Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude
Secretaria Executiva de Assistência Social
Gerência de Projetos e Capacitação
Centro Universitário Tabosa de Almeida – ASCES-UNITA
INTRODUÇÃO AO
CURSO PROVIMENTO DOS
SERVIÇOS DO SUAS
E BENEFÍCIOS
SOCIOASSISTENCIAIS
Facilitador: Marcos Nascimento
A estruturação do SUAS e a
consolidação da PNAS estão
intrinsecamente relacionados as
práticas dos trabalhadores e gestores
O CURSO do SUAS que deve repercutir
diretamente na compreensão,
participação e protagonismo das
famílias contempladas pela política de
Assistência Social. Nesse sentido, o
Curso introduz o debate sobre o
conhecimento, às habilidades e às
atitudes necessárias ao provimento
dos serviços e benefícios
socioassistenciais do SUAS.
• Desenvolver competências em
gestores e técnicos da gestão
OBJETIVO
estadual e municipais quanto ao
GERAL
provimento dos serviços e
benefícios socioassistenciais,
previstos no SUAS.
Levantamento de expectativas:
APRESENTAÇÃO
?????
- Quem sou?
- De onde eu venho?
- Qual serviço ou setor que atuo e em
que função?
- Qual minha motivação para realizar
este curso?
ASSISTÊNCIA SOCIAL E A GARANTIA
Módulo I DOS DIREITOS SOCIOASSISTENCIAIS
POR MEIO DO SUAS!
ASSISTÊNCIA SOCIAL
A Assistência Social enquanto direito é fruto de um
processo de luta construído historicamente, para
entendermos é preciso voltar no tempo...
Assistência Social antes da CF/88
- Ações vinculadas a “Pobreza absoluta”, a noção de caridade e
ajuda aos indivíduos, não inseridos no mercado de trabalho.
- O foco estava centrado no indivíduo “problemático, desajustado,
incapaz” e não no resultado de um modelo sócio econômico e
político.
- Ações como fruto da caridade divina, religiosa, motivação moral
movida pela boa vontade, pelo sentimento de pena;
- Apelo ao voluntariado atrelada às primeiras damas;
Assistência Social antes da CF/88
- Providencia administrativa e emergencial para atender
as anomalias sociais;
- Improvisação pela intuição – sentimentalismo;
- Reparar carências;
- Não reconhecimento como uma Política Social;
- Sem natureza científica.
A Constituição Federal é Fruto de
uma forte Mobilização e garante
legalmente a Assistência Social como
um direito.
Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 194:
“A Seguridade social compreende um conjunto integrado de ações
de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinada a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social”, institui a assistência social como um direito do
cidadão.
Constituição Federal/88:
Afirmou o direito à Assistência Social, determinando que é de
responsabilidade estatal e assegurando a participação da
sociedade na formulação e no controle da política em todos
os níveis de governo;
Regulamentou a participação da sociedade civil como um
elemento dos processos decisórios nas três esferas de
governo e introduziu mecanismos para que as representações
sociais tivessem acesso à gestão pública!!
Clientelismo x Usuários.
Constituição Federal/88:
Reconhece o Controle Social como uma estratégia de gestão
democrática sobre o que é de interesse de todas as pessoas e
apresenta como diretrizes:
I – Descentralização político-administrativa para os entes
federados e comando único das ações em cada esfera de
governo;
II – Participação da População por meio de organizações
representativas na formulação das políticas e controle das ações;
III – Primazia da responsabilidade do estado na condução da
politica de assistência social em cada esfera do governo.
A Política da Assistência Social no Brasil
Mas afinal de
contas... O que
é Assistência
Social?
• É direito do cidadão e dever do
Estado;
• É Política de Seguridade Social não
contributiva, que provê os mínimos
sociais;
• É uma política realizada através de um
conjunto integrado de ações de
iniciativa pública e da sociedade, para
garantir o atendimento às
necessidades básicas.
A Política da Assistência Social no Brasil
Regulamentada em 1993 a Lei Orgânica da Assistência
Social (LOAS):
• Dever do estado e direito do cidadão: primazia da
responsabilidade do Estado;
• Estrutura descentralizada e democrática;
• Cofinanciamento pelos três níveis de governo;
• Conselho, Plano e Fundo como elementos
fundamentais de gestão.
