Renovação diária: 40 dias de oração e jejum, renovação espiritual e
missão, Brasília: Lerban, 2020, 56 páginas.
ISBN: 978-85-86608-25-4
1.Religião. 2. Atividades Religiosas. 3. Práticas Religiosas. I. A.
Espindola, Filipe. II. Andrade, Amanda. III. Andrade, Wasny. IV.
Andrade, Rose. V. Andrade Silveira, Eliete. VI. Aparecido dos Santos
Silva, Jesus. VII. Batista, Elias. VIII. Bezerra, Natan. IX. Carlos da
Silva, José. X. César Nascimento, Paulo. XI. Claussen, Elizabeth. XII.
da Conceição Oliveira, Weber. XIII. Dias, Esdras. XIV. Fernandes de
Oliveira, Elcimar. XV. Fraga, Marcelo. XVI. Ghelli, Leônidas. XVII.
Ghelli, Glízia. XVIII. Gomes da Silva, Jason. XIX. Leão, João. XX.
Leonardo Borges de Souza, Hebert. XXI. Lino Alves da Silva, Manoel.
XXII. Lucélia Souza Costa, Maria. XXIII. Luiz, Willian. XXIV.
Macnelli Aragão Costa, Jofre. XXV. Modesto, Amélia. XXVI.
Monteiro, Keyle. XXVII. Mota, Josué. XXVIII. Ormerod, Paulo.
XXIX. Perrazoli, Bianca. XXX. Pinto, Fabiano. XXXI. Rêgo Júnior,
José. XXXII. Ricardo Gonzales, Jose. XXXIII. Rodrigues de Sousa
Silva, Aline. XXXIV. Santana, Nilton. XXXV. Vieira Fernandes,
Moisés. XXXVI. Vila Nova, Edmilson.
Copyright © Lerban
6ª Edição
Livraria Editora Renovação Batista Nacional
SDS Bloco M, Ed. Venâncio Júnior, Entrada 14 Brasília/DF
www.lerban.com.br
Programação visual e diagramação:
Junior Ribeiro Soares Ramos
Editor:
Pr. Leônidas Ghelli
Todos os direitos reservados - É proibida a reprodução total ou parcial da obra,
de qualquer forma ou por qualquer meio sem a autorização prévia e por escrito
do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 610/98) é crime estabelecido
pelo artigo 48 do Código Penal.
Apresentação Campanha de Oração 2020
Renovação e Comunhão
Pelo sexto ano consecutivo, a CBN convida as igrejas filiadas à oração e
à reflexão. O povo batista nacional é herdeiro (ou fruto) do movimento de
Renovação Espiritual, caracterizado pela busca de santidade pessoal e poder
do Espírito Santo para cumprimento da tarefa de evangelização no Brasil e no
mundo. Mais do que saudosismo, está diante de nós o resgate de nossa história,
a preservação de nossa memória afetiva, o respeito aos pioneiros e a valorização
de nossa origem carismática e missional. Somos um povo que ora, evangeliza
e crê.
A campanha de 40 dias de oração de 2020 ganhou novo significado.
Esse ano de pandemia, isolamento social, cultos em ambiente virtual e novas
experiências de comunhão sem contato físico trouxeram ensinamentos e
desafios. Cremos que muitos cristãos oraram mais do que em anos anteriores;
o “quarto de oração” foi povoado de intercessões e súplicas. Há quem diga que
nos reunimos mais nesse tempo de isolamento. O tempo dirá, quando os frutos
estiverem maduros, os benefícios e os males dessa experiência, não só da igreja
batista nacional, mas da humanidade.
Nessa campanha de oração, refletiremos sobre a comunhão, que está
além do ansiado abraço ao final do culto no templo. A comunhão da fé, dos
laços gerados por profundos afetos e misericórdia, da unidade do espírito
estabelecida a partir da cruz de Cristo. Por meio deste devocionário editado
pela Lerban (Livraria Editora Renovação Batista Nacional) convidamos cada
batista nacional reunido num templo, com a família em casa, ou assentado a sós
diante de Deus, a refletir e a orar durante 40 dias em favor de si, de sua casa, de
sua comunidade local de fé, de todos nós da CBN, para que experimentemos
tempos de comunhão renovada, comprometimento e mutualidade, e acima de
tudo, tempos de amor compassivo e misericordioso.
José Carlos da Silva
Presidente da Lerban
Lançamentos LERBAN
Série Série
Passo a Passo com Missão no Mundo
Cristo
4 volumes
4 volumes
Dâmocles Vinicius Tavares e
João Leão dos Santos Xavier José Carlos da Silva.
Série
As Escrituras NT Maternalzinho I
Escritos Aos Foi Deus quem Fez
Judeus Cristãos
José Carlos da Silva
O verbo se Fez Gente Bíblia CBN
Uma Jornada no Nova Almeida Atualizada
Evangelho de João Letra Gigante, 13x20
Capa de luxo exível
Maurício de Abreu
Livraria Editora Renovação Batista Nacional
(61) 3321-8557 | 98235-0556
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SDS Bloco M, 14 - Brasília/DF | 70394-900
A Convenção Batista Nacional
QUEM SOMOS
A Convenção Batista Nacional, fundada em 16 de setembro de
1967, é uma convenção cujo espírito é o da fraternidade e da cooperação,
desenvolvido por igrejas liadas, a partir da convergência de doutrinas
básicas, nalidades e organização.
A CBN é Batista porque as igrejas a ela liadas professam as
doutrinas defendidas historicamente pelos batistas, e também se
norteiam pelos mesmos princípios. Nasceu a partir do movimento de
igrejas deste país, sob a orientação de brasileiros, e por isso a escolha do
nome nacional.
NOSSA LOGOMARCA
Nossa logomarca engloba os elementos
fundamentais da CBN: Avivamento, Mis-
sões, Integração e União.
NOSSO SONHO
Sonhamos com uma igreja saudável, centrada em Cristo e na sua
Palavra. Fruti cando vida e multiplicando a imagem do Senhor Jesus.
O cuidado de uns aos outros.
NOSSA VISÃO
Da unidade do Corpo de Cristo. Uma igreja unida sem
radicalização, equilibrada na graça, balizada na santidade e operante
na fé.
NOSSA MISSÃO
Manter contínua e e ciente parceria com as convenções estaduais
e as igrejas liadas, desenvolvendo uma espiritualidade contagiante,
além de centrar esforços na expansão missionária, com ênfase no
discipulado e na responsabilidade social, cujos resultados sejam de
melhoria da qualidade de vida e de transformação das comunidades
alcançadas.
A Convenção Batista Nacional
A CBN possui vários ministérios para a consecução de seus
trabalhos.
JAMI - A Junta Administrativa de Missões é a agência missionária
transcultural da Convenção. Fundada em 1995, é responsável pela
formação e cuidado de missionários da CBN, servindo em 23 países ao
redor do mundo. Nossos obreiros servem como pastores, enfermeiros,
sioterapeutas, músicos, professores e agentes de desenvolvimento,
expandindo o reino de Deus por meio dos projetos: plantio de igrejas,
discipulado, educação, saúde, ministérios com crianças e capacitação de
liderança.
ORMIBAN - A Ordem dos Ministros Batistas Nacionais é a
instituição que arrola e credencia os pastores das igrejas liadas à CBN.
Pastoreia os ministros, promovendo a edi cação e a comunhão de seus
membros. Atualmente contamos com cerca de 2700 pastores cadastrados
e ativos.
LERBAN - A Livraria Editora Renovação Batista Nacional produz
recursos de educação cristã para crianças, jovens e adultos.
SENAM - A Secretaria Nacional de Missões apoia as CBEs
no desenvolvimento e na implementação de políticas missionárias
relacionadas ao plantio de igrejas, em locais estratégicos, ou de pequena
presença evangélica, no Brasil. Sua função é fortalecer o Corpo de Cristo
para semear o Evangelho no poder do Espirito Santo como instrumento
ministerial de Deus em todo Brasil.
SEDELIM - A Secretaria de Desenvolvimento de Liderança e
Ministérios oferece capacitação e consultoria dos princípios de liderança
serva para nossas igrejas e convenções estaduais.
DEPARTAMENTOS - A UEMBN - União Evangelizadora
Masculina Batista Nacional, a UEFBN - União Evangelizadora
Feminina Batista Nacional e a JUBAN - Juventude Batista Nacional
são departamentos da CBN que desempenham um papel importante no
fomento do crescimento espiritual e da evangelização.
A Convenção Batista Nacional
PLANO COOPERATIVO
O SUSTENTO DA CBN
A manutenção do trabalho convencional se dá por meio do Plano
Cooperativo, que advém da contribuição das igrejas e das CBEs. O valor
pago à CBN é mensal e estabelecido pela Conplex, conforme orçamento
apresentado. As igrejas contribuem ainda com 5% de suas receitas às
estaduais, que por sua vez repassam 5% desta receita à CBN nacional. A
CBN aplica os recursos conforme os percentuais estabelecidos conforme
orçamento aprovado pelo Conplex.
MISSÕES NO PODER DO ESPÍRITO
Somos apaixonados por compartilhar as Boas-Novas “em Jerusalém,
na Judeia e Samaria, e até aos con ns da terra” (Atos 1.8). Como um líder
no “Novo Movimento de Envio Missionário”, as igrejas da CBN apoiam
missionários atualmente servindo na África, Ásia, Europa e Américas
do Sul e do Norte, e também entre os povos indígenas do Brasil. Para
o sustento da obra missionária, todos os anos é realizado no segundo
domingo de abril a Campanha de Missões Nacionais para que as igrejas
se mobilizem, a m de arrecadar ofertas para a SENAM – Secretaria
Nacional de Missões, e no segundo domingo de setembro a Campanha
de Missões Mundiais, a m de arrecadar ofertas para a JAMI - Junta
Administrativa de Missões.
Ore por esta causa e contribua com a obra missionária.
Diretoria da CBN
Biênio 2019-2021
Cronograma Proposto
6ª CAMPANHA NACIONAL
40 DIAS DE JEJUM E ORAÇÃO
Período: de 07 de outubro a 15 de novembro
Divisa:
A m de que todos sejam um E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti,
também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
João 17.21
Hino O cial: Cantor Cristão 171 Avivamento
Orientações
Com antecedência:
• O pastor indica um coordenador que será responsável por todas as
ações relativas à Campanha;
• O coordenador inicia a divulgação da Campanha, a xando a faixa,
banners, cartazes, divulgação em redes sociais, boletim da igreja, etc;
• Disponibilização do Calendário de Jejum e Oração para que
as pessoas possam colocar seus nomes no dia escolhido. Nossa
sugestão é que no mínimo 5 pessoas (no caso de igrejas pequenas)
estejam envolvidas a cada dia, assumindo o compromisso de orar
pelos objetivos da Campanha e jejuar por um período mínimo de
12 horas;
No domingo que antecede o dia 07 de outubro
• Culto de lançamento da Campanha. Serão apresentados os objetivos
da campanha, as estratégias e o material que será utilizado.
Dia 07 de outubro - Início da Campanha
• Os irmãos que colocaram seus nomes no calendário, jejuarão e
orarão em favor do objetivo da campanha. Isto se repetirá por toda
campanha, inclusive no dia do encerramento.
• Se for possível, a igreja pode marcar um horário para que os
irmãos possam se reunir no templo, pelo menos por uma hora, e
juntos meditarem na mensagem do dia (Devocional “Renovação
Diária”) e terem um tempo de oração pelos pedidos apresentados
no devocional e por outros de nidos pela igreja e também por
necessidades de irmãos da igreja.
• Nas igrejas que trabalham com células, sugerimos que no dia da
célula, seja feita a leitura do devocional do dia, e um momento
de oração pelos pedidos de oração constantes no m de cada
devocional.
• Em virtude da pandemia Covid-19 deixaremos a cargo da
igreja local a decisão de realizar ou não as reuniões de oração
presencial.
Dia 15 de novembro - Término da Campanha
Dia Nacional de Jejum e Oração
Neste dia toda a igreja é convocada para uma manhã de Jejum e
Oração pelo objetivo da Campanha.
• As igrejas poderão preparar um almoço, e após a entrega do Jejum,
que deve acontecer ao meio dia, os irmãos poderão desfrutar de
uma refeição juntos e de um tempo de comunhão.
