0% acharam este documento útil (0 voto)
67 visualizações21 páginas

Aula 2

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
67 visualizações21 páginas

Aula 2

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 21

FUNDAMENTOS DO GESTOR

FINANCEIRO
AULA 2 – Ética e Comprometimento Profissional

Prof. Daniel Weigert Cavagnari


CONVERSA INICIAL (estrutura e objetivos da aula)

A prática do gestor financeiro no contexto do mercado atual é uma área


que requer uma abordagem baseada em evidências, ética profissional e
comprometimento contínuo com o desenvolvimento profissional. Este papel
crítico na estrutura corporativa envolve a supervisão da saúde financeira da
organização, a formulação de estratégias financeiras e a gestão de riscos, todas
tarefas que demandam não apenas conhecimento técnico, mas também uma
forte adesão aos princípios éticos.

CONTEXTUALIZANDO (problematização)
Do ponto de vista ético, a gestão financeira implica a aderência a normas
e padrões profissionais que asseguram a transparência, a justiça e a integridade
nas práticas financeiras. Isto inclui a conformidade com as leis de
regulamentação financeira, como a Lei Sarbanes-Oxley nos Estados Unidos,
que foi implementada para proteger os investidores de fraudes financeiras
através da melhoria da precisão e confiabilidade das divulgações corporativas.
Além disso, a ética na gestão financeira envolve o compromisso com a
responsabilidade fiduciária, o que significa agir no melhor interesse dos
stakeholders da empresa, incluindo acionistas, clientes e colaboradores.
O comprometimento profissional na gestão financeira reflete-se na
busca contínua por conhecimento e na adaptação às mudanças do mercado e
às novas regulamentações. Isso pode envolver a participação em cursos de
educação continuada, a obtenção de certificações profissionais e a adesão a
organizações profissionais relevantes. Estas práticas não só aprimoram as
competências técnicas e analíticas do gestor financeiro, mas também reforçam
a sua capacidade de tomar decisões éticas e informadas.
A integração da tecnologia na gestão financeira também é um aspecto
crucial, com ferramentas como big data, inteligência artificial e blockchain
oferecendo novas oportunidades para análise financeira, gestão de riscos e
eficiência operacional. O domínio dessas tecnologias é fundamental para manter
a competitividade e a relevância no mercado atual.
Em resumo, a prática eficaz do gestor financeiro no mercado
contemporâneo baseia-se em uma fundação de conhecimento técnico, ética
2
rigorosa e comprometimento com o desenvolvimento profissional. Neste
ambiente, a capacidade de navegar por questões complexas de
regulamentação, tecnologia e globalização, mantendo ao mesmo tempo padrões
éticos elevados, é o que define o sucesso no campo da gestão financeira.

TEMA 1 – ANÁLISE DE DIFERENTES CENÁRIOS

Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).

A análise de cenários econômicos incorpora uma abordagem


multidisciplinar que enfatiza a pesquisa, o uso de índices econômicos e a
consideração de fatores como cultura, legislação, entre outras características do
próprio mercado. Esta abordagem permite aos analistas compreenderem e
preverem as tendências econômicas, avaliar o impacto de políticas públicas e
decisões de investimento, e orientar a tomada de decisões estratégicas tanto no
setor público quanto no privado.
Através das áreas de conhecimento específicas, o Gestor Financeiro
percebe o mercado e toma decisões precisas. Entre elas estão:
▪ Análise de Cenários Econômicos: Trata de Conceitos básicos de
Economia, seus agentes e algumas noções de estatística,
macroeconomia, entre outras questões acerca do mercado.

3
▪ Comportamento Empreendedor: Além do perfil do
empreendedor e de oportunidades de negócios, modelagem de
negócios, métodos e técnicas de Design Thinking, entre outros.
▪ Análise Econômica: Trata dos cenários históricos e características
de funcionamento do mercado, tanto micro quanto macroeconômica.
▪ Mercado de Capitais: Trata do mercado financeiro e de capitais
como um todo. Parte do cenário de negócios.
▪ E-Business e E-Commerce: Compreender a dinâmica do mercado
em si, em termos tecnológicos e sem fronteiras. Um acesso ao
mercado amplo.

