telefonar; hoje ele te fornece a pos-
sibilidade de fuçar a internet, conferir suas redes sociais,
receber notificações via aplicativos, além de receber li-
gações em momentos inoportunos. Já é um hábito da
maioria que possui smartphone conferir o whatsapp após
ouvir o som de notificação. Essa mania possui todas as
componentes de um hábito: o som ou a vibração funciona
como o gatilho, a leitura do que está escrito é a rotina e
a novidade ou o vídeo engraçadinho é a recompensa. Por
isso é tão difícil resistir.
O grande segredo para evitar este tipo de distração é
eliminar os elementos distraidores e seus gatilhos.
Tire do seu ambiente de estudo objetos visualmente
atrativos (qualquer objeto que pisque ou emita luzes,
por exemplo), sente-se em uma posição confortável,
mantenha uma boa temperatura e iluminação, mantenha
o ambiente silencioso ou utilize tampões de ouvido, so-
licite que as pessoas a sua volta evitem falar com você e
nunca pegue o seu celular no meio do horário de estudo,
deixe-o no mudo (assim você elimina os gatilhos), não
confira suas notificações. Ele é o seu maior vilão! Caso
esteja estudando pelo notebook ou tablet desligue a in-
ternet ou acesse as apenas as páginas estritamente

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necessárias para seu estudo.

Outra dica de grande valia é nunca verificar suas redes
sociais ou e-mails minutos antes de estudar.
A tendência, nesses casos, é que você passe muito mais
tempo do que o planejado conferindo suas atualizações e
inicie o seu estudo mais tarde do que você havia previsto.
Aliando isso àquela mania que devemos eliminar de
estudar apenas em horas fechadas (18:00, 18:30, 19:00...)
isso pode acarretar em grande desperdício de tempo!
Para se ter uma ideia da perda de tempo que pode gerar
uma verificação de e-mail ou rede social antes de iniciar
uma tarefa, há um livro, escrito pela best seller Julie Mor-
genstern, que ensina a melhorar a produtividade no
trabalho com o seguinte título: Never Check E-mail in the
Morning (Nunca Cheque E-mail Pela Manhã). Isso nos dá
uma ideia de quão valiosa é essa dica!
Para descarregar a necessidade de realizar uma distração
enquanto estuda, você deve anotar rapidamente em uma
folha (ou qualquer outro instrumento de anotação) a sua
ação para poder conferir e realiza-la posteriormente em
seu intervalo. Todas as distrações que surgirem serão
anotadas e irão compor uma espécie de to-do-list das
distrações. Dessa forma você está aliviando uma carga
interna e não interrompe o seu estudo. Se você lembrar
que tem que ligar para um amigo enquanto estuda licen-
ciamento ambiental, por exemplo, não interrompa sua
leitura; anote no seu to-do-list para realizar esta ação no
seu intervalo.
Os cuidados com as distrações internas e externas farão

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uma diferença significativa em sua produtividade e ga-

rantirão uma melhora expressiva em sua dimensão do
corpo mental; aquele que está relacionado ao foco, à con-
centração de energia em seu objetivo. No entanto, para
atingir o estado de fluxo você deve não só manter sua
concentração, mas também leva-la ao máximo!
Para isso, além de criar um to-do-list das distrações,
eliminar gatilhos distraidores e evitar o pensamento
nebuloso, você deve aproveitar eficientemente seu tempo
disponível para estudar.
Imagine que você tenha, por exemplo, disponibilidade de
estudar 4 horas por dia.
É muito mais inteligente utilizar dois blocos de uma hora e
meia sem interrupção e outro de uma hora do que estudar
várias vezes durante o dia por intervalos de meia hora.
Para engrenar e entrar em estado de work flow levamos
certo tempo e meia hora, sem dúvida, não é tempo sufi-
ciente para colher os benefícios deste estado.
Obviamente, tudo vai depender do seu ritmo de estudo,
do seu tempo ótimo. É possível que meia hora já seja
bastante tempo para você. No entanto, é válido lembrar
que, com a prática, a tendência é que seu tempo ótimo
de estudo aumente ao longo de sua preparação. A partir
deste momento você deve passar a agrupar os blocos de
estudo menores e os transforma-los em maiores.
Caso você tenha disponibilidade total de tempo, aloque os
blocos de estudo maiores em seu horário de maior ren-
dimento. É necessário que você tenha autoconhecimento
e identifique estes momentos.

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Lembra-se da minha programação diária?

Fiz todo meu planejamento de estudo de forma que eu
pudesse estudar a madrugada toda, pois esse era meu
horário de maior concentração. Era incrível como eu
atingia uma produtividade altíssima quando estudava
nesse período em comparação com as outras horas do
dia. Além disso, caso tenha optado pelo cronograma fixo,
opte por colocar os assuntos do topo de sua lista nos
blocos de tempo maiores e os assuntos do final, os es-
porádicos, nos blocos menores.

Técnica pomodoro

Uma dica muito útil para melhorar sua concentração e re-

speitar o horário de estudo sem interrupções é utilizar a
técnica pomodoro, criada pelo italiano Francesco Cirillo.
Resumidamente, ela funciona da seguinte forma:
#1 Selecione sua tarefa (estudar algum assunto);
#2 Tenha em mãos um timer (pode utilizar aquele tempo-
rizador de cozinha em formato de fruta);
#3 Realize sua tarefa por 25 minutos interruptos;
#4 Descanse de 3 a 5 minutos;
#5 Repita os passos #3 e #4;
#6 Após repetir por quatro vezes você deve descansar
entre 20 e 30 minutos.
Durante um pomodoro (25 minutos) você não deve fazer

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nada além de estudar. Não pode olhar para o celular, ouvir

música ou fechar a janela da sua sala de estudo. Você vai
exclusivamente estudar. Concentração total!
Além disso, um pomodoro é indivisível, você não pode
fazer um intervalo dentro dele. Caso surja a necessidade
de realizar qualquer outra tarefa você deve anota-la rapid-
amente na sua to-do-list e retomar o estudo. Quando soar
o alarme você interrompe sua tarefa por alguns minutos
e dá atenção às suas distrações.
Está é uma ótima técnica para treinar sua concentração,
pois seu formato parece com um jogo, o que torna a tarefa
de concentração total por 25 minutos um desafio emo-
cionante. Conseguindo fechar os 4 ciclos pomodoro, em
2 horas você terá estudado 1 hora e 40 minutos em con-
centração total!
Pode até parecer um desafio simples ficar estudando
durante 25 minutos seguidos sem nenhuma distração,
porém até os concurseiros mais experientes podem se
surpreender. Mesmo que você consiga estudar durante 1
hora sem fazer um intervalos de 10 minutos, experimente
estudar durante um pomodoro sem se distrais nem por
um segundo, nem que seja para olhar as horas do celular.
É mais difícil do que parece.
Embora, originalmente, um pomodoro tenha uma duração
definida de 25 minutos, essa não é uma regra que deve ser
seguida rigorosamente à risca. Com a prática a tendência
é que você aumente seu tempo de concentração total
sem nenhum tipo de interrupção.
Imagine, por exemplo, ficar por 50 minutos totalmente

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envolvido em seu estudo, sem parar para, se quer, olhar

que horas são. Dessa forma, em 2 horas você terá es-
tudado por 1 hora e 55 minutos em estado de fluxo!

Concentração Total – Fechamento

Por fim, seguindo todas as dicas entrar no estado de con-

centração total será uma certeza! Sua produtividade at-
ingirá patamares que você jamais imaginaria ser possível.
Lembre-se dos pontos principais:
· Gerenciar sua energia em todas as dimensões: corpo
físico, emocional, mental e espiritual;
· Eliminar todas as distrações, internas e externas;
· Agrupar o tempo disponível para estudo em blocos
maiores;
· Treinar sua concentração.
Após estar em estado de fluxo, as distrações internas e
externas passarão a surtir nenhum efeito. Você deixará
de ouvir, ver, sentir e cheirar tudo a sua volta. Você estará
tão envolvido no seu estudo que até um bombardeio não
será capaz de tirar você do seu workflow. Você se tornará
uma máquina devoradora de conteúdo!

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Como Aprender
Qualquer Assunto

“Como aprender qualquer assunto”... Em um primeiro

momento, está frase parece um tanto quanto pretenciosa
demais. Será que é mesmo possível aprender qualquer
assunto?
A resposta é um definitivo e gritante sim!
Primeiramente, vamos derrubar uma máxima que é lar-
gamente utilizada por praticamente todos os estudantes:
não existe assunto difícil!
Você deve lembrar-se da época do colégio... A grande
maioria dos nossos colegas falava que matemática e
física eram matérias difíceis. Elas eram as responsáveis
pelas recuperações e pelo choro de vários alunos. Porém
para nós, engenheiros, biologia e português é que eram
matérias difíceis de aprender (pelo menos era para mim).
Se uma matéria como matemática era considerada
complexa para um grupo de pessoas e para outro não,
então ela não pode ser taxada como uma matéria difícil
no geral. O mesmo vale para os assuntos aprendidos na
faculdade, você podia achar resistência dos materiais uma
matéria muito difícil, mas pergunte para o seu professor
se ele acha o mesmo.
Com isso, percebemos que a grande verdade é que a di-

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ficuldade de um assunto depende muito mais de nós

mesmos do que do assunto em si, porque ela está inti-
mamente relacionada ao nosso interesse em aprender o
conteúdo. Você pode adorar termodinâmica, mas não ter
o menor interesse por algoritmos computacionais, e, por
isso, considerar esta segunda matéria muito difícil. Por
isso, não existem assuntos difíceis, mas sim assuntos
que interessam a um número menor de pessoas.
Dito isto, é possível concluir que o primeiro passo para
aprender qualquer assunto é:
#1 Despertar interesse pelo que será estudado.
“Mas como posso despertar interesse por assunto que eu não
gosto nenhum pouco?”

Essa resposta é simples: lembrando que este assunto é

essencial para sua aprovação e te aproximará ainda mais
de alcançar o seu propósito! Simples assim. Entendendo a
importância do que está sendo estudado você despertará
um interesse permanente pelo assunto (ou pelo menos
até o momento da prova). Mais uma vez:
Entenda a importância do que tem que ser feito.
Sem isso você não chega a lugar algum.
Um ponto que também é importante e que vale lembrar é
o uso da pré-leitura rápida de um assunto antes de, efe-
tivamente, começar a estudar o conteúdo, conforme foi
apresentado no método SQ3R e das matérias em par. O
uso desta técnica também ajuda a despertar interesse
por aquilo que deve ser estudado.

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Após iniciar e fazer fluir o estudo de um conteúdo vem a

parte mais interessante:
#2 Quanto mais nos aprofundamos em um
assunto mais nos interessamos por ele.
É possível que já tenha acontecido com você uma situação
similar: você está na faculdade e se deu mal durante todo
o período em alguma matéria. Percebe que vai ter que re-
cuperar todo o prejuízo na última prova. Determinado a
não reprovar, você estuda demasiadamente para dominar
todo o assunto e, assim, não correr riscos. Ao final de tudo,
após conseguir ser aprovado, você pensa: “Não é que essa
matéria não era tão chata/difícil assim?!”
Isso acontece porque uma pessoa passa a se interessar
naturalmente por aquilo que ela está adquirindo conhec-
imento, principalmente quanto mais ela se aprofundar.
Seguindo as dicas #1 e #2 você já terá mais da metade
dos seus problemas resolvidos no que diz respeito a
aprender qualquer assunto. No entanto, a nossa intenção
é resolver todos os problemas que possam vir a dificultar
o aprendizado. Sendo assim, ainda há alguns fatores
extras que influenciam na nossa capacidade de aprender.
Basicamente, a dificuldade em aprender um assunto se
deve a 5 erros que podem estar sendo cometidos pelo
candidato. Dois deles são assuntos que nós já nos apro-
fundamos bastante durante o método Concurseiro100 e
são grandes vilões do aprendizado:
· Você não está concentrado no que está lendo;
· Você está pensando negativamente.

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Sem concentração não é possível fazer qualquer trabalho

bem feito, principalmente aprender.
Pensando negativamente você não estará seguindo a
fórmula básica dos 2P’s:
Sucesso = Postura Ativa + Pensamentos positivos.
Declarações como “Esse assunto é muito difícil, nunca vou
conseguir aprender” não vão ajudar; pelo contrário, vão se
tornar aquilo que você pensar que é. Sua mente vai tra-
balhar para que aquele conteúdo realmente se torne difícil
para concordar com a sua afirmação.
Os três erros restantes também são grandes vilões. Sua
correção fará uma diferença positiva expressiva na sua
taxa de aprendizado. São eles:
#1 Você acredita que já sabe o assunto;
#2 Você não tem a base necessária para estudar aquele
conteúdo naquele momento;
#3 O material não é de qualidade.

Vamos nos aprofundar um pouco em cada um desses

erros comumente realizados por estudantes.

