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CPDC I 2° Grupo

O documento discute teorias sobre a origem e formação do Estado, traçando sua evolução histórica. Aborda definições de Estado, teorias sobre sua origem e como se formou ao longo do tempo, desde formas antigas até o Estado moderno.
Direitos autorais
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O documento discute teorias sobre a origem e formação do Estado, traçando sua evolução histórica. Aborda definições de Estado, teorias sobre sua origem e como se formou ao longo do tempo, desde formas antigas até o Estado moderno.
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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE DIREITO

CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO – 1.º ANO


DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA E DIREITO CONSTITUCIONAL I
2.º GRUPO:

TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO


MODERNO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO

Discentes:
Alberaldo Mosse Ngulele
Alexandra Dário Muchongo
Alya Marlene Tembe Mate
Daúdo Abel Estêvão
Dinalvia Vilanculos
Edyvânia Fernanda Maholela Mananze
Egídio Hericlénio Mateus Simango
Renato A. Ginama
Samuel Francisco
Telma Gaspar Machava

MAPUTO, ABRIL DE 2024


UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE DIREITO
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA E DIREITO CONSTITUCIONAL I
2.º GRUPO:

TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO


MODERNO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO

Docente: Lic. Ana Sambo

Discentes:
Alberaldo Mosse Ngulele
Alexandra Dário Muchanga
Alya Marlene Tembe Mate
Daúdo Abel Estêvão
Dinalvia Vilanculos
Edyvânia Fernanda Maholela Mananze
Egídio Hericlénio Mateus Simango
Renato A. Ginama
Samuel Francisco Chamusse
Telma Gaspar Machava

MAPUTO, ABRIL DE 2024


ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
1.1. Objectivos do trabalho..................................................................................................3
1.2. Metodologia..................................................................................................................4
2. TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO.......................................5
2.1. O Estado.......................................................................................................................5
2.2. Breve evolução do conceito de Estado.........................................................................6
2.3. Teorias sobre a origem do Estado................................................................................7
2.3.1. Teoria naturalista...................................................................................................7
2.4. Formação do Estado...................................................................................................10
2.4.1. Platão: o rei-filósofo............................................................................................11
3. EVOLUÇÃO HISTÓTICA DO ESTADO........................................................................16
3.1. Estado Antigo.............................................................................................................16
3.2. O Estado Judeu (Israel)..............................................................................................18
3.3. Factores influenciadores para a evolução do Estado..................................................19
3.4. Estado Romano...........................................................................................................19
3.5. Estado Contemporâneo...............................................................................................19
3.6. Estado Medieval.........................................................................................................19
4. TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO................20
4.1. Origem do Estado Moderno.......................................................................................20
4.2. Formação do Estado Moderno....................................................................................22
4.3. Características do Estado Moderno............................................................................23
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................26
6. RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO..........................................................................27
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................28
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa tratar as teorias sobre a origem e formação do Estado, a
evolução histórica do Estado e as teorias sobre a origem e formação do Estado Moderno.

As teorias sobre a origem e formação do Estado são vastas e diversificadas, reflectindo


sobre diferentes perspectivas históricas e filosóficas. Elas tentam explicar como e o porquê do
surgimento e o progresso do Estado ao longo da história. A evolução histórica do Estado
mostra uma progressão desde formas mais simples de organização social até estruturas
políticas complexas. Por fim, as teorias sobre a origem e formação do Estado Moderno
analisam especificamente as circunstâncias que deram origem ao modelo contemporâneo de
Estado, caracterizado por instituições centralizadas, soberania territorial e uma população
definida.

A abordagem da origem e formação do Estado e a sua evolução é fundamental para a


melhor compreensão do papel e a função dos Estados na sociedade contemporânea.

O grupo pretende desenvolver estes temas de modo que haja mais subsídios no
conhecimento sobre os mesmos, não só para o grupo como para a turma no geral.

1.1. Objectivos do trabalho


1.1.1. Objectivo geral
 Analisar e compreender as teorias que explicam como o Estado e o Estado
Moderno surgiu e se desenvolveu ao longo da história destacando as suas
transformações e influências que moldaram sua evolução.
1.1.2. Objectivos específicos
 Expor diversas teorias sobre a origem e formação do Estado;
 Traçar a evolução histórica do Estado;
 Definir e caracterizar o Estado Moderno.

1.2. Metodologia
A metodologia de pesquisa da elaboração deste trabalho circunscreveu-se dentro dos
métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica, fazendo-se uma revisão bibliográfica sobre os
assuntos pertinentes ao tema.
2. TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO

A parte seguinte do trabalho foi elaborada por: Edyvânia Fernanda Maholela Mananze
2.1. O Estado
Antes de se abordar sobre as teorias de origem do Estado, é imprescindível falar do
Estado. Em geral, o Estado é considerado como uma sociedade politicamente organizada. No
entanto, vários autores definem o Estado de diversas formas e usando diversas perspectivas.

