Conceito
Trata-se de uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada
data.
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os
bens e direitos (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da
entidade em uma determinada data.
Estrutura
Ativo Passivo
Circulante Circulante
Não Circulante
Não Circulante
Patrimônio Líquido
Estrutura e Classificação das Contas
Segundo o caput do art. 178,
“(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da companhia”.
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Bens e Direitos (curto prazo) Obrigações (curto prazo)
(-) contas retificadoras (-) contas retificadoras
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Obrigações de Longo Prazo
Ativo Realizável a Longo Prazo (-) contas retificadoras
Bens e Direitos (longo prazo)
(-) contas retificadoras Patrimônio
Líquido Capital
Investimentos Social
Bens (-) Capital a Integralizar
(-) contas retificadoras (-) Gastos com Emissão de Ações
Reservas de Capital
Imobilizado (+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
Bens tangíveis Reservas de Lucros
(-) contas retificadoras (-) Ações em Tesouraria
(-) Lucros/Prejuízos Acumulados
Intangível
Bens Intangíveis
(-) contas retificadoras
Total Total
Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos
seguintes grupos:
I . – ativo circulante; e
I I . – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e intangível.
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
I – passivo circulante;
I I . – passivo não circulante; e
I I I . – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de
compensar serão classificados separadamente.
ATIVO PASSIVO
Grau decrescente de exigibilidade
Ativo Circulante Passivo Circulante
Bens e Direitos (curto prazo) Obrigações (curto prazo)
(-) contas retificadoras (-) contas retificadoras
Grau decrescente de conversibilidade
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante
Obrigações de Longo Prazo
Ativo Realizável a Longo Prazo (-) contas retificadoras
Bens e Direitos (longo prazo)
(-) contas retificadoras
Investimentos
Bens
(-) contas retificadoras Patrimônio Líquido
Capital Social
Imobilizado (-) Capital a Integralizar
Bens tangíveis (-) Gastos com Emissão de
(-) contas retificadoras Ações Reservas de Capital
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial
Intangível Reservas de Lucros
Bens Intangíveis (-) Ações em Tesouraria
(-) contas retificadoras (-) Lucros/Prejuízos Acumulados
Total Total
Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade
O “Grau de Liquidez” está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem
ser transformados em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a
liquidez e vice-versa.
O “Grau de Exigibilidade”, assim como o de Liquidez, está associado ao prazo no
qual as obrigações devem ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau
de exigibilidade e vice-versa.
Circulante x Não Circulante (CPC 26)
Ativo Circulante
O AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim considerados
aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a
data do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois
representam os bens e direitos em constante circulação.
Ativo Circulante
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;
Portanto, no AC serão classificados:
As disponibilidades;
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente;
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
Ativo Circulante
As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e
equivalentes de caixa, bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata,
numerários em trânsito, entre outras contas.
Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de
alta liquidez, que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas
de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de
valor.
Ativo Circulante
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente, por sua vez,
representam os créditos da empresa com terceiros (direitos realizáveis
pessoais) e os bens da empresa (direitos realizáveis reais).
Exemplos:
Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar.
Direitos realizáveis Reais: Estoques.
Ativo Circulante
As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem
as despesas do exercício seguinte pagas no exercício atual, também
denominadas de despesas antecipadas.
Exemplos:
-Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de
Seguros a Vencer);
- Encargos Financeiros Antecipados.
Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o
exercício social, a classificação no circulante terá por base o prazo
desse ciclo (art. 179, parágrafo único)
Ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-prima (no
caso de indústria) ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção
(indústria), vende e recebe o valor correspondente à venda.
Ativo Não Circulante –Realizável a Longo Prazo
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia;
Portanto, no ARLP serão classificados:
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual (independe do prazo!).
Ativo Não Circulante – Realizável a Longo Prazo
Os Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos
cujos prazos esperados para realização se situem após o término do exercício
social seguinte, conforme já vimos no esquema abaixo:
Ativo Não Circulante –Realizável a Longo Prazo
Os Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, por sua vez,
representam os direitos que, independentemente do prazo de vencimento, a
lei assim o determine.
Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei).
Ativo Não Circulante –Realizável a Longo Prazo
Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo,
deve atender três requisitos cumulativamente, quais sejam:
1º) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou
empréstimos;
2º) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro;
3º) A operação deve ser não usual.
Ativo Não Circulante –Investimentos
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;
Ativo Não Circulante –Investimentos
Exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo temos:
Participações em Outras Empresas;
Ações de empresas Coligadas;
Ações de empresas Controladas;
Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados);
Imóvel para Aluguel*.
