Simulado Uema - CDL
Simulado Uema - CDL
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7 - Você fará seu rascunho de redação no espaço destinado a ela neste caderno.
8 - A sua redação será entregue em folha específica.
9 - O tempo disponível para fazer a prova é de cinco horas. Nada mais poderá ser registrado após esse
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10 - Assinale a folha de frequência na presença do fiscal.
11 - Ao terminar de responder a sua prova, entregue ao fiscal a planilha-resposta e sua folha de redação.
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questão 01
“Afinal nessa busca de prazer está resumida a vida animal. A vida humana é mais complexa: resume-se na busca
do prazer, no seu temor, e, sobretudo na insatisfação dos intervalos. É um pouco simplista o que estou falando, mas
não importa por enquanto... Toda ânsia é busca do prazer. Todo o desespero e as buscas de outros caminhos são a
insatisfação.”
Em relação aos termos em negrito no texto I, pode-se dizer que o tipo de coesão textual que ocorre é:
Questão 02
No trecho: “Toda ânsia é busca do prazer. Todo o desespero e as buscas de outros caminhos são a insatisfação.”, a
ausência do artigo definido e a presença dele após o pronome todo acarretou respectivamente o par semântico
a) Literal e figurado.
b) Específico e geral.
c) Qualquer e inteiro.
d) Positivo e negativo.
e) Definidor e definido.
Questão 03
— Pergunta você que é o Brasil? É tudo que temos feito em prol do progresso, da moral, da cultura, da liberdade
e da fraternidade. O Brasil não é o solo, o mar, o céu que tanto cantamos. É a história, de que não fazemos caso
nenhum.
O Brasil é obra de seus construtores, ou melhor, daqueles que o tiraram do nada selvagem e o fizeram terra
civilizada. É o trabalho dos jesuítas, de Nóbrega e de Anchieta, em plena floresta, transformando antropófagos em
seres humanos.
O Brasil é a coragem dos defensores de seu solo. É Estácio de Sá, é Mem de Sá, é Araribóia, repelindo os
franceses do Rio de Janeiro, é Jerônimo de Albuquerque expelindo os franceses do Maranhão. São os patriotas de
Pernambuco, arrasando o domínio holandês do Norte. São os cariocas lutando com Duclerc e Duguay-Trouin.
O Brasil é a obra dos bandeirantes: Antônio Raposo, Fernão Dias Pais, Borba Gato, Bartolomeu Bueno,
desbravando sertões à procura de ouro e pedras preciosas.
Esse fragmento é construído com nomes de personagens históricos que edificaram o Brasil ou fizeram parte dele.
Dessa forma, para construir esse texto, o autor valeu-se de uma estratégia conhecida como
a) Citação.
b) Analogia.
c) Referência.
d) Exemplificação
e) Contra-argumentação.
Questão 04
[…] Ao negro, o Brasil deve grande parte da sua riqueza, da sua grandeza e da sua tranquilidade. E, em paga
disso, que foi que se deu ao negro? A escravidão (p. 170).
A palavra “negro” apareceu duas vezes em posições diferentes na oração. Esse fenômeno
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Questão 05
Sempre que alguma coisa ruim era dita ao rei, o gnomo a transformava em alguma coisa boa. E sempre que o rei
ouvia duas notícias escolhia a melhor delas. (...)
Obediente, o gnomo voou para o lado esquerdo e, aproveitando seu parentesco com as abelhas, fabricou algum mel,
e abundante cera, com que tapou para sempre o ouvido do rei.
Os provérbios são ditos populares que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida e estão relacionados a
aspectos universais dela. Eles também podem resumir, de forma educativa, uma passagem do cotidiano. Dessa forma,
o que poderia melhor representar a atitude do rei seria
Questão 06
Nemésia, gestos seguros, desenhava flores e folhas de um jardim em que todas as pétalas eram irmãs, e a cada
dia arrematava o ponto mais adiante.
Feriam-se os dedos de Gloxínia de tanto desmanchar. Sujava-se o pano. Os dedos de Nemésia, tranquilos,
brotavam o manto branco.
O advérbio é um elemento circunstancial rico em valores semânticos, visto que, a partir do seu uso, dá-se um rumo à
coerência do texto. É o que se pode perceber na construção destacada que introduz uma relação
a) Causal.
b) Explicativa.
c) Consecutiva.
d) Comparativa.
e) Conformativa.
Questão 07
Era uma vez um rei que tinha uma filha. Não tinha duas, tinha uma, e como só tinha essa gostava dela mais do
que qualquer outra.
A princesa também gostava muito do pai, mais do que qualquer outro, até o dia em que chegou o príncipe. Aí ela
gostou do príncipe mais do que qualquer outro.
A autora fez uso, de forma criativa, de pronomes que, naturalmente, são usados como adjetivos, uma vez que
acompanham o substantivo. Porém, nesse fragmento, foi propositalmente contrariado, construindo, assim, um recurso
chamado de
a) Elipse
b) Silepse.
c) Zeugma.
d) Antítese.
e) Paradoxo.
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Questão 08
PIRAPEMAS, o povoado em que eu nasci, era um dos lugarejos mais pobres e mais humildes do mundo. Ficava à
margem do Itapicuru, no Maranhão, no alto da ribanceira do rio. Uma ruazinha apenas, com vinte ou trinta casas,
algumas palhoças espalhadas pelos arredores e nada mais. Nem igreja, nem farmácia, nem vigário. De civilização —
a escola, apenas. A rua e os caminhos tinham mais bichos do que gente. Criava-se tudo à solta: as galinhas, os porcos,
as cabras, os carneiros e os bois. Vila pacata e simples de gente simples e pacata. Parecia que ali as criaturas
formavam uma só família. Se alguém matava um porco, a metade do porco era para distribuir pela vizinhança. Se um
morador não tinha em casa café torrado para obsequiar uma visita, mandava-o buscar, sem-cerimônia, ao vizinho.
Questão 09
Figuras do povoado
TENHO BEM VIVAS na memória as crianças de minha idade e de meu tamanho que brincaram comigo no povoado.
Mas são poucas as criaturas grandes que me ficaram na lembrança. Uma delas é o Jorge Carreiro. Alto como um
gigante, forte como um novilho, possuía, no entanto, alma de criançola. Brincava conosco como se fosse também
menino; carregava-nos aos ombros, escanchava-nos no cogote e fazia de cavalo para que lhe montássemos nas
costas. Era nosso melhor amigo. Quando zoava, ao longe, a cantiga do seu carro de bois, havia, nas casas, uma
algazarra estouvada de crianças. Corríamos todos para a estrada. Enquanto os outros carreiros não se cansavam de
nos ralhar, o Jorge consentia que trepássemos no seu carro. Ele próprio nos apanhava no chão e nos ajeitava entre a
carga. Era uma cena encantadora de ruído e de alegria, a entrada do carro do Jorge no povoado. Sobre rumas de
cana, melancias, espigas de milho ou sacos de feijão, vinham dezenas de meninos gritando festivamente. Os bois que
puxavam o carro tinham a alma do dono. Não houve bois mais mansos e mais pacientes no mundo. A natureza como
que os fez de propósito para aturar as traquinadas da infância. Dávamos-lhes de comer, na mão, como se eles fossem
carneiros; trepávamos-lhes nas pernas, nos chifres, no pescoço, sem que fizessem o menor movimento de irritação.
