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Revisão Estágio Uti

O documento discute o diagnóstico fisioterapêutico de pacientes críticos, incluindo a avaliação de funções como respiratória, cardiovascular e neuromuscular, além de abordar condutas como oxigenoterapia e suporte ventilatório.
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© © All Rights Reserved
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FISIOTERAPIA

EM UTI
DIAGNÓSTICO CLÍNICO

AVALIAÇÃO DO PACIENTE CRÍTICO

DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO

OBJETIVOS CURTO PRAZO

CONDUTAS FISIOTERAPÊUTICAS

PASSAGEM DE PLANTÃO
LEITO DE UTI
LEITO DE UTI
BANCADA DE APOIO
Perfil do
PACIENTE Paciente Crítico
CRÍTCO
PÓS-OPERATÓRIOS
MONITOR DE SINAIS VITAIS
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM)
BOMBAS DE INFUSÃO E AS MEDICAÇÕES CONTÍNUAS
VENTILADOR MECÂNICO
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO
É competência do FISIOTERAPEUTA, elaborar o
diagnóstico fisioterapêutico compreendido
como avaliação físico-funcional, sendo esta, um
processo pelo qual, através de metodologias e
técnicas fisioterapêuticas, são analisados e
estudados os desvios físico-funcionais
intercorrentes, na sua estrutura e no seu
funcionamento, com a finalidade de detectar e
Resolução COFFITO 80/1987 parametrar as alterações apresentadas,
considerados os desvios dos graus de
normalidade para os de anormalidade;
prescrever, baseado no constatado na avaliação
físico-funcional as técnicas próprias da
Fisioterapia, qualificando-as e quantificando-as;
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO
Conjunto de procedimentos e rotinas
diagnósticas, realizadas pelo fisioterapeuta,
com a finalidade de identificar,quantificar e
qualificar o distúrbio cinético-funcional de
órgãos e sistemas, sensíveis à abordagem
fisioterapêutica

AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Objetivos terapêuticos

Plano de tratamento
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO

Exemplo 1:

Paciente em DD elevado, semsedação, glasgow 3, estável HD com Nora


25ml/h, edema global com presença de bolhas com exsudato em MSD. VM
PCV: PC 20 PEEP 12 FiO2 45% FR 26 DP 15 (com PC 18) VC 447; AP: SP
reduzido em bases com estertores discretos em bases.
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO

Exemplo 2:

Paciente em DD, cabeceira elevada, contido, RASS -2. Apresentava tiragens


subcostais, AP com SP+ com estridores difusos. VM: PSV - PS 9/ PEEP 6/
FiO2 45%/ FR 10/ VC 859 / VM 8,4 / Pmusc 8,25 / Pmi 8,7.
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO

Exemplo 3:

Paciente febril (39,1) e taquipneica (28/30), sedada com RASS -5. Alcalose
respiratória compensada. Ausculta com roncos em ápice e diminuição em
base. MHB e aspiração de traqueo PQS mucopurulenta com raias de sangue
e MQS sanguinolenta em CO. Colocação de cânula de Guedel (travando ATM
morrendo língua). Alteração dos parâmetros ventilatórios PC 18; FiO2 21%;
FR 25/30; I:E 1:2,9/1:2,3; Vc600. Paciente não está muito confortável na VM
pela taquipneia, em PS fica muito assincronica, optado por manter PCV.
AVALIAÇÕES:

Cognitiva

Cardiovascular
Respiratória

Neuromiovascular
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Avaliação do Nível de Consciência

Condutas dependem da participação do paciente


Ausência de sedativos
Condutas específicas
Escala de coma de Glasgow
Indivíduos com problemas prévios de depressão,
ansiedade, demência e prejuízo cognitivo Presença de sedativos
Escala de sedação e agitação
Medicações também pode afetar a função de Richmond (RASS)
cognitiva
Escala de coma de Glasgow

Escala de coma de Glasgow pontuação mínima 3 e máxima 15


Escala de coma de Glasgow - Atualização 2018

Análise da reatividade pupilar será subtraído do valor final:

