PILARES
1. Considerações iniciais
Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são preponderantes e cuja função principal é receber as ações
atuantes nos diversos níveis e conduzi-las até as fundações.
Embora o pilar receba ações predominantemente de compressão, já que a carga principal
atuante em uma edificação possui direção vertical, outras ações podem introduzir
solicitações transversais, como é o caso do vento, empuxo, etc.
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1. Considerações iniciais
Consideram-se ainda, solicitações provenientes de desaprumo do pilar na fase construtiva e
dos efeitos denominados de efeitos de segunda ordem, gerando excentricidades e,
consequentemente, esforços de flexão.
Assim, as solicitações podem ser classificadas em:
➢ Compressão centrada: Quando se consideram apenas forças
normais solicitando a seção. e
➢ Flexão composta: Ocorre atuação conjunta da força normal e do
momento fletor na seção.
Obrigatório o cálculo de pilares sob
NBR 6118:2014 atuação de momentos fletores.
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2. Pilares nos sistemas estruturais
Proporcionar estabilidade e segurança estrutural:
➢ No 1º tipo de sistema estrutural: ➢ No 2º tipo de sistema estrutural:
Pilares + Vigas = sistema resistente Núcleo de concreto
constituído por pórticos.
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2. Pilares nos sistemas estruturais
➢ No 3º tipo de sistema estrutural:
Quadro contraventado: presença
de treliças como elemento de
contraventamento
➢ Uma combinação de dois ou
mais sistemas estruturais:
Torres Petronas
https://images.adsttc.com/media/images/5037/fbe4/28ba/0d59/9b00/079d/slideshow/stringio.jpg?1414206861
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3. Efeitos nos pilares
P P
Os esforços calculados a partir da geometria inicial da F F
estrutura, sem deformação, são chamados efeitos de 1ª
ordem.
H
Porém, sob a ação de cargas horizontais consideráveis, os
nós da estrutura de um edifício deslocam-se
lateralmente. Quando esses deslocamentos horizontais
são significativos, uma análise de 1ª ordem não 𝑴 = (𝑭. 𝑯) + (𝑷. ∆)
𝑴 = 𝑭. 𝑯
representa adequadamente o comportamento da estrutura.
Isso porque, a mudança de alinhamento no eixo vertical dos pilares implica na existência
de excentricidade de aplicação das cargas verticais. Assim, quando a análise do equilíbrio
passa a ser efetuada considerando a configuração deformada, surgem os efeitos de 2ª
ordem.
A análise que considera os efeitos de 2ª ordem é uma análise não linear geométrica.
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P
3. Efeitos nos pilares
∆𝒊 𝑷𝒊
Esses efeitos decorrentes do deslocamento ∆𝑴 = 𝑷𝒊 . . ∆𝒊
horizontal são chamados de efeitos globais
de 2ª ordem. (na estrutura como um todo)
Nas barras da estrutura, como um lance de pilar,
quando os respectivos eixos não se mantêm
retilíneos, surgem aí efeitos locais de 2ª ordem.
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4. Classificação das estruturas
Para criar condições mais simples de cálculo, costuma-se definir as estruturas como de nós
fixos e nós móveis.
Deslocamentos
• estruturas de nós fixos Efeitos globais de 2ª
horizontais dos nós são ordem são desprezíveis
pequenos
< 10% dos esforços de 1ª
ordem
• estruturas de nós móveis Deslocamentos Efeitos globais de 2ª
horizontais dos nós não ordem são importantes
são pequenos
> 10% dos esforços de 1ª
ordem
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4. Classificação das estruturas
Existem dois parâmetros que definem a estrutura como sendo de nós fixos ou nós móveis, os
quais auxiliam na análise estrutural com relação à consideração dos efeitos globais de 2ª
ordem. O primeiro é chamado de parâmetro de instabilidade e o segundo parâmetro é
chamado de coeficiente 𝜸𝒛 .
