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UFCD9917-S7 - Acidentes Com Multivítimas - 2023

O documento descreve os conceitos e procedimentos para acidentes com multivítimas, incluindo reconhecimento da cena, organização do teatro de operações, triagem primária e secundária de vítimas e objetivos de aprendizagem.

Enviado por

Alexandre Diniz
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UFCD9917-S7 - Acidentes Com Multivítimas - 2023

O documento descreve os conceitos e procedimentos para acidentes com multivítimas, incluindo reconhecimento da cena, organização do teatro de operações, triagem primária e secundária de vítimas e objetivos de aprendizagem.

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1

UFCD 9917
Gestão Inicial de Operações

Sessão 9917-S7

Acidentes com Multivítimas


7 2

Acidentes com multivítimas

• Conceitos;

• Acidente com multivítimas;

• Reconhecimento;

• Organização do teatro de operações;

• Triagem;
2

• Triagem Primária;

• Triagem Secundária.
120 min.

Copyright © 2019 ENB


USO EXCLUSIVO DA ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS
3

No final da sessão o formando deverá ser capaz de:

• Identificar corretamente uma situação de


acidente com multivítimas e de situação de
exceção;
• Descrever os procedimentos para assumir a
função de comandante das operações de
socorro;
• Elencar a organização do teatro de operações 3
em acidentes com multivítimas;
• Identificar os fatores que influenciam o
processo de triagem de vítimas;
• Diferenciar a triagem primária e triagem
secundária;
• Descrever o processo de triagem de vítimas.
Conceitos
4

Salvamento

Consiste em retirar alguém de uma situação de perigo;

A atuação dos bombeiros numa operação de salvamento


visa, não só salvar vidas, mas também garantir a qualidade
de vida das vítimas.
Conceitos
5

• Na definição dos objetivos lembrar que as vítimas, não têm


todo o tempo do mundo;

• Perguntas como…
Quanto tempo leva a extrair/socorrer as vitimas?

Objetivo:
Qualitempo
Conceitos
6

Ferido grave
• Vítima de acidente cujos danos corporais obriguem a um
período de hospitalização superior a 24 horas e que não
venha a falecer nos 30 dias após o acidente.

Ferido leve
• Vítima de acidente que não seja considerada ferida grave e
que não venha a falecer nos 30 dias após o acidente.

*Autoridade Nacional Segurança Rodoviária


Acidente com multivítimas
7

Classificação

• De cinco a 10 vítimas: situação de resolução local;

• De 11 a 20 vítimas: a situação ultrapassa a capacidade

local e passa a sub-regional;

• Mais de 20 vítimas: regional ou mesmo nacional,

dependendo do número e gravidade das mesmas.


Acidente com multivítimas
8

Situação de Exceção
No contexto de prestação de cuidados de pré-
hospitalares consiste fundamentalmente numa situação em
que se verifica, de forma pontual ou sustentada, um
desequilíbrio entre as necessidades verificadas e os recursos
disponíveis.

Esta desigualdade que vai condicionar a atuação das equipas


de salvamento, nomeadamente, através de uma criteriosa
coordenação e gestão dos recursos humanos e técnicos
disponíveis, bem como de toda a informação disponível, em
cada momento.
Reconhecimento
9

• Ponto de situação;
• Dimensão estimada da ocorrência e a sua gravidade;
• Riscos/ Benefícios presentes;
• Número aproximado de feridos e a sua gravidade;
• Área envolvida e quais as suas acessibilidades;
• Prioridades de salvamento;
• Meios de socorro disponíveis e a solicitados;
• Organização.

É de extrema necessidade que se obtenha o máximo de


informação sobre a ocorrência
Reconhecimento
10

Função de 1.º COS

• Reconhecimento;

• Análise da zona de intervenção;

• Benefícios / riscos;

• Número de vítimas;

• Definir os objetivos;
– Definir as prioridades das ações de salvamentos;
– Processo de triagem primária;
– Local para colocar as vítimas (prioridade 1, 2, 3).
• Efetuar POSIT e assumir COS.