#1 Você acredita que já sabe o assunto

Todo final de bimestre era a mesma história. Eu me dava mal

em praticamente todas as matérias do colégio e, por isso,

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meu pai me obrigava a estudar com ele madrugada adentro

para recuperar minhas notas nas recuperações paralelas.
O ritual era quase sempre o mesmo: após terminar o Jornal
Nacional ele pegava todo meu material de estudo (caderno,
apostilas e livros), me chamava para a mesa gelada da cozinha
e começava a me ensinar tudo aquilo que eu já deveria saber.
O estudo só terminava quando a gente acabasse todo o
assunto da prova de recuperação paralela da semana, inde-
pendente da hora que isso viesse a ocorrer. Por várias vezes
terminamos tão tarde que o som mais alto que ouvíamos era
o tic-tac do relógio circular de parede da cozinha.
Orgulhoso como sempre fui, não costumava prestar atenção
naquilo que meu pai tentava me ensinar, pois na minha cabeça
eu não precisava de ajuda. Olhava para o lado ou cantava
musica baixinho, tudo para deixar evidente que não estava
atento ao que ele me dizia. Meu pai percebia meu compor-
tamento, se irritava com minha postura e então a discussão
se iniciava. Eu me justificava falando que não precisava
daquilo, porque eu já sabia todo o assunto; e a sua resposta
era sempre a mesma:
“Se você sabe todo o assunto, então por que ficou em recu-
peração?”.

Já perdi a conta de quantas vezes isso aconteceu comigo

em minha adolescência. Eu me dava mal nas matérias do
colégio e ainda tinha a cara de pau de dizer que sabia de
tudo.
Este é um erro mais comum do que se pode imaginar, e
não apenas na adolescência. Provavelmente 90% de nós

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já passamos por essa situação em alguma fase de nossa

vida. No entanto, em alguns casos este erro persiste
ainda na fase adulta, quando, teoricamente, somos mais
maduros e temos um maior senso crítico.
Quando temos essa mentalidade criamos um esforço
inconsciente para não pensar. O que, consequent-
emente, compromete criticamente nosso aprendizado.
É necessário ter humildade para assumir quando não
sabemos determinado assunto da forma como desejamos
para, portanto, nos permitir aprender de verdade.
Ao estudar para seu concurso, quando você pula partes de
algum conteúdo por acreditar que já sabe o assunto você
pode estar perdendo informações essenciais para seu
verdadeiro entendimento. Na realidade, o que sempre vai
determinar se você de fato sabe a matéria é a simulação
através da resolução de provas passadas e exercícios.
Isso é o que realmente interessa!
Se seu desempenho nas simulações está abaixo do
necessário para obter sua aprovação não adianta con-
tinuar se enganando afirmando para si mesmo que já
sabe o assunto, pois isso vai ser prejudicial para você e
benéfico para seus concorrentes; o que certamente você
não deseja.
Quando este sentimento de achar que já sabe um assunto
acontecer, mesmo na ocorrência de resultados negativos
em simulações, faça um esforço consciente para con-
tinuar estudando e, após concluído o estudo, faça novas
simulações. Os resultados positivos servirão como es-
tímulo para você continuar com essa postura!

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Sempre se pergunte:
“Se eu sei mesmo esse assunto, por que eu estou me dando
mal nos simulados?”

#2 Você não tem a base necessária para estudar

aquele conteúdo naquele momento

Pode parecer besteira, mas muitas vezes não con-

seguimos aprender algum assunto pelo simples fato
de não possuirmos o conhecimento que é pré-requisito
necessário para o entendimento do que você está tentando
aprender. Dessa forma rotulamos o assunto como difícil.
No entanto, o simples conhecimento de alguns conceitos
básicos pode transformar um bicho de 7 cabeças em um
assunto “mamão com açúcar”.
Imagine que você esteja tentando estudar, por exemplo,
Cálculo III sem, ao menos, ter conhecimento de matérias
como Cálculo I e II. Seguindo nessa linha você tem grandes
chances de considerar Cálculo III a matéria mais difícil do
mundo!
Não é possível aprender algum assunto se você não sabe
o significado das palavras, das fórmulas ou das variáveis.
Imagine tentar resolver exercícios de Isostática sem saber
a fórmula de momento ou estudar Conversão Eletrome-
cânica de Energia sem saber o que é um campo magnético
ou elétrico. Para aprender de verdade você não deve at-
ropelar os assuntos.
Muitas vezes cometemos este erro sem perceber,

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achamos que o assunto que estamos estudando é o ponto

de partida. No entanto, quando sentimos dificuldade
devemos dar um passo para trás no conteúdo e entender
seus conceitos básicos. Questione-se se não há algum
assunto que anteceda aquele que você está tentando
aprender.
Às vezes este erro é cometido conscientemente, você
sabe que há um conteúdo que é pré-requisito para o en-
tendimento de determinado assunto do seu concurso,
porém, por teimosia, não começa por ele. Possivelmente
por grande influência do erro cometido anteriormente: “eu
já sei esse assunto”.
É necessário ter senso crítico e humildade para estudar o
assunto do básico quando estiver sentindo dificuldades.
Todos nós temos dificuldades em determinadas áreas,
não há nenhum demérito nisso. Pelo contrário, isso te
ajudará a obter resultados ainda melhores no seu con-
curso-sonho!
Apenas lembre-se que você não deve se preocupar em
aprender tudo, mas sim tudo aquilo que cai na sua prova.
Por isso, esta postura deve ser tomada para que você
aprenda algum conteúdo que é presente no seu concurso,
e não para se tornar um mestre na área. Deixe isso para
depois.

#3 O material não é de qualidade

Bem, nem sempre a culpa parece ser nossa. Em algumas

ocasiões é possível que você não esteja conseguindo

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aprender determinado assunto pelo simples fato de seu

material não ser de qualidade. Nesse caso, você não deve
ter nenhum receio em descartar aquilo que não te serve,
mesmo que tenha sido um material caro ou recém-ad-
quirido.
Aconteceu comigo quando iniciei meu estudo para o
concurso da CEF.
Poucos dias após o lançamento do edital da prova da Caixa,
enquanto navegava pela internet em busca de conteúdo
encontrei um material preparatório para engenheiros civis
que fossem realizar aquele concurso. A propaganda dizia
que o material, disponibilizado em meio digital via CD,
cobria todos os assuntos em detalhes e era totalmente
voltado para as provas da CEF. Era exatamente o que
eu queria. Fiquei empolgado e não pestanejei nem por 1
segundo em comprar.
Alguns dias depois, ao receber o material pelo correio
rasguei a embalagem e coloquei o CD no notebook na
mesma hora, ansioso para ver o que me aguardava. Infe-
lizmente, minha animação parou por ali. Logo de cara tive
uma má impressão devido ao lay out pouco organizado
do aplicativo que disponibilizava acesso ao material. Com
o tempo e a leitura percebi que o conteúdo em si também
era de péssima qualidade.
Fiquei desapontado com o produto e receoso em ter que
descartar minha recente aquisição. Até dei mais chances
à minha compra para que pudesse enxergar algum valor
nele, algum assunto que pudesse ser aproveitado. Mas
não teve jeito. O material era péssimo!

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O mesmo pode acontecer com você. Nesse caso, fica a

dica: não perca tempo com material imprestável! Mesmo
que tenha sido de preço elevado.
Felizmente, há maneiras simples de selecionar bons ma-
teriais de estudo e que podem fazer uma diferença gritante
na sua preparação. Veremos este assunto em breve. Por
enquanto o que você deve ter em mente é que a difi-
culdade em aprender determinado conteúdo pode estar
relacionada à má qualidade do material utilizado. Cabe a
você identificar e descartar, porque, caso contrário, você
será o culpado pelo não aprendizado, e não o material que
você está utilizando.

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Como aprender qualquer assunto - Fechamento

A partir deste momento você sabe que não há assuntos

difíceis, aprendeu a como desenvolver interesse pelo que
deve ser estudado e também a como evitar os 5 principais
erros que impedem ou atrapalham na velocidade do seu
aprendizado. Estou certo que seguindo estas dicas você
já estará pronto para encarar qualquer conteúdo e para
aprender aquilo que for necessário para sua aprovação.
Utilize a sua lista de assuntos priorizada para avaliar o
que deve ser aprofundado e entendido por completo e o
que deve ser apenas memorizado ou parcialmente en-
tendido. Tudo depende do seu nível de produtividade e do
seu tempo disponível até a prova do seu concurso. Por
isso, esta seleção cabe somente a você.
Por fim, há mais 2 dicas que você deve seguir e que te
ajudará a entender qualquer assunto:
#1 Procure ter uma visão global do assunto: não se limite
a aprender apenas fórmulas ou conceitos. Entenda o
porquê de suas aplicações e qual é o seu envolvimento
com o conteúdo como um todo para ter uma visão geral;
e
#2 Resolva exercícios e provas: nenhuma novidade. A
melhor forma de medir, estimular e fixar o aprendizado.
Concurseiros que não praticam têm sempre uma surpresa
desagradável na hora da prova.

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Como Selecionar os
Melhores Materiais
para seu Concurso

Quem desconhece a importância de se ter bons materiais

em mãos está perdendo boas chances de conseguir uma
aprovação rápida em concursos públicos, seja ou não de
engenharia.
Se você já seguiu tudo que foi ensinado até este ponto do
livro você certamente já se aproximou muito mais da sua
aprovação. Quanto a isso não há dúvidas. O grande ponto
é: quanto tempo você vai levar para conseguir esse feito?
Mesmo que você esteja com a mente pronta, organizado,
produtivo, gostando de estudar e tudo mais o que for
positivo para sua preparação; se não tiver um bom ma-
terial em mãos você deve levar muito mais tempo para
conseguir ser aprovado. Muitas vezes isso é o que ocorre
com aquele concurseiro disciplinado, que todo mundo
aposta em sua aprovação, mas que demora anos para
conseguir no final das contas.
Fazendo uma analogia, imagine um excelente corredor
de Fórmula 1 que não possui um bom carro. Mesmo com
todos os atributos pessoais positivos e favoráveis, sua
ferramenta não o ajuda e dificilmente este piloto con-
seguirá ser mais rápido e alcançar a primeira posição.

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O mesmo vale para concursos públicos. Se sua ferramenta

não te ajuda você vai ficar para trás!
Na Fórmula 1, 2 segundos é uma diferença gritante entre
um competidor e outro que disputa a mesma posição. Na
preparação para um concurso, 2 dias a mais que você ne-
cessitou gastar com determinado assunto (devido a um
material não muito bom) pode te deixar abaixo da nota de
corte.
Há quem diga, inclusive, que a ferramenta é mais im-
portante que o método.
Tim Ferriss, em seu já citado último livro (The 4 Hours
Chef), explica como conseguiu aprender japonês em
tempo recorde.
Aos 15 anos de idade, Ferriss saiu de seu país natal para
fazer um intercâmbio de um ano na terra do sol nascente.
Durante sua estadia sentiu muitas dificuldades em
aprender o complicado idioma local. Eram muitos traços,
muitas informações, uma forma de escrever totalmente
diferente da que estamos habituados aqui no ocidente.
Quando estava praticamente desistindo encontrou uma
grande ferramenta: um pôster que continha os 1.945 car-
acteres mais utilizados da língua japonesa em uma única
página! Depois disso Ferriss criou o desafio de decora-lo
para passar a entender japonês de uma vez por todas.
Resultado: ao voltar para os EUA, Tim realizou uma prova
de proficiência em japonês e tirou uma nota maior do que
seu amigo americano que já falava como nativo, menos de
1 ano depois de ter começado a memorizar o tal pôster.
Foi a partir daí que este começou a criar métodos para

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aprendizado rápido e chegou à conclusão que (em sua

opinião) a ferramenta é mais importante que o método.
Independente de você concordar ou não com a afirmação
acima, você consegue perceber a grande importância que
um bom material tem para quem está disposto a atingir
resultados rápidos. Por isso, é muito importante saber
como escolher suas ferramentas para seu concurso.

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Livros acadêmicos x
Livros de concurso

Primeiramente, vamos definir o que seria um material

perfeito para um estudante de concurso público:
O material perfeito é aquele que te fornece o mínimo de in-
formações necessárias para que você aprenda exatamente
aquilo que você necessita saber para a sua prova.
Obviamente, este material não existe. O que devemos
buscar é algo que se aproxime o máximo disso.
Por esta razão que na maioria das vezes é aconselhável
que se utilize livros/apostilas voltados para concurso
público, e não livros acadêmicos. Livros acadêmicos
tendem a se aprofundar mais que o necessário para ex-
plicar conceitos, fórmulas ou teorias. Além disso, contém
diversas informações que podem não ser cobradas pela
sua banca examinadora. Precisamos receber informação
de forma racionalizada, enxuta; de forma que seja rápido
de ser assimilada para assim ganharmos tempo.
É um erro comum entre concurseiros estudarem apenas
por livros acadêmicos. Estes estudantes entendem que
estudando por estes livros irão dominar todo o assunto e
não terão problemas na hora da prova. No entanto, o que
estes concurseiros estão fazendo é perder tempo com
trechos desnecessários e adiar sua aprovação.