1.1. Pesquisa e Índices Econômicos


A pesquisa em análise de cenários econômicos baseia-se fortemente na
coleta, análise e interpretação de dados. Índices econômicos como o Produto
Interno Bruto (PIB), taxa de inflação (medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo - IPCA, por exemplo), taxa de desemprego, balança
comercial, e taxas de juros são fundamentais para a construção de cenários
econômicos. Estes índices fornecem uma visão quantitativa do estado da
economia e são cruciais para a previsão de tendências futuras.
Além dos dados quantitativos, a análise qualitativa, incluindo relatórios
de instituições financeiras, estudos de think tanks e análises de mercado,
também desempenha um papel importante. Esta análise qualitativa pode
oferecer insights sobre a direção potencial da economia, com base em fatores
como mudanças na legislação, políticas governamentais e tendências culturais
que podem afetar o comportamento do consumidor e o clima de investimento.
A análise de cenários econômicos no Brasil é uma disciplina complexa
que requer não apenas a habilidade técnica de interpretar dados econômicos,
mas também a capacidade de compreender a influência da cultura, legislação e
ética profissional. A integração dessas diversas dimensões oferece uma base
sólida para a previsão de tendências econômicas e a tomada de decisões
informadas, contribuindo assim para o desenvolvimento econômico sustentável
e a estabilidade financeira do país.

1.2. Cultura, Legislação e Ética Profissional

4
A cultura, em qualquer país ou região, é sempre muito influenciada pela
história e muitas vezes volatilidade econômica, como os casos de inflação alta,
guerras, e principalmente após, em suas reformas estruturais. Isso molda a
percepção de risco e as expectativas tanto de consumidores quanto de
investidores, até mesmo atualmente. A compreensão desses aspectos é
importante para a análise de cenários econômicos, uma vez que afeta a
confiança do consumidor e a disposição para investir.
A legislação, leis fiscais, trabalhistas e de regulamentação do mercado,
é outro componente crucial que influencia a análise de cenários econômicos.
Mudanças na legislação podem ter efeitos significativos sobre os custos
operacionais das empresas, a competitividade e a atratividade do país para
investimentos estrangeiros. Por isso, uma compreensão e pesquisa do ambiente
legislativo é essencial para a análise econômica. Projetos de lei já trazem
bastante visão acerca do mercado.
A ética profissional na análise de cenários econômicos é de importância
primordial, especialmente no contexto de uma história de corrupção e
instabilidade política em algumas fases da história, brasileira então, nem se fala.
A integridade, transparência e responsabilidade na coleta e interpretação de
dados são fundamentais para manter a confiança nas análises econômicas.
Profissionais e instituições devem aderir a códigos de conduta ética para garantir
a validade e credibilidade de suas análises.

TEMA 2 – INOVAÇÃO ORGÂNICA

Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).
5
Inovação orgânica refere-se ao processo de desenvolvimento e
implementação de novas ideias, produtos, serviços ou processos dentro de uma
organização de maneira interna e gradual, sem a necessidade de aquisições
externas, fusões ou parcerias significativas. Esse tipo de inovação é geralmente
alimentado pelo talento, recursos e capacidades existentes na organização. Em
contraste com a inovação inorgânica, que pode envolver a integração de novas
capacidades por meio de aquisições ou colaborações externas, a inovação
orgânica se concentra no crescimento e aprimoramento interno.
Na Gestão Financeira, que age em cenários de constante mudança, o
orgânico tem sentido de mudança natural, de forma relacionada. Por exemplo, a
dinâmica dos pagamentos rápidos e sem custo, trata de uma inovação orgânica.
Inovado pelo Pix e orgânico por dissemina-se de forma natural.
Características da inovação orgânica incluem:
1. Crescimento Interno: A inovação é impulsionada por ideias e
esforços gerados dentro da própria empresa, utilizando seus
recursos e capacidades.
2. Desenvolvimento Contínuo: Tende a ser um processo contínuo e
incremental, onde melhorias e inovações são realizadas de forma
constante ao longo do tempo, em vez de mudanças radicais ou
disruptivas, como conhecemos comumente.
3. Cultura e Engajamento: A inovação orgânica é frequentemente
sustentada por uma cultura organizacional que promove a
criatividade, o aprendizado contínuo e o envolvimento dos
funcionários em processos de inovação.
4. Adaptação e Flexibilidade: Facilita a adaptação e resposta às
mudanças nas demandas do mercado e tendências tecnológicas, já
que a organização aprende e se ajusta de maneira natural (orgânica).
5. Investimento em Talentos: Investimentos significativos em
treinamento e desenvolvimento de talentos internos, incentivando a
geração de novas ideias e soluções inovadoras a partir da base de
funcionários da empresa.
A inovação orgânica é vital para o crescimento sustentável a longo
prazo, pois ajuda a manter a relevância e a competitividade no mercado.
Empresas que se destacam na inovação orgânica muitas vezes desenvolvem