• Culto de encerramento da Campanha com muito louvor, orações e
testemunhos do agir de Deus durante os 40 dias.
Disponibilizamos no site da CBN (www.cbn.org.br) todo o
material da Campanha, orientação completa para o coordenador, artes
para confecção do material, sugestão da programação dos cultos, etc.
SUMÁRIO
Dia 01 - Para que sejamos um..................................................................... 15
Dia 02 - Se não tiver amor, nada serei......................................................... 16
Dia 03 - Temos comunhão uns com os outros............................................. 17
Dia 04 - O contentamento gera a comunhão.............................................. 18
Dia 05 - Bem-aventurados os pacificadores................................................. 19
Dia 06 - Comunhão em meio ao caos......................................................... 20
Dia 07 - Estavam todos reunidos no mesmo lugar...................................... 21
Dia 08 - Era um o coração e a alma............................................................ 22
Dia 09 - A paz que vence a pandemia da alma!........................................... 23
Dia 10 - Religar para viver.......................................................................... 24
Dia 11 - Fomos transformados em servos de Deus..................................... 25
Dia 12 - Temos paz com Deus.................................................................... 26
Dia 13 - Unidos no mesmo modo de pensar............................................... 27
Dia 14 - Devedores do amor....................................................................... 28
Dia 15 - Sigamos as coisas que contribuem para a paz................................ 29
Dia 16 - Carnais ou espirituais: o que demonstram as dissensões?.............. 30
Dia 17 - Escravo de Deus e dos homens..................................................... 31
Dia 18 - Ninguém busque o seu próprio interesse....................................... 32
Dia 19 - Esperem uns pelos outros.............................................................. 33
Dia 20 - Somos corpo de Cristo.................................................................. 34
Dia 21 - Tolerância...................................................................................... 35
Dia 22 - Somos o bom perfume de Cristo.................................................. 36
Dia 23 - O amor de Deus nos domina........................................................ 37
Dia 24 - O afeto uns pelos outros não tem limite........................................ 38
Dia 25 - Gastarei e me deixarei gastar em favor de vocês............................ 39
Dia 26 - Comunhão do espírito, comunhão com os irmãos......................... 40
Dia 27 - Unidos para proclamar as virtudes de Deus.................................. 41
Dia 28 - Em Cristo somos um.................................................................... 42
Dia 29 - O privilégio de usufruir da paternidade divina.............................. 43
Dia 30 - Discórdias, divisões, facções: obras da carne.................................. 44
Dia 31 - Amor, alegria, paz: fruto do espírito.............................................. 45
Dia 32 - Cristo é a nossa paz: de dois povos ele fez um só.......................... 46
Dia 33 - Estejam alicerçados e arraigados em amor.................................... 47
Dia 34 - Preservando a unidade pelo vinculo da paz................................... 48
Dia 35 - Orando por amigos amados.......................................................... 49
Dia 36 - Unidade na luta pelo evangelho.................................................... 50
Dia 37 - Visando a comunhão: não seus próprios interesses........................ 51
Dia 38 - A lei de ouro: base para a comunhão............................................. 52
Dia 39 - Em paz que se semeia o fruto da justiça........................................ 53
Dia 40 - Renovação espiritual e comunhão................................................. 54
DIA
01
PARA QUE SEJAMOS UM
“...a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti,
também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”
( Jo 17.21).
A expressão “que todos sejam um” faz parte da oração sacerdotal do Senhor
Jesus. Sabendo que era chegada sua hora de partir desse mundo, Jesus se reúne
com os discípulos, celebra a Páscoa e faz uma oração por eles!
É na oração que expressamos a Deus os desejos mais profundos do nosso
coração. Um pensador cristão chegou a dizer que se quisermos conhecer uma
pessoa, devemos perguntá-la sobre sua vida de oração, porque através desta os
desejos mais profundos do nosso ser são expressos!
O que o Senhor Jesus rogou ao Pai? União, comunhão, unidade entre os
seus discípulos. Sabemos, por palavra do próprio Jesus, que uma casa dividida
não subsiste. A união produz força e resistência: um cordão de três dobras
dificilmente se quebra.
A referência ou os moldes dessa unidade é a relação trinitária do Pai, Filho
e Espírito Santo. “Como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em
nós”. Impressionante! O Senhor Jesus está rogando ao Pai para que nos inclua
nessa relação santa e espiritual que há entre ele e o Pai.
Os pais da igreja costumavam chamar essa união de Cristo com a igreja
de união mística do corpo de Cristo. Mística no sentido de não ser humana,
carnal, mas espiritual. Uma união construída e consolidada pelo Espírito Santo
de Deus.
Por isso, quando vivemos ou buscamos viver essa unidade plena, o mundo
é impactado e o nome do Senhor é glorificado! Mas também quando a
destruímos, não a compreendemos ou somos indiferentes à importância vital
dessa união para a Igreja, pecamos contra o próprio corpo de Cristo.
Pr. Jesus Aparecido dos Santos Silva
IB Central - Anápolis, GO
Presidente da CBN
Motivos de oração
Pela unidade dos cristãos;
Pelo Brasil, para que nossa nação se fortaleça em unidade;
Pela CBN, para que possamos fortalecer os vínculos da comunhão.
15
DIA
02
SE NÃO TIVER AMOR, NADA SEREI
“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a
ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, senão tiver
amor, nada serei” (1Co 13.2).
Paulo escreveu um dos mais belos poemas sobre o amor. Ele iniciou
esse poema inspirado descrevendo a superioridade do amor sobre os dons
espirituais: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver
amor”. Em seguida demonstra a superioridade do amor sobre o conhecimento
e a fé, para finalmente, dizer que até mesmo os gestos mais altruístas, como
distribuir os bens com os pobres, ou o próprio martírio, como entregar-se para
ser queimado, de nada adiantará, se não tiver amor.
Paulo insiste em seu argumento a favor do amor e aponta para suas
qualidades: “paciente, bondoso, não arde em ciúmes, não se envaidece, não é
orgulhoso, não é inconveniente, não busca seus próprios interesses, não se irrita,
não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a
verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. O amor virtuoso é
capaz de encobrir uma multidão de pecados.
O amor descrito por Paulo é perene, ele jamais acaba! No longo processo de
amadurecimento e discernimento todas as coisas, por sua natural incompletude,
passarão, mas a fé, a esperança e o amor permanecerão, porém, o maior deles
é o amor.
A comunhão e os dons são realidades necessárias. No convívio com as
pessoas é preciso buscar a paz e estabelecer comunhão, às vezes ao custo de
sacrifícios. As manifestações espirituais, caracterizadas pelos dons, avivam
e renovam a fé e a esperança, no entanto, o amor é o garantidor tanto da
comunhão quanto dos dons.
Que nesses dias de intensa busca a Deus pela comunhão e os dons, não se
esqueçam de orar pedindo a Deus que aqueça seu coração com uma ardente
manifestação de amor.
Pr. Leônidas Ghelli
IBN – Planaltina, DF
Motivos de oração
Para que Deus derrame o verdadeiro amor nos corações;
Pelos Seminários Batistas Nacionais espalhados nos estados;
Para que Deus por meio dessa campanha restaure relacionamentos.
16
DIA
03
TEMOS COMUNHÃO UNS COM OS OUTROS
“Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros,
e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”
(1Jo 1.7).
A mensagem que aprendemos nesse texto é: Deus é luz; nele não há treva
alguma!
Para mantermos comunhão com Ele não podemos andar em trevas, pois
não há comunhão entre a luz e as trevas. Ao contrário, a luz e as trevas são
antagônicas. As boas obras testificam da luz, enquanto as obras más são sinais
de treva.
O testemunho de que caminhamos na Luz é manifesto na comunhão
com outro. Isso, contudo, não pode ser mero discurso. Não adianta dizer que
mantém comunhão com Deus se você despreza seu irmão.
Se você não pratica boas obras, a luz está escondida! Se a luz está escondida,
então você está em trevas! Se estiveres em trevas, não tens comunhão com
Deus! Portanto, se não há comunhão com Deus vives uma mentira e a verdade
não está em ti!
A verdadeira comunhão com Deus se dá quando andamos na luz. E andar
na luz se dá por meio de uma vida de comunhão com os outros. Se mantivermos
comunhão uns com os outros o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado e
logo, vivemos a verdade.
A comunhão é um estilo de vida que se manifesta em várias dimensões e
propósitos. Somos chamados a viver em comunhão uns com outros. A viver
em comunhão com Deus Pai, por meio de seu Filho Jesus. Essa relação nos
desafia à experiência de sermos sal e luz no mundo, e assim, nossas boas obras
glorificarão a Deus. O amor ao próximo, a operosidade no serviço e ser membro
cooperante do corpo são reflexos da comunhão com Deus.
Que a nossa comunhão com Deus, em Jesus Cristo, no poder do Espírito
Santo, seja plenamente trazida à luz pela nossa comunhão, uns com os outros.
Pr. Esdras Dias
Secretário-Geral da CBN
Motivos de oração
Pela superação das barreiras que impedem a comunhão;
Para que a Luz de Deus se manifeste através de mim;
Pela Secretaria Geral e por todas as secretarias regionais.
17
DIA
04
O CONTENTAMENTO GERA A COMUNHÃO
“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”
(1Tm 6.8).
Estar contente todos os dias e de forma constante pode parecer impossível.
As situações adversas e inesperadas, planejamentos que não deram certo, alvos
que não foram alcançados no decorrer do nosso dia ou da vida podem nos
trazer um profundo descontentamento.
Paulo soube bem o que era isso, e afirma que aprendeu a contentar-se em
qualquer situação (Fp 4.12). Nós, não somos diferentes dele, podemos também
aprender. No entanto, quando o descontentamento chega ao coração, nos
atrapalha de forma contundente, pois não conseguimos enxergar além das
circunstâncias que estão gerando tal sentimento. Sentimento esse que nos
afasta do nosso Pai do Céu.
As murmurações, o sentimento de insatisfação, o desejo de possuir o que é
do próximo e a ingratidão diante daquilo que Deus já fez, são sentimentos que
tomam conta de um ser descontente e que atrapalha a comunhão com Deus.
Em 1Tm 6.8 Paulo alerta ao jovem discípulo “tendo sustendo e com que
nos vestir, esteja contente.” Jesus em Mt 6.31-33 nos advertiu sobre não estar
ansiosos com o que comer e vestir, pois o nosso Pai sabe das nossas necessidade.
Aprender a contentar-se exige de nós gratidão e vigilância. Vá até a cozinha
e abra sua geladeira e seu armário, você tem o que comer? Agora vá até seu
quarto abra seu armário ou closet, você tem o que vestir? Se a resposta for
positiva, agradeça a Deus e se alegre nele, pois Ele tem cumprido as promessas
na sua vida e suprido suas necessidades.
O contentamento e a gratidão nos levam a uma comunhão e um
relacionamento de dependência de Deus.
Maria Lucélia Souza Costa
IBN – Vila Maria, SP
Motivos de oração
Em gratidão a Deus pela provisão diária;
Pelos trabalhos sociais implementados por igrejas batistas;
Pela superação da ansiedade.
18
DIA
05
BEM-AVENTURADOS OS PACIFICADORES
“Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus”
(Mt 5.9).
No Sermão do Monte Jesus convidou seus discípulos a viver a ética do
Reino dos céus. Jesus os desafiou a serem pacificadores. Isso consiste em
promover a paz, a serem portadores dela. Os discípulos precisavam promover
a paz, a reconciliação, o perdão e a comunhão. A paz da qual Jesus falou, no
entanto, não é apenas a suspensão da guerra, mas a criação da justiça que em
amor reconcilia “inimigos”. Jesus, o príncipe da paz, promoveu a reconciliação
dos homens com Deus e nos promoveu a embaixadores da reconciliação.
O mundo busca uma paz que se limita à ausência de guerras e conflitos.
Porém, a paz de Deus é mais do que isso. É uma paz completa, que expressa
um relacionamento restaurado entre o homem e Deus e, consequentemente,
entre os próprios homens. Essa é a verdadeira paz e Deus a oferece ao pecador
arrependido. “Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes dou; não lhes dou a paz
como o mundo a dá. Que o coração de vocês não fique angustiado nem com
medo” ( Jo 14.27).