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Pela milésima vez, lembre-se que você só precisa saber

aquilo que é cobrado em seu concurso, nada mais. Aí está
o segredo. Se preocupar com qualquer coisa além disso
pode retardar sua aprovação. Ela vai até ocorrer, mas não
em breve.
Por isso, dê preferência a livros voltados para concursos
públicos. Se possível, voltado para seu concurso! Um
bom livro pode ser a diferença entre uma aprovação em
meses para uma aprovação em anos. Utilize materiais
acadêmicos apenas como consulta para sanar algumas
dúvidas que vierem a surgir.
Permita-me te contar uma história.
Durante minha preparação para o concurso da Petrobras
encontrei um excelente livro voltado para concursos de
engenharia civil que com certeza foi definitivo para eu me
tornar um concurseiro100.
Seu conceito era simples: era um livro com centenas
de questões objetivas formuladas pelo próprio autor
(baseado em vários concursos públicos) onde ele não só
mostrava as respostas, como também explicava cada
uma delas, além de mostrar o erro dos outros itens.
Logo de cara achei o livro fenomenal e o melhor... com a
cara da minha prova!
Ele era tão compacto e objetivo que foi possível estudar
diversas disciplinas num curto período de tempo e ainda
obter conhecimento suficiente para ser aprovado no meu
concurso.
Quando chegou o grande momento da prova tive a feliz

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surpresa de encontrar diversas questões cobrando infor-

mações que eu havia estudado através daquele material.
Considerei este livro tão importante para minha aprovação
que após ser aprovado fiz questão de enviar um e-mail
de agradecimento para o autor. O material se mostrou
naquele momento quase tão importante quanto o método!
Quando você encontrar algum livro/apostila voltado para
concursos ou para seu concurso especificamente procure
por avaliações para não cair no mesmo problema que
eu tive com o material do concurso da CEF. Converse
com pessoas que possuem o mesmo produto que você
pretende comprar, eles são um bom termômetro.
Pesquise sobre o autor. Ele é professor de cursinho? É
concursado? Possui alguma experiência na área?
Verifique a data de impressão do livro. A depender do
concurso e de sua área da engenharia, as provas podem
ser comumente recheadas de normas ou leis. Um ma-
terial desatualizado certamente vai te tirar pontos pre-
ciosos (além de desperdiçar seu dinheiro). Sempre esteja
atento às atualizações!
Outro ponto importante a ser observado é se o material é
bom para sua prova. É possível que você encontre algum
livro ou apostila com inúmeras referências positivas, mas
ele pode muito bem não ser útil para o que você precisa
no momento e sim para a prova de outro cargo.
Caso o material possua um bom número de avaliações
positivas, esteja atualizado e seja útil para sua prova,
não poupe em comprar. Se não for possível, pegue em-
prestado ou tire xerox de alguém que já tenha. Este tipo

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de material irá te ajudar bastante. É um investimento que

com certeza se pagará em pouco tempo.
Vejo vários concurseiros por aí com boas condições finan-
ceiras economizando em comprar bons materiais. Isso é
um grande erro. O tempo que você perde atrasando sua
aprovação representa um custo infinitamente maior do
que o que é cobrado por um livro, apostila ou até mesmo
cursinho.
Investir em desenvolvimento pessoal é o melhor inves-
timento que uma pessoa pode fazer na vida. O dinheiro
você “perde” no ato, mas o conhecimento e a trans-
formação estarão com você para sempre.
Se você não encontrar nenhuma avaliação ou não conhecer
ninguém que possua o livro/apostila que você está
pesquisando há uma boa maneira de saber se o material
é ou não de qualidade para seu objetivo. É uma sensação
horrível estudar com uma dúvida martelando sua cabeça
constantemente: “Será que este livro está realmente me
ajudando?”. Para se livrar deste peso você vai aprender
agora como descobrir se o material lhe serve ou não.
Se você bem lembra, é uma boa orientação que se inicie a
preparação para um concurso público resolvendo provas
antigas; antes mesmo de estudar qualquer assunto.
Também é recomendável que, independente da quan-
tidade de assuntos que você já tenha estudado, se resolva/
repita provas no mínimo uma vez por semana. Pois bem,
seguindo os conselhos acima você possivelmente con-
hecerá o jeito de sua prova logo no início de sua preparação
(ao menos para alguns assuntos) e também possuirá uma
lista de assuntos priorizada.

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Ao decorrer do uso do seu material comprado, você vai

ter discernimento suficiente para concluir se o material
segue a mesma linha da sua prova ou se está fugindo
bastante do que é necessário saber. Confie na sua lista
e na sua percepção. Caso a ferramenta se mostre inútil
não vacile em descartar. Se ela parecer perfeita para seu
certame é só partir para o abraço!

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Aprenda com quem

já sabe o caminho

Basicamente, a forma mais rápida de conseguir os

melhores materiais para seu concurso é conversando com
quem já foi aprovado nele recentemente. Embora pareça
óbvio, muita gente não atina para isso.
Acontece, inclusive, de uma pessoa conhecer pessoalmente
outras que já foram aprovadas no mesmo concurso que
ela deseja, mas nunca chega a fazer um contato pedindo
dicas de material, às vezes até por orgulho.
Não tenha receio algum em pedir ajuda. Isso não vai di-
minuir em nada a sua conquista. Pessoas que já foram
aprovadas em concursos públicos desenvolvem quase
que inconscientemente um sentimento de contribuição
com aqueles que ainda não atingiram o mesmo objetivo.
É raro encontrar alguém que foi aprovado recentemente
que não esteja disposto a ajudar. Na posição de aprovados,
essas pessoas certamente conhecem bons materiais e
podem te ajudar bastante a conseguir sua aprovação.
Caso você possua vários colegas aprovados no seu con-
curso-sonho, procure pegar dicas com aqueles que
tiveram aprovação mais rápida, mesmo que outro colega
seu tenha passado em 1º lugar. Lembre-se que para ser
aprovado você precisa apenas fica acima da nota de corte;
não importa se foi o primeiro ou o último colocado. O que é

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melhor: passar em primeiro lugar em 3 anos ou em último

em 3 meses?
Seus colegas concurseiros100 sabem os caminhos mais
rápidos, os atalhos, os melhores materiais para ser
aprovado no seu concurso e talvez até já tenha uma lista
priorizada para sua prova! Não deixe escapar uma opor-
tunidade de economizar bastante tempo fazendo algo
que alguém já fez, com sucesso, por você.
Caso você não conheça nenhum aprovado no seu con-
curso-sonho, encontre-os. Hoje em dia, com o poder da
internet, não é difícil entrar em contato com qualquer
pessoa que deseje.
Você pode procurar pelo nome completo de algum
aprovado através do Diário Oficial da União e depois
procura-lo através do facebook ou outras redes sociais
para fazer o primeiro contato. Outra opção é buscar pelos
aprovados em fóruns (como o FórumCW, por exemplo);
na maioria das vezes há grupos criados para quem con-
seguiu aprovação compartilhar informações entre si,
como data de convocação ou lotação das vagas. Esta é
uma boa oportunidade de conseguir bons contatos.
Ao conseguir o contato de alguns aprovados primei-
ramente se apresente, depois avise sobre o porquê
da mensagem e, por fim, pergunte educadamente se a
pessoa está disposta a ajudar com algumas informações.
Seguindo esta ordem a probabilidade de a pessoa aceitar
te ajudar de alguma forma é grande.
Resumidamente, as principais informações que você ne-
cessita são:

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· Quais foram os materiais de estudo (livros ou apostilas)

utilizados pelo aprovado que ele julga como os mais im-
portantes para sua aprovação;
· Quais assuntos este recomenda que seja estudado com
mais atenção ou em maior quantidade e quais são os
menos importantes (ajuda na formulação de sua lista de
assuntos);
· Caso já possua ou planeje comprar alguns materiais,
pergunte se o mesmo utilizou e recomenda.

Não pergunte quantas horas o aprovado estudava por dia

ou se ele pegava baladas no fim de semana. Isso varia de
pessoa para pessoa e você também já sabe que qualidade
é mais importante que quantidade.
Lembre-se de tentar descobrir quanto tempo os aprovados
que você entrou em contato demoraram a atingir o ob-
jetivo. Dê preferência àqueles que conseguiram o mais
rápido possível para que você também consiga o mesmo
resultado.

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Como selecionar os melhores materiais para seu

concurso - Fechamento
Agora você conhece a importância de se ter bons ma-
teriais em mãos. A ferramenta é quase tão importante
quanto o método. Este fator pode ser aquele que faltava
para você também se tornar um concurseiro100!
Você já sabe:
· Procure por pessoas que já foram aprovadas no seu
concurso para pegar a melhores dicas;
· Busque referências de concurseiros do material que
você pretende adquirir;
· Não poupe em adquirir boas ferramentas para sua
preparação;
· Ao comprar determinado material avalie durante seu
estudo se ele é ou não útil para sua preparação. Não pense
duas vezes em descarta-lo em caso de negativa.

Um último conselho: a depender da sua área, você pode

encontrar vários autores ensinando o mesmo conteúdo.
Nesse caso, o ideal é que utilize apenas um autor por
assunto, isso vai facilitar a sua memorização e você vai
ficar mais familiarizado com o material, o que torna a
leitura gradativamente mais agradável. Evidentemente,
procure utilizar o melhor deles, faça sua pesquisa.
Somente após acabar completamente um material você
deve partir para o de outro autor, se essa for a sua opção.
Particularmente, considero mais eficiente revisar as suas
sínteses do que recomeçar com outro material.

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Os Concursos-Paralelos
É bastante provável que durante a sua preparação
para seu concurso-sonho outros certames de sua área
apareçam no meio do caminho. Neste tipo de situação
surge a dúvida: se inscrever ou não para os concursos?
É um erro comumente cometido por candidatos que se in-
screvem em concursos-paralelos começar a estudar as-
suntos deste concurso e esquecer seu objetivo principal.
É aquilo que conversamos quando falamos sobre foco.
Mudando constantemente de meta você não vai estar
preparado para realizar nenhuma delas com sucesso.
Em contrapartida, isso não significa que você não deva
realizar concursos-paralelos. Pelo contrário, eles podem
ser bastante úteis para quebrar algumas barreiras psi-
cológicas que eventualmente ainda possam estar
presentes em sua mente, podem servir como concur-
so-escada.
No entanto, há algumas condições que você deve res-
peitar para que possa tirar o máximo proveito destas ex-
periências. Caso contrário você pode ter consequências
trágicas!
Realize concursos-paralelos apenas se for possível
cumprir as seguintes condições:
#1 O conteúdo do edital tenha, no mínimo, 50% de se-
melhança com os conteúdos do seu concurso-sonho;
#2 Você continue estudando normalmente para seu con-

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curso-sonho, independente da proximidade da prova do

concurso-paralelo; e a mais importante
#3 Que você tenha nenhum sentimento de cobrança ou
obrigação em se sair bem, seja antes, durante ou depois
a realização da prova do concurso-paralelo.

Você bem sabe que a briga com seu psicológico é a mais

difícil que você terá durante toda sua preparação. É por
essa razão que o fortalecimento mental é facilmente a
etapa mais importante de toda sua jornada.
Ao fazer uma prova de concurso sem o peso da obrigação
de sucesso em sua mente você elimina o seu maior inimigo
e, consequentemente, aumenta exponencialmente suas
chances de se sair bem.
Isso foi exatamente o que aconteceu quando fiz o concurso
da CEF (e também faz parte da história de inúmeros con-
curseiros de sucesso).
Muito embora eu tenha cometido o erro de começar a
estudar para o concurso da CEF enquanto não abria o
da Petrobras, isso não durou muito tempo. Para a minha
sorte o meu concurso-sonho abriu pouco tempo depois e
eu não comprometi minha aprovação com essa falha.
A partir daí, durante toda minha preparação o meu foco
era voltado 100% para a prova da Petrobras. Em nenhum
momento eu me preocupei em estudar os assuntos es-
pecíficos da prova da CEF.
Na véspera do certame cogitei seriamente não realizar
a prova, já que não tinha me dedicado a ela e também

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porque estava no aniversário de uma prima bebendo

bastante cerveja e queria aproveitar um pouco mais.
Em decorrência de todos esses acontecimentos, fui fazer
a prova do concurso-paralelo sem a menor preocupação.
Sem o menor sentimento de cobrança em me sair bem.
Lembro-me que conversava descontraído com um amigo,
companheiro de concursos por um tempo, que não sabia
o que eu estava fazendo ali.
“Vamos ver no que vai dar. Por pouco eu não venho hoje fazer
essa prova...” eu dizia.

O resultado foi que eu fiz uma excelente prova, tive uma

boa pontuação e fui aprovado em um ótimo concurso
que eu não tinha nenhuma perspectiva de sucesso. Que
surpresa agradável!
O bom desempenho em uma prova que eu não tinha me
dedicado com afinco me deu toda confiança que eu pre-
cisava para me dedicar à prova do concurso da Petrobras
sem qualquer tipo dúvida. Obviamente, o fato da prova
ter tido bastante assunto em comum com a prova do meu
concurso-sonho colaborou bastante para este acontec-
imento. Por isso, recomendo que realize concursos-pa-
ralelos apenas se estes tiverem conteúdos em comum
com o seu objetivo maior. Dessa forma é possível até que
você tenha um parâmetro. Caso contrário não tem razão
alguma para você perder tempo com eles.
Não mude seus planos por causa de alguma prova que
se aproxima, mantenha o foco. O máximo que recomendo
que você faça é realizar provas antigas do concurso-pa-

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ralelo na semana da prova. Nada além disso.

