UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
Reitora
Professora Doutora Marcele Regina Nogueira Pereira
Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Assuntos Estudantis
Professora Doutora Neiva Cristina de Araújo
Núcleo de Ciências Humanas
Professora Doutora Walterlina Barboza Brasil
Departamento Acadêmico de Línguas Vernáculas
Professor Mestre Agripino Jose Freire da Fonseca
Grupo de Pesquisa Poesia Contemporânea de Autoria Feminina do Norte, do
Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil – GPFENNCO
Professor Doutor José Eduardo Martins de Barros Melo
Professora Mestra Maria Elizabete Sanches
Comissão Organizadora do II SIMPFENNCO
Auxiliadora dos Santos Pinto;
Carolina Lobo Aguiar;
Gleidenira Lima Soares;
Elizabete Cavalcante de Lima;
Jaquelene Costa de Souza;
Jocineide Catarina Maciel de Souza;
José Eduardo Martins de Barros Melo;
José Ribamar Muniz Ribeiro Neto;
Luiz Gustavo Marcolino;
Márcia Dias dos Santos;
Maria Áurea do Espirito Santo;
Maria Elizabete Sanches;
Maria Elizabete Nascimento Oliveira;
Mislene de Oliveira;
Marco Paulo Bastos Souto Vieira Sales.
Manoel Messias;
Rosana Nunes Alencar;
Walnice Vilalva.
UNIR Campus Porto Velho - BR 364, Km 9,5
Porto Velho – RO – CEP: 76801-059
Fone:(69) 2182-2100
Sumário
PROGRAMAÇÃO..................................................................................................................10
23 | NOVEMBRO | 2022 ............................................................................................................. 10
24 | NOVEMBRO | 2022 ............................................................................................................. 10
25 | NOVEMBRO | 2022 ............................................................................................................. 12
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DOS GRUPOS DE TRABALHOS – GTS .....13
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.1 ................................................. 22
PALAVRAS DE CORPOS: MARCAS DO ERÓTICO E DO SENSUAL NA LÍRICA DE CIDA
PEDROSA ............................................................................................................................. 22
MELO, José Eduardo Martins de Barros (UNIR) ................................................................................ 22
SANCHES, Maria Elizabete (UNIR ...................................................................................................... 22
QUANDO O SCRIPT POÉTICO ANUNCIA A CONSTRUÇÃO DA CARNE: O FEMININO NA
ARS ERÓTICA EM “AS PALAVRAS DO CORPO”, DE MARIA TERESA HORTA ..................... 23
SOARES, Francisca Júlia da Silva (UFCG) ........................................................................................... 23
SILVA, Jenicélia Duarte da (UFCG) .................................................................................................... 23
AMOR, CORPO E LIBERDADE EM DIA BONITO PRA CHOVER, DE LÍVIA NATÁLIA .......... 24
ALBUQUERQUE, Paula (UFRJ) ........................................................................................................... 24
DO HOMEM (BROCHA) DE FAMÍLIA AO ANDRÓGINO DESEJADO: REPRESENTAÇÕES DE
MASCULINIDADES NA POESIA ERÓTICA DE LEILA MÍCCOLIS ............................................ 25
OLIVEIRA, Juliana Goldfarb (UFSC) ................................................................................................... 25
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.2................................................. 26
ESCREVIVÊNCIA E ANCESTRALIDADE NOS POEMAS “A NOITE NÃO ADORMECE NOS
OLHOS DAS MULHERES” E “FILHOS NA RUA”,DA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO .. 26
REINA, Jhony Davi Cayami (GEIFA/UNIR).......................................................................................... 26
FLORES, Janete Alvas (GEIFA/UNIR) .................................................................................................. 26
PINTO, Auxiliadora dos Santos (GEIFA/UNIR) ................................................................................... 26
O FEMINISMO NEGRO E A ESCRITA DE LEIDE PONTES EM “PORTARETRATOS: O
INVENTOR” ........................................................................................................................ 27
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC) ....................................................................................................... 27
SILVA, Rosália Aparecida (IFRO) ........................................................................................................ 27
A ESCREVIVÊNCIA, A ANCESTRALIDADE E A RESISTÊNCIA NO POEMA “CERTIDÃO DE
ÓBITO”, DE AUTORIA DA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO ....................................... 28
SIMO, Ester Chao Ojopi (GEIFA/UNIR) .............................................................................................. 28
PINTO, Auxiliadora dos Santos (GPFENNCO/UNIR) .......................................................................... 28
LITERATURA DE AUTORIA FEMININA: ANCESTRALIDADE, EROTISMO E RESISTÊNCIA NA
POESIA DE HELIENE ROSA .................................................................................................. 29
NASCIMENTO, Andréia Cardoso do (GEIFA/UNIR) .......................................................................... 29
SOARES, Manoel Messias Feitosa (GEIFA/UFAC) .............................................................................. 29
SILVA, Álexy Rodrigo Lima da (GEIFA/UNIR) ..................................................................................... 29
A NEGRITUDE PELO OLHAR POÉTICO DE NEGRA AUREA: UM ESTUDO DO POEMA
“VISTA MINHA PELE” .......................................................................................................... 30
SOUZA, Jaquelene Costa de (UNIR) ................................................................................................... 30
A POÉTICA PRECURSORA DE MARIA FIRMINA DOS REIS EM CANTOS À BEIRA MAR.......31
MAGALHÃES, Helisa Vieira (IFG) ....................................................................................................... 31
PROTAGONISMO FEMININO NEGRO E INDÍGENA: ......................................................... 32
A FORÇA DO COLETIVO NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA................................................. 32
PAULA, Maria do Rosário Fernandes de (UNIASSELVI) ..................................................................... 32
SANTOS, Monica Maria Fernandes de Paula (UFOP) ........................................................................ 32
“CLAMOR NEGRO”: O ‘CORPO FALANTE’ FEMININO COMO TERRITORIALIDADE DE
‘EMPODERAMENTO POÉTICO’ NA POESIA DE ODAILTA ALVES ....................................... 33
JUSTINO, Maria Edilene (UFPB) ........................................................................................................ 33
SEQUÊNCIA BÁSICA: A IDENTIDADE INDÍGENA FEMININA NA POESIA DE MÁRCIA
KAMBEBA ............................................................................................................................ 34
ASSUNÇÃO, Célia Davi de (UFU) ....................................................................................................... 34
SANTOS, Márcia Dias dos (UNIR/UFU).............................................................................................. 34
POÉTICAS DE MULHERES NEGRAS E INDÍGENAS: ESTRATÉGIAS DE RUPTURA COM
MODELOS DE OPRESSÃO E SILENCIAMENTO DAS VOZES FEMININAS ............................. 36
COSTA, Heliene Rosa da (RMEUDI/PMU-SME) ................................................................................. 36
A LITERATURA COMO FERRAMENTA ESSENCIAL DE HUMANIZAÇÃO: UM ENCONTRO
DIALÉTICO ENTRE AS OBRAS RECOMENDAÇÕES POÉTICAS, DE MARIA DO CARMO
SILVA, E QUARTO DE DESPEJO, DE CAROLINA MARIA DE JESUS ...................................... 37
CORTEZÃO, Marta Barbosa (UNED-ES) ............................................................................................. 37
MULHERES E A LITERATURA NEGRA NO MOVIMENTO LITERÁRIO AFROLOGIA TUCUJU
NO ESTADO DO AMAPÁ .................................................................................................... 38
SOUSA, Ivaldo da Silva (SEED-AP/UECE) ........................................................................................... 38
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.3................................................. 40
POEMA VISUAL: ASPECTOS ENUNCIATIVOS NO LIVRO VAZIO CONTÍNUO, DE DARLENE
FERNANDES ........................................................................................................................ 40
PARENTE, Aline Fuques (UNIR) ......................................................................................................... 40
NEVES, Henrique Sales das (UNIR) .................................................................................................... 40
CAMPOS, Jefferson (UNIR)................................................................................................................ 40
A VISÃO DO FEMININO NAS POESIAS DE ANGÉLICA FREITAS ...........................................41
SANTIAGO, Bianca Socorro Salomão (UEPA) .................................................................................... 41
FERREIRA, Raphael Bessa (UEPA) ..................................................................................................... 41
REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS DA PERSONAGEM FEMININA “OFÉLIA” DE SHEAKSPEARE:
INTEREFERENCIALIDADE E SUPORTE (DA TRAGEDIA À NETFLIX)..................................... 42
FERNANDES, Helem Cristiane Aquino dos Anjos (CRE Vilhena) ....................................................... 42
A SEMIOSE NA TELA “AS MENINAS” DE DIEGO VELÁZQUEZ: A POSIÇÃO ENUNCIATIVA
DA FIGURA FEMININA ....................................................................................................... 43
FERNANDES, Rômulo Giacome de Oliveira (UNIR) ........................................................................... 43
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.4................................................. 44
UMA PROPOSTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA PARA ALUNOS COM
DISLEXIA .............................................................................................................................. 44
BEZERRA, Thais Faustino (IFES) ......................................................................................................... 44
DE LIMA, Márcia Kelle Pereira (UNIR)............................................................................................... 44
FEIJÃO, Auricélia Melo (FJN) ............................................................................................................. 44
A ESCRITA CONTEMPORÂNEA DE MARIA ELIZABETE NASCIMENTO DE OLIVEIRA EM
ASAS DO INAUDÍVEL EM LUZES DE VAGA-LUME ............................................................... 45
SOUZA, Jocineide Catarina Maciel de (UNEMAT/CAPES) ................................................................. 45
ESCREVENDO E REESCREVENDO O LUGAR DA MULHER INDÍGENA NAS AULAS DE
LITERATURA:....................................................................................................................... 46
AUTORIA E ESCRITA FEMININA INDÍGENA NA ESCOLA ................................................... 46
SILVA, Jairo da Silva e (UESC/BA) ...................................................................................................... 46
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.5................................................. 47
A POESIA DE AUTORIA FEMININA EM TORNO DO SILÊNCIO .......................................... 47
DIAS, Lorena (FURG) ......................................................................................................................... 47
O ECOAR DAS VOZES NEGRAS NOS CORDÉIS DE JARID ARRAES: A MEMÓRIA E A
RESISTÊNCIA PRETA NORDESTINA ..................................................................................... 48
SANTOS, Lígia Chaves Ramos (UFMS) ............................................................................................... 48
MIRANDA, Janaína dos Santos (UFMS)............................................................................................. 48
“AFAGOS” E “ANTES QUE QUE AS ÁGUAS DA CABAÇA SEQUEM”: RESISTÊNCIA E
EMPODERAMENTO DA MULHER AFRO-BRASILEIRA EM “FILHA DO FOGO” DA AUTORA
ELIZANDRA SOUZA ............................................................................................................. 49
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC) ....................................................................................................... 49
SILVA, Rosália Aparecida (IFRO) ........................................................................................................ 49
AS INTER-RELAÇÕES ENTRE MITO E POESIA NA OBRA “MANDALA”, DE TERÊZA
TENÓRIO ............................................................................................................................ 50
NETO, José de Ribamar M. Ribeiro (UNEMAT) ................................................................................. 50
UM PASSEIO PELO DOMÍCILIO DE MARTA COCO .............................................................51
NASCIMENTO, Elizabete (UNEMAT/SEDUC-DRE) ............................................................................. 51
SOUZA, Jocineide Catarina Maciel de (UNEMAT/SEDUC-DRE) ......................................................... 51
MEMÓRIAS DO COTIDIANO NOS POEMAS DE FLORA THOMÉ E RAQUEL NAVEIRA...... 52
SENA, Melly Fatima Goes (UFMS/FCMS) .......................................................................................... 52
REPRESENTAÇÃO DAS MARCAS DA SOLIDÃO EM POEMAS DE PÂMELA FILIPINI ............. 53
LIMA, Elizabeth Cavalcante de (IFRO) ............................................................................................... 53
LITERATURA DE ESCRITA FEMININA EM MATO GROSSO: PARADIGMA, NA
CONTEMPORANEIDADE, ENTRE A DENÚNCIA E O DELEITE NAS VOZES LITERÁRIAS DAS
OBRAS “ENTRAVES”, “JARDIM DE OSSOS” E “DOMICÍLIO” .............................................. 54
COSTA, Waldiney Santana (SEDUC/UNEMAT) ................................................................................. 54
EPIFANIA E ZEN NO INSIGHT COTIDIANO DE POEMAS DE LUCINDA PERSONA ............. 55
OLIVEIRA, Paulo (UNEMAT) .............................................................................................................. 55
DO MODERNO E DO INSÓLITO EM DECLARAÇÕES DE UMA ALQUIMISTA SENSÍVEL, DE
NAYARA BARROS................................................................................................................ 56
LEÔNIDAS, Ana Maria (UFPI) ............................................................................................................ 56
PASSOS, Anna Luiza (UFPI)................................................................................................................ 56
GOMES, Ayrla (UFPI) ......................................................................................................................... 56
A VOZ DE ARLINDA MORBECK NA POESIA DE MATO GROSSO ....................................... 57
CLARO, Larissa Aparecida dos Santos (UNEMAT) ............................................................................. 57
O ABRIGO POÉTICO EM GULA D’ÁGUA (2021), DE LUCIENE CARVALHO ...................... 58
SILVA, Maria Cleunice Fantinati da ................................................................................................... 58
BATTISTA, Elisabeth ......................................................................................................................... 58
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.6................................................. 59
LÍRICA E SOCIEDADE EM GRAÇA NASCIMENTO................................................................ 59
LEITE, Josiel Erick da Costa (PIBIC/UEPB) .......................................................................................... 59
SILVA, Marcelo Medeiros da (PPGFP – PPGLI/UEPB)........................................................................ 59
NEGOCIAÇÕES, ACEITAÇÕES E RESISTÊNCIAS EM “MULHERES SAGRADAS”, DA AUTORA
AIDIL ARAÚJO LIMA ........................................................................................................... 60
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC) ....................................................................................................... 60
ROCHA, Hélio Rodrigues (UFAC/UNIR) ............................................................................................. 60
REEXISTÊNCIAS POÉTICAS EM JEOVÂNIA PINHEIRO DO NASCIMENTO: UMA LEITURA
DOS POEMAS “NEGRA MULHER” E “MULHER NEGRA” .....................................................61
SOUZA, Olavo Barreto de (UEPB) ...................................................................................................... 61
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.7................................................. 62
ANA CRISTINA CÉSAR: UMA CARTA PARA SE LER OUVINDO AQUELA CANÇÃO DO
ROBERTO ............................................................................................................................ 62
COUTO, Bruno Oliveira (UNECAMP) ................................................................................................. 62
UMA BREVE LEITURA DO ROMANCE A PAREDE, DE ARLETE NOGUEIRA: ENTRE
HISTÓRIA E LITERATURA .................................................................................................... 63
MOTA, Mylena dos Santos Melo (UFMA) ......................................................................................... 63
COSTA, Thalia Alves (UFMA) ............................................................................................................. 63
TRANSGRESSÕES DA AUTORIA NEGRA CONTEMPORÂNEA: HERANÇAS DEIXADAS POR
ÚRSULA, DE MARIA FIRMINA DOS REIS ............................................................................. 64
SOUZA, Karolina Mota G. de (UEA) ................................................................................................... 64
SILVA, Maristela Barbosa Silveira (UEA) ........................................................................................... 64
A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE MARIA FIRMINA DOS REIS NA HISTÓRIA DA
LITERATURA ........................................................................................................................ 65
ANDRADE, Thaís Oliveira (UESC)....................................................................................................... 65
NÓEMIA DE SOUSA: LITERATURA, MEMÓRIA, REVOLUÇÃO ........................................... 66
MARTINS, Ana Claudia Servilha (UNEMAT) ...................................................................................... 66
REPRESENTAÇÃO FEMININA NEGRA NOS CONTOS PIXAIM, DE CRISTIANE SOBRAL, E
ANA DAVENGA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO ..................................................................... 67
ANDRADE, Maria Eudiane Magalhães de (UFPI) .............................................................................. 67
FRONZA, Cristiane Viana Da Silva (UFPI)........................................................................................... 67
A ESSÊNCIA DO FEMININO EM “MOCIDADE INDEPENDENTE” DE ANA CRISTINA CESAR
............................................................................................................................................ 68
SANTOS e Brenda Lima (UECE) ......................................................................................................... 68
RACHEL DE QUEIROZ: A REPRESENTAÇÃO DA FORÇA FEMININA EM “LAMPIÃO E A
MARIA BEATA DO EGITO” ................................................................................................. 69
RENNIA, Maila (UECE) ....................................................................................................................... 69
RUTE, Adna (UECE) ............................................................................................................................ 69
O PAPEL DAS PERSONAGENS MULHERES EM FUNÇÃO DA PERSPECTIVA FEMININA EM
ÂNSIA ETERNA (1903), DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA ........................................................ 70
OLIVEIRA, Tharcylla Beatriz Fontenele (UESPI)................................................................................. 70
A MUSA DOS CÁLICES VACÍOS ............................................................................................71
ANDRADE, Geysiane (PUCRS) ........................................................................................................... 71
SUBJETIVAÇÃO SEXUAL FEMININA A PARTIR DE UMA ANÁLISE DO POEMA NOÇÕES
(1938) DE CECÍLIA MEIRELES ............................................................................................... 72
FREITAS, Hellen Cristina Queiroz de (PPGP/UFPA) ........................................................................... 72
NICOLAU, Roseane Freitas (PPGP/UFPA).......................................................................................... 72
O PROTAGONISMO FEMININO EM ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE AUSTEN, E
SENHORA, DE JOSÉ DE ALENCAR: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS PERFIS DE
MULHER E REPRESENTAÇÃO FEMININA ........................................................................... 73
RODRIGUES, Maria Júlia Braga (UPE) ............................................................................................... 73
OLIVEIRA, Gisele Pereira (UPE) ......................................................................................................... 73
“MEUS MISTÉRIOS SÃO RIOS PROFUNDOS” OU A POESIA DA PIAUIENSE EM TERREIROS,
DE KEULA ARAÚJO ............................................................................................................. 74
GOMES, Ayrla (UFPI) ......................................................................................................................... 74
MARIA VALÉRIA REZENDE E A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE
“QUARENTA DIAS” ............................................................................................................. 75
CHAGAS SILVA, Ellem Damara (UEPB) .............................................................................................. 75
PEREIRA SANTOS DO, Gisdênia (UEPB) ............................................................................................ 75
ESCREVIVÊNCIA DE CONCEIÇÃO EVARISTO: A CONSTRUÇÃO POÉTICA NA PROSA ...... 76
BARBOSA, Josiane Miranda (PPGEL/UNEMAT) ................................................................................ 76
BOA NOITE, PROFESSOR”: A CONTÍSTICA DE ENEIDA DE MORAES DE ONTEM COM
REFLEXO NO HOJE ............................................................................................................. 77
DE JESUS LIMA, Cátia (UFSCar) ......................................................................................................... 77
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.8................................................. 78
MORTE SOCIAL: LEPRA, HISTÓRIA E POESIA ..................................................................... 78
SILVA, Mirna Rocha (PPGLB/ UFMA) ................................................................................................ 78
GÊNERO, RAÇA E TERRITORIALIDADE: A EXISTÊNCIA NEGRA FEMININA RESERVADA À
OUTRIDADE NA REPÚBLICA FRANCESA ............................................................................ 79
SANTOS JUNIOR, José Barreto Romariz dos (UNIFAP) .................................................................... 79
EM VERSOS, CAPÍTULOS DE UMA HISTÓRIA SILENCIADA: ANÁLISE DO POEMA
LEMBRANÇAS ANCESTRAIS DE CAROLINA DE SOUZA ...................................................... 80
SANTOS, Mônica Maria dos (UFMT) ................................................................................................. 80
RITA RAMOS: (IN)VISIBILIDADES NA POESIA DE ESCRITA FEMININA DA REGIÃO
AMAZÔNICA........................................................................................................................81
LUIZ, Agda Aparecida Silva (UNIR) .................................................................................................... 81
PISSINATTI, Larissa Gotti(UNIR) ........................................................................................................ 81
VOZES MARGINAIS NA LÍRICA DE LUCIENE CARVALHO ................................................... 82
PEREIRA, Juliane Regina de Souza (PPGEL/UNEMAT)....................................................................... 82
A REPRESENTAÇÃO FEMININA EM A ARMA DA MULHER É A LÍNGUA, DE NILZA
MENEZES ............................................................................................................................. 83
AGUIAR, Carolina Lobo (UNEMAT) ................................................................................................... 83
PROGRAMAÇÃO
23 | NOVEMBRO | 2022
HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO LINK DE ACESSO:
Minicurso
Movimento dos
Prof. Dr. José
Escritores
9h às 12h Eduardo M. de B.
Independentes e
(Horário de Melo e Profa. Ma. https://meet.google.com/xwu-qxqz-xvi
Poesia de
Brasília) Maria Elizabete
Autoria
Sanches
Feminina Em
Pernambuco
Mesa-Redonda 1
Poesia de
autoria feminina
em Mato
14h30 às 16h
Grosso: Projeto
(Horário de Profa. Dra. Walnice https://www.youtube.com/watch?v=5
LiteraMato com
Brasília)
Luciene
Vilalva (UNEMAT) nQ0Bedggk4
Carvalho,
Stéfanie Sande,
Ângela Coradini.
Palestra de
Abertura
Andrea Campos
19h30 às fala sobre: Prof. Dr. Eduardo
20h30 Edwirges de Sá- Martins e Profa. Ma. https://www.youtube.com/watch?v=G
(Horário de Pereira: Uma Maria Elizabete ZRlbyZRFUQ
Brasília) poeta feminista Sanches
e Vitoriana nos
albores do
século XX
24 | NOVEMBRO | 2022
GRUPO DE
TRABALHO – COORDENAÇÃO LINK DE ACESSO:
HORÁRIO
GT
GT1: Erotismo, Professores Dr. José
emancipação e Eduardo M. de B.
lirismo na Melo – UNIR; Ma.
produção Maria Elizabete
https://meet.google.com/xwu-qxqz-xvi
08h às poética Sanches – UNIR e
12h00m contemporânea Dra. Rosana Nunes
(Horário de de autoria Alencar – UNIR
Brasília) feminina
GT2: Territórios Dra. Auxiliadora dos
contestados: a Santos Pinto – UNIR
http://meet.google.com/hgz-spaj-jqt
poesia de Dra. Heliene Rosa –
autoria feminina UNIR; Ma. Márcia
indígena e negra Dias dos Santos –
em cena UNIR
GT3: Aplicações Prof. Dr. Rômulo
semióticas em Giacome de Oliveira
autorias e Fernandes - UNIR https://meet.google.com/bmi-enyx-nvu
identidades
femininas
GT4: Escrevendo Prof. Dr. Miguel
e reescrevendo: Nenevé - FCR;
Literatura Especialista Virgínia http://meet.google.com/mxk-rqod-fzi
feminina na pan- Pirela - USP
amazônia
Profa. Ma. Elizabeth
Cavalcante Lima -
GT5: A poesia IFRO/UNEMAT;
contemporânea Mestranda Carolina
nas vozes Lobo Aguiar -
https://meet.google.com/ify-kdee-vpc
femininas do UNEMAT; Luiz
Norte, Nordeste Gustavo Marcolino
e Centro-Oeste da Silva Mestrando -
ML/UNIR
Profa. Ma. Gleidenira
GT6: A poesia Lima Soares -
feminina UNEMAT; Prof. Me.
engajada em Marco Paulo Bastos
questões sociais Souto Vieira Sales – https://meet.google.com/bku-myea-sev
nas regiões UNIR; graduanda
Norte, Nordeste Tuylla Tcheypp
e Centro-Oeste Skroch – UNIR
GT7: Autoria e Profa. Ma.
escrita feminina: Carmelinda Carla
quando a escrita Carvalho e Silva -
perpassa pela UESPI
identidade e se https://meet.google.com/wdm-pfnp-xgs
firma no
discurso
feminino na
literatura
GT8: Poesia de Rian Lucas da Silva -
autoria IFPB; Hermano de
feminina: das França Rodrigues -
https://meet.google.com/cuh-yaww-
(in)visibilidades UFPB
às ex(in)clusões
rpm
dos
(im)percebíveis.
HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO LINK DE ACESSO:
Mesa-Redonda 2
Projeto
16h30 às
Enluaradas:
18h00m https://www.youtube.com/watch?v=Lsl
entre luas e Profa. Ma. Marcia
(Horário de
deusas, a força Dias
FaOAhCTU
Brasília)
do sagrado
feminino na
poesia
contemporânea
com as poetas
Marta Cortezão
e Heliene Rosa
Mesa-Redonda 3
Vernaide
Vanderley:
19h30 às Renovação e
Prof. Dr. Eduardo
20h30m emancipação na https://www.youtube.com/watch?v=_
Martins e Profa. Ma.