Outra figura é a do professor João Ricardo. Homem velho, bigode branco, óculos escuros, pigarro de quem sofre de
asma. Nunca lhe vi um sorriso no rosto. Vivia sempre zangado, com o ar de quem está a ralhar com o mundo, cara
amarrada, rugas na testa. Para as criancinhas do meu tamanho, representava o papel de lobisomem. Tínhamos lhe
um medo louco. Se estávamos a brincar num terreiro e o percebíamos ao longe, ficávamos silenciosos e quem podia
esconder-se — escondia-se; quem podia fugir — fugia. Só depois que ele passava e quando já não lhe víamos mais a
sombra, é que o brinquedo recomeçava. O velho Mirigido é também outra criatura de quem nunca me esqueci.
O trecho foca nas personagens do povoado, que são evocados de forma memorialista pelo protagonista. A leitura em
consonância com o livro como um todo, aponta para personagens
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Questão 10
Tia Mariquinhas
CRIATURA QUE VIVE bem clara na minha lembrança é a tia Mariquinhas, viúva de um parente afastado de minha
mãe. Morava a um quarto de légua do povoado, na Pedra Branca, o mais lindo sítio que por ali havia. A Pedra Branca
tinha o condão de atrair as crianças. Era uma casa pequenina, caiadinha, muito limpa, num terreiro alvo, bem varrido,
com laranjeiras plantadas em derredor. Em certas épocas, duzentos metros antes de avistar-se a casa, sentia-se no
ar o cheiro finíssimo do laranjal em flor. No quintal — mangueiras imensas com sombras frescas e balanços tentadores
amarrados nos galhos. Mas, a doidice da meninada era o riacho que ficava atrás da casa. Não vi, no mundo, cantinho
mais suave e mais doce e que tanto bem me fizesse à alma. Eu ali ficava horas inteiras, saboreando, sem saber, a
poesia simples daquele pedaço amável da natureza. Gravou – se - me na vista, para toda a vida, o quadro maravilhoso.
O riacho, que vinha de longe, torcendo-se pelas profundezas da mata, ali se alargava preguiçosamente, como que
para repousar as águas cansadas de rolar entre as pedras. As árvores — velhos ingazeiros e paineiras que deviam ter
séculos de existência — estendiam sobre o leito a empanada dos galhos floridos. Aqui, acolá — toiças de açaizeiros.
Quase que não se sentia o deslizar da corrente e as águas eram tão claras que se viam a areia alvíssima e os peixinhos
nadando no fundo. No meio, como ilha surpreendente, surgia uma laje muito grande e muito branca.
CAZUZA - VIRIATO CORRÊA.
A leitura do trecho permite inferir que o nome do sítio de “Tia Mariquinhas” exemplifica perfeitamente uma
a) ironia.
b) símile.
c) metáfora.
d) metonímia.
e) onomatopeia.
Questão 11
A natureza aparece constantemente nas produções literárias em língua portuguesa. No trecho a abordagem aproxima
– se sobretudo do uso
Questão 12
[ ... ]
Amanhã é o dia. Quero sua palavra cumprida, - disse o rei - virei buscar o unicórnio ao cair do sol. Saído o rei, as
lágrimas da princesa deslizaram no pêlo do unicórnio. Era preciso obedecer ao pai, era preciso manter a promessa.
Salvar o amor era preciso. Sem saber o que fazer, a princesa pegou o alaúde, e a noite inteira cantou sua tristeza. A
lua apagou-se. O sol mais uma vez encheu de luz as corolas. E como no primeiro dia em que se haviam encontrado a
princesa aproximou-se do unicórnio. E como no segundo dia olhou-o procurando o fundo de seus olhos. E como no
terceiro dia segurou-lhe a cabeça com as mãos. E nesse último dia aproximou a cabeça do seu peito, com suave força,
com força de amor empurrando, cravando o espinho de marfim no coração, enfim florido. Quando o rei veio em
cobrança de promessa, foi isso que o sol morrente lhe entregou, a rosa de sangue e um feixe de lírios.
UMA IDÉIA TODA AZUL - MARINA COLASANTI.
O trecho pertence ao livro Uma ideia toda Azul (1979), uma coletânea de contos de fadas que consegue distanciar –
se parcialmente do gênero quando
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Questão 13
Um dia o Rei teve uma idéia. Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela idéia azul, que não
quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu com ela nos gramados, brincou com ela de
esconder entre outros pensamentos, encontrando-a sempre com igual alegria, linda idéia dele toda azul.
[ ... ]
O tempo correu seus anos. Idéias o Rei não teve mais, nem sentiu falta, tão ocupado esteve em governar.
Envelhecia sem perceber, diante dos educados espelhos reais que mentiam a verdade. Apenas, sentia-se mais triste
e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nos jardins. Só os ministros viam a velhice do Rei.
Quando a cabeça ficou toda branca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.
[ ... ]
Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma idéia menina. E linda. Mas o Rei não era mais o Rei daquele dia. Entre
ele e a idéia estava todo o tempo passado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus olhos não viam na idéia
a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com ela? Nunca mais saberiam estar juntos como naquele dia.
Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimas lágrimas, as que tinha guardado para a maior tristeza.
Depois baixou o cortinado, e deixando a idéia adormecida, fechou para sempre a sua porta.
A leitura do trecho no contexto em que se insere permite inferir que a “ideia toda azul” era uma
Questão 14
O PAI...