Darcy Azambuja1 diz que o Estado é uma sociedade cuja base territorial é dividida em
governantes e governados.

Os objectivos do Estado são a ordem e defesa social e para atingir essa finalidade, que
pode ser resumida em bem público, o Estado emprega diversos meios que variam conforme as
épocas, os povos, costumes e a cultura.

Para realizar o bem público, o Estado tem autoridade e dispõe de poder, cuja
manifestação correcta é a força.

No seu livro, o mesmo ainda apresenta três elementos como essências do Estado: a
população, um governo independente e um território.

Dalmo de Abreu Dalari2, apresenta que a denominação Estado, aparece pela primeira
vez na obra "o príncipe" de Nicolau Maquiavel, escrito em 1513.

Com auxílio dos estudos de Hellinek, o autor estabeleceu a distinção entre fins
objectivos e subjectivos do Estado:

 fins objectivos - questiona sobre o papel representado pelo Estado no


desenvolvimento da história da humanidade;
 fins subjectivos - que se importa com as relações entre o Estado e os fins
individuais.

No que diz respeito a definição do Estado, Dalari afirma ser impossível encontrar um
conceito do Estado que satisfaça todas as correntes doutrinárias, mas que o mesmo
desenvolveu o seu conceito de Estado em função de elementos primordiais. Neste caso, o

1
AZAMBUJA, Darcy, Teoria geral do Estado, 2.ª edição, Editora Globo, São Paulo, p. 4.
2
DALARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 2.ª edição, atualizada, Editora Saraiva, p.
22.

5
Estado seria a ordem jurídica e soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado
em determinado território.

Sahid Maluf define o Estado como uma organização, destinada a manter pela
aplicação do Direito, as condições universais de ordem social.3

O mesmo afirma que deve ser feita uma distinção entre o Estado e o Direito.

Para melhor distinção é importante trazer uma noção de Direito. O Direito é o


conjunto das condições existenciais da sociedade, que o Estado cumpre assegurar.

Três teorias se debruçam sobre a problemática da distinção do Estado e do Direito:

 Teoria Monística, que é também chamada de estatismo jurídico, segundo o


qual o Estado e o Direito, constituem a mesma realidade. Os seus defensores
foram Hegel, Thomas Hobbes e Jean Bodin;
 Teoria Dualística, conhecida também como pluralística. Esta sustenta que o
Estado e o Direito são duas realidades distintas, independentes e
inconfundíveis;
 Teoria do Paralelismo, para esta, Estado e o Direito são realidades distintas,
porém necessariamente interdependentes.

Como elementos do Estado, Maluf apresenta, a população, o território e o Governo.

2.2. Breve evolução do conceito de Estado


O conceito de Estado vem evoluindo desde a antiguidade, a partir da pólis grega e
Civitas Romana. Para Darcy Azambuja 4, o termo Estado não tinha o mesmo significado que
hoje possui, mas possuía o significado de condição ou situação. Nessa época, o Estado era
limitado somente às metrópoles.

Posteriormente o termo Estado se referia de preferência às três grandes classes que


formavam a população europeia: a nobreza, o clero e o povo.

Só no século XVI é que o termo Estado vai entrando na terminologia política dos
povos orientais.

3
MALUF, Sahid (2019) Teoria Geral do Estado, 35.ª edição, Editora Saraiva, p. 1.
4
AZAMBUJA, Daniel (2008) Teoria Geral do Estado, 4ª edição, Sâo Paulo: Globo, p. 23.

6
2.3. Teorias sobre a origem do Estado
Diversas teorias foram criadas na tentativa de explicar a origem do Estado, mas duas
delas se destacam:

 teoria naturalista;
 teoria contratualista.

Dalmo de Abreu Dalari, apresenta mais teorias, mas agora no tocante das causas
determinantes do aparecimento do Estado, que são:

 origem familiar ou patriarcal;


 origem em actos de força de violência ou conquista;
 origem nas causas económicas ou patrimoniais.

A parte seguinte do trabalho foi elaborada por: Alya Marlene Tembe Mate

2.3.1. Teoria naturalista


A teoria naturalista ou não contratualista busca explicar a formação originária do
Estado a partir de uma condição espontânea do ser humano. Defende que o surgimento do
Estado seria produto da natural caminhada no Estado e não depende de qualquer acto
específico do homem.