A Política da Assistência Social no Brasil
A IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada
em 2003, em Brasília, deliberou sobre a construção e
implementação do Sistema Único de Assistência Social -
SUAS, que representa a consolidação da estrutura
descentralizada, participativa e democrática, e a
constituição de uma rede nacional de proteção social.
Com base nesta deliberação o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Conselho
Nacional de Assistência Social elaborou e publicou a
Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004.
Linha do Tempo da Assistência Social
A Política da Assistência Social no Brasil
Política Nacional de Assistência Social em outubro de 2004:
•Municípios classificados por porte: Pequeno Porte I - até 20.000
habitantes / Pequeno Porte II - de 20.001 a 50.000 habitantes /
Médio Porte – de 50.001 a 100.000 habitantes / Grande Porte - de
100.001 a 900.000 habitantes / Metrópole - mais de 900.000
habitantes
•Princípios norteadores: territorialização, a matricialidade
sociofamiliar e a intersetorialidade.
•Serviços socioassistenciais organizados em níveis de proteção:
básica e especial, sendo a especial dividida em média e alta
complexidade.
A Política da Assistência Social no Brasil
Avanços técnicos e normativos, assegurando a
institucionalidade da Politica de Assistência
Social:
NOB SUAS
NOB RH
Implantação de equipamentos em todo território nacional
Tipificação dos Serviços
Equipes de Referência
Vigilância Socioassistencial
Plano Decenal
Pacto de Aprimoramento de Gestão
A Política da Assistência Social no Brasil
A lógica do Direito:
A
s
s Dever do Estado / Voluntariado
I direito do / filantropia
A
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Doações ã
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Financiamento
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público
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das pessoas
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PERFIL DO PÚBLICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
- Com redução da capacidade pessoal;
Crianças, - Com deficiência ou em abandono;
- Vítimas de formas e exploração, de
adolescentes, violências e/ou ameaças;
jovens, - Vítimas de preconceito por gênero,
etnia/raça e opção pessoal;
adultos e - Vítimas de apartação social que lhes
idosos: impossibilite sua autonomia e integridade.
- O que é???
PROTEÇÃO
SOCIAL - Quem faz???
- Para quem se faz???
De diferentes formas, apesar de
variações históricas e culturais, todas
as sociedades humanas
desenvolveram alguma forma de
proteção aos seus membros mais
vulneráveis.
A proteção supõe, além da oferta de
bens materiais, o acesso a bens
culturais, políticos, econômicos,
sociais e simbólicos que permitem a
sobrevivência e a integração na vida
social.
A proteção social não é objeto de
definição consensual. Há diferenças
expressivas entre as experiências
nacionais e suas trajetórias históricas
e institucionais. Há, ainda, diferenças
entre autores e correntes analíticas
quanto ao conceito, ao escopo das
ofertas, às políticas que as integram
ou sobre seu papel na regulação das
sociedades modernas.
PROTEÇÃO SOCIAL TEM RELAÇÃO DIRETA
COM O ACESSO AOS DIREITOS DE
CIDADANIA NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO
SER, O QUE REVELA A NECESSIDADE DE
AÇÕES INTERSETORIAIS E EM REDE.
“A Proteção Social pode ser definida como
um conjunto de iniciativas públicas ou
estatalmente reguladas para a provisão de
serviços e benefícios sociais visando a
enfrentar situações de risco social ou de
privações sociais.”
(JACCOUD, 2009:58)
A PROTEÇÃO SOCIAL
NÃO SE LIMITA A UMA
POLÍTICA SOCIAL!
INTRODUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL
SOBRE A PROTEÇÃO SOCIAL
Advento do Transformação
Estado Questão radical nos
Capitalista nos Social mecanismos de
primórdios da proteção social
industrialização realizada pelas
Conjunto de famílias, ordens
expressões que religiosas e
definem as comunidades
desigualdades
sociais
INTRODUÇÃO HISTÓRICA E CONCEITUAL
SOBRE A PROTEÇÃO SOCIAL
Posterior
Aumento Melhores
Revolução organização
massivo da condições de
Industrial da classe
pobreza da trabalho e
(Inglaterra, trabalhadora
classe início das
França e em sindicatos
trabalhadora primeiras
outros partidos –
(condições instituições
países movimentos
de vida de proteção
europeus) operário/
degradantes) social
reivindicações
PROTEÇÃO SOCIAL
Com o advento do Estado Capitalista, nos primórdios da
industrialização, a questão social se expressou pela
primeira vez, provocando transformação radical nos
mecanismos de proteção social dos indivíduos, até então
sob a responsabilidade das famílias, ordens religiosas e
comunidades.