A MÁQUINA DO PAPAI batia tac-tac... tac-tac-tac... O relógio acordou em tin-dlen sem poeira. O silêncio arrastou-
se zzzzzz. O guarda-roupa dizia o quê? roupa-roupa-roupa. Não, não. Entre o relógio, a máquina e o silêncio havia
uma orelha à escuta, grande, cor - de - rosa e morta. Os três sons estavam ligados pela luz do dia e pelo ranger das
folhinhas da árvore que se esfregavam umas nas outras radiantes. Encostando a testa na vidraça brilhante e fria olhava
para o quintal do vizinho, para o grande mundo das galinhas-que-não-sabiam-que-iam-morrer. E podia sentir como se
estivesse bem próxima de seu nariz a terra quente, socada, tão cheirosa e seca, onde bem sabia, bem sabia uma ou
outra minhoca se espreguiçava antes de ser comida pela galinha que as pessoas iam comer. Houve um momento
grande, parado, sem nada dentro. Dilatou os olhos, esperou. Nada veio. Branco. Mas de repente num estremecimento
deram corda no dia e tudo recomeçou a funcionar, a máquina trotando, o cigarro do pai fumegando, o silêncio, as
folhinhas, os frangos pelados, a claridade, as coisas revivendo cheias de pressa como uma chaleira a ferver. Só faltava
o tin-dlen do relógio que enfeitava tanto. Fechou os olhos, fingiu escutá-lo e ao som da música inexistente e ritmada
ergueu-se na ponta dos pés. Deu três passos de dança bem leves, alados.
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Questão 15
— EU ME DISTRAIO muito, disse Joana a Otávio. Assim como o espaço rodeado por quatro paredes tem um
valor específico, provocado não tanto pelo fato de ser espaço mas pelo de estar rodeado por paredes. Otávio
transformava-a em alguma coisa que não era ela mas ele mesmo e que Joana recebia por piedade de ambos, porque
os dois eram incapazes de se libertar pelo amor, porque aceitava sucumbida o próprio medo de sofrer, sua
incapacidade de conduzir-se além da fronteira da revolta. E também: como ligar-se a um homem senão permitindo que
ele a aprisione? como impedir que ele desenvolva sobre seu corpo e sua alma suas quatro paredes? E havia um meio
de ter as coisas sem que as coisas a possuíssem? A tarde era nua e límpida, sem começo nem fim. Pássaros leves e
negros voavam nítidos no ar puro, voavam sem que os homens os acompanhassem com um olhar sequer. Bem longe
a montanha pairava grossa e fechada. Havia duas maneiras de olhá-la: imaginando que estava longe e era grande,
em primeiro lugar; em segundo, que era pequena e estava perto. Mas de qualquer modo, uma montanha estúpida,
castanha e dura. Como odiava a natureza às vezes.
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LÍNGUA INGLESA
Questão 16
I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
Well, I wake up in the morning
Fold my hands and pray for rain
I got a head full of ideas
That are drivin’ me insane
It’s a shame the way she makes me scrub the floor
I ain’t gonna work on Maggie’s farm no more
In the text, the set of scenes described shows that the main difficulty experienced by the person whose story is told in
the song lyrics refers to
Questão 17
I knew TikTok existed, but I didn’t fully understand what it was until a few months ago. I also realized that something
radical, yet largely invisible, is happening on the internet – with implications we still don't understand.
When I was growing up, I took it for granted that the people who became famous enough to be listened to by a
crowd had worked hard for that accolade and generally operated with the support of an institution or an established
industry.
The idea that I, as a teenager in my bedroom, might suddenly communicate with 100,000 people or more, would
have seemed bizarre.
Today’s kids no longer see life in these hierarchical and institutional terms. Yes, their physical worlds are often
constrained by parental controls, a lack of access to the outdoors and insane over-scheduling.
But despite that (or, more accurately, in reaction to that), they see the internet as a constantly evolving frontier,
where it is still possible for a bold and lucky pioneer to grab some land or find a voice. Most voices on the internet never
travel beyond a relatively small network, and much of the content that goes viral on platforms such as TikTok, YouTube
or Instagram does so because of unseen institutions at work (for example, a public relations team aiming to boost a
celebrity’s profile).
Fame can suddenly appear – and then just as suddenly be taken away again, because the audience gets bored,
the platform’s algorithms change or the cultural trend that a breakout video has tapped into goes out of fashion.
For a teenager, social media can seem like a summer garden at dusk filled with fireflies: spots of lights suddenly
flare up and then die down, moving in an unpredictable, capricious display.
Is this a bad thing? We will not know for several years.
Financial Times. 5 February 2020. Adaptado.
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In the text, the reference to a summer garden at dusk, filled with fireflies, suggests that, for teenagers, social media
Questão 18
According to the text, an aspect associated with the ephemeral nature of the popularity of an internet user, related to
the use of platforms such as TikTok, is
Questão 19
Scientists have long touted DNA’s potential as an ideal storage medium; it’s dense, easy to replicate, and stable
over millennia. But in order to replace existing silicon‐chip or magnetic‐tape storage technologies, DNA will have to get
a lot cheaper to predictably read, write, and package.
That’s where scientists like Hyunjun Park come in. He and the other cofounders of Catalog, an MIT DNA‐storage
spinoff emerging out of stealth on Tuesday, are building a machine that will write a terabyte of data a day, using 500
trillion molecules of DNA.
If successful, DNA storage could be the answer to a uniquely 21st‐century problem: information overload. Five years
ago humans had produced 4.4 zettabytes of data; that's set to explode to 160 zettabytes (each year!) by 2025. Current
infrastructure can handle only a fraction of the coming data deluge, which is expected to consume all the world's
microchip‐grade silicon by 2040.
“Today’s technology is already close to the physical limits of scaling,” says Victor Zhirnov, chief scientist of the
Semiconductor Research Corporation. “DNA has an information‐storage density several orders of magnitude higher
than any other known storage technology.” How dense exactly? Imagine formatting every movie ever made into DNA;
it would be smaller than the size of a sugar cube. And it would last for 10,000 years.
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Questão 20
The option which reflects CORRECTLY the humor approach of the comic strip is:
a) Charlie wanted to go home to do experiments by himself since he understood the whole subject.
b) Charlie's classmate noticed that he was feeling sick with so many classes that day.
c) Charlie was criticized for trying to take his dog to school.
d) one of the characters tries to use his class subject knowledge as an excuse for not staying at school.
e) the characters use their knowledge to participate in class and get better grades.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questão 21
No final do Império e início da República, apesar das tentativas de renovação com a implantação de engenhos
centrais e usinas, a cana perdia importância frente aos grupos de cafeicultores do sudeste e dos criadores de gado do
Rio Grande do Sul, mas os proprietários manteriam seu controle político a nível regional. O controle da terra pelos
[latifundiários e] grupos usineiros, continuou forte a ponto de, na segunda metade do século XX, ser a região nordestina,
em sua porção úmida, um dos maiores focos de resistência contra e a favor da reforma agrária.
(Sérgio Silva e Tamás Szmrecsányi. História Econômica da Primeira República)
Destaca-se no Maranhão ao longo da República Velha, como pioneiro na defesa da reforma agrária
Questão 22
[...] A Guerra do Léda, [...] durou aproximadamente onze anos – de 1898, ano do homicídio do promotor público de
Grajaú Estolano Eustáquio Polary, a 1909, quando Leão Léda foi assassinado na cidade de Conceição do Araguaia
[...]