NENHUMA = PUPILA NÃO REAGE AO ESTÍMULO DE LUZ - 2


PARCIAL = APENAS UMA PUPILA REAGE AO ESTÍMULO LUMINOSO - 1
TORAL = AS DUAS PUPILAS REAGEM AO ESTÍMULO LUMINOSO - 0

Escala de coma de Glasgow nova versão: pontuação mínima 1 e máxima 15


Escala de coma de Glasgow - Atualização 2018
Escala de sedação e agitação de Richmond
Richmond (RASS)
(RASS)
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
Avaliação
AVALIAÇÕES:
A função cardiovascular é a capacidade de cardiovascular
o sistema cardiovascular suprir as
necessidades metabólicas dos tecidos e
órgãos, evitando o desequilíbrio entre
oferta e consumo de oxigênio. Situações
em que o consumo é superior à oferta de
oxigênio expõem o paciente
à anaerobiose, com risco de morte se não
revertida.
FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
BASEADO NA OFERTA E CONSUMO DE OXIGÊNIO
Miocardiopatias
Choque cardiogênico (EAP)
Redução aptidão cardiovascular

Redução da oferta de
O2 para os tecidos

Exercício físico
Infecção sistêmica
AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

Valores
entre 60 e
100 bpm

Valores
entre 65 e
110 mmHg

Existem condições clínicas em


que as condutas devem ser
realizadas de forma bem
criteriosa, em virtude da
instabilidade da função
cardiovascular
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA – Princípio Fisiológico
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA

Ventilação alveolar
Difusão alveolocapilar
Perfusão pulmonar
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
CARDIOVASCULAR
ALVO DE SATURAÇÃO DE PULSP DE OXIGÊNIO
OXIGENIOTERAPIA

BAIXO FLUXO ALTO FLUXO

. Catéter Nasofaríngeo . Máscara de Venturi


. Catéter Nasal
. Máscara simples
. Máscara com reservatório
. Máscara de TQT
OXIGENIOTERAPIA
Catéter
nasofaríngeo
OXIGENIOTERAPIA

CNO2
OXIGENIOTERAPIA

Máscara simples

Fluxo de O2: De 5 até 15L/min


OXIGENIOTERAPIA

Máscara com
reservatório
OXIGENIOTERAPIA

Máscara de traqueostomia

Baixa ou alta concentração de O2


Fluxo de O2: 1 até 15L/min
OXIGENIOTERAPIA

Máscara de Venturi
Método mais confiável

Doses reguladas de FiO2

FiO2: 24-50%

Fluxos: até 15 L/min


OXIGENIOTERAPIA

Máscara de Venturi
EFEITOS DELETÉRIOS DO OXIGÊNIO

. Depressão do sistema respiratório e ↑ concentração de CO2


. Toxicidade pulmonar (ROS)
. Diminuição do surfactante pulmonar
. Atelectasia por absorção
. Diminuição da atividade mucociliar
. Alterações da relação Ventilação perfusão
. Desidratação das mucosas
HIPERÓXIA

. PaO2 > 120mmHg


. Hiperplasia do pneumócito tipo II
. Atelectasia por absorção
. Infiltração neutrofílica
. Hemorragia alveolar e aumento da espessura do septo alveolar
. Citocinas pró-inflamatórias
HIPERÓXIA

. Aumento da Pressão arterial


. Diminuição do fluxo sanguíneo coronário
. Diminuição do débito cardíaco
. Redução fluxo sanguíneo cerebral
SUPORTE VENTILATÓRIO

Suporte Mecânico

Invasivo TOT / TQT


Modalidades /
Parâmetros
Não
Interface utilizada
Invasivo
SUPORTE VENTILATÓRIO

Ventilação Mecânica Invasiva (VM)


CUFF

A pressão deve ficar entre 20-30cmH2O

Pressão segura para vedar a via


aérea e evitar lesões como
isquemia dos vasos ou alterações
da mucosa traqueal
SUPORTE VENTILATÓRIO

Ventilação Mecânica Não Invasiva (VNI)


CASO CLÍNICO

Paciente de 55 anos, cardiopata, chega ao pronto-socorro bastante agitado e confuso e em


insuficiência respiratória decorrente de Edema Agudo Pulmonar, com o seguinte quadro
clínico:
■frequência respiratória = 24 rpm
■uso de musculatura acessória
■ gasometria com PaCO2 = 50mmHg
■PaO2 = 60mmHg
■SaO2 = 87%
Qual o diagnóstico fisioterapêutico?

Plano de tratamento?
CASO CLÍNICO

• A conduta adotada foi colocar o paciente imediatamente em uso de máscara de oxigênio, até
que a equipe decida pela IOT ou VNI.