Com o desenvolvimento do assalariamento e da
urbanização, são institucionalizados, no âmbito do Estado,
mecanismos complementares ou substitutos ao aparato
familiar, religioso e comunitário de proteção social,
configurando a emergência da política social nas
sociedades contemporâneas.
PROTEÇÃO SOCIAL
As desigualdades sociais não apenas passaram a
ser reconhecidas como problema social como
também reclamaram a intervenção dos poderes
políticos na regulação pública das condições de
vida e de trabalho desses trabalhadores.
As lutas e reivindicações do movimento operário
(que inclusive organizou-se em sindicatos e
partidos) geraram melhores condições de trabalho
e deram início as primeiras instituições de
proteção social.
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CAMPO DA SEGURIDADE SOCIAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL NO BRASIL
Dinâmica com grupos:
Quando em Quando
nome da produzimos
Proteção desproteção
cometemos a social nos
exclusão serviços
SEGURIDADE SOCIAL
A inclusão da política pública de
Assistência Social no Sistema Brasileiro
de Proteção Social promove importantes
rupturas na área.
QUE RUPTURAS
FORAM ESSAS???
SEGURIDADE SOCIAL
Do que se tratam essas rupturas ? ? ? ? ?
SEGURIDADE SOCIAL
É fundamental compreendermos que a assistência social,
como um dos direitos da seguridade social brasileira, é
responsável por um conjunto de desproteções sociais
advindas desde as fragilidades dos ciclos devida humano
até as socialmente construídas nas relações sociais
estabelecidas na sociedade. “Fragilidades essas que se
constituem em desproteções ou demandas de proteção
social que exigem a cobertura por seguranças sociais a
serem providas pela assistência social”
(BRASIL/CAPACITASUAS1,2013,p.26).
SEGURIDADE SOCIAL
O que é
SUAS?
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
• No processo de reconfiguração da assistência
social brasileira pós constituinte de 1988, a Lei
Orgânica da Assistência Social em 1993 e a
Política Nacional de Assistência Social em 2004
(PNAS) preconizam o (re)desenho desta política
com a implementação do Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
• É a regulação, em todo o território nacional, da
hierarquia, dos vínculos das responsabilidades do
sistema cidadão de serviços, benefícios e ações de
assistência social;
• Tais serviços, benefícios e ações podem ser de
caráter permanente ou eventual. Em ambos os
casos, são executados e providos por pessoas
jurídicas de direito público sob critério universal e
lógica de ação em rede hierarquizada e em
articulação com iniciativas da sociedade civil.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
Sistema
público não
contributivo
Dever do Modelo
Estado Descentralizado e
participativo
Estabelecimento de regras,
Organização dos serviços
fluxos e procedimentos na
de forma contínua e por
lógica de um sistema
níveis de proteção social
padronizado nacionalmente
Foco prioritário de
Gestão atenção à família,
compartilhada seus membros e
indivíduos
AS BASES DE
ORGANIZAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO
DO SUAS
AS BASES DE ORGANIZAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS
PRINCÍPIOS DO SUAS
- Supremacia do atendimento às necessidades sociais
sobre as exigências de rentabilidade econômica;
- Universalização dos direitos, a fim de tornar o
destinatário da ação socioassistencial alcançável pelas
demais políticas públicas;
- Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e
ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade,
bem como à convivência familiar e comunitária,
vedando-se qualquer comprovação vexatória de
necessidade;
AS BASES DE ORGANIZAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS
- Divulgação ampla dos benefícios, serviços,
programas e projetos assistenciais, bem como
dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos
critérios para sua concessão;
- Igualdade de direitos no acesso ao
atendimento, sem discriminação de qualquer
natureza, garantindo-se equivalência às
populações urbanas e rurais.