A formação natural do Estado é defendida por Darcy Azambuja:

[...] só um fato é permanente e dele profanam outros fatos


permanentes: o homem sempre viveu em sociedade. A sociedade só
sobrevive pela organização, que supõe a autoridade e a liberdade como
elementos essenciais; a sociedade que atinge determinado grau de
evolução passa a constituir um Estado. Para viver fora da sociedade, o
homem precisaria estar abaixo dos homens ou acima dos deuses, como
disse Aristóteles, e vivendo em sociedade ele natural e
necessariamente cria a autoridade e o Estado.5

As principais causas não contratuais para o surgimento do Estado são sistematizadas


por Dalmo Dallari6 da seguinte forma:

5
Ibidem, p. 109.
6
DALARI, Dalmo de Abreu (2013) Elementos de Teoria Geral do Estado, 3ª edição, São Paulo: Saraiva.

7
a) Origem familiar - baseia-se nas tradições e mitos das civilizações antigas e
dividem-se em duas correntes: a teoria patriarcal e a teoria matriarcal.
 a teoria patriarcal busca sustentar que o poder político é derivado de um
núcleo familiar onde a autoridade suprema resida na figura do ascendente
varão mais velho.
 a teoria matriarcal foi defendida por Durkheim. Fundamenta-se no facto de
que a genitora representa a autoridade mais relevante de uma organização
familiar primitiva.
b) Origem violenta - é também denominado teoria da força ou teoria da conquista.
Essa teoria baseou-se na ideia de que um grupo mais forte dominou os mais fracos,
submetendo a uma organização dos vencedores e os vencidos. Segundo Darcy
Azambuja7, o Estado é uma organização imposta pelo vencedor para manter a
dominação do vencido.
c) Origem econômica - considera que a reunião do sujeito em torno de um aparato
de poder organizado ocorre por motivos econômicos. Essa teoria destaca que o
Estado proporciona a divisão do trabalho e a integração de diversas actividades de
interesse. Alguns autores como Marx e Engels, vão ao extremo dessa teoria para
explicar as razões pelas quais o Estado autoriza tantas desigualdades: na origem
econômica, ele institucionalizou a propriedade privada, o acúmulo de patrimônio, a
divisão de classe e, por consequência, a luta entre elas. Sobre esse tema confira a
crítica de Darcy Azambuja:

“Quanto à luta de classes, o que a História e a Sociologia têm


demonstrado é que ela sempre existiu como também sempre existiu a
cooperação entre as classes; que o Estado possa ser frequentemente
instrumento dessa luta é demonstrável; mas, que ele tenha nela sua
origem, é história distorcida e sociologia para propaganda política.”8
d) Origem no desenvolvimento interno - um dos defensores dessa teoria é o Robert
Lowie, na qual equipara o Estado a um germe porque surgiu de maneira orgânica,
crescendo e se adaptando ao longo do tempo. Defende que o Estado surgiu
espontaneamente, independente de factores externos ou de interesses de indivíduos
ou grupos de indivíduos, mas é o próprio desenvolvimento espontâneo da
sociedade que dá origem ao Estado.

7
AZAMBUJA, Daniel (2008) Teoria Geral do Estado, 4ª edição, Sâo Paulo: Globo.
8
Ibidem, p. 108.

8
2.3.2. Teoria contratualista

As teorias contratualistas buscam explicar a formação originária do Estado a partir de


um acto voluntário do ser humano. De acordo com essa teoria, o Estado depende de um acto
concreto de reunião e aceitação, denominado de contrato social. Para o pensamento
contratualista, a sociedade e o Estado são criações artificiais da razão humana, derivadas de
um consenso, tácito ou expresso, da maioria dos indivíduos para encerrar o estado de natureza
e iniciar o estado civil. Contudo, o pensamento contratualista não é meramente universal,
merecendo especial atenção as ideias de Hobbes, Locke e Rousseau.

Para Hobbes, o Homem caracteriza-se pela insegurança e incerteza constante, pois o


homem estava num estado de natureza que para ele haveria uma guerra eterna de todos contra
todos. Assim, com intuito de preservar a própria vida, o ser humana lança a mão de um pacto
que em que se despoja dos seus direitos em detrimento de segurança. Entretanto, como a
transgressão é ínsita ao homem, para garantir o cumprimento do pacto social, o grupo entrega
o poder social para um novo sujeito, que é justamente o Estado. Com isso, a teoria
contratualista de Hobbes justifica, a um só tempo, o surgimento da sociedade organizada e o
Estado. Essa figura para Hobbes, é chamado por Leviatã (metade monstro e metade deus
mortal), que é capaz de garantir a paz e a defesa dos seus súbditos.