6
fortes capacidades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), promovem ambientes
de trabalho colaborativos e mantêm um compromisso contínuo com a melhoria
e inovação em todos os níveis organizacionais.
Porém, inovações, por mais naturais que sejam, precisam ser
compreendidas pela essência.
Hoje, qualquer disciplina, por mais tradicional que seja, deve tratar de
alguma questão que envolva a inovação. Se não, tem que ser revista.
Gestão Financeira que é uma área, de certa forma, conservadora, mas
tem como seu maior influenciador de inovações, a tecnologia.
As áreas de conhecimento que tratam justamente de inovação na
Gestão Financeira são:
▪ Big Data: Visão analítica e de tendências no tratamento de dados
financeiros.
▪ Blockchain e Criptomoedas: Tecnologia recente e revolucionária
na área de finanças monetárias e de mercado.
▪ Business Intelligence: Inteligência de negócios. Dados e relatórios
corporativos e estratégicos. Decisões precisas.
▪ Competências Digitais: Mudanças e tendências de mercado acerca
de instrumentos de interação tecnológica. Aplicativos, sistemas,
entre outros meios de usar e aplicar a tecnologia.
▪ Comportamento Empreendedor: Inovação como o centro do
empreendedorismo.
▪ Inteligência Artificial – IA: O dinamismo da tecnologia influenciando
e recriando técnicas de negócios. A IA na gestão financeira trás
seguranças particulares em termos de fraudes e tendências.
▪ Programação em Blockchain: Blockchain é a tecnologia por trás
das criptomoedas e que permitiu uma independência, com maior
segurança e precisão. Para todos os processos financeiros, ela é
aplicável.
▪ Novas Tecnologias Aplicadas à Gestão Financeira: Tudo o que
há de novo e o que está por vir, em termos de tecnologia relacionada
à Gestão Financeira.
▪ Segurança da Informação e Meios de Pagamentos Eletrônicos:
Segurança da Informação trata de crimes digitais e fraudes acerca
da gestão financeira.

7
TEMA 3 – EQUIPES MULTIDISCIPLINARES

Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).