AS BASES DE ORGANIZAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS
DIRETRIZES ESTRUTURANTES DO SUAS
- Matricialidade sociofamiliar;
- Descentralização político-administrativa,
comando único das ações em cada esfera de
governo;
- Fortalecimento da relação democrática entre
Estado e sociedade civil;
- Controle social e participação popular.
AS BASES DE ORGANIZAÇÃO E
OPERACIONALIZAÇÃO DO SUAS
- Cofinanciamento das três esferas de governo;
- Primazia da responsabilidade do Estado à
condução da política de Assistência Social;
- Monitoramento e avaliação constantes, com
análise e levantamento de informações;
- Territorialização.
PROTEÇÃO SOCIAL
Esse modelo Socioassistencial requer a
compreensão de alguns conceitos que
perpassam seu campo de intervenção:
POBREZA
RISCOS SOCIAIS
VULNERABILIDADE SOCIAL
PROTEÇÃO SOCIAL
- Problema social e econômico;
- Insuficiência de Renda;
- Insuficiência de acesso a alimentos e de seu
consumo;
Há uma relação estreita entre a situação de
pobreza ou ausência de renda do cidadão e
sua família com o acesso ao serviço público.
Que relação é essa? O que isso significa?
RISCOS SOCIAIS
É um acontecimento previsível, cujas
chances de que possa acontecer e os
custos dos prejuízos que trará podem ser
previamente avaliados.
RISCOS SOCIAIS
Um risco no sentido próprio da palavra é um
acontecimento previsível, cujas chances de que
ele possa acontecer e o custo dos prejuízos que
trará pode ser previamente avaliado. Pode,
portanto, ser indenizado, porque pode ser
mutualizado. O seguro foi a grande tecnologia
que permitiu o controle dos riscos, repartindo
os efeitos no seio de grupos de indivíduos que
se solidarizaram diante de diferentes ameaças
previsíveis. É um modelo solidarista ou
mutualista que está na base da cobertura dos
riscos sociais.
(CASTEL,2005,p.61).
RISCOS SOCIAIS
OS RISCOS SOCIAIS OCORREM NO
COTIDIANO DAS PESSOAS, NA VIDA
COMO ELA É, NOS TERRITÓRIOS
ONDE ELAS VIVEM.
RISCOS SOCIAIS
Para trabalhar as situações de risco é necessário
proatividade e conhecer:
VULNERABILIDADE
Refere-se aos indivíduos e suas
susceptibilidades ou predisposições a
respostas ou consequências negativas.
VULNERABILIDADE
É um fenômeno complexo, não se manifestando da
mesma forma, o que exige uma análise
especializada para sua apreensão e respostas
intersetoriais para o seu enfrentamento;
Senão compreendida e enfrentada, tende a gerar
ciclos intergeracionais de reprodução das situações
de vulnerabilidade vivenciadas;
As situações de vulnerabilidade não prevenidas ou
não enfrentadas tendem a se tornar uma situação
de risco;
VULNERABILIDADE
A vulnerabilidade não é sinônimo da
pobreza; a pobreza é uma condição
que agrava a Vulnerabilidade
vivenciada pelas famílias.
A vulnerabilidade não é um estado,
uma condição dada, mas uma zona
instável que as famílias podem
atravessar, nela cair ou permanecer ao
longo da história.
VULNERABILIDADE SOCIAL
Decorre:
- Da ausência de renda;
- Do precário ou nulo acesso aos serviços
públicos;
- Da intempérie ou calamidade;
- Da fragilização dos vínculos afetivos e
pertencimento social decorrentes de
discriminações etárias, étnicas, de gênero,
relacionadas à sexualidade, deficiência, entre
outras.
VULNERABILIDADE
“A ATUAÇÃO COM VULNERABILIDADES
SIGNIFICA REDUZIR FRAGILIDADES E CAPACITAR
AS POTENCIALIDADES. ESSE É O SENTIDO
EDUCATIVO DA PROTEÇÃO SOCIAL [...]”
(Sposati, 2009)
VULNERABILIDADE
Enquanto risco se refere às condições
fragilizadas da sociedade tecnológica
contemporânea, vulnerabilidade identifica a
condição dos indivíduos nessa sociedade.
(Janczura, 2012)
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