Abdul Bilale Assimuna
Jocelim Maurício
Trabalho de Estatística
Unirovuma
Nampula
2023
Abdul Bilale Assimuna
Jocelim Maurício
Probabilidades
Curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
Trabalho de Estatística.
Docente⁚
Unirovuma
Nampula
2023
Índice
Introdução .................................................................................................................................. 4
Histórico ..................................................................................................................................... 5
Definição clássica de Probabilidades ......................................................................................... 5
Definição frequencista ............................................................................................................... 7
Definição subjetiva .................................................................................................................... 7
Espaço Amostral ........................................................................................................................ 7
Regra da Adição de Probabilidades ........................................................................................... 8
Regra da Multiplicação de Probabilidade .................................................................................. 9
Conclusão................................................................................................................................. 11
Referencia bibliográficas ......................................................................................................... 12
Introdução
No nosso quotidiano é cada vez mais necessário tomar decisões rápidas e bem fundamentadas.
As probabilidades e estatística podem ser pensadas como a ciência de aprendizagem a partir de
dados, fornecendo métodos que auxiliam o processo de tomada de decisão através da análise
dos dados disponíveis. Por outras palavras, é uma área do conhecimento que inclui os
instrumentos necessários para recolher, organizar ou classificar, apresentar e interpretar
conjuntos de dados.
A estatística divide-se em duas áreas:
Estatística descritiva: conjunto de técnicas apropriadas para recolher, organizar, reduzir
e apresentar dados estatísticos.
Inferência estatística: conjunto de técnicas que, com base na informação amostral,
permite caracterizar uma certa população, requerendo o conhecimento das
probabilidades. As principais técnicas utilizadas são:
Estimação: visa determinar o valor dos parâmetros desconhecidos.
Testes de hipóteses: visa testar suposições acerca das características de uma
certa população.
Histórico
A palavra probabilidade deriva do Latim probare (provar ou testar). Informalmente, provável
é uma das muitas palavras utilizadas para eventos incertos ou conhecidos, sendo também
substituída por algumas palavras como “sorte”, “risco”, “azar”, “incerteza”, “duvidoso”,
dependendo do contexto.
Tal como acontece com a teoria da mecânica, que atribui definições precisas a termos de uso
diário, como trabalho e força, também a teoria das probabilidades tenta quantificar a noção de
provável.
Em essência, existe um conjunto de regras matemáticas para manipular a probabilidade.
Existem outras regras para quantificar a incerteza, como a teoria de Dempster-Shafer e a lógica
difusa ‘fuzzy logic’, mas estas são, em essência, diferentes e incompatíveis com as leis da
probabilidade tal como são geralmente entendidas.
O estudo científico da probabilidade é um desenvolvimento moderno. Os jogos de azar
mostram que o interesse em quantificar as idéias da probabilidade tem existido por milênios,
mas as descrições matemáticas de uso nesses problemas só apareceram muito mais tarde.
Definição clássica de Probabilidades
Designa-se por fenómenos aleatórios os fenómenos influenciados pelo acaso, no sentido de que
não é possível prever de forma determinística o seu futuro, a partir do passado.
“Probabilidade de um acontecimento é o quociente entre
o número de casos favoráveis à ocorrência do
acontecimento, 𝑛(𝐴), e o número de casos possíveis, n,
todos os casos supostos igualmente prováveis.” Laplace,
1812.
Exemplo: Num saco estão 40 bolas das quais 10 são brancas. Extrai-se, aleatoriamente, uma
bola. Qual a probabilidade de a bola ser branca?
Desvantagens:
Nesta definição está implícita a hipótese de que todos os casos possíveis são igualmente
prováveis, o que nem sempre se verifica;
Está limitada à situação em que o espaço de resultados Ω é finito.
As probabilidades são determinadas a priori, sem a realização da experiência.
A determinação de 𝑛(𝐴) e de 𝑛 é, por vezes, de elevada complexidade.
Uma experiência diz-se aleatória se:
O conjunto dos resultados possíveis é conhecido antecipadamente;
O resultado da experiência não pode ser previsto com exatidão;
É possível repetir a experiência em condições similares;
Existe regularidade quando a experiência é repetida muitas vezes.