Deus procura discípulos pacificadores, gente que tenha intimidade com
Ele, que não se conforma na superficialidade da alma, mas que pela paz rasga
o coração. Um povo que a despeito da guerra contra o pecado se empenha em
conquistar a paz, superando seus próprios conflitos. O apóstolo Paulo ensinou
que o coração precisa estar protegido pela paz Deus: “E a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes
em Cristo Jesus” (Fp. 4.7).
Os discípulos que vencerem o medo, a ansiedade e as guerras da alma
proclamarão a paz, serão mais que felizes e serão chamados filhos de Deus.
Deus te abençoe!
Pr. Wasny Andrade
Secretário Executivo da Lerban
Motivos de oração
Para que levantem, na igreja e na CBN, discípulos pacificadores;
Pela superação do medo, da ansiedade e das guerras da alma;
Pela Livraria Editora Renovação Batista Nacional (Lerban).
19
DIA
06
COMUNHÃO EM MEIO AO CAOS
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão,
no partir do pão e nas orações”
(At 2.42).
A palavra comunhão no texto de Atos 2.42 vem do grego Koinonia e esta
é a primeira vez que este termo, em grego, aparece na Bíblia. Ele diz respeito
a unidade que temos com o próximo e com Deus. Mas, como podemos viver
perseverantes em comunhão no meio de um caos?
Talvez esta tenha sido a pergunta que invadiu nossos corações este ano,
afinal quem esperaria uma doença tão altamente contagiosa nos privaria de
nossas atividades normais?
A primeira coisa que precisamos nos lembrar sobre comunhão em tempos
difíceis é que as primeiras igrejas reuniam-se nas casas dos cristãos (Rm 16.5).
Pergunto a você: a quanto tempo você não parava com sua família para um
culto doméstico? Para se dedicar ao Senhor em comunhão com sua família? A
Comunhão em família é a primeira que você precisa ter.
A segunda coisa que devemos nos lembrar é que em Atos 2.42 os cristãos
perseveravam na doutrina e na oração. Eles criam na palavra de Cristo
ministrada pelos apóstolos e se dedicavam a oração, dedicavam-se em ter
comunhão com o Pai.
E por fim, dividiam tudo entre si, desde o pão até suas “alegrias e singelezas
de coração” (At 2.46) e louvavam a Deus (v. 47). Sem nem uma tecnologia os
primeiros cristãos estavam juntos e perseverantes em sua comunhão. Hoje com
as tecnologias o que nos impede de estarmos juntos? Mesmo que remotamente.
Ore pelos seus irmãos, mande mensagens a eles para saberem se estão bem.
Por que não uma chamada em vídeo? Ajude-os! Não se desespere em meio ao
caos. O Deus que nos une é maior que todo caos (1Jo 4.4). E lembre-se: “Assim
como eu os amei, que também vocês amem uns aos outros. Nisto todos conhecerão que
vocês são meus discípulos: se tiverem amor uns aos outros” ( Jo 13.34-35).
Bianca Perrazoli
IEBN Vila Paulicéia – São Bernardo do Campo, SP
Motivos de oração
Pelo fortalecimento do culto doméstico;
Pelos enfermos e necessitados;
Pelo restabelecimento da “normalidade”.
20
DIA
07
ESTAVAM TODOS REUNIDOS NO MESMO LUGAR
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar”
(At 2.1).
Era um dia de festa na cidade e pessoas de todas as regiões estavam presentes.
Era uma festa religiosa muito popular e concorrida. Ricos e pobres, judeus e
estrangeiros acorreram para Jerusalém. O que mantinha os discípulos de Jesus
juntos era uma promessa: “ficai em Jerusalém até que do alto...”, porém, não
havia uma data marcada, mas uma Palavra empenhada: “...sejais revestidos
de poder”. Você já ficou esperando algo, já obedeceu a voz do Senhor, sem
nenhuma garantia palpável, somente por causa de Quem prometeu?
Cinquenta dias após da Páscoa, dez dias depois da ascensão de Jesus, em
uma festa multicultural que celebrava a colheita, estavam todos lá, reunidos no
mesmo lugar. Dia após dia orando, louvando a Deus, partilhando do pão, os
dias passando, a cidade começando a receber os visitantes para a festa e o céu
como sempre foi. Chegou o dia, eles permaneciam em Jerusalém, até às 9h da
manhã ouvia-se apenas o barulho dos visitantes da cidade, línguas de todas as
regiões, a cidade em polvorosa. Porém nenhum sinal do alto, nenhuma voz,
nenhum anjo, entretanto eles continuavam juntos em obediência a promessa.
Muitos de nós já teríamos desistido, muitos voltariam frustrados pra
sua casa, alguns murmurariam impacientes se perguntando se seria mesmo
verdade? Outros culpariam alguém pela demora.
Chegado o dia de Pentecostes eles estavam reunidos no mesmo lugar.
E você, onde estás agora?
Tentando fazer do seu jeito? Procurando culpados por suas expectativas
frustrada? Já abandonou o lugar de oração e se deixou dominar pelo desespero?
Ou continuas esperando até que...?
Pr. Fabiano Pinto
Secretário executivo da Ormiban
Motivos de oração
Para que todos perseverem em temor;
Para que haja uma grande visitação do Espírito;
Pelos pastores e famílias, para que sejam fortalecidos.
21
DIA
08
ERA UM O CORAÇÃO E A ALMA
“Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava
exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”
(At 4.32).
Passeando pelo texto li no verso 31 uma informação interessante: “Tendo eles
orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e, com ousadia, anunciavam a palavra de Deus”. Ocorreu uma renovação espiritual
tremenda e, por isso, creram todos e anunciavam a palavra. Semelhantemente,
nos dias atuais, há um despertamento para a proclamação do Evangelho por
meio das mídias sociais.
Vejo Deus, em nossos dias, sacudindo tudo para arrumar o seu povo, para
despertar sua igreja, para relembrar os valores do Reino. Essencialmente, a vida
comunitária da igreja e a solidariedade. Aproveitou-se o tempo disponível para
compartilhar a Palavra, para orar pelos enfermos e pelas famílias enlutadas,
sentir a dor e sermos companheiros nas batalhas. Vimo-nos, de repente,
impedidos de ir aos templos, mas de nossas casas fortalecemos a comunhão da
família, oramos pelos irmãos na fé e socorremos uns aos outros nas necessidades
(Fm 1.2-6).
É preciso se portar conforme o evangelho, mesmo ausentes do templo (Fp
1.27), e, em tempos difíceis, discernir melhor alguns conceitos: a comunhão na
alegria ou na dor; ser fiel até o fim; ir além, tanto nas coisas espirituais quanto
naturais. Compartilhar live, distribuir máscaras e cestas básicas, providenciar
leitos e respiradores, coisas do mundo natural. No mesmo Espírito, participando
no mundo espiritual, respirando-dores em jejum pela saúde, pelo sustento, pela
salvação dos que necessitam (Fp 4.2-3). Assim, combatendo no mesmo ânimo,
pela fé no mesmo evangelho, pastores e irmãos batistas nacionais, até a volta de
Cristo, nosso Senhor e Salvador!
Prª. Keyle Monteiro
IBN Rosa Saron – São Luís, MA
Motivos de oração
Pelo despertamento da igreja;
Pelo fortalecimento das famílias;
Pelo envolvimento da igreja nos assuntos naturais e espirituais.
22
DIA
09
A PAZ QUE VENCE A PANDEMIA DA ALMA!
“O sal é bom; mas, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor?
Tenham sal em vocês mesmos e paz uns com ou outros”
(Mc 9.50).
Na modernidade os crentes têm muitas Bíblias, muitos livros, muitos cursos,
muito conhecimento. Poderia dizer: “Tem muito sal!” Mas de que adianta ter
muito sal e não usá-lo?
A pandemia fez com que todos parassem suas frenéticas atividades, inclusive
no templo. Muitos perderam o seu referencial de fé, pois estava baseado no
templo e não em Cristo. O sal tem a propriedade de purificar e preservar. A
nossa mente se enche de sal ao meditarmos na Palavra, mas é preciso aplicar
este sal em nossas atitudes, moldando o nosso caráter para que a fé seja viva e
não apenas religiosa.
Quando nos preservamos das concupiscências e prazeres mundanos o sal
pode ser aplicado naqueles ao nosso redor e a paz se estabelecerá de uma forma
sobrenatural, tanto em nosso ser quanto naqueles que não a tem.
Quem se enche de sal e o usa demonstra que quer preservar a vida. E o
que mais as pessoas estão buscando hoje? Preservar a vida, mas por falta de
entendimento acabam perdendo a vida.
Não haverá paz se entrarmos na guerra com as armas do inimigo. Não
haverá paz se estivermos buscando a paz que o mundo oferece. Jesus disse em
João 14.27: “Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes dou; não lhes dou a paz
como o mundo a dá” Por isso, precisamos buscar o sal na fonte certa, usá-lo
na medida certa, primeiro em nós e depois nos outros. E a paz de Deus, que
excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em
Cristo Jesus (Fp 4.7).
No amor de Jesus Cristo!
Pr. Filipe A. Espindola
Presidente ORMIBAN
Motivos de oração
Pela Ormiban Nacional;
Pelas Ormiban da Região Sul;
Para que sejamos cheios do sal de Deus e possamos utilizá-lo
adequadamente.
23
DIA
10
RELIGAR PARA VIVER
“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos
também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.5).
A Bíblia é a grande história divina sobre o amor e a relação de Deus com
seus filhos e filhas. Jesus era um contador de histórias sem igual. Ele gostava
de falar por parábolas. As pessoas se identificam muito com histórias, filmes e
contos.
Um dos filmes que mais gosto é a série As Crônicas de Nárnia. Nela,
encontramos Aslam (leão em turco), o filho do imperador Além do Mar e
o criador de Nárnia. Por meio de sua canção todas as coisas foram criadas:
mares, estrelas, montanhas e criaturas. Pela música tudo que não existia passou
a existir. Na história, Aslam se sacrifica no lugar do príncipe Edmundo e, por
meio de seu sacrifício, os erros e os crimes de Edmundo são perdoados. Segundo
uma regra de Nárnia, quando um inocente, sem erros, morre em favor de uma
pessoa que não merece, a que morreu não permanece morta, mas ressuscita. E
assim acontece com o leão que volta à vida para salvar os quatro príncipes das
mãos da feiticeira.
Essas crônicas se parecem com a história Jesus e a humanidade. Ele é o Leão
da Tribo de Judá que morreu por nós, ressuscitou nos dando vida juntamente
com Ele e nos ajudando a vencer a luta contra a carne, o mundo e o diabo (Rm
6.5).
Ele nos religou. Estávamos desconectados, então o Pai fez uma nova linha
de conexão por meio do seu Filho Jesus. É somente pela unidade com Cristo
que poderemos renascer, ressurgir, ressuscitar. É somente por intermédio do
Leão de Judá que poderemos vencer os adversários, sobretudo a morte e o
inferno.
Semelhantemente às histórias de Nárnia, nós também temos um drama
que envolve a vida, os conflitos, os companheiros de jornada, os mentores, as
vitórias, os objetivos e principalmente um salvador, que morreu e ressuscitou
por nós.
Pr. Marcelo Fraga
IBN – Santa Maria, RS
Motivos de oração
Pelas CBE’s da região Sul;
Para que Deus nos conceda vitória sobre nossos inimigos espirituais;
Para que o Senhor nos capacite a discernir o drama espiritual.
24
DIA
11
FOMOS TRANSFORMADOS EM SERVOS DE DEUS
“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, o fruto que
vocês colhem é pura santificação. E o fim, neste caso, é a vida eterna”
(Rm 6.22).
Os escravos não possuíam vida própria, trabalhavam arduamente a fim de
agradar seus senhores. Era exigido do escravo dedicação e fidelidade total ao
seu dono. Por isso, nenhum escravo era capaz de servir a dois senhores ao
mesmo tempo. Caso tentasse, acabaria dedicando-se a um e desprezando o
outro. O homem é sempre escravo: do pecado ou de Deus.
A cruz de Cristo nos libertou da escravidão do pecado. Antes vivíamos para
agradar o pecado e isso ocupava nossa mente, emoções e vontade. Agradar o
pecado exige dedicação intensa e para sustentar um vício é necessário investir
muito tempo e, às vezes, dinheiro. Algumas pessoas, para alimentar uma paixão
ou vício, são obrigadas a sacrificar amizades, casamentos e outras relações, pois
a devoção ao seu “deus” se torna incompatível com relacionamentos saudáveis.