Ao pensamento de Hobbes, contrapõe-se Locke. Para ele, no estado de natureza, o


homem já possui um domínio racional das suas paixões e seus interesses, de modo que não se
pode considerar a existência de uma guerra potencial. Pelo contrário, nesse estágio há uma
paz relativa pois o homem identifica os seus limites e a existência de alguns direitos, como a
vida, a liberdade e propriedade. Faltando somente, uma força coercitiva apta a solucionar
conflitos que possam surgir 9. Portanto, a necessidade dessa força coercitiva, surge o contrato
social e a fonte da autoridade estatal. Para Locke, o surgimento do estado civil se dá para
resguardar os direitos naturais de cada sujeito10 e à propriedade.11

Portanto, enquanto Hobbes via no Estado um ente plenipotente, Locke identifica no


Estado um ente com poder delimitado. Por essa razão, defende ele que os sujeitos do contrato
podem se opor ao Estado quando houver violação a direitos naturais.

9
DE MORAIS, José Luís Bolzan; STRECK, Lenio Luiz (2010) Ciência Política e Teoria do Estado, 7ª edição,
Porto Alegre: Livraria do Advogado.
10
Ibidem.
11
APPIO, Eduardo (2005) Teoria Geral do Estado e da Constituição, Curitiba: Juruá.

9
Rousseau afirmava que a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua segurança
seriam preservados através do contrato social. Quando ocorre a incursão no estado civil, não
há uma abdicação da liberdade, mas sim uma entrega dela para toda a comunidade. O
indivíduo mantém sua condição de liberdade e igualdade. Trata-se de uma concepção na qual
cada um renuncia os seus interesses particulares em detrimento da coletividade. Verifique:

“Enfim, dando-se cada um a todos, não se dá a ninguém, e


como não haverá nenhum associado sobre o qual não se adquira o
mesmo direito que se cedeu, ganha-se o equivalente a tudo que se
perde e mais força para conservar aquilo que se tem. Se, afinal retira-
se do pacto social aquilo que não pertence a sua essência, veremos que
ele se reduz aos seguintes termos: cada um por em comum sua pessoa
e todo seu poder sob suprema direção da vontade geral; enquanto
corpo, recebe cada membro como parte indivisível do todo.”12

A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Alberaldo Mosse Ngulele

2.4. Formação do Estado

Como se formou o Estado? E por quê? Quais condições possibilitaram o surgimento


dessa instituição tão específica em sociedades tão diversas é um tema constante na filosofia
política. Muitos pensadores ao longo da história se dedicaram a responder essas perguntas,
uma tarefa difícil.

Sabe-se que várias sociedades se organizaram e se organizam sem o Estado. Nelas as


funções administrativas são distribuídas entre os membros integrantes. No entanto, em dado
momento da história da maioria das sociedades, com o aprofundamento da divisão social do
trabalho, certas funções político-administrativas e militares acabaram sendo assumidas por um
grupo específico de pessoas. Esse grupo passou a deter o poder de impor normas à
vida coletiva. Assim teria surgido o governo, por meio do qual foi se desenvolvendo o Estado.
Na investigação sobre as origens e os fundamentos das associações políticas, inúmeras
respostas foram elaboradas ao longo da história. Vejamos então algumas das questões e
formulações mais célebres do pensamento político.

2.4.1. Platão: o rei-filósofo


Um dos primeiros tratados sobre a forma do Estado vem da Grécia Antiga. Platão
define que a cidade ideal deveria seguir a categorização das almas dos indivíduos
(concupiscente, a irascível e a racional), dividindo-se assim em três grandes grupos:

12
ROUSSEAU, Jean-Jacques (2017) Contrato Social, Petrópolis, Editora Vozes, p. 24.

10
 produtores – responsáveis pela produção econômica, como os artesãos e
agricultores, criadores de animais etc. Esse grupo corresponderia à
alma concupiscente;
 guardiães – responsáveis pela defesa da cidade, como os soldados. Esse grupo
corresponderia à alma irascível;
 governantes – responsáveis pelo governo da cidade. Esse grupo corresponderia
à alma racional.

Assim como o indivíduo deve alcançar o equilíbrio entre as três almas, a justiça
na pólis se dará pelo equilíbrio das funções executadas por cada grupo social. Além disso,
Platão entende que esse equilíbrio no indivíduo deve ser alcançado pela educação e que a
alma racional deve preponderar. Também a organização da pólis deve seguir essa concepção.
Os indivíduos então deveriam ter igual acesso à educação para que o processo definisse quem
executaria qual função, conforme suas aptidões.

2.4.2. Aristóteles: o animal político

Aristóteles acredita que a formação da sociedade é natural. Para ele o ser humano é um
animal político, pois necessita estar entre semelhantes para sobreviver. Como faz parte da
natureza humana, a sociedade deve ser guiada pelo mesmo fim que define o ser humano, o
bem. Assim, a política se constituí numa relação de complementaridade com a ética, já que as
duas buscam o bem, seja do indivíduo ou do grupo social. O grupo tem, inclusive, precedência
sobre o sujeito já que este não é autossuficiente, enquanto a sociedade não se dissolve por
causa da ausência de um indivíduo.