𝑵𝒌
O parâmetro de instabilidade é dado pela equação: 𝜶 = 𝑯 𝒕𝒐𝒕
𝑬𝒄𝒔 𝑰𝒄
𝐻𝑡𝑜𝑡 Altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível pouco deslocável do subsolo;
𝑁𝑘 Somatória de todas as cargas verticais características atuantes na estrutura, a partir do nível considerado
para o cálculo de 𝐻𝑡𝑜𝑡 ;
𝐸𝑐𝑠 𝐼𝑐 Somatória das rigidezes de todos os pilares na direção considerada.
↳Aplica-se carga unitária 𝐹𝐻 no topo 𝐸𝐶𝑆𝐼𝐶=𝐹𝐻.𝐻³𝑡𝑜𝑡/3𝑈
𝐹𝐻: carga unitária aplicada no topo e 𝑈: deslocamento no topo
Uma estrutura poderá ser considerada de nós
fixos (despreza-se os efeitos globais de 2ª
𝜶𝟏 = 𝟎, 𝟐 + 𝟎, 𝟏𝒏 𝒔𝒆 𝒏 ≤ 𝟑 (n) número de andares
ordem), se: 𝜶 < 𝜶𝟏 acima da fundação
𝜶𝟏 = 𝟎, 𝟔 se n 4
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4. Classificação das estruturas
𝟏
O parâmetro chamado de coeficiente 𝜸𝒛 é dado pela seguinte expressão: 𝜸𝒛 = ∆𝑴
𝟏 − 𝑴 𝒕𝒐𝒕,𝒅
𝟏,𝒕𝒐𝒕,𝒅
P
F
∆𝑀𝑡𝑜𝑡,𝑑 Soma dos produtos das forças verticais de cálculo atuantes ∆𝒊 𝑷𝒊
na estrutura pelos deslocamentos horizontais dos respectivos
pontos de aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem.
Soma dos momentos de todas as forças horizontais de
𝑀1,𝑡𝑜𝑡,𝑑
cálculo em relação à base da estrutura. Conhecido como
momento de tombamento.
Para que a estrutura seja do tipo de nós fixos, ou seja, para que os efeitos globais de 2ª ordem
possam ser desprezados, é necessário que o coeficiente 𝜸𝒛 seja menor ou igual a 1,1.
No nosso curso, nós vamos restringir a estruturas de nós fixos, já que para estruturas de nós
móveis (análise não linear geométrica) é necessário a utilização de software para análise.
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Exercício: Classificar a estrutura quanto à rigidez (nós fixos) e flexibilidade (nós móveis), a partir do
parâmetro de instabilidade . Considere concreto C30; carga vertical total características atuante na
estrutura Nk = 1600 kN e força horizontal H = 100 kN.
2. Elabora-se um modelo no Ftool
Em planta fck
αi = 0,8 + 0,2. ≤ 1,0
Em corte Ecs = αi . Eci
80
1. Escolha do pórtico 𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 5600 𝑓𝑐𝑘
Ecs = 0,875𝑥0,9𝑥5600 30 = 24.155 𝑀𝑃𝑎
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Então calculamos o produto
de rigidez comparando-o
com um pilar engastado na
base e e livre no topo.
𝐹𝐻 . 𝐻3
𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 =
3(𝐸𝐼)𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
𝐹𝐻 . 𝐻3 100. 6203
𝐸𝐼 = =
3. 𝛿𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟 3𝑥5
𝐸𝐼 = 1,58. 109 𝑘𝑁. 𝑐𝑚²
São 2 pórticos nessa direção
𝐸𝐼 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2. 1,58. 109 = 3,17. 109 𝑘𝑁. 𝑐𝑚²
𝑁𝑘 𝐻𝑡𝑜𝑡 =2x3,10 = 6,20 m
𝛼 = 𝐻𝑡𝑜𝑡
𝐸𝑐𝑠 𝐼𝑐 𝑁𝑘 =1600 kN
1600 𝛼1 = 0,2 + 0,1𝑛 𝑠𝑒 𝑛 ≤ 3 𝜶 > 𝜶𝟏 logo, estrutura
𝛼 = 620 = 0,44 𝜶 < 𝜶𝟏 𝛼1 = 0,2 + 0,1.2 = 𝟎, 𝟒 de nós móveis
3,17. 109
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5. Características geométricas dos pilares
➢ Seção transversal – dimensões limites
De acordo com a NBR 6118:2014
(item 13.2.3), a seção transversal dos
pilares não deve apresentar dimensão
menor que 19 cm e área da seção
transversal menor que 360 cm².