Por meio do batismo, fomos sepultados com Jesus em sua morte. Unidos
a Ele na semelhança de sua morte e, também, de sua ressurreição. Fomos
transformados em servos de Deus e isso significa que temos o compromisso de
agradá-lo exclusivamente. O pecado, nosso antigo senhor, não pode reivindicar
nada de nós, pois já morremos para ele. Isso não significa que o cristão nunca
voltará a pecar, mas sim que não está mais preso às antigas paixões.
Esta nova vida permite que tenhamos comunhão com Deus e, junto aos
membros do Corpo de Cristo, sirvamos à Sua obra. Já que nossa mente,
emoções e vontade estão livres para agradar a Deus, trabalhemos arduamente
na expansão do seu Reino. Que o nosso serviço a Deus seja uma expressão do
reconhecimento do seu senhorio.
Pr. Elcimar Fernandes de Oliveira
Secretário da Senam/Sedelim
Motivos de oração
Pela Secretaria Nacional de Missão (Senam);
Pela Secretaria de Desenvolvimento de Liderança e Ministérios (Sedelim);
Que possamos servir exclusivamente a Deus.
25
DIA
12
TEMOS PAZ COM DEUS
“Justificados, pois, mediante a fé,
temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”
(Rm 5.1).
Paz é algo sobrenatural! Hoje não se vive mais no sobrenatural. O que se vê
muito hoje é sugestão, técnicas que são utilizadas para produzir uma aparente
paz.
A paz que o texto se refere, no entanto, é a paz com Deus. Éramos outrora
inimigos Dele e não gozávamos da paz, mas “fomos reconciliados com Deus
mediante a morte de seu Filho” (Rm 5.10).
Deus criou o homem para viver em paz, porém com o pecado também
entrou no mundo a inimizade, a separação do homem com Deus. O homem
pertubou o curso natural das coisas, descumpriu a vontade de Deus, e por menor
que seja, todas as vezes que o homem peca a turbulência se instaura. Mas os
planos de Deus não podem ser frustrados. Assim Deus escolheu um povo para
representá-lo, para que as famílias voltasse a ter paz. Contudo, também esse
povo falhou, também desobedeceram e se afastaram da paz.
A morte de Jesus e sua ressurreição possibilitou novamente a paz. Em
Cristo o ser humano sofre uma transformação profunda e sobrenatural, passa a
ser raça eleita e geração santa.
Até mesmo a barreira que separava os judeus e os gentios é rompida e Deus
faz desses povos um só povo em Cristo, destruíndo o muro de inimizade que os
separava, promovendo assim a paz. As nações são atraídas para Cristo gerando
um renovo, ou seja, uma nova vida de paz em Cristo.
Só podemos viver, experimentar essa paz, se formos renovados em Cristo, não
em um sentido meramente histórica, mas uma renovação real, de transformação
da essência, com transformação profunda do caráter e experiências de serena
paz.
A paz de Deus não é apenas uma afirmação, mas uma confirmação de vida
nova em Cristo, totalmente transformada.
Pr. Josué Mota
IBC – Anápolis, GO
Motivos de oração
Pelo ministério diaconal das igrejas;
Pela paz de Israel;
Para que todos experimentem a paz com Deus.
26
DIA
13
UNIDOS NO MESMO MODO DE PENSAR
“Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de
acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês; pelo contrário, que
vocês sejam unidos no mesmo modo de pensar e num mesmo propósito” (1Co 1.10).
A disposição mental de uma pessoa envolve crenças, sentimentos e valores,
que de certa forma influenciam todas as suas decisões.
Para que juntos lutemos uma batalha é preciso ter as mesmas motivações, de
maneira que o pensamento é a causa e a atitude é o seu efeito. Caso contrário,
se produzirá um efeito inverso ao desejado, não haverá comunhão nem de
palavras, nem de ações, e o resultado será o fracasso.
Por isso, o apóstolo Paulo na primeira carta aos Coríntios sugere que a
comunhão entre os irmãos somente seria possível a partir do desenvolvimento
de uma mentalidade uniforme a respeito de Cristo.
Já em sua carta aos Filipenses 1.27, Paulo nos orienta a lutar juntos pela
fé do evangelho de Cristo, estando firmes em um só espírito, como uma só
alma, reforçando que é necessário ter o mesmo modo de pensar para alcançar
o objetivo final.
Paulo também apela aos crentes de Roma que se deixassem ser transformados
pela renovação da mentalidade, ou disposição mental, para que a boa, perfeita
e agradável vontade de Deus fossem experimentadas.
Portanto, eu não tenho dúvida que o estudo da Palavra juntamente com a
busca incessante da presença do Espírito Santo irá gerar em nós pensamentos
uniformes e promover atitudes que agradem ao Senhor.
O Senhor está nos chamando à unidade de pensamento e de atitudes.
Oremos pela unidade do povo de Deus.
Pr. Moisés Vieira Fernandes
IB Renovo – Santo André, SP
Motivos de oração
Pelas igrejas Batistas da Região Sudeste;
Para que os batistas nacionais tenham a mesma motivação;
Por uma busca incessante da presença do Espírito Santo.
27
DIA
14
DEVEDORES DO AMOR
“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma,
exceto o amor com que vos ameis uns aos outros...”
(Rm 13.8).
Chegamos com nossa “mudança” à sede da MAF (Mission Aviation
Fellowship) em Luanda, Angola. Tudo estava organizado, iríamos passar a
noite longe dali!
Naquela mesma noite conhecemos um irmão, piloto, que nos recebeu com
uma atitude grandiosa! Já era tarde, nossos filhos pequenos e nós estávamos
famintos e cansados. Aquele irmão nos levou para sua casa e nos ofereceu
banho, comida e camas quentinhas! Ele nos acolheu e nos serviu sem medidas,
nem questionamentos. Amor fraterno traduzido em atitudes oportunas que
abençoa vidas e muda destinos!
Tournier escreveu: “fundamentalmente penso que não podemos realmente
amar a humanidade sem percebermos a imensidão do amor de Deus”. A
expressão “uns aos outros” vai além da comunidade da fé. Nosso dever de
amor é para com todos, dentro e fora do ambiente cristão. O que possibilita
a caminhada dentro de tão alto propósito é conhecer e experimentar o
imensurável amor de Deus. E assim, como é impossível pagar pelo amor de
Deus, jamais conseguiríamos quitar nossa dívida com o próximo.
Já a expressão “exceto o amor” fala da minha condição de devedora.
Continuamente preciso amar, “porque Ele nos amou primeiro...” (1Jo 4.19).
Nada dever, “exceto o amor” não é algo pequeno, irrelevante. É grandioso! O
amor de Cristo nos constrange e nos direciona ao cumprimento da lei do amor
ao próximo. Lopes afirma: “A lei prescreve a ação, mas é o amor que constrange
ou motiva a realização da ação envolvida”.
O amor é a dívida que cabe ao cristão manter e isso “uns aos outros”. O
outro de casa, o outro da comunidade de fé, o outro que jamais soube o quanto
é amado. “Pois sou devedor...” (Rm 1.14).
Miss. Amélia Modesto
IB Shalom – São Luíz dos Montes Belos, GO
Motivos de oração
Pelos missionários na África;
Pelas igrejas Batistas da região centro-oeste;
Para que Deus derrame um espírito de hospitalidade e amor.
28
DIA
15
SIGAMOS AS COISAS QUE
CONTRIBUEM PARA A PAZ
“Assim, pois, sigamos as coisas que contribuem para a paz e
também as que são para a edificação mútua”
(Rm. 14.19).
Ao término da carta aos Romanos, o apóstolo dos gentios precisou
aconselhar aquela igreja a ser mais fraterna em seus relacionamentos. Isso
parece óbvio e comum para uma Igreja, mas na antiga sociedade romana,
marcada pelos aspectos da hierarquização, era um problema.
Segundo a carta, Paulo classifica dois grupos de cristãos romanos: os
fracos e os fortes. Essa constatação não se refere a uma questão de caráter,
mas no que diz respeito à fé (Rm 14.1). Paulo entendia que a não apropriação
adequada do evangelho pode evidenciar cristãos fracos, sensíveis, cheios de
indecisões e escrúpulos. Os fracos eram pessoas que não possuíam “liberdade
de consciência”, pois provavelmente seriam ex-idólatras, ascetas, legalistas ou
ainda cristãos judeus religiosos, que traziam uma bagagem do paganismo e um
entendimento equivocado do Evangelho.
Ainda hoje falta discernimento. As pessoas prezam por exaltar as coisas
não-essenciais em detrimento do essencial, o que gera um enorme problema
no convívio. Se esses cristãos fortes são maduros de fato, deveriam ser mais
acessíveis e misericordiosos com seus irmãos fracos. A observação de Paulo, e
também a nossa, é que os ditos “fortes” não sabem se comportar de maneira
correta para com chamados “fracos”.
O conselho de Paulo para os fortes é: Suportar! (Rm 15.1). A melhor forma
de suportar os irmãos mais fracos é fortalecê-los, ajudá-los nas debilidades e
edificá-los. Assim, movidos em amor fraternal e solidariedade, promoveremos
paz.
Pr. Jofre Macnelli Aragão Costa
IBN – Vila Maria, SP
Motivos de oração
Pelas Ormiban da região sudeste;
Pelos irmãos mais fracos, que sejam fortalecidos;
Pelos irmãos mais fortes, que trabalhem para a edificação do Corpo de
Cristo.
29
DIA
16
CARNAIS OU ESPIRITUAIS:
O QUE DEMONSTRAM AS DISSENSÕES?
“Porque, se há ciúmes e brigas entre vocês, será que isso não mostra que são carnais e
andam segundo os padrões humanos?”
(1Co 3.3).
Em palavras simples: A maneira como se relacionam indica como as
pessoas de fato são, como vivem e o que as move. Pode-se andar no Espírito
(ou espírito) ou andar nos padrões humanos, isto é, contando apenas com
as próprias forças. Assim, é razoável afirmar que as dissensões (separação) e
partidarismo (partir o corpo de Cristo), censurados por Paulo, indicavam a
baixa espiritualidade dos crentes de Corinto.
Os nascidos de Deus têm como parte constitutiva do seu caráter a primeira
manifestação do fruto do espírito: o amor (Gl 5.22). Como o amor não arde
em ciúme nem se irrita facilmente, ao contrário, é paciente e bondoso (1Co
13.3,4), não se encontram verdadeiros discípulos de Jesus brigando por aí. São
os cães que se atracam e se devoram pelas ruas, destruindo-se mutuamente (Gl
5.15). Os membros do Corpo de Cristo cooperam entre si (Ef 3.16) e vivem
em paz uns com os outros (1Ts 5.13b).
Assim sendo, podemos discordar em certos pontos, sem dividir a igreja.
Podemos discutir ideias, sem faltar com o amor. Podemos optar por caminhos
diferentes, sem arrogância e pretensão de sermos donos da verdade ou senhores
do destino da igreja. Não se pode esquecer o que disse Jesus: “com o critério que
vocês julgarem vocês serão julgados; e com a medida que vocês tiverem medido vocês
também serão medidos” (Mt 7.2).
Pr. José Carlos da Silva
PIBB – Núcleo Bandeirante, DF
Motivos de oração
Pelas CBE’s da Região Centro-Oeste;
Pela superação de dissensões na igreja;
Pela maturidade do Corpo de Cristo.
30
DIA
17
ESCRAVO DE DEUS E DOS HOMENS
“Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos,
a fim de ganhar o maior número possível”
(1Co 9.19).
A essência da vocação cristã é servir a Deus e as pessoas. O cristão que
ainda não aprendeu a servir não entendeu o que de fato significa seguir a Jesus.
No texto acima, o apóstolo Paulo nos ensina uma lição extraordinária sobre ser
um verdadeiro discípulo do Senhor.
Paulo tem plena consciência de que o Evangelho de Cristo o libertou
da escravidão do pecado e de todos os sistemas humanos, e ainda, o colocou
também numa condição de humildade tal, que o fez se tornar, voluntariamente,
servo de Deus e de todos aqueles a quem Deus queria alcançar com a mensagem
da salvação.
O homem pós-moderno, apaixonado pelo consumismo, hedonismo e amor
próprio, está cada vez menos disposto a servir a Deus, e tampouco às pessoas. O
egoísmo, a entronização do eu, quase como se fora uma divindade, tem roubado
das pessoas, inclusive de muitos cristãos, o ministério do servir.