E qual a forma adequada à natureza humana para o pensador? A pólis. Já que o


homem é um animal social então a pólis é parte da sua natureza. Um Estado que surge como
normal, adequado e realizador da humanidade em sua plenitude, pois, sem a pólis o humano
não alcança condição natural completa de animal político.

Assim, constituída por um impulso natural do ser humano, a sociedade deve ser
organizada conforme essa mesma natureza humana. O que deve guiar, então, a organização de
uma sociedade? A busca de determinado bem, correspondente aos anseios dos indivíduos que
a organizam.

2.4.3. Maquiavel e o Estado

Já no Renascimento, Maquiavel introduziu a noção de realismo político. Criticando a


idealização sobre como a política deveria funcionar, o pensador coloca a política no terreno

11
dos humanos, excluindo a religião, a ética e outras esferas da vida da discussão sobre a
disputa de poder. Para ele, política não é buscar o bem comum, mas conquistar e manter o
poder. Assim um líder deveria, por exemplo, ter seu próprio exército, em vez de confiar em
mercenários, que sempre fogem depois de receber seu pagamento. Ele deveria, também, se
informar sobre os costumes dos povos que habitam os territórios conquistados. O príncipe
precisaria tomar todo cuidado com os nobres e poderosos que pudessem vir a se tornar seus
rivais. E não deveria vacilar quando fosse necessário cometer violências e crueldades contra
seus inimigos.

A origem do Estado, como vimos, está na guerra e na conquista. Maquiavel foi o


grande pensador da fundação dos Estados. Mas o Estado é uma forma de dominação e a
dominação precisa ser legítima, precisa convencer quem obedece de que é certo obedecer. Por
isso, quando o Estado moderno foi formado, vários pensadores tentaram resolver o seguinte
problema: quando o Estado é legítimo?

Um grupo de pensadores se destacou na busca da resposta. Os contratualistas. Eles são


conhecidos assim porque viram o Estado como resultado de um contrato entre os cidadãos que
concordavam em obedecer a uma estrutura de poder com regras próprias.

2.4.4. Contratualistas

Thomas Hobbes, John Locke e o franco-suíço Jean-Jacques Rousseau se perguntaram


como seria a vida sem o Estado, no que chamavam de estado de natureza. Por que as pessoas
que viviam no estado de natureza decidiriam criar o Estado?

Para Thomas Hobbes, a vida no estado de natureza seria violenta, pobre e curta.
Assim, haveria uma guerra de todos contra todos. Nessa situação, disse Hobbes, o medo
levaria as pessoas a fundar o Estado. Nesse momento, elas abririam mão de sua liberdade e
concordariam em obedecer ao Estado. Em contrapartida, o Estado deveria garantir a paz e a
lei, para que as pessoas, sem medo de serem atacadas a qualquer momento, pudessem
trabalhar e prosperar.

John Locke tinha uma visão bem mais otimista sobre o estado da natureza. Nele as
pessoas seriam livres e já teriam direito à propriedade do que produzissem. Mas, se o estado
de natureza não era tão abominável como Hobbes imaginava, por que as pessoas fundariam o
Estado?

Bem, porque muitas vezes surgiriam conflitos sobre quem teria direito a quê. E
ninguém é bom juiz de si mesmo. Dessa forma, seria preciso fundar o Estado para que ele

12
fosse o juiz nesses casos. O Estado, para Locke, não poderia julgar do jeito que quisesse.
Quando as pessoas fundaram o Estado, elas já tinham direito à liberdade e à propriedade.
Assim, se o Estado ameaçasse sua liberdade ou sua propriedade, qualquer um teria o direito de
se rebelar contra ele.

Para Rousseau, o estado de natureza era ainda melhor do que na concepção de Locke.
O humano seria livre e feliz com o pouco que possuísse. Entretanto, o convívio o levaria a se
importar cada vez mais com a opinião alheia e a tentar ser melhor que seus semelhantes. O
golpe final contra a igualdade viria com a invenção da propriedade, pois seria necessário
criar o Estado e as leis para protegê-la.

No estado civil, o humano sacrifica sua liberdade natural, mas alcança a liberdade do
cidadão. A única forma de preservar a liberdade após o surgimento do Estado seria se todos
aceitassem entregar seus direitos uns aos outros (e não ao governante). Nesse contexto, a
liberdade é conquistada pela participação política, principalmente na elaboração das leis. O
Estado só seria legítimo se suas leis fossem criadas pela vontade geral, que é a vontade do
conjunto dos cidadãos que visa ao bem comum. Se cada um pensar somente em si mesmo ao
escrever as leis, o Estado funcionará mal, e aos poucos todos perderão sua liberdade.