É de extrema necessidade que se obtenha e registe o máximo de


informação sobre a ocorrência
Reconhecimento
11
Organização do teatro de operações
12

Posto de triagem

• O(s) posto(s) de triagem deve ser estabelecido em local


seguro, na zona de apoio, não muito distante da zona de
sinistro.
ZA
ZS

TRG TRG
Organização do teatro de operações
13

Área de tratamento
A área de tratamento deve ser estabelecida em local seguro,
normalmente na zona de concentração e reserva, não muito
distante do(s) Posto(s) de triagem;

ZCR
ZA
ZS
Área Área
Pré-hospitalar Pré-hospitalar

TRG TRG
PH PH
Organização do teatro de operações
14

Área de tratamento

A área de tratamento é um espaço físico organizado, onde serão

prestados os cuidados de emergência necessários para assegurar

que as vítimas são estabilizadas e transportadas nas melhores

condições possíveis até à unidade de saúde mais adequada.


Organização do teatro de operações
15

Posto de triagem / área de tratamento

• Pode ser delimitada por lonas com as respetivas cores, de


acordo com o código de cores de prioridade de atendimento,
de forma a rentabilizar e gerir os recursos disponíveis;

• Esse formato permite o estabelecimento apenas, de um local


de entrada e um de saída, o que facilita a manutenção do fluxo
das vítimas;

• O código de cores é o mesmo utilizado para classificar as


vítimas na triagem, de acordo com o seu grau de gravidade;


Organização do teatro de operações
16

Posto de triagem / área de tratamento


Não é, obrigatoriamente uma estrutura física com requisitos
específicos. Pode ser:

‫ ־‬Um espaço físico virtual, delimitado (ex. com fita


balizadora);

‫ ־‬Uma estrutura física fixa, adaptada (ex. um ginásio, uma


escola ou um pátio);

‫ ־‬Uma estrutura móvel específica (ex. uma tenda insuflável);

‫ ־‬Outra estrutura ou área que no momento se entenda útil e


segura para a situação em causa.
Organização do teatro de operações
17
Organização do teatro de operações
18

Área de mortuária

• Deve ser afastada da estrutura, de modo a que as demais vítimas


não tenham contacto visual com os mortos;

ENTRADA

P3
P1 P2

SAÍDA P0
Triagem
19

• A palavra triagem advém da palavra francesa trier, que


significa escolher, classificar, selecionar;

• Muitos dos créditos da triagem atual foram atribuídos ao


barão Dominique Jean Larrey, um famoso cirurgião do
exército de Napoleão, que desenvolveu um método para
rapidamente avaliar e categorizar os feridos no campo de
batalha e, seguidamente, evacuar aqueles que requeriam
atenção médica urgente;


Triagem
20

• A triagem é um sistema utilizado para racionalizar recursos


de salvamento limitados, quando o número de vítimas a
necessitar de apoio excede os recursos disponíveis para
as tratar;

• É uma decisão difícil, em ambiente hostil e dramático, com


informações incompletas, sob pressão emocional,
baseada em critérios de sobrevivência e com meios de
socorro limitados;


Triagem
21


• A triagem tem como objetivos principais:
‫ ־‬Assistência precoce;
‫ ־‬Aplicação de manobras “life-saving”;
‫ ־‬Determinar o nível de urgência;
‫ ־‬Implementar utilização criteriosa de recursos críticos;
‫ ־‬Documentar as vítimas;
‫ ־‬Controlar o fluxo de vítimas;
‫ ־‬Determinar áreas de cuidados / vigilância;
‫ ־‬Distribuir os profissionais por áreas de assistência;
‫ ־‬Iniciar medidas terapêuticas.
Triagem
22