(Horário de poesia de
Elizabete Sanches
KAmkVCm5Tw
Brasília) autoria feminina
em Pernambuco
nos anos 1960,
1970 e 1980
25 | NOVEMBRO | 2022
HORÁRIO ATIVIDADE COORDENAÇÃO LINK DE ACESSO:
Minicurso
9h00 às A formação de
12h00 leitores no
Profa. Vitória Siton
(Horário de ensino médio https://meet.google.com/yao-gfwo-dfb
Buganeme
Brasília) por meio da
poesia de
autoria feminina
Mesa-Redonda 4
A Poesia
14h30 às
feminina em
16h00m Profa. Thania Kadma
evidência na https://www.youtube.com/watch?v=8
(Horário de e Luiz Gustavo
Brasília)
atualidade: uma
Marcolino
AwPhCqrc54
conversa com
Negra Áurea,
Eunice Bueno.
Mesa-redonda 5
Andrea Campos
16h30 às
por ela mesma: Prof. Dr. Eduardo
18h00m
Mesa de Martins e Profa. Dra. https://www.youtube.com/watch?v=7f
(Horário de
Brasília)
apresentação da Rosana Nunes jfrwRajJk
poeta e Alencar
discussão sobre
sua obra.
Palestra de
encerramento
19h30 às
Pauline Melville
20h30m Prof. Dr. Miguel
fala sobre: Vozes https://www.youtube.com/watch?v=lo
(Horário de Nenevé e Prof. Dr.
Brasília)
ameríndias na
Eduardo Martins
rpHtcSbqs
produção
literária feminina
amazônida
PROGRAMAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DOS
GRUPOS DE TRABALHOS – GTS
24 | NOV | 2022 – 08h às 12h (Horário de Brasília)
GRUPO DE TRABALHO GT.1:
Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética contemporânea de autoria feminina
24/11/22 das 08h às 12h00m
Coordenadores:
MELO, José Eduardo Martins de Barros - UNIR
SANCHES, Maria Elizabete - UNIR
ALENCAR, Rosana Nunes – UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h https://meet.google
(Horário de Brasília) Abertura Coordenadores
.com/xwu-qxqz-xvi
8h20m Maria Elizabete Sanches
PALAVRAS DE CORPOS:
(Horário de Brasília) (UNIR)
MARCAS DO ERÓTICO E DO https://meet.google
SENSUAL NA LÍRICA DE CIDA
José Eduardo Martins de .com/xwu-qxqz-xvi
PEDROSA
Barros Melo (UNIR)
8h40m QUANDO O SCRIPT
(Horário de Brasília) POÉTICO ANUNCIA A Francisca Júlia da Silva
CONSTRUÇÃO DA CARNE: Soares (UFCG)
https://meet.google
O FEMININO NA ARS
ERÓTICA EM “AS PALAVRAS Jenicélia Duarte da Silva .com/xwu-qxqz-xvi
DO CORPO”, DE MARIA (UFCG)
TERESA HORTA
9h AMOR, CORPO E
(Horário de Brasília) LIBERDADE EM DIA BONITO https://meet.google
Paula Albuquerque (UFRJ)
PRA CHOVER, DE LÍVIA .com/xwu-qxqz-xvi
NATÁLIA
9h20m DO HOMEM (BROCHA) DE
(Horário de Brasília) FAMÍLIA AO ANDRÓGINO
DESEJADO:
https://meet.google
REPRESENTAÇÕES DE Juliana Goldfarb (UFSC)
MASCULINIDADES NA .com/xwu-qxqz-xvi
POESIA ERÓTICA DE LEILA
MÍCCOLIS
9h40m https://meet.google
(Horário de Brasília) Encerramento
.com/xwu-qxqz-xvi
GRUPO DE TRABALHO GT 2:
Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e negra em cena.
24/11/22 das 08h às 12h00m
Coordenadores:
PINTO, Auxiliadora dos Santos - UNIR
SANTOS, Heliene Rosa – RMEUDI/PMU/SME
SANTOS, Márcia Dias dos - UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h http://meet.google.
Abertura Coordenadoras
(Horário de Brasília) com/hgz-spaj-jqt
ESCREVIVÊNCIA E Auxiliadora Dos Santos
8h20m ANCESTRALIDADE NOS Pinto (UNIR) http://meet.google.
(Horário de Brasília) POEMAS “A NOITE NÃO com/hgz-spaj-jqt
ADORMECE NOS OLHOS Janete Alvas Flores (UNIR)
DAS MULHERES” E “FILHOS
NA RUA”,DA ESCRITORA Jhony Davi Cayami Reina
CONCEIÇÃO EVARISTO (UNIR)
Joely Coelho Santiago
O FEMINISMO NEGRO E A
(UFAC)
8h40m ESCRITA DE LEIDE PONTES http://meet.google.
(Horário de Brasília) EM “PORTARETRATOS: O
Rosália Aparecida da Silva com/hgz-spaj-jqt
INVENTOR”
(IFRO)
A ESCREVIVÊNCIA, A
Ester Chao Ojopi Simo
ANCESTRALIDADE E A
(UNIR)
9h RESISTÊNCIA NO POEMA http://meet.google.
(Horário de Brasília) “CERTIDÃO DE ÓBITO”, DE
Auxiliadora dos Santos com/hgz-spaj-jqt
AUTORIA DA ESCRITORA
Pinto (UNIR)
CONCEIÇÃO EVARISTO
Andréia Cardoso do
LITERATURA DE AUTORIA Nascimento (UNIR)
FEMININA:
9h20m ANCESTRALIDADE, Manoel Messias Feitosa http://meet.google.
(Horário de Brasília) EROTISMO E RESISTÊNCIA Soares (UFAC) com/hgz-spaj-jqt
NA POESIA DE HELIENE
ROSA Álexy Rodrigo Lima da
Silva (UNIR)
A NEGRITUDE PELO OLHAR
9h40m POÉTICO DE NEGRA AUREA: Jaquelene Costa de Souza http://meet.google.
(Horário de Brasília) UM ESTUDO DO POEMA (UNIR) com/hgz-spaj-jqt
“VISTA MINHA PELE”
A POÉTICA PRECURSORA DE
10h Helisa Vieira Magalhães http://meet.google.
MARIA FIRMINA DOS REIS
(Horário de Brasília)
EM CANTOS À BEIRA MAR
(IFG) com/hgz-spaj-jqt
Maria do Rosário
PROTAGONISMO
Fernandes de Paula
FEMININO NEGRO E
10h20 (UNIASSELVI) http://meet.google.
INDÍGENA: A FORÇA DO
(Horário de Brasília)
COLETIVO NA com/hgz-spaj-jqt
Monica Maria Fernandes
CONSTRUÇÃO DA ESCRITA
de Paula Santos (UFOP)
“CLAMOR NEGRO”: O
‘CORPO FALANTE’
10h40 FEMININO COMO Maria Edilene Justino http://meet.google.
(Horário de Brasília) TERRITORIALIDADE DE (UFPB) com/hgz-spaj-jqt
‘EMPODERAMENTO
POÉTICO’
Célia Davi de Assunção
SEQUÊNCIA BÁSICA: A
(UFU)
11h IDENTIDADE INDÍGENA http://meet.google.
(Horário de Brasília) FEMININA NA POESIA DE
Márcia Dias dos Santos com/hgz-spaj-jqt
MÁRCIA KAMBEBA
(UNIR/UFU)
POÉTICAS DE MULHERES
NEGRAS E INDÍGENAS:
ESTRATÉGIAS DE RUPTURA
11h20 Heliene Rosa da Costa http://meet.google.
COM MODELOS DE
(Horário de Brasília)
OPRESSÃO E
(RMEUDI/PMU-SME) com/hgz-spaj-jqt
SILENCIAMENTO DAS VOZES
FEMININAS
A LITERATURA COMO
FERRAMENTA ESSENCIAL DE
HUMANIZAÇÃO: UM
11h40 ENCONTRO DIALÉTICO Marta Barbosa Cortezão http://meet.google.
(Horário de Brasília) ENTRE AS OBRAS (UNED-ES) com/hgz-spaj-jqt
RECOMENDAÇÕES
POÉTICAS, DE MARIA DO
CARMO SILVA, E QUARTO
DE DESPEJO, DE CAROLINA
MARIA DE JESUS
MULHERES E A LITERATURA
NEGRA NO MOVIMENTO
12h Ivaldo da Silva Sousa http://meet.google.
LITERÁRIO AFROLOGIA
(Horário de Brasília)
TUCUJU NO ESTADO DO
(SEED-AP/UECE) com/hgz-spaj-jqt
AMAPÁ
12h20 http://meet.google.
Encerramento
(Horário de Brasília) com/hgz-spaj-jqt
GRUPO DE TRABALHO GT.3
Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas
24/11/22 das 008h às 12h00m
Coordenador:
FERNANDES, Rômulo Giacome de Oliveira – UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h https://meet.google
Abertura Coordenador
(Horário de Brasília) .com/bmi-enyx-nvu
Aline Fuques Parente
(UNIR)
POEMA VISUAL: ASPECTOS
8h20m ENUNCIATIVOS NO LIVRO Henrique Sales Das Neves https://meet.google
(Horário de Brasília) VAZIO CONTÍNUO, DE (UNIR) .com/bmi-enyx-nvu
DARLENE FERNANDES
Jefferson Gustavo Dos
Santos Campos (UNIR)
Bianca Socorro Salomão
A VISÃO DO FEMININO NAS Santiago (UEPA)
8h40m https://meet.google
POESIAS DE ANGÉLICA
(Horário de Brasília)
FREITAS Raphael Bessa Ferreira .com/bmi-enyx-nvu
(UEPA)
REPRESENTAÇÕES
SEMIÓTICAS DA
PERSONAGEM FEMININA Helem Cristiane Aquino
9h https://meet.google
“OFÉLIA” DE SHEAKSPEARE: dos Anjos Fernandes (CRE
(Horário de Brasília)
INTEREFERENCIALIDADE E Vilhena) .com/bmi-enyx-nvu
SUPORTE (DA TRAGEDIA À
NETFLIX)
A SEMIOSE NA TELA “AS
MENINAS” DE DIEGO
9h20m VELÁZQUEZ: A POSIÇÃO Rômulo Giacome de https://meet.google
(Horário de Brasília) ENUNCIATIVA DA FIGURA Oliveira Fernandes (UNIR) .com/bmi-enyx-nvu
FEMININA
9h40m https://meet.google
Encerramento
(Horário de Brasília) .com/bmi-enyx-nvu
GRUPO DE TRABALHO GT.4
Escrevendo e reescrevendo: Literatura feminina na pan-amazônia
24/11/22 das 008h às 12h00m
Coordenadores:
NENEVÉ, Miguel - FCR
PIRELA, Virgínia - UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h
(Horário de Brasília)
Abertura Coordenador http://meet.google.
com/mxk-rqod-fzi
Thais Faustino Bezerra
(IFES)
UMA PROPOSTA DE
8h20m ENSINO-APRENDIZAGEM Márcia Kelle Pereira de http://meet.google.
(Horário de Brasília) EM SALA DE AULA PARA Lima (UNIR) com/mxk-rqod-fzi
ALUNOS COM DISLEXIA
Auricélia Melo Feijão
(FJN)
A ESCRITA
CONTEMPORÂNEA DE
Jocineide Catarina Maciel
8h40m MARIA ELIZABETE http://meet.google.
De Souza
(Horário de Brasília) NASCIMENTO DE OLIVEIRA
(UNEMAT/CAPES) com/mxk-rqod-fzi
EM ASAS DO INAUDÍVEL EM
LUZES DE VAGA-LUME
ESCREVENDO E
REESCREVENDO O LUGAR
DA MULHER INDÍGENA NAS
9h Jairo da Silva e Silva http://meet.google.
AULAS DE LITERATURA:
(Horário de Brasília)
AUTORIA E ESCRITA
(UESC/BA) com/mxk-rqod-fzi
FEMININA INDÍGENA NA
ESCOLA
9h20m http://meet.google.
Encerramento
(Horário de Brasília) com/mxk-rqod-fzi
GRUPO DE TRABALHO GT.5
A POESIA CONTEMPORÂNEA NAS VOZES FEMININAS DO NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE
24/11/22 das 08h às 12h00m
Coordenadores:
LIMA, Elizabeth Cavalcante - IFRO/UNEMAT
AGUIAR, Carolina Lobo - UNEMAT
SILVA, Luiz Gustavo Marcolino da – UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h https://meet.google
Abertura Coordenadores
(Horário de Brasília) .com/ify-kdee-vpc
A POESIA DE AUTORIA
8h20m https://meet.google
FEMININA EM TORNO DO Lorena Luana Dias (FURG)
(Horário de Brasília)
SILÊNCIO .com/ify-kdee-vpc
O ECOAR DAS VOZES Lígia Chaves Ramos Dos
NEGRAS NOS CORDÉIS DE Santos (UFMS)
8h40m https://meet.google
JARID ARRAES: A MEMÓRIA
(Horário de Brasília)
E A RESISTÊNCIA PRETA Janaína dos Santos .com/ify-kdee-vpc
NORDESTINA Miranda (UFMS)
“AFAGOS” E “ANTES QUE AS
ÁGUAS DA CABAÇA
Joely Coelho Santiago
SEQUEM”: RESISTÊNCIA E
(UFAC)
9h EMPODERAMENTO DA https://meet.google
(Horário de Brasília) MULHER AFRO-BRASILEIRA
Rosália Aparecida da Silva .com/ify-kdee-vpc
EM “FILHA DO FOGO” DA
(IFRO)
AUTORA ELIZANDRA
SOUZA
AS INTER-RELAÇÕES ENTRE
9h20m MITO E POESIA NA OBRA Jose Ribeiro Neto https://meet.google
(Horário de Brasília) “MANDALA”, DE TERÊZA (UNEMAT) .com/ify-kdee-vpc
TENÓRIO
UM PASSEIO PELO Maria Elizabete
9h40m https://meet.google
DOMÍCILIO DE MARTA Nascimento de Oliveira
(Horário de Brasília)
COCO (UNEMAT/SEDUC-DRE) .com/ify-kdee-vpc
Jocineide Catarina Maciel
De Souza
(UNEMAT/SEDUC-DRE)
MEMÓRIAS DO COTIDIANO
10h Melly Fátima Goes Sena https://meet.google
NOS POEMAS DE FLORA
(Horário de Brasília)
THOMÉ E RAQUEL NAVEIRA
(UFMS/FCMS) .com/ify-kdee-vpc
REPRESENTAÇÃO DAS
10h20 MARCAS DA SOLIDÃO EM Elizabeth Cavalcante de https://meet.google
(Horário de Brasília) POEMAS DE PÂMELA Lima (IFRO) .com/ify-kdee-vpc
FILIPINI
LITERATURA DE ESCRITA
FEMININA EM MATO
GROSSO: PARADIGMA, NA
CONTEMPORANEIDADE,
10h40 Waldiney Santana Da https://meet.google
ENTRE A DENÚNCIA E O
(Horário de Brasília)
DELEITE NAS VOZES
Costa (SEDUC/UNEMAT) .com/ify-kdee-vpc
LITERÁRIAS DAS OBRAS
“ENTRAVES”, “JARDIM DE
OSSOS” E “DOMICÍLIO” .
EPIFANIA E ZEN NO
11h INSIGHT COTIDIANO DE Paulo Wagner Moura de https://meet.google
(Horário de Brasília) POEMAS DE LUCINDA Oliveira (UNEMAT) .com/ify-kdee-vpc
PERSONA
DO MODERNO E DO Ayrla Victória Gomes da
INSÓLITO EM Silva (UFPI)
DECLARAÇÕES DE UMA
11h20 ALQUIMISTA SENSÍVEL, DE Ana Maria Leonidas https://meet.google
(Horário de Brasília) NAYARA BARROS Moura (UFPI) .com/ify-kdee-vpc
Anna Luiza Passos De Lima
(UFPI)
A VOZ DE ARLINDA
11h40 Larissa Aparecida dos https://meet.google
MORBECK NA POESIA DE
(Horário de Brasília)
MATO GROSSO
Santos Claro .com/ify-kdee-vpc
O ABRIGO POÉTICO EM Maria Cleunice Fantinati
GULA D’ÁGUA (2021), DE da Silva (UNEMAT)
12h https://meet.google
LUCIENE CARVALHO
(Horário de Brasília)
Elisabeth Battista .com/ify-kdee-vpc
(UNEMAT)
12h20 https://meet.google
Encerramento
(Horário de Brasília) .com/ify-kdee-vpc
GRUPO DE TRABALHO GT.6
A poesia feminina engajada em questões sociais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
24/11/22 das 08h às 12h00m
Coordenadores(as):
SOARES Gleidenira Lima - UNEMAT
SKROCH, Tuylla Tcheypp - UNIR
SALES, Marco Paulo Bastos Souto Vieira - UNIR
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
8h https://meet.google
Abertura Coordenadores
(Horário de Brasília) .com/bku-myea-sev
Josiel Erick da Costa Leite
8h20m LÍRICA E SOCIEDADE EM (PIBIC/UEPB) https://meet.google
(Horário de Brasília) GRAÇA NASCIMENTO .com/bku-myea-sev
Marcelo Medeiros da Silva
(PPGFP – PPGLI/UEPB)
NEGOCIAÇÕES, Joely Coelho Santiago
ACEITAÇÕES E RESISTÊNCIAS (UFAC)
8h40m https://meet.google
EM “MULHERES SAGRADAS”,
(Horário de Brasília)
DA AUTORA AIDIL ARAÚJO Hélio Rodrigues da Rocha .com/bku-myea-sev
LIMA (UFAC/UNIR)
REEXISTÊNCIAS POÉTICAS
EM JEOVÂNIA PINHEIRO
9h DO NASCIMENTO: UMA Olavo Barreto de Souza https://meet.google
(Horário de Brasília) LEITURA DOS POEMAS (UEPB) .com/bku-myea-sev
“NEGRA MULHER” E
“MULHER NEGRA”
9h20m https://meet.google
Encerramento
(Horário de Brasília) .com/bku-myea-sev
GRUPO DE TRABALHO GT.7
Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade e se firma no discurso feminino na literatura
24/11/22 das 008h às 12h00m
Coordenadora:
SILVA Carmelinda Carla Carvalho e - UESPI
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
https://meet.google
8h
(Horário de Brasília)
Abertura Coordenadora .com/wdm-pfnp-
xgs
ANA CRISTINA CESAR: UMA https://meet.google
8h20m CARTA PARA SE LER Bruno Oliveira Couto
(Horário de Brasília) OUVINDO AQUELA (UNECAMP)
.com/wdm-pfnp-
CANÇÃO DO ROBERTO xgs
UMA BREVE LEITURA DO Thalia Alves Costa (UFMA) https://meet.google
8h40m ROMANCE "A PAREDE", DE
(Horário de Brasília) ARLETE NOGUEIRA: ENTRE Mylena Dos santos Melo
.com/wdm-pfnp-
HISTÓRIA E LITERATURA. Mota (UFMA) xgs
TRANSGRESSÕES DE
Karolina Mota Gonzaga de
AUTORIA NEGRA https://meet.google
Souza (UEA)
9h CONTEMPORÂNEA:
(Horário de Brasília) HERANÇAS DEIXADAS POR
.com/wdm-pfnp-
Maristela Barbosa Silveira xgs
ÚRSULA, DE MARIA
Silva (UEA)
FIRMINA DOS REIS
A PRODUÇÃO INTELECTUAL https://meet.google
9h20m DE MARIA FIRMINA DOS Thaís Oliveira Andrade
(Horário de Brasília) REIS NA HISTÓRIA DA (UESC)
.com/wdm-pfnp-
LITERATURA xgs
NÓEMIA DE SOUSA: https://meet.google
9h40m Ana Claudia Servilha
(Horário de Brasília)
LITERATURA, MEMÓRIA,
Martins (UNEMAT)
.com/wdm-pfnp-
REVOLUÇÃO xgs
A REPRESENTAÇÃO
Cristiane Viana da Silva
FEMININA NEGRA NOS https://meet.google
Fronza (UFPI)
10h CONTOS PIXAIM, DE
(Horário de Brasília) CRISTIANE SOBRAL, E ANA
.com/wdm-pfnp-
Maria Eudiane Magalhães xgs
DAVENGA, DE CONCEIÇÃO
de Andrade (UFPI)
EVARISTO
A ESSÊNCIA DO FEMININO https://meet.google
10h20 EM “MOCIDADE Brenda Lima dos Santos
(Horário de Brasília) INDEPENDENTE” DE ANA (UECE)
.com/wdm-pfnp-
CRISTINA CESAR xgs
RACHEL DE QUEIROZ: A Maila Rennia Ferreira
10h40 https://meet.google
REPRESENTAÇÃO DA FORÇA Bezerra (UECE)
(Horário de Brasília)
FEMININA EM “LAMPIÃO E .com/wdm-pfnp-
A MARIA BEATA DO EGITO” Adna Rute (UECE) xgs
O PAPEL DAS PERSONAGENS
MULHERES EM FUNÇÃO DA https://meet.google
11h Tharcylla Beatriz Fontenele
(Horário de Brasília)
PERSPECTIVA FEMININA EM
Oliveira (UESPI)
.com/wdm-pfnp-
ÂNSIA ETERNA (1903), DE xgs
JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
https://meet.google
11h20 A MUSA DOS CÁLICES Geysiane Aparecida de
(Horário de Brasília) VACÍOS Andrade (PUCRS)
.com/wdm-pfnp-
xgs
SUBJETIVAÇÃO SEXUAL Hellen Freitas
FEMININA A PARTIR DE (PPGP/UFPA) https://meet.google
11h40
(Horário de Brasília)
UMA ANÁLISE DO POEMA, .com/wdm-pfnp-
NOÇÕES (1938) DE CECÍLIA Roseane Freitas Nicolau xgs
MEIRELLES (PPGP/UFPA)
O PROTAGONISMO
FEMININO EM ORGULHO E
Maria Júlia Braga
PRECONCEITO, DE JANE https://meet.google
Rodrigues (UPE)
12h AUSTEN, E SENHORA, DE
(Horário de Brasília) JOSÉ DE ALENCAR: UMA
.com/wdm-pfnp-
Gisele Pereira de Oliveira xgs
ANÁLISE COMPARATIVA
(UPE)
DOS PERFIS DE MULHER E
REPRESENTAÇÃO FEMININA
“MEUS MISTÉRIOS SÃO RIOS
PROFUNDOS” OU A POESIA https://meet.google
12h20 Ayrla Victória Gomes da
(Horário de Brasília)
DA PIAUIENSE EM
Silva (UFPI)
.com/wdm-pfnp-
TERREIROS, DE KEULA xgs
ARAÚJO
Damara Ellem Silva Chagas
MARIA VALÉRIA REZENDE E https://meet.google
(UEPB)
12h40 A REPRESENTAÇÃO DA
(Horário de Brasília) MULHER NO ROMANCE
.com/wdm-pfnp-
Gisdênia Dos Santos xgs
“QUARENTA DIAS”
Pereira (UEPB)
ESCREVIVÊNCIA DE https://meet.google
13h CONCEIÇÃO EVARISTO: A Josiane Miranda Barbosa
(Horário de Brasília) CONSTRUÇÃO POÉTICA NA (PPGEL/UNEMAT)
.com/wdm-pfnp-
PROSA xgs
BOA NOITE, PROFESSOR: A https://meet.google
13h20 CONTÍSTICA DE ENEIDA DE Cátia de Jesus Lima
(Horário de Brasília) MORAES DE ONTEM COM (UFSCar)
.com/wdm-pfnp-
REFLEXO NO HOJE xgs
https://meet.google
13h20
(Horário de Brasília)
Encerramento .com/wdm-pfnp-
xgs
GRUPO DE TRABALHO GT 8
Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos (im)percebíveis
24/11/22 das 008h às 12h00m
Coordenadores:
RODRIGUES, Hermano de França - UFPB
SILVA, Rian Lucas da – IFPB
AUTOR(A)(S)/
HORÁRIO TÍTULO DO TRABALHO LINK DE ACESSO
INSTITUIÇÃO
https://meet.google
8h
(Horário de Brasília)
Abertura Coordenadores .com/cuh-yaww-
rpm
8h20m MORTE SOCIAL: LEPRA, Mirna Rocha Silva (PPGLB/ https://meet.google
(Horário de Brasília) HISTÓRIA E POESIA UFMA) .com/cuh-yaww-
rpm
GÊNERO, RAÇA E
TERRITORIALIDADE: A https://meet.google
8h40m EXISTÊNCIA NEGRA José Barreto Romariz dos
(Horário de Brasília) FEMININA RESERVADA À Santos Junior (UNIFAP)
.com/cuh-yaww-
OUTRIDADE NA REPÚBLICA rpm
FRANCESA
EM VERSOS, CAPÍTULOS DE
UMA HISTÓRIA https://meet.google
9h SILENCIADA: ANÁLISE DO Mônica Maria dos Santos
(Horário de Brasília) POEMA LEMBRANÇAS (UFMT)
.com/cuh-yaww-
ANCESTRAIS DE CAROLINA rpm
DE SOUZA
RITA RAMOS: Agda Aparecida Silva Luiz
(IN)VISIBILIDADES NA (UNIR) https://meet.google
9h20m
(Horário de Brasília)
POESIA DE ESCRITA .com/cuh-yaww-
FEMININA DA REGIÃO Larissa Gotti Pissinatti rpm
AMAZÔNICA (UNIR)
VOZES MARGINAIS NA https://meet.google
9h40m Juliane Regina de Souza
(Horário de Brasília)
LÍRICA DE LUCIENE
Pereira (PPGEL/UNEMAT)
.com/cuh-yaww-
CARVALHO rpm
A REPRESENTAÇÃO https://meet.google
10h FEMININA EM A ARMA DA Carolina Lobo Aguiar
(Horário de Brasília) MULHER É A LÍNGUA, DE (UNEMAT)
.com/cuh-yaww-
NILZA MENEZES rpm
https://meet.google
10h20
(Horário de Brasília)
Encerramento .com/cuh-yaww-
rpm
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.1
Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética contemporânea
de autoria feminina
Coordenadores:
MELO, José Eduardo Martins de Barros – UNIR;
ALENCAR, Rosana Nunes – UNIR;
SANCHES, Maria Elizabete – UNIR
PALAVRAS DE CORPOS: MARCAS DO ERÓTICO E DO SENSUAL NA LÍRICA DE
CIDA PEDROSA
Grupo de Trabalho 1: “Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética contemporânea
de autoria feminina”
MELO, José Eduardo Martins de Barros (UNIR)1
SANCHES, Maria Elizabete (UNIR)2
RESUMO: Apresenta-se aqui a poesia de Cida Pedrosa enquanto um construto de imagens
que se espalham em um universo de sensações eróticas e sensuais que se precipitam em um
discurso efetivamente sensitivo e se articulam enquanto marcas da poesia de autoria feminina
da contemporaneidade. Tem-se como objetivo discutir de que forma estão construídas essas
marcas ao longo de sua obra a partir das reflexões teóricas de Octavio Paz em seu livro A
Dupla Chama: amor e erotismo (1994) e de como se dá a conceituação desse erotismo a partir
das ideias de Georges Bataille sobre o tema, resgatando-se parte da produção da autora dos
anos de 1980, ainda enquanto participante do Movimento dos Escritores Independentes em
Pernambuco - MEIPE. Trata-se, portanto, de pesquisa que discute de que forma se dá a
concepção desse erotismo no âmbito da linguagem, consideradas as especificidades do
discurso de autoria feminina na contemporaneidade. Adota-se como metodologia do trabalho
a pesquisa bibliográfica e documental e intenta-se por meio dos elementos constitutivos dessa
poética do corpo identificar e analisar os elementos que caracterizam esse universo do sensual
e do erótico como marca de sua expressão, consideradas as imagens recorrentes em sua lírica.