O conflito conhecido por Guerra dos Léda (1889-1909) pode ser resumido da forma seguinte:
Questão 23
Não é o senhor. Não é por mim; mas é pela sociedade, é pelos descendentes, é por tudo mais.
A família de minha mulher é muito escrupulosa a esse respeito, e como ela é todo o Maranhão! Concordo que seja
uma asneira, concordo que seja um prejuízo tolo. Mas o senhor não imagina a prevenção que há por cá com este
negócio de cor. Nunca me perdoariam em tal casamento.”
(AZEVEDO, Aluísio de. O Mulato.)
O fragmento revela um aspecto significativo da sociedade maranhense durante o período imperial. Identifique esse
aspecto e uma consequência dele:
Questão 24
“Segundo o Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem 527 comunidades quilombolas no Estado do Maranhão,
distribuídas em 134 municípios. Elas concentram-se principalmente nas regiões da Baixada Ocidental, da Baixada
Oriental, do Munim, de Itapecuru, do Mearim, de Gurupi e do Baixo Parnaíba. [...]".
Acesso em 14/02/2014.http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil_ma.html.
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Sobre o texto acima podemos afirmar que
Questão 25
Indo cumprimentar o casal Rosa Lima, recebi convite para assistir naquela tarde o rodeio do seu gado [...] Dentro
desse círculo de paus-a-pique, ligados por fortes embiras, fervilhavam centenas de cabeças inquietas de animais [...]
Do oitão da casa, surgira a galope no seu fogoso tordilho a formosa dona da malhada [...] A filha de Leão Léda era
recebida com palmas de toda sua gente [...] Moradores da vizinhança com as famílias, entre as quais se viam amazonas
de todas as idades com as longas saias de chita de cores variegadas, abertas em leque sobre as ilhargas das
montarias, tinham vindo participar da festa [...] Todas as fases do rodeio iam sendo acompanhadas com algazarras e
explosões de gargalhadas dos assistentes [...] a noite caíra suavemente aumentando a alegria dos vaqueiros que iam
se reunindo em grandes grupos ao redor da fogueira [...]
O fragmento de Dunshee de Abranches remete a uma atividade econômica e uma manifestação cultural dos sertões
dos Pastos Bons, no Maranhão. Identifique-os.
Questão 26
A “Vertigem das Fábricas”, nome dado por Viveiros a tentativa de transformar o Maranhão agrícola em industrial, tem
como principal causa:
Questão 27
Durante o período Imperial predominou no Maranhão uma economia agrícola e escravista, destacando-se os ciclos:
a) Babaçu e açúcar.
b) Babaçu e arroz.
c) Algodão e babaçu.
d) Algodão e açúcar.
e) Arroz e madeira.
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Questão 28
Entre 2012 e 2022, houve a expansão da presença feminina no mercado de trabalho no país e na maioria das Unidades
da Federação. O Maranhão foi o 8º estado com maior crescimento de mulheres ocupadas entre 2012 e 2022. A
disparidade salarial entre homens e mulheres reduziu no país. Em 2012, as mulheres ganhavam 27% a menos em
relação aos homens e, em 2022, esse diferencial foi para 20,7%. No Maranhão, a maior desigualdade foi observada
em 2013, quando as mulheres recebiam 22,9% a menos que os homens. Naquele ano, o rendimento médio dos
homens foi de R$1.567 e das mulheres de apenas R$1.208. Em 2019, por sua vez, foi registrado o melhor resultado:
os homens recebiam R$1.721 e as mulheres R$1.595, ou seja, 7,3% a menos.
Boletim Social do Maranhão: a participação das mulheres no mercado de trabalho [recurso eletrônico] / Instituto Maranhense de Estudos
Socioeconômicos e Cartográficos (IMESC) - São Luís: IMESC, 2022.
Questão 29
O mapa revela os corredores que integram a Ferrovia Transnordestina e seus planos de expansão. Tais corredores
correspondem a
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Questão 30
O processo de ocupação do território maranhense foi ligado à exploração econômica referente à produção de cana-
de-açúcar, do algodão e do babaçu, desde o período colonial até os primeiros anos da República. Com isso, sofreu
diversas modificações atrelada às necessidades da França, Portugal e Holanda no qual esses interferiram em projetos
de ocupação e demarcação de terras, em exploração de recursos, apropriação de mão-de-obra indígena e africana e
ações políticas que implicaram no povoamento do Maranhão.
As frentes de ocupação maranhense ocorreram em diferentes áreas geográficas, sendo uma pela planície via litoral,
outra frente pelo sertão via planalto e uma terceira frente, a da corrente pastoril, sendo essa última marcada pela
Questão 31
Devido ao seu posicionamento geográfico, o Maranhão está inserido em uma zona de transição entre o clima
semiárido (baixa pluviosidade e altas temperaturas) e o clima equatorial (úmido e alto índice pluviométrico) e devido a
esse fator há uma forte sazonalidade climática na distribuição de precipitação sob o território maranhense, onde na
região Central (clima tropical típico) a quantidade em milímetros de chuvas é em torno de 700 mm anuais e na parte
Norte (clima equatorial) esses índices podem chegar até 2200 mm por ano.
Os sistemas produtores de tempo e clima que atuam no Maranhão são marcados pela atuação do(a)
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Questão 32
As 12 (doze) regiões hidrográficas do Brasil foram estabelecidas pela Resolução do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (CNRH) n° 32 de 25 de Junho de 2003, com a finalidade de melhorar o gerenciamento e planejamento dos
recursos hídricos. A Resolução n° 32 indica que o Estado do Maranhão está inserido em 03 (três) regiões hidrográficas.
a) bacia hidrográfica do rio Itapecuru constitui o maior curso d´água as bacias agrupadas do Atlântico Nordeste-
Ocidental.
b) hidrografia maranhense possui apenas 2 bacias hidrográficas federais, que são a bacia do Rio Parnaíba e a Bacia
do Rio Tocantins.
c) rio Mearim, que nasce na serra da Menina e desemboca na baía de São Marcos, entre São Luís e Alcântara tem
como principais afluentes o rio Gurupi e o rio Maracaçumé.
d) conjunto formado pelos rios Munim, Periá e Preguiças pertence as bacias agrupadas do Atlântico Nordeste-
Oriental, já que deságuam no oceano na porção leste do litoral maranhense.
e) bacia hidrográfica do rio Turiaçú, que possui nascentes na Amazônia maranhense deságua no oceano na porção
oriental do litoral maranhense, próximo ao Delta do Rio Parnaíba, numa paisagem tipicamente formada por dunas.
