fundamentos do hidrogênio
abertura
objetivo
Trilha do hidrogênio de baixo carbono
OBJETIVO
Introduzir o tema e
apresentar os principais
conceitos da produção do
hidrogênio, abordando desde
a sua formação até o estágio
final para o seu consumo,
incluindo o processo de
certificação na CCEE.
participantes
Trilha do hidrogênio de baixo carbono
Público-alvo
Stakeholders que tenham relação
com o tema do hidrogênio: ▪ Acadêmicos;
▪ Produtores; ▪ Membros da Sociedade em
▪ Consumidores; geral, que tenham relação
▪ Geradores de energia; com o Setor Elétrico e que
▪ Comercializadores; queiram aprofundar os seus
▪ Entidades Regulatórias; conhecimentos no tema;
cursos
Trilha do hidrogênio de baixo carbono
Fundamentos do Certificação de Hidrogênio
hidrogênio de Baixo Carbono
Panorama do cenário brasileiro
e do mercado europeu
transição energética
tempo de mudanças ou mudança de tempos?
Transição Energética
é a mudança, em curto espaço de tempo, é a transformação da matriz energética
dos padrões de produção e acesso à de base fóssil para renovável e reduzida
energia, associada a profundas mudanças emissão de carbono. Este é o conceito
socioeconômicas. atual, “energiewend”.
tempo de mudanças ou mudança de tempos?
Um estudo seminal em Transições
energéticas:
Marchetti and Nakicenovic (1979),
The Dynamics of Energy Systems
and the Logistic Substitution
Model, IIASA Viena.
Muitos artigos e livros têm sido editados
sobre a transição energética.
Carbon intensity (gCO2/kWh)
1 000
1 200
600
200
400
800
0
NTPC
Huaneng
Jera
Asia
Kepco
TEPCO
PGE
PPC
EPH
RWE
Uniper
CEZ
Naturgy
Fortum
EnBW
SSE
ENGIE
Europe
Enel
EDP
Vattenfall
tempo de mudanças ou mudança de tempos?
Centrica
Iberdrola
Orsted
EDF
Statkraft
Verbund
Gazprom
Inter RAO
CIS
RusHydro
AEP
Southern Co.
Xcel Energy
Duke Energy
Entergy
North Am.
TVA
Evidências da transição energética atual em nosso planeta
Dominion
2020
2015
2010
NextEra
CFE*
Eletrobras
Latin Am.
SEC
IEC
TAQA
DEWA
Eskom
Middle EastAfrica
(Enerdata, 2022)
tempo de mudanças ou mudança de tempos?
Evidências da transição energética atual em nosso planeta
tempo de mudanças ou mudança de tempos?
E no Brasil?
Começamos antes, somos pioneiros e podemos
avançar mais!
(Nogueira et al., 2019)
o hidrogênio como elemento e suas
propriedades
hidrogênio: universal e desafiador
O mais simples dos elementos, O hidrogênio é o elemento mais Esse gás foi descoberto em
estável como H2 , com ponto de abundante do universo (90% dos 1766 por Henry Cavendish,
ebulição a - 252,9 C e átomos e 75% da massa), mas que o chamou de “ar
densidade 0,0837 kg/Nm3 (0°C, constitui menos de 1% da massa inflamável”. Em 1783, Antoine
1 atm). Seu coeficiente de do planeta Terra, quase sempre Lavoisier o batizou como
Joule-Thomson é negativo e a associado a outros elementos, hidrogênio, “o formador da
temperatura e velocidade de como o oxigênio na água. água”.
chama é bem altas.
O hidrogênio NÃO é uma FONTE de energia, mas um VETOR energético!
hidrogênio: universal e desafiador
A compressão do hidrogênio a pressões de até 900 bar consome cerca de 20% da energia disponível; a
liquefação requer ainda mais, 40% da energia do hidrogênio.
Densidade energética
gravimétrica e
volumétrica de alguns
combustíveis
(Mestmaker et al., 2021)
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
(IEA, 2021)
Denomina-se hidrogênio “verde” ao hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis de energia, com “baixa pegada de
carbono”, que constitui o foco da “nova economia do hidrogênio”.
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
Além de sua densidade baixa e limitada eficiência no produção, o hidrogênio apresenta propriedades diferenciadas,
impondo desafios técnicos adicionais. A viabilidade econômica dos sistemas a hidrogênio ainda impõe um processo de
maturação e esforços de P&D.
Expectativa de redução de custo do hidrogênio eletrolítico
(IRENA, 2022)
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
Evolução da demanda mundial por hidrogênio
Atualmente o
hidrogênio é um
importante insumo em
diversas indústrias,
96% utilizado na
produção de
fertilizantes e no refino
de petróleo.