Procura-se atingir como resultado o desvendamento de como se manifestam e de que maneira
se constituem essas imagens a partir da palavra, constituindo-se marca de estilo de Cida
Pedrosa. Nesse sentido, os textos foram extraídos considerando-se a importância que cada um
dos livros da autora representou em diferentes momentos, em especial, os produzidos na
década de 1980, período em que o Movimento dos Escritores Independentes viveu seu ápice.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Corpo. Erotismo. Cida Pedrosa.
1
Prof. Doutor do departamento de Letras Vernáculas da Fundação Universidade Federal de Rondônia-UNIR;
Professor do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UNEMAT e Líder do Grupo de pesquisa em
poesia contemporânea de autoria feminina das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, GPFENNCO.
2
Profa. Mestra do Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal de Rondônia -UNIR;
Doutoranda no Programa de Doutorado em Estudos Literários - PPGEL/UNEMAT.
Membro do grupo de pesquisa Poesia contemporânea de autoria feminina do Norte, do Nordeste e do Centro-
Oeste do Brasil – GPFENNCO.
QUANDO O SCRIPT POÉTICO ANUNCIA A CONSTRUÇÃO DA CARNE: O
FEMININO NA ARS ERÓTICA EM “AS PALAVRAS DO CORPO”, DE MARIA TERESA
HORTA
Grupo de Trabalho 1: “Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética contemporânea
de autoria feminina”
SOARES, Francisca Júlia da Silva (UFCG)
SILVA, Jenicélia Duarte da (UFCG)
RESUMO: Inicialmente, os escritos literários promovidos por mulheres cativam um sistema
lamurioso e em reconstrução das afirmações e reivindicações da figura feminina, atrelado às
questões socioculturais. Como também do lugar potencialmente batalhado para a
contextualizar a mulher e sua potência, que ao longo dos tempos foi massacrado dentro dos
escritos literários e bem como pelos detentores da escrita, podendo assim, permitir à mulher
um espaço de recuperação em experiências literárias que até então tinha sido negado pela
tradição cultural dominante. A elevação do espaço de criação poética permitiu uma
construção dos traços estilísticos e composição temática, entre elas o exercício de proclamar o
corpo como uma identidade altamente erótica e libertária. Assim, no arrebatador conjunto de
poetisas, encontra-se a célebre poeta Maria Teresa Horta com sua obra “As palavras do
corpo”, em que o conjunto de poemas exerce uma performance da matéria corpórea em
versos. No feitio poético envolvente, o sujeito feminino pormenorizado descreve seus desejos
vitais e a disposição para realizá-los. O deslocamento sensível e as articulações que
promovem a poesia de Maria Horta justificam uma análise sucinta dos componentes eróticos.
Eis os objetivos do presente trabalho: examinar a manipulação de elementos corpóreos na
poética Hortiana, investigar os caminhos traçados na escrita feminina e perquirir a fabricação
da emancipação das mulheres descritas e escritoras. Como arcabouço teórico utiliza-se da
teoria sobre o feminino elucidada pela psicanálise por Maria Cristina Poli em
Feminino/masculino e demais colaboradores. Por fim, é perceptível como a mulher
conquistou, sob muitas lutas, o seu espaço de expressão e que simbolicamente permite
examinar e discutir socialmente.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Portuguesa, Poesia, erotismo.
AMOR, CORPO E LIBERDADE EM DIA BONITO PRA CHOVER, DE LÍVIA NATÁLIA
Grupo de Trabalho 1: “Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética
contemporânea de autoria feminina”
ALBUQUERQUE, Paula (UFRJ)3
RESUMO: A proposta deste trabalho consiste em um mergulho entre o corpo, a liberdade e o
amor, ideias flutuantes no livro Dia bonito pra chover, da poeta baiana Lívia Natália. O
desnudamento da memória recolhe instantes poéticos do longínquo oceano e deságua na
chuva do agora “Alguém me disse que você viria/e eu enrubesci os lábios e o corpo/mas seu
navio estancou noutro tempo/num porto 20 anos antes do meu”(NATÁLIA, 2017, p.25). É
através do corpo que a evocação lírica faz brotar vivências submersas e anoitecidas nas
palavras. A voz do tempo desdobra um tu e convida leitores a ouvir as provocações eróticas e
estéticas do livro, que talvez possam ser diferentes de sua realidade, contudo, são fragmentos
do Amor. Assim, nosso objetivo é mergulhar nas diferentes possibilidades do amor, mais
ainda, na reelaboração do amor negro em uma sociedade de legado colonial e escravagista.
Ser livre para escolher amar, refazer sua pulsão de desejo como potência de vida mesma, sem
obliterar a carne sua de mulher. Nossa fundamentação teórica tem como princípio a
postulação da professora e crítica estadounidense bell hooks "amar a negritude como
resistência política transforma nossas formas de ver e ser e, portanto, cria condições
necessárias para que nos movamos contra as forças de dominação e morte que tomam as vidas
negras" (hooks, 2019, p.63). Uma das epígrafes de abertura de Dia bonito para chover tem
uma perspectiva de hooks acerca da beleza do amor: sua dimensão curativa. A partir da
desconstrução do olhar hegemônico sobre o corpo negro, resgata-se nas feridas abertas de
gerações o brotar do amor, da poesia, da liberdade e do desejo, realidade proibida às
antepassadas e que agora pode ser evocada através das correntezas da poeta e sua luta no
agora. Pontuamos, ainda, com Stuart Hall, a dimensão discursiva da noção de raça e o aspecto
extradiscursivo da noção de corpo. A metodologia utilizada é uma tríade, portanto, entre os
eixos teóricos da dimensão do corpo enquanto elemento extra-discurso situado historicamente
em uma sociedade e os mecanismos políticos e poéticos do autoamor como potência erótica e
de resistência.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Corpo. Discurso. Lirismo. Erotismo.
3
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ. E-mail:
[email protected]. Endereço do CV Lattes: https://lattes.cnpq.br/7786312610151006
DO HOMEM (BROCHA) DE FAMÍLIA AO ANDRÓGINO DESEJADO:
REPRESENTAÇÕES DE MASCULINIDADES NA POESIA ERÓTICA DE LEILA MÍCCOLIS
Grupo de trabalho 1: Erotismo, emancipação e lirismo na produção poética contemporânea
de autoria feminina
OLIVEIRA, Juliana Goldfarb (UFSC)4
RESUMO: É impossível ficar indiferente após uma leitura da poesia de Leila Míccolis. A
poeta se destaca por ser uma das primeiras escritoras assumidamente feministas no Brasil, se
utilizando de um humor mordaz, ambiguidade e, especialmente, de um erotismo
completamente distinto daquele hegemonicamente conhecido (feito por homens e para
homens) para criticar a sociedade patriarcal. Leila Míccolis é carioca, nascida em 1947,
publicou em 1965 o seu primeiro livro, Gaveta da Solidão, que já apresentava marcas que
seguiriam em sua obra, como a presença de rimas, a ironia e poemas curtos/piada. Mas foi a
partir da década de 1970 que a escritora se consolidou no cenário nacional, ao utilizar a poesia
como instrumento para provocar e debochar do cerceamento de ideias ocasionado pela
ditadura militar, bem como, problematizando as opressões de gênero e sexualidade. Ela foi
um importante nome do que ficou conhecido como “poesia marginal” ou “geração
mimeógrafo”, e, nos anos 1980, fez parte do “Movimento de Arte Pornô”, que escandalizou (e
alegrou) o Brasil e evidenciou uma arte que brincava e refletia sobre as questões que
envolviam o (sub)mundo LGBT, ainda extremamente marginalizado àquela época. Com esse
trabalho, pretendo apresentar dois momentos distintos da representação masculina na poesia
erótica de Leila Míccolis. O primeiro, o homem-brocha, violento, infiel, que vive de
aparências, em que a escritora satiriza o papel social do homem enquanto provedor, chefe da
família tradicional brasileira. Em um segundo momento, os poemas evidenciam um homem
que se afasta dos padrões ideais da masculinidade: é o homem-feminino, o andrógino,
bissexual, e (talvez por isso) desejado pelo eu-lírico feminino. Poemas encontrados em sua
antologia Desfamiliares (2013) como Até que a morte nos separe, Lua-de-mel, Exigência e
Bissexualismo serão analisados. . Para tanto, faz-se necessário uma reflexão inicial sobre
erotismo e pornografia (MORAES; LAPEIZ, 1984) masculinidades (CONNELL, 2013),
questões de gênero (BUTLER, 2015) e prazeres dissedentes (PRECIADO, 2015). Se, nos
textos eróticos com autoria masculina, o que prevalece é uma representação estanque do
corpo e sexualidade das mulheres, na escrita de Leila Míccolis é possível constatar uma
inversão dos papeis de gênero encontrados no erotismo e na pornografia hegemônica: em vez
de corpos femininos sendo representados, é a intimidade e as peculiaridades de corpos
masculinos que se tornam o foco da mirada.
PALAVRAS-CHAVE: Leila Míccolis. Erotismo. Autoria Feminina. Masculinidades.
4
Professora do Centro Universitário Santa Maria e Doutoranda em Literatura pela Universidade
Federal de Santa Catarina. E-mail: [email protected]. Endereço do CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1879638050690989
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.2
Territórios contestados: a poesia de autoria
feminina indígena e negra em cena
Coordenadoras:
PINTO, Auxiliadora dos Santos – UNIR;
ROSA, Heliene;
SANTOS, Márcia Dias dos – UNIR
ESCREVIVÊNCIA E ANCESTRALIDADE NOS POEMAS “A NOITE NÃO ADORMECE
NOS OLHOS DAS MULHERES” E “FILHOS NA RUA”,DA ESCRITORA CONCEIÇÃO
EVARISTO
Grupo de Trabalho 2: “Territórios constestados: a poesia de autoria feminina indigena e
negra em cena”
REINA, Jhony Davi Cayami (GEIFA/UNIR)
FLORES, Janete Alvas (GEIFA/UNIR)
PINTO, Auxiliadora dos Santos (GEIFA/UNIR)
RESUMO: Este proposta de Comunicação Oral apresenta resultados de uma pesquisa em
andamento, que tem como objeto de estudo os poemas “A noite não adormece nos olhos das
mulheres” e “Filhos na rua”, publicados na obra poemas da recordação e outros movimentos
de autoria da escritora afrodescendente Conceição Evaristo (2008). O estudo está sendo
norteado pela seguinte problematização: de que forma a memória e a ancestralidade da mulher
negra são representadas nos poemas em destaque? Qual a importância da obra de Conceição
Evaristo para a constituição da literatura Afrodescente no Brasil? O objetivo geral da pesquisa
é analisar os poemas, destacando-se os elementos da memória e da ancestralidade como
estratégias de resistência. Definimos como objetivos específicos: identificar nos poemas em
destaque elementos temáticos que representam a memória e a ancestralidade; Apontar
contribuições da obra da escritora Conceição Evaristo para a constituição da literatura
afrodescendente no Brasil. O estudo do tema é relevante porque contribuirá para a
compreensão da condição da mulher negra na sociedade brasileira e para o conhecimento da
literatura afrodescendente no Brasil. A pesquisa, do tipo bibliográfica, com abordagem
qualitativa, está sendo desenvolvida a partir da utilização do método analítico e aplicação de
roteiro de análise construído a partir dos estudos da Teoria Literária (Poesia) e da Análise
Literária. Para subsidiar as análises, utilizaremos como aporte teórico-metodológico os
estudos dos seguintes autores: Franco Jr. (2009), Reis (2013), que discutem sobre teoria e
análise literária; Massaud Moisés (2007), que complementa os estudos da análise literária dos
poemas. Também recorremos aos estudos de Santilli (1985) e Duarte (2022), que discutem
sobre a literatura afrodescendente. Os resultados preliminares da pesquisa apontam que a obra
de Conceição Evaristo contribui para o conhecimento da literatura afrodescendente brasileira
e para a valorização da história, da memória e da cultura africana no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Escrevivência. Ancestralidade. Conceição Evaristo. Resistência.
O FEMINISMO NEGRO E A ESCRITA DE LEIDE PONTES EM “PORTARETRATOS: O
INVENTOR”
Grupo de Trabalho 2:“Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e negra
em cena”
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC)5
SILVA, Rosália Aparecida (IFRO)6
RESUMO: A presente proposta trata-se de uma análise em “Portaretratos: o inventor” da
autora Leide Pontes (2000), naturalizada em Rolim de Moura, no Vale do Guaporé (RO).
Trata-se de um estudo cujo objetivo é identificar, na obra literária, estratégias de aceitação e
resistência em que os personagens, narrados pela autora, apareceram inseridos: contextos de
religiosidade, violência doméstica, desigualdade social e trabalho infantil. Este tema justifica-
se mediante a possibilidade de valorização e visibilidade de obras literárias publicadas pela
mulher negra, na região denominada Norte do Brasil. Dito isto, o estudo é norteado pela
seguinte problematização: como foram apresentados os modos de vida dos personagens da
autora Leide Pontes (2000) para apresentar as histórias explícitas e implícitas no conto de
literatura infanto-juvenil “Portaretratos: o inventor”? Patricia Collins (2020); Frantz Fanon
(2008); Gayatri Spivak (2010); Sueli Carneiro (2011); Abdias Nascimento (2011); Edgar
Allan Poe (1985), Ricardo Piglia (2004) e Massaud Moisés (1968) foram, dentre outros/as,
autores/as que deram fundamentação teórica nesta pesquisa bibliográfica com abordagem
qualitativa. Deste modo, foi possível evidenciarmos considerações relevantes sobre a
interseccionalidade no movimento do feminismo negro e na produção literária escrita pela
mulher afro-descendente em meio a tentativas sociais hegemônicas de silenciamento,
opressão e sexismo.
PALAVRAS-CHAVE: Leide Pontes. Feminismo negro. Literatura negra. Sexismo.
5
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, na Universidade Federal do
Acre (UFAC). Membro no Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA; Membro no
Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afros e Amazônicos (GEPIAA); Membro no Grupo de Pesquisa
Devir-Amazônia. E-mail: [email protected]
6
Mestra em Letras pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Jornalista no IFRO. E-mail:
[email protected]
A ESCREVIVÊNCIA, A ANCESTRALIDADE E A RESISTÊNCIA NO POEMA “CERTIDÃO
DE ÓBITO”, DE AUTORIA DA ESCRITORA CONCEIÇÃO EVARISTO
Grupo de Trabalho 2:“Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e negra
em cena”
SIMO, Ester Chao Ojopi (GEIFA/UNIR)7
PINTO, Auxiliadora dos Santos (GPFENNCO/UNIR)8
RESUMO: Este trabalho apresenta resultados de uma pesquisa em andamento, e tem como
objeto de estudo o poema “Certidão de óbito”, publicado na obra “Poemas da recordação e
outros movimentos”, de autoria da escritora Conceição Evaristo (2017). A pesquisa está sendo
norteada pelo seguinte questionamento: de que forma a ancestralidade e a memória da mulher
negra são representadas no poema “Certidão de óbito”, de autoria da escritora
afrodescendente Conceição Evaristo? O objetivo geral da pesquisa é analisar o poema,
destacando-se elementos que representam a ancestralidade e a memória como recursos
estético-composicionais utilizados pela autora para marcar a resistência e a condição da
mulher negra em uma sociedade marcada pelo racismo, pela dominação masculina e pela a
violência contra a mulher. O estudo da temática justifica-se porque é necessário discutir e
refletir sobre questões histórico-culturais vivenciadas pelas mulheres negras no Brasil. Trata-
se de uma pesquisa do tipo bibliográfico, com abordagem qualitativa e de natureza descritiva,
que está sendo desenvolvida a partir do método analítico. A pesquisa está sendo
fundamentada pelos estudos dos autores: Duarte (2011); Santilli (1985); Reis (2013); Reuter
(2011); Evaristo (2017) e outros. Os resultados preliminares da pesquisa evidenciaram que a
obra de Conceição Evaristo contribui, de forma significativa, para a formação e valorização
da literatura Afro-brasileira. A partir da análise da tessitura dos poemas, identificamos que a
linha de força da poesia de Evaristo marca a resistência da mulher negra contra exclusões e
preconceitos. Além disso, contribui para a valorização da história, da memória e da cultura
afrodescendente no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura afro-descendente. Conceição Evaristo. Escrevivência.
Memória. Resistência.
7
Aluna do Curso de Mestrado em Estudos Literários, do PPGMEL. Graduada em Letras – Língua Portuguesa e
suas respectivas literaturas, pela Fundação Universidade Federal de Rondônia, Câmpus Jorge Vassilakis de
Guajará-Mirim. Membro do Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas-GEIFA.
8
Doutora em Letras- Literaturas de Língua Portuguesa, pelo IBILCE/UNESP/SJRP. Mestre em Linguística, pela
UNIR/Câmpus de Guajará-Mirim. Professora Adjunta do Departamento Acadêmico de Ciências da Linguagem
do Câmpus de Guajará-Mirim, da Universidade Federal de Rondônia/UNIR. Vice-Coordenadora do Grupo de
Estudos interdisciplinares das fronteiras amazônicas-GEIFA.
LITERATURA DE AUTORIA FEMININA: ANCESTRALIDADE, EROTISMO E
RESISTÊNCIA NA POESIA DE HELIENE ROSA
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
NASCIMENTO, Andréia Cardoso do (GEIFA/UNIR)
SOARES, Manoel Messias Feitosa (GEIFA/UFAC)
SILVA, Álexy Rodrigo Lima da (GEIFA/UNIR)
RESUMO: Este trabalho é resultado de uma pesquisa em andamento, cujo objetivo é discutir
sobre a ancestralidade, o erotismo e a resistência na poesia de Heliene Rosa, os quais
representam a luta das mulheres negras contra o racismo, o machismo e a busca por uma
equidade e respeito na sociedade. Também daremos destaque a elementos da poética e da
poemática utilizados pela poeta em suas composições. O estudo do tema justifica-se porque a
literatura de autoria feminina afrodescendente contribui para uma reflexão critica do sistema
racista, misógino e machista impregnado na sociedade em que vivemos atualmente. Nesse
sentido, a voz autoral da escritora Heliene Rosa, ecoa em diversos espaços do universo
literário como a uma forma de representar a luta das mulheres negras por sobrevivência e
reconhecimento. A poesia militante produzida pela autora também coloca em destaque a
posição e o comportamento da mulher negra, demonstrando que é necessário dar visibilidade
às vozes das mulheres negras no contexto social, político e cultural.A pesquisa, do tipo
bibliográfica, de natureza descritiva e com abordagem qualitativa está sendo desenvolvida a
partir da leitura e análise de poemas “Poema para a lua” e “Sankofa”, publicados na coletânea
“Enluaradas I: Se essa lua fosse nossa” (2021). As análises estão sendo fundamentadas pelos
estudos de: Duarte (2010) Hattnher (2009), Dalcastagné (2018), Zolin (2009), Bataille (1996);
Priore (2012) e outros. Os resultados preliminares evidenciaram que a poesia de Heliene Rosa
apresenta como uma das linhas de força a ancestralidade e o erotismo, recursos estes que se
mesclam, também, com o uso de elementos que marcam a Resiustência, expressando, assim,
uma construção discursiva que objetiva o reconhecimento da identidade e da alteridade da
mulher negra em um contexto, historicamente, marcado pelo preconceito e pela dominação
masculina.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura feminina. Heliene Rosa. Ancestralidade. Erotismo.
Resistência.
A NEGRITUDE PELO OLHAR POÉTICO DE NEGRA AUREA: UM ESTUDO DO
POEMA “VISTA MINHA PELE”
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
SOUZA, Jaquelene Costa de (UNIR )9
RESUMO: Este artigo discute a ambiguidade do discurso colonizador/descolonizador no
poema “Vista minha pele” da escritora Maria Áurea dos Santos do Espírito Santo, uma
mulher negra em busca da visibilidade étnico-racial, com a problematização de questões que o
poema revela levantando polêmicas sobre direitos raciais, direito de voz de lugar, que
atualmente são temas em vários âmbitos sociais. O objetivo é desenvolver a leitura e análise
crítica do texto e suas contribuições em uma perspectiva decolonial e a construção do seu
papel na sociedade, buscar responder as questões da colonização e descolonização que a poeta
traz, bem como inserir o real retrato da história dos negros que vieram para o Brasil, poema
publicado no livro Antologia Poética, poesia conto e crônicas, nas páginas 32 e 33, pela
editora Anjo. A metodologia utilizada será a revisão bibliográfica que se desenvolve a partir
do estudo do poema “vista minha pele” de Maria Aurea dos Santos dos Espirito Santo
tornando-se como princípios as reflexões de Memmi (1977), Fanon (1961), Nenevé/ Sampaio
(2016) e Mignolo (2008) entre outros autores. Por meio da analise do texto encontramos no
poema, elementos que o define como sendo produto da descolonização e da emancipação do
discurso de autoria feminina.
PALAVRA CHAVE: Colonização; Descolonização; Vista minha pele; Negra Aurea;
Negritude.
9
Professora da rede pública de ensino. Mestranda do Programa de Mestrado em Estudos Literários -
Universidade Federal de Rondonia (UNIR). Email: [email protected]/[email protected] Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3730848780946867.