Questão 33
Passear pelo Centro Histórico de São Luís e conhecer a história de cada beco e dos muitos casarões históricos
é uma experiência encantadora. Além de propiciar uma viagem no tempo, o passeio nos traz a certeza da beleza e do
charme dos 4 mil casarões, distribuídos por mais de 220 hectares.
Disponível em: https://www.turismo.ma.gov.br/roteiro-sao-luis/ Acesso em 28 jun. 2021.
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Questão 34
Paraíso escondido no Nordeste do Brasil, os Lençóis Maranhenses são um dos principais destinos turísticos do
Maranhão. Criado em 1981, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses – com área total de 156,5 mil hectares –
integra a Rota das Emoções. As dunas – comuns nessa região do país – são formadas pela força dos ventos, que
criam uma paisagem única e alteram constantemente sua aparência. Nesse ‘deserto gigante’ é possível encontrar
lagoas formadas pelo acúmulo de água das chuvas do primeiro semestre. (...) Até o mês de setembro, os visitantes
podem contemplar dunas e se banhar nas lagoas formadas pela combinação da água das chuvas e da elevação dos
lençóis freáticos. No auge da estação de seca no Maranhão – no segundo semestre –, as lagoas ficam muito baixas,
o que prejudica o banho.
Questão 35
Em suas memórias, Cazuza, personagem da obra de mesmo nome, recorda-se dos motivos que o fizeram querer
estudar. O trecho selecionado apresenta um desses motivos.
Dois motivos é que me deram vontade de estudar. O primeiro deles — as calças. Desde que me entendi, tive a
preocupação de ser homem e nunca me pude ajeitar nos vestidinhos rendados de menina. Sempre olhei com inveja
os garotos mais taludos do que eu, não porque eles fossem maiores e gozassem regalias que os garotinhos não gozam,
mas porque usavam calças. Minha mãe prometia frequentemente: — Quando você entrar para a escola deixará dos
vestidinhos. E, por amor às calças, comecei a mostrar amor aos livros.
CORRÊA, Viriato. Cazuza. – 37ª ed. - São Paulo: Editora Nacional, 1992. p.11
Pode-se afirmar que, para Émile Durkheim, as roupas, a exemplo das calças ou vestidos são
Questão 36
Leia o texto a seguir:
“O lado dramático e cruel da situação educacional brasileira está exatamente aí. O homem da camada social
dominante tira proveito das deformações de sua concepção de mundo. Ao manter a ignorância, preserva sua posição
de mando, com os privilégios correspondentes. O mesmo não sucede com o homem do Povo. As deformações de sua
concepção de mundo atrelam-no, indefinidamente, a um estado de incapacidade, miséria e subserviência. Transformar
essa condição humana, tão negativa para a sociedade brasileira, não poderia ser uma tarefa exclusiva das escolas.
Todo o nosso mundo precisaria reorganizar-se, para atingir-se esse fim. No entanto, é sabido que as escolas teriam
uma contribuição específica a dar, como agências de formação do horizonte intelectual dos homens.”
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Considerando o que diz o trecho acima e as características da “instituição escolar”, é correto afirmar que
a) a escola é a instituição social responsável por promover, por meio da reorganização intelectual das classes
dominantes, a transformação social.
b) as diferenças culturais existentes na sociedade de classes favorecem as camadas dominantes que encontram, na
escola, o reforço e a valorização de conhecimentos já compartilhados no espaço familiar.
c) o homem do povo encontra, na escola, um espaço de valorização dos seus saberes, os quais se transformam em
um componente fundamental de ingresso no mercado de trabalho na sociedade capitalista.
d) em uma sociedade de classes, os filhos das classes dominantes e populares desenvolvem, por meio da educação
escolar, as mesmas competências e habilidades.
e) mesmo quando assumem a responsabilidade de agir sobre a formação intelectual humana, as escolas não têm um
alto potencial transformador.
Questão 37
Neste ano, comemoramos o centenário de nascimento do Patrono da Educação Brasileira, o Professor Paulo Freire
(1921-1997). Atente para a seguinte passagem de sua autoria:
“[...] a educação é uma forma de intervenção no mundo [...], que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal
ensinados e/ou aprendidos implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto seu
desmascaramento. [...] não poderia ser a educação só uma ou só outra dessas coisas. [...] É um erro decretá-la como
tarefa apenas reprodutora da ideologia dominante como erro tomá-la como uma força de desocultação da realidade, a
atuar livremente, sem obstáculos e duras dificuldades”.
No texto acima, o fato de a educação ser concebida como uma prática que une em si reprodução e desmascaramento
da ideologia dominante, filosoficamente, manifesta uma
Questão 38
A personagem Joana, na obra Perto do Coração Selvagem, de Clarisse Lispector, em um diálogo com a tia diz:
- Sim, roubei porque quis. Só roubarei quando quiser. Não faz mal nenhum. — Deus me ajude, quando faz mal
Joana? — Quando a gente rouba e tem medo. Eu não estou contente nem triste. A mulher olhou-a desamparada: —
Minha filha, você é quase uma mocinha, pouco falta para ser gente... Daqui a dias terá que abaixar o vestido... Eu lhe
imploro: prometa que não faz mais isso, prometa, prometa em nome do pai.
O ato de roubar, partindo de uma análise kantiana, pode ser classificado como
17
Questão 39
Leia atentamente o trecho de um diálogo de Joana, personagem da obra Perto do coração selvagem, e seu professor:
Ele falava a tarde toda: — Afinal nessa busca de prazer está resumida a vida animal. A vida humana é mais
complexa: resume-se na busca do prazer, no seu temor, e sobretudo na insatisfação dos intervalos, É um pouco
simplista o que estou falando, mas não importa por enquanto. Compreende? Toda ânsia é busca de prazer. Todo
remorso, piedade, bondade, é o seu temor. Todo o desespero e as buscas de outros caminhos são a insatisfação. Eis
aí um resumo, se você quer. Compreende? — Sim. — Quem se recusa o prazer, quem se faz de monge, em qualquer
sentido, é porque tem uma capacidade enorme para o prazer, uma capacidade perigosa — daí um temor maior ainda.
Só quem guarda as armas a chave é quem receia atirar sobre todos.
No diálogo, o ponto de reflexão é o prazer. Na filosofia epicurista, o prazer pode ser corretamente compreendido como
Questão 40
Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) opõe à moral tradicional, herdeira do pensamento socrático-platônico e da religião
judaica-cristã, a transvaloração de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer a crítica da moral
tradicional, Nietzsche preconiza a ‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsa moral, ‘decadente’, ‘de
rebanho’, ‘de escravos’, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao próximo”. Desta forma,
opõe a moral do escravo à moral do senhor, a nova moral.
(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.)