A paixão que Paulo tinha por Jesus e pelo evangelho era tão profunda que
o levou a tornar-se um escravo de todos, de forma voluntária, visando agradar
àquele que o arregimentou e a salvação do maior número de pessoas possível.
O mundo, diante da pandemia do coronavírus, escancarou sua fragilidade;
abrindo um imenso leque, onde os verdadeiros discípulos de Jesus têm uma
grande oportunidade de servir e assim, mostrar o grande amor de Deus pelas
pessoas.
Que cada um derrame o seu coração como água diante do Senhor e com
profunda humildade peça a Ele que nos dê um coração de servos – escravos de
Cristo e de todos aqueles a quem Cristo quer salvar.
Pr. Edmilson Vila Nova
IB Nova Vida – Valinhos, SP
Motivos de oração
Pela UEMBN e o trabalho com homens nos estados;
Para que as igrejas aproveitem a oportunidade de servir;
Que sejamos como Paulo, escravos de todos, a fim de ganhar pessoas para
Cristo.
31
DIA
18
NINGUÉM BUSQUE O SEU PRÓPRIO INTERESSE
“Ninguém busque o seu próprio interesse,
e sim o de seu próximo”
(1Co 10.24).
Em sua carta aos de Coríntios, o apóstolo Paulo apresentou àquela
comunidade várias reprimendas. Advertiu-os quanto à imoralidade e a outras
práticas pecaminosas aceitas com naturalidade, por aqueles irmãos. Porém, o
ponto principal da carta é a falta de amor.
Ao escrever “Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o do outro”
(1Co 10.24), o apóstolo está explicitando a carência de Corinto e também
uma carência muitas vezes percebida no “cristianismo” atual. Propõe um
caminho conflitante ao ideário de uma sociedade. Estabelece uma verdadeira
contracultura cristã, um rompimento com aquilo que era tido como natural ou
normal.
Pensar em alguém abdicando os próprios interesses em prol do outro
contraria aquilo que, desde a infância, ouvimos. No entanto, o evangelho de
Jesus nos apresenta uma nova realidade, uma conversão, um novo jeito de ser.
Paulo evidenciou esse fato, quando afirmou: “Já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20). Aí está o nosso
maior exemplo, Jesus. Abriu mão da sua glória e tornou-se um de nós, para que
pudéssemos ser como Ele é.
Em tempo de “amor líquido”, caracterizado pelas relações utilitaristas e
descartáveis, somos desafiados a um movimento contrário, a renovar a mente.
Viver o amor que faz os diferentes serem um, unidade na diversidade. Amor
que nos faz olhar para o outro, para suas necessidades e anseios. Faz-nos sentir
sua dor. Amor desinteressado, puro altruísmo. Manifestação pura do sacrifício
de Cristo, mensagem da cruz.
Pr. Weber da Conceição Oliveira
IB Central – Goiânia, GO
Motivos de oração
Pela superação das relações utilitaristas e descartáveis;
Pelas Ormiban da região Centro-Oeste;
Pelo despertamento do amor genuíno, altruísta.
32
DIA
19
ESPEREM UNS PELOS OUTROS
“Assim, meus irmãos, quando vocês se reúnem para comer,
esperem uns pelos outros”
(1 Co 11.33).
Era costume, na igreja em Corinto, os crentes trazerem suas iguarias de
casa para juntos compartilharem uma refeição. Entretanto, Paulo observou que
muitos cristãos comiam fartamente sem esperar pelo outro. Então, ele orientou
que eles esperassem para uma comunhão verdadeira na “Festa do amor” ( Jd
1.12). O apóstolo chamou a atenção para menos favorecidos que chegavam e
só encontravam as sobras. O que Paulo queria ensinar? Olhe ao redor! Olhe
seu irmão! Olhe seu vizinho! Olhe!
Quando eu era pequeno, muitas vezes chorava, pois, minha mãe me
obrigava a dividir brinquedos, lanches e outras coisas com meu irmão. Ficava
transtornado! “Cheguei primeiro nesta casa, (pensava comigo mesmo) por que
tinha que dividir?” Ela pacientemente (quase sempre) dizia: Tire os olhos de
seu umbigo!
Você pode estar pensando: como esse menino era egoísta? Mas a tendência
para, impacientemente, se colocar em primeiro lugar está presente na natureza
humana. Muitas vezes, somos tão impacientes como o povo de Corinto: pelas
vagas de estacionamento, na fila do banco ou mesmo nos assentos da igreja.
Receio de que as coisas não tenham mudado muito. A vontade de esperar
e ser paciente com os outros parece ser algo cada vez mais difícil de encontrar.
Deus, no entanto, quer que pressionemos o botão de pausa na interação com
os outros. A cruz tem duas direções iguais: uma aponta para Deus e a outra
para seu irmão. “Pois quem não ama (espera) seu irmão, a quem vê, não pode
amar (esperar) a Deus, a quem não vê. (1Jo 4.20). Se somos um corpo (do qual
Jesus é a Cabeça) precisamos investir tempo para conhecermos e esperarmos
uns aos outros.
Pr. Paulo Ormerod
Missionário da JAMI - Portugal
Motivos de oração
Pela Junta Administrativa de Missões ( JAMI);
Pelos missionários na Europa;
Para que o “botão de pause” seja acionado.
33
DIA
20
SOMOS CORPO DE CRISTO
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros,
mesmo sendo muitos, constituem um só corpo, assim também é com respeito a Cristo”
(1Co 12.12).
Paulo utiliza uma analogia muito interesse para ilustrar a unidade da igreja
de Cristo em relação à variedade dos dons espirituais. Ele assemelha a igreja
ao corpo humano e assim descreve a igreja como sendo um corpo espiritual.
Essa é uma das várias passagens do Novo Testamento que retratam a Igreja
como sendo o corpo de Cristo. Por obra do Espírito Santo, todos os cristãos
são membros desse corpo espiritual, a igreja. Assim, os cristãos ministram uns
aos outros no corpo de Cristo, à semelhança do corpo humano, em que os
vários membros cooperam uns com os outros (1Co. 12.14-31).
O próprio Senhor Jesus Cristo edificou a sua igreja: “Edificarei a minha
igreja” (Mt 16.18). A Igreja foi unificada (At 2.44) e perseverava na comunhão.
Ao utilizar o termo comunhão, o autor, não queria se referir apenas “estar
juntos”, mas queria dizer “ter tudo comum”. A igreja de Atos experimentou
comunhão de pensamento, comunhão de ideias, comunhão de bens, comunhão
com Jesus Cristo, comunhão com o Espírito Santo e comunhão com o Pai.
“Perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e
nas orações” (At 2.42).
A igreja visível, cheia do Espírito Santo, vivendo em unidade e manifestando
a variedade dos dons, certamente glorificará o Senhor Jesus, que é a cabeça
da Igreja, e cumprirá o seu propósito na Terra sendo em todos os tempos
testemunha atuante e fiel.
Pr. Nilton Santana
IB Maranata – Gandu, BA.
Motivos de oração
Pelas igrejas Batistas da Região Nordeste;
Pela evangelização do interior do Brasil;
Para que a igreja expresse a unidade do Corpo de Cristo.
34
DIA
21
TOLERÂNCIA
“Porque, se vocês amam aqueles que os amam, que recompensa terão?
Os publicanos também não fazem o mesmo?”
(Mt 5.46).
Comunhão é o ato de comungar com pessoas que têm as mesmas ideias,
ou seja, iguais naquilo que pensam ou têm como ideal. Tolerância é estar e
conviver com pessoas de maneiras, formas ou ideias diferentes.
Estamos acostumados a estar com iguais, com pessoas que concordam,
andam, comem, pensam e se comportam como nós. Quando somos desafiados
a conviver com pessoas que possuem ideias e comportamentos diferentes
tendemos a nos afastar e não estabelecemos um relacionamento de comunhão,
mas de intolerância.
Se desejarmos ter comunhão com nosso próximo, deveríamos antes de tudo
exercitar a tolerância. Estamos acostumados a comungar e não a tolerar. Jesus
por sua vez nos alerta: “que recompensa se tem em amar a quem nos ama?” Mt
5.46a, ou seja, que é igual a nós? Somos desafiados dia após dia a amar e ter
comunhão com quem é diferente de nós.
Jesus ultrapassou todas as barreiras para estar em comunhão com os
samaritanos, aos quais os judeus tanto desprezavam. Quando Jesus se apresentou
à mulher samaritana ( Jo 4.5-29), passou por cima de todos os preconceitos e
todas as consequências de se conversar com uma mulher e ainda samaritana.
Jesus se relacionou com que era diferente dele, rompeu com as barreiras da
intolerância.
Sigamos o exemplo de Jesus, vamos romper com a intolerância e andemos
em comunhão com todos.
Maria Lucélia Souza Costa
IBN – Vila Maria, SP
Motivos de oração
Pela superação dos preconceitos e discriminações;
Para que sejamos mais tolerantes com os diferentes;
Que sejamos imitadores de Jesus.
35
DIA
22
SOMOS O BOM PERFUME DE CRISTO
“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo,
tanto entre os que estão sendo salvos como entre os que estão se perdendo”
(2Co 2.15).
Todas as atividades da vida espiritual são exercidas nos domínios da fé. Sem
ela não agradamos a Deus (Hb 11.6); sem ela não adoramos em Espírito e em
verdade ( Jo 4.23,24); sem ela não podemos cultivar a comunhão com os irmãos
(1Jo 1.3,7).
O Apóstolo Paulo afirma que para Deus somos o bom perfume de Cristo.
Aceitemos esse fato pela fé e comecemos a viver e a agir exatamente como diz
as Escrituras.
Ser um bom perfume é produzir efeitos em todas as pessoas com quem se
relaciona. O perfume exala seu aroma e produz efeito por si só. Quem sente
a fragrância do conhecimento percebe o valor e a preciosidade, e desfruta do
aroma de vida. Porém, para outros será o cheiro de morte. É preciso que a igreja
reafirme o valor intrínseco em sua missão e compromisso não se deixando
abater pela insatisfação dos que rejeitam a oferta de amor e salvação.
A renovação espiritual faz parte da constante ação do Espírito Santo em
gerar a integração dos salvos no Corpo de Cristo, em promover o processo
de santidade necessária para a manutenção do avivamento e a ampliar visão
de ganhar vidas ainda não alcançadas, discipulá-las e levá-las à maturidade
em Cristo. Outra versão bíblica nos ajudará a perceber melhor essa verdade:
“Somos o aroma de Cristo que se eleva até Deus. Mas esse aroma é percebido
de forma diferente por aqueles que estão sendo salvos e por aqueles que estão
perecendo. Para os que estão perecendo, somos cheiro terrível de morte e
condenação. Mas, para os que estão sendo salvos, somos perfume que dá vida.
E quem está à altura de uma tarefa como essa?” (2Co 2.15,16 Nova Versão
Transformadora). Somente pela fé!
Pr. Jason Gomes da Silva
IB Monte das Oliveiras – Guararapes, SP.
Motivos de oração
Pela Juventude batista nacional ( JUBAN), nos estados e igrejas;
Por unidade, santidade e evangelização;
Para que sejamos pela fé o bom perfume de Cristo na terra.
36
DIA
23
O AMOR DE DEUS NOS DOMINA
“Pois o amor de Cristo nos domina, porque reconhecemos isto:
um morreu por todos; logo, todos morreram”
(2Co 5.14).
A ideia de que pertencemos a Cristo nos remete a um compromisso com
Ele, com sua Palavra e, consequentemente, com as pessoas, começando pelos
domésticos da fé. Dessa maneira, somos convidados à renovação por meio da
comunhão com Ele e com os nossos irmãos na fé, visando a adoração e o
serviço. Jesus provou seu amor pelas pessoas, pois se ofereceu na morte por
elas. Ele implantou o Reino dos céus e comissionou os discípulos a darem
continuidade no ministério com a mesma visão e alegria.
Recebemos a vida como um presente de Deus em Cristo por meio da graça
abundante. Isso compromete a igreja com a prática de boas obras a fim de que
ela se torne imitadora de Cristo, como descreveu Paulo: “Sejam meus imitadores
como também eu sou imitador de Cristo” (1Co 11.1). Paulo afirmou ainda:
“já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora
tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por
mim” (Gl 2.20). Portanto, devemos refletir a imagem de Cristo de tal maneira
que as pessoas vejam Cristo em nós, como se fossemos “pequenos cristos”.