A POÉTICA PRECURSORA DE MARIA FIRMINA DOS REIS EM CANTOS À BEIRA
MAR
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
MAGALHÃES, Helisa Vieira (IFG)10
RESUMO: O presente trabalho visa apresentar uma breve discussão sobre a subjetivação
sexual feminina a partir de uma análise do poema Noções (1938) de Cecília Meireles, como
fala poética. Neste contexto, foi realizada uma pesquisa de cunho teórica, com um apanhado
geral sobre o desenvolvimento sexual feminino pela perspectiva psicanalítica perpassando
aspectos desse processo como: castração, complexo de Édipo, separação do objeto primário e
narcisismo. Nesse contexto, a breve análise do poema ilustra o posicionamento sexual
feminino por meio da dinâmica especular do olhar sobre si e encontrar uma vastidão
enigmática (feminina); da marca que o olhar do outro sobre ele (eu-lírico) provoca em ambos
(a castração); e a imensidão do mistério metaforizado no mar que refere a conflitos, à
angustia, à profundeza e amor até mesmo masturbatório. No entanto, este trabalho não tem a
intenção de esgotar a discussão sobre o processo de tornar-se mulher, mas sim possibilitar que
o interlocutor flutue com a poesia majestosa de Cecília Meireles navegando por mares
psicanalíticos. Sem a pretensão de esgotar o tema, buscarei percorrê-lo com afinco. Por
conseguinte, não houve a proposta de criar um Manual da Mulher, em busca de generalizar,
ou mesmo delimitar a sua subjetividade, enfatizando um ou outro aspecto, como se pode
deduzir no trecho de Meireles (1938): “cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento
que a atinge...”. O objetivo é gerar questionamentos acerca da complexidade da constituição
psíquica de uma mulher, em busca das questões: como a psicanálise concebe o tornar-se
mulher? E como a subjetividade feminina se porta diante da castração simbólica, que lhe
aproxima da falta constitutiva do sujeito? É necessária ainda uma advertência de que para
além da transferência com o tema, há que se atentar ao fato de que como mulher este se torna
um olhar muito implicado e ao mesmo tempo crítico e criticável. Neste sentido, esta é uma
perspectiva possível para a temática, outras podem ser encontradas e assim como este texto
serem discutidas e reelaboradas.
PALAVRAS-CHAVES: feminilidade, psicanálise e poesia.
10
Cientista Social (UFG), Graduanda em Letras - Língua Portuguesa, Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Goiás/Campus Goiânia. E-mail: [email protected]. Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1791484831763129.
PROTAGONISMO FEMININO NEGRO E INDÍGENA:
A FORÇA DO COLETIVO NA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA
Grupo de Trabalho 2: Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e negra
em cena
PAULA, Maria do Rosário Fernandes de (UNIASSELVI) 11
SANTOS, Monica Maria Fernandes de Paula (UFOP)12
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo evidenciar e/ou explicar como a literatura
feminina negra é refutada ao longo do tempo pelas editoras como reflexo de uma sociedade
patriarcal. A análise embasar-se-á em teorias voltadas para o trabalho de revisão de literatura
especializada na contemporaneidade. Nesse contexto, a literatura feminina negra começa a ser
exaltada a partir do instante em que determinados grupos, instituições e movimentos de
mulheres (negras) se engajam em construções e ações efetivas e partem em busca de novas
escritoras para que este quadro se reverta. O Coletivo Mulheres Maravilhosas é um exemplo
oportuno, uma vez que, em seu escopo, ações sociais não fazem acepções em suas
publicações. Apenas selecionam gênero, nacionalidade com a intenção de acolhimento de
novas escritoras em seus escritos inéditos. Nessa perspectiva, tem-se um coletivo feminino
que congrega escritoras de diferentes regiões do país, inscritas em distintas subjetividades:
negras, indígenas, LGBTQIA+, ciganas, entre outras. Trata-se de um coletivo de mulheres
que visa estimular o protagonismo das mulheres escritoras, oferecendo oportunidades para
publicação gratuita em produções coletivas, leia-se antologias em verso e em prosa. Projeto
desenvolvido pela escritora Sol Figueiredo, do Rio de Janeiro, está vinculado ao Fórum Social
Mundial e ao Canal Sororidade, congregando mulheres do Brasil e do exterior. Para efeito
dessa análise, investigaremos escritoras negras e indígenas do coletivo, do qual também faço
parte como escritora. Serão realizadas leituras de textos e de biografias das respectivas
autoras, nas publicações patrocinadas pelo Coletivo Mulheres Maravilhosas.
PALAVRAS-CHAVE: MULHER, COLETIVO, NEGRA, INDÍGENA
11
Professora desde 1994 de Língua Portuguesa, escritora e estudante de Letras/Libras da UNIASSELVI.
12
Estudante de Pedagogia da UFOP e escritora.
“CLAMOR NEGRO”: O ‘CORPO FALANTE’ FEMININO COMO TERRITORIALIDADE
DE ‘EMPODERAMENTO POÉTICO’ NA POESIA DE ODAILTA ALVES
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
JUSTINO, Maria Edilene (UFPB)13
RESUMO: Por muito tempo pensou-se nos territórios como espaços geográficos dentro dos
quais os sujeitos eram inseridos. Atualmente, os corpos (des)assujeitados e insubmissos, os
femininos negros em especial, por natureza, e por meio da poesia feminina negra, fizeram-se
territorialidades corporificadas de resistência e empoderamento. Assim, o presente trabalho
tem por objetivo refletir como e em que medida a já referendada poesia instaura diálogos
acerca de corpos femininos negros insubmissos, subjetividades e práticas decoloniais. Nos
aportaremos na fundamentação teórica das teorias críticas feministas de raça postuladas por
Davis (2016), Hooks (2019) e Morrison (2019). Na conceituação da poesia escrita por
mulheres teremos (LORDE, 2019; SANTIAGO, 2012). No trabalho com as teorias de corpo
(BORGES, 2013; LORDE, 2019; ALMEIDA, 2015). Nas questões referentes as práticas
decoloniais dialogaremos com Vergès (2020). E no que concerne ao empoderamento
feminino comungaremos das ideias de (BERTH, 2019; COLLINS, 2019). Nossa
metodologia mesclará a leitura apreciativa do poema “Clamor Negro”, da escritora
pernambucana Odailta Alves, em alinhamentos discursivos com as supracitadas teorias
críticas feministas, de poesia, de corpo, de decolonialidade e de empoderamento. Como
resultados alcançados e/ou a alcançar teremos a construção do diálogo reflexivo sobre os
temas e as categorias teóricas aqui abordados, além da elaboração de arcabouço teórico que
servirá a pesquisas posteriores.
PALAVRAS - CHAVE: Poesia Feminina Negra. Corpo Território. Empoderamento. Odailta
Alves.
13
Mestra em Letras, na Linha de Pesquisa em Estudos Culturais e de Gênero pelo PPGL/UFPB.
SEQUÊNCIA BÁSICA: A IDENTIDADE INDÍGENA FEMININA NA POESIA DE
MÁRCIA KAMBEBA
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
ASSUNÇÃO, Célia Davi de (UFU)14
SANTOS, Márcia Dias dos (UNIR/UFU)15
RESUMO: Apresentação: O trabalho posposto concentra-se em uma área de produção
literária ainda pouco lida e difundida no campo dos estudos literários brasileiro: a literatura
indígena de autoria feminina. Assim, nossa pesquisa, busca trazer em cena a poesia de Márcia
Kambeba, escritora indígena, do povo Omágua/Kambeba, da região Norte do Brasil, que em
suas poesias apresenta um lugar de memória, ancestralidade, identidade e resistência de seu
povo, tecendo a isso questões de território, territorialidade e do espaço das mulheres nas
aldeias. Dentre autoras indígenas (re) conhecidas no Brasil, Márcia Kambeba é um dos nomes
que reivindica os direitos dos povos indígenas, em especial das mulheres indígenas, através de
sua escrita, de suas apresentações performáticas com recitação, canto, dança, como também
em trabalhos fotográficos e participação no contexto político nacional. Justificativa: Trazer
em discussão a poesia de Márcia Kambeba para a sala de aula, justifica-se por inúmeras
contribuições, dentre as quais destacamos que a aprendizagem literária pode ser
potencializada quando apresentamos aos alunos diferentes leituras que ampliem não só seu
repertório literário, como também faça-o compreender que, como um bem cultural, a literatura
advém de outros lugares de escritas e de experiências sociais. Um outro fator a essa escolha é
a inserção da literatura indígena na escola, como exercício democrático e inclusivo,
apregoado pela Lei 11.645/2008, que assegura o direito de os povos indígenas participarem,
efetivamente, como cidadãos indígenas brasileiros, no cenário educacional. Dentro dessa
perspectiva, os poemas das mulheres indígenas são meios/recursos de resistência e
reafirmação dessas mulheres, que além de proporcionar fruição aos leitores, também
informam sobre as etnias indígenas e culturas dos vários povos indígenas. Ademais, de acordo
com THIÉL (2013, p.03), “a literatura produzida pelos índios das mais diversas etnias
brasileiras merece visibilidade; sua presença e expressão podem e devem ser contabilizadas e
valorizadas”. Objetivos: Definimos como objetivo geral desta pesquisa: Contribuir para a
práticas de leitura literária em sala de aula com poesia de autoria feminina indígena. Como
objetivo específico temos: Discutir sobre o processo de leitura literária como uma proposta de
experimentação e subversão desses textos frente à uma educação que exclui e provoca uma
invisibilidade em textos escritos por mulheres e homens indígenas; Apresentar uma proposta
de sequência didática com o poema Ser Omágua de Márcia Kambeba integrada à metodologia
didático-pedagógica, a fim de proporcionar o letramento literário efetivo na escola, através da
14
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia-
E-mail: [email protected]. Endereço do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2643376806696260
15
Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Estudos Literários pela Universidade Federal de Uberlândia.
E-mail: [email protected]. Endereço do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2106406700714396
sequência didática. Fundamentação Teórica: Subsidiados pelos documentos oficiais que
norteiam os trabalhos com a literatura em sala de aula, a saber, Base Nacional Comum
Curricular e a Lei 11.645/08, pelas discussões sobre literatura indígena, com Kambeba(2013),
Thiél (2013), Potiguara(2019) entre outros, e por fim, traremos a sequência didática, à luz das
teorias de letramentos de resistência, Cosson(2016) e Souza (2011). Metodologia: Como
metodologia, abordaremos discussões sobre letramento literário com obras escrita por
mulheres indígenas e apresentaremos uma Sequência Básica com o poema “Ser Indígena-Ser
Omágua”. Resultados: Espera -se que esse trabalho seja um instrumento metodológico para a
inserção da escrita de autoria indígena feminina nas escolas.
PALAVRAS - CHAVE: Literatura Indígena. Márcia Kambeba; Sequência Básica.
POÉTICAS DE MULHERES NEGRAS E INDÍGENAS: ESTRATÉGIAS DE RUPTURA COM
MODELOS DE OPRESSÃO E SILENCIAMENTO DAS VOZES FEMININAS
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
COSTA, Heliene Rosa da (RMEUDI/PMU-SME)
RESUMO: A literatura produzida por mulheres vem crescendo exponencialmente nos
últimos anos. São temas e abordagens com foco no universo feminino que reverberam
subjetividades e vozes historicamente silenciadas no campo literário. Investigar essa produção
se faz tarefa necessária visando a ruptura de tais paradigmas. Nesse sentido, analisamos textos
de escritoras negras e indígenas oriundas da região Nordeste do Brasil: o poema Lágrimas na
face, do livro “O canto dos bem-te-vis: poesias” (2021, p.75), de autoria da escritora Helena
Monteiro; o poema Força Feminina, de Jeovânia Pinheiro do Nascimento, presente na
coletânea “O Livro das Marias III: uma força sublime” (2021, p.101); Soneto às Divas, poema
de autoria da intelectual indígena Eva Potiguar, da antologia “Amo Amar Você: Amor ao
próximo – Volume VII 10 anos”(2021, p.77) e, o livro “A Lenda do Jurecê” (2020), da
cordelista indígena Auritha Tabajara. A produção poética das intelectuais negras brasileiras
atua para o fortalecimento das lutas do povo preto, pelo reconhecimento do valor de suas
manifestações culturais, artísticas e religiosas e em prol do combate à discriminação e ao
racismo. De forma semelhante, as intelectuais indígenas expressam as culturas múltiplas de
seus povos, suas memórias, vozes e subjetividades rompendo com um sistema de
silenciamento secular. Suas produções literárias também desempenham papel relevante no
combate ao racismo e à violência que vem, estatisticamente, se acirrando na sociedade
brasileira, sobretudo nos últimos anos. Esse cenário de recrudescimento das tensões e de
ascensão de forças retrógradas e autoritárias pode ser relativizado a partir da literatura e das
artes, de forma que a violência seja atenuada em face do conhecimento da riqueza e da
diversidade cultural e étnica do povo brasileiro que se descortinam a partir da leitura das obras
literárias.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira Contemporânea; Poéticas de mulheres negras;
Poéticas de mulheres indígenas.
A LITERATURA COMO FERRAMENTA ESSENCIAL DE HUMANIZAÇÃO: UM
ENCONTRO DIALÉTICO ENTRE AS OBRAS RECOMENDAÇÕES POÉTICAS, DE
MARIA DO CARMO SILVA, E QUARTO DE DESPEJO, DE CAROLINA MARIA DE
JESUS
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
CORTEZÃO, Marta Barbosa (UNED-ES)16
RESUMO: A partir da leitura das obras Recomendações Poéticas (2021), de Maria do Carmo
Silva, e Quarto de Despejo (1970), de Carolina Maria de Jesus, este artigo propõe uma
abordagem sobre a literatura como um direito humano, apresentando seu significativo papel
de humanização e de emancipação para os sujeitos sociais, vez que a literatura, ao atender a
profundas necessidades humanas, é capaz de contribuir para uma organização pessoal de seus
sujeitos, equilibrando suas frustrações, fomentando o livre pensamento e, por conseguinte,
trazendo à cena social sujeitos atuantes e compromissados com a sociedade em que vivem.
Este entrecruzamento dialético proposto a partir das duas obras literárias, de autoria negra e
de compromisso social com o seu tempo, possibilitará um profícuo e plurissignificativo
encontro entre os discursos sociopolítico-culturais dos séculos XX – recorrendo os anos de
1958 a 1960, data de composição e publicação do diário Quarto de Despejo – e XXI, anos
2020 a 2022, espaço temporal de elaboração e publicação do livro de poemas Recomendações
Poéticas. Para isso, o referencial teórico terá por base as contribuições de Alfredo BOSI
(1977), Hanna ARENDT (2019), Paul RINCOUER (1990), Umberto ECO (2016) e, em
especial, Antônio CÂNDIDO (2011) que norteará este estudo: o primeiro enfoque é de que a
literatura, em seu universo contraditório porque humanizador ou vice-versa, “é uma
construção de objetos autônomos como estrutura e significado”; segundo, a literatura
possibilita a expressão das emoções “e a visão do mundo dos indivíduos e dos grupos e, por
último, sendo a literatura “uma forma de conhecimento inclusive como incorporação difusa e
inconsciente”, é essencial para que se viva de forma digna e completa, justamente por conferir
ao ser humano uma parcela de sua humanidade, sendo-lhe inegável a condição de direito
humano.
PALAVRAS-CHAVE: leitura; autoria feminina; literatura; humanização; direito à literatura.
16
MARTA CORTEZÃO é mestranda em Filologia Clássica, pós-graduada em Metodologia e Didática do
Ensino Superior, com graduação e Letras. Nasceu em Tefé/AM, mas reside em Segóvia/ES desde 2012. É poeta,
escritora, tradutora e desenvolve projetos de articulação Cultural e Literária. Tem obras publicadas em
antologias, tanto nacionais como internacionais; colunista na Voo Livre Revista Literária; e, junto a outras poetas
escritoras, administra o blog Feminário Conexões (https://feminarioconexoes.blogspot.com/), divulgando e
promovendo a literatura contemporânea de autoria feminina. Livros solo: “Banzeiro manso” (2017, Porto de
Lenha) e “Amazonidades: gesta das águas” (2021, Penalux). Instagram: @martacortezaopoeta.
MULHERES E A LITERATURA NEGRA NO MOVIMENTO LITERÁRIO AFROLOGIA
TUCUJU NO ESTADO DO AMAPÁ
Grupo de Trabalho 2: “Territórios contestados: a poesia de autoria feminina indígena e
negra em cena”
SOUSA, Ivaldo da Silva (SEED-AP/UECE)17
RESUMO: Em nossa apresentação destacaremos aqui a temática sobre a produção literária
feminina voltadas para as questões étnico raciais, assim, nossa justificativa eleva a
importância de registrar as Mulheres e a literatura negra no Movimento Literário Afrologia
Tucuju no Estado do Amapá , que em suas produções estão voltadas para a historicidade,
religiosidade, auto estima e subjetividade do negro, os objetivos do trabalho foi catalogar e
registrar as mulheres que estão desenvolvendo este estilo literário em Macapá, em nossas
fundamentação teórica buscamos informações na literatura já produzida por estas mulheres
de forma escrita e oral no qual se sustentam nossas reflexões: SOUSA;COSTA
SOUSA,(2018-Movimento Literário Afrologia Tucuju, Historicidade, Religiosidade, auto
estima e subjetividade do negro); SOUSA;COSTA SOUSA(2020) Afrologia Tucuju : 300
Poesias; COSTA SOUSA(2021-O lúdico como recurso didático); AUREA(2022-Deca
Moleca); SOUSA;COSTA SOUSA(2022-Teoria e prática científica); SOUSA(2021-Abeleza
de ser negro);Antologia poética de autores nacionais e internacionais(2018-ED. ANJO);
Mulheres Extraordinárias(2020-ED. ANJO); SOUSA;COSTA SOUSA(2017-Antologia
Poética: poesias, contos e crônicas), como metodologia aplicada usamos a pesquisa
bibliográfica, com técnicas de fichamento, onde tivemos como resultado alcançados a
identificação de todas as mulheres que desenvolvem a literatura negra no Movimento
Literário Afrologia Tucuju , entre os autores precursores deste movimento estão em sua
maioria as mulheres: Ana Cleia Lacerda da Costa Sousa, Márcia Cristiane da Silva Galindo,
Maria Aurea dos Santos do Espírito Santo, Maria das Graças Senna Ramos, Odinete Senna,
tendo como organizadores Ivaldo Sousa e Ana Cleia Lacerda da Costa Sousa. Este
Movimento Literário, agrega uma rica e vasta literatura com poesias temáticas, nas quais
tratamos de questões relacionadas aos preconceitos étnico raciais, questões do negro, pois,
sabe-se do imenso valor que a poesia possui na expressão de sentimentos, nas mensagens que
perpassam nas entrelinhas de cada verso, no decurso de cada estrofe, nas palavras ditas e não
ditas, podendo assim, ir além do arcabouço intelectual. Este Movimento literário vem
desenvolvendo no estado do amapá muitas atividades poéticas, como saraus ,declamações,
palestras, oficinas literárias temáticas, publicações de livros e artigos , destacamos aqui as
principais características da literatura deste movimento literário:1-Exaltação da beleza negra;
17
Doutor em Ciências da Educação(UAA),Mestre em Planejamento e Políticas Públicas -Profissional-
Universidade Estadual do Ceará, Pós-Graduado em Psicopedagogia, Pós-Graduado em Métodos do Ensino de
Arte, Pós-Graduado em História e Literatura Afrodescendente, Graduado em Artes Plásticas, Secretaria de
Educação do Estado do Amapá, Universidade Estadual do Ceará-UECE, Sistema Modular de Ensino Médio .
Autor e organizador de vários livros. Lattes: http://lattes.cnpq.br/7319161903577977
E-mail: [email protected]
2-Elevação da autoestima do negro; 3-A busca da construção positiva das subjetividades do
negro; 4-Desconstrução da História preconceituosa contada;5- Historicidade real do negro; 6-
Religiosidade do povo negro; 7-Cientificismo nas entrelinhas poéticas;8-Exaltação dos heróis
negros;9-Exaltação das personalidades negras;10-Exaltação dos personagens negros em autos
postos sociais, políticos e outros;11-Incentivo para a busca pela educação e pelo
conhecimento;12-Combate a qualquer forma de preconceito ou brincadeiras
preconceituosas;13-Divulgação dos personagens religiosos das religiões afro.
PALAVRAS- CHAVES: Literatura Negra. Mulheres. Subjetividade.
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.3
Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas
Coordenador:
FERNANDES, Rômulo Giacome de Oliveira – UNIR
POEMA VISUAL: ASPECTOS ENUNCIATIVOS NO LIVRO VAZIO CONTÍNUO, DE
DARLENE FERNANDES
Grupo de Trabalho 3: “Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas”
PARENTE, Aline Fuques (UNIR)18
NEVES, Henrique Sales das (UNIR)19
CAMPOS, Jefferson (UNIR)20
RESUMO: Na presente comunicação, pretendemos analisar o funcionamento enunciativo das
imagens presentes no livro “Vazio Contínuo”, da autora amazonense Darlene Fernandes. O
propósito é evidenciar os aspectos que formam a materialidade do enunciado dando
significância poética ao objeto imagético, assim, apreendendo o discurso poético
materializado pelas imagens analisadas. Partindo da proposta metodológica dos Estudos
Discursivos Foucaultianos, que consiste na descrição da função enunciativa, consideramos
que o status material da imagem é espaço propício para acolher o discurso em seu caráter de
acontecimento. Especialmente em “A Arqueologia do Saber’’ (2015), Michel Foucault
demonstra que, em sua condição de existência, o discurso, na sua forma atômica - o
enunciado - constitui-se a partir de sua relação (a) com outros domínios de objetos -
referencial; (b) com uma posição-sujeito - função determinada, vazia e variável; (c) outros
enunciados - domínios associados; (d) materialidade possível de ser repetida. A metodologia
adotada foi a análise de natureza qualitativa a partir dos Estudos Discursivos
Foucaultianos,tais elementos que promovem a condição de existência do enunciado, em
“Vazio Contínuo”, paralelizam-se aos poemas verbais numa relação menos de
complementação, que de continuidade, motivo pelo qual, nessa relação discursiva entre tais
objetos (poema verbal versus ilustrações), compreendemos se tratar da constituição discursiva
de poemas visuais e que, portanto, é possível apreender o discurso poético materializado
nas/pelas ilustrações.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Brasileira. Darlene Fernandes. Estudos Discursivos
Foucaultianos. Função Enunciativa.
18
Discente do curso de Letras Português da Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho. E-
mail: [email protected]. Lattes: https://lattes.cnpq.br/7575668035293071.
19
Discente do curso de Letras Português da Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho. E-
mail: E-mail: [email protected]. http://lattes.cnpq.br/512273084967265.
20
Doutor em Letras. Professor do Departamento Acadêmico de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação
em Letras da Fundação Universidade Federal de Rondônia, campus Porto Velho. E-mail: [email protected].
Lattes: https://lattes.cnpq.br/4113274256921278.
A VISÃO DO FEMININO NAS POESIAS DE ANGÉLICA FREITAS
Grupo de Trabalho 3: “Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas”
SANTIAGO, Bianca Socorro Salomão (UEPA)21
FERREIRA, Raphael Bessa (UEPA)22
RESUMO: O presente estudo visa discutir a manifestação poética contemporânea de autoria
feminina, tendo como foco principal as poesias de Angélica Freitas. Buscou-se analisar alguns
dos poemas presentes no livro Um útero é do tamanho de um punho, publicado no ano de
2012, o qual apresenta características da estética modernista que serão analisados com base no
aporte teórico do livro Introdução à estilística, de Martins (2000). A relevância deste estudo
evidencia-se em buscar a imagem da visão feminina nos textos poéticos contemporâneos de
Angélica Freitas, os quais tem um estilo modernista que utiliza como pontos de partida
elementos cotidianos e clichês, provocando no leitor reflexões acerca dos paradigmas
impostos ao universo feminino. Desse modo, o interesse desse estudo parte do pressuposto da
visão feminista e do estudo estilístico, para entender como a poesia de Angélica Freitas
pretende desmistificar certos “padrões sociais” que circundam o universo feminino e a
construção do que é ser mulher nos dias de hoje, tendo as referências que sinalizam o sujeito
feminino, permitindo assim, direcionar um novo olhar para possibilidades de ressignificação
do modo de existir e entender de que forma Angélica Freitas impacta o interlocutor e o faz
refletir acerca da questão do feminino na sociedade atual.
PALAVRAS-CHAVE: Angélica Freitas. Um útero é do tamanho de um punho. Autoria
feminina. Visão feminina. Contexto social.
21
Mestranda do programa de pós-graduação em Língua Portuguesa e suas respectivas literaturas
(UEPA/PPGELL). Especialista em Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura pelo Centro
Universitário Leonardo da Vinci (2021). Graduada em Letras, Habilitação em Língua Portuguesa, pela
Universidade Federal do Pará (2020). E-mail: [email protected]
22
Doutor pelo Programa de Pós-graduação em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo.
Mestre em Literatura Brasileira pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (2010). Graduado em Letras,
Habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade da Amazônia (2008). Professor Adjunto I (TIDE) da área
de Literatura do Departamento de Língua e Literatura da Universidade do Estado do Pará, atuando na
Graduação em Letras - Língua Portuguesa - e no Programa de Pós-graduação em Letras - Mestrado Profissional
em Ensino de Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas (PPGELL). E-mail: [email protected]
REPRESENTAÇÕES SEMIÓTICAS DA PERSONAGEM FEMININA “OFÉLIA” DE
SHEAKSPEARE: INTEREFERENCIALIDADE E SUPORTE (DA TRAGEDIA À NETFLIX)
Grupo de Trabalho 3: “Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas”
FERNANDES, Helem Cristiane Aquino dos Anjos (CRE Vilhena)
RESUMO: Com o avanço dos suportes comunicativos / artísticos e midiáticos (o avanço da
informação digital e seu mecanismo de ampliação) ficou latente a possibilidade de criação,
mas também de recriação das obras artísticas. Essas recriações podem ser abordadas por meio
dos seus códigos semióticos utilizados, ressaltando novas tecnologias e técnicas artísticas.