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MATEMÁTICA, CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
Questão 41
Em um recente concurso para ingresso em uma empresa estatal, temos os seguintes dados relativos ao número total
de candidatos inscritos: 52% faltaram, 30% foram aprovados e 81 foram reprovados.
a) 450
b) 460
c) 480
d) 490
e) 500
Questão 42
O professor Abder comprou alguns exemplares de um livro para presentear seus alunos, gastando R$ 640,00. Ganhou
quatro livros de bonificação e, com isso, o preço de cada livro ficou R$ 8,00 mais barato. Assim, é correto afirmar que
o número de livros que o professor destinou para presentear seus alunos é
a) 20.
b) 12.
c) 18.
d) 14.
e) 16.
Questão 43
Suponha que na caracterização semanal dos cadastros das famílias, acompanhadas por um dos pediatras que atende
em determinado posto de saúde, o levantamento do número de crianças residentes no mesmo domicílio era:
Nº de Cadastro 1808 1847 1496 1446 1552 1810 1817 1397 1891 1829
Nº de Crianças 0 2 0 1 3 3 0 0 0 2
Nº de Cadastro 1799 1771 1742 1532 1825 1950 1948 1571 1649 1747
Nº de Crianças 6 3 4 2 1 2 0 1 2 4
Nº de Cadastro 1813 1919 1531 1947 1464 1785 1588 1719 1641 1912
Nº de Crianças 5 3 3 1 2 1 1 3 4 1
Pelo registro dessas informações, sorteando ao acaso o cadastro de uma dessas famílias, julgue as afirmações
seguintes como verdadeiras ou falsas:
I. chances de que o número de crianças residentes no mesmo domicílio seja menor que a moda dos dados é de
50%.
II. As chances de que o número de crianças residentes no mesmo domicílio seja maior que a mediana dos dados é
de 50%.
III. As chances de que o número de crianças residentes no mesmo domicílio seja igual à média dos dados é de 20%.
IV. As chances de que o número de crianças residentes no mesmo domicílio seja simultaneamente inferior à média,
à mediana e à moda dos dados é de 20%.
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Questão 44
Observe os dados com as alturas de 25 mudas de uma mesma planta.
Número Altura
de mudas (em cm)
1 4
6 5
9 6
8 7
1 8
Retirando-se as duas mudas cujas alturas são valores extremos dos dados, pode-se afirmar que a
Questão 45
Um casal está planejando comprar um apartamento de dois quartos num bairro de uma cidade e consultou a página
de uma corretora de imóveis, encontrando 105 apartamentos de dois quartos à venda no bairro desejado. Eles usaram
um aplicativo da corretora para gerar a distribuição dos preços do conjunto de imóveis selecionados.
O gráfico ilustra a distribuição de frequências dos preços de venda dos apartamentos dessa lista (em mil reais), no qual
as faixas de preço são dadas por ]300, 400], ]400, 500], ]500, 600], ]600, 700], ]700, 800], ]800, 900], ]900, 1000],
]1000, 1100], ]1100, 1200] e ]1200, 1300].
A mesma corretora anuncia que cerca de 50% dos apartamentos de dois quartos nesse bairro, publicados em sua
página, têm preço de venda inferior a 550 mil reais.
No entanto, o casal achou que essa última informação não era compatível com o gráfico obtido.
Com base no gráfico obtido, o menor preço, p (em mil reais), para o qual pelo menos 50% dos apartamentos apresenta
preço inferior a p é
a) 600.
b) 700.
c) 800.
d) 900.
e) 1000.
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Questão 46
Leia o texto que se refere ao acidente, causado por uma reação nuclear que caracteriza o fenômeno da radioatividade.
“Um estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que o acidente nuclear na usina
japonesa de Fukushima, causado por um tsunami em 2011, oferece apenas riscos baixos para a população em geral,
tanto no Japão quanto nos países vizinhos.
No entanto, para quem vivia em regiões muito próximas à usina, o risco estimado para alguns tipos de câncer é
maior. Nas áreas que realmente foram contaminadas, o risco é alto, mas ele já reduz drasticamente mesmo em outros
pontos do município de Fukushima.
O relatório da OMS destaca a necessidade de monitoramento de saúde em longo prazo para quem tem alto risco,
assim como a provisão de controle médico e serviços de apoio, completou Maria Neira, diretora de saúde pública e
meio ambiente da OMS. A organização destacou ainda que é preciso oferecer suporte psicossocial às populações
afetadas pelo acidente.”
Fonte: Disponível em: <http//:www.g1.globo.com>. Acesso em: 12 jul. 2013.
Questão 47
Em todas as ações fundamentais de nossas vidas, utilizamos água. Leia o texto abaixo:
“Você acorda, acende a luz, toma um banho quente e prepara o almoço. Para cozinharmos, por exemplo, o arroz,
é comum diluirmos uma “pitada” (pequena quantidade) de sal de cozinha num volume de 1 litro de água – solução de
sal. Vai ao banheiro, escova os dentes e está pronto para o trabalho. Se parar para pensar, vai ver que, para realizar
todas essas atividades, foi preciso usar água. Logo a água, solvente universal, é fundamental para nossa vida”.
Fonte: Disponível em: <http//planetasustentavel.abril.com.br/>. Acesso em: 04 jun. 2013. (adaptado)
Com base no conceito e nos critérios de classificação de uma solução (estado físico das soluções, estado físico do
soluto e do solvente e a natureza do soluto), pode-se afirmar que a solução salina é, respectivamente,
Questão 48
Ao se adquirir um carro novo, é comum encontrar no manual a seguinte recomendação: mantenha os pneus do
carro corretamente calibrados de acordo com as indicações do fabricante. Essa recomendação garante a estabilidade
do veículo e diminui o consumo de combustível. Esses cuidados são necessários porque sempre há uma perda de
gases pelos poros da borracha dos pneus (processo chamado difusão). É comum calibrarmos os pneus com gás
comprimido ou nas oficinas especializadas com nitrogênio. O gás nitrogênio consegue manter a pressão dos pneus
constantes por mais tempo que o ar comprimido (mistura que contém além de gases, vapor da água que se expande
e se contrai bastante com a variação de temperatura).
Considerando as informações dadas no texto e o conceito de difusão, pode-se afirmar, em relação à massa molar do
gás, que
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Questão 49
O bafômetro é um instrumento que detecta álcool no ar exalado por meio de uma reação de transferência de
elétrons. Esses dispositivos mais simples e descartáveis consistem num pequeno tubo que contém dicromato de
potássio, 𝐾2 Cr2 𝑂7 , umedecido com ácido sulfúrico, 𝐻2 SO4 , com coloração amarelo-alaranjada. Quando a pessoa sopra,
por meio da mistura, provoca a reação dos íons dicromato, detectando a presença de álcool, devido à mudança da cor
para verde, conforme equação abaixo. A mudança de cor ocorre pela diferença do número de oxidação, observada na
reação, que indica o número de elétrons que um átomo ou íon perde ou ganha para adquirir estabilidade química.