Pensar diferente já é multidisciplinar. Equipes multidisciplinares, no


contexto da gestão financeira, são grupos de trabalho compostos por
profissionais de diferentes áreas de especialização, que colaboram para
alcançar objetivos comuns, particularmente na solução de problemas complexos
e na tomada de decisões estratégicas. Esta abordagem reconhece que as
questões financeiras frequentemente atravessam diversas disciplinas e
requerem uma ampla gama de competências para serem abordadas
eficazmente.
As equipes multidisciplinares na gestão financeira são definidas pela sua
heterogeneidade de conhecimentos e habilidades, reunindo especialistas de
áreas como finanças, economia, contabilidade, direito, tecnologia da informação
e gestão de operações. O objetivo é integrar perspectivas diversas para criar
soluções mais inovadoras e eficazes do que aquelas que poderiam ser
desenvolvidas por indivíduos ou equipes homogêneas.
No ambiente de gestão financeira, as equipes multidisciplinares são
aplicadas em diversas situações, incluindo:
• Gestão de Riscos: Identificação, análise e mitigação de riscos
financeiros, operacionais, de mercado, de crédito, entre outros. A
equipe pode utilizar conhecimentos de economia para entender o
8
contexto macroeconômico, de TI para sistemas de monitoramento e
de direito para questões regulatórias.
• Planejamento Estratégico Financeiro: Desenvolvimento de
estratégias de longo prazo para otimizar a saúde financeira e o
crescimento da empresa. Isso pode envolver especialistas em
finanças para modelagem e projeções, gestores de operações para
eficiência de custos, e especialistas em marketing para análise de
mercado.
• Fusões e Aquisições: Avaliação e integração de empresas. Esta
aplicação exige conhecimento jurídico para a negociação de
contratos, financeiro para avaliação de ativos e passivos, e de RH
para gestão de mudanças organizacionais.
• Compliance e Governança Corporativa: Assegurar que a empresa
esteja em conformidade com as leis e regulamentações aplicáveis,
além de manter práticas éticas de negócios. Requer expertise legal,
contábil e de gestão de riscos.
• Inovação Financeira: Desenvolvimento de novos produtos
financeiros ou processos, como sistemas de pagamento digital ou
soluções de financiamento alternativo. Beneficia-se da colaboração
entre especialistas financeiros, tecnólogos, e profissionais de
marketing.
As equipes multidisciplinares na gestão financeira permitem uma
abordagem mais holística e efetiva na solução de problemas e na tomada de
decisões estratégicas. A colaboração entre profissionais de diferentes disciplinas
contribui para uma compreensão mais profunda dos desafios financeiros e
fomenta a inovação, o que é crucial em um ambiente empresarial cada vez mais
complexo e interconectado.

3.1. Perspectiva Ética e Comprometimento na Gestão Financeira


Multidisciplinar
A conduta ética na gestão financeira abrange mais do que a adesão a
leis e regulamentos, pois envolve a implementação de práticas que respeitem os
direitos e interesses de todas as partes envolvidas, incluindo a equipe, a
organização e os stakeholders. Isso requer uma abordagem que valorize a

9
transparência, a equidade e a responsabilidade, facilitando a tomada de
decisões baseada em informações precisas e a prevenção de conflitos de
interesse.
O compromisso com a profissão manifesta-se na contínua atualização
de conhecimentos e na aplicação diligente de competências técnicas para
atender aos objetivos organizacionais. Para o gestor financeiro, isto significa
manter-se informado sobre as mudanças nas normativas financeiras, tendências
de mercado e inovações tecnológicas que podem impactar as estratégias
financeiras da organização. Este compromisso estende-se à liderança de
equipes multidisciplinares, onde a capacidade de integrar diversas perspectivas
e competências é essencial para a resolução efetiva de problemas financeiros
complexos.
A eficácia da gestão financeira multidisciplinar depende
significativamente da transparência e da responsabilidade na comunicação e na
execução das atividades financeiras. A implementação de mecanismos de
controle interno, juntamente com a prática de reportar de maneira íntegra as
operações financeiras, reforça a confiança entre os membros da equipe e com
as partes interessadas, promovendo um ambiente de trabalho baseado no
respeito mútuo e na integridade.
A adoção de uma postura ética e um compromisso profissional rigoroso
na gestão financeira, particularmente em equipes multidisciplinares, não apenas
eleva os padrões de conduta profissional, mas também contribui para a eficiência
operacional e a reputação corporativa.

TEMA 4 – RECOMENDAR A COMPOSIÇÃO DE FONTES DE RECURSOS

10
Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).