Não caia no comum erro de, após realizar a prova, ficar con-
ferindo em fóruns comentários de pessoas que também
realizaram o mesmo certame, procurando por rankings e
atualizando essas páginas de hora em hora. Este é um
erro que, sinceramente, eu cometi e que me custou muito
tempo.
São horas preciosas de estudo que podem te fazer falta
no futuro. Além disso, esse acompanhamento gera uma
ansiedade que é prejudicial para sua produtividade e pode
gerar frustrações caso você não consiga a aprovação.
Esqueça o que passou.
Não se crucifique caso você não se saia bem nos assuntos
em comum com o edital da prova do seu concurso-sonho.
Lembre-se que cada banca examinadora e cada órgão/
empresa cobra seus assuntos de forma diferente. Uma
prova de concurso para Engenheiro Perito, por exemplo,
se aprofunda muito mais em uma matéria como patologia
do que uma prova para Engenheiro da Infraero. Você está
se preparando para seu concurso, não para ser um mestre.
Caso a prova do concurso-paralelo cobre os assuntos em
comum com a prova do seu concurso-sonho de forma
parecida e você não tenha se saído bem, está é uma ótima
oportunidade para você identificar onde está errando e
corrigir. É muito bom não errar, mas saiba que é na falha
que você mais aprende. É assim que se evolui.
Realize provas de concursos-paralelos respeitando as
condições citadas para não se dar mal. Dessa forma você
se habitua ao clima que envolve a hora da prova e se torna
cada vez mais preparado.

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Uma aprovação inesperada vai lhe dar uma injeção de

confiança e ajudará a derrubar aquele mito que passar em
concurso é um bicho de sete cabeças. Você chegará à prova
do seu concurso-sonho com uma barreira a menos para
derrubar: justamente aquela mais difícil de ser vencida!

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Evolução Total
Fechamento

Você aprendeu neste capítulo praticamente tudo que você

precisa saber durante sua preparação para seu concurso.
Este conhecimento adquirido sem dúvidas te trans-
formará em um candidato superpreparado capaz de ser
aprovado em qualquer concurso de engenharia.

A criação de hábitos talvez seja uma das ferramentas

mais poderosas deste livro.
É incrível você poder criar o hábito de estudar ou até
mesmo aumentar o número de horas e ainda fazer isso
com prazer. O estudo será aquilo que você realmente
quer fazer no momento, não dependerá da sua força de
vontade. Dessa forma será muito mais fácil transformar
horas improdutivas em horas de valor.

Você aprendeu alguns conceitos importantes sobre como

gerenciar sua energia para atingir produtividade máxima.
Viu como é completamente possível e necessário ter uma
vida normal, mesmo sendo um concurseiro.
O cuidado imprescindível com todas suas dimensões
(corpo físico, emocional, mental e espiritual) é descon-

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hecido pela grande maioria das pessoas, mas faz grande

diferença para quem deseja produzir em níveis inimag-
ináveis. Tire proveito da disposição, bem estar, motivação
e concentração de energia que este cuidado te proverá.
Eleve sua concentração ao máximo para entrar em estado
de fluxo. O incrível estado em que nada é capaz de tirar
você de sua concentração. Porém, antes de tudo, elimine
as distrações internas e externas. Transforme seu am-
biente de estudo em um campo de batalha perfeito para
produzir mais.
Se precisar melhorar sua concentração, treine-a com a
técnica pomodoro. Ela é simples, rápida de ser implantada
e é uma excelente forma de aumentar seu tempo de
estudo sem interrupção. Contudo, lembre-se dos des-
cansos. Eles são essenciais para seu aprendizado e recu-
peração de energia.
Agrupe seus blocos de estudo em grupos maiores. Desta
forma você terá tempo suficiente para entrar em workflow
e ainda aproveitará seus benefícios por mais tempo. Assim
você devorará seus conteúdos, sínteses e exercícios em
tempo recorde; e melhor...fixando tudo.

Se interesse pelos assuntos que você precisa estudar para

poder aprender mais. Não existe assunto difícil. Perceba
a importância de cada um deles para que você desperte
vontade em estuda-los. Lembre-se que isso vai aprox-
ima-lo de alcançar seu propósito.
Evite cometer os 5 erros que atrapalham seu aprendizado.
Seguindo estes conselhos você estará apto para dominar

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qualquer assunto que aparecer pela sua frente. No

entanto, é claro que o que você deseja é dominar os con-
teúdos da sua prova.

A ferramenta é quase tão importante quanto o método.

Eu e vários outros concursados somos prova viva disso.
Busque os materiais perfeitos para seu concurso. Iden-
tifique através do que você aprendeu neste capítulo se
um produto é ou não útil para você. Aprenda com quem já
passou pelo mesmo caminho com você e sabe os atalhos.
Isso vai te poupar bastante tempo e te ajudar a se tornar
mais um concurseiro100.

Tire o imenso proveito que os concursos-paralelos

podem trazer para você. Quebrar paradigmas e receber
aprovações inesperadas é algo de valor inestimável. Não
os faça com sentimento de cobrança e não desvie de sua
meta principal, respeite as condições. Dessa forma você
só tem a ganhar.
Treine seu corpo e sua mente para o ato de fazer provas.
Você vai chegar ao seu concurso-sonho incalculavelmente
mais preparado.

No módulo IV vamos fechar o método Concurseiro100

com chave de ouro. Nele você vai aprender tudo que
precisa saber para o momento da prova e também o que
a antecede.

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· Como se comportar no momento da prova. O que funciona

para melhorar seu comportamento mental, maximizar
seus resultados e não ser dominado pelo nervosismo do
momento;
· O que fazer na véspera da prova. Estudar? Não estudar?
Relaxar? Revisar? Descubra o que pode te ajudar ou atra-
palhar nesse hora;
· Como chutar com maestria. Questão que você não sabe
responder geralmente resulta em pontos perdidos? Você
vai descobrir como acertar questões que não sabe a re-
sposta apenas aplicando técnicas avançadas de chute
para garantir muito mais pontos em seu certame.

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Módulo lV

A HORA DA PROVA
VENCENDO A BATALHA
ANTES DE ENTRAR NELA

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E stá chegando o grande momento!

Você está muito próximo de fazer aquela prova que pos-

sivelmente irá resolver sua vida para sempre. Que vai ter
trazer estabilidade financeira e emocional, mais tempo
livre, mais reconhecimento. É um momento que você pode
entrar desempregado e sair com um ótimo emprego; ou
talvez te permita largar um trabalho que está desgastando
não só a você, mas também a sua família.
É praticamente impossível não sentir certa ansiedade pelo
o que está por vir. É uma mistura de nervosismo e em-
polgação para finalmente encerrar um ciclo que começou
há semanas, meses ou até há anos atrás. Do começo da
sua preparação até a sua prova foram muitas horas ded-
icadas. Muitas escolhas. Muito aprendizado.
Você seguiu todos os conselhos à risca. É um candidato
que está superpreparado e que sem dúvida é capaz de
ser aprovado em qualquer concurso de engenharia. Tudo
corre muito bem, até a hora que você recebe a prova...
É justamente nesse momento que muitos concurseiros
jogam tudo por água abaixo e deixam escapar sua im-
inente aprovação. Seja porque se comportou da maneira
errada na véspera do dia D, na semana, porque se deixou
levar pelo peso do famoso “momento da prova” ou até
mesmo porque não conseguiu nenhum aproveitamento

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sob as questões que não sabia a resposta.

Pode apostar, isso acontece muito mais do que você
imagina! São vários os casos de pessoas que dom-
inavam praticamente todo o conteúdo do edital, que se
mostravam confiantes, que pareciam já estar na lista de
convocados; mas que na hora da “vera” não correspondeu
às expectativas.
Você irá aprender agora dicas para evitar que o toque
final, o momento de sua afirmação, o grand finale, seja
justamente aquele que venha a arruinar tudo que você
fez até a hora da sua prova e faça você “morrer na praia”.
Tome nota.

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Como Chutar com

Maestria
Existem várias técnicas melhorar seus chutes em provas,
e elas são simplesmente fantásticas.
É possível aumentar expressivamente suas chances de
acertar uma questão apenas utilizando alguns artifícios.
Há vários casos, inclusive, que é possível restringir as
alternativas de chute a apenas duas (das cinco, consid-
erando provas de múltipla escolha), aumentando suas
chances de acerto de 20% para 50%.
Quanta diferença!
No entanto, estou certo que a grande maioria dos can-
didatos se quer tem conhecimento da existência de tais
técnicas.
Evidentemente, a melhor alternativa é que se saiba re-
sponder o máximo de questões possíveis. Muito difi-
cilmente um candidato conseguirá ser aprovado apenas
através do chute, por isso é necessário uma ótima
preparação.
No entanto, quando você não souber responder alguma
questão o uso das técnicas que serão ensinadas a seguir
fará toda diferença na sua pontuação final.
E eu te garanto: não há nada de errado nisso!
Um candidato inteligente utiliza todas as ferramentas pos-
síveis a seu favor para alcançar a tão sonhada aprovação.

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Se você também é um candidato inteligente (o que cer-

tamente eu sei que é) você também deve chutar inteli-
gentemente.
Aliando seu conhecimento prévio ao uso destas técnicas é
possível “matar” várias questões que possivelmente es-
tariam perdidas se você chutasse aleatoriamente, como
faz a maioria dos concurseiros. Você sabe como esses
pontos podem fazer a diferença na sua posição.
Deixe-me te contar um fato engraçado que aconteceu
enquanto eu realizava a prova do concurso da Petrobras.
Já se passavam duas horas de prova e eu estava re-
solvendo uma questão que estava considerando naquele
momento de relativa dificuldade.
Demorei algum tempo tentando encontrar a resposta,
mas depois de quebrar um pouco a cabeça eu finalmente
consegui responder.
No entanto, após verificar a alternativa que eu acreditava
estar certa vi que esta opção poderia ser facilmente ac-
ertada por alguém que conhecesse as técnicas para um
bom chute.
Acredite, fiquei até um pouco furioso com a banca naquele
momento, mesmo tendo conseguido achar a resposta da
questão!
O curioso é a visão que eu tive enquanto resolvia aquela
prova. Ao mesmo tempo em que eu resolvia uma questão
eu automaticamente analisava as alternativas colo-
cando-me na posição de alguém que não conhecia a re-
sposta, mesmo quando eu sabia qual era a alternativa
correta.

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Esta postura ajuda qualquer candidato a certificar-se de

uma decisão quando este não responde uma questão
com toda certeza do mundo. Serve como uma “prova dos
nove”.
Em contrapartida, você não deve alterar a resposta de
uma questão que você respondeu com segurança porque
ela não combina com a alternativa mais provável indicada
pela técnica do chute.
Algumas bancas conhecem estes artifícios e criam ar-
madilhas em algumas questões. Use as técnicas como
ferramenta extra, para rever a questão e procurar por
alguma casca de banana; não como fator determinante
para definir a resposta (no caso de você estar certo de sua
alternativa estar correta).
Excelente...até que surge uma dúvida: devo utilizar as
técnicas de chute em todos os tipos de prova?
As duas autoridades mais conhecidas nacionalmente no
assunto divergem nesse ponto. William Douglas, o maior
guru dos concurseiros, afirma ser necessária uma análise
da situação para julgar se você deve ou não chutar uma
questão.
Já o Paulo Cesar (Sapoia) afirma que o chute inteligente
deve ser feito em qualquer situação, inclusive quando há
a penalização de uma questão errada anular uma correta
(caso da banca examinadora CESPE/UNB, por exemplo),
artifício utilizado justamente para tentar coibir os chutes.
Este é um assunto que discutiremos adiante.
A partir de análises das alternativas, como aprenderemos

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em breve, você vai melhorar seu desempenho quase que

instantaneamente. Para perceber a diferença basta re-
alizar alguns simulados e notar os resultados.
Dentre as mais diversas análises que podem ser feitas
para efetuar um bom chute, listo abaixo as que eu con-
sidero mais eficientes:
#1 Repetição;
#2 Alternativa semelhante;
#3 Alternativa controversa/absurda;
#4 Expressões de exclusão/generalização.

Trataremos sobre cada uma delas analisando-as em de-

talhes e na prática, com as questões mais recentes dos
últimos concursos realizados das mais diversas engen-
harias e de variadas bancas. Um prato cheio para você
perceber como as técnicas funcionam e aprender a como
aplica-las.
Em tempo, gostaria de deixar bem claro dois pontos:
· As técnicas indicam uma tendência, não uma certeza.
Por isso, ocorrerão casos em que a alternativa apontada
pela técnica do chute não será a resposta correta. Eu
mostrarei alguns casos a seguir. Lembre-se que você deve
aliar seu conhecimento prévio com as técnicas que serão
aprendidas para maximizar suas chances; e repetindo
· Nunca altere a resposta de uma questão que você tem
certeza ou que está muito seguro por causa da técnica do
chute. Utilize-a como ferramenta extra para as questões

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que você não sabe completamente ou que não sabe nada

e para encontrar cascas de banana.

Considero estas são duas observações importantes de

serem feitas para que depois você não fique com raiva de
mim e venha me cobrar alguns pontos perdidos de sua
prova!
Combinado?
Esclarecimento feito, vamos retomar o raciocínio.
Antes mesmo de aprender em detalhes as técnicas do
chute, a partir deste momento você já vai realizar qualquer
prova de concurso com a seguinte máxima:
Nunca chute a resposta de alguma questão que você
não sabe sem analisar as alternativas.
É isso que você vai fazer de agora adiante. Caso contrário
você estará jogando valiosos pontos no lixo!
A diferença entre chutar inteligentemente e chutar alea-
toriamente, sem uma análise das opções apresentadas,
pode ser aqueles pontos que te deixam dentro ou fora da
nota de corte.
Na sua prova, conte com todas as armas possíveis: seu
conhecimento do conteúdo, seu controle mental e emo-
cional, sua inteligência e as técnicas para um bom chute.
Elimine as possibilidades de falhar!

