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O Ipadê

O Ipadê é um ritual realizado antes de qualquer cerimônia no Candomblé para homenagear Exu. Exu é visto como o intermediário entre os homens e as divindades, e o Ipadê tem como objetivo pedir a Exu que leve os chamados dos filhos do Brasil aos Orixás da África.

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O Ipadê

O Ipadê é um ritual realizado antes de qualquer cerimônia no Candomblé para homenagear Exu. Exu é visto como o intermediário entre os homens e as divindades, e o Ipadê tem como objetivo pedir a Exu que leve os chamados dos filhos do Brasil aos Orixás da África.

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O Ipadê

Essa cerimônia precede todos os toques é feito de dia, com exceção na cerimônia
AXEXE quando é rodado durante à noite.

Costuma-se dizer que essa cerimônia é para despachar Exu, porém isso não é verdade,
pois nesta hora apenas colocamos Exu como guardião e mensageiro para avisar aos
Orixás que estaremos precisando de suas presenças no Ayê.

Na verdade um toque se divide em o IPADE propriamente dito, O XIRÊ e o RUM.

No Ipade ( ou como muita gente CHAMA PADE ) colocamos OJIXÉ ( EXU - O


MENSAGEIRO ). Nesse ritual são também invocados as Yamis, Exu Ale etc. Ojixé
leva o recado aos Orixás que o Ayê (mundo físico, o homem)está solicitando sua
presença.

Na segunda parte no XIRÊ ( que significa em Português BRINCAR ) o homem começa


a "brincar", ou seja cantar de um modo mais descontraído, nesta hora os Orixás ainda
estão sendo avisado que eles serão reverenciados, eu costumo dizer que se deve educar
aos orixás desde o seu nascimento dentro de um axé que nesta hora não deverá tomar
seu filhos.

Por fim e ultima parte temos o RUM DOS ORIXÁS nesta os orixás toma seus filhos e
começam seus festejos, através dos atos em suas danças contando suas lendas, suas
proezas e nos ensinando a sobrevivência.

Pra quem teve a oportunidade de assistir O BALÉ DOS ORIXÁS transmitido pelo
Canal 2 TV Educativa, aqui do Rio de Janeiro, peça essa que foi baseada em obras de
grandes pesquisadores, o Padê ou Ipadê seria uma cerimônia alheia aos assistentes, ou
seja, feita antes de começar a chegarem as pessoas de fora. Consistiria de uma
ADAGAN e uma SIDAGAN (mulheres com cargo para esse fim) uma quarta de água e
um oberó com farofa de dendê (chamado de PADE), isso tudo precedido por um
sacrifício de um frango na casa de Exu. Com um adjá começaria a evocar exu.

A primeira que evoca os ajés seria apenas com uma reza:

EXU A JUO MO MO

KI WO

LAROYE EXU A JU O MO MO

KI WO ODARÁ EXU AWO

E terminaria com a seguinte cantiga

BARA JO BO TON

BARA UN LE
BARA JO BO TON

BARA UN LÓ

Vamos ver o que a Wikipédia fala:

Obs.: Nesta, o autor do texto confundi PADE (que seria a comida) com IPADÊ ( que
significa ENCONTRO, o encontro dos ajés já citados) que é prórpimente a cerimônia.

Autor: Sérgio de Obaluae( Sérgio CiganUs) coloboração: Wagner de Osoguiã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre


O Padê de Exú é um ritual executado antes de qualquer cerimônia interna ou pública do Candomblé
, Exú é sempre o primeiro a ser homenageado.

De manhã, consuma-se o sacrifício ; os preparativos culinários e a oferenda às divindades ocupam a


tarde; a cerimônia pública propriamente dita começa quando o sol se põe e se prolonga por muito
tempo noite adentro.

Tem início obrigatoriamente com o padê de Exú , do qual muitas vezes se dá uma interpretação
falsa, particularmente nos candomblés banto: Dizem Exú é o diabo, poderá perturbar a cerimônia se
não for homenageado antes dos outros deuses, como aliás ele mesmo reclamou (Roger Bastide,
Imagens, p.115). Para que não haja rixas, invasões da polícia (nas épocas em que haviam
perseguições contra os candomblés," Estado Novo "), é preciso pedir-lhe que se afaste; daí o termo
de despacho, empregado algumas vezes em lugar de padê, despachar (significando mandar alguém
embora).

Exú é, na verdade, o Mercúrio africano, o intermediário necessário entre o homem e o sobrenatural,


o intérprete que conhece ao mesmo tempo a língua dos mortais e a dos Orixá . É pois ele o
encarregado - e o padê não tem outra finalidade - de levar aos Orixás da África o chamamento de
seus filhos do Brasil .

O padê é celebrado por duas das filhas-de-santo mais antigas da casa, a dagã e a sidagã , ao som de
cânticos em língua africana, cantados sob a direção da iyá têbêxê e sob o controle do babalorixá ou
iyalorixá , diante de uma quartinha com água e um alguidá contendo o alimento de Exú , um outro
recipiente com o alimento favorito dos ancestrais . Embora o padê se dirija antes de tudo a Exú ,
comporta também obrigatoriamente uma cântiga aos mortos ( Essá ) ou para os antepassados do
candomblé , alguns dentre eles sendo mesmo designados por seus títulos sacerdotais. A quartinha, o
recipiente e o alguidá serão levados para fora do barracão onde se desenrolará o conjunto de
cerimônias.

A festa propriamente dita pode então ter começo.

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