O que pode ser considerada uma das maiores competências do Gestor


Financeiro é a de conhecer e aplicar as fontes de recursos, uma específica para
cada projeto. Essa questão envolve um dos maiores paradigmas, o preço do
dinheiro. Os juros.
E juros, para quem precisa do recurso, pode significar o desempenho ou
até a existência do negócio. A saúde financeira depende disso.
Para pessoas físicas podem ser singulares essas fontes. Um
empréstimo consignado ou um financiamento, seja de bem ou imóvel, já são
práticas definidas. Mas se até mesmo de financiamento pessoas é necessário
um conhecimento profissional, imagine empresarial.
As fontes de recursos financeiros para organizações abrangem uma
variedade de opções, que podem ser classificadas de acordo com diferentes
critérios, como origem, prazo, custo e finalidade. Essas fontes são fundamentais
para financiar as operações, investimentos e crescimento das organizações.
Aqui está uma visão abrangente dos tipos de fontes, internas (a partir da
capacidade e recursos da empresa) e externas (de fomento a empréstimos,
endividamento), de recursos possíveis:
1) Lucros Retidos: Utilização dos lucros não distribuídos da empresa
para financiar novos projetos ou expansões.
2) Depreciação: Reserva financeira gerada pelo desgaste ou
obsolescência de ativos, que pode ser reinvestida.
11
3) Redução de Capital de Giro: Otimização dos recursos circulantes,
como redução de estoques e prazos de recebimento.
4) Empréstimos Bancários: Obtenção de capital por meio de
instituições financeiras, com diferentes condições de prazo, taxa de
juros e garantias.
5) Debêntures: Emissão de títulos de dívida para serem negociados
no mercado de capitais, oferecendo remuneração aos investidores.
6) Financiamento de Curto Prazo: Inclui linhas de crédito e papéis
comerciais, geralmente utilizados para necessidades de capital de
giro.
7) Leasing (Arrendamento Mercantil): Aluguel de ativos de longo
prazo com opção de compra ao final do contrato.
8) Aumento de Capital Social: Emissão de novas ações para serem
vendidas a investidores, aumentando o capital social da empresa.
9) Venture Capital: Investimento de risco em empresas com alto
potencial de crescimento, geralmente startups.
10) Private Equity: Investimento em empresas estabelecidas, com foco
na reestruturação ou expansão.
11) Crowdfunding: Captação de recursos financeiros por meio da
colaboração coletiva, via plataformas online.
12) Subsídios Governamentais: Recursos financeiros não
reembolsáveis fornecidos por entidades governamentais para apoiar
projetos específicos.
13) Doações: Contribuições financeiras sem exigência de reembolso,
provenientes de indivíduos, organizações não governamentais ou
entidades filantrópicas.
14) Parcerias Estratégicas: Alianças com outras empresas para
financiar projetos conjuntos ou compartilhar recursos.
15) Escambo: Troca de bens ou serviços por outros bens ou serviços
sem o uso de dinheiro, útil em acordos específicos de negócios.
Cada fonte de recurso possui suas próprias características, vantagens e
desvantagens, dependendo do contexto específico da organização, como sua
estrutura de capital, fase de crescimento, indústria de atuação e objetivos
estratégicos. A escolha adequada das fontes de financiamento é crucial para

12
otimizar a estrutura de capital, minimizar custos financeiros e apoiar o
desenvolvimento sustentável da organização.
A postura ética e o comprometimento profissional são imperativos para
o gestor financeiro, fundamentais para assegurar a integridade, transparência e
responsabilidade nas gestões financeiras. Isso implica aderência a normativas,
condução de análises financeiras acuradas, prevenção de conflitos de interesse,
e consideração dos impactos socioambientais nas decisões empresariais.
O compromisso com a atualização contínua em tendências de mercado,
legislações e tecnologias é essencial, assim como a liderança efetiva de equipes,
promovendo ambientes colaborativos. Práticas como controle interno e
auditorias efetivas são essenciais.
As áreas de conhecimento que sustentam a competência do Gestor
Financeiro acerca de fontes de recurso, bem como o cuidado com ela, são:
▪ Auditoria Financeira: A organização dos processos financeiros da
empresa, bem como os cuidados com as possíveis falhas e desvios
de conduta, são fundamentais para ampliar a transparência das
empresas bem governadas.
▪ Gestão de Custos: Entender a lógica dos custos, na perspectiva
econômica e contábil, permite uma gestão operacional dos recursos
voltada para o desempenho financeiro.
▪ Gestão do Fluxo de Caixa e Tesouraria: A administração dos
recursos é a prática de maior comprometimento com os recursos da
empresa.
▪ Gestão Orçamentária: Planejamento e controle das finanças é
essencial para busca e argumento acerca de recursos.
▪ Matemática Financeira Aplicada: Conhecer a técnica e a lógica
matemática por traz dos recursos, é fundamental, tanto para escolha,
quanto para barganha.
▪ Mercado de Capitais: Uma das fontes de recursos mais dinâmica e
precisa, senão a de maior custo-benefício.
▪ Projeto Econômico Financeiro: Elaborar um projeto voltado ao
crescimento da empresa, do produto é critério exigido pelas maiores,
mais econômicas e dinâmicas formas de captação. BNDES por
exemplo, não libera recurso sem projeto.