A relação entre a maior e menor
dimensão da seção transversal não
deve exceder a 5, caso contrário seria
considerado pilar-parede.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que,
no dimensionamento, se multipliquem as ações a serem consideradas por um coeficiente
adicional n : 𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05𝑏
b (cm) 19 18 17 16 15 14
n 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
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5. Características geométricas dos pilares
➢ Comprimento de flambagem ou comprimento equivalente
Pelo fato de as ações principais serem de
compressão, os pilares estão sujeitos à
Flambagem, que é um fenômeno de
instabilidade de equilíbrio, podendo
provocar a ruptura da peça antes de esgotar a
sua capacidade resistente à compressão.
O comprimento de flambagem ou
comprimento equivalente corresponde ao
trecho do pilar que flambará (vergará). Esse
comprimento depende das condições de
vinculação nas extremidades do pilar.
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5. Características geométricas dos pilares
➢ Comprimento de flambagem ou comprimento equivalente (cont.)
De acordo com a NBR 6118 (2014 – item 15.6), para um
pilar, supostamente vinculado nas duas extremidades
(rotulados), o comprimento equivalente 𝒍𝒆 é o menor entre
os dois valores:
𝒍0 + ℎ
𝒍𝒆 ≤ ቊ
𝑙
onde:
𝑙0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos
horizontais, que vinculam o pilar (vigas);
h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura;
l é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está
vinculado (vigas).
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5. Características geométricas dos pilares
➢ Comprimento de flambagem ou comprimento equivalente (cont.)
Para outras condições de
vínculos nas extremidades,
o comprimento de
flambagem pode assumir
outros valores:
Fonte: Mechanics of Materials, Ferdinard Beer et al. 6th ed (2012)
➢ Raio de giração 𝑰 I é o momento de inércia da seção transversal;
𝒊=
𝑨 A é a área da seção transversal.
𝒃𝒉𝟑
Para seção transversal retangular 𝟏𝟐 𝒉𝟐 𝒉
𝒊= = =
𝒃.𝒉 𝟏𝟐 𝟏𝟐
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5. Características geométricas dos pilares
➢ Índice de esbeltez
Na análise da instabilidade estrutural, em função do comprimento e da
natureza dos vínculos da barra comprimida e das dimensões da seção 𝒍𝒆
𝝀=
transversal, um parâmetro importante é o seu índice de esbeltez (). 𝒊
O maior risco de instabilidade da barra é identificado pelo máximo índice de esbeltez, ou
seja, raio de giração mínimo. Portanto, a maior possibilidade de rotação das seções ocorre
em relação ao eixo de momento de inércia mínimo, que será chamado de direção de maior
esbeltez.
Exemplo: Dentre as situações abaixo mostradas da posição em planta do pilar P1 (15 x 40), qual a mais
desfavorável?
V2
V2
V1 V1
P1 P1
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6. Classificação dos pilares
➢ Quanto à posição em planta
De acordo com a sua posição na estrutura, que vai gerar
diferentes solicitações, os pilares podem ser classificados em:
• Pilares internos, centrais ou intermediários: estão
situados internamente ao pavimento e têm como principal
esforço solicitante a força normal de compressão (N).
• Pilares laterais ou extremidade: constituem os apoios de
extremidade e os esforços solicitantes são a força normal
de compressão (N) e o momento fletor (M) transmitido
pela viga na direção perpendicular à borda. Esse tipo de
solicitação é chamado de flexão composta normal.
• Pilares de canto: são situados no canto do pavimento, os esforços solicitantes são a força
normal (N) e momentos fletores transmitidos pelas vigas nas duas direções ortogonais. Esse
tipo de solicitação é chamado de flexão composta oblíqua.