Ativo Não Circulante –Investimentos
• Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado
como em investimentos, a depender da finalidade desse aluguel.
• Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver relacionado às
atividades fins da empresa.
• Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa
classificamos como investimentos (propriedade para investimento).
(ISS-Recife)
Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, por
R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da
entidade que são originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa
entidade , os apartamentos devem ser evidenciados no subgrupo.
a) Ativo circulante
b) ativo realizável a longo prazo
c) investimentos
d) Imobilizado;
e) Patrimônio líquido
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Ativo Não Circulante –Imobilizado
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens;
Ativo Não Circulante –Imobilizado
CPC 27 – Ativo Imobilizado:
Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a)é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.
Ativo Não Circulante –Imobilizado
Arrendamentos (CPC 06)
Os arrendamentos podem ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença
fundamental entre eles reside na transferência de riscos. Caso exista a transferência
de riscos teremos um arrendamento financeiro. Caso contrário, teremos um
arrendamento operacional. Assim, temos:
Riscos e benefícios ficam com o arrendatário arrendamento financeiro.
Riscos e benefícios ficam com o arrendador arrendamento operacional.
Ativo Não Circulante –Intangível
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de
comércio adquirido.
Ativo Não Circulante –Intangível
CPC 04:
Ativo não monetário identificável sem substância física.
Ativo Não Circulante –Intangível
Segundo o CPC 04, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de
Intangível quando cumulativamente:
seja identificável;
seja controlável; e
seja gerador de benefícios futuros.
Ativo Não Circulante –Intangível
Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (Goodwill)
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um
empreendimento (patrimônio) e o valor de mercado (valor justo) dos ativos
líquidos desse empreendimento.
Ativo Não Circulante –Intangível
Ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (Goodwill)
Não confundir o goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido!
Goodwill gerado internamente não reconhecemos como ativo e sim como
despesa.
Goodwill adquirido ativo intangível.
(ICMS-SP)
São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível.
b)permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de
seu custo não possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial.
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros.
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada.
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais.
Passivo
Contas a Pagar
Passivos derivados de apropriações por
Tipos de Passivos competência
Provisões
Passivo Circulante
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos
vencimentos ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76).
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se:
Fornecedores (duplicatas a pagar);
Impostos a Recolher (geralmente as contas vêm discriminadas, por
exemplo, “ICMS a Recolher”)
Salários a Pagar;
Dividendos a pagar.
Passivo Não Circulante
Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de
obrigações classificadas no Passivo Circulante, porém vencíveis após o
término do exercício social seguinte.
Cabe destacar que no Passivo Não Circulante são classificadas as Receitas
Diferidas (receitas recebidas antecipadamente, por exemplo, aluguéis
antecipados).
Passivo Circulante
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos
vencimentos ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76).
Passivo Não Circulante
Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de
obrigações classificadas no Passivo Circulante, porém vencíveis após o
término do exercício social seguinte. Cabe destacar que no Passivo Não
Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas recebidas
antecipadamente, por exemplo, aluguéis antecipados).
Circulante x Não Circulante (CPC 26)
Circulante x Não Circulante
A entidade deve classificar os seus passivos financeiros como
circulantes quando a sua liquidação estiver prevista para o período de
até doze meses após a data do balanço, mesmo que:
a)o prazo original para sua liquidação tenha sido por período superior
a doze meses; e
b)um acordo de refinanciamento, ou de reescalonamento de
pagamento a longo prazo seja completado após a data do balanço e
antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas para sua
publicação.
Patrimônio Líquido
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76,
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados.
Patrimônio Líquido
São classificadas no PL as seguintes contas:
Capital Social;
Reservas de Capital;
Ajustes de Avaliação Patrimonial;
Ações em Tesouraria;
Reservas de Lucros;
Prejuízos Acumulados.
Patrimônio Líquido
Exemplos de outras contas que podem ser encontradas no Patrimônio
Líquido:
• Opções Outorgadas Reconhecidas;
• Gastos na Emissão de Ações;
• AjustesAcumulados de Conversão;
• Contas extintas (saldos remanescentes)
o Reservas de Reavaliação
o Reservas de Capital: Prêmio na Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções
para Investimentos).
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Capital Social
Capital Autorizado limite previsto no estatuto para novas subscrições de capital.
Capital Subscrito é o capital fixado no estatuto ou contrato social. É o valor que os
sócios assumem o compromisso de realizar a título de capital social.