13
▪ Sistema Financeiro Internacional e Práticas Cambiais: As fontes
de recursos não se resumem a acessos locais. Além das fronteiras,
a oportunidade pode ser maior.
▪ Governança Corporativa e Compliance: Sem governança, ética e
responsabilidade social, não há como exigir os melhores recursos.
As aparências não são formas de liberação de crédito, pelo contrário.
Empresas responsáveis socialmente e engajadas com a boa prática
são melhor vistas e priorizadas em termos de financiamento e
investimento.

14
TEMA 5 – AVALIAR E GERENCIAR RISCOS

Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).

A avaliação e gestão de riscos constituem processos fundamentais na


tomada de decisão em investimentos, gestão empresarial e desenvolvimento de
projetos. Esses processos visam identificar, analisar e mitigar potenciais
ameaças que possam afetar o desempenho financeiro, a estabilidade
operacional e a consecução de objetivos estratégicos.
No âmbito científico, a avaliação de riscos envolve a utilização de
métodos quantitativos e qualitativos para estimar a probabilidade e o impacto de
eventos adversos, enquanto a gestão de riscos se refere ao conjunto de
estratégias e práticas adotadas para minimizar ou neutralizar tais riscos.
No contexto de investimentos, a avaliação de riscos inclui a análise de
volatilidade de mercado, risco de crédito, liquidez e exposição a variações
cambiais, entre outros. Para a gestão de riscos é necessário antever os riscos
operacionais, legais, tecnológicos e financeiros, muitas vezes criando
estratégias para minimizar esses riscos.

15
No contexto de avaliação e de investimentos, os riscos financeiros
podem ser categorizados em várias classes principais, cada uma refletindo
diferentes aspectos de incerteza que podem afetar negativamente o
desempenho financeiro e operacional. Estas categorias incluem os seguintes
riscos:
• Risco de Mercado: Relacionado às flutuações no valor de mercado
de investimentos devido a mudanças em variáveis econômicas como
taxas de juros, taxas de câmbio, preços de commodities e índices de
ações. Este risco é influenciado por fatores externos e pode afetar
tanto investimentos diretos quanto o valor de ativos e passivos da
empresa.
• Risco de Crédito: O risco de que uma contraparte falhe em cumprir
suas obrigações financeiras, o que pode resultar em perdas. Este
risco é particularmente relevante para investimentos em títulos de
dívida, operações de crédito e transações comerciais a prazo.
• Risco de Liquidez: Refere-se à capacidade de uma empresa ou
investimento de cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo
sem sofrer perdas significativas. A falta de liquidez pode levar a
dificuldades em vender ativos ou acessar financiamento em
condições favoráveis.
• Risco Operacional: Associado a falhas nos processos internos,
sistemas, pessoas ou eventos externos, que podem impactar as
operações e, consequentemente, a situação financeira da empresa.
Inclui riscos tecnológicos, de processos, de fraude e riscos legais.
• Risco de Taxa de Juros: Decorre das variações nas taxas de juros
que afetam diretamente os custos de empréstimos, o valor dos títulos
de renda fixa e, por extensão, o desempenho financeiro global de
uma organização.
• Risco Cambial: O risco de perdas resultantes de flutuações nas
taxas de câmbio, que podem afetar o valor de investimentos
internacionais, custos de importação/exportação e conversão de
receitas e despesas em moedas estrangeiras.