2.4.5. Hegel: do Estado surge o indivíduo

Hegel entende o indivíduo sem o Estado como uma abstração. Criticando a abordagem
liberal de Locke e Rousseau, ele afirma que não é possível a existência do indivíduo antes da
sociedade, isso porque o humano é um ser social que só encontra seu sentido no Estado. Esse
Estado, por sua vez, não é um aglomerado de indivíduos nem é formado por um grande
acordo entre os membros de um grupo.

Para Hegel, a noção de indivíduo está ligada ao Estado. Esse indivíduo


corresponde à um momento histórico, com características específicas desse momento. Essas
características precedem o indivíduo e são elas que o caracterizam como indivíduo. Assim o
Estado vem antes do indivíduo. O Estado que funda a sociedade civil e não o membro da
sociedade, pois esse só pode se declarar como membro de dada sociedade por ter existido nela
em dado momento histórico e ter adquirido as características que lhe são dadas pelo Estado. O
Estado é uma manifestação do espírito e concilia a universalidade humana com os interesses
particulares dos sujeitos. Assim, por ser uma manifestação do espírito, o Estado está acima da
soma dos interesses individuais.

2.4.6. Marx e Engels: Estado como instrumento do domínio de classe

13
Marx e Engels acreditam que a sociedade humana dita primitiva era isenta de classes e
Estados. Nessas sociedades as funções de decisão ou administrativas eram compartilhadas
entre os integrantes do grupo. Mas, em algum momento, a função de organizar a administrar
se tornou exclusiva de um grupo. Aí surgiu o Estado. Esse fenômeno ocorreu ao mesmo
tempo em que as desigualdades de classe e os conflitos entre explorados e exploradores
surgiram. O Estado surge então como um apaziguador dos conflitos, evitando a dissolução da
sociedade.

Esse Estado parece muito com o Estado liberal. Acontece que esse Estado foi criado
no conflito e, por isso, acabou sempre representando a classe mais poderosa dessa tensão. Ele
sempre é usado para controlar a classe dominada e não para mitigar os conflitos. Assim, para
Marx e Engels, o Estado é um instrumento da dominação de classe. No capitalismo
ele objetiva proteger a propriedade privada, contrariando os interesses dos que nada têm. Isso
significa dizer que a formação do Estado tem relação direta com as condições e estruturas
materiais do seu momento histórico. Além disso, é preciso ressaltar que o Estado é criado para
dirimir as tensões que surgem apenas porque vivemos em uma vida civil
de caráter antissocial. Marx e Engels se afastam dos outros pensadores sobre a origem do
Estado por compreender que ele não visa o objetivo de resolver os conflitos sociais, mas
controlar a classe produtora de riquezas para que a ordem social não se dissolva. O Estado é
resultado da forma antissocial que vivemos e só poderia deixar de existir com a abolição das
classes sociais. Por isso, o Estado falha em suas pretensões universalistas, pois nasce da
desigualdade e mantém a desigualdade.

A parte seguinte do trabalho foi elaborada por: Telma Gaspar Machava

Segundo Dalmo De Albreu Dallari13, a criação do Estado por formação deriva, isto é, a
partir dos Estados pre-existentes, e o processo mais comum actualmente, havendo por tal
motivo um interesse prático, bem maior nesse estudo, bem como a possiblidade de
presenciarmos a ocorrência de muitos fenômenos ilustrativos das teorias.

Existem dois processos típicos opostos, ambos igualmente usados na actualidade, que
dão a formação do Estado, nomeadamente:

 de fracionamento;
 união dos Estados.
13
DALARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 3ª edição, São Paulo: Saraiva, 2013.

14
Tem se o fracionamento quando uma parte do território de um Estado se desmembra e
passa a construir um novo Estado. Este processo foi seguido para os territórios coloniais,
ainda existentes nesse século, na maioria localizada em África, passassem a condição de
unidades independentes e adquirissem o estatuto de Estados. Assim pode-se dizer que, com a
conquista da independência por via pacífica ou violenta, ocorreu o desmembramento e a
consequente criação de novos Estados por uma forma derivada.

Outro fenômeno, este comum, e a separação de uma parte do território de um Estado,


embora integrado sem nenhuma discriminação legal para construir um novo Estado, o que
ocorre quase sempre por meios violentos quando um movimento armado separista e bem-
sucedido, podendo ocorrer também, embora seja rara a hipótese por via pacífica.