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#1 Repetição

Basicamente, esta técnica consiste em procurar por pa-

lavras, números, termos ou expressões que mais se
repetem nas alternativas apresentadas pela questão.
Em geral, a alternativa correta tende a conter as palavras
(números, termos ou expressões) que mais se repetiram.
Isso acontece por um motivo simples: este modo de
elaborar a questão torna a resposta mais difícil de ser en-
contrada, pois o aluno que estudou menos vai conseguir
eliminar um número menor de alternativas.
Em contrapartida, esta opção facilita o trabalho de quem
chuta inteligentemente.
Vamos direto para a prática com alguns exemplos.
Começaremos com um nível bem básico, mostrando
como aplicar a técnica, e ao decorrer dos exemplos vamos
nos aprofundar nas explicações. Sinta-se a vontade para
apenas ver sua aplicação e partir para a próxima técnica
ou continuar a leitura e entender um pouco mais sobre
seu funcionamento.

[CONDER/2013 – Engenheiro Sanitarista ou Ambiental –

FGV Projetos]
Relacione os órgãos acessórios de redes coletoras de esgotos
sanitários com suas respectivas definições.
1. Passagem forçada

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2. Terminal de limpeza (TL)

3. Poço de visita (PV)
4. Sifão invertido

( ) Câmara visitável através de abertura existente em sua parte

superior, destinada à execução de trabalhos de manutenção.
( ) Trecho com escoamento sob pressão, sem rebaixamento.
( ) Dispositivo que permite a introdução de equipamentos de
limpeza, localizado na cabeceira de qualquer coletor.
( ) Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja fi-
nalidade é transpor obstáculos, depressões do terreno ou
cursos d’água.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de

cima para baixo.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3.
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

Sem nem ao menos ler o conteúdo da questão vamos

partir direto para a análise das alternativas.
No primeiro dígito das alternativas percebemos que o
número 2 e 3 se repetem mais vezes e em quantidade
igual (duas vezes). Dessa forma, por suposição eliminamos
a letra “A”, que não contém nenhum dos dois números.

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(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3. Chances de acerto: 25%
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

Os números que mais se repetem no segundo dígito são 1

e 4, mas, nesse caso, não conseguimos eliminar nenhuma
alternativa, continuamos com as letras “B”, “C”, ”D” e “E”.
Seguimos adiante.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3. Chances de acerto: 25%
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

No terceiro dígito temos o número 2 como o mais apre-

sentado (três vezes), número este que aparece nas alter-
nativas “A”, “D” e “E”. Como já supomos que a alternativa “A”
está errada nos resta as opções “D” e “E”. Já aumentamos
a probabilidade de acerto para 50%.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3. Chances de acerto: 50%
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

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No último dígito notamos que o número 4 se repete na

mesma quantidade que o número 3. No entanto, o número
3 se apresenta em alternativas já eliminadas (“B” e “C”)
e o número 4 se apresenta na alternativa “A” (também
eliminada) e na “D”. Pela lógica deste método, assinalamos
a letra “D” como a alternativa correta.
Note que também podíamos eliminar a alternativa “E”
pelo simples fato de não conter o número 3 ou 4 como
último dígito.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3.
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

Confesso que está foi a primeira questão que procurei

para exemplificar esta técnica aqui no livro, e que eu, de
verdade, nem se quer li o enunciado.
Para nossa felicidade, a alternativa correta realmente
é a letra “D”. O método de chutar inteligentemente se
mostrou eficiente, até mesmo para uma pessoa que
eventualmente não soubesse nada da questão.
Agora vamos nos aprofundar um pouco: por que a banca
elabora questões dessa forma?
Primeiramente, porque o objetivo do examinador é separar
os que sabem mais dos que sabem menos.
Imagine, por exemplo, que eu seja um aluno que não
estudou muito e que sabe apenas que a resposta no

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primeiro dígito é o número 3 e que o terceiro dígito é o

número 2.
Ainda assim eu teria duas alternativas como possível
solução e poderia errar a questão.
Você, que está mais preparado que eu, sabe também que
a resposta do segundo dígito é o número 1; com isso você
mata a questão. A questão valorizou o candidato que tinha
mais conhecimento.
Agora, vamos supor agora que a alternativa correta fosse
a letra “A”.
Nesse caso, tanto o primeiro dígito (1) quanto o segundo
(3) são respostas únicas, que não se repetem em nenhuma
alternativa além da “A”.
Isto facilita significativamente a questão.
Qualquer candidato que saiba que a resposta do primeiro
dígito é o número 1 ou que o segundo dígito é número 3
acerta toda a questão. Ou seja, é necessário saber apenas
um dos quatro itens apresentados para garantir o ponto.
(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3.
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

Perceba como na alternativa realmente correta nenhum

candidato pode acertar a questão sabendo a resposta de
apenas a resposta de um dos dígitos.

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(A) 1 – 3 – 2 – 4.
(B) 2 – 1 – 4 – 3.
(C) 2 – 4 – 1 – 3.
(D) 3 – 1 – 2 – 4.
(E) 3 – 4 – 2 – 1.

Isto torna a questão mais difícil para quem responde a

questão apenas com conhecimentos do conteúdo e mais
fácil para quem analisa as alternativas para realizar um
bom chute.
Já na hipótese da alternativa correta ser a letra A, a questão
se tornaria consideravelmente mais fácil, mas aquele que
não soubesse nada e tirasse proveito apenas das técnicas
de chute certamente erraria a resposta.
Com isso, podemos chegar à conflitante conclusão que:
para os casos em que se aplica essa técnica, as questões
mais difíceis tendem a facilitar na hora do chute; em con-
trapartida as mais fáceis tendem a dificultar a vida de
quem vai chutar.
Curioso, não?
Se a questão se mostrar difícil e você não souber a re-
sposta, tire proveito da técnica do chute. Já na hipótese
de ela aparentemente ser simples, está técnica se mostra
mais falha, mas nesse caso você certamente saberá a re-
sposta (cuidado apenas com as cascas de banana).
Por isso não se deve alterar o gabarito de questões que
você sabe a solução em decorrência da técnica do chute.
Lembre-se que você é um concurseiro superpreparado.

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Você seguiu todos os conselhos que foram dados até este

momento. Você tem cacife suficiente para julgar se uma
questão é fácil ou difícil. Isso o ajudará na hora de aplicar
esta técnica.
Além do mais, no exemplo acima supomos que o can-
didato não tinha nenhum conhecimento do conteúdo da
questão. Saber alguma parte da resposta já multiplica
suas chances de acerto. Os dois conhecimentos (conteúdo
e técnicas de chute) devem ser utilizados em conjunto.
Pois bem, vamos para mais um exemplo.

[Analista Judiciário/2012 – Engenheiro Mecânico – CESPE/

UNB]
O grafico acima apresenta as curvas carateristicas de uma
bomba centrifuga e do sistema hidronico atendido por essa
bomba. Assinale a opcao que representa, respectivamente,
os valores corretos do diametro do impelidor, elevacao total
de pressao e potencia, no caso de se manter uma vazao de 5
L/s.

A 150 mm / 130 kPa / 1,25 kW

B 135 mm / 120 kPa / 1,50 kW
C 165 mm / 130 kPa / 1,00 kW
D 180 mm / 120 kPa / 1,50 kW
E 165 mm / 120 kPa / 1,00 kW

Perceba que nessa questão a mesma tática pode ser uti-

lizada.

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Indo direto para as alternativas, percebemos que no

primeiro dos três valores o número que mais se repete é
165 mm. O segundo é 120 kPa e o terceiro é 1,50 kW e
1,00 kW empatados.
Dessa forma, podemos chutar com mais garantia de
acerto na alternativa letra “E”.
A 150 mm / 130 kPa / 1,25 kW
B 135 mm / 120 kPa / 1,50 kW
C 165 mm / 130 kPa / 1,00 kW
D 180 mm / 120 kPa / 1,50 kW
E 165 mm / 120 kPa / 1,00 kW

A alternativa “E” é a resposta correta. Este método se

mostrou eficiente mais uma vez, mesmo para uma pessoa
com conhecimento zero do assunto.
No entanto, como antecipei logo ao início deste capítulo,
esta técnica nos indica uma tendência, não uma certeza.
Por isso, ocorrerão situações onde a banca não escolherá
como alternativa correta àquela que parece ser a mais in-
dicada com a técnica do chute.
Isso não tira o brilho deste método, já que ele, ainda assim,
vai te ajudar a responder esse tipo de questão.
O exemplo abaixo ilustra bem esta situação.

[EMDUR/2014 – Analista/Engenheiro Eletricista – FUNCAB]

A NBR 14039, que trata de instalações elétricas de média-
tensão de 1,0 kV a 36,2 kV, na seleção e instalação dos com-

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ponentes, para prescrições comuns a todos os componentes

da instalação e para identificação dos componentes, retrata
que qualquer
condutor nu utilizado como condutor de fase deve ser iden-
tificado de acordo com essa função. No caso de emprego de
cores para identificação dos condutores de fase, devem ser
utilizadas para as fases A, B e C, em corrente alternada, re-
spectivamente, as seguintes cores:
A) vermelha, branca, marrom.
B) vermelha, preta, azul.
C) verde, branca, preta.
D) verde, preta, azul.
E) vermelha, azul, verde.

Seguindo o mesmo raciocínio utilizado nos dois exemplos

anteriores chegaríamos à alternativa “B”, partindo do
pressuposto que não sabemos nada sobre a questão.
A) vermelha, branca, marrom.
B) vermelha, preta, azul.
C) verde, branca, preta.
D) verde, preta, azul.
E) vermelha, azul, verde.

Porém, a alternativa correta para essa questão é a letra

“A”, justamente a alternativa que estava “empatada” com
a letra “B” até a segunda cor.
Neste caso a banca examinadora tomou o cuidado de
eliminar aquele que sabia as técnicas para um bom chute.

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Em contrapartida, elaborou uma questão de maior fac-

ilidade e que ainda pode ser respondida aliando conhe-
cimento de conteúdo com o método de chute que você
está aprendendo agora.
Apenas sabendo que a cor que deve ser utilizada para
identificar uma fase C é marrom você já consegue acertar
a questão inteira, mesmo que não saiba as outras duas
cores. Isso mostra como essa questão se tornou mais
fácil ao tentar eliminar a chance de acerto apenas pelo
chute.
Agora, vamos imaginar outra situação: você sabe apenas
que a cor utilizada para identificação da fase B é a branca.
A) vermelha, branca, marrom.
B) vermelha, preta, azul.
C) verde, branca, preta.
D) verde, preta, azul.
E) vermelha, azul, verde.

Dessa maneira as suas opções de resposta já se reduzem

a duas alternativas: “A” e “C”.
A) vermelha, branca, marrom.
B) vermelha, preta, azul.
C) verde, branca, preta.
D) verde, preta, azul.
E) vermelha, azul, verde.

Perceba que a cor que mais se repete na primeira resposta

é a vermelha, mas ela não aparece na alternativa “C”, que

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é uma das duas opções que sobraram. Com isso nos resta
apenas a alternativa “A”.
Você aliou seu conhecimento à técnica do chute e matou
a questão!
A partir deste momento você já está fera nesse método
e com certeza garantirá alguns pontinhos extra para sua
prova. Vamos partir para o próximo: você vai aprender a
como chutar com maestria pela análise de alternativas
semelhantes.

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#2 Alternativa semelhante

Este tipo de análise é válido, em sua maioria, para questões

que apresentam como alternativas uma resposta em
número. Por esta razão é comum encontra-las em provas
da área de exatas.
Basicamente, você deve verificar as alternativas com re-
spostas semelhantes, geralmente com alterações nas
casas decimais. A tendência é que a resposta correta seja
uma das opções parecidas.
Vamos seguir para um exemplo.

[CPTM/2012 – Analista/Engenheiro de produção – Ma-

kiyama]
Certa empresa faturou 70 milhões de reais em certo ano
fiscal, tendo 2500 colaboradores trabalhando, em média, 220
horas/mês. Sabendo-se que o custo incorrido neste mesmo
período foi de 68 milhões de reais, a produtividade parcial e
produtividade total desta empresa são, respectivamente:
A 1,27 R$/hora; 1,029.
B 11,36 R$/hora; 0,971.
C 0,13 R$/hora; 0,971.
D 127,27 R$/hora; 1,029.
E 136,2 R$/hora; 2,31.

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Utilizando a técnica da alternativa semelhante é possível

perceber que as alternativas “A” e “D” possuem respostas
parecidas, diferenciando-se quase que apenas pela
vírgula.
A 1,27 R$/hora; 1,029.
B 11,36 R$/hora; 0,971.
C 0,13 R$/hora; 0,971.
D 127,27 R$/hora; 1,029.
E 136,2 R$/hora; 2,31.

A reposta mais provável de estar correta, pela aplicação

desta técnica, é uma das duas alternativas citadas.
A alternativa certa dessa questão é a letra “D”.
Note que você pode combinar a aplicação desta técnica
com a que foi ensinada no tópico anterior.
A 1,27 R$/hora; 1,029.
B 11,36 R$/hora; 0,971.
C 0,13 R$/hora; 0,971.
D 127,27 R$/hora; 1,029.
E 136,2 R$/hora; 2,31.

Mas por que isso acontece?