16
• Risco de Inflação: Reflete a perda de poder de compra devido ao
aumento dos níveis de preços, o que pode erodir o valor real dos
fluxos de caixa futuros e afetar a rentabilidade de investimentos e
operações.
• Risco de Concentração: Surge quando uma exposição excessiva a
um único ativo, contraparte, setor ou região geográfica aumenta a
vulnerabilidade da organização a choques específicos.
Uma gestão de riscos financeiros eficaz envolve a identificação,
avaliação, monitoramento e implementação de estratégias para mitigar esses
riscos, utilizando instrumentos financeiros como derivativos, diversificação de
portfólio e técnicas de hedge, entre outros.
A abordagem e as ferramentas específicas dependem da natureza dos
riscos enfrentados, bem como dos objetivos estratégicos e da tolerância ao risco
da organização.

TROCANDO IDEIAS (fórum ou wiki)


Risco está ligado ao medo, à insegurança. Quanto mais tememos um
investimento, maior será o seu grau de incerteza. Só que não.
Grande parte da insegurança em investimentos parte da ignorância.
Palavra forte, mas muitos preferem deixar o dinheiro no colchão ou na popança,
por receio de uma perda, que, venhamos, é óbvia.
Por isso, pesquise os seguintes ativos (com risco quase zero):
• Tesouro Direto: https://www.tesourodireto.com.br/
• Tesouro Direto EDUCA +:
https://www.tesourodireto.com.br/educamais/index.htm
• Tesouro Direto RENDA +:
https://www.tesourodireto.com.br/rendamais/

Simule, pesquise, conheça.

NA PRÁTICA (aplicação prática dos conteúdos da aula)


Leia o texto a seguir:

17
LIDANDO COM AS DIFERENÇAS NAS EQUIPES

Fonte: Criada por Daniel Weigert Cavagnari a partir da ferramenta Dall-e (OpenAI).

A formação de equipes, seja para atividades de lazer como jogar vôlei


ou para projetos profissionais, é um processo intuitivo e natural que evolui com
base em nossas experiências de infância e se adapta às necessidades de cada
situação. Para atividades casuais, tendemos a escolher pessoas com quem
temos mais afinidade, enquanto para projetos que demandam resultados
significativos, como um trabalho de conclusão de curso, a seleção dos membros
se torna mais criteriosa, buscando um equilíbrio entre habilidades, comunicação
e a capacidade de trabalhar em conjunto.
Este equilíbrio não depende apenas de afinidades pessoais, mas
também de uma comunicação eficaz e da capacidade de cada membro em
contribuir com suas especialidades para o sucesso do projeto. A liderança é
crucial neste contexto, exigindo um líder que seja tanto empático quanto capaz
de tratar todos igualmente, fomentando um ambiente onde as habilidades de
cada um são reconhecidas e valorizadas para alcançar os melhores resultados
possíveis.
A montagem de uma equipe eficaz é comparada a um quebra-cabeça,
onde cada peça, seja semelhante ou não, tem seu lugar para formar um todo
coerente e eficiente. A diversidade de habilidades, crenças e experiências entre
os membros é fundamental, pois permite um equilíbrio que potencializa a
eficiência do grupo.

18
O processo de formação de equipes vai além da simples seleção
baseada em afinidades, envolvendo uma consideração cuidadosa sobre como
cada indivíduo pode contribuir para os objetivos comuns, evidenciando a
importância de uma liderança que entenda e otimize as dinâmicas de grupo para
o sucesso do projeto. É essencial que cada projeto tenha um começo, meio e
fim claros, executados preferencialmente nessa ordem, com uma equipe que
compreenda e esteja comprometida com essa lógica.

Prática:
Com base no texto, traga uma história ou momento do seu cotidiano, em
que, se não fosse justamente pela diferença de pensamentos das pessoas, não
teria sido tão perfeito.
Não se esqueça de apontar pelo menos três características que permitiu
que essa perfeição se concretizasse, em termos de liderança e envolvimento da
equipe.
Se não conhece nenhuma história, invente uma. Mas lembre-se de
cuidar com os detalhes.