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6. Classificação dos pilares
➢ Quanto à esbeltez
De acordo com o índice de esbeltez (), os pilares podem ser classificados em:
𝒆
• Pilares pouco esbeltos (curtos) 𝝀 ≤ 𝝀𝟏 𝟐𝟓 + 𝟏𝟐, 𝟓( 𝟏 )
𝝀𝟏 = 𝒉
𝜶𝒃
• Pilares de esbeltez média: 𝝀𝟏 < 𝝀 ≤ 𝟗𝟎
• Pilares esbeltos: 𝟗𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟏𝟒𝟎
• Pilares muito esbeltos: 𝟏𝟒𝟎 < 𝝀 ≤ 𝟐𝟎𝟎
18
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7. Tipos de excentricidade
A capacidade resistente do pilar, com geometria, características do concreto e aço definidas,
depende da excentricidade resultante da força normal na seção além dos momentos fletores
nela atuantes. As excentricidades para o cálculo à flexão composta podem ser classificadas
como de 1ª ou 2ª ordem.
➢ Excentricidades de 1ª ordem
São relacionadas à análise da estrutura na configuração geométrica inicial não deformada,
sendo subdividida em:
a) Excentricidade inicial (𝒆𝒊 ): Em um edifício de
vários pavimentos, é necessário que ocorra um
monolitismo nas ligações entre vigas e pilares,
compondo o pórtico de concreto armado.
Pilares de borda e pilares de canto, que são
submetidos a flexão composta, apresentam
excentricidades iniciais 𝒆𝒊 da força de compressão
atuantes.
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➢ Excentricidades de 1ª ordem (cont.)
A excentricidade inicial ocorre em pilares de
qualquer esbeltez e pode ser nas duas direções
(𝒆𝒊𝒙 e 𝒆𝒊𝒚 ) e é obtida dividindo-se os momentos
na ligação ( 𝑴𝒙 e 𝑴𝒚 ) pelas forças normais
atuantes:
𝑴𝒙 𝑴𝒚
𝒆𝒊𝑥 = 𝒆𝒊y =
𝑵 𝑵
Os momentos 𝑴𝒙 e 𝑴𝒚 podem ser obtidos, de maneira aproximada, a partir do momento
de engastamento perfeito no apoio e os coeficientes de rigidez.
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➢ Excentricidades de 1ª ordem (cont.)
b) Excentricidades oriundas de imperfeições geométricas (𝒆𝒂 ):
A NBR 6118 considera que as construções de concreto são geometricamente imperfeitas. Essas
imperfeições podem ser divididas em dois grupos: imperfeições globais e imperfeições locais.
1
𝜃1 =
100 𝐻𝑖
𝑯𝒊ൗ
Na falta de retilineidade: 𝒆𝒂 = 𝜽𝟏 . 𝟐
Na falta de desaprumo: 𝒆𝒂 = 𝜽𝟏 . 𝑯𝒊
1 Onde:
1 + 1ൗ𝑛 𝜃1 = 𝜃1𝑚𝑖𝑛 = 1/300:para imperfeições locais;
𝜃𝑎 = 𝜃1 100 𝐻 𝐻 : altura total da edificação em metros;
2 𝐻𝑖 : altura do andar em metros;
𝒆𝒂 = 𝜽𝒂 . 𝑯 𝑛: Número de prumadas de pilares no pórtico plano.
Assim, a excentricidade de 1ª ordem é: 𝒆𝟏 = 𝒆𝒊 + 𝒆𝒂 , que deverá ser maior ou igual a
excentricidade de 1ª ordem mínima, que é: 𝒆𝟏,𝒎𝒊𝒏 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 + 𝟎, 𝟎𝟑𝒉 , onde h é a altura, em
metros, da seção transversal na direção da excentricidade considerada.
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➢ Excentricidade suplementar
Na excentricidade suplementar leva-se em conta a fluência do concreto. Esse tipo de
excentricidade é considerada em pilares com índice de esbeltez superior a 90 ( > 90).
𝜑𝑁𝑠𝑔
𝑀𝑠𝑔 𝑁𝑒 −𝑁𝑠𝑔
𝑒𝑐𝑐 = + 𝑒𝑎 2,718 −1
𝑁𝑠𝑔
𝑀𝑠𝑔 e 𝑁𝑠𝑔 : Esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente
10𝐸𝑐𝑖 𝐼𝑐 : Força de Flambagem de Euller
𝑁𝑒 =
𝑙𝑒2
𝑒𝑎 : Excentricidade devida a imperfeições locais.