Assim, os seguidores de Jesus devem praticar seus ensinamentos, conforme os
evangelhos. Isso certamente inclui tanto as manifestações dos dons espirituais
quanto o desenvolvimento do caráter cristão descrito por Paulo na carta aos
Gálatas: o fruto do Espírito.
O testemunho de que o amor de Cristo nos domina deve ser ampliado
para temas difíceis, mas necessários como perdoar os que nos ofenderam,
preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz e promover o avanço da obra
missionária até que ela alcance os confins da terá. Que seja exaltado em nós!
Pr. Manoel Lino Alves da Silva
IB Missionária – Araripina, PB.
Motivos de oração
Pelas CBE’s da região Nordeste;
Para que cada crente seja um imitador de Cristo;
Para que possamos equacionar adequadamente os dons e o carisma.
37
DIA
24
O AFETO UNS PELOS OUTROS NÃO TEM LIMITE
“Nosso afeto por vocês não tem limite,
vocês é que estão limitados em seu afeto por nós”
(2Co 6.12).
Paulo alista uma série de ações empreendidas por ele na tentativa de
autenticar seu ministério e demonstrar seus afetos pelos coríntios. Algumas
dessas ações se caracterizavam pelo amor abnegado e pelo sacrifício. Paulo foi
paciente nas provações, aflições, angústias, açoites, prisões, tumultos, trabalhos
e vigílias. Comprovou seu amor não fingido, sua bondade, sua pureza e
sinceridade, falando sempre com franqueza e abrindo o coração. O afeto de
Paulo pelos coríntios não teve limites.
Parece-me que a recíproca não era verdadeira, pelo menos não para todos.
Paulo enfrentou resistência dos irmãos daquela igreja que o achavam duro, que
não reconheciam seu apostolado, que duvidavam de suas palavras e ficaram
tristes pela primeira carta, ao passo que Paulo os escreveu: “Porque lhes escrevi
no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, com muitas lágrimas,
não para que vocês ficassem tristes, mas para que soubessem do amor que
tenho por vocês” (2Co 2.4).
Os afetos nem sempre compreendidos, nem sempre correspondidos, nem
sempre tão sinceros. Paulo não impôs limites em seus afetos, mas queixou-se
de que os coríntios houveram limitado o afeto e solicitou uma justa retribuição:
“peço que também vocês abram o seu coração para nós” (2Co 6.13).
Deus por intermédio do profeta Oséias também se queixou do afeto não
correspondido: “Que farei com você, Efraim? Que farei com você, Judá? Porque
o amor de vocês é como a névoa da manhã e como o orvalho da madrugada,
que logo desaparece” (Os 6.4).
Minha oração é para que vocês, nos dias dessa campanha, reflitam sobre a
limitação do afeto a Deus e aos irmãos e que todos abram o coração. Afinal, o
afeto uns pelos outros não pode ter limites.
Prª. Glízia Ghelli
IBN – Planaltina, DF
Motivos de oração
Pela superação das barreiras que separam as pessoas;
Para que os crentes sejam sinceros em seus afetos;
Pelos missionários que estão em países de acesso criativo.
38
DIA
25
GASTAREI E ME DEIXAREI GASTAR
EM FAVOR DE VOCÊS
“Eu de boa vontade gastarei e me deixarei gastar em favor de vocês.
Se eu os amo cada vez mais, será que vou ser amado cada vez menos?”
(2Co 12.15).
Dedicação: cuidado voluntário com os irmãos na fé; quase anulação pessoal
em favor da igreja; grande demonstração de amor; perseverança e abnegação!
Poucos estão dispostos a se entregar dessa forma, a exemplo de Paulo, que abriu
mão do direito do sustento material, mesmo possuindo as marcas do verdadeiro
apostolado. Um alto nível de amor abnegado pode ser considerado nada mais
que obrigação por quem o recebe. E aquele que doa pode se ofender com a
insuficiente contrapartida de amor e cuidado diante do sacrifício empregado.
Não quero entrar no mérito do cuidado dos Coríntios com Paulo, mas o
fato dele estar disposto a se gastar pela igreja demonstra um conhecimento
prévio da realidade espiritual. A decisão de trabalhar ainda mais para o bem
dos irmãos demonstrava que Paulo estava firmado em premissas muito fortes.
Ele possuía uma profunda revelação a respeito do Céu, isso o levou a conhecer
o inimaginável (2Co 12.2-4). Ele sempre estava muito motivado, pois viu o
paraíso, o que provavelmente o levou se tornar muito determinado em amar,
corrigir e fortalecer a igreja (2Co 11.2). Ele também aceitou o sacrifício para
ver os irmãos transformados (2Co 11.23; 12.7).
Será que necessitamos saber mais do que já recebemos nas Escrituras para
nos deixar gastar em amor, demonstrando pelo ensino, correção e cuidado
recíproco uns pelos outros? Não nos cansemos de fazer o bem (Gl 6.9).
Estejamos motivados, pois temos a mente de Cristo (1 Co 2.16). Que sejamos
crédulos e felizes, sentimentos que podem nos fazer investir muito mais na vida
dos que hão de herdar a salvação. Que Jesus te abençoe em tudo!
Prª. Elizabeth Claussen
IB Jesus Vive - Santa Maria, DF
Motivos de oração
Pela UEFBN e o trabalho nos estados e igrejas;
Para que estejamos sempre motivados em servir;
Que nos deixemos gastar uns pelos outros.
39
DIA
26
COMUNHÃO DO ESPÍRITO,
COMUNHÃO COM OS IRMÃOS
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus,
e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos”
(2Co 13.13).
A palavra igreja, do grego ekklesía, conquanto significasse chamados para
fora e estivesse carregada de um teor político, no contexto neotestamentário foi
empregada para se referir aos discípulos de Jesus como a assembleia do povo
de Deus. Um conceito, portanto, que via a igreja como algo que apontava para
a ideia de congregação, ajuntamento, comunhão.
Essa percepção ganhou fôlego na história e passou a integrar importantes
confissões de fé, como por exemplo, a nossa, a Declaração de Fé das Igrejas
Batistas da Convenção Batista Nacional, que diz: “Cremos que uma igreja visível
de Cristo é uma congregação de crentes batizados que se associam por um pacto de fé
e comunhão no evangelho”.
A despeito dessa realidade, viver em comunhão sempre foi um desafio para
o povo de Deus. E a nossa breve história é testemunho eloquente de como
temos militado e não poucas vezes falhado nessa área, como nos lembrou
Enéas Tognini numa entrevista para a CBN-SP:
Hoje nós temos mais ou menos 1500 igrejas no Brasil, temos 2000
pastores e temos um trabalho grande no Brasil e Deus tem nos
abençoado. Portanto, toda glória a Jesus. E agora nós estamos aqui com
a convenção; estamos aqui no seminário gravando essa mensagem e
Deus tem nos abençoado tremendamente e vai continuar abençoando.
Falta entre nós um pouquinho de união. As igrejas são mais ou menos
isoladas. Poucas igrejas cooperam devidamente como deveriam cooperar.
As palavras de Tognini partem em duas direções. Faz-nos ver que Deus
agiu e tem agido em nosso meio, apesar de nossa desunião. E ainda nos lembra
a exortação de Paulo a crentes que também experimentaram do Espírito: “a
comunhão do Espírito seja com vocês”. O Senhor tem mais para nós! Juntos!
Pr. Hebert Leonardo Borges de Souza
Projeto Renovados
Motivos de oração
Pelas Ormiban da região Nordeste;
Para que se mantenha viva a história dos Batistas Nacionais;
Para que as igrejas batistas nacionais se despertem para a união.
40
DIA
27
UNIDOS PARA PROCLAMAR
AS VIRTUDES DE DEUS
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus, a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou das trevas
para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).
Depois de dizer que os crentes são “pedras que vivem” na construção da
casa espiritual de Deus, o apóstolo Pedro acrescenta quatro qualidades, que
são: “geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus”, para concluir dizendo que tudo isso tem como objetivo o “proclamar
as virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Não
foi sem razão que Deus nos tirou das trevas e nos transportou para a Sua
maravilhosa luz, o Reino do Filho do Seu Amor.
Nós fomos chamados com uma Missão. E, nesse projeto divino nenhum
salvo é deixado de lado. Todos foram chamados a cumprir a Missão, e podemos
fazer isso de várias formas, principalmente nesse tempo de tecnologia avançada,
onde “a Palavra de Deus corre velozmente”. Podemos agir individualmente,
com nosso testemunho, evangelizando pessoalmente, mas teremos maior êxito
ao nos unirmos nesse propósito.
Pessoas que se unem produzem mais. A sinergia advinda da união de pessoas
com um só objetivo é muito clara desde os tempos da frustrada construção da
torre de Babel, quando o próprio Deus disse que para aquele povo não haveria
limites, razão pela qual Ele confundiu ali as línguas.
Se a união de um povo apartado de Deus poderia terminar em uma grande
realização caso não fosse contida, muito mais é possível ao povo santo quando
unido em um só propósito, o de proclamar a todos as virtudes de Deus, fazer
conhecido o Evangelho daquele que nos chamou para sermos dele.
A União na oração, na contribuição e na ação do povo de Deus sempre
resultou em grandes colheitas para o Reino de Deus.
Este é o tempo de sermos unidos e fazermos conhecido o Senhor, Suas
Virtudes, Sua Salvação, na unção do Espírito Santo, fervorosamente. Amém!
Pr. João Leão
Terceira Igreja Batista – Belo Horizonte, MG
Motivos de oração
Pela união dos cristãos para a evangelização;
Pela evangelização das cidades;
Para que todos compreendam o potencial da união.
41
DIA
28
EM CRISTO SOMOS UM
“Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem livre;
nem homem nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus”
(Gl 3.28).
Na carta aos Gálatas, Paulo assevera que não há diferença entre judeus
e gentios, pois Jesus é Senhor de todos e a todos os que o invocam, abençoa
ricamente. Portando, em Cristo não há barreiras nem preconceitos de raça,
gênero ou condição social.
Todos aqueles que crêem em Cristo pertencem à mesma família e
são igualmente aceitos por Deus, sendo assim, unidos aos outros em amor.
Tornamo-nos um em Cristo.
Ser um em Cristo é caminhar em um mesmo propósito, o de promover a
unidade do corpo. É ser mais parecido com Jesus, imitando seus exemplos e
obedecendo a seus ensinos. É socorrer os necessitados e pensar coletivamente
no Reino de Deus aqui na terra.
A igreja é comparada ao corpo no sentido de união e diversidade de
membros. Assim precisamos uns dos outros, mesmo com todos os defeitos e
fraquezas. Viver em comunhão é uma ordem de Jesus e a experiência da igreja
se concretiza na coletividade. E essa comunhão nos traz alguns benefícios
como encorajamento, crescimento, força, ajuda e amor.
Que possamos nos esforçar para promover a comunhão, a paz e a edificação
mútua no corpo Cristo, respeitando cada diferença dessa unidade. Ajudando
cada um de nossos irmãos em suas caminhadas, até que alcancemos a unidade
da fé e a maturidade em Cristo.
Cuidem, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos
outros. E que o amor de Cristo seja o elo da perfeição e a paz seja o nosso juiz.
Dessa maneira, caminharemos firmes na fé e na esperança, unidos em Cristo
Jesus.
Prª. Aline Rodrigues de Sousa Silva
IB Getsêmani – Gama, DF
Motivos de oração
Pelas mulheres do Brasil;
Pelo trabalho feminino da Convenção Batista;
Para que nos esforcemos pela comunhão.
42
DIA
29
O PRIVILÉGIO DE USUFRUIR DA
PATERNIDADE DIVINA
“E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de
seu Filho ao nosso coração e esse Espírito clama: Aba, Pai!”
(Gl 4.6)
É um privilégio viver a condição de filhos, pois fomos libertos da condição
de criatura e de escravos do pecado, para podermos usufruir das bênçãos e
desfrutar da plena adoção espiritual.