Equação:
𝐾2 𝐶𝑟2 𝑂7 + 4𝐻2 𝑆𝑂4 + 3𝐶𝐻3 𝐶𝐻2 𝑂𝐻 → 𝐶𝑟2 (𝑆𝑂4 )3 + 7𝐻2 𝑂 + 3𝐶𝐻3 𝐶𝐻𝑂 + 𝐾2 𝑆𝑂4
𝐴𝑙𝑎𝑟𝑎𝑛𝑗𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑜𝑟 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑜𝑟
Os números de oxidação identificados nas espécies químicas responsáveis pela mudança de coloração são,
respectivamente,
a) 6+ e 3+.
b) 6- e 3-.
c) 1+ e 2-.
d) 5+ e 2+.
e) 5- e 2-.
Questão 50
O gás ozônio e o fósforo branco são alótropos dos elementos químicos oxigênio (𝑧 = 8) e fósforo (𝑧 = 15),
respectivamente, que apresentam diferentes características.
O jornal O Estado do Maranhão veiculou as seguintes informações sobre essas duas formas alotrópicas:
“BRASIL - A região metropolitana de São Paulo atingiu em 2012 o pior índice de poluição por ozônio (O3) nos últimos
10 anos, segundo relatório anual de qualidade do ar da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).”
“ISRAEL – Autoridades militares israelenses voltaram a afirmar que o país deve interromper o uso de munições de
artilharia com fósforo branco (P4), utilizado para criar cortinas de fumaça. As munições devem ser substituídas por
outras que usariam apenas gases para causar o mesmo efeito. Grupos de direitos humanos condenaram o uso de
armas com fósforo branco durante o conflito de Gaza, por elas causarem sérios danos à população civil. Ele é utilizado,
além de ocultar movimento de tropas com uma cortina de fumaça, para marcar alvos inimigos ou até mesmo incendiar
os oponentes. Seus efeitos podem ser mortais. Em contato com a pele, a substância causa queimaduras que vão até
o osso.”
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Questão 51
Um corpo I é colocado dentro de uma campânula de vidro transparente evacuada. Do lado externo, em ambiente à
pressão atmosférica, um corpo II é colocado próximo à campânula, mas não em contato com ela, como mostra a figura.
As temperaturas dos corpos são diferentes e os pinos que os sustentam são isolantes térmicos. Considere as formas
de transferência de calor entre esses corpos é possível concluir que
a) não há troca de calor entre os corpos I e II porque não estão em contato entre si.
b) não há troca de calor entre os corpos I e II porque o ambiente no interior da campânula está evacuado.
c) não há troca de calor entre os corpos I e II porque suas temperaturas são diferentes.
d) há troca de calor entre os corpos I e II e a transferência se dá por convecção.
e) há troca de calor entre os corpos I e II e a transferência se dá por meio de radiação eletromagnética.
Questão 52
Telas sensíveis ao toque são utilizadas em diversos dispositivos. Certos tipos de tela são constituídos, essencialmente,
por duas camadas de material resistivo, separadas por espaçadores isolantes. Uma leve pressão com o dedo, em
algum ponto da tela, coloca as placas em contato nesse ponto, alterando o circuito elétrico do dispositivo. As figuras
mostram um esquema elétrico do circuito equivalente à tela e uma ilustração da mesma. Um toque na tela corresponde
ao fechamento de uma das chaves 𝐶𝑛 , alterando a resistência equivalente do circuito.
A bateria fornece uma tensão 𝑉 = 6 𝑉 e cada resistor tem 0,5 𝑘𝛺 de resistência. Para a situação em que apenas a
chave 𝐶2 está fechada, o valor da resistência equivalente do circuito e a intensidade corrente emanada pela bateria,
valem respectivamente:
a) 0,5 k e 2 mA.
b) 1 k e 6 mA.
c) 2 k e 3 mA.
d) 3 k e 2 mA.
e) 4 k e 1,5 mA.
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Questão 53
Quando se amarra a extremidade de uma corda, em um poste, e se segura a outra ponta dela, há provocação de
perturbações. Ao se sacudir a corda para cima e para baixo, surgirá uma onda que se movimentará ao longo da corda.
A perturbação provocada é denominada pulso e a propagação deste pulso constitui uma onda. Logo, vemos então que
onda é um pulso que se propaga.
Um garoto produz em uma corda de comprimento L = 2,4m, presa em um poste, uma oscilação de frequência 50 Hz,
de acordo com o estado estacionário mostrado na figura.
Os valores correspondentes ao comprimento de onda produzidas pelo o garoto e a velocidade de propagação da onda,
valem respectivamente,
a) 180 cm e 90 m/s.
b) 120 cm e 60 m/s.
c) 100 cm e 50 m/s.
d) 80 cm e 40 m/s.
e) 40 cm e 20 m/s.
Questão 54
O mix de compras no carrinho dos homens é, aparentemente, muito variado, incluindo desde produtos alimentícios
(carne, biscoitos, frutas etc), até material de limpeza, higiene pessoal ou itens diversos, como flores e artigos para casa
(como toalha de banho e copos). Num Supermercado, um cidadão empurra um carrinho de compras, com velocidade
de 1,5 m/s, com vários produtos, perfazendo um total de 30 kg de massa.
O carrinho é impulsionado por uma força constante de 20 N, mantendo a mesma direção e o mesmo sentido do
movimento, assim podemos afirmar que a quantidade de movimento dele após os 30 segundos de atuação da força,
vale
a) 200 kg.m.s-1.
b) 250 kg.m.s-1.
c) 600 kg.m.s-1.
d) 645 kg.m.s-1.
e) 850 kg.m.s-1.
24
Questão 55
As membranas celulares são parcialmente permeáveis para permitir a passagem de material carregado, de acordo
com a necessidade, considerando uma constante elétrica. Densidade de cargas iguais, porém opostas, formam-se nas
faces internas e externas dessas membranas, e essas cargas impedem que cargas adicionais passem através da
parede celular. É possível modelar uma membrana celular como um capacitor com placas paralelas com capacitância
de 1,5𝜇𝐹 por cada centímetro quadrado, em que a própria membrana contém proteínas embutidas em um material
orgânico e podem dar a ela uma constante dielétrica de aproximadamente 9 10-11 C2 / N m2..
Considerando que, em seu estado normal de repouso, uma célula possui uma diferença de potencial de 84 mV através
de sua membrana, o valor do campo elétrico no interior dessa membrana É
a) 14 MV/m.
b) 12 MV/m.
c) 10 kV/m.
d) 6 GV/m.
e) 8 kV/m.