Como também pode revelar novas leituras possíveis da mesma construção semiótica. Assim,
aplicando uma metodologia semiótica de leitura, o objetivo deste trabalho é analisar as
possibilidades de representação que a personagem feminina Ofélia perpassa, dentro de sua
trajetória literária e dramática, ou seja, resgatando reconstruções e recuperações clássicas, mas
também o seu contraponto de papel, em novas leituras e representações, a exemplo do filme
homônimo da Netfix (Ophelia, Lisa Klein, 2018). Algumas mudanças de paradigma e papeis
podem ser abordados nessa nova versão contextualizada no momento presente. Entender o
equilíbrio entre os usos semióticos e essas mudanças é um dos objetivos do trabalho. Os
resultados serão apresentados em tópicos e dissertativos, comentando elementos próprios
dessas representações e temáticas. A teoria de base é a semiótica de origem americana, com
destaque para Peirce pela Santaella.
PALAVRAS-CHAVE: Figura Feminina. Ofélia. Semiótica.
A SEMIOSE NA TELA “AS MENINAS” DE DIEGO VELÁZQUEZ: A POSIÇÃO
ENUNCIATIVA DA FIGURA FEMININA
Grupo de Trabalho 3: “Aplicações semióticas em autorias e identidades femininas”
FERNANDES, Rômulo Giacome de Oliveira (UNIR)
RESUMO: A semiose, como processo semiótico de significação, contribui sobremaneira para
produção de sentidos e análise de temáticas e formas. Assim, usando dessa teoria, traremos
uma leitura e análise da tela “As Meninas” de Diego Velásquez, teorizando e sistematizando o
papel feminino evocado a partir da representação da infanta Margarida e seu processo
semiótico de conjunção e disjunção perante as outras figuras femininas. Dessa forma a leitura
e análise dos signos indiciais e icônicos, perpassando aos símbolos e significações próprias,
propicia resultados interpretativos de viés histórico, social, cultural e político. Bem como no
campo das representações, elencando o papel de cada camada expressiva no processo de
construção da semiose literária. Assim, na medida em que o pintor insere planos de expressão
entre realidade e ficção (sua própria inserção enquanto autor e intérprete) da família real e os
olhares de cada componente da tela, deflagra-se o papel do interpretante e signo ao mesmo
tempo. Os resultados serão apresentados e descritos a partir da tela. A teoria utilizada será a
semiótica de linha americana, com ênfase nas observações sobre semiose de Antônio Fidalgo
e Morris. O presente trabalho é produto dos empenhos semióticos, pela semiose, no objeto
subscrito.
Palavras-chave: Semiótica. Semiose. Figura Feminina.
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.4
Escrevendo e reescrevendo: Literatura feminina na pan-amazônia
Coordenadores:
NENEVÉ, Miguel – FCR;
PIRELA, Virgínia – USP
UMA PROPOSTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA PARA ALUNOS
COM DISLEXIA
Grupo de Trabalho 4: “Escrevendo e reescrevendo: Literatura feminina na pan-
amazônia”
BEZERRA, Thais Faustino (IFES)23
DE LIMA, Márcia Kelle Pereira (UNIR)24
FEIJÃO, Auricélia Melo (FJN)25
RESUMO: Apoiando-se no livro “Encantos Do Rio Madeira: Histórias Ribeirinhas”, de Nair
Ferreira Gurgel do Amaral, observamos muitas possibilidades educativas de se trabalhar em
sala de aula com aprendizes com dislexia. Nesse sentido, foi selecionado o conto “Menina
vira Boto”, o qual pode auxiliar significativamente no desenvolvimento da aprendizagem e na
imaginação dos educandos. Assim, tornando-se um importante recurso pedagógico, superando
as dificuldades de ler e escrever como exemplo. Com isso, o presente trabalho tem como
objetivo propor algumas atividades ancoradas no conto “Menina vira Boto” para auxiliar na
aprendizagem dos alunos com dislexia em sala de aula. O nosso caminho metodológico parte
do projeto educativo e inclusivo: Cantinho da Dislexia (@cant.inhodadislexia). Ademais, foi
realizada uma breve revisão da literatura, a fim de subsidiar nossa pesquisa. Partindo disso,
foi realizada a leitura e a discussão da obra entre os autores deste trabalho e, assim,
selecionou-se o conto “Menina vira Boto”. Após isso, usaram-se os recursos gratuitos do
Canva para o desenvolvimento das atividades lúdicas, tais como: jogo da memória, quantas
letras tem, labirinto, faça uma história a partir da gravura, dentre outras. Essas atividades
lúdicas de reconhecimento visual e de raciocínio lógico trazem à mente infantil a
possibilidade de criar e interagir com a narrativa contada. Assim, aos ouvidos dos alunos que
escutam a história, trazem melhor compreensão da leitura, estimulando a concentração e
desenvolvimento cognitivo infantil, para melhor fixação dos personagens narrados e a
construção da aprendizagem. Em suma, espera-se contribuir para o desenvolvimento da
aprendizagem e a imaginação dos aprendizes disléxicos em sala de aula, tornando o processo
educativo mais participativo e lúdico para estes alunos.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem. Dislexia. Inclusão. Ludicidade. Menina vira Boto.
23
Pós-graduanda Lato Sensu em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do
Espírito Santo (IFES). E-mail:
[email protected].
24
Mestranda em Fonética e Fonologia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). E-mail:
[email protected].
25
Pós-graduada em Psicopedagogia pela Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN). E-mail: auricelia@fortes-
cariri.com.br.
A ESCRITA CONTEMPORÂNEA DE MARIA ELIZABETE NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EM ASAS DO INAUDÍVEL EM LUZES DE VAGA-LUME
Grupo de Trabalho 4: “Escrevendo e reescrevendo: Literatura feminina na pan-amazônia”
SOUZA, Jocineide Catarina Maciel de (UNEMAT/CAPES)26
RESUMO: Neste texto apresentamos a primeira produção literária de Maria Elizabete
Nascimento de Oliveira, Asas do Inaudível em Luzes de Vaga-lume, publicada em 2019. No
primeiro momento faremos uma abordagem panorâmica da obra composta por 82 poemas
escrito em versos livros, com diferentes temáticas, ressaltando que são algumas possibilidades
de leitura e em seguida nos pautaremos em apontar a questão autoral a partir da metáfora do
espelho/identidade que configuram uma perspectiva do seu processo de escrita nos poemas
Autoria, A íris d’olho, Distância e Reversos. Maria Elizabete Nascimento de Oliveira, é
doutora em Estudos Literários pela Universidade do Estado de Mato Grosso/UNEMAT. É
membra do Grupo de Pesquisa: Poesia Contemporânea de Autoria Feminina do Norte, do
Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil - GPFENNCO-UNIR/CNPQ. Professora de língua
portuguesa, atuando na Diretoria Regional de Educação/DRE-CEFAPRO em Cáceres/Mato
Grosso-Brasil. Os poemas inscritos na obra em análise apresentam essa ânsia de mulher que a
partir da sua construção de mundo, faz da arte palavra, o eco da sua alma materializada na
estrutura do poema. É na incompletude do dia a dia, no pantanal mato-grossense, que ao
mirar-se no espelho, entendido nessa abordagem como sendo a própria vida, que a poeta vai
selecionando as palavras que pouco a pouco vai ganhando forma de poema. Para subsidiar
nossas reflexões nos pautaremos nos pressupostos de Octavio Paz, 2012; Nelly Novaes
Coelho, 1993; Jean Chevalier, 2015 e Rubem Alves, 2014.
PALAVRA CHAVE: Literatura em Mato Grosso. Território Pan-Amazônico. Autoria
Feminina. Poema
26
Quilombola Pita Canudos. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
PPGEL/UNEMAT (2021). Componente do Grupo de Pesquisa em Poesia Contemporânea de Autoria Feminina do
Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil - GPFENNCO-UNIR/CNPQ. Professora de língua portuguesa,
atuando como formadora no DRE/Diretoria Regional de Educação, em Cáceres/MT. Bolsista do Programa de
Apoio à Pós-Graduação da Amazônia Legal Edital 013/CAPES. Membra fundadora (2017) do Coletivo de
Mulheres Negras de Cáceres/MT.
ESCREVENDO E REESCREVENDO O LUGAR DA MULHER INDÍGENA NAS AULAS DE
LITERATURA:
AUTORIA E ESCRITA FEMININA INDÍGENA NA ESCOLA
Grupo de Trabalho 4: “Escrevendo e reescrevendo: literatura feminina na Pan-Amazônia”
SILVA, Jairo da Silva e (UESC/BA)27
RESUMO: Este trabalho se justifica pelo fato do favorecimento à compreensão da potência
pedagógica da literatura indígena brasileira frente às práticas de silenciamento às vozes
originárias na contemporaneidade; considerando, em específico, a escrita de mulheres
indígenas quando oportunizadas no âmbito escolar. Sob dois objetivos principais, pretende-
se, primeiramente, pontuar a produção indígena feminina que busca na literatura o meio para
contar/registrar suas próprias narrativas que expõem as marcas da ancestralidade, memória,
saberes e resistências frente ao sistema de opressões da colonialidade, racismo, misoginia e
demais desigualdades e opressões sociais tendo em vista sua respectiva relevância pedagógica
para além da efetividade da Lei nº 11.645/2008 [a qual dispõe acerca da obrigatoriedade do
estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira na educação básica]. Para tanto,
direcionou-se tal produção literária às práticas pedagógicas formativas no âmbito do Instituto
Federal do Pará (IFPA-Campus Abaetetuba). Dentre tais práticas, a oferta de atividades sobre
distintas temáticas indígenas. Assim, objetiva-se ainda, apresentar alguns desdobramentos da
oficina denominada “Não somos Iracema!”, oriunda de um projeto de iniciação científica,
culminando em ensino (inicialmente, foi realizada com discentes do referido campus) e
extensão (adaptada, foi realizada com docentes de outras instituições públicas da Amazônia
paraense). Quanto à metodologia, optou-se pela abordagem qualitativa e com procedimentos
bibliográficos, tendo por fundamentação teórica, estudos atinentes ao pensamento
Decolonial (QUIJANO, 1992; MIGNOLO, 2008) bem como à Literatura Indígena
Contemporânea (DORRICO et al, 2018; GRAÚNA, 2006, 2013). Os resultados revelam
certo grau de desconhecimento da literatura indígena na escola, principalmente, a produção
literária feminina que, por sua vez, implica apagamento/silenciamento de tais vozes em outros
espaços educacionais, como é o caso das provas do ENEM, por exemplo – desde o advento da
Lei nº 11.645/2008 até à edição de 2020, entre 24 aplicações do principal exame de acesso às
universidades públicas, entre o rol de 400 questões literárias, apenas 01 abordou a literatura
indígena, de autoria masculina (SILVA, 2020).
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de literatura; Literatura indígena; Escritoras indígenas;
Decolonialidade; Lei nº 11.645/2008.
27
Doutorando em Letras: Linguagens e Representações pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC,
Ilhéus/BA). Professor na área de Letras do Instituto Federal do Pará (IFPA, Campus Abaetetuba). E-mail:
[email protected].
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.5
A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Coordenadores:
AGUIAR, Carolina Lobo – UNEMAT;
LIMA, Elizabeth Cavalcante - IFRO/UNEMAT;
SILVA, Luiz Gustavo Marcolino da – UNIR
A POESIA DE AUTORIA FEMININA EM TORNO DO SILÊNCIO
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
DIAS, Lorena (FURG)28
RESUMO: No presente trabalho analiso três produções poéticas de escritoras
contemporâneas que imprimem temáticas relacionadas ao silêncio. O poema da autora
pernambucana Bell Puã reflete sobre a insubmissão das mulheres diante das normas sociais e
cultura patriarcal, a eu-lírica rompe com o lugar de silenciamento histórico que muitas
mulheres foram submetidas em virtude da violência. No poema “Paternidade” a escritora
paraense Mayara La-Rocque expressa o distanciamento e a relação vazia da paternidade, ao
mencionar “E um abismo/ Entre nós” (LA-ROCQUE, 2017 p. 18) a poeta ilustra as infinitas
relações inexistentes de pai e filha. No poema “Enordesteser” da poeta Nayara Xavier temos a
renovação dos debates sobre o apagamento e a marginalização do nordeste, este poema
político questiona “tu que estas no céu por que não te moves?” (XAVIER, 2021 p. 41) o
trabalho das mulheres severinas é relacionado de forma brilhante com a geografia do sertão. A
realização desta análise tem o objetivo de identificar como a poesia escrita pelas poetas do
norte e nordeste se posiciona frente aos diferentes silêncios impostos e como elas rompem
dentro de suas poéticas as estruturas dominantes como por exemplo no poema sem título da
poeta Bell onde não há conformidade, mas sim o enfrentamento da violência contra mulher.
As três poetas deslocam o silêncio para dentro da poesia a partir de um olhar singular,
contemporâneo e subversivo.
PALAVRAS-CHAVE: Mulheres.Silêncios.Violência
28
Formada em Letras Português/Espanhol pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), mestranda no
Programa de Pós-Graduação em Letras na área de concentração em História da Literatura na mesma
universidade. Também é bolsista no Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas (NEABI). Integra o Grupo de
Pesquisa Crítica Feminista e Autoria Feminina: cultura, memória e identidade (UFGD).
O ECOAR DAS VOZES NEGRAS NOS CORDÉIS DE JARID ARRAES: A MEMÓRIA E A
RESISTÊNCIA PRETA NORDESTINA
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
SANTOS, Lígia Chaves Ramos (UFMS)
MIRANDA, Janaína dos Santos (UFMS)
RESUMO: O presente trabalho se propõe a realizar uma leitura interdisciplinar das poesias
presentes na obra Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis (2017), da escritora nordestina
Jarid Arraes, assentadas no pressuposto teórico O lugar de fala de Djamila Ribeiro (2017).
Destaca-se como os cordéis de Arraes recontam narrativas de mulheres pretas historicamente
silenciadas. Adotam-se como objetivos específicos descrever as memórias, a resistência da
mulher preta, bem como, a diversidade dos projetos culturais de mulheres integrantes do
Movimento Feminista Negro. A metodologia do presente trabalho busca selecionar e
evidenciar os elementos basilares pertencentes aos cordéis criados por Jarid destacam-se
subsídios como: a memória, a musicalidade, a resistência preta, o ritmo e as xilogravuras.
Busca-se ressaltar como o projeto feminista preto de Arraes dialoga com a arte popular
nordestina por meio da linguagem e do ritmo despertando um mundo da “resistência preta”
composto por meio da literatura, das memórias e em especial do ecoar de vozes negras
femininas apagadas. Quanto aos resultados alcançados por meio da pesquisa, salientamos o
êxito no ensino de literatura de cordel da autora nordestina Jarid Arraes no Ensino Médio em
Campo Grande Mato Grosso do Sul. Este trabalho se fundamenta em pressupostos teóricos de
Carneiro (2019), Collins (2019), Ribeiro (2017), Goldstein (1985), Gonzáles (2019) e Hooks
(2021).
PALAVRAS-CHAVE: Vozes Negras. Memória. Resistência. Cordel.
“AFAGOS” E “ANTES QUE QUE AS ÁGUAS DA CABAÇA SEQUEM”: RESISTÊNCIA E
EMPODERAMENTO DA MULHER AFRO-BRASILEIRA EM “FILHA DO FOGO” DA
AUTORA ELIZANDRA SOUZA
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC)29
SILVA, Rosália Aparecida (IFRO)30
RESUMO: Esta comunicação trata-se de um estudo cujo objetivo é identificar na obra
literária “Filha do fogo”, especificamente nos contos “Afagos” e “Antes que as águas da
cabaça sequem” da autora Elizandra Souza (2020), táticas de resistências e empoderamento
nas tramas construídas a partir de histórias da oralidade que se interligam e se misturam ao
longo da obra, tecidas em contextos da periferia e do matriarcado negro. Este tema justifica-
se mediante a possibilidade de vislumbrar narrativas outras de autoras afro-brasileiras que
constroem narrativas literárias a partir do que viveram, viram e/ou ouviram. Dito isto, este
estudo é norteado pela seguinte problematização: Como estão interligadas e apresentadas a
resistência e o empoderamento nos contos “Afagos” e “Antes que as águas da cabaça
sequem” que integram a obra “Filha do fogo” de Elizandra Souza? A partir da pesquisa
bibliográfica com abordagem qualitativa é possível fundamentação teórica entre autores e
autoras como Patricia Collins (2020); Frantz Fanon (2008); Gayatri Spivak (2010); Sueli
Carneiro (2011); Abdias Nascimento (2011); Sérgio Souza (2010); Poe (1985) e Moisés
(1968). Com a análise realizada nos contos citados, evidenciamos considerações
importantes por meio dos quais percebem-se o quanto a mulher afro-brasileira tem se
organizado em meio a tentativas hegemônicas de silenciamento, opressão e apagamento da
cultura, estética e ancestralidade negra.
PALAVRAS-CHAVE: Elizandra Souza. Literatura afro-brasileira. Resistência e
Empoderamento.
29
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, na Universidade Federal
do Acre (UFAC). Membro no Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA; Membro
no Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afros e Amazônicos (GEPIAA); Membro no Grupo de
Pesquisa Devir-Amazônia. E-mail: [email protected]
30
Mestra em Letras pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Jornalista no IFRO. E-mail:
[email protected]
AS INTER-RELAÇÕES ENTRE MITO E POESIA NA OBRA “MANDALA”, DE TERÊZA
TENÓRIO
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
31
NETO, José de Ribamar M. Ribeiro (UNEMAT)
RESUMO: Este trabalho insere-se no campo dos Estudos Literários (poesia), tendo-se como
objeto de estudo a obra Mandala (1980), de Terêza Tenário, poeta a qual se destaca por ser
autora de um discurso poético eloquente e representativo da Poesia de autoria feminina
contemporânea da Região Nordeste. O objetivo da pesquisa é aprofundar as discussões
sobre o processo composicional da poeta Terêza Tenório (Geração de 65), destacando-se a as
inter-relações entre o mito e poesia na obra Mandala (1980). A pesquisa será norteada pelos
seguintes questionamentos: como é que o mito torna-se o principal recurso estético-
composicional da obra Mandala, de Terêza Tenório? Qual é a importância da referida
produção poética para Poesia de autoria feminina no contexto atual? A hipótese maior de
nossa investigação é que o mito é um elemento de destaque no processo criativo da obra
Mandala. A justificativa para a realização da pesquisa é que a produção poética de Terêza
Tenório é objeto de nosso trabalho de doutoramento no Programa de Pós-graduação em
Estudos Literários – PPGEL da Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT).
Ademais, da poesia de Terêza Tenório ecoam múltiplas vozes femininas de diversos espaços
do universo literário, os quais se apresentam como possibilidade de sentir e compreender a
importância da poesia de autoria feminina. Os procedimentos de análise foram estruturados
pelos pressupostos teóricos do gênero poético e pelos estudos do mito e suas inter-relações
com a poesia. As análises foram fundamentadas pelos estudos de: Barthes (2001);
Benjamin (2013); Cassirer (1992); Eliade (1972) e Frye (2014), os quais discutem sobre os
aspectos do mito e suas inter-relações com a literatura e outros. Os resultados preliminares
evidenciam que o discurso poético de Terêza Tenório utilizado na escrita da obra Mandala é
permeado pelo mito. Além disso, a poesia de Terêza Tenório se posiciona no cenário
nacional como uma voz autoral representativa da Literatura de autoria feminina.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia Contemporânea; Mito; Terêza Tenório; Poesia de autoria
feminina.
31
Doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (PPGEL), da Universidade Estadual do
Mato Grosso – UNEMAT, turma de 2022. Mestre em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em
Estudos Literários – PPGMEL, turma de 2019. Especialista em Ensino de Língua Portuguesa e Literatura pelo
Instituto Federal de Rondônia – IFRO, turma de 2021. Graduado em Letras e suas respectivas literaturas pela
Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, turma de 2015. Membro do Grupo de Estudos
Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas (GEIFA). Membro do Grupo de Pesquisa em Poéticas Moderna e
Contemporânea (GPPMC) e do Grupo de Pesquisa de Poesia Contemporânea de Autoria Feminina do Norte, do
Nordeste e do Centro-Oeste do Brasil (GPEFENNCO), da Fundação Universidade Federal de Rondônia.
UM PASSEIO PELO DOMÍCILIO DE MARTA COCO
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
NASCIMENTO, Elizabete (UNEMAT/SEDUC-DRE)
SOUZA, Jocineide Catarina Maciel de (UNEMAT/SEDUC-DRE)
RESUMO: Essa abordagem objetiva apresentar a poeta Marta Cocco - professora na
Universidade do Estado de Mato Grosso/UNEMAT, ocupante da cadeira 18 na Academia
Mato-grossense de Letras/AML - por meio da produção poética de sua autoria intitulada:
Domicílio (2021). Uma obra composta de nove partes denominadas: Recepção (sinta-se em
casa,) sala das formas (Não repare, a decoração é antiga); incômodo das fomes (não repare,
não fui ao mercado); pequeno cômodo de futilidades (Não repare na desordem); um quarto de
ser (Não repare, a infiltração é mínima); wc ou gabinete privativo (Não repare, espaço
vulnerável a vãs filosofias); sala de visitas (Não repare, às vezes, a gente conversa alto);
lugares de guardar (Não repare, é tudo muito simples); epílogo (Volte sempre). A descrição
das partes justifica-se porque ao longo da nossa conversa a pauta será o domicílio observado a
partir da fértil representação da arte em seus recônditos lugares de atuação, partindo da
premissa de Roland Barthes (2006) quando salienta que o artista deseja destruir a arte porque
esta parece comprometida, histórica e socialmente; mas é uma luta vã porque quanto mais se
deseja, mais forte ela se levanta, iluminando uma delicadeza inaudita que realça os
sentimentos morais e metafísicos que fisgam o leitor ao devir. Ao passear pelos cômodos do
Domicílio do eu-poemático, focalizaremos também no filósofo Gaston Bachelard (2005), ao
apresentar o enxerto, com o qual se “obriga a planta selvagem a florescer e dá matéria à flor.
Fora de qualquer metáfora, é necessária união de uma atividade sonhadora e de uma atividade
ideativa para produzir uma obra poética” (BACHELARD, 2002, p. 11); e/ou de casa como
lugar de intimidade e devaneios poético-existenciais. Além disso, buscaremos elucidar a
percepção de que por meio do adjetivo de negação a poeta reforça ainda mais a necessidade
de atenção aos subterfúgios da arte poética. Nessa perspectiva, Nelly Novaes (2000, p. 135),
salienta que: “[...] a palavra é fundadora (e não mero rótulo de algo criado) [...] é o que torna
existente o real”. Nessa perspectiva, intencionamos trazer à baila a percepção da autora
quando evidencia que a partir do século XX, a mulher começa a se questionar com mais
ênfase e a partir daí também começa a produzir uma literatura que revela a ambiguidade
inerente à existência humana, de uma literatura contida em elementos que defendia os padrões
de uma sociedade cristã/patriarcal passou-se à produção que, gradativamente, se liberta das
amarras tradicionais e busca porto em dimensões estéticas, filosófico-existenciais. Nessa
produção específica, Marta Cocco sugere a poesia como expressão-expansão dos nossos
subterfúgios individuais, apontando para que a percebamos como uma possível guia de
trânsito para que possamos atentar à travessia pela vida. Entre o jogo do concreto e do
sensível observamos uma relação erótica, íntima, avassaladora com a linguagem, um
domicílio/casa que como nos permite entrevê a poeta, oferta pistas para a compreensão de que
quanto mais ávido, mais humano, mais absoluto e mais divino.
PALAVRAS-CHAVE: poesia; Marta Cocco; domicílio; estética; existencial.
MEMÓRIAS DO COTIDIANO NOS POEMAS DE FLORA THOMÉ E RAQUEL
NAVEIRA
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
SENA, Melly Fatima Goes (UFMS/FCMS)32
RESUMO: A memória é uma grande aliada da arte, seja para a formação de uma
represenação da vida cotidiano presente, seja para a ressignificação da própria memória. O
presente trabalho tem por objetivo refletir acerca das correlações entre o cotidiano e a
memória em poemas de Flora Thomé e Raquel Naveira em suas respectivas
obras Retratos e Sob os cedros do Senhor, em que ambas tem como mote a imigração e a
cidade, seja pela implantação de da Ferrovia Noroeste do Brasil (NOB) e formação da cidade
de Três Lagoas, no caso da obra de Flora, seja a imigração árabe e libanesa em Mato Grosso
do Sul, mais especificamente Campo Grande, no caso do livro de Raquel. Para tal trabalho,
nos embasamos nos pressupostos sobre cotidiano de Agnes Heller (1985) e sobre memória
como proposto por Paul Ricouer (2007), Pierre Nora (1993) e Maurice Halbwachs (1990), a
fim de pensar nessa interrelação entre a memória e o cotidiano presente nos poemas das
autoras. Foram escolhidos dois poemas de cada obra, para fins metodológicos, em que ambas
abordam ruas e figuras típicas locais (de Mato Grosso do Sul). Um dos pontos que podemos
notar ao compararmos os poemas escolhidos é como a memória social se presentifica nos
textos e contribui para a historiografia sul-mato-grossense, colaborando, inclusive, para uma
política de educação patrimonial no Estado.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia Sul-Mato-Grossense; Memória; Cotidiano.