Paulo declarou aos Romanos (8.16-17) que “o próprio Espírito confirma
ao nosso espírito, que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos
também herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo”. Sob a lei
romana, o filho adotado tinha garantia de plenos direitos à propriedade de seu
pai, ainda que anteriormente tivesse sido um escravo. Ele não seria um filho de
segunda classe, mas igual a todos os outros, biológicos ou adotados, na família
de seu pai.
Como filhos adotados de Deus, participamos com Jesus de todos os direitos
aos recursos divinos. Fomos resgatados da servidão e recebemos em nossos
corações o seu Espírito que clama: Aba Pai (Rm 8.15).
Somos adotados por Deus, assumimos a condição de filhos, não somos
órfãos, pois recebemos a Jesus em nossas vidas ( Jo 1.12-13).
Assim, por meio da adoção divina deixamos de ser escravos, sem herança
nem direito, para nos tornarmos filhos, portadores de todos os recursos
disponíveis da casa do Pai. A adoção nos mostra que somos filhos de Deus e
que somos aceitos por Ele. Por causa do amor e da graça fomos feitos e nos
tornamos herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo Jesus. É um privilégio
usufruir da paternidade divina.
Pr. Willian Luiz
PIB - Ceilândia, Igreja Alfa, DF
Motivos de oração
Pelas igrejas Batistas da região Norte;
Para que os crentes se sintam acolhidos como filhos de Deus;
Para que cada crente usufrua desse privilégio.
43
DIA
30
DISCÓRDIAS, DIVISÕES, FACÇÕES:
OBRAS DA CARNE
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza,
libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias,
divisões, facções [...]” (Gl 5.19-20).
Pecados de caráter interpessoal no contexto da pandemia da COVID-19.
O advento da Covid-19 trouxe à tona excessos egoístas que o estilo de
vida prevalente na chamada sociedade líquida escondia. Em função da ação de
isolamento social muitos se viram constrangidos a conviver mais tempo com
parentes. O que revelou um processo de esfriamento nos relacionamentos, de
crescimento da indiferença e de predomínio de ações egoístas. Nesse espaço-
tempo de convívio não planejado, materializou-se o que Paulo advertia aos
cristãos da Galácia em relação as obras praticadas por pessoas que se afastam
da Palavra de Deus e do exercício salutar do amor ao próximo. Pessoas que se
deixam dominar por inclinações egoístas, tais como: discórdias, dissensões e
facções.
Sendo assim, contrariamente ao que poderia acalentar o relacionamento
interpessoal, tais obras da carne inflamam os corações de pessoas que, em um
processo tresloucado de subjugação impiedosa de semelhantes, caminham com
soberba e indiferença.
Dito isso, gostaria de destacar no texto de Gl 5.19-20 como esse desejo
descontroladamente egoísta corrobora para a assunção de uma postura ufanista,
soberba e inconveniente, pecados de caráter interpessoal, notabilizados no
contexto da pandemia da Covid-19.
Desejo egoísta de querer sempre exercer a primazia – discórdias;
Desejo egoísta de querer sempre obter proeminência – dissensões;
Desejo egoísta de querer sempre impor seu estilo de vida – facções.
Está na hora de você refletir e verificar o que tem prevalecido em sua
conduta diária: um desejo descontroladamente egoísta ou um desejo de assumir
o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus?
Hoje, Deus nos convoca para destronarmos o egoísmo e a cada dia viver
a generosidade e o acolhimento, enquanto anunciamos as Boas-Novas do
Evangelho.
Pr. Elias Batista
IB da Providência – Sobradinho, DF.
Motivos de oração
Pelas CBE’s da região norte;
Pela superação de sentimentos egoístas;
Pela superação das discórdias, dissensões e facções.
44
DIA
31
AMOR, ALEGRIA, PAZ: FRUTO DO ESPÍRITO
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade”
(Gl 5.22).
Pode soar contraditório, mas um ano marcado por tantas aflições como este,
pode torna-se o momento oportuno para desenvolvermos o fruto do Espírito.
“Como posso me alegrar enquanto tantas pessoas choram seus mortos?”. No
entanto, são nesses contextos que contamos com a esperança do Evangelho,
que nos ajuda a desenvolver virtudes.
A alegria produzida pelo Espírito Santo traz conforto diante da dor, pois
temos a convicção de que os sofrimentos do presente não se comparam com a
glória que em nós será revelada (Rm 8.18). Este é um sentimento profundo que
se destaca da sensação efêmera de prazer que muitos confundem com alegria.
É produto da paz de quem entende que Deus age para que todas as coisas
cooperem para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28).
A paz é a serenidade no coração. É a tranquilidade da confiança
experimentada por aqueles que são justificados pela fé (Rm 5.1) e que se sabem
amados incondicionalmente (1Jo 4. 9-11). Ela traz segurança e lança fora o
medo ( Jo 14.27).
O amor é a base de tudo (1Co 13). Sem ele o Fruto do Espírito não se
desenvolve. Paulo ressaltou a importância do amor (Gl 5.6,13). João escreveu
“quem não ama não conhece a Deus” (1Jo 4.8). Pedro advertiu: “tenham muito
amor uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1Pd
4.8). Na vida de Jesus conhecemos o perfeito amor. Ele nos ensinou que seus
discípulos seriam conhecidos pelo amor ( Jo 13.34,35). Tudo o que realizou foi
por amor.
Aquele que é nova criatura já foi capacitado para desenvolver o Fruto
do Espírito. Contudo, é preciso treinar o caráter e o coração para vivê-lo. É
necessária uma escolha diária para desenvolvê-lo e assim nos assemelharmos
a Cristo.
Miss. R. E.
JAMI
Motivos de oração
Pelas igrejas Batistas da região Nordeste;
Para que tenhamos oportunidade de desenvolver o fruto do Espírito;
Que o fruto do Espírito seja manifestado mesmo em tempos difíceis.
45
DIA
32
CRISTO É A NOSSA PAZ:
DE DOIS POVOS ELE FEZ UM SÓ
“Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e,
na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade”
(Ef 2.14).
No Antigo Testamento Deus firmou uma aliança com o povo de Israel e
fez deste povo uma nação eleita, pois viviam sob o total governo de Deus. Eles
eram seu povo e Ele seu eterno Pastor. Isso distinguia Israel de todas as outras
nações do mundo. Havia inclusive muitas ordenanças mosaicas para não se
juntarem aos não judeus, que posteriormente foram chamados “gentios”.
No período do Novo Testamento, Jerusalém havia adquirido uma
importância comercial no Oriente, e isso fez com que a religião dos judeus
se tornasse conhecida em todo o mundo romano. Povos de todas as nações
convergiam para Israel. Mas a lei judaica proibia os gentios adentrarem no
templo e participarem de suas celebrações. Como resolveram isso? Criaram
o pátio dos gentios e nele havia uma placa que indicava a pena de morte caso
alguém transpusessem este pátio e adentrassem no local reservado apenas aos
judeus. Israel fez do Pai um Deus exclusivo o que contrariava desde o início as
intenções amorosas do coração de Deus
Na carta aos Efésios capítulo 2 Paulo, que foi judeu e conhecia muito
bem as consequências do descumprimento desta regra imposta pela religião,
dissertou sobre a unidade dos gentios e judeus, uma vez que Cristo morreu
por todos. Ele demonstra no verso 5 a grandeza desta constatação: “pela graça
vocês são salvos”.
Uma vez alcançados pela graça e não pela lei, não há separação entre nós.
Quer gregos, gentios, judeus, brancos, negros, pardos, amarelos, vermelhos ou
qualquer outra cor de pele normativa que os homens inventem. Nada pode
desfazer o que Jesus conquistou na cruz: Somos um em Cristo! Ele é a nossa paz
e a parede de separação foi derrubada e na sua carne desfez toda a inimizade!
Pr. José Ricardo Gonzales
IEBN Paulicéia – São Bernardo do Campo, SP
Motivos de oração
Pelas igrejas Batistas da região Sul;
Pela superação do racismo e outras discriminações;
Em gratidão pela graça de Deus.
46
DIA
33
ESTEJAM ALICERÇADOS E
ARRAIGADOS EM AMOR
“E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês,
estando vocês enraizados e alicerçados em amor”
(Ef 3.17).
Deus é Amor! Neste texto Paulo enfatizou a característica primordial da
segurança da fé do cristão: o amor de Deus. Para isso, o apóstolo utilizou duas
figuras de linguagem: “arraigados” e “alicerçados”. A expressão usada pelo
apóstolo nos leva a imaginar a figura de uma árvore; e em seguida, de um
edifício. Em ambas, a ideia transmitida é: “segurança, firmeza, profundidade e
resistência”.
Uma árvore cujas raízes descem às profundezas da terra, espalham-se em
muitas direções e se agarram firmemente no solo e nas rochas jamais pode ser
derrubada por temporais, pelo contrário, permanece frondosa.
A fundação é a parte inferior que sustenta uma construção, um edifício.
Semelhantemente, a fundação funciona segundo o mesmo princípio de
segurança: trata-se de uma estrutura de pedra, de ferro e de concreto, colocada
sob a terra, para poder distribuir o peso do edifício por uma área maior do solo
dando estabilidade a toda construção.
Aos Colossenses Paulo utiliza a mesma metáfora: “Como, portanto, recebestes
o Senhor Jesus Cristo, assim andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na
fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças” (Cl 2.6,7 KJF).
Portanto, assim como recebemos o amor de Deus devemos permanecer
firmes e fundamentar toda nossa caminhada cristã neste imenso e inexplicável
amor. Cristo nos deu seu amor gratuitamente e por amor se entregou a si
mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar desde mundo perverso (Gl
1.4).
O amor de Deus nos constrange, faz-nos voltar totalmente a seus propósitos
eternos e a despojar de tudo que nos prende a este mundo passageiro.
Rose Andrade
IB Belém – Salvador, BA.
Motivos de oração
Pela firmeza na fé, arraigada e alicerçada;
Pelos irmãos fracos na fé;
Pelo fortalecimento da comunhão na igreja local.
47
DIA
34
PRESERVANDO A UNIDADE
PELO VINCULO DA PAZ
“Fazendo tudo para preservar a unidade
do Espírito no vínculo da paz”
(Ef 4.3).
O apóstolo Paulo, escrevendo da prisão domiciliar em Roma, com certeza
sentindo em seu coração a importância da comunhão com os irmãos, faz um
apelo aos amados de Éfeso que se empenhem pela paz como vínculo que os
una e fortaleça, vendo o relacionamento cristão como unidade e não somente
como proximidade. Esse propósito faz eco às palavras do salmista, quando fala
da união dos irmãos como fonte que produz o derramar do óleo santo, trazendo
bênção e vida (Sl 133). Nós precisamos ser fortemente unidos, preservando a
comunhão verdadeira, a unidade da fé!
A palavra vínculo, no grego “sundesmos”, fala sobre laços de união firmes
como algemas, ou seja, reflete empenho, esforço para que seja mantido. Em
Colossenses 3.14 Paulo diz que o amor é o vínculo da perfeição e aqui ele
retrata a paz como vínculo da comunhão.
Até onde estamos dispostos, como desafia o apóstolo, a sermos
empreendedores da paz, revelando esse aspecto do fruto do Espírito como diz
em Gálatas 5.22-23, fazendo de nossas atitudes laços de amor e manutenção
da unidade? O que realmente nos mantém ligados em torno da cruz de Cristo?
Essas são algumas das perguntas que nosso espírito deve fazer à nossa alma
todos os dias, quando a memória do coração nos empurrar para dentro da
vida um do outro, sob a sombra do Altíssimo, à luz da comunhão. “Façam todo
o possível para viver em paz com todos” (Rm 12.18 NVI) conclama o apóstolo.
“Que todos sejam um”, pede fervorosamente o Senhor Jesus em sua intercessão
por nós ( Jo 17.21). Esse é o desafio para o meu e o seu coração hoje!
Pr. José Rêgo Júnior
Belo Horizonte, MG
Motivos de oração
Pelas CBE’s da região Sudeste;
Por disposição, para sermos empreendedores da paz;
Para que a memória do coração nos empurre em direção ao outro.
48
DIA
35
ORANDO POR AMIGOS AMADOS
“Fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vocês, em todas as minhas orações.
Dou graças pela maneira como vocês têm participado na proclamação do evangelho,
desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.4,5).
Quero compartilhar com vocês algumas observações maravilhosas que
constatei nesse texto.