Segundo Wolf Cerqueira Mendes, para entender o processo de formação do Estado, é


necessário alinharmos o conceito de sociedade e em conjunto ordenar, referenciando se desde
já que esse processo pode ser estatal ou não estatal. Analizar os agentes envolvidos e a
manutenção da ordem, bem como,os teóricos a exemplos de entrelaçar seus conceitos estatais
e não estatais é sem dúvida fator preponderante a fixação de uma linha condizente a forma do
Estado. Autores dedicados ao problema da formação do Estado são sensíveis a esse ponto
como mostram nos Bendix (1996) e Tilly (1975, 1996), analisando processos históricos
longos e contínuos, corremos sempre o risco de apelar para uma explicação insuficiente,
retificando certas categorias e definições. O Estado tem o simples fim de delimita-lo do
Estado antigo.

Segundo Jorge Bacelar Gouveia, Estado bem como da sua estrutura, sendo certo que é
nele que se concentra, nos dias de hoje, o principal modo de organização política e social. Diz
também que o Estado nem sempre existiu nem sequer se pode ter a certeza de que o Estado
seja uma realidade imutável ou eterna, pois não é mera verdade que se tem mantido estável na
sua essência, apesar das modificações sensíveis que tem vindo a conhecer ao longo das
diferentes épocas históricas que tem atravessado, assim como das convenções que o têm
acompanhado.

Seja como for, o Estado de hoje, herdado da idade contemporânea, é ainda um modelo
de organização que satisfaz os interesses dos cidadãos, comparada com outros modos de
organização que têm surgido, a um ritmo cada vez mais veloz. Segundo Prof. Jorge Bacelar
Gouveia, "Estado" seria estrutura juridicamente personalizada que num território exercendo

15
um poder político soberano em nome de uma comunidade de cidadãos que ao mesmo se
vincula.

3. EVOLUÇÃO HISTÓTICA DO ESTADO


A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Renato A. Ginama
O conhecimento da noção que os diversos povos tiveram do Estado e do modo como
este se organizou através da história e das civilizações é da máxima importância em Ciência
Política.
O Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do Direito, as
condições universais da ordem social.14
Desde o aparecimento como organização, o Estado vem sempre evoluindo, isto é, a
evolução do estado se faz simultaneamente com a evolução da sociedade.
Sobre a evolução histórica, fala-se na chamada lei dos três estados, formulada por
Augusto Comte, cada manifestação do pensamento humano passa sucessivamente por 3 graus
teóricos: estado fictício ou teológico, o estado metafísico ou abstracto e o estado
positivo ou científico.15
Queiroz Lima adoptou esta doutrina da seguinte forma:
 o Estado primitivo foi teocrático, isso se explica pelas teorias do direito divino
sobrenatural;
 surge a noção metafísica do Estado, deslocando para a vontade do povo a
origem do poder soberano;
 segue-se a noção positiva do Estado, no qual a soberania decorre das próprias
circunstâncias objectivas, da lei ou da concepção realista do Estado como força
do serviço do direito.
Para Sahid Maluf, esta fórmula não é rigorosamente exacta, uma vez que não houve
sucessão cronológica das diversas noções do Estado, porém esta classificação é a mais
seguida pelos autores.

3.1. Estado Antigo


Os Estados mais antigos que a história relata foram os grandes impérios que se
formaram no Oriente desde 3.000 anos a. C. (início da Idade Média), porém houve

14
MALUF, Sahid (2006) Teoria Geral do Estado, 26ª edição, revista e atualizada, São Paulo: Saraiva, p. 1.
15
Ibidem, p. 91.

16
anteriormente outras civilizações, mas não existiam doutrinas políticas, mas sim a única forma
de governo que era a monarquia absoluta, exercida em nomes dos deuses.16
Os impérios orientais tinham traços em comum, um exemplo é maneira em que eram
formados e mantidos pela força das armas, devido às constantes guerras. Não tinham uma
base física, ora os territórios aumentavam ora diminuíam em decorrência dos resultados das
conquistas, portanto, eram instáveis.17
Pelas mesmas razões, não eram Estados nacionais, uma vez que era formado por povos
de diferentes raças, ou seja, eram agrupamentos humanos heterogéneos.18
Havia confusão entre família, poder, comércio e religião, ainda não organizados com
muita clareza. O povo também era formado, na verdade, por uma mistura heterogênea de
povos, tendo em vista que era composto por conquistados, escravos de guerra, comerciantes,
viajantes, etc., alterando-se ainda conforme novos territórios eram conquistados ou perdidos.
Esta falta de identidade cultural, religiosa, ideológica e, por vezes, linguística não permitia
que a sociedade se desenvolvesse no sentido unitário, organizado.
3.1.1. Características fundamentais do Estado Antigo
Segundo Dalmo de Abreu Dallari19, as características fundamentais do Estado desse
período são: a natureza unitária e a religiosidade.
 quanto à primeira, verifica-se que o Estado Antigo não possuía qualquer
subdivisão interna, territorial ou funcional, corria uma confusão de diferentes
sectores dentro do mesmo Estado. A ideia da natureza unitária é permanente,
persistindo durante toda a evolução política da Antiguidade;
 quanto à presença do factor religioso, a influência predominante foi religiosa,
afirmando-se a autoridade dos governantes e as normas de comportamento
individual e colectivo como expressões da vontade de um poder divino.
As monarquias orientais eram todas de feitio teocrático, ou seja, o monarca era
absoluto, sendo equivalente ao poder divino.
3.1.2. Contribuições do Estados Antigos
Houve grandes contribuições dos antigos impérios orientes, como:
 código de Hamurabi, da Babilônia, onde se encontram princípios da ordem
social e que foram as fontes luminosas para a legislação moderna;