Capital a Integralizar (a realizar) refere-se à parcela do capital ainda não integralizada
pelos proprietários (sócios), permitindo que o valor do capital reflita adequadamente
somente o montante que ingressou na empresa. É uma conta redutora do capital social.
Capital Integralizado refere-se à parcela do capital já integralizada pelos proprietários
(sócios).
Reservas de Capital
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de
sócios ou terceiros que não transitam pelo resultado do exercício.
São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas para
utilização posterior.
Reservas de Capital (art. 182, Lei 6.404/76)
contribuição do subscritor de ações que
ultrapassar o valor nominal e a parte do
preço de emissão das ações sem valor
nominal que ultrapassar a importância o produto da alienação de partes
destinada à formação do capital social, beneficiárias e bônus de subscrição
inclusive nos casos de conversão em
ações de debêntures ou partes
beneficiárias
Bônus de Partes
Reserva para ágio na emissão de ações
Subscrição Beneficiárias
Reservas de Capital
A empresa “Tchê Bagual S.A” possui um capital social de R$ 1.000.000,00,
composta por 100.000 ações a R$ 10,00 cada. Como o negócio está “loco de
especial”, os gestores resolvem expandir as operações da empresa. Para tanto,
emitem mais 10.000 ações pelo valor de R$ 12,00 cada (R$ 10,00 referente ao
valor nominal + R$ 2,00 de ágio). Como a empresa está “mais conhecida que
parteira em campanha”, as ações esgotam de imediato e, portanto, o valor de R$
120.000,00 entra no caixa da empresa.
D – Caixa ... 120.000,00
C – Capital Social ... 100.000,00
C – Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações ... 20.000,00
Reservas de Capital
Como poderão ser utilizadas as reservas de capital?
Art. 200 Lei 6.404
Incorporação Resgate,
ao capital reembolso ou Absorção de
social compra de ações prejuízos
Pagamento de
dividendo a Resgate de partes
ações beneficiárias
preferenciais
Reservas de Capital
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de
debêntures não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente,
devemos registrar como receita do exercício.
CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais:
“uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo
do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em base
sistemática, desde que atendidas às condições deste Pronunciamento. A
subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio
líquido”.
Deixou de ser uma reserva de capital a partir da vigência da Lei n.
11.638/2007 a Reserva
a) de Alienação de Bônus de Subscrição.
b) de Prêmio na Emissão de Debêntures.
c) para Contingências.
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório.
e) de Ágio na Emissão de Ações.
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Art. 182, §3º da Lei 6.404/76
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos
a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo.
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o
resultado do exercício à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados.
(CAGE-RS)
De acordo com a Lei n. 6.404/76, com redação dada pela Lei n. 11.638/07, a conta ajustes
de avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de
a)aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em
decorrência da sua avaliação pela equivalência patrimonial.
b)aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em
decorrência da sua avaliação pelo valor de mercado.
c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em
decorrência da sua avaliação a valor justo.
d)aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em
decorrência da precificação dos derivativos a valor de mercado.
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda
estrangeira, em decorrência da variação cambial conjuntural.
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Ações em Tesouraria
Conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações.
Objetivos:
• elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter
lucro na transação.
• concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas nas mãos de um
grande número de acionistas.
Na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social.
Ações em Tesouraria
Art. 182, §5º, da Lei 6.404/76
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na
sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL.
Ações em Tesouraria
• O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros
acumulados e reservas, exceto a reserva legal.
• A alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para a
empresa, não representando receitas ou despesas.
Lucro: credita em reservas de capital (= ágio na emissão de ações).
Prejuízo: debita em reservas de capital.
Reservas de Lucros
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício.
Objetivo: preservar o patrimônio líquido.
Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º)
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela
apropriação de lucros da companhia.
Reservas de Lucros
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes:
Reserva Legal;
Reservas Estatutárias;
Reservas para Contingências;
Reserva de Incentivos Fiscais;
Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão);
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;
Reserva Específica de Prêmio de Debêntures.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Segundo o CPC 13,
Segundo a Lei das S.A., conforme modificação introduzida pela Lei nº. 11.638/07, o
lucro líquido do exercício deve ser integralmente destinado de acordo com os
fundamentos contidos nos arts. 193 a 197 da Lei das S.A. A referida Lei não
eliminou a conta de lucros acumulados nem a demonstração de sua movimentação,
que devem ser apresentadas como parte da demonstração das mutações do
patrimônio líquido. Essa conta, entretanto, tem natureza absolutamente transitória
e deve ser utilizada para a transferência do lucro apurado no período,
contrapartida das reversões das reservas de lucros e para as destinações do lucro.