32
Doutoranda em Linguagens, PPEGEL/UFMS e Gestora de Literatura da Fundação de Cultura de Mato Grosso
do Sul. E-mail: [email protected]. CV: http://lattes.cnpq.br/8315489221943429. Orcid:
https://orcid.org/0000-0002-9544-3036
REPRESENTAÇÃO DAS MARCAS DA SOLIDÃO EM POEMAS DE PÂMELA FILIPINI
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
LIMA, Elizabeth Cavalcante de (IFRO)33
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo analisar a representação da solidão nos
poemas da escritora rondoniense Pâmela Filipini (1994). A apreciação se debruçará sobre os
textos intitulados “Da solidão”, “Sagrado”, “Sem título”, extraídos do livro Folhas de ossos
ou o tratado das coisas insignificantes (2017). Nesse sentido, averiguaremos como esta jovem
poeta problematiza de forma particular o universo interior e ultrapassa a barreira da solidão,
da ordem dramática da sociedade moderna e nos convida a mergulhar em um ambiente íntimo
que é dela, mas também de seus leitores. Para a consecução dos nossos objetivos,
analisaremos a estrutura literária dos poemas de Filipini, bem como suas possíveis
influências, e, ainda, examinaremos a maneira como a representação da solidão está
constituída em parte de sua literatura. Para fundamentação teórica, lançaremos mão dos
estudos sobre solidão, entre outros, dos seguintes teóricos: Dolto (1998), Miskolci (2008),
Paz (1994), Llosa (2004), Bauman(2001) e Berardinelli (2007). Como resultado,
observaremos que nessas poesias a solidão se apresenta como elemento inerente à própria
natureza da poética, enfatizando um tipo de experiência de linguagem amparada na
perspectiva de um sujeito que se vê, conforme Berardinelli, “só diante de si mesmo” ,
tornando possível e pungente um contanto em profundidade com mundo interior, relegando
o mundo exterior a um plano secundário. Isso reforça o que a própria poeta afirma em um dos
seus poemas, ao dizer que “o escritor é a solidão do mundo”.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura. Poética. Solidão. Pâmela Filipini.
33
Doutoranda em Estudos Literários pela Universidade Estadual do Mato Grosso - PPGEL/UNEMAT e
Professora no Instituto Federal de Rondônia (IFRO) E-mail: [email protected].
LITERATURA DE ESCRITA FEMININA EM MATO GROSSO: PARADIGMA, NA
CONTEMPORANEIDADE, ENTRE A DENÚNCIA E O DELEITE NAS VOZES
LITERÁRIAS DAS OBRAS “ENTRAVES”, “JARDIM DE OSSOS” E “DOMICÍLIO”34
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
COSTA, Waldiney Santana (SEDUC/UNEMAT)35
RESUMO: A Literatura Brasileira produzida por mulheres em Mato Grosso, em
concordância com o que ocorreu no país, apresenta uma produção ainda sufocada pelo
protagonismo masculino quanto à escrita (WALKER, 2015). No entanto, nomes como
Divanize Carbonieri, Marli Walker e Marta Cocco têm ganhado notoriedade e dado
visibilidade a uma produção literária tanto pelo suporte impresso, quanto ao digital. Nesses
termos, considerando que a Literatura de escrita feminina demonstra especificidades quanto a
aspectos constitutivos, este estudo destaca a construção da escrita feminina em MT,
contemporaneamente, como paradigma entre denúncia, na voz que ecoa, e deleite estético em
Divanize Carbonieri, Marli Walker e Marta Cocco, a partir das obras “Entraves”, “Jardim de
Ossos” e “Domicílio”, respectivamente. Evidencia elementos da estruturação poética
relacionados à linguagem, à preocupação estética, o uso de figuras de estilo e o texto criativo
e inusitado como fator de constituição da escrita. A partir das análises das obras em destaque
serão interseccionadas as temáticas sociais, políticas e históricas que envolvem a obra e se
estabelecem como quebra de padrões na produção literária e materializam na escrita das
autoras. O estudo se sustenta na perspectiva qualitativa e apresenta como base teórica, a
linguagem literária, a estrutura do gênero poema e suas incidências em aspectos sociais, a
partir de pesquisadores como Octavio Paz, Alfredo Bosi, Domício Proença Filho, Ezra Pound,
Antônio Candido, Yasmim J. Nadaf, Nelly Novaes Coelho, e outros.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura em MT; Poesia de autoria feminina; Linguagem literária.
34
O presente trabalho foi realizado com apoio da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC-
MT) e faz parte dos estudos de pesquisa para Doutoramento em Estudos Literários.
35
Licenciado em Letras: Língua Portuguesa e suas respectivas Literaturas pela Universidade Federal de Mato
Grosso (2003) – Pontal do Araguaia/ICLMA/. Especialista em: Ensino e Estudos Linguísticos e Literários/
Faculdade FÊNIX; Diversidade cultural e Racial no ensino de EJA/ UFMT/ NEPRE. ME. Mestre em Letras pelo
Programa de Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS/Cáceres-MT (2018).
EPIFANIA E ZEN NO INSIGHT COTIDIANO DE POEMAS DE LUCINDA PERSONA
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
OLIVEIRA, Paulo (UNEMAT)36
RESUMO: A aproximação entre elementos do Zen Budismo e a literatura vem ganhando
espaço acadêmico de análise, não apenas na abordagem poética do haikai que, em sua
vertente original, é considerado uma prática que busca a iluminação Zen, mas também em
casos específicos da literatura ocidental, como a obra de Clarice Lispector, Herman Hesse,
entre outros autores e autoras que apontam para existência de epifanias e de um fazer literário
intuitivo ligado à descoberta de uma realidade inominável e não-dualista nas efemeridades e
nos pequenos insights cotidianos. O presente trabalho de análise literária visa comparar a
percepção epifânica do cotidiano vivenciada pelo eu lírico em poemas de Lucinda Persona à
iluminação experimentada pelos praticantes do Zen. Apontando, ao mesmo tempo, no
trabalho de individuação criativa da autora, a presença de um fazer literário marcado pela
intuição e busca do inominável, do inefável, do desconhecido no ser e em sua relação com o
mundo, busca de uma consciência ampliada das possibilidades de existir e vê além das
aparências. Apesar da citada aproximação ocorrer em muitas obras da autora, selecionamos
poemas dos livros Entre uma noite e outra (2014) e O passo do instante (2019), nos quais
sobressaem as características identificadas na lírica em questão. Objetivando facilitar as
dificuldades de tradução do vocabulário, doutrinas e conceitos orientais próprios do Zen
Budismo, utilizamos os estudos de Allan Watts e Daisetz Teitaro Suzuki, considerados chaves
importantes na transposição do pensamento Zen para a compreensão ocidental. Utilizamos,
também, em nossa abordagem os estudos sobre literatura e epifania de Afonso Romano de
Sant’Anna, o Zen em Clarice Lispector de Igor Rossini e o sagrado na poesia de Otavio Paz.
PALAVRAS-CHAVE: Lucinda Persona, Intuição, Zen budismo, Satori.
36
PAULO WAGNER MOURA DE OLIVEIRA - UNEMAT-MT- Graduação em Letras pela Universidade Federal de
Mato Grosso, Mestrado em Estudos de Linguagem e Literatura pela Universidade Federal de Mato-grosso,
Doutorando em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (PPGEL) da
Universidade Estadual de Mato-grosso; Pesquisador e ensaísta na área de Poesia Contemporânea; Literatura,
Memória e Sociedade; Zen Budismo e Literatura; Letramentos e Multiletramentos.
DO MODERNO E DO INSÓLITO EM DECLARAÇÕES DE UMA ALQUIMISTA
SENSÍVEL, DE NAYARA BARROS
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
LEÔNIDAS, Ana Maria (UFPI)37
PASSOS, Anna Luiza (UFPI)38
GOMES, Ayrla (UFPI)39
RESUMO: As poéticas do contemporâneo possuem como traço constituinte as inovações e
diferentes nuances artísticas. Nesse sentido, uma das características pertinentes que provem
do movimento modernista é a experimentação da linguagem e da temática. Partindo desse
pressuposto, este trabalho visa analisar a poesia de autoria feminina piauiense por meio da
obra Declarações de Uma Alquimista Sensível, de Nayara Barros buscando obter respostas no
que tange à escolha da estética do insólito nos versos da poeta. A literatura escrita por
mulheres, sobretudo no Piauí, possui uma riqueza de expressão tal que urge entender de que
maneira as inovações propostas pelo Modernismo literário nacional ecoam na produção
poética contemporânea. Dessa maneira, o escopo central é entender em qual panorama
estético-artístico situa-se a poesia de Nayara Barros com sua criação de estreia: Declarações
de Uma Alquimista Sensível bem como analisar aonde há brechas para o estudo do grotesco
dentro da obra em questão. O aporte teórico fundamenta-se em, majoritariamente, em Bosi
(1994), Friedrich (1977), Paz (1982) e Hugo (2002). O trabalho versa de um estudo
bibliográfico pautado no levantamento de informações e conhecimentos acerca do tema a
partir dos autores apontados. Dessa maneira, com a discussão aqui proposta, contribui-se para
os debates em torno da Literatura escrita por mulheres, bem como se atualizam as análises no
que concerne à obra citada. Constroem-se, também, novos desdobramentos no que diz
respeito aos estudos da poesia feita por mulheres dentro do cenário nacional e, em específico,
no Piauí.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia contemporânea. Poesia piauiense. Modernismo brasileiro.
37
Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Piauí. Membra do Grupo de Estudos do Mal
na Literatura – GEMAL/UFPI. Aluna do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/UFPI.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9563987496081867. Endereço eletrônico:
[email protected].
38
Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Piauí. Membra do Grupo de Estudos do Mal
na Literatura – GEMAL/UFPI. Aluna do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/UFPI.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7239145606088782. Endereço eletrônico: [email protected].
39
Graduanda em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Piauí. Membra do Grupo de Estudos do Mal
na Literatura – GEMAL/UFPI. Pesquisadora de Iniciação Científica em Filosofia e Literatura. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/8861270596470030. Endereço eletrônico: [email protected]
A VOZ DE ARLINDA MORBECK NA POESIA DE MATO GROSSO
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
CLARO, Larissa Aparecida dos Santos (UNEMAT)40
RESUMO: Tantas vozes silenciadas em tantos períodos e tantos lugares, não só silenciadas,
mas esquecidas, apagadas. A Literatura promove esse regaste, traz à luz esses nomes e
possibilita para aqueles que se apoderam de um instante de leitura, ou mesmo seguem adiante
com pesquisas mais aprofundadas, novas reflexões, novos olhares e assim a revelação do
compromisso social que devemos ter para além das palavras. A mulher mato-grossense teve
papel significativo na vida cultural do Estado, porém há muitas lacunas à espera de novas
pesquisas e, principalmente, do público- leitor. Nosso principal objetivo visa discutir e
apresentar a poética da autora mato-grossense, Arlinda Pessoa Morbeck (1889-1960) que se
encontrava no anonimato. A pesquisa tem como objetivo identificar o estilo de escritura
feminina da poeta, relacionando-o com a literatura confessional- autobiografia. Além disso,
necessário se faz estudar, também, o regionalismo, por ser nessa região do Mato Grosso o
lugar em que a poeta escreveu a maior parte de suas poesias. Arlinda Pessoa Morbeck viveu
em Cuiabá de 1911 a 1916; seu esposo, José Morbeck era Diretor de Terras, Minas e
Colonização, motivo que a trouxe para viver na região mato-grossense. A escritora deixou
uma vasta produção literária, em dezenove volumes de poesias e crônicas, tendo como
detentores os familiares e apenas alguns poemas publicados em uma coletânea no ano de
2008. Apesar de não ter conseguido a publicação de suas obras, a poeta escreveu para jornais
em Cuiabá-MT e em Valparaíso-SP, cidade está que teve um número significativos de
leitores. Arlinda Morbeck teve como inspiração em suas temáticas a região mato-grossense,
sua lírica é marcada por suas vivências, carregadas de um tom confessional, memórias de uma
mulher por vezes isolada, silenciada e, outros momentos, o amor personificado pela natureza,
característica do romantismo muito presente em seus sonetos. Sua escrita está inserida no
campo da memória, e este exige a busca pelo que foi essa mulher, em que meio estava
inserida, porque escrevia e o seu material responde e anseia por tudo isso. Assim,
encontramos uma mulher que produziu, testemunhou e evocou o passado não só para registro
próprio, mas existe em sua escrita o desejo do reconhecimento, a tristeza da não oportunidade
e o mais importante nessa teia discursiva, ela assume o papel de imprimir a sua versão sobre
si mesma, visto que a memória autobiográfica percorre a tessitura da sua escrita e de seus
depoimentos. Dessa forma, realizamos uma busca pelos cadernos da escritora ,cartas e
crônicas foram os primeiros passos para seleção do corpus; posteriormente recorremos aos
pressupostos teóricos: Pereira (1957), Friedrich (1991), Nadaf (1993), Paz (1996), Bosi
(2000), Magalhães (2001), Candido (2002), Leite (2005).
PALAVRAS-CHAVE: Arlinda Morbeck. Poesia. Memória. Escrita Feminina.
40
Doutoranda em Estudos Literários (PPGEL-UNEMAT). Mestre em Estudos de Linguagem (UFMT); Graduação
em Letras (UFMT). Professora do Curso de Direito UniCathedral – Centro Universitário.
[email protected]
O ABRIGO POÉTICO EM GULA D’ÁGUA (2021), DE LUCIENE CARVALHO
Grupo de Trabalho 5: “A poesia contemporânea nas vozes femininas do Norte, Nordeste e
Centro-Oeste”
SILVA, Maria Cleunice Fantinati da41
BATTISTA, Elisabeth 42
RESUMO: A poesia de Luciene Carvalho, em Gula D’Água (2021) ajustada ao amor é o
dizer da vida e da realidade em sua plenitude, incluindo as lembranças do vivido ou ilustrado
pelo sujeito poético que se reexamina nos espaços de convivência. Sua poética contribui para
o desvendamento dos conflitos amorosos, no ambiente privado. Assim, os objetivos deste
estudo se voltam para as questões da afetividade restrita ao espaço íntimo. A justificativa se
pauta na necessidade que temos, desde o nascimento, de um lugar seguro para habitar no
mundo. Neste sentido, a criação da metáfora da casa, pelo sujeito poético está em
consonância com o mundo e a vida, visto que a casa é o seu refúgio e o seu lugar de
reconhecimento. Nas pesquisas bibliográficas, os procedimentos metodológicos partem das
leituras, primeiramente, da obra selecionada para o estudo, seguida das obras críticas para as
abordagens analíticas. Deste modo, as teorias de Bachelard (1978) confluíram para a análise
do espaço da casa na poética Luciênica, pois nele, passado, presente e futuro são fontes das
diferentes magnificências. Também, recorreu-se a Cordeiro (2015), Ziegler (2015), dentre
outros que contemplam em seus estudos a casa. Coelho (2015), no que tange o estado lírico
criador. A necessidade por abrigo fica explícita na poesia de Luciene Carvalho, e a literatura
cumpre seu papel em reconstituir um espaço de conforto e afeto para o ser humano, seja nas
letras das canções, poemas ou prosa. Isso se deve à necessidade de dar ao corpo e ao espírito
alento e proteção, posto que a casa está na origem de nossa construção, enquanto indivíduos.
Ao considerar Gula D’Água (2021), como a morada da poética Luciênica e o abrigo do amor,
na perspectiva de Bachelard (1978), percebe-se que a vida está conectada ao espaço da casa.
O amor entra em cena nas três divisórias desta construção, nelas o sujeito poético se refaz das
arengas cotidianas que surgem na relação com o amado. Gula D’Água (2021) é o abrigo da
poética amorosa feminina. São setenta e três poemas que habitam a obra se espalham pelos
três compartimentos da casa poética: primeiro intitulado “Cama”, acomoda quinze poemas,
enquanto, o segundo, “Mesa”, recebe mais trinta e oito e, o terceiro, “Banho”, recolhe vinte
poemas. Portanto, a obra se constitui no abrigo da poética Luciênica.
PALAVRAS-CHAVE: Luciene Carvalho. Poesia. Afetividade.
41
Doutoranda em Estudos Literários (PPGEL - UNEMAT) e Professora IFMT- Campus Tangará da Serra.
e-mail: [email protected] . Lattes: http://lattes.cnpq.br/9020071676390341.
42
Pós-doutorado Sênior pela Universidade de Aveiro (UA). Doutorado e Mestrado em Letras (USP).
Professora - PPGEL- Estudos Literários na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). E-mail:
[email protected].
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.6
A poesia feminina engajada em questões sociais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Coordenadores:
SOARES, Gleidenira Lima – UNEMAT;
SKROCH, Tuylla Tcheypp – UNIR;
SALES, Marco Paulo Bastos Souto Vieira – UNIR
LÍRICA E SOCIEDADE EM GRAÇA NASCIMENTO
Grupo de Trabalho 6: “A poesia feminina engajada em questões sociais nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste”
LEITE, Josiel Erick da Costa (PIBIC/UEPB)
SILVA, Marcelo Medeiros da (PPGFP – PPGLI/UEPB)
RESUMO: Este artigo é parte de uma pesquisa que está sendo realizada na Iniciação
Cientifica (PIBIC – UEPB – Cota 2021/2022) e cujo objetivo é estudar a poesia de Graça
Nascimento, pernambucana de Canhotinho, agreste de Pernambuco, a fim de identificar os
temas recorrentes em sua lírica e refletir acerca da importância e do lugar dessa poetisa no
cenário literário brasileiro. Como recorte para este trabalho, vamos nos deter no aspecto
engajado da poesia de Graça Nascimento. Para tanto, procederemos à análise de alguns
poemas do livro “Na nudez da poesia” (1990), primeira obra da autora, em que se nota um
compromisso político de denunciar as injustiças socias, a violência contra a mulher e outras
minorias sociais, como as crianças abandonadas. A metodologia utilizada priorizou a crítica
textual e, como amparo teórico, nossas análises baseiam-se nos trabalhos de Adorno (2003),
Floriano (2017), Lorde (2019), Paz (1956), Sallum e Casarões (2011). Em nossos resultados,
constatamos que Graça Nascimento, em seu aspecto engajado, adota um lado da luta social e
não tem medo de se posicionar politicamente ao expor seu descontentamento com a
desigualdade social, os privilégios da classe dominante e os problemas políticos da nação.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia de Autoria Feminina. Engajamento Social. Graça
Nascimento.
NEGOCIAÇÕES, ACEITAÇÕES E RESISTÊNCIAS EM “MULHERES SAGRADAS”, DA
AUTORA AIDIL ARAÚJO LIMA
Grupo de Trabalho 6: “A poesia feminina engajada em questões sociais nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste”
SANTIAGO, Joely Coelho (UFAC)43
ROCHA, Hélio Rodrigues (UFAC/UNIR)44
RESUMO: A obra “Mulheres sagradas”, da autora Aidil Araújo Lima (2017) mostra-nos uma
narrativa ancestral de mulheres de santo e mulheres negras que lançaram mão de estratégias
afins em espaços homogeneizados pela cultura europeizada. Dito isto, é oportuno mencionar
que neste trabalho trata de um estudo cujo objetivo é identificar e (re) conhecer na obra
literária citada, construída a partir de narrativas de oralidade em contextos domésticos,
escolares e religiosos de camadas populares as negociações realizadas por esses grupos
sociais em diálogo com grupos outros existentes. Assim, este tema justifica-se mediante a
possibilidade de ouvir vozes construídas por uma contista que vivenciou esses espaços
comuns aos grupos e, assim, os narra com propriedade de pertencimento esses territórios
silenciados na invisibilidade da literatura afro-brasileira. Este estudo é norteado pela seguinte
problematização: Qual a relevância da obra “Mulheres sagradas” de Aidil Araújo Lima para
questões raciais e sociais na literatura afro-brasileira? A partir da pesquisa bibliográfica com
abordagem qualitativa é possível fundamentação teórica entre autores e autoras como
Frantz Fanon (2008); Sueli Carneiro (2011); Abdias Nascimento (2011); Grada Kilomba
(2019); Djamila Ribeiro (2018); Joel Candau (2021); Poe (1985); Moisés (1968) entre outros,
por meio dos quais se constroem considerações importantes que podem problematizar
questões de cunho social em meio a processos de opressão, violência e apagamento. Não
obstante, resgate, reconhecimento e saberes ancestrais no cenário de estratégias de
sobrevivência e resistência na produção poética afro-brasileira tecida por uma mulher negra
da região denominada Nordeste do Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Aidil Araújo Lima. Literatura afro-brasileira. Resistências.
43
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade, na Universidade Federal
do Acre (UFAC). Membro no Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas – GEIFA; Membro
no Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares Afros e Amazônicos (GEPIAA); Membro no Grupo de
Pesquisa Devir-Amazônia. E-mail: [email protected]
44
Pós-doutorado em História Social. Professor Nível Adjunto II do Departamento de Língua Inglesa na
Universidade Federal de Rondônia (UNIR); e-mail: [email protected].
REEXISTÊNCIAS POÉTICAS EM JEOVÂNIA PINHEIRO DO NASCIMENTO: UMA
LEITURA DOS POEMAS “NEGRA MULHER” E “MULHER NEGRA”
Grupo de Trabalho 6: “A poesia feminina engajada em questões sociais nas regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste”
SOUZA, Olavo Barreto de (UEPB)45
RESUMO: A partir do lastro teórico das Literaturas de Reexistência – práticas de criação
literária de vozes subalternizadas que ressignificam suas opressões –, o presente trabalho se
constitui de um estudo analítico dos poemas “Negra mulher” e “Mulher Negra”, ambos
contidos na obra da autora paraibana Jeovânia Pinheiro do Nascimento intitulada
Re[s][x]istência (NASCIMENTO, 2019). Nesta leitura, evidenciamos a representação do
sujeito lírico que desenvolve uma imagem de autoafirmação negra, valorizando na sua voz o
feminino, ao demonstrar força para resistir ao patriarcado, por um lado, e à sociedade racista,
por outro. Assim, objetivamos, diante disso, visibilizar a produção poética da autora, na sua
potência de singularização, e ao mesmo tempo de coletividade, mediante os aspectos aqui
refletidos, sobretudo, evidenciando a condição da mulher afro-brasileira materializada nos
textos estudados. Para tanto, nos portamos dos estudos de Neves (2017), Amorim et al (2021),
Duarte (2010), dentre outras/os autoras/es que refletem acerca das Literaturas de Reexistência
e das linguagens características das produções de autoria negra, tais como a da poeta aqui
focalizada, de maneira a firmar nossa intervenção crítica investigadora da representação
resistente de um sujeito lírico feminino enunciador de sua subalternidade que, ao mesmo
tempo, a ressignifica, de modo a ponderar nisso sua luta através da palavra poética. Por fim,
do ponto de vista metodológico nos portamos das considerações de Cortez e Rodrigues
(2009), Trevisan (2001) e Candido (2006) para análise dos poemas aqui focalizados
interagindo com os postulados críticos que fundamentam nossas opções de leitura. Como
resultados, verificamos que os poemas apresentam o imbricamento da condição de raça e de
gênero desenvolvendo nisso a consciência de si, o empoderamento, a Reexistência, a
positividade e a força da mulher negra que se autonomiza em suas ações de enfretamento.
PALAVRAS-CHAVE: Literaturas de Reexistência; poesia de autoria feminina negra;
Jeovânia Pinheiro do Nascimento.
45
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). E-mail: [email protected]. Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/3828212828288310
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.7
Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade e se firma no discurso feminino
na literatura
Coordenadora:
SILVA, Carmelinda Carla Carvalho e – UESPI
ANA CRISTINA CÉSAR: UMA CARTA PARA SE LER OUVINDO AQUELA CANÇÃO
DO ROBERTO
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
COUTO, Bruno Oliveira (UNECAMP)46
RESUMO: Ana Cristina Cesar (1952 - 1983) constrói uma poesia em diálogo com distintas
gerações do modernismo com um humor leve; como dizia Nonato Gurgel, “uma poeta solar”.