Questão 56
A imagem ilustra a sequência de eventos que compõem um tipo de divisão celular.
LODISH, H.; BERK, A.; ZIPURSKY, S.L.; MATSUDAIRA, P.; BALTIMORE, D.; DARNELL, J.
Biologia Celular e Molecular. 7.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
A separação das cromátides-irmãs e a troca de fragmentos entre cromátides homólogas estão representadas,
respectivamente, pelos números
a) 3 e 2.
b) 7 e 1.
c) 7 e 5.
d) 3 e 5.
e) 3 e 6.
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Questão 57
A imagem se refere à radiografia tirada de gêmeos cefalotoracópagos.
Questão 58
O homem obteve espécies de animais e plantas com características que são de seu interesse. O processo mais
comumente usado para isso foi
Questão 59
Analise o gráfico abaixo sobre a ação da seleção natural sobre as mariposas escuras e claras.
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Questão 60
A ACE2 é uma proteína transmembrana expressa na superfície de diversas células do epitélio do sistema respiratório,
e é responsável pela clivagem da angiotensina I para produzir angiotensina II.
Um aspecto importante na fisiologia da COVID-19 é o desequilíbrio provocado pelo vírus no sistema renina-
angiotensina-aldosterona (RAA). No início da doença, a ocupação dos receptores ACE2 pelos vírus ocasiona aumento
nos níveis séricos de angiotensina II ocasionando
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PROVA DE PRODUÇÃO TEXTUAL – PAES 2022
Texto 1:
"Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, o mundo atual vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Isto
quer dizer que, com o avanço da tecnologia no século XXI, as pessoas tendem a se relacionar mais por meio de
aparelhos eletrônicos do que pessoalmente. Hoje, vivemos o que os sociólogos chamam de amor líquido, já que nossas
relações de afetividade tornam-se facilmente descartáveis. Assim, o verso do poeta brasileiro Vinícius de Moraes, “Que
seja eterno enquanto dure”, encaixa-se perfeitamente ao que estamos vivendo nos dias atuais. Nesse sentido, as
relações entre as pessoas estão cada vez mais vulneráveis e a realidade do mundo virtual proporciona a escolha de
novos amigos e novos amores facilmente, ou melhor dizendo, num simples “clique” do computador. As identidades são
forjadas a fim de chamar atenção das pessoas, pois vivemos a dicotomia entre mundo virtual e mundo real, em que
um indivíduo pode assumir diferentes personalidades, mantendo relações pouco duradouras."
Disponível em: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/banco-de-redacoes/tema-por-que-os-casamentos-se-
tornaram-descartaveis-no-seculo-xxi.htm
Texto 2:
A terapeuta acrescenta que é algo do momento atual, pois tudo está "mais fluido" e as relações estão no mesmo
sentido. "As novas gerações não toleram esperar e têm dificuldade de se colocar no lugar do outro. Além disso, a
liberdade de se relacionar proporciona esse movimento. O problema é que o custo emocional, que pode ser
extremamente desgastante, não é levado em consideração." A professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo) Rosa Maria de Macedo concorda com a tese de Maria Cristina. Ela diz que o significado do casamento
mudou da base do amor romântico para algo que se faz apenas enquanto é "confortável e conveniente".
Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2017/08/28/por-que-os-casamentos-estao-acabando-em-
pouco-tempo.htm
Texto 3:
O casamento é uma das tradições humanas mais antigas e disseminadas pelo mundo, mas é comumente associado
à imagem do cristianismo e, mais especificamente, à Igreja Católica. Atualmente, ele é visto como uma ação, contrato,
formalidade ou cerimônia que deve ser realizado para estabelecer uma união conjugal, em que os envolvidos têm como
propósito a vida em conjunto. Essa vida comum envolve o compartilhamento de interesses, atividades e
responsabilidades entre as partes envolvidas. Porém, as primeiras formas de casamento eram vistas como ferramentas
de manutenção de relacionamentos entre grupos sociais. As sociedades tribais anglo-saxãs, por exemplo, viam no
casamento uma forma de estabelecer alianças e conquistar aliados, constituindo relações diplomáticas e laços
econômicos. Até o século XI, os casamentos eram arranjados pelas famílias dos noivos, que buscavam conseguir
perpetuar alianças ou a manutenção do poder econômico familiar ao promoverem casamentos entre famílias com
posses maiores ou de tamanho similar. O consentimento só passou a fazer parte da tradição a partir de 1140 com o
Decreto de Graciano, uma obra extensa que trata sobre o direito canônico, estabelecendo regras de conduta e
normatizando costumes da Igreja Católica. O consentimento, ou a manifestação voluntária em relação à vontade de
unir-se em matrimônio, passou a ser, a partir do século XII, condição para que o casamento fosse realizado. Por muito
tempo o casamento foi amplamente usado na Europa medieval como modo de formar e manter alianças políticas e
militares. Reis, príncipes, rainhas, princesas e demais membros da nobreza sujeitavam-se a casamentos com o único
interesse de firmar tratados e assegurar a estabilidade econômica de uma região. O caráter irrevogável que a união
matrimonial possuía tinha sentido de estabilidade nas relações entre os grupos de interesse. Obviamente, os
casamentos entre pessoas “normais” ainda aconteciam de acordo com as estipulações sociais e religiosas. Embora a
criação da Igreja Anglicana, em 1534, e a dissolução do casamento entre o Rei inglês Henrique VIII e a rainha
espanhola Catarina de Aragão tenham sido marcos importantes para a contestação do caráter permanente da união
matrimonial, foi a partir de 1670 que a indissolubilidade do casamento passou a ser contestada. Decisões
parlamentares promoviam a quebra de relações matrimoniais para casos e pessoas específicas, o que se tornou a
premissa do divórcio que conhecemos hoje. A partir de 1836, na Europa, o casamento deixou de ser um ato
exclusivamente religioso, passando a ser possível a união civil, e não religiosa, ou, ainda, que pessoas não católicas
ou de outras religiões se casassem de acordo com seus próprios preceitos. Hoje, as discussões que envolvem o
casamento ainda persistem e representam muito das mudanças que ocorreram em nossas sociedades. O casamento
homoafetivo, por exemplo, é amplamente discutido na sociedade atualmente, principalmente nas esferas políticas,
onde a pluralidade e a diferença devem ser contempladas, e nas organizações religiosas que se posicionam contra e
acreditam ser a única instituição legítima capaz de consagrar a união matrimonial.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/historia-casamento.htm
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Com base na leitura dos textos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, com clareza e argumentação pertinente,
em prosa, de, no mínimo, 15 linhas, acerca do tema:
INSTRUÇÕES
29
30