(IEA, 2019, apud EPE, 2021)
O crescente interesse no hidrogênio está associado à “transição energética”, na direção de uma matriz energética com fontes
renováveis e menores emissões de carbono, com justificativas estratégicas e ambientais, motivando investimentos elevados,
atualmente da ordem de 200 bilhões de USD, com expectativas de um mercado de 550 Mton em 2050.
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
A atual produção de hidrogênio é essencialmente baseada em combustíveis fósseis (craqueamento de frações pesadas e
SMR (Steam Methane Reforming), realizada junto às unidades consumidoras ou fornecida por empresas comercializadoras
de gases, como Praxair/Linde (WM), Air Products e Air Liquide.
Fontes de suprimento de hidrogênio para refinarias em 2018
(IEA, 2019, apud EPE, 2021)
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
aplicações atuais e prospectivas do
hidrogênio – partes 1 e 2
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
A eficiência energética na produção de hidrogênio é relativamente baixa, hidrogênio tem um alto PCi (120 MJ/kg,
aprox. 3X PCi diesel), mas uma densidade muito baixa (0,084 kg/Nm3), com relevantes implicações sobre a
logística.
Eficiências típicas (1ª Lei) de
conversão em processos de
produção de hidrogênio
(PNNL, 2020, apud EPE, 2021)
rotas tecnológicas e processos de geração do hidrogênio
(CGEE, 2010)
hidrogênio verde: iniciativas globais
(The Economist, 2021)
hydrogen strategies of many countries who expect to play an important role in the to-be-created
hydrogen economy.
hidrogênio verde: acordos e iniciativas de comércio internacionais
1
Figure 1: An expanding network of hydrogen trade routes, plans and agreements
Fonte: IRENA
Source: IRENA (2022a)
hidrogênio como vetor energético e insumo industrial
O custo atual (Capex + Opex) do hidrogênio verde é elevado, bem acima do custo do hidrogênio azul (de gás
natural) e dos combustíveis convencionais derivados de petróleo.
Existem expectativas de redução desse custo, por conta do “learning process” durante as próximas décadas
e redução do custo da energia elétrica renovável, com metas ao redor de 1,0 USD/kg H2 (US “111” strategy).
Projeções das faixas de custo nivelado para projetos Projeção da evolução de custos de produção de hidrogênio
de grande escala (BNEF, 2020, apud EPE, 2021) (IRENA, 2019, apud EPE, 2021)
estimativa de custo de capital em hidrolizadores
(IEA, 2022)
Estamos no começo de uma Curva de Aprendizagem...
exemplo do consumo especifico de energia elétrica em hidrolisadores PEM
(NEA, 2022)
amônia como produto final e carregador de hidrogênio
Os projetos mais avançados de uso de H2 no Brasil (aprox. 400 mil ton H2/ano) visam a produção de amônia para fabricação
de fertilizantes nitrogenados, cuja demanda pela agricultura brasileira é em sua maior parte importado.
Cantarella, Horta e Marques,
Informações Agronômicas,
Junho 2023
hidrogênio verde pode ser produzido de biomassa
O H2 renovável pode ser produzido a O etanol e o biogás podem ser competitivos
partir de eletricidade e bioenergia, como com a eletricidade e aplicações comerciais
etanol, biogás e gás de gaseificadores. vêm se desenvolvendo, inclusive no Brasil.
Custo do hidrogênio: paridade eletricidade X etanol
(Nogueira, 2021)
fases da fotossíntese
O oxigênio liberado pela fotossíntese provém da água, e não do gás carbônico, como se pensava antigamente.
Por isso, a bioenergia é precursora da economia do hidrogênio.
resumo da ópera
Fatos
O H2 possui propriedades interessantes e desafiadoras
O H2 requer uma logística complexa
O H2 de baixo carbono, verde, renovável, pode ser produzido a partir de energia elétrica e biomassa...
As aplicações atuais do H2 verde são ainda limitadas: refino (hidrotratamento, HVO e SAF), produção
de fertilizantes, siderurgia... e como combustível veicular.
Além dos obstáculos tecnológicos, os custos de produção, armazenamento e transporte do H2 verde
são elevados
Demanda atual de H2 - Mundo: 90 Mt/ano, Brasil: 0,4 Mt/ano
resumo da ópera
Prospectos
Preliminarmente, considerando os projetos em curso nos Hubs propostos no Brasil, o objetivo
principal é exportar H2 verde.
A produção de amônia (NH3) com H2 renovável permite atender um mercado promissor (fertilizante
com baixa emissão de carbono) e o uso como combustível (especialmente marítimo) e como
transportador de H2 (carrier).
O marco legal e regulatório para o mercado de H2 avança no Brasil, devendo ser “agnóstico” (MME)
Obrigado
L. A. Horta Nogueira
EXCEN/UNIFEI