O espaço de resultados, 𝛀, é o conjunto (não vazio) de todos os resultados possíveis numa
experiência aleatória. Diz-se:
Discreto – quando o espaço de resultados é finito ou infinito numerável;
Contínuo – quando o espaço de resultados é infinito não numerável.
Exemplos:
Experiência E1: Observação da face no lançamento de um dado.
Ω1: {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
Experiência E2: Observação do número de avarias registadas num elevador durante a sua vida
útil.
Ω2: {1, 2, 3, 4,…, n,…}.
Experiência E3: Observação do intervalo de tempo entre chegadas sucessivas de dois
estudantes ao bar da universidade.
Ω3: [0; +∞[.
Um acontecimento é todo o subconjunto do espaço de resultados. Os acontecimentos podem
ser:
Elementares – quando o subconjunto é singular (com um só elemento);
Compostos – quando o subconjunto não é singular.
Portanto, o espaço de resultados Ω, é o conjunto de todos os acontecimentos elementares.
Diz-se que um acontecimento 𝐴 se realizou quando o resultado da experiência aleatória, 𝑤, é
um elemento de 𝐴, isto é, se 𝑤 ∈ 𝐴.
Exemplo: (Experiência E1: Observação da face no lançamento de um dado)
Acontecimentos:
Elementar: 𝐴 = {Saída da face 2} = {2};
Composto: 𝐵 = {Saída de face múltipla de 3} = {3, 6}.
Definição frequencista
O conceito frequencista de probabilidade é utilizado em experiências aleatórias e
independentes que, possuindo resultados que não são equiprováveis, são, no entanto,
suscetíveis de repetição sob as mesmas condições. Seja 𝑛(𝐴) o número de vezes que o
acontecimento A ocorre em n repetições de uma dada experiência.
A frequência relativa tende a estabilizar-se em torno de um valor que os frequencistas tomam
como o valor aproximado da probabilidade 𝑃(𝐴). Deste modo, os problemas associados com
definições a priori são eliminados.
Desvantagens:
A experiência tem de ser repetida um elevado número de vezes nas mesmas condições,
ou em condições semelhantes;
Não há garantia que exista qualquer limite;
A teoria é baseada na observação.
Definição subjetiva
Existem experiências aleatórias que não são suscetíveis de repetição sob condições idênticas e
cujos resultados não são igualmente prováveis. Nestes casos é atribuída uma probabilidade
subjetiva aos acontecimentos da experiência aleatória. As probabilidades são interpretadas
como expressões do grau de credibilidade que cada indivíduo atribui à ocorrência dos
acontecimentos.
Espaço Amostral
Definimos como espaço amostral (E) o conjunto de todos resultados possíveis em um
experimento aleatório.
Chamamos de experimento aleatório qualquer operação ou procedimento que apresenta as
seguintes propriedades:
- Existe um conjunto U de todos os possíveis resultados da operação.
Na realização da operação, não é possível prever ou antecipar o resultado.
A operação pode ser realizada n vezes sob as mesmas condições, qualquer que seja n,
n ∈ N*.
Para cada valor de n e resultado r, existe um numero natural s , 0 ≤ s ≤ n,que indica o
numero de vezes que o resultado r ocorreu. Os números s e (s/ n) são chamados, nessa
ordem, de freqüência absoluta e freqüência relativa do resultado r nas n realizações da
operação.
Para cada resultado r possível existe um único numero P(r), tal que, quanto maior for
n, tanto mais a fração (s/ n) se aproxima de P(r). Essa propriedade (que foi descrita
empiricamente) é conhecida com estabilidade da freqüência relativa.
Exemplo⁚
Ex01: Foi lançada uma moeda, as únicas possibilidades são que ao cair sairá cara ou coroa,
então seu espaço amostral consiste em cara ou coroa.
Ex02: Um copo de vidro ao cair no chão, tem duas possibilidades de eventos, quebrar ou não,
então seu espaço amostral é quebrar ou não quebrar o copo.