Outras Contas do PL
Opções Outorgadas Reconhecidas
As Opções Outorgadas Reconhecidas representam uma conta especial que deve
ser utilizada nos casos em que as sociedades negociam serviços de seus
administradores e empregados, cujo valor de mercado não é facilmente obtido.
Ela deve ser apresentada junto às Reservas de Capital, no Patrimônio Líquido,
quando os serviços negociados tiverem como contraprestação pagamentos
baseados em ações a serem liquidados com instrumentos patrimoniais.
Caso a liquidação tenha realização prevista em dinheiro, o registro deve ser
reconhecido no Passivo.
(SEAP-PR)
Uma empresa, ao contabilizar o reconhecimento de um produto ou de um serviço
adquirido em transação com pagamento em ações liquidadas em instrumentos
patrimoniais, deve contabilizar em contrapartida a uma conta do
a) Ativo Circulante.
b) Ativo Não Circulante.
c) Passivo Circulante.
d) Patrimônio Líquido.
e) Resultado.
Opções Outorgadas Reconhecidas relacionada ao pagamento de
serviços de seus administradores baseado em ações (CPC 10).
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do
patrimônio líquido (juntamente com as reservas de capitais);
Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo
Outras Contas do PL
Gastos na emissão de ações
“Os gastos incorridos no processo de emissão de ações e outros
valores mobiliários patrimoniais não mais poderão ser tratados como
despesas do período da emissão, mas sim como uma redução dos
valores efetivamente obtidos na captação junto aos sócios”.
Gastos na emissão de ações
Segundo o CPC 08 – Custos de Transações:
Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da
emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os
prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital.
Gastos na emissão de ações não devem ser reconhecidos como
despesa, mas sim como acréscimo do custo de emissão em conta
retificadora do capital social.
(Pref. São Paulo)
A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social mediante emissão de 10.000
novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de mercado, as
ações foram negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia.
Acionária incorreu em custos de R$ 500,00. A Cia. Acionária reconheceu um
aumento de:
a) capital social no valor de R$ 10.000,00.
b) capital social no valor de R$ 9.500,00.
c) capital social no valor de R$ 15.000,00.
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00.
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00.
Ajustes Acumulados de Conversão
“A conta Ajustes Acumulados de Conversão representa uma conta transitória do
Patrimônio Líquido que deve ser utilizada para registrar as variações cambiais dos
investimentos em controladas, controladas em conjunto e coligadas em outra
moeda funcional que não o Real (R$), pois tais variações não podem, em função
do que determina o CPC 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e
Conversão de Demonstrações Contábeis, afetar o resultado do exercício.
O reconhecimento no resultado dos valores registrados na conta Ajustes
Acumulados de Conversão ocorrerá apenas quando da baixa do investimento. É
importante salientar que essa conta não é uma reserva. Ela pode ter saldo
positivo ou negativo e pode ser apresentada logo apos a conta “Ajustes de
Avaliação Patrimonial", não se confundindo, entretanto, com esta. Seu saldo
também deverá ser eliminado quando do calculo do JCP [Juros sobre Capital
Próprio]”.
Formas de Apresentação CPC 26
Estrutura e Conteúdo B P (CPC 26)
O balanço patrimonial deve apresentar, respeitada a legislação,
as seguintes contas:
Contas do ativo
a) caixa e equivalentes de caixa;
b) clientes e outros recebíveis;
c) estoques;
d) ativos financeiros (exceto os mencionados nas alíneas “a”, “b” e “g”);
e)total de ativos classificados como disponíveis para venda e ativos à
disposição para venda de acordo com o CPC 31;
Estrutura e Conteúdo B P (CPC 26)
f) ativos biológicos (CPC 29);
g) investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial;
h) propriedades para investimento;
i) imobilizado;
j) intangível;
Estrutura e Conteúdo B P (CPC 26)
Contasdo passivo
k) contas a pagar comerciais e outras;
l) provisões;
m) obrigações financeiras (exceto as referidas nas alíneas “k” e “l”);
n) obrigações e ativos relativos à tributação corrente (CPC 32 – Tributos sobre o
Lucro);
o) impostos diferidos ativos e passivos (CPC 32);
p) obrigações associadas a ativos à disposição para venda (CPC 31);
Estrutura e Conteúdo B P (CPC 26)
Contas do PL
q)participação de não controladores apresentada de forma destacada
dentro do patrimônio líquido; e
r)capital integralizado e reservas e outras contas atribuíveis aos
proprietários da entidade.