A primeira observação que faço nesse texto é a forma como Paulo e Timóteo
escrevem globalizando toda a cidade de Filipos. O amor no coração deles e a
oração não são direcionados a uma pessoa especifica, mas a todos os irmãos
e amigos. O que me leva a entender que em nossa vida iremos nos deparar
com amigos de perfis diferentes. Haverá um amigo mais calmo e um que será
mais agitado e cheio de atitude, haverá aquele que é mais sorridente e alegre
e outro mais reservado e introvertido, no entanto, precisamos entender que é
necessário orar por todos eles, independe do jeito de cada um.
A segunda observação é que a oração deve ser feita com gratidão. “Sempre
que penso em vocês, eu agradeço ao meu Deus” (Fp 1.3). É importante ser grato
pelos amigos que Deus coloca em nossa caminhada ao longo da vida, amigos
esses que são de extrema importância em nossa jornada diária.
A terceira observação é que precisamos orar com alegria pelos nossos
amigos: “sempre oro com alegria...” (Fp 1.4). O Senhor conhece nosso coração
e sabe da verdade que há nele e atende nossas orações. Creio nisso!
Em quarto lugar, precisamos orar com fé, crendo no agir soberano do nosso
Pai, afinal sem fé é impossível agradar a Deus.
Quem são seus amigos amados? “Quem tem muitos amigos pode cair em
desgraça, mas existe amigo mais chegado que um irmão” (Pv 18.24).
Amanda Andrade
IBN Nova Jerusalém – Planaltina, DF
Motivos de oração
Pelo trabalho com as mulheres;
Pelo fortalecimento das verdadeiras amizades;
Em gratidão pelos companheiros de jornada.
49
DIA
36
UNIDADE NA LUTA PELO EVANGELHO
“[...] eu ouça a respeito de vocês que estão firmes em um só espírito,
como uma só alma, lutando juntos pela fé do evangelho”
(Fp 1.27).
Vivemos dias extremamente difíceis! Insegurança, dor, tristeza, morte, luto,
isolamento, mentiras, heresias... A tensão resultante dessas questões toca a
todos.
Como viver o evangelho em tempos tão difíceis e estranhos? Como
promover o evangelho?
Paulo, ao escrever aos Filipenses estava preso em Roma aguardando o
julgamento que poderia libertá-lo ou sentenciá-lo a morte. Mas, mesmo ali,
encontrou ânimo para expressar sua alegria e gratidão a Deus pelos amigos
e irmãos, para encorajá-los a uma vida que refletisse a glória dos céus tanto
dentro da igreja como fora dela e a viverem em unidade cristã.
As palavras do apóstolo Paulo aplicam-se perfeitamente à situação atual!
Jamais devemos esquecer quem somos, a quem pertencemos e o poder do
evangelho que abraçamos.
“Vivei, acima de tudo, de modo digno do evangelho...”. Não podemos viver
de qualquer maneira, descuidadamente. Pertencemos a um Reino que precisa
ser conhecido e exaltado através do nosso viver. Somos chamados a viver como
filhos da luz, como cidadãos dos céus. Nada é mais importante do que isto!
“... estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela
fé evangélica”. Como cidadãos dos céus num mundo corrompido, pecaminoso
e antideus, com nossas diferenças e individualidades, somos desafiados a nos
mover firmes e corajosamente, em um mesmo espírito, como um só corpo, pela
fé do evangelho. “Para que sejam um, [...] para que o mundo creia que tu me
enviaste ( Jo 17.21).
Coerência no viver e firmeza na unidade da fé pela defesa do evangelho!
Eliete Andrade Silveira
IB Ágape – Feira de Santana, BA
Motivos de oração
Pelas crianças do Brasil;
Pelo trabalho de evangelização de crianças;
Para que a igreja lute unida pela fé do evangelho.
50
DIA
37
VISANDO A COMUNHÃO:
NÃO SEUS PRÓPRIOS INTERESSES
“Não tendo em vista somente os seus próprios interesses,
mas também os dos outros”
(Fp 2.4).
A palavra chave desse texto é “amor fraternal” demonstrado pelo “serviço”.
No capítulo 1.20-26 Paulo ensinou algo sublime por meio de seu próprio
sentimento, a saber, que a única coisa que deve fazer com que cristãos não
prefiram partir e estar com Cristo neste exato momento, “o que é infinitamente
melhor”, é o serviço aos nossos irmãos na fé.
O apóstolo Paulo discorre sobre o tema do amor em serviço explicando
que cada um deve, humildemente, considerar os outros superiores a si
mesmos (Fp 2.3). Só é possível viver plenamente a ideia de não buscar seus
próprios interesses quando compreendemos profundamente as implicações da
humildade. Somente um servo-amoroso é capaz de cuidar de seus próprios
interesses e também dos interesses dos outros. Essa verdade pode ser aplicada
em nossos dias a qualquer sistema. Não conseguirei cuidar dos interesses dos
outros a menos que perceba, de alguma forma, esses outros superiores a mim.
Ocorrerá então uma hierarquia de amor.
Em Atos 16 podemos conhecer pelo menos três “membros” da igreja de
Filipos: A comerciante Lídia, a jovem escrava que foi liberta do espírito de
adivinhação e o carcereiro.Temos uma empresária, uma escrava e um funcionário
público. Você consegue perceber quão desafiador é para uma comerciante ou
um funcionário público se submeterem a uma escrava, ao ponto de cuidarem
não apenas de seus próprios interesses, mas também dos dela?
A questão era tão complexa que o apóstolo Paulo apelou para Jesus
como referencial de humildade, amor e serviço, e como exemplo para aquela
comunidade, afirmando: “tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de
Cristo Jesus” (Fp 2.5).
Pr. Natan Bezerra
IBN Missionária – Macapá, AP
Motivos de oração
Pelos adolescentes do Brasil;
Pelos trabalhos evangelísticos com adolescentes;
Para que os crentes desejem servir uns aos outros em amor.
51
DIA
38
A LEI DE OURO: BASE PARA A COMUNHÃO
“Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês,
façam também vocês a eles; porque esta é a Lei e os Profetas”
(Mt 7.12).
Esta fala de Jesus é parte do famoso Sermão Monte. Nele, o Senhor trata
do elevado padrão de conduta que os cidadãos do Reino dos céus precisam
exibir. Os discípulos de Jesus deveriam exceder em muito “a justiça” dos
religiosos judeus (Mt 5.20) praticando a justiça do coração, das intenções e das
motivações que antecedem as atitudes.
Esse princípio geral, conhecido como “Lei de Ouro”, é um sumário de tudo
aquilo que foi ensinado na “Lei de Moisés” e nos “Profetas”. Resume toda a ética
que deve nortear os relacionamentos pessoais. Diante de tensões relacionais,
situações duvidosas e casos emergenciais, aplicando esta regra, seguramente
não erraremos em como agir com o próximo. O cerne desse ensino é: faça
aos outros conforme deseja que eles façam a você. Trate os outros conforme
gostaria de ser tratado.
Na aplicação dessa “Regra”, porém, é preciso tomar dois cuidados: (1) por
esforço e capacidade própria é impossível praticá-la em nosso convívio diário.
Só é possível obedecê-la por causa da regeneração, realizada por Deus em
nós, e mediante a operação do Espírito Santo em nossos corações; (2) ela não
deve ser vivida por motivos puramente utilitaristas e egoístas. Ou seja, nunca
devemos obedecê-la tendo como objetivo benefícios próprios e interesses
pessoais. Ela jamais pode ser vista separada do maior mandamento, pois o
amor do homem precisa fluir do amor a Deus (Mt 22.37-40). O amor genuíno
ao próximo é resultado de um amor genuíno a Deus. De acordo com Jesus, o
segundo mandamento jamais será observado sem o primeiro. Nunca amaremos
o próximo como gostaríamos de ser amados, enquanto não amarmos a Deus
com todo o nosso ser.
Pr. Paulo César Nascimento
IB Missionária – Serra Talhada, PE
Motivos de oração
Pelo engajamento das igrejas na obra missionária;
Para que Deus desperte em nós a aplicação dos princípios bíblicos;
Pela superação dos sentimentos utilitaristas ou egoístas.
52
DIA
39
EM PAZ QUE SE SEMEIA O FRUTO DA JUSTIÇA
“Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça,
para os que promovem a paz”
(Tg 3.18).
Tiago apresenta um paralelo entre a sabedoria que procede de Deus, pura,
pacífica, gentil, amigável, cheia de misericórdia, de bons frutos, imparcial,
sem fingimento; em contraste com a sabedoria humana, que procede de um
coração invejoso, amargurado, sentimentos de rivalidade e, acima de tudo,
demoníaca. Ele havia exortado os irmãos que pedissem a Deus sabedoria, pois
a todos concede de forma generosa (Tg 1.5). A sabedoria que vem de Deus se
contrapõe à falsa sabedoria que procede do mundo.
Em seguida Tiago afirma: “Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça,
para os que promovem a paz”. O mundo opera na injustiça, as guerras são
constantes e o amor a cada dia vem se esfriando. Precisamos urgentemente
lançar a semente do evangelho da paz e, diligentemente, nos esforçar para
promover a cultura da paz em oposição à cultura corrente do ódio, violência e
divisão.
É importante lembrar algo aos cristãos! A semente que produz a melhor
colheita não pode frutificar em qualquer ambiente, antes necessita de boa terra.
Portanto, ela frutificará onde há boas relações entre as pessoas e o evangelho
da paz produza nos corações a justiça de Deus. Para se obter o fruto da justiça
deve-se lançar a semente da paz. Mas qual é a semente que produz o fruto
da justiça? É a palavra de Deus. Assim, segundo o apóstolo Pedro, a semente
gerada em nós, por meio da Palavra de Deus, é viva e permanente (1Pe 1.23).
Sabemos que Cristo é a nossa paz! Sabemos também que o fruto da justiça
só é possível por meio dele. Portanto, lancemos a semente a tempo e a fora de
tempo, pois em Cristo a paz e a justiça florescerão.
Pr. Wasny Andrade
IBN Nova Jerusalém – Planaltina, DF
Motivos de oração
Que busquemos a sabedoria de Deus;
Que nos afastemos da sabedoria mundana;
Que o evangelho da paz produza uma nova cultura de paz e justiça.
53
DIA
40
RENOVAÇÃO ESPIRITUAL E COMUNHÃO
“Oh! Como é bom e agradável
viverem unidos os irmãos”
(Sl 133.1).
Chegamos ao final de mais uma campanha de 40 dias de oração e jejum.
Com alegria e gratidão a Deus pela oportunidade de participarmos de
momentos tão edificantes e cheios da presença do Espírito Santo. Nesses dias
fomos desafiados a refletir profundamente sobre a relação entre Renovação
Espiritual e Comunhão. Espero que vocês tenham pensado sobre isso.
O povo batista, um povo de oração e compromisso com a Palavra de Deus,
nas décadas de 40, 50 e 60, buscou intensamente um mover do Espírito Santo,
crendo que Ele poderia aquecer os corações, despertar para missões e fortalecer
os relacionamentos fraternos. O Espírito Santo ouviu aquelas sinceras orações
e renovou não somente os batistas, mas vários outros grupos. No princípio a
comunhão foi aparentemente quebrada, ocorreram perseguições e exclusões
que marcaram o coração de muitos. Mas pessoas renovadas não alimentam
mágoas e, então veio, o perdão e a reconciliação. As bases foram alinhadas
novamente, Renovação espiritual e comunhão de mãos dadas.
Penso que ainda precisamos trabalhar esses temas. Precisamos abrir
o coração para o amor, para o respeito, para a unidade e para a comunhão.
Talvez tenhamos algumas divergências, ideias distintas, uma certa pluralidade e
diversidade, mas como nos ensinou o apóstolo Paulo, somos muitos membros,
contudo o corpo é um só.
Vamos seguir juntos! Os batistas nacionais ainda têm muito para fazer e
alcançar. A jornada é longa, mas eu prefiro seguir acompanhado, em comunhão
com meus amigos e irmãos, em oração para a plena superação dos conflitos.
Sei que sozinho irei mais rápido, mas se estivermos juntos, iremos mais longe.
Deus abençoe o povo batista nacional!
Pr. Leônidas Ghelli
Editor do devocional Renovação Diária
Motivos de oração
Em gratidão pela bênção da Renovação Espiritual;
Em gratidão porque estamos em comunhão;
Em gratidão pelo final da campanha.
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