𝜑 : coeficiente de fluência
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➢ Excentricidade de 2ª ordem
A força normal atuante no pilar, sob as excentricidades de 1ª ordem, provoca deformações
que dão origem a uma nova excentricidade, denominada excentricidade de 2ª ordem.
A determinação dos efeitos locais de 2ª ordem em barras submetidas a flexo-compressão
pode ser feita por métodos aproximados ou método geral.
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8. Cálculo dos efeitos de 2ª ordem
Os efeitos de 2ª ordem podem ser globais ou locais. Neste curso, será abordado apenas os
efeitos locais de 2ª ordem.
Flambagem deformação na peça instabilidade
(2ª ordem)
Para reproduzir o efeito de flambagem,
admite-se que a força de compressão atue
com certa excentricidade (𝒆𝟐 ) em relação ao
eixo do pilar, chamada de excentricidade de
2ª ordem.
Para calcular o efeito de 2ª ordem, existem diversos métodos, desde os mais simplificados
aos mais sofisticados, que dependem de um grande trabalho numérico e emprego de
programas computacionais.
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8. Cálculo dos efeitos de 2ª ordem
➢ Pilares com ≤ 90
Método do pilar-padrão com curvatura aproximada (item 15.8.3.3.2): Pode ser
empregado apenas no cálculo de pilares com ≤ 90, com seção constante e armadura
simétrica e constante ao longo de seu eixo.
Por definição, pilar padrão é um pilar em balanço
com uma distribuição de curvaturas que provoque
na sua extremidade livre uma flecha. 𝜋
𝑦 = 𝑎. 𝑠𝑒𝑛( 𝑥)
𝑙
𝜋 𝜋 𝜋 𝜋
Assim, tem-se: 𝑦 ′ = 𝑎. . 𝑐𝑜𝑠( 𝑥) e 𝑦 ′′ = 𝑎. ( )². 𝑠𝑒𝑛( 𝑥)
𝑙 𝑙 𝑙 𝑙
Como: 1 𝑑2𝑦 Para a seção média do pilar, tem-se: 1 𝜋 2
= = 𝑦′′ 𝑥=𝑙/2 =𝑎
𝑟 𝑑𝑥² 𝑟 𝑥=𝑙/2
𝑙
Assim, considerando 𝜋² = 10, a deformação 𝒍𝒆𝟐 𝟏
𝒂=
máxima é dada por: 𝟏𝟎 𝒓
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8. Cálculo dos efeitos de 2ª ordem
➢ Pilares com ≤ 90
𝒍𝟐 𝟏
A excentricidade de 2ª ordem é dada por: 𝒆𝟐 = 𝟏𝟎𝒆 𝒓
onde, 𝟏Τ𝒓 é a curvatura na seção crítica, que pode ser avaliada pela expressão dada pela norma:
1 0,005 0,005 𝑁𝑑 h é a altura da seção transversal na direção
= ≤ e 𝜐=
𝑟 ℎ(𝜐 + 0,5) ℎ 𝐴𝑐 𝑓𝑐𝑑 considerada;
𝜐 é a força normal adimensional
Momento de 2ª ordem: 𝑴𝟐𝒅 = 𝑵𝒅 . 𝒆𝟐
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8. Cálculo dos efeitos de 2ª ordem
➢ Pilares com 90 < ≤ 140
Para pilares com 90 < ≤ 140, a
determinação dos esforços de 2ª ordem
pode ser feita pelo Método do pilar-
padrão acoplado a diagramas M, N,
1/r (item 15.8.3.3.4).
