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AMARANTHA

O documento conta a história de João, um artesão que vive na cidade de Amarantha construída sobre quatro gigantes de pedra. Sua irmã é levada para a misteriosa acrópole e João parte em uma jornada para encontrar a lendária árvore Pé de Feijão e resgatar sua irmã.
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AMARANTHA

O documento conta a história de João, um artesão que vive na cidade de Amarantha construída sobre quatro gigantes de pedra. Sua irmã é levada para a misteriosa acrópole e João parte em uma jornada para encontrar a lendária árvore Pé de Feijão e resgatar sua irmã.
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AMARANTHA, A CIDADE IMORTAL

Na península de calmágua existe apenas uma cidade. Quem se aproxima, pode


ver de longe os 4 gigantes de pedra que se impõem sobre o cenário. Esta é Amarantha.

A cidade foi construída apoiada nos 4 colossos (que até onde se sabe, já estavam
ali quando os primeiros assentamentos se iniciaram), com suas construções apoiadas ou
até esculpidas na pedra das estátuas. Quanto mais alta a morada de uma pessoa, mais rica
e importante na hierarquia da cidade ela é, com a aristocracia e a nobreza da cidade
morando sobre os ombros e os mais pobres trabalhadores nos pés. Há ainda uma área da
cidade acima de todas as outras: A acrópole. Uma porção de terra e rocha erguida acima
da cabeça dos gigantes.
Contudo, pouco se sabe sobre aqueles que habitam a acrópole. Ninguém – nem
mesmo a nobreza dos ombros – jamais visitou essa parte da cidade. Pelo menos não
alguém que tenha voltado. Sempre que provisões, animais, livros ou qualquer outra coisa
some inexplicavelmente na cidade, diz-se que foi “requisitada pela acrópole”. Embora
seja muito mais raro, acontecem situações em que alguns bebês de Amarantha são
requisitados pela acrópole e jamais são vistos de novo. Pais que tenham filhos levando
esse destino encaram tudo com lisonja, pois é tido como uma grande honra gerar alguém
convidado para a acrópole.
Esta vontade de agradar a acrópole fez Amarantha se desenvolver como uma
cidade cheia de pessoas ávidas por aprimorar todos os seus talentos. Cozinheiros querem
ser os melhores, dignos de cozinhar pratos que a acrópole um dia requisite. Costureiros
sonham com o dia em que a acrópole leve uma de suas roupas, fazendeiros cultivam com
afinco esperando a honra de ter a melhor parte da sua colheita levada. Isso é sempre visto
como um sinal máximo da qualidade.
Assim, o comércio na cidade se tornou lucrativo. Mercadores vêm de todas as
partes do mundo trazendo bens para ser comercializados com os cidadãos, e esperando
levar consigo produtos da mais fina qualidade que possam ser vendidos mundo afora.
JOÃO, O ARTESÃO

É nesta cidade que nasceu João. Só João, sem um sobrenome – ninguém abaixo
da cintura tem um sobrenome. Nascido e criado nos pés, João morava com seus pais, e
desde cedo se mostrava um rapaz muito habilidoso, e logo conseguiu um trabalho numa
fábrica de brinquedos que ficava um pouco acima dos joelhos. Logo ele se mostrou um
dos mais habilidosos artesãos da fábrica, tendo brinquedos produzidos por ele sido
requisitados mais de uma vez pela acrópole.

Naturalmente, o crédito ia sempre todo para o dono da fábrica.


Quando a mãe de João estava para ter outro filho, seu marido havia decidido
ganhar pessoalmente glória para a família e mudar a vida deles. Ele iria escalar os
colossos e ver a acrópole com os próprios olhos. Esperava que assim pudesse melhorar a
vida de alguma forma milagrosa.
Acontece que ele fracassou na empreitada. Nem bem havia chegado à metade das
costas, quando uma pedra se soltou e ele caiu de costas no chão, sua última visão antes
de morrer sendo a acrópole, inalcançável.
Meses depois sua filha nasceu. Um parto complicado pelas condições precárias
daquela parte da cidade, o que acabou causando a morte da mãe. Agora eram só João e
sua irmã, Galatea.
As coisas foram muito mais difíceis. Agora só havia uma pessoa em casa
trabalhando, e João se viu obrigado a trabalhar o dobro. Felizmente para ele, uma outra
fábrica logo o notou, e ele conseguiu um emprego melhor, indo trabalhar na fábrica de
brinquedos de um senhor chamado Niklaus, no peito do colosso ao norte. Agora a sua
irmãzinha tinha um ano de idade, e a esta altura seus brinquedos já eram famosos por
fazerem de tudo (até magia). A felicidade não durou muito, no entanto, pois um dia João
acordou e não encontrou Galatea em seu berço.
Tea foi convidada para a acrópole. Era esperado que ele se sentisse lisonjeado e
honrado, mas não conseguia. A irmã era tudo que tinha, e agora fora levada. João
precisava dar um jeito de resgatá-la.
Reza a lenda que há um jeito de alcançar a acrópole. Diz-se de uma árvore
lendária, chamada “pé de feijão”. Quem o obtiver seria, de alguma forma, capaz de
alcançar qualquer coisa. Até mesmo de ir para a inalcançável acrópole. Não restava
dúvidas. Era isto que João devia fazer. Ainda que não saiba o que está por trás da acrópole,
se é bem ou mal, se é real ou não... Ele precisa obter as sementes para esta árvore lendária
e reencontrar a sua irmã, se ela ainda puder ser encontrada. E assim, o mago artesão inicia
sua jornada em busca de uma semente sobre a qual pouco conhece, mas na qual deposita
todas as suas esperanças.

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