Em uma questão que envolve operações matemáticas é
bastante improvável que um candidato que esteja com-
etendo erros esdrúxulos consiga encontrar a sua solução
apresentada em alguma alternativa da questão.

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Contudo, nas questões mais difíceis, uma resposta en-

contrada por um candidato que comete erros previsíveis
geralmente está apresentada em algumas das alter-
nativas.
Esse plano é elaborado para dificultar a vida do con-
curseiro, levando-o a acreditar que conseguiu encontrar
a solução correta. O que é bastante diferente do caso do
candidato que não encontrou sua resposta em nenhuma
das alternativas e tenta resolver a questão novamente.
Por isso, uma das primeiras medidas tomadas pelas
bancas examinadoras quando deseja dificultar uma
questão deste tipo é supor que o candidato cometeu
erros bobos em casas decimais. Esta é a razão pela qual a
segunda técnica do chute se mostrou eficaz.
Também é comum ocorrer alternativas com respostas
para quem errou algum sinal (positivo ou negativo), mul-
tiplicou ao invés de dividir ou até mesmo aplicou uma
fórmula em uma situação errada.
Fique sempre atento.
Agora vamos para mais um exemplo.

[Analista Judiciário/2012 – Engenheiro Mecânico – CESPE/

UNB]
Um componente de maquina, fabricado em aco com re-
sistência ao escoamento de 600 MPa e resistencia a fadiga
estimada em 360 MPa, foi dimensionado para vida infinita
para um carregamento repetido com tensao maxima de 120
MPa. Em servico, foi observada a ocorrencia de 6 falhas por

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fadiga a cada 1.200 horas de operacao do componente.

Infere-se do texto que o citado componente estava perando
com um fator de seguranca para falha por fadiga (nF) igual a
A 1,7.
B 2,0.
C 3,0.
D 3,6.
E 5,0.
Resposta: letra C
As duas alternativas que mais se assemelham são a “C”
e “D”. Isso aumenta a probabilidade de a resposta correta
ser uma das duas. Alie o fato de a maioria das respostas
das alternativas ser um número fechado (2,0; 3,0 e 5,0)
para optar pela letra “C”.

[Defensoria Pública SP/2013 – Engenheiro Civil – FCC]

A viga engastada, apresentada na figura abaixo, está sub-
metida a um carregamento uniformemente distribuído de 8
kN/m e uma carga concentrada de 10 kN aplicada no meio
do vão.
FIGURA
O momento fletor máximo atuante, em kN × m, é igual a
(A) 21.
(B) 18.
(C) 36.
(D) 42.
(E) 26.

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Perceba como, na questão acima as opções que mais se

assemelham são as “C” e “E”: 36 e 26, respectivamente.
Note também que a dezena 20 se repete na alternativa
“A”.
Seguindo a mesma lógica utilizada nos exemplos ante-
riores chegamos à letra “E” como alternativa mais provável
de estar certa, e de fato ela é a resposta correta.

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#3 Alternativa controversa/absurda

Esta talvez seja a técnica mais intuitiva, fácil de aplicar e

que já é utilizada pela maioria dos concurseiros.
Ela consiste, basicamente, em eliminar de cara aquelas
alternativas claramente controversas ou absurdas.
Embora isso pareça um tanto quanto óbvio, o nervosismo
muitas vezes faz as pessoas refletirem demais se deter-
minada alternativa é realmente absurda ou não.
Não procure cabelo em casca de ovo!
A hora da prova não é momento para mudar paradigmas
ou refletir sobre o que é certo ou errado. Siga o que é so-
cialmente aceito e intuitivo.
Na grande maioria das vezes, essa técnica é possível de
ser aplicada nas questões teóricas (principalmente nas
questões de ética e direito).
O primeiro exemplo que utilizaremos será o de uma
questão do concurso que fiz da CEF. Vou utiliza-lo porque
foi impossível não lembrar dessa questão ao escrever
sobre essa técnica.

[CEF/2012 – Engenheiro Civil – CESGRANRIO]

Um dirigente de organismo financeiro internacional privi-
legiou, em promoção na carreira, pessoa com quem manteve
relacionamento afetivo por determinado período. À luz das
normas de conduta ética, tal atitude

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(A) é corriqueira e depende da cultura de cada instituição, que

define os comportamentos dos indivíduos segundo
as relações de poder.
(B) é inaceitável nas empresas que editam códigos de ética,
uma vez que discriminam sem utilizar critérios objetivos, mas
pessoais.
(C) é aceitável, mesmo quando existe código de ética, porque
os dirigentes das instituições financeiras são livres para
promover quem queiram.
(D) seria aceitável se o comitê de promoção adotasse os
mesmos critérios para todas as relações afetivas dos di-
rigentes.
(E) realiza o principio da pessoalidade que deve ser aplicado
nas relações empresariais.

Nessa questão específica não há apenas uma alternativa

controversa ou absurda, mas praticamente todas, com
exceção da letra “B”, é claro.
Não há o que complicar.
Vamos para mais um exemplo desta mesma prova.

[CEF/2012 – Engenheiro Civil – CESGRANRIO]

Determinados funcionários da agência W realizam campanha
para discriminar o recolhimento de lixo, observada a sua
espécie, para programa de reciclagem. Nos termos do Código
de Ética da CEF, tal projeto é

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(A) irrelevante, uma vez que o ambiente não tem ligação com
o programa de ética da empresa.
(B) relevante para a sociedade, no entanto, fora dos parâmetros
gerenciais adotados por instituições financeiras, incluída a
CEF.
(C) realização de um dos valores perseguidos pelo Código de
Ética empresarial adotado pela empresa.
(D) plano a ser adotado no futuro após ampla discussão sobre
o tema em assembleias de funcionários.
(E) considerado iniciativa individual, sem qualquer vínculo com
a empresa, mas admitida como bom empreendimento.

Este é um exemplo típico que acontece de algumas

pessoas tentarem complicar o que já está claro.
Evidentemente, as alternativas “A” e “B” são ime-
diatamente eliminadas. No entanto, algumas pessoas
podem ficar na dúvida entras as alternativas “C”, “D”, e “E”.
“Realmente este é um bom plano a ser discutido em assem-
bleias dos funcionários...deve ser letra D”
“O enunciado diz “determinados funcionários”, então deve ser
uma iniciativa individual mesmo...”

Analisando as alternativas isoladamente, realmente

as letras “D” e “E” parecem plausíveis. Contudo, vamos
avaliar o contexto.

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Lembre-se que um candidato está fazendo um concurso

para assumir um cargo em uma instituição, nesse caso a
Caixa Econômica Federal. Lembre-se também que sus-
tentabilidade, conscientização socioambiental e, espe-
cificamente, reciclagem são boas condutas e estão em
alta na sociedade. Por último, lembre-se que a prova é
elaborada por uma banca organizadora que foi contratada
pela instituição.
Parece óbvio que a banca organizadora não formularia
uma questão que pudesse denigrir de alguma forma a
imagem da instituição que a contratou. Por isso, a alter-
nativa que claramente representa a atitude mais correta
é a letra “C” e, como esperado, esta é a alternativa correta.
Agora vamos para o último exemplo da aplicação da
técnica do chute pela eliminação de alternativas contro-
versas ou absurdas.

[CBTU/2014 – Engenheiro de Produção – CONSULPLAN]

A logística movimenta bens e serviços dos pontos de origem
aos pontos de uso ou consumo, podendo utilizar diversas
modalidades de transporte. Em relação às modalidades de
transporte, analise as afirmativas.
I. Ferroviário: definido como um modo de transporte para
grandes volumes, com um valor unitário baixo, sem urgência
de entrega e terminais fixos, não podendo ser aplicado onde
se requer coleta e entrega ponto a ponto, devido à falta de
flexibilidade.
II. Intermodal: definido como sendo o movimento de cargas

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que o utiliza de maneira combinada diferentes modos de

transporte. Neste modo, apenas um agente se encarrega do
movimento da carga, utilizando mais de um meio físico.
III. Rodoviário: modalidade mais utilizada para produtos
que têm um alto valor, como equipamentos eletrônicos e
máquinas de precisão, devido ao alto custo nele envolvido,
porém, apresenta características importantes quanto a se-
gurança e agilidade.
IV. Hidroviário: um dos meios de transporte mais antigos que
existe, porém, a falta de tecnologia avançada e a mão de obra
não qualificada, aliadas aos problemas estruturais das insta-
lações, levam ao aumento de custos e atrasos nas transações
de exportação e importação.
V. Multimodal: consiste na combinação de distintos modos
de transporte, em que diferentes contratos são efetuados de
maneira unilateral com as diferentes empresas responsáveis
pelo transporte.
Estão corretas apenas as afirmativas
A) I e IV. B) II e III. C) I, II e V. D) I, III e V.
Resposta: letra “A”

O artifício utilizado pela banca para invalidar o item II é

muito comum. Ela descreve a modalidade de transporte
corretamente até que coloca uma frase ou palavra que
destoa do que parece ser correto. Observe abaixo.
“II. Intermodal: definido como sendo o movimento de cargas
que o utiliza de maneira combinada diferentes modos de

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transporte. Neste modo, apenas um agente se encarrega do

movimento da carga, utilizando mais de um meio físico.”

Imagine um agente que é obrigado a ser habilitado para

dirigir um caminhão, conduzir um trem e ainda ser um
capitão de navio. Improvável, não? O item III também é
praticamente todo absurdo ou controverso e também
pode ser eliminado facilmente.
Agora você já conhece bem está técnica.
Hora de partir para a seguinte: analisar as expressões de
exclusão/generalização.

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#4 Expressões de exclusão/
generalização

Esta análise é aplicável, em sua grande maioria, em

questões teóricas e da área de direito.
Como você já sabe, expressões de exclusão ou general-
ização são aquelas contidas em itens de questões como:
“Em nenhum caso é permitido que...”
“A solução acima é aplicável em todos os casos...”
“Nunca é permitido tirar a vida de outra pessoa sem que seja
considerado crime...”
“O uso desta ferramenta garante que...”
“Obrigatoriamente deve-se optar pela modalidade car-
ta-convite nos...”
“Um cômodo residencial sempre deve possuir no mínimo um
ponto de tomada, independentemente de sua dimensão...”
“Usucapião é um direito garantido a todos que utilizarem uma
propriedade abandonada por um tempo superior a 5 anos...”

Não há regra que não tenha uma exceção (até mesmo

para essa regra que estou acabando de te falar). Por isso,
sempre suspeite das alternativas que apresentam os
termos citados nos exemplos acima.

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As alternativas corretas tendem a utilizar termos in-

clusivos. Estes termos usam palavras que não eliminam
a possibilidade de uma exceção. São alguns exemplos de
termos inclusivos: podem ser, devem ser, predominant-
emente, em geral, em regra, usualmente e por aí vai...
Vamos para alguns exemplos de questões em concursos
públicos para você notar como é possível aumentar as
chances de acerto simplesmente identificando termos
exclusivos ou inclusivos.

[EMDUR/2014 – Analista/Engenheiro Eletricista – FUNCAB]

Um firewall, quando bem configurado, age como um filtro
e deve trabalhar com regras restritivas. A regra que melhor
define o funcionamento de um firewall bem configurado é:
A) Tudo é proibido!
B) 50% das tarefas são permitidas!
C) Tudo que não é permitido, é proibido!
D) Tudo é permitido!
E) Tudo que não é proibido, é permitido!
Resposta: “C”

[ELETROBRAS/2013 – Engenheiro Ambiental – BIORIO Con-

cursos]
O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) inclui em
sua estrutura órgãos e entidades:
(A) apenas da União, dos Estados e do Distrito Federal;
(B) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;

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(C) exclusivamente dos Municípios;

(D) exclusivamente da União;
(E) apenas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Resposta: “B”

[ANTT/2013 – Engenheiro Civil e de Produção – CESPE/UNB]

Com relação ao regime jurídico administrativo, julgue os itens
subsequentes.
21 Um servidor pode ser punido nas esferas administrativa,
civil e penal, em razão de um mesmo e único fato, desde que
o ato tenha sido praticado no desempenho das atribuições do
cargo ou função.
22 Em razão do princípio da oficialidade, após a instauração
do processo administrativo, a administração poderá, de ofício,
dar andamento ao processo, entretanto, os processos ad-
ministrativos serão sempre instaurados mediante pedido da
parte interessada.
23 O Congresso Nacional, por ser um órgão legislativo, não
pratica atos administrativos.
Resposta: 21 - Certo, 22 - Errado, 23 - Errado.

Perceba como o item “21” não utiliza expressões de ex-

clusão ou generalização, pelo contrário, utiliza os termos
“pode ser” e “desde que”. Estes termos quando presente
em alguma alternativa aumentam consideravelmente as
chances desta estar correta, como de fato aconteceu na
questão da CESPE/UNB.

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Como chutar com

maestria Fechamento

A partir de agora você está com uma grande arma em

mãos.
Utilizando as técnicas ensinadas neste tópico seu aprovei-
tamento sobre questões que anteriormente você con-
siderava perdidas vai aumentar consideravelmente, e isso
pode significar ficar dentro da nota de corte.
Sempre analise as alternativas com valores que se
repetem, as alternativas semelhantes, as que contêm
trechos controversos ou absurdos e as que possuem
termos exclusivos ou de generalização.
Descrevi acima as 4 principais tipos de análise que podem
ser feitas por você ao realizar sua prova de concurso
público. Elas são as que mais funcionam, mas além delas
existem mais algumas dicas que podem te ajudar a ga-
rantir mais alguns pontinhos.
A primeira é uma dica muito interessante: em se tratando
de questões difíceis, sempre reavalie se a sua resposta
encontrada for a letra “A”. Em geral, ao formular uma
questão de alta dificuldade, o examinador evita colocar a
resposta correta já na primeira alternativa. Ele não quer
entregar o ouro tão cedo. Nesses casos é comum que a
alternativa “A” contenha alguma pegadinha.