A consideração da fluência é obrigatória
para > 90
Conhecendo-se a rigidez secante, pode-se determinar uma rigidez secante
adimensional κsec através da seguinte expressão:
2𝑓 )
𝑘𝑠𝑒𝑐 = 𝐸𝐼 𝑠𝑒𝑐 /(𝐴𝑐 ℎ 𝑐𝑑
Onde: 𝐸𝐼 𝑠𝑒𝑐 rigidez secante obtida pelo diagrama momento-curvatura
𝐴𝑐 área da seção transversal
ℎ altura da seção transversal na direção considerada
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8. Cálculo dos efeitos de 2ª ordem
Com esta rigidez definida, obtém-se o momento solicitante de cálculo com a consideração do
efeito de segunda ordem através da seguinte expressão:
𝛼𝑏 .𝑀1𝑑,𝐴
𝑀𝑠𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝜆2
1−
120.𝑘𝑠𝑒𝑐 /𝜐
Onde:
𝛼𝑏 parâmetro definido no item 15.8.2 da NBR 6118, de acordo com as condições do pilar na estrutura
𝑀1𝑑,𝐴 momento solicitante de 1ª ordem
𝜆 índice de esbeltez do pilar na direção considerada
𝜐 força normal adimensional
➢ Pilares com > 140
Para pilares com > 140, a análise não linear de 2ª ordem deve ser feita considerando-se a
relação momento curvatura real e não aproximada, por meio do Método geral (método
exato).
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9. Dispensa dos efeitos locais de 2ª ordem
Conforme a NBR 6118 (item 15.8.2), os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados
podem ser desprezados quando o índice de esbeltez for menor que o valor limite 𝜆1 , que
depende fatores como:
• O traçado de diagrama de momentos fletores de 1ª ordem.
• A excentricidade de 1ª ordem 𝒆𝟏 medida no plano dos momentos em estudo,
relativa a uma dimensão genérica da seção (𝒆𝟏 /h), na extremidade do pilar onde o
momento tem maior valor absoluto.
• A vinculação dos extremos do pilar isolado.
O valor de 𝜆1 pode ser calculado pela expressão:
𝒆
𝟐𝟓 + 𝟏𝟐, 𝟓( 𝟏 )
𝝀𝟏 = 𝒉 35 ≤ 𝜆1 ≤ 90
𝜶𝒃
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9. Dispensa dos efeitos locais de 2ª ordem (cont.)
O valor de 𝜶𝒃 , que depende da vinculação dos extremos da coluna isolada e do
carregamento atuante, deve ser determinado da seguinte maneira:
a) Para pilares biapoiados sem cargas transversais:
𝑀
0,40 ≤ 𝛼𝑏 = 0,60 + 0,40. 𝑀𝐵 ≤1,00
𝐴
• Os momentos de 1ª ordem 𝑀𝐴 e 𝑀𝐵 são os momentos nos extremos do pilar.
• Toma-se para 𝑀𝐴 o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado.
• 𝑀𝐵 tem o sinal positivo se tracionar a mesma face que 𝑀𝐴 e negativo em caso
contrário.
b) Para pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo do
comprimento 𝛼𝑏 = 1,0
c) Para pilares em balanço: 0,85 ≤ 𝛼𝑏 = 0,80 + 0,0. 𝑀𝐶 ≤1,00
𝑀 𝐴
• 𝑀𝐴 é o momento de 1ª ordem e 𝑀𝐶 é o momento de 1ª ordem no meio do pilar em balanço.
d) Para pilares biapoiados ou em balanço com momentos fletores menores que o
momento mínimo: 𝛼𝑏 = 1,0
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PRINCIPAIS ERROS DE PROJETO E EXECUÇÃO DE PILARES
https://construcaocivil.info/no-prumo-nessa-linha-de-pilares/
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PRINCIPAIS ERROS DE PROJETO E EXECUÇÃO DE PILARES
pilar fora do prumo
https://www.debatenews.com.br/2006/09/17/obra-de-escola-e-
questionada-por-morador-em-chavantes/
https://i.pinimg.com/originals/b1/c6/b2/b1c6b278896d45660580e28
3314572da.jpg
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PRINCIPAIS ERROS DE PROJETO E EXECUÇÃO DE PILARES
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DESAFIO DO PROJETISTA (CALCULISTA)
✓ Determinar as dimensões da seção transversal, de forma segura,
eficiente e econômica;
✓ Determinar a área de aço necessária, de forma segura, eficiente e
econômica.