É inquestionável que, a mulher do sorrisinho modernista, partiu da poesia marginal para o
cânone literário da poesia brasileira, com uma poesia ímpar de tudo que foi produzido até
então. Com uma maneira peculiar de se construir intimidade, trabalhando signos ou pactos de
envolvimento com o leitor. Pretendemos com esta comunicação, uma análise do livro
Correspondência Completa de agosto de 1979. Para perceber “sua marca pessoal”, registros
que cabe aqui adiantar, percorre o singelo ato da poeta que se diverte em pôr “2ª edição” no
livro supracitado, para que os bibliógrafos buscassem sua primeira edição até a exaustão, além
do nome da obra que não tem nada de completa (curiosamente, publicado em alinhamento
com a geração da Poesia Marginal). Sendo assim, a ideia é construir um pensamento crítico
sobre suas influências artísticas que rondam a expressão e a estética envolta do livro
supracitado. Posto isto, tecer observações sobre o endereçamento, este espaço de
comunicação de alteridade, logo, contribuir para produção crítica da obra da autora, além de
propor novos olhares ou perspectivas diferentes de um texto tão singular e criativo.
46
Bruno Oliveira Couto: Mestrando em Teoria e História Literária na Universidade Estadual de Campinas (RA:
234264), UNICAMP. Estuda poesia brasileira contemporânea. E-mail: [email protected]
UMA BREVE LEITURA DO ROMANCE A PAREDE, DE ARLETE NOGUEIRA: ENTRE
HISTÓRIA E LITERATURA
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
MOTA, Mylena dos Santos Melo (UFMA)47
COSTA, Thalia Alves (UFMA)48
RESUMO: O romance maranhense “A Parede” de Arlete Nogueira, alvo de inúmeras críticas
de autores maranhenses renomados, como Nauro Machado e Josué Montello, os quais
comentam sobre a pluralidade e a riqueza de variadas interpretações que o texto pode
acarretar, é o objeto de análise da presente pesquisa, tendo por objetivo centrar-se na obra “A
parede” e ressaltar de forma concisa a produção feminina do século XX que, com o
mecanismo da escrita, evidenciam a realidade urbana e denúncias sociais significativas para o
contexto histórico e literário. Ademais, esta pesquisa procura realizar breves considerações
sobre o espaço e a memória como constituintes da narrativa, visto que, entre memórias e
ficção, Arlete Nogueira perpassa por grandes momentos da história do Maranhão, sendo eles,
fatores políticos e a caracterização das ruas e locais da cidade de São Luís, tendo em
consideração que o espaço é um dos elementos essenciais na formação de uma narrativa. Vale
ressaltar a busca pela identidade e os elementos simbólicos do romance, pois são evidenciados
durante toda a narrativa e realçados na inquietação da personagem Cínzia, juntamente com
seus problemas de identidade social, questões de autoconhecimento e auto aceitação que
corroboram para o magnetismo da personagem e, em conjunto da narrativa, evidenciam o
êxito do romance. Para tanto, serão destacados os teóricos que versam acerca do romance e da
produção feminina na literatura, sendo eles: Rossini, T. N. (2014) em seu livro “A construção
do feminino na literatura: representando a diferença. Brasiliana: Journal for Brazilian
Studies”; Corrêa, D. (2015) e suas contribuições acerca da Literatura Maranhense e o romance
do Século XX, bem como a simbologia dos nomes no romance analisado; Coelho, L. (2020)
com o aporte sobre “A Vertente Feminina no Romance Maranhense do Século XX: uma
leitura de “A parede”, de Arlete Nogueira”; dentre outros autores que buscam contribuir para
melhores interpretações e análises sobre o romance.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Feminina; Espaço; Memória; Identidade; História.
47
Aluna do décimo período do Curso de Letras –Espanhol da Universidade Federal do Maranhão.
48
Aluna do décimo período do Curso de Letras –Espanhol da Universidade Federal do Maranhão.
TRANSGRESSÕES DA AUTORIA NEGRA CONTEMPORÂNEA: HERANÇAS
DEIXADAS POR ÚRSULA, DE MARIA FIRMINA DOS REIS
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
SOUZA, Karolina Mota G. de (UEA)49
SILVA, Maristela Barbosa Silveira (UEA)50
RESUMO: O presente estudo pretende investigar, através de uma análise sociológica e
discursiva, sobre a relevância da autoria negra na contemporaneidade, tendo como foco as
heranças deixadas por Maria Firmina dos Reis no seu primeiro romance “Úrsula”. Tendo isso
em vista, essa pesquisa busca evidenciar as marcas da autoria negra na literatura brasileira e
questões de subalternidade e racismo incluídas em debates sobre raça e literatura. Além disso,
desta obra da literatura afro-brasileira, emergem diferentes temas pertinentes à época em que
foi produzida. A abordagem qualitativa foi a opção para o desenvolvimento desta pesquisa e
considerou-se ainda a construção da personagem; a discussão sobre literatura afro-brasileira e
o entendimento de subalternidade para um modelo de análise temática capaz de identificar
padrões, temas e discursos emergentes da obra. Constatamos durante as análises que a
bibliografia estudada possibilitou um melhor entendimento das características da autoria
negra para a análise temática desenvolvida e permitiu uma conexão entre os conceitos atuais e
o tempo que o romance representa. Além disso, tornou-se evidente a questão da denúncia da
situação do negro apresentado, de modo que a autora dialoga com a cultura afrodescendente,
mas sem deixar de salientar temas pertinentes como os maus-tratos sofridos e a o sequestro do
negro de seu lugar de origem. Notamos assim, que a autoria negra apresenta a realidade da
vivência do negro, assim como o coloca numa enunciação cultural e social. Levando isso em
conta, utiliza-se os pressupostos de Almeida (2019), Carneiro (2011), Cuti (2010),
Dalcastagné (2005), Duarte (2014), Evaristo (2005), Spivak (2010). Dessa forma, espera-se,
além da atualização sobre os conhecimentos da autora, a consolidação dos estudos sobre a
cultura e a literatura negra.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura afro-brasileira. Autoria negra. Maria Firmina dos Reis.
49
Graduanda do 7º período de Letras – Língua Portuguesa na Universidade do Estado do Amazonas. Amazonas
– Brasil. E-mail: [email protected] ou [email protected]. CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/1401409847135814.
50
Professora de Letras na Universidade do Estado do Amazonas. Amazonas – Brasil. E-mail:
[email protected]. CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/6723800597603631.
A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE MARIA FIRMINA DOS REIS NA HISTÓRIA DA
LITERATURA
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
ANDRADE, Thaís Oliveira (UESC)51
RESUMO: A estruturação de uma sociedade baseada no racismo, patriarcado e sexismo
marcam profundamente a memória e o imaginário coletivo, reforçando, diariamente, através
da produção literária e dos diversos movimentos artísticos e midiáticos, a determinação dos
lugares sociais do conglomerado da população negra e feminina. Desse modo, por muito
tempo, a literatura brasileira excluiu escritoras negras do cânone literário. O reflexo da
sociedade patriarcal demarcou os direitos da mulher, inclusive, o de escrever. Nessa
perspectiva, torna-se pertinente, entender como poder, ideologias e concepções associam-se
para construir discursos e, como o colonialismo, além de criar, deslegitima ou legitima certas
identidades. Conforme, Djamila Ribeiro (2017) os discursos e posicionamentos racistas
impõem que “o subalterno não pode falar”. Não há valor nenhum atribuído à “mulher, o
pobre, o negro” como um item respeitoso na lista de prioridades globais. Tal afirmação nos
mostra como os grupos subalternos não tem direito a voz, por ser colocado em um lugar cuja
suas humanidades não são reconhecidas. A produção intelectual e literária de autoria feminina
está disposta em toda a história da humanidade, todavia, o silenciamento e a exclusão, no
qual, a mulher e o negro foram colocados, intentaram apagar grande parcela de sua história.
Diante do panorama descrito surge à questão de pesquisa: Qual o lugar da mulher negra na
historiografia da literatura brasileira? A pesquisa objetiva analisar como a escritora afro-
brasileira: Maria Firmina dos Reis, através de seus escritos e narrativas, descreve relações
sociais e contextos históricos em meio à sociedade do século XIX. Por conseguinte os
objetivos específicos intentam: Traçar a trajetória literária da escritora, intentando
compreender o lugar que ocupa na historiografia da literatura brasileira, produzidas a partir do
século XIX; Analisar criticamente a obra literária: Úrsula, para assim, descrever como aborda
as questões sociais e o contexto histórico do século XIX; Verificar como as obras literárias da
autora contribuem para valorização da literatura afro-brasileira. O intuito é debater e
compreender como poder e ideologias manobram e legitimam contextos. A literatura é uma
representação da sociedade e tal representação determina como a sociedade projeta imagens,
discursos, perspectivas. Analisar como as obras literárias escritas por Maria Firmina dos Reis
contribuem para a literatura brasileira e, reflexionar sobre a desconstrução de discursos
direcionados as mulheres e negros no Brasil oitocentista torna-se substancial. A opção
metodológica de acordo ao objeto de estudo ancora-se na pesquisa qualitativa partindo do
estudo bibliográfico e documental, além da técnica de análise de dados ancorada na Análise
Crítica do Discurso. Estudar sobre Maria Firmina dos Reis e suas obras contribui para a
compreensão de como aconteceu à formação social brasileira, através de uma nova
perspectiva, a visão de uma mulher negra que oferece voz aos socialmente silenciados.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira. Maria Firmina dos Reis. Representações.
51
Thaís Oliveira Andrade. Doutoranda em Letras: Linguagens e Representações (UESC) [email protected]
NÓEMIA DE SOUSA: LITERATURA, MEMÓRIA, REVOLUÇÃO
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
MARTINS, Ana Claudia Servilha (UNEMAT)52
RESUMO: A obra ficcional da poetisa Noémia de Sousa está interligada às questões políticas
e históricas moçambicanas. No ínterim, o presente trabalho justifica-se pela importância dessa
autora para a organização do pensamento revolucionário e contestador no período colonial e
pós-colonial em Moçambique. Carolina Noémia Abranches de Sousa Soares, popularmente
conhecida como Noémia de Souza, foi uma poetisa, jornalista e militante política
moçambicana. Nasceu em 1926, em Catembe, Sul de Moçambique. Sua literatura engajada
contribui ao processo denominado de combate à estrutura colonial que teve inicio em 1950,
mediante ações revolucionárias de países africanos como Angola, São Thomé e Príncipe,
Cabo Verde e Guiné Bissau. Seus escritos revelam que é imprescindível dar significação a
uma nação que luta pelo direito à diferença. Noémia de Souza é uma voz feminina que se
afirma nos entraves de ontens e agoras, problematizando os resquícios dos colonialismos que
resultaram em movimentos que imprimem violências e desigualdades. Literatura de combate,
literatura revolucionária, literatura nacional. Nessa pragmática, como resultado das tessituras
diálogas, insere-se que Noémia de Souza promove a valorização do passado ancestral e
cultural para que este continue sendo relevante na contemporaneidade. Apoiando-nos em
nomes de destaque nos estudos das literaturas africanas de língua portuguesa, a exemplo de
Ana Mafalda Leite (2006), Carmen Lúcia Tindó Secco (2002, 2003), Francisco Noa (1996),
Patrick Chabal (1994) e Pires Laranjeira (1995), pretendemos mostrar a importância do
gênero poético dessa autora para a formação e a consolidação da literatura moçambicana.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura; Poesia; Noémia de Souza; Moçambique.
52
Professora de Língua Portuguesa e Literatura, SEDUC/MT. Doutora em Estudos Literários pelo Programa de
Pós-Graduação em Estudos Literários/PPGEL/UNEMAT. E-mail: [email protected]. CV:
http://lattes.cnpq.br/2146154410638577
REPRESENTAÇÃO FEMININA NEGRA NOS CONTOS PIXAIM, DE CRISTIANE
SOBRAL, E ANA DAVENGA, DE CONCEIÇÃO EVARISTO
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
ANDRADE, Maria Eudiane Magalhães de (UFPI)53
FRONZA, Cristiane Viana Da Silva (UFPI)54
RESUMO: O presente artigo busca analisar a representação feminina negra nos contos Ana
Davenga, de Conceição Evaristo, extraído do livro Olhos d’água (2018) e Pixaim que fazem
parte da coletânea Espelhos miradouros, dialéticas da percepção (2011), de Cristiane Sobral.
Serão analisadas as representações femininas negras das protagonistas que deram nome aos
contos. Os objetivos específicos serão (i) compreender a construção das figuras femininas
negras segundo suas singularidades presente nos contos objetos de estudo, (ii) traçar os perfis
femininos negros na composição literária das escritoras a partir da visão das narradoras e (iii)
discutir as consonâncias e as dissonâncias nos perfis femininos negros dos contos. Tendo
como problemática: Quais as marcas de gênero presentes nos contos Pixaim, de Cristiane
Sobral, e Ana Davenga, de Conceição Evaristo? Será utilizada a pesquisa de cunho
bibliográfico, tomando por base os teóricos e pesquisadores como: Bhabha (2007), Haider
(2019), Bernd (1998), Dalcastagnè (2008), Cristiane Sobral (2011), Conceição Evaristo
(2018), entre outros. Nesse trabalho, encontra-se sob ênfase a conquista da voz e
autorrealização da mulher negra apresentada ao leitor pelos olhos de uma criança e de uma
mulher. Nesse sentido, entendemos como a produção da literatura afro feminina brasileira
contribui para dessacralizar o processo de subalternização que essa sofreu e sofre.
PALAVRAS-CHAVE: representação feminina negra; literatura afro feminina brasileira;
Pixaim; Ana Davenga.
53
Graduada em Letras pela UFPI.
54
Professora Dra. em Letras pela UERN. Atualmente, docente do curso de Letras pela UFPI.
A ESSÊNCIA DO FEMININO EM “MOCIDADE INDEPENDENTE” DE ANA CRISTINA
CESAR
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
SANTOS e Brenda Lima (UECE)55
RESUMO: Ana Cristina Cesar, um dos grandes nomes da poesia marginal de 1970, musa
da Geração Mimeógrafo, iniciou a sua produção poética muito antes de ser alfabetizada, e
em sua curta trajetória como literata, foi poetisa, tradutora e crítica literária – sempre
orbitando entre o intimista, o confessional e o feminino. Sua marca mais evidente foi a
contribuição que fez para a sua geração, marcada pela ditadura militar brasileira do
Governo Médici, buscando a autora assumir o paradoxo de tornar literária a postura
antiliterária dos poetas marginais como ela, fazendo desta antiliteraridade uma
manifestação do belo – que vai contra a produção que era esperada para as mulheres de sua
época época e contexto. Cesar as apresenta em uma crescente: desde a figura de Medeia na
Grécia Antiga até a materialização da essência feminina na mocidade independente que cita
me seu poema. Para tecermos nossas considerações nesta pesquisa básica, de abordagem
qualitativa e de objetivo exploratório, baseamo-nos no fazer literário da poetisa quanto à
literatura autobiográfica que ela produziu (A teus pés, 2013), cujo bojo abarca também o
feminismo e sua essência, amparando-nos em teóricos como Britto (2012), Caspon (2019),
Freitas Filho (2013) e Silva e Biserra (2017). Concluímos que literatas como Ana Cristina
Cesar, que espelham em suas obras aspectos de nossa História e o caminhar das mulheres
por esta, tendo sido desvalorizadas em seu tempo e contexto, possam ser (re)valorizadas
hoje – tal como vem sendo essa escritora cuja mente genial não compreendida a tempo por
leitores e críticos, e amordaçada, em seguida, pelo Cânone Literário brasileiro, a fez voar
para longe de nós no auge de seus trinta e um anos.
PALAVRAS-CHAVE: Ana Cristina Cesar. Medeia. Feminino.
55
Licencianda em Letras pela Universidade Estadual do Ceará; Bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET-
HUMANIDADES); Monitora do Projeto Aprender Mais da Prefeitura de Fortaeza.. E-mail:
[email protected] e Lattes: https://lattes.cnpq.br/8282659298725768
RACHEL DE QUEIROZ: A REPRESENTAÇÃO DA FORÇA FEMININA EM “LAMPIÃO
E A MARIA BEATA DO EGITO”
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
RENNIA, Maila (UECE)56
RUTE, Adna (UECE)57
RESUMO: O presente trabalho é resultado de uma a análise da obra “Lampião e A Maria
beata do Egito” da notável poeta e escritora, Rachel de Queiroz. Pertencendo à segunda fase
do Modernismo brasileiro, contribuiu para o reconhecimento da literatura regional e feminina
legitimando-se reconhecida e aceita pelos modernistas, ademais nos deixou uma vasta obra
agraciada pela crítica composta por romances, crônicas, peças de teatro, textos jornalísticos,
dentre outros gêneros. Enquanto escritora tornou-se independente e compôs toda sua obra
com base em suas experiências intrínsecas e pessoais, não se restringiu apenas à estética
habitual, compreendeu sua arte a diversos estilos e temáticas de conteúdo crítico e político
partidário. Reconhecida também nacionalmente pelas suas conquistas, tornando-se a primeira
mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, ao conquistar o importante Prêmio
Camões, e o prêmio do Instituto Nacional do Livro com a peça de teatro “Lampião e a Maria
Beata do Egito”. O principal objetivo do artigo visa destacar a riqueza de conteúdo presente
na obra específica da autora, analisar os aspectos regionais e linguísticos da peça teatral e
escrita, oralidade impecável, a rica intertextualidade dentre diversas e abundantes temáticas
presentes na obra, em destaque a direcionada para a personagem Maria, manifestando a
escrita nordestina e representando a indiscutível força feminina, igualmente, a toda construção
e contribuição histórica para a autenticação de representantes da literatura feminina.
PALAVRAS-CHAVE: Rachel de Queiroz. Literatura Regional. Literatura Feminina.
56
[email protected] – Lattes: http://lattes.cnpq.br/0861502696389900
57
[email protected]
O PAPEL DAS PERSONAGENS MULHERES EM FUNÇÃO DA PERSPECTIVA
FEMININA EM ÂNSIA ETERNA (1903), DE JÚLIA LOPES DE ALMEIDA
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
OLIVEIRA, Tharcylla Beatriz Fontenele (UESPI)58
RESUMO: O presente trabalho compreende a constituição da perspectiva feminina em
narrativas literárias como o elemento que caracteriza a literatura de autoria feminina. Como
objeto de análise, tem-se a coletânea de contos Ânsia eterna (1903), da escritora brasileira
Júlia Lopes de Almeida, que utiliza-se desta característica, sobretudo, na representação das
personagens mulheres nos contos “Sob as estrelas” e “A neurose da cor”. Com isso, o trabalho
propõe a investigação de aspectos que expressam a perspectiva feminina nos contos da autora,
além de analisar o papel das personagens mulheres com relação a esta perspectiva que, por
vezes, expressa a angústia do ser mulher em sociedade, o que resulta na presença de uma
narrativa identitária. Desse modo, a pesquisa é de caráter bibliográfico, analítico e descritivo,
utilizando para aporte teórico os estudos propostos por Woolf (1929), Zolin (2005) e Beauvoir
(1949), os quais têm como enfoque o estudo dos aspectos da ficção literária escrita por
mulheres. Com a constatação do papel desempenhado pelas protagonistas dos contos em
função da perspectiva feminina, característica recorrente na autoria de mulheres, é possível
concluir que a criação literária de Júlia Lopes impacta o cenário da historiografia literária
feminina brasileira, pois verbaliza no papel o desafio e o peso da experiência feminina na
conjuntura patriarcal enquanto "o segundo sexo", tornando-se uma referência na
representação do desejo de inúmeras mulheres por liberdade de expressão em seu tempo.
PALAVRAS-CHAVE: Autoria feminina. Perspectiva. Personagens mulheres. Júlia Lopes
de Almeida.
58
Graduanda de Letras Português pela Universidade Estadual do Piauí. [email protected].
http://lattes.cnpq.br/5041956085956119.
A MUSA DOS CÁLICES VACÍOS
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
ANDRADE, Geysiane (PUCRS)59
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo apresentar um pouco da poesia e trajetória de
Delmira Agustini (1886-1914), poeta uruguaia autora de livros como El libro blanco (1907),
Cantos de la mañana (1910) e Los cálices vacíos (1913). Surpreendida por uma morte trágica
em 1914, vítima de feminicídio, a poeta se tornou parte da geração de 1900, ao lado de Julio
Herrera y Reissig, Leopoldo Lugones e Rubén Darío (considerado seu mestre), com estilo
pertencente à primeira fase do modernismo. Nesse sentido, esta proposta resgata alguns
poemas da autora, realizando análise e recuperando as principais características de sua poesia,
com base nas teorias de alguns autores como Cecília Meireles, Georges Bataille, Simone de
Beauvoir, Patricia Varas e Käte Hamburger. Em um contexto de dominação masculina,
Agustini reivindicava a consciência feminina em sua escrita e criação estética, em um esforço
de libertação do “yo” poético, que inclui também a libertação do “yo” autoral. Concebeu um
universo poético pela perspectiva do feminino, mesclando sensibilidade, sensualidade,
erotismo, subjetividade, sagrado e profano em seus versos, o que causou desconforto na
sociedade burguesa da época. Sendo assim, o estudo de sua obra é muito importante, pois
mostra muito além da relação entre vida e arte, mas, ao contrário, como sua arte se reflete na
realidade, e como a autora precisa subverter as narrativas da sociedade para criar a sua
própria, numa forma de libertação do texto e de si mesma, abrindo portas também para outras
poetas que viriam depois.
PALAVRAS-CHAVES: Poesia. Delmira Agustini. Autoria feminina.
59
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Letras na área de concentração Escrita Criativa da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) de Porto Alegre – RS. E-mail:
[email protected] | Lattes: http://lattes.cnpq.br/2629790603358792
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior –
Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.
SUBJETIVAÇÃO SEXUAL FEMININA A PARTIR DE UMA ANÁLISE DO POEMA
NOÇÕES (1938) DE CECÍLIA MEIRELES
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
FREITAS, Hellen Cristina Queiroz de (PPGP/UFPA)60
NICOLAU, Roseane Freitas (PPGP/UFPA)61
RESUMO: O presente trabalho visa apresentar uma breve discussão sobre a subjetivação
sexual feminina a partir de uma análise do poema Noções (1938) de Cecília Meireles, como
fala poética. Neste contexto, foi realizada uma pesquisa de cunho teórica, com um apanhado
geral sobre o desenvolvimento sexual feminino pela perspectiva psicanalítica perpassando
aspectos desse processo como: castração, complexo de Édipo, separação do objeto primário e
narcisismo. Nesse contexto, a breve análise do poema ilustra o posicionamento sexual
feminino por meio da dinâmica especular do olhar sobre si e encontrar uma vastidão
enigmática (feminina); da marca que o olhar do outro sobre ele (eu-lírico) provoca em ambos
(a castração); e a imensidão do mistério metaforizado no mar que refere a conflitos, à
angustia, à profundeza e amor até mesmo masturbatório. No entanto, este trabalho não tem a
intenção de esgotar a discussão sobre o processo de tornar-se mulher, mas sim possibilitar que
o interlocutor flutue com a poesia majestosa de Cecília Meireles navegando por mares
psicanalíticos. Sem a pretensão de esgotar o tema, buscarei percorrê-lo com afinco. Por
conseguinte, não houve a proposta de criar um Manual da Mulher, em busca de generalizar,
ou mesmo delimitar a sua subjetividade, enfatizando um ou outro aspecto, como se pode
deduzir no trecho de Meireles (1938): “cada lâmina arrisca um olhar, e investiga o elemento
que a atinge...”. O objetivo é gerar questionamentos acerca da complexidade da constituição
psíquica de uma mulher, em busca das questões: como a psicanálise concebe o tornar-se
mulher? E como a subjetividade feminina se porta diante da castração simbólica, que lhe
aproxima da falta constitutiva do sujeito? É necessária ainda uma advertência de que para
além da transferência com o tema, há que se atentar ao fato de que como mulher este se torna
um olhar muito implicado e ao mesmo tempo crítico e criticável. Neste sentido, esta é uma
perspectiva possível para a temática, outras podem ser encontradas e assim como este texto
serem discutidas e reelaboradas.
PALAVRAS-CHAVES: feminilidade, psicanálise e poesia.
60
Pedagoga, psicóloga, mestranda do Programa de Pós-graduação de Psicologia (PPGP) da Universidade
Federal do Pará (UFPA).
61
Psicanalista, psicóloga, doutora e professora do PPGP-UFPA, Membro da Escola Letra Freudiana e
Coordenadora do Laboratório de Clínica do Sujeito(UFPA).