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Outra dica que costumava funcionar bem, mas que at-

ualmente algumas bancas já têm tomado medidas para
evitar que isso ocorra é verificar a cara do gabarito. Era
muito comum que o número de respostas corretas fosse
igualmente distribuído entre todas as letras (exemplo: em
uma prova de 50 questões haverá 10 respostas certas
para a letra A, B, C, D e E).
Outro ponto que deve ser analisado é sobre as questões
que, aparentemente, possuem todas as alternativas
corretas ou todas erradas. Nesse caso, tem concurseiros
que por “já saberem” que as questões vão ser anuladas
as deixam em branco. Não cometa esse grande vacilo.
Em situações como essa assinale a alternativa que você
considera mais correta, mesmo que você ache que outras
também responderiam a questão. É comum acontecer
em concursos de concurseiros anunciarem em fóruns que
determinada questão sem dúvidas será anulada, mas no
final das contas ela não é e deixa muita gente chorando.
Então você já sabe: sempre responda as questões.
Por fim, vem a principal dica desse tópico sobre como
chutar com maestria. Como dito logo no início, algumas
bancas estão de olhos bem abertos para essas técnicas
e algumas delas podem não funcionar mais para deter-
minadas provas, o que significa que você pode perder
pontos se segui-la. Então, como saber se você deve uti-
liza-la ou não?
A resposta vem em um conselho que já tem sido dema-
siadamente tratado nesse método: conheça a sua prova
e sua banca. Resolva exaustivamente as provas ante-
riores do seu concurso e teste as técnicas utilizadas para

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ver quais funcionam. Utilize algumas provas recentes da

banca organizadora para também realizar os testes. Esta
é a única maneira de saber quais técnicas vão te ajudar
especificamente para sua prova, para sua banca.
Essa é mais uma grande importância em conhecer seu
certame, além de todas as outras razões que já foram
tratadas no método Concurseiro100. Fazendo isso você
só tem a ganhar. É uma obrigação sua.

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A Semana da Prova

Ânimos à flor da pele. Naturalmente.

Uma dúvida que comumente recorre na mente de um con-
curseiro iniciante: o que fazer nesses dias? Aprender algo
novo? Resolver exercícios? Estudar o dia todo? Apenas
relaxar? Encher a cara?
Os concurseiros mais experientes, em geral, já possuem
seus rituais. Procuram fazer por costume sempre a
mesmas coisas que fizeram em outros concursos. No
entanto, não há garantias de que as ações que estes con-
curseiros realizam estão sendo realmente positivas para
o dia da prova. Qual é o certo a se fazer?
O que você vai fazer na semana de sua prova depende
de uma série de fatores. Há quanto tempo você está se
preparando para seu concurso? 3 meses? 4? 3 semanas?
Você conseguiu estudar os assuntos mais importantes?
Para os candidatos que se preparam há muito tempo
recomendo que utilize a última semana ou até mesmo as
duas últimas somente para resolver exercícios e rever as
sínteses mais importantes e dos assuntos que você anda
sentindo mais dificuldade.
O que é melhor: garantir os pontos dos assuntos que você
já estudou ou tentar aprender algo novo e ter grandes
chances de esquecer na hora da prova? Eu ficaria com a
primeira opção.

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No meu caso, eu não tinha lá tanto tempo assim; foram

45 dias. Utilizei dois dias da última semana para tentar
aprender mais alguma coisa e os dias restantes para
fazer as revisões finais em ordem de peso de cada
assunto. Também aproveitei essa semana para trabalhar
fortemente meu fortalecimento mental me motivando,
lembrando-me do meu propósito, tirando a pressão e vis-
ualizando o resultado desejado. Isso é muito importante,
pois quanto mais próximo do dia D mais você tende a se
desesperar.
Nas últimas semanas você tem que intensificar seus
estudos até o quanto você aguentar. Prive de mais alguns
prazeres, diminua as atividades físicas, mas continue
dormindo bem. Revise, revise e revise! Chegue até o limite
e pare quando seu corpo e mente “pedir arrego”. Esqueça
show, balada, festa de casamento ou formatura; porque
se você for e beber todas você perde no mínimo dois dias
de estudo, o do evento e o seguinte. É praticamente im-
possível aprender, resolver exercícios ou revisar alguma
síntese de ressaca, você não vai assimilar nada! Caso
sua presença seja imprescindível em algum evento, faça
o favor para você mesmo de não beber e de ficar pouco
tempo, dessa forma você consegue aproveitar o dia pos-
terior.
Quando o meu concurso-sonho estava se aproximando
recusei vários convites de amigos meus para ir beber em
um barzinho e também perdi várias festas boas e de graça
para estudar, inclusive deixava minha namorada e voltava
para casa. É exatamente isso que você deve fazer.
Esses últimos dias de preparação são muito valiosos. É

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bastante provável que um bom número de questões do

seu concurso seja garantido nesse momento. Por isso,
tenha consciência que 6 ou 8 horas a menos de revisão
por causa de uma festa e de uma bebedeira pode fazer
uma grande diferença na nota da sua prova. Pense nisso.
Cuidado também para não enlouquecer. Lembro-me que
na penúltima semana anterior ao meu certame eu inten-
sifiquei ainda mais meus estudos. Eu já não estava saindo
mais direito, mas nessa semana que fiquei praticamente
recluso no meu quarto. Quando chegou o sábado eu
estava parecendo um louco! Estava ansioso e pilhado no
estudo. Minha namorada falou que eu precisava sair de
casa a qualquer custo para relaxar, retruquei um pouco,
mas depois acabei aceitando. Saímos de casa e fomos
tomar um chopp. Meu amigo(a)...aquele deve ter sido o
melhor chopp que eu tomei na vida, era tudo que eu pre-
cisava para relaxar um pouco!
Por isso falei para você reduzir as atividades e se privar
de mais alguns prazeres, mas não eliminar, cortar to-
talmente. Caso contrário você vai enlouquecer! Cuidado
com as atividades físicas que você vai praticar durante
essa semana. Não vá jogar bola ou fazer aulas de Jiu Jitsu
ou MMA, se lesionar tão perto do concurso não é uma
boa ideia, você vai jogar sua revisão final no lixo.
Aproveite os últimos dias para conferir se toda sua docu-
mentação e material para realizar a prova estão ok. Separe
o cartão de inscrição, identidade, canetas, lápis, borracha,
lanche, casaco, remédios etc. Deixe tudo organizado e
fácil de encontrar para você lembrar-se de levar ao local
do certame.

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Agora, o que fazer na véspera da sua prova?

Este assunto divide opiniões. Algumas pessoas dizem
que esta é a hora de revisar o máximo de sínteses que for
possível e garantir mais alguns pontinhos. Outros dizem
que o ideal é resolver provas anteriores. Há também
quem diga que este não é o momento de realizar qualquer
atividade relacionada ao concurso, já que o candidato já
teve tempo o bastante para se preparar e que nada pode
ser aprendido nessa hora.
Você já sabe que a principal batalha que um candidato en-
frenta quando se propõe a realizar um concurso público é
a batalha para dominar a mente. É justamente na véspera
e na hora da prova o momento quando esta se encontra
mais delicada e os maiores cuidados devem ser tomados,
caso contrário você vai explodir e entrar em uma pilha de
nervos.
O grande conselho aqui é que você faça tudo o que for
possível para se sentir relaxado. Esta é a hora de cuidar
de você. Do seu corpo e de sua mente. Para que, assim,
você consiga realizar sua prova da forma mais tranquila
possível.
Veja bem, não estou tentando te dizer para beber água
de coco deitado em uma rede durante todo o dia. Você vai
fazer o que tiver que ser feito para que você se sinta re-
laxado, nem que para que isso aconteça você tenha que
revisar suas sínteses ou resolver exercícios.
Isso é muito pessoal. Por isso há tantas opiniões dif-
erentes para o que deve ser feito, mas não há certo ou
errado.

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Se ficar a véspera inteira da sua prova fazendo atividades

que nada tem a ver com seu concurso está te trazendo
tranquilidade, continue assim! Não se sinta na obrigação
de verificar algum conteúdo.
Caso você esteja realizando alguns exercícios e isso não
esteja aumentando sua tensão, tudo bem também!
A regra é: não há regra! Não se preocupe com opiniões
alheias sobre o que deve ser feito, faça o que vai te fazer
se sentir melhor para sua prova.
Tenha autocontrole. Gerencie e perceba suas emoções
para saber se você está seguindo o caminho correto ou se
é melhor mudar de atividade. Autoconhecimento é muito
importante nessa hora.
Não continue revisando se isso não estiver te fazendo
bem. Não beba cerveja se isso te coloca em profundo
sentimento de culpa. Não estude novos assuntos se isso
te faz entrar em desespero. Não saia com seus amigos
apenas por pressão e por eles estarem dizendo que isso
ai ser bom para você se isso não for verdade.
Seguindo este conselho você certamente chegará à sua
prova preparado e com a consciência leve de que fez a
coisa certa no dia anterior.
De qualquer forma, há algumas dicas que devem ser
seguidas que te ajudarão significativamente nesse
momento. Os conselhos dados abaixo servem para
qualquer tipo de pessoa: as que resolvem estudar, as
que não fazem nada relacionado ao concurso e as que
mesclam equilibradamente as duas atividades. Vamos lá:

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· Ande com pessoas alegres, positivas e confiantes. Evite

sair nesse dia com pessoas que vão te dizer quão difícil é
este desafio ou até mesmo com concurseiros que estão
se sentindo desanimados com a prova. Saia com quem
vai te colocar para cima!
· Não se alimente com comidas pesadas ou tente novas
experiências. Ninguém quer ter um revertério no dia que
antecede a prova e muito menos continuar se sentindo
mal na hora H. Coma apenas comidas leves e que você já
esteja habituado;
· Embora não seja aconselhável, você pode beber um
pouco se isso fizer você se sentir mais relaxado. No
entanto, não exagere. Além de comprometer sua con-
centração, criatividade, memorização e análise crítica,
ninguém consegue ser aprovado em um concurso real-
izando a prova com ressaca. Tome muito cuidado ao fazer
isso;
· Eleve sua positividade e confiança. Sele sua aprovação
com imagens de quando você já estiver aprovado. Sinta
toda emoção possível como se já tivesse acontecido.
Dedique um tempo a esta atividade;
· Tire o peso da prova. Pense que é apenas uma opor-
tunidade que você vai conseguir agarrar. Ninguém está te
obrigando a nada. Você simplesmente vai lá e vai fazer o
seu trabalho bem feito;
· Caso opte por estudar, faça revisões leves. Utilizar seus
flash cards, por exemplo, é uma ótima opção. Verifique-os
por 30 min três vezes durante o dia. Não exagere no
tempo de estudo na véspera da sua prova. Lembre-se

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que é necessário descansar a mente;

· Evite aprender algo novo na véspera. A hora de aprender já
passou. As chances de isso elevar seu stress são grandes.
Garanta que as armas que você já possui funcionem na
hora da prova;
· Não fique o dia todo trancado em casa e sozinho. A
solidão certamente vai te trazer pensamentos que pode
te deixar mais nervoso. Interaja com outras pessoas (com
o perfil citado na primeira dica) e saia um pouco de casa.
A não ser, é claro, que isso vá de encontro com o principal
conselho: fazer tudo o que for preciso para que você se
sinta o mais relaxado possível;
· Durma bem. Garanta algo entre 7 e 8 horas de sono. Você
já sabe os benefícios que isso vai te trazer. Se ansiedade
te tira o sono, deite algum tempo antes de dormir para
que seu corpo relaxe e você durma na hora correta.

Siga os conselhos dados acima e entre no dia seguinte

como um campeão. A grande maioria dos candidatos não
toma o devido cuidado com o corpo e a mente no dia an-
terior a prova. Isso não faz parte da preparação deles.
Você possui as armas para se preparar adequadamente,
resta apenas utiliza-las.

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A Grande Hora H

Nesta altura do livro você já sabe praticamente tudo o

que fiz para conseguir minha aprovação no concurso da
Petrobras e, consequentemente, o da CEF.
O que você não sabe é o grande erro que cometi e que
foi um dos maiores responsáveis pelo meu fracasso no
primeiro concurso que fiz na minha vida, no início de fev-
ereiro de 2012.
Eu poderia inventar várias desculpas para o meu in-
sucesso, poderia falar que foi o pouco tempo que tive
para estudar ou que a prova estava muito difícil. Mas não,
realmente não foi isso. Essa seria a alternativa mais fácil
e que não me mostraria o que havia sido meu principal
erro, me impediria de adquirir experiência.
Apesar de não ter tido tempo do mundo, acredito que tinha
sim conhecimento suficiente naquele momento para ser
aprovado no concurso. Então, qual foi a minha falha?
Após terminar minha prova fiquei aguardando ansi-
osamente pela divulgação do gabarito. Eu estava con-
fiante. Podia sentir a adrenalina correndo sob minhas
veias. A expectativa era muito grande e eu mal conseguia
conversar com as pessoas próximas a mim.
No entanto, quando saiu a divulgação das respostas
percebi que o resultado foi muito aquém do que eu es-
perava. Fiquei decepcionado. Eu não acreditava nas
questões que eu tinha errado!