• A partir desse novo quadro, optou-se, então, pela instalação da VNI. Paciente apresentou
melhora da frequência respiratória, do padrão respiratório, do uso de musculatura acessória e
da saturação de oxigênio

• Houve nitidamente melhora do conforto respiratório e da agitação psicomotora. Aguardar


resposta à terapêutica inicial (medicamentos para compensação clínica) e iniciar desmame da
VNI, diminuindo, inicialmente, a pressão oferecida para, em seguida, começar a alternar com
oxigenoterapia.
AVALIAÇÃO NEUROMIOARTICULAR

Dentre as principais alterações encontradas


no ambiente de UTI estão a redução da
força e da resistência da musculatura
periférica e do tônus muscular, além das
alterações da amplitude de movimento
articular e déficit de equilíbrio e
coordenação motora
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
Medical Research Council (escore MRC)
Testar bilateral; Pontuação entre 0-60
< 48 fraqueza muscular adquirida em UTI
AVALIAÇÃO NEUROMIOARTICULAR

Entre as principais atividades que devem ser


avaliadas na UTI, estão a capacidade para
realização de transferências (decúbito dorsal
no leito até a posição ortostática) e
a deambulação
Nesse contexto, antes do fisioterapeuta
realizar a avaliação da capacidade do indivíduo
executar essas transferências, é necessário que
ele registre as atividades executadas pelo
paciente antes da admissão na UTI
AVALIAÇÃO NEUROMIOARTICULAR

Diversos são os instrumentos que avaliam


as limitações para realização de atividades

Alguns desses instrumentos avaliam


apenas a capacidade de transferências e
de deambulação, enquanto outros
avaliam a velocidade de marcha e a
distância de caminhada
ESCALA PERME

• Score de 0 a 32 pontos
• 15 itens
• 7 categorias
• Quanto maior o escore,
menor a necessidade
de assistência
Apresentação
Escala de
mobilidade
em UTI
CASO CLÍNICO
Paciente do sexo masculino, 77 anos, com internação prolongada na UTI por insuficiência
respiratória secundária à pneumonia grave e choque séptico (resolvido). Evolui deprimido,
colaborando pouco com as condutas

As medidas aferidas foram:

PA= 135 x 63mmHg, FC= 98bpm em ventilação mecânica (modo assistido em pressão de
suporte, pressão de suporte = 20cmH2O, PEEP = 5cmH2O e FiO2 = 40%), gerando volume
corrente = 6,5mL/kg, frequência respiratória = 23ipm e SpO2 = 97%

Apresenta padrão muscular respiratório sem uso de músculos acessórios e ausculta pulmonar
com murmúrio vesicular reduzido em bases e com roncos apicais

Apresenta movimentação espontânea nos quatro membros, com redução de força muscular
global (grau II) e MRC = 24, com déficit de equilíbrio de tronco quando na posição sentada.
CASO CLÍNICO

Qual é o diagnóstico fisioterapêutico desse paciente?

O diagnóstico fisioterapêutico do paciente é deficiência da função respiratória em


virtude da alteração ventilatória, secundária a aumento de resistência por secreção,
redução da complacência pulmonar decorrente de pneumonia e redução da força
muscular inspiratória por choque séptico, pneumonia e imobilidade, com limitação
parcial para atividades de sedestação
CASO CLÍNICO

Formule o plano de tratamento fisioterapêutico para esse paciente.

O plano de tratamento fisioterapêutico para o paciente compreende:

1 – Desobstrução das vias aéreas pela presença de secreção


2 – Treinamento muscular inspiratório em virtude fraqueza inspiratória
3 – Treino de força para membros inferiores e superiores, além do estímulo ao controle
de tronco
4 – Mobilização global de forma progressiva para melhora do descondicionamento
físico e cardiorrespiratório.
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO
EQUILÍBRIO ÁCIDO BÁSICO
Biossegurança em UTI

Conjunto de ações de prevenção ou


minimização dos riscos à saúde, meio
ambiente ou à qualidade do trabalho
realizado, como a correta higienização
das mãos, o uso de máscaras e de
luvas.
Biossegurança em UTI

1. São proibidos o reencape e a desconexão manual de agulhas

2. É proibido o trabalho de colaborador com ferimento nos

membros superiores, sem prévia avaliação médica

3. É proibido o uso de sapatos abertos

4. É proibido o uso de adornos (brincos, pulseiras e anéis)


Biossegurança em UTI

5. É proibido o consumo de alimento no local de trabalho

6. É proibido o uso de EPI fora do local de trabalho

7. É obrigatória a prática das precauções padrão


OBRIGADA!

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