FINALIZANDO (retomada dos conteúdos examinados na aula e comentário sobre a


problematização)
No cotidiano, o gestor financeiro desempenha um papel crucial na
condução ética e comprometida da avaliação e gestão de riscos financeiros,
elementos essenciais para a estabilidade e crescimento da organização. Este
profissional tem que estar preparado também para lidar com as questões
multidisciplinares, papel que pode ser difícil, mas se bem conduzido, permite ao
financeiro analisar de forma holística os riscos inerentes às atividades de
investimento, operações empresariais e execução de projetos.
O enfoque em práticas de gestão financeira rigorosas, fundamentadas
em princípios éticos e profissionais, assegura não apenas a conformidade
regulatória, mas também promove a sustentabilidade financeira a longo prazo.

19
REFERÊNCIAS (fontes consultadas)

ANDRICH, Emir Guimarães; Cruz, June Alisson Westarb. GESTÃO


FINANCEIRA MODERNA – Uma Abordagem Prática. Curitiba: Intersaberes,
2013.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 5ª ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
BATISTA, G.; et. al. Distrito: FINTECH REPORT 2023. Diponível em: <
https://distrito.me/>. Acesso em 04 mar 2024.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. 16
ed. São Paulo: Atlas, 2008.
BRASIL. Ministério do Trabalho. CBO - Classificação Brasileira de
Ocupações Disponível em:< http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf
>. Acesso em 02 mar. 2024.
CARSTENS, Danielle; Fonseca, Edson. Gestão da tecnologia e inovação.
Curitiba: Editora InterSaberes, 2019.
CAVAGNARI, D. W. Resumo do Texto: “Lidando com as Diferenças nas
Equipes”. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
CAVAGNARI, D. W. Livro de Estudo: Administração Financeira e o
Gerenciamento de Capital. Curitiba: Intersaberes, 2023.
CAVAGNARI, D. W. Pequenas e Médias Empresas no Brasil. Curitiba:
Aymará, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. GESTÃO FINANCEIRA – Uma Abordagem
Introdutória. 3 ed. Barueri-SP: Manole, 2014.
ENAP – Escola Nacional de Administração Pública. Governo Federal. O que é
um think tank e qual é a sua importância para políticas públicas no Brasil.
Disponível em: <https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/afinal-o-que-e-
um-think-tank-e-qual-e-a-sua-importancia-para-politicas-publicas-no-brasil>.
Acesso em: 05 mar. 2023
FEBRABAN. Federação Brasileira de Bancos. A Transformação das Fintechs.
Disponível em: <https://febrabantech.febraban.org.br/temas/fintechs-e-
startups/a-transformacao-das-fintechs>. Acesso em 20 dez. 2023.
FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 5. Ed.
Curitiba: Editora Positivo, 2010.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
GLOBO. Valor Econômico. Brasil perde 5,8 mil agências bancárias em 7
anos; cooperativas dobram. Disponível em: <
https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/09/21/brasil-perde-58-mil-agncias-
bancrias-em-7-anos-cooperativas-dobram.ghtml >. Acesso em 23 fev. 2024.
HOJI, Masakazu. Administração financeira/ uma abordagem prática. 5. ed.
São Paulo: Atlas, 2006.
MEC. Ministério da Educação. CST em Gestão Financeira, in: Catálogo
Nacional de Cursos Superiores 2016. Disponível em < chrome-
20
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/http://portal.mec.gov.br/index.ph
p?option=com_docman&view=download&alias=98211-cncst-2016-
a&category_slug=outubro-2018-pdf-1&Itemid=30192>. Acesso em 01 mar 2024.
MEC. Ministério da Educação. Inep. Portaria Nº 293, de 30 de junho de 2022.
Disponível em:<https://abmes.org.br/arquivos/legislacoes/Portaria-inep-293-
2022-06-30.pdf>. Acesso em 02 mar. 2024.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia. 6ª Ed. São Paulo:
Best Seller, 2001.
SAVYTZKY, TARAS; Meio Ambiente e Competitividade. Juruá, 2010.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 9. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
WESTON, J. Fred; BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da administração
financeira. 10. ed. São Paulo: Makron Books, 2004.

21

Você também pode gostar