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Embora eu tenha me dedicado bastante, me mantido

otimista durante toda minha preparação e tenha abdicado
de várias horas de lazer; eu entrei derrotado naquela
prova. Deixei o nervosismo tomar conta de minha cabeça
e não consegui me concentrar adequadamente. Deixei
que o teste tomasse conta de mim, e não o contrário.
A prova disso foi que a maior parte das questões que
eu errei foram justamente as mais simples. Errei, lit-
eralmente, questões de soma, triviais.
A cada questão que eu não sabia responder eu passava
para outra com uma dose maior de nervosismo e outra
dose menor de concentração. Faltou-me experiência.
Precisei cair do cavalo para aprender uma grande lição:
não podemos ser dominado pelo momento da prova.
Muita gente que estudou para a prova adequadamente
chega para resolvê-la já derrotado. Não suporta a co-
brança interna e externa de que obrigatoriamente deve
se sair bem, o clima da hora da prova e as expressões de
tranquilidade dos concorrentes.
O frio ou o calor começa a incomodar. O ruído do ar condi-
cionado, ventilador ou do fiscal folheando uma revista
parece ser cada vez mais alto. O mastigar de um lanche
do candidato ao lado parece estar sendo feito com um
megafone. Já era, você não está mais concentrado.
A “cereja no bolo” para o desastre é quando você en-
contra algumas questões que não consegue responder
inicialmente e que acabam te enlouquecendo. Por fim,
você acaba sendo dominado pela prova e pelo momento.
Sua preparação foi por água abaixo.

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Como eu disse, isso é muito mais comum do que se pode

imaginar (talvez você até já tenha passado por isso).
Muitas pessoas que estavam preparadas até o dia da
prova perdem sua vaga no momento de sua afirmação.
Voltando para a minha história, um cenário totalmente
diferente aconteceu na prova do meu concurso-sonho.
Dessa vez eu sabia qual havia sido a maior razão para meu
insucesso na minha primeira tentativa. Não cometeria o
mesmo erro novamente.
Trabalhei para que no momento da prova eu não tivesse
nenhuma pressão psicológica interna. Eu me tranquilizei,
respirei calmamente, ingeri apenas alimentos leves e
mantive uma postura corporal dominante para manter o
controle emocional da situação. Além do mais, eu já tinha
me saído muito bem no concurso-paralelo da CEF. Eu
estava mais calmo e confiante.
Por fim, minutos antes de iniciar o exame, recebi de um
grande amigo uma mensagem que fez toda a diferença
e traduziu bem o que eu havia passado em meu primeiro
concurso. Nela estava escrito:
“Você é o dono da prova. Você manda nela, não o contrário.
Não deixe que ela o domine.”

E foi o que eu fiz. Fui o dono da prova. Dominei-a. Fui

aprovado!
Talvez isso pareça besteira, mas espero que para você não
seja. Torço para que, no seu caso, você não precise cair do
cavalo também para aprender. Aprenda com meu erro. Já
estou te mostrando a lição.

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Acredite: cuidar do seu psicológico no momento da prova

é quase tão importante quanto toda a sua preparação,
afinal de contas é nessa hora que sua aprovação vai ser
definida. Por isso, esse cuidado é de extrema importância
para seu bom desempenho.
Não adianta você comprar armamentos, treinar, disparar,
mas não comparecer para a batalha. O grande jogador,
o ídolo, é aquele que não amarela na final. É aquele que
corresponde a todas as expectativas. Mostre a que veio!
Para manter o controle da situação e para se sair bem
em sua prova listo 13 dicas que sem dúvida vão te ajudar
demais. Estes simples passos, se aplicados, vão mudar o
rumo do seu desempenho:
#1 Assim como no tópico anterior, faça tudo o que for
possível para que você se sinta relaxado até começar a
prova. Não fique conversando fora da sala com colegas
concurseiros se isso está te deixando mais nervoso. Faça
exatamente aquilo que você quer fazer. É o seu momento;
#2 Tire o proveito da sua postura corporal para passar
confiança para sua mente. Fique com o corpo ereto,
cabeça erguida. Vá ao banheiro e fique algum tempo com
os punhos cerrados e levantados, como se estivesse
comemorando. Ao entrar na sala da prova carregue um
semblante de tranquilidade e confiança. Isso vai não só
te ajudar como também vai intimidar outros candidatos.
Sorria, mesmo que forçadamente. Você sabe que isso
funciona. Abuse deste artifício;
#3 A melhor técnica para acalmar os nervos é respirar
calmamente. Se estiver muito nervoso, inspire pelo nariz

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e expire pela boca lentamente. Faça isso várias vezes.

Repita mentalmente enquanto respira que você está
tranquilo até que isso se torne realidade;
#4 Se alimente adequadamente. Você já sabe: nada de
comidas pesadas. Para digerir alimentos pesados o corpo
envia mais sangue para o intestino processar a digestão,
dessa forma a oxigenação cerebral é reduzida, o que, con-
sequentemente, reduz a capacidade de raciocínio lógico
e concentração. Leve pequenos lanches para a prova,
como frutas ou barras de cereal, mantenha-se hidratado
durante a prova;
#5 Não se cobre demais. Pensamentos como “Eu tenho
a obrigação de me sair bem nessa prova” vão apenas au-
mentar seu stress e reduzir seu desempenho. Elimine
esse peso;
#6 Posicione-se como alguém que vai testar a prova, e
não ser testado. Alguém que vai ver se ela está preparada
para você, se ela está realmente bem elaborada. Domine
a prova. Tome conta da situação;
#7 Esqueça os fatores externos. Utilize o que você
aprendeu para entrar em estado de fluxo. Ignore as dis-
trações que ocorrem na sala de aula. Escolher um bom
lugar vai te ajudar bastante quanto a isso (caso a cadeira
não seja marcada). Fuja de janelas, sente-se no fundo,
evite ficar próximo de ar condicionado barulhento ou de
ventiladores fortes;
#8 Ao receber a prova faça um passeio geral por ela. Olhe
os títulos das questões, as figuras, os textos, leia a capa.
Conheça a sua prova antes de inicia-la. Isso o ajudará a

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dominar a situação, a dosar o seu tempo e a evitar sur-

presas;
#9 Preste atenção na sua prova! Leia tudo com atenção.
É incrível a quantidade de pontos que são perdidos porque
um candidato não leu uma questão corretamente. Não
pule o questionário na metade do texto por achar que já
sabe do que se trata a pergunta! Palavras, frases e itens
como “exceto”, “alternativa incorreta”, “todas as respostas
acima” e “nenhuma alternativa acima” costumam pegar
vários candidatos. Preencha seu gabarito com atenção
máxima. Alguém que quer ser aprovado rapidamente em
concursos não pode se dar ao luxo de perder questões
por falta de atenção;
#10 Uma questão difícil tem o mesmo valor de uma fácil
(levando em consideração as disciplinas com mesmo peso
na prova). Não perca muito tempo em uma só. Se você
está demorando em algum item, parta para outro, não
seja orgulhoso só porque você esta dominando o assunto.
Levando tempo demais em uma só questão você corre o
risco não só de erra-la, como também de não conseguir
responder outras questões que você sabia a resposta até
a hora de entregar prova. Aliás, responda inicialmente
as perguntas diretas e que você sabe a resposta para já
garantir alguns pontos, depois você parte para as mais
demoradas. Dose o seu tempo. Resolva sua prova estra-
tegicamente;
#11 Não se sinta abalado por uma questão que você
não soube responder. Isso é natural, acontece com todos
os candidatos, inclusive com os que vão ser aprovados
na primeira colocação. Além do mais, ainda há a possi-

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bilidade de você acerta-la com as técnicas de chute que

você aprendeu;
#12 Se você faz uso das técnicas de memorização
(como a mnemônica e a transformação de números em
palavras), anote seus códigos logo no início do teste no
canto de alguma folha para descarregar rapidamente as
informações e se preocupar com uma coisa a menos;
#13 Não deixe de responder uma questão somente
porque ela, aparentemente, não possui alternativas
erradas ou certas. Jamais a deixe em branco porque você
“sabe” que ela vai ser anulada. Nesses casos, assinale a
alternativa que você considera a mais correta, mesmo
achando que outras alternativas também podem re-
sponder à pergunta. Muitas vezes as bancas não anulam
questões que eram anulações certas entre conversas de
concurseiros.

Siga as 13 dicas. Elas funcionam!

A hora da prova é o momento que vai fazer valer todo
seu esforço, que vai fechar seu ciclo com chave de ouro.
Não deixe de utilizar estes conselhos que farão toda a dif-
erença no resultado final do seu exame.

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CONCURSEIRO100
FECHAMENTO

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Finalmente concluímos o método Concurseiro100.

Nessa jornada para escrever este livro aprendi bastante.
Li inúmeros artigos, livros de autores renomados na área
de concursos públicos, conversei com aprovados e de-
scobri as maiores dificuldades dos concurseiros através
do meu site, o Engenheiro Concurseiro.
Também destrinchei tudo que sei sobre preparação para
concursos públicos. Formatei a minha preparação em um
método que possa ser seguido por qualquer concurseiro
que deseja alcançar bons resultados em concursos pú-
blicos. Adaptei todos os conhecimentos adquiridos de
forma que possa ser facilmente assimilada por qualquer
pessoa.
Os 4 módulos do método Concurseiro100 contempla
tudo aquilo que você precisa para melhorar expressi-
vamente seus resultados em concursos públicos.
Prepare a sua mente.
Identifique seu propósito e lembre-se dele a todo in-
stante para seguir na sua luta. Desistir da guerra é como
trair a você mesmo e a sua família. Mantenha-se sempre
positivo, otimista, confiante. Visualize repetidas vezes a
imagem que você deseja ter no futuro. Faça esse pequeno
exercício várias vezes durante o dia. Vai se tornar real.
Elabore seu projeto de aprovação e siga o DPACR.

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Você já sabe o que quer e está confiante, agora é hora

de estruturar sua preparação para que você possa ter o
melhor rendimento possível e não fique completamente
perdido durante sua preparação. Se você não possuir um
caminho a seguir certamente não chegará ao destino,
você vai ficar desorientado.
Defina o alvo. Levante os assuntos a serem estudados.
Identifique sua horas disponíveis para estudo. Escolha o
método de estudo que mais te agrada. Monte seu cron-
ograma de estudo.
Evolua como concurseiro.
Crie o hábito de estudar cada vez mais e faça isso com
prazer. Um dia estudar já foi uma das coisas que eu mais
odiava na vida, hoje é uma paixão. Não ignore o poder de
transformação que esse hábito possui.
Aumente seu poder de concentração e eleve sua produ-
tividade nos estudos ao máximo. Com a mente preparada,
um projeto organizado e alta produtividade você se torna
um candidato imbatível.
Aprenda qualquer assunto despertando interesse e se
aprofundando cada vez mais. É natural passar a gostar
daquilo que você conhece.
Selecione os materiais perfeitos para seu concurso para
que você não ande para trás. A ferramenta pode ser
quase tão importante quanto o método. Materiais ultra-
passados, focados em outros concursos ou com péssimo
conteúdo vão atrasar sua aprovação. Vá para a guerra
com as armas certas.

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Utilize os concursos-paralelos com inteligência para de-

struir barreiras psicológicas que podem estar impedindo
sua aprovação. É muito comum pessoas preparadas
serem aprovadas em um concurso que não era seu ob-
jetivo principal e também pessoas que passam a cole-
cionar aprovações após o primeiro sucesso.
Vá para a prova com espírito de campeão.
Tenha calma. Não se cobre. Ganhe ponto nas questões
que você não sabe a resposta. Resolva a prova estrate-
gicamente. Domine-a. Utilize o corpo e mente de forma
positiva para conquistar bons resultados. Esteja atento.
Faça tudo aquilo que for preciso para que você chegue na
hora H o mais relaxado e focado possível.
●

Aprovação em um concurso público não é para quem quer,

mas para quem faz e acredita. Para quem segue a fórmula
2P’s do sucesso.
Uma grande diferença entre vencedores e perdedores
é que aqueles que vencem utilizam as informações que
aprendem. Eles agem, assumem uma postura ativa. Os
que perdem estão sempre em busca de mais informação,
estão à procura de uma fórmula mágica, mas nunca
colocam algo em prática. Os perdedores estão sempre à
espera do momento perfeito.
Faça a diferença. Utilize todos os conhecimentos que
você aprendeu até aqui neste livro para conseguir sua
aprovação. Deixe de ser apenas um pesquisador para ser

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também um realizador!
Tenha fé em seu potencial. Vença essa guerra. Você já tem
tudo que precisa, está tudo dentro de você.
A estabilidade financeira, emocional e mais tempo livre
que um concurso público proporciona não tem preço.
Você merece essa conquista. Torço para que tudo que foi
ensinado aqui o ajude a alcançar seu sonho!
Lembre-se do que disse o William Douglas, a dor da vida
de concurseiro é passageira, mas a recompensa é “eterna”.

Um Grande Abraço,
Marcel Viana Maranhão.

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