16
Ibidem, p. 93.
17
Ibidem, p. 94.
18
Ibidem.
19
DALARI, Dalmo de Abreu (1998), Elementos de Teoria Geral do Estado, 2.ª edição, actualizada, Editora
Saraiva, p. 26.

17
 além disso, formaram as grandes religiões como o budismo, o cristianismo e o
islamismo.20

3.2. O Estado Judeu (Israel)


O Estado de Israel constituía uma exceção perante os demais Estados antigos do
Oriente, pois era caracteristicamente democrático, no sentido de que todos os indivíduos,
fossem eles escravos, cidadãos ou estrangeiros, eram protegidos pela lei, até mesmo contra o
poder público.21
O rei de Israel era apenas chefe civil e militar escolhido por Deus. Em razão dessa
origem do seu poder, se tornava o interprete e o executor da vontade de Deus. Desconheciam
qualquer limitação jurídica, mas conceituava-se como um poder limitado pelas leis de Jeová
que teriam sido ditadas a Moisés, constituindo as tábuas do Sinai, Constituição do Estado de
Israel.22
Toda a legislação judia era de profundo sentido humano e democrático. Suas
instituições influenciaram na formação do pensamento político da Idade Média e nos rumos
do direito público moderno. Uma das instituições foi o profetismo.
O Estado de Israel foi extinto com a expulsão de Jerusalém, mas a noção israelita
subsistiu nestes dois mil anos, sem Estado, conservando sua unidade étnica, histórica e
religiosa. Ressurgiu em 1948, com o novo Estado de Israel, criado pela divisão da Palestina. 23

A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Dinalvia Vilanculos


Teoricamente, foi a partir de Maquiavel que o termo “Estado” passou a designar uma
unidade política global. Investigando a evolução histórica do Estado, há vários estudos
distintos, porém, expressando resultados singulares, segundo a teoria marxista (1818-1883)
que engloba vários estudiosos que se sucederam a partir de suas premissas a especificidade do
Estado (Estado Moderno) implica na separação desta forma social política do poder
económico reinante. Isto é, apenas com advento dos estados nacionais europeus (finais do
século XVI), e com a queda do absolutismo (fim do século XVIII), é que podemos falar de um
Estado propriamente dito.

20
MALUF, Sahid (2006) Teoria Geral do Estado, 26ª edição, revista e atualizada, São Paulo: Saraiva, p. 94-95.
21
Ibidem, p. 95.
22
Ibidem.
23
Ibidem, p. 95-96.

18
Estado não se confunde com governo, o Estado é estruturado política, social e
juridicamente ocupando um território definido onde a lei máxima é a constituição escrita, a
evolução do Estado ocorre paralelamente à evolução da sociedade.
A figura do Estado tinha natureza unitária, não possuía qualquer subdivisão interna,
territorial ou funcional. Ocorria uma confusão de diferentes sectores dentro do mesmo Estado,
não tinha características de baixa complexidade, não havendo polos bem definidos de poder e
controle.

3.3. Factores influenciadores para a evolução do Estado


 o direito de exercer as actividades por conta de outrem em qualquer estado da
comunidade;
 o princípio da livre circulação no mercado comum;
 a procura da coordenação das economias nacionais, os nacionais de cada uma
das partes contratantes, o direito de exercer no território de uma parte qualquer
actividade lucrativa em pé de igualdade por nacionais baseando-se em relações
sérias e económicas, e criação de estados de livre circulação.

3.4. Estado Romano


Tinha como base uma estrutura prementemente família, cidade-estado.

3.5. Estado Contemporâneo


É o tipo de estado que temos hoje, formado após a Segunda Guerra Mundial, nascido
no embalo das ideias libertários, igualitários e humanitários da época. Os homens nascem
livres e iguais em direito, a única forma de poder que se reveste de legitimidade é a que for
estabelecida e reconhecida pela