• É objetivo da triagem garantir que numa situação de


acidente, o maior número de vítimas sobreviva com o
mínimo possível de sequelas;

• Baseia-se em 2 momentos diferentes, a triagem primária


e a triagem secundária;

• A triagem primária, normalmente é realizada na própria


zona de sinistro, porém, caso exista risco iminente que
ameace as equipas de resgate, as vítimas devem ser
removidas o mais rápido possível e de forma aleatória para
a zona de apoio.
Triagem primária
23

Prioridade 1 (P1) Vermelho

• Lesões tratáveis, com risco imediato de vida;


• Dificuldade respiratória;
• Hemorragia não controlável;
• Diminuição do nível de consciência;
• Sinais de choque;
• Queimaduras graves.
Triagem primária
24

Prioridade 2 (P2) Amarelo

• Lesões graves, sem risco imediato de vida;

• Queimaduras sem problemas de vias aéreas;

• Fraturas ósseas sem choque ou hemorragias.


Triagem primária
25

Prioridade 3 (P3) Verde

• Lesões mínimas de partes moles sem risco de vida ou de


incapacidade.

Prioridade 0 (P0) Branco/Preto

• Mortos ou que apresentem lesões irreversíveis;


• Traumatismos da cabeça com perda de massa encefálica;
• Esmagamento do corpo;
• Corpo carbonizado.
Triagem primária
26

Método “Simple Triage And Rapid Treatment” (START)

• O fluxograma de triagem primária está desenhado para


permitir, não só a imposição da ordem, mas também para
assegurar que, perante um grande número de vítimas, a
triagem é feita de forma célere.
Triagem primária
27

São usadas questões simples:


• Vítima anda? Ferida?
• Respira? Frequência respiratória?
• Preenchimento capilar?

Com base nesses discriminadores é possível realizar uma


divisão das vítimas em quatro categorias definindo as suas
prioridades:
• Prioridade 1 (cor vermelho): Vítima emergente;
• Prioridade 2 (cor amarelo): Vítima grave;
• Prioridade 3 (cor verde): Vítima não grave;
• Morto (cor preto).
Triagem primária
28

Respira

N S

Frequência
Posicionar Via Aérea
Respiratória

30> <30

Respira? Vermelho Preenchimento


Capilar

N S 2> <2

Vermelho Responde ordens


Morto Vermelho simples?

N S
Pequenas lesões
Verde Vermelho Amarelo
Deambulam
Triagem primária
29

• As vítimas com a classificação P1 (vermelho) têm prioridade


na remoção entre as ZS, ZA (LRT) ou PT e PMA;

• Na primeira avaliação, a equipa de triagem encaminha as


vítimas capazes de andar para um local determinado na área
de tratamento verde;

• Em seguida, inicia a classificação das vítimas que estejam


incapazes de se levantar, de acordo com as prioridades de
risco de vida.
Triagem primária
30

• As vítimas P1 (vermelho) são conduzidas à área vermelha


(UCI local);

• As vítimas P2 (amarelo) são conduzidas para a situação


correspondente (Urgências previamente selecionadas pelo
CODU respetivo);

• As vítimas P3 (verde) devem ser atendidas em local que


não transtorne o tratamento das vítimas mais graves.
Triagem secundária
31

• A Triagem secundária é um processo contínuo, que pretende


triar de uma forma mais precisa um grande número de vítimas;

• Pode ser efetuada na entrada do posto de triagem / área de


tratamento, quando houver recursos humanos suficientes para
a função;

• As vítimas são reclassificados ou não, caso a sua condição


clínica se tenha modificado;

• As vítimas são agrupadas em lonas coloridas, de acordo com


as dos cartões de triagem.
32

Conceitos;

Acidente com multivítimas;

Reconhecimento;

Organização do teatro de operações;

Triagem;

Triagem primária;

Triagem secundária.
32
33

VERSÃO 1
2019

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