E cada elemento do espaço amostral (cara/coroa ou quebrar/não quebrar) é chamado de ponto
amostral.
Um espaço amostral (E), com n amostras, onde os eventos elementares são todos ‘igualmente
prováveis’ é chamado de espaço amostral equiprovável ( ou espaço amostral com amostras
equiprováveis) . Por exemplo, no lançamento de um dado honesto a freqüência relativa de
ocorrência de qualquer uma das faces se estabiliza em torno de um mesmo valor que é igual a
1/6.
Regra da Adição de Probabilidades
Sendo A e B eventos do mesmo espaço amostral (E), finito e não vazio, temos :
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) - P(A ∪ B)
A B
Lembrando que os eventos são conjuntos, o número de elementos da união de dois eventos A
e B é:
n (A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∪ B)
Dividindo os dois membros da igualdade por n(E), temos:
𝒏 (𝑨 𝑩) = 𝒏(𝑨) + 𝒏(𝑩) – 𝒏(𝑨 𝑩)
𝒏(𝑬) 𝒏(𝑬) 𝒏(𝑬) 𝒏(𝑬)
Portanto P(A ∪ B) = P(A) + P(B) - P(A ∪ B).
Se A e B forem eventos mutuamente exclusivos, isto é, A ∩ B = ∅ temos n(A ∩ B) = 0.
E
A B
Ex01: Retirando se ao acaso uma carta de um baralho de 52 cartas, qual e a probabilidade de
sair carta de ouros ou dama?
Um baralho de 52 cartas tem 13 cartas de paus,13 espadas, 13 copas e 13 ouros, e uma dama
de cada naipe. Assim:
A : carta de ouros n (A) = 13
B : dama: n (B) = 04
A e B: carta de ouros e dama = dama de ouros: n (A e B) = 1 Como P (A
e B) = P(A) + P(B) – P(A e B), temos:
P (A e B) = (13/52) + (4/52) – (1/52) = (4/13)
Ex02: No lançamento de 02 dados (não viciados) qual é a probabilidade de a soma dos
pontos ser 07 ou 11?
O número de elementos do espaço amostral é: n (E) = 36 Sendo:
A : soma 07: (1,6) (2,5) (3,4) (4,3) (5,2) (6,1): n(A) = 6
B : soma 11: (5,6) (6,5): n(B) = 2
P (A ∩ B): soma 7 e soma 11 = ∅ (A e B são mutuamente exclusivos)
Nesse caso, P (A ∩ B) = P (A) + P (B)
P(A ∩ B) = (6/36) + (2/36) = (2/9)
Regra da Multiplicação de Probabilidade
A probabilidade de interseção de dois eventos A e B é igual ao produto da probabilidade de
um deles pela probabilidade do outro em relação ao primeiro. Assim:
Ex01: A probabilidade de sair o número 5 em dois lançamentos sucessivos de um dado,
sendo A o evento obter 5 no primeiro lançamento e B obter 5 no segundo lançamento.
E = {1,2,3,4,5,6}
n (E) = 6 n (A) = 1
n (B) = 1 temos P (A) = 1/6 e P (B) = 1/6.
A probabilidade pedida é dada por: P (A). P (B) = 1/6. 1/6 = 1/36’
Conclusão
Desta forma, finalizamos o estudo da probabilidade, concluindo assim o nosso material para
disciplina de Estatística, a qual foi composta por estudo dos cálculos das probabilidades, o
estudo da estatística e probabilidade. Esperamos que aproveitem ao máximo todo o material
elaborado e que se obtenha sucesso.
Referencia bibliográficas
Galvão de Mello, F. (2000). Probabilidades e estatística: conceitos e métodos fundamentais.
Vol. I. Escolar Editora.
Galvão de Mello, F. (1997). Probabilidades e estatística: conceitos e métodos fundamentais.
Vol. II. Escolar Editora.
ica Livro
Texto 07
Processo Estocásticos, Luiz Affonso Guedes
Apostila PUC Rio Grande Do Sul - Deptº Estatistica / Estatistica Aplicada a Admisnitração
Prof. Valter Albuquerque.