O PROTAGONISMO FEMININO EM ORGULHO E PRECONCEITO, DE JANE
AUSTEN, E SENHORA, DE JOSÉ DE ALENCAR: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS
PERFIS DE MULHER E REPRESENTAÇÃO FEMININA
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela
identidade e se firma no discurso feminino na literatura”
RODRIGUES, Maria Júlia Braga (UPE)62
OLIVEIRA, Gisele Pereira (UPE)63
RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo principal discorrer acerca da concepção
das protagonistas Elizabeth Bennet e Aurélia Camargo, personagens principais das suas
respectivas obras: Orgulho e Preconceito (1813), da escritora britânica Jane Austen, e
Senhora (1875), do autor brasileiro José de Alencar. Nesse viés, o artigo, de pesquisa básica e
revisão bibliográfica, traz uma análise comparativa entre a construção das personagens
atrelada ao movimento literário vivido à época, bem como as características particulares do
autor e da autora. Observa-se, portanto, de que forma as protagonistas apresentam distinções
considerando o imaginário social moderno acerca do gênero feminino ao mesmo tempo que
também expressam certo conformismo frente aos paradigmas inseridos em suas
representações. Este estudo se fundamenta teoricamente em Nitrini (2010) e Coutinho (2014)
em relação à análise comparada das obras. E, em relação à ligação da figura feminina no
imaginário social, em Guizzo (2017), Santos (2020), Perrot (2003) e Beauvoir (1970). Dessa
forma, percebe-se que a compreensão do impacto causado por ambas as personagens e das
suas narrativas, dado que, contribuem de forma valiosa para o estudo da representatividade
feminina em obras literárias do século XIX. Para além disso, destaca-se no corpo do trabalho
as diferentes concepções do gênero feminino que surgem do autor José de Alencar e da autora
Jane Austen através das heroínas presentes em suas produções literárias, Aurélia Camargo
(Senhora) e Elizabeth Bennet (Orgulho e Preconceito), respectivamente. A partir disso,
evidencia-se a relação entre autoria e escrita feminina e a representatividade das protagonistas
atreladas à construção de uma personagem feminina sob o olhar masculino de Alencar e sob o
olhar feminino de Austen. Assim, observa-se como essa relação reverbera na construção das
personagens principais analisadas pela pesquisa. Por fim, os conceitos trazidos por Cândido
(2000) explicitam a relação direta entre literatura e sociedade, contribuindo para a
compreensão do panorama geral discutido na pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Oitocentista. Mulher e literatura. Romantismo. Romances
Românticos.
62
Maria Júlia Braga Rodrigues: [email protected]/ [email protected] / Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9835467717242412
63
Gisele de Oliveira Pereira: [email protected]
“MEUS MISTÉRIOS SÃO RIOS PROFUNDOS” OU A POESIA DA PIAUIENSE EM
TERREIROS, DE KEULA ARAÚJO
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
GOMES, Ayrla (UFPI)64
RESUMO: Este trabalho propõe uma análise da literatura contemporânea piauiense de
autoria feminina partindo da inscrição da imagem da mulher dentro de Terreiros, de Keula
Araújo. Nessa obra, através da representação da figura feminina na poesia, a autora permite
analisar de que maneira a poesia abriga a mulher. Na Literatura – em especial, na poesia, a
questão da inscrição da voz feminina é um tema recorrente e que perpassa os vieses artístico e
sociológico, haja vista ser necessário compreender em que sentido a Arte (a considerar a
poesia como artefato artístico) e os movimentos da história social trazem à tona a produção
poética feminina, sobretudo, as perspectivas contemporâneas dentro da cenografia literária
piauiense. Este trabalho objetiva entender a construção da voz feminina dentro da obra
Terreiros, da piauiense Keula Araújo; bem como traçar vieses de compreensão acerca da
mulher na escrita literária e de que maneira ela perpassa a identidade e firma o discurso
feminino na Literatura. Assim, neste estudo, o aporte teórico toma base em escritoras do
feminismo e arte, a saber: Beauvoir (1970), Bosi (1994) e Woolf (2014). O trabalho versa de
um estudo bibliográfico pautado no levantamento de informações e conhecimentos acerca do
tema a partir dos autores apontados. Dessa maneira, com a discussão aqui proposta, contribui-
se para os debates em torno da Literatura escrita por mulheres, bem como atualiza-se as
análises no que concerne à obra citada. Constrói-se, também, novos desdobramentos no que
diz respeito aos estudos da poesia feita por mulheres dentro do cenário nacional e, em
específico, no Piauí.
PALAVRAS-CHAVE: Voz feminina. Poesia piauiense. Feminismo.
64
Estudante de Letras Vernáculas – Universidade Federal do Piauí. Membra do Grupo de Estudos do Mal na
Literatura – GEMAL/UFPI. Coordenadora do Centro Acadêmico de Letras Torquato Neto – CALTNe/UFPI.
Representante Discente na Coordenação de Letras Vernáculas – CLV/UFPI. Pesquisadora de Iniciação Científica
em Filosofia e Literatura
MARIA VALÉRIA REZENDE E A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NO ROMANCE
“QUARENTA DIAS”
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
CHAGAS SILVA, Ellem Damara (UEPB)65
PEREIRA SANTOS DO, Gisdênia (UEPB)66
RESUMO: O romance “Quarenta Dias”, de Maria Valéria Rezende (2014), narra uma
história de perdas, desprendimento, o lugar que a mulher ocupa na sociedade, no trabalho e na
vida das pessoas. Alice, narradora e protagonista, é uma mulher já madura, mãe e professora
que teve o seu casamento abalado com o desaparecimento do seu esposo durante o período da
ditadura militar. Alice muda radicalmente de vida quando atende o pedido de sua filha para
mudar de cidade para ampará-la em seu desejo de ser mãe. A protagonista não almeja ser “avó
profissional”, quer continuar tendo sua vida e sua profissão, mas é perceptível como a
imagem da mulher é reduzida a determinadas características e atribuições. No decorrer do
livro, Alice se revolta por aceitar mudar toda a sua vida e começa uma busca por suas raízes
em Porto Alegre. A obra descreve piamente a realidade da vida das mulheres em seus
respectivos papéis sociais e culturais. A obra “Quarenta Dias” perpassa por diversos fatores
que envolvem gênero, patriarcado, opressão e normatividade. Em razão disso, é uma obra que
possibilita uma melhor compreensão para a expectativa colocada na mulher enquanto ser e o
que ela verdadeiramente é. A escrita feminina passou por inúmeras influências ao longo da
história, permeando em meio as relações de poder, processo cultural e silenciamento. É
preciso refletir o passado para termos uma visão mais ampla e crítica sobre as características
da mulher na literatura feminina. Espera-se ampliar a discussão do papel da mulher na
literatura brasileira contemporânea e compreender o papel sociocultural da mulher na obra da
autora. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e desenvolve uma crítica literária da obra em
tela, a partir dos seguintes estudiosos Butler (2013), Hall (2016), Hooks (2018), etc. A partir
da ótica da personagem da obra analisada, é possível construir uma nova forma de enxergar o
espaço da mulher na literatura e quebrar preconcepções antes escritas na visão masculina,
assim como a identificação como ferramenta de estímulo para a conquista de novos leitores.
PALAVRAS-CHAVE: Escrita da mulher. “Quarenta Dias”. Representação.
65
Licencianda do Curso de Letras-Português e integrante do Projeto de Extensão "Nas Asas da
Leitura", da Universidade Estadual Paraíba - UEPB. E-mail: [email protected]. CV
Lattes: http://lattes.cnpq.br/1324328555364502
66
Licencianda do Curso de Letras-Português e integrante do Grupo de Pesquisa de Estudos da
Oralidade da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB. E-mail: [email protected]. CV Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2062128929592421
ESCREVIVÊNCIA DE CONCEIÇÃO EVARISTO: A CONSTRUÇÃO POÉTICA NA
PROSA
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
BARBOSA, Josiane Miranda (PPGEL/UNEMAT)67
RESUMO: Este artigo objetiva discutir a construção poética na escrita de Conceição
Evaristo. A autora se mantém categórica na linha de denúncia da condição social dos
afrodescendentes, apesar disso, sua escrita é marcada de sensibilidade e suavidade, cria-se aí o
seu próprio lirismo, trazendo um efeito poético para sua prosa, que transcende a sua poesia.
Partindo da urgência do estudo da escrevivência - termo criado pela escritora, em 1995, em
sua dissertação de mestrado-. Esse termo reforça a relação dos enunciadores da sua escrita
poética e ficcional, sempre relacionada com vivências e experiências. A escolha pelo
protagonismo das mulheres negras em seus textos é um ato de defesa, pois coloca em questão
a descolonização da linguagem, emergindo os ecos da escravidão. A coletânea de contos da
obra Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2011) será objeto de reflexão, para isso, por meio da
pesquisa bibliográfica, apoiada nos teóricos Fanon (1990), Saffioti, (1987), Justino, (2014),
Woof, (1929) e outros. Analisaremos como a escrevivência e a prosa poética estão
entrelaçadas. O referencial teórico ancora-se na recente aproximação decolonial, com a
perspectiva de compreender a desvalorização de algumas identidades em relação a outras. Ao
analisar as relações entre narrativa e sujeito colonizado, Homi Bhabha (1984), defende ser por
meio da narrativa que se pode reverter a posição de subalterno nas sociedades pós-coloniais. E
como resultados, observa-se que, pensar a escrevivência é compreender lugares estereotipados
e subalternos ocupados pelos povos afrodescendentes por séculos. A escritora ao publicar a
‘escrita de nós’ traz o protagonismo das mulheres negras que refuta a sua objetificação pelo
patriarcado escravocrata brasileiro, e promove reconhecimento e respeito a esses povos. Por
meio da memória e da construção da escrita poética, ela busca recuperar a função social de
direito das mulheres negras.
PALAVRAS CHAVES: Conceição Evaristo, Escrevivência, Prosa poética.
67 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários, da Universidade do Estado de Mato Grosso
(PPGEL/UNEMAT). E-mail:
[email protected] CV: http://lattes.cnpq.br/2495276011810411
BOA NOITE, PROFESSOR”: A CONTÍSTICA DE ENEIDA DE MORAES DE ONTEM
COM REFLEXO NO HOJE
Grupo de Trabalho 7: “Autoria e escrita feminina: quando a escrita perpassa pela identidade
e se firma no discurso feminino na literatura”
DE JESUS LIMA, Cátia (UFSCar)68
RESUMO: O conto “Boa noite, professor”, escrito pela paraense, Eneida de Moraes,
publicado na década de 1965, retrata um Rio de Janeiro, aparentemente moderno e próspero,
tendo Copacabana como cartão-postal da cidade, mas que esconde a miséria sofrida pelas
pessoas que vivem à margem. Contudo, a contística da escritora paraense é repleta de crítica
social ao montar um diálogo belíssimo entre um professor de Direito, um burguês dotado de
privilégios, e um assaltante, este excluído socialmente. Portanto, o objetivo deste trabalho é
analisar o conto supracitado, considerando questões sociais apresentadas em uma narrativa
escrita em meados da década de 1965, mas que se repetem na sociedade brasileira nos dias
atuais. Nesse sentido, a análise levará em conta a visão do personagem professor Nicolau
diante dos sujeitos e da sociedade carioca daquele tempo, fazendo uma relação com a
atualidade. Assim, este trabalho, justifica-se, em torno da análise de uma narrativa, escrita por
uma mulher em um período turbulento na história do Brasil, e que serve tanto para mostrar os
posicionamentos políticos da escritora, quanto para o leitor compreender aspectos voltados
para a política do país nos dias de hoje. Para tanto, foi necessário debruçar sobre os teóricos:
ASSIS (1974); CANDIDO (1987) e SILVA (2018).
PALAVRAS-CHAVE: Conto. Eneida de Moraes. Crítica social. Rio de Janeiro.
68
Mestranda em Estudos de Literatura pela UFSCar – Universidade Federal de São Carlos, licenciada em Letras-
Língua Portuguesa e Literaturas (UNEB) e em História (UNOPAR), professora de História no SENAC em São
Paulo/SP. E-mail: [email protected]. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2195016389421375.
CADERNO DE RESUMOS – GRUPO DE TRABALHO - GT.8
Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos (im)percebíveis
Coordenadores:
RODRIGUES, Hermano de França – UFPB;
SILVA, Rian Lucas da – IFPB
MORTE SOCIAL: LEPRA, HISTÓRIA E POESIA
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
SILVA, Mirna Rocha (PPGLB/ UFMA) 69
RESUMO: As produções de autoria feminina no Brasil não receberam notoriedade no cânone
literário regido pelo patriarcalismo e as obras literárias de Mariana Luz e Maria Firmina dos
Reis também sofreram essa exclusão por conta das questões de gênero, raça, condição social e
principalmente por abordarem temas que a sociedade ignorava por considerar irrelevante. O
presente trabalho se propõe analisar a lírica das duas maranhenses sobre a vivência dos
leprosos nos leprosários, que foram construídos final do século XIX e início do século XX, no
qual eram destinados para estes locais para viverem afastados compulsoriamente da sociedade
por força de lei. Foi realizada uma análise de caráter bibliográfico, amparado pelo apoio
teórico da Literatura comparada por Tânia Carvalhal (2006) e Sandra Nitrini (2010), pelos
críticos da poesia Bosi (2010) e Paz (2002) e ainda por Giorgio Agamben (2008) e outros
tendo como corpus os poemas ‘’Leprosos” de Mariana Luz e ‘’O lazarento” de Maria Firmina
encontrados respectivamente nas obras ‘’Murmúrios” (1960) e ‘’Cantos à beira mar” (1871)
em que é possível observar a sensibilidade das autoras em tratar do assunto conforme suas
experiências com esta doença que assolou ao Brasil e ao nosso estado, causando muitos
sofrimentos e mortes. A partir da análise dos poemas pode se verificar que ambas apresentam
a condição de abandono social sofrido pelos acometidos pela lepra naquela época. Logo, foi
possível observar que tanto Luz quanto Firmina utilizaram da escrita poética para evidenciar a
preocupação com a dor desses esquecidos pela sociedade e denunciar a situação dos mesmos,
permitindo constatar que de forma política e engajada as poetisas conseguem introduzir uma
relevante representatividade a esses doentes silenciados e jogados a própria sorte, descritos
por elas como mortos em vida nos poemas, oportunizando a esse grupo morto socialmente,
isolado e marginalizado ser representado nos poemas das escritoras maranhenses.
PALAVRAS-CHAVE: História. Lepra. Morte Social. Poesia.
69
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Letras de Bacabal-PPGLB/ UFMA.
[email protected]. CV: http://lattes.cnpq.br/3482173094319325
GÊNERO, RAÇA E TERRITORIALIDADE: A EXISTÊNCIA NEGRA FEMININA
RESERVADA À OUTRIDADE NA REPÚBLICA FRANCESA
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
SANTOS JUNIOR, José Barreto Romariz dos (UNIFAP)70
RESUMO: A República francesa é constituída sob o tríptico liberdade, igualdade e
fraternidade, ou seja, elementos constituintes das sociedades modernas e, por isso, imagina-se
que são direitos garantidos a todas/os as/os cidadãs/ãos francesas/es. No entanto, segundo
Vergès (2020), somente as/os francesas/es brancas/os, cis e heterossexuais situadas/os na
França europeia possuem seus direitos resguardados em sua totalidade pela República.
Francesas/es do sul global, geralmente, ainda são submetidas/os a pensamentos e atitudes que
insistem em colonizar/subalternizar os seus corpos. Assim, este trabalho pretende discutir a
construção do “Outro” na República francesa partindo de poemas da autora guianense
Françoise James Ousénie Loe-Mie. A autora possui uma voz latente ao criticar o processo de
descolonização incompleto das sociedades francesas. Ela evidencia, através de seus poemas,
como o corpo negro feminino é visto sob a perspectiva do “Outro”, do estrangeiro, do
diferente dentro da sociedade à qual ele pertence. Este trabalho, insere-se, portanto, na esteira
dos pensamentos de “outro” e “outridade” propostos por hooks (2019), Morrison (2019) e
Kilomba (2019). Considera-se também as contribuições de Castro-Goméz (2000) e Dussel
(2000) para entender a criação do “outro” a partir da instituição do capitalismo
moderno/colonial. Dessa maneira, através deste trabalho, pretende-se realizar uma leitura
decolonial dos poemas Exil puéril I e Exil puéril II presentes na obra Poésie piment, girofle et
canelle (2004).
PALAVRAS-CHAVE: República francesa. Outro. Outridade. Pensamento decolonial.
70
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Amapá. E-mail:
[email protected]. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8272670453764616
EM VERSOS, CAPÍTULOS DE UMA HISTÓRIA SILENCIADA: ANÁLISE DO POEMA
LEMBRANÇAS ANCESTRAIS DE CAROLINA DE SOUZA
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
SANTOS, Mônica Maria dos (UFMT)71
RESUMO: Apresentação/Justificativa: A construção da história oficial e literária do
Brasil é repleta de lacunas e silenciamentos direcionados a segmentos sociais posicionados à
margem. Tradicionalmente publica-se e circula entre nós textos que dão conta de modos de
viver e da subjetividade de homens brancos, heteronormativos, cristãos que pertencem a uma
classe média e/ou alta da sociedade. A circulação da produção literária de grupos que
diferem desse padrão, como o de mulheres negras vêm, aos poucos ganhando espaço no
mercado editorial a partir de uma produção em prosa e verso que descortina aspectos das
vivências de grupos até então silenciados. Num movimento de registro e também resgate do
direito a uma narrativa de si encontramos textos-denúncias e textos-memórias que
apresentam outros pontos de vista sobre o existir e sobre as relações constituídas em nossa
cultura que nos afasta do “perigo de uma história (literatura) única” como o afirmado pela
escritora Chimamanda Adichie (2009). Esse texto objetiva analisar os aspectos de denúncia
e memória inscritos no poema Lembranças ancestrais da poeta brasiliense Carolina de
Souza. As discussões serão fundamentadas pelos estudos de: Bosi (1996); Bhabha (1998);
Duarte (2013); Evaristo (2009); Ribeiro (2018), Adichie (2009). A metodologia aplicada
consistirá numa revisão bibliográfica e na análise literária das memórias ancestrais e das
denúncias inscritas no poemas. Como resultado espera-se despertar o olhar para a poesia
contemporânea produzida por mulheres jovens na região Centro Oeste do Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Carolina de Souza. Textos-denúcias. Textos-memória. Poesia
feminina negra. Centro Oeste.
71
Mestre em Letras pela Universidade Federal de Rondônia- UNIR. Docente do curso de Letras do ICHS/CUA
Doutoranda em Estudos Literários no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem – PPGEL da
Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2810283550094313. E-mail:
[email protected]
RITA RAMOS: (IN)VISIBILIDADES NA POESIA DE ESCRITA FEMININA DA REGIÃO
AMAZÔNICA
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
LUIZ, Agda Aparecida Silva (UNIR)72
PISSINATTI, Larissa Gotti(UNIR)73
RESUMO: Apresentação: As produções literárias da/na região amazônica evidenciam
características culturais que são próprias da região. Essas especificidades identitárias, indicam
um enlace na poética de Rita Ramos, com elementos que são constituidores da mulher,
evidenciando assim, aspectos que indicam a resistência e a subversão da dominação
masculina sobre a mulher, promovendo uma atitude de enfrentamento de posturas
colonizadoras nas relações de gênero. Nesse sentido, os objetivos dessa pesquisa versa
evidenciar características da cultura amazônica e da mulher presentes na obra Água Brava de
Rita Ramos. Para as fundamentações teóricas utilizaremos os argumentos de João de Jesus
Paes Loureiro, a fim de discutir as características da literatura amazônica na obra e autoras do
feminismo decolonial, a saber: Françoise Vergès, María Lugones, dentre outras. A
metodologia deste trabalho tem como base a abordagem crítica dos estudos pós-coloniais, os
estudos críticos sobre o feminismo decolonial e os estudos sobre a literatura amazônica. Na
análise, identificamos elementos culturais da região amazônica e, a partir desses elementos, a
poetisa evidencia atitudes que subvertem a dominação masculina. Os resultados indicam que a
obra Água Brava de Rita Ramos, apresenta uma escrita descolonizadora da dominação
masculina, assim como, apresenta elementos próprios da cultura amazônica. Com isso, é
possível considerar que a escrita feminina da poesia na/da Amazônia, tem características
específicas da cultura e do Ser mulher da região amazônica, possibilitando um olhar
descolonizador para as relações de gênero, considerando o contexto sociocultural dessa
região.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia Feminina. Cultura Amazônica. Literatura Amazônica
72
Acadêmica em nível de graduação de Letras Portugues/Literaturas na Universidade Federal de Rondônia -
UNIR. [email protected] e http://lattes.cnpq.br/3688655452370817.
73
Professora na Universidade Federal de Rondônia - UNIR. [email protected] e
http://lattes.cnpq.br/3047273542545380.
VOZES MARGINAIS NA LÍRICA DE LUCIENE CARVALHO
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
PEREIRA, Juliane Regina de Souza (PPGEL/UNEMAT)74
RESUMO: Esta pesquisa tem por objetivo analisar pela lírica de autoria feminina produzidas
em Mato Grosso, será apresentada as pesquisas e análises sobre a poesias de Luciene
Carvalho. Procurar-se-á, neste caso, dentro da linha de pesquisa Literatura e Vida Social nos
países de Língua Portuguesa, auscultar as vozes que bradam das margens evidenciado nas
escritas poéticas da escritora Luciene Carvalho. Dentro do contexto de marginalizado
podemos encontrar corpos negros, pobres, as mulheres, comunidades LGBTQIA+, esses
evidenciados a partir da poesia dessa autora. Com o objetivo de trazer à tona as vozes dos
grupos marginalizados, segregados, em sua maioria até então esquecidos, e excluídos pela
sociedade, tais sujeitos com vozes que rimbombam nos versos e estrofes dessa poeta. As
literaturas produzidas em Mato grosso, a literatura comparada e a literatura produzida sobre
marginalidade são utilizadas para os estudos da poética de Luciene Carvalho. Tendo como
pressuposto de que a literatura apresenta um compromisso social, utilizar-se-á a escrita da
poeta referida como base para as reflexões acerca dessas representações sociais, culturais,
políticas e econômicas, vale destacar que certas formulações têm sido trabalhadas
veementemente pela crítica literária brasileira. Tal pesquisa, ainda em produção, se
desenvolverá a partir de análises bibliográfica e analítica; e tem como pilares as teorias e
críticas fomentados pelos estudos literários. Têm-se, então, estudiosos como Candido (1965),
Bosi (1977), Sartre (2015), Abdala Júnior (2012), Ramos (2018), Castrillon-Mendes (2020), e
entre outros que se fazem necessários para o diálogo do gênero poema e de suas análises, pela
perspectiva dos estudos da literatura brasileira, de literatura comparada, das análises de
produções literárias no estado de Mato Grosso e da literatura do marginal.
PALAVRAS-CHAVE: Poesia. Marginalidade. Literatura produzida em Mato Grosso.
74
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (PPGEL/UNEMAT). Pesquisadora do
Grupo de Pesquisa Poesia Contemporânea de Autoria Feminina do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste do
Brasil.
A REPRESENTAÇÃO FEMININA EM A ARMA DA MULHER É A LÍNGUA, DE NILZA
MENEZES
Grupo de Trabalho 8: “Poesia de autoria feminina: das (in)visibilidades às ex(in)clusões dos
(im)percebíveis”
AGUIAR, Carolina Lobo (UNEMAT)75
RESUMO: A escolha poética de Nilza Menezes é o feminino, sua representação e identidade.
Ao fazer essa escolha, a poeta não teme em romper suas casualidades. É o que acontece nas
poesias presentes em A arma da mulher é a língua, de (2016). A imersão na poética de Nilza
nos apresenta à uma subjetividade fraturada, ou seja, um eu lírico que não é único ou
absoluto, mas fragmentado em suas movimentações e ações. Percebe-se que a figura feminina
é construída em seus versos que delineia-se entre o passado e o presente. A representação
feminina vai garantindo espaços nas entrelinhas, alcançando transgressões e um lugar no
presente, ainda que tomado por silenciamentos, apagamentos e preceitos patriarcais: mulheres
devem ficar em casa, concentrando-se na maternidade e nas tarefas domésticas. No contexto
literário, por exemplo, mulheres foram marginalizadas por muito tempo, mais precisamente
até o século XX, pelo fato do cânone brasileiro admitir apenas figuras masculinas como
representantes literários, nos levando a crer na inexistência de uma literatura de autoria
feminina, o que não é verdade. Nilza Menezes comprova essa falácia. A autoras revolucionou
um sistema misógino de suas épocas, dedicando-se à poesia. Apesar das produções serem
consideradas periféricas em relação à literatura central (aquela produzida pelo masculino), a
escritura de autoria feminina não só serve de recurso para se analisar como se dá o processo
de construção identitária da mulher, como também se faz necessária na reavaliação do papel
feminino, no passado e na atualidade, desnaturalizando conceitos, negando diferenças das
mais diversas ordens, estabelecendo mudanças sociais e combatendo a violência simbólica
contra o feminino. A partir dessa perspectiva, que suas poesias serão analisadas.
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Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários pela Universidade Estadual do Mato Grosso
– UNEMAT, bolsista CAPES e membra ativo do Grupo de Pesquisa em Poesia de Autoria Feminina
Contemporânea no Norte e no Nordeste e Centro-Oeste do Brasil - GPFENNCO. E-mail:
[email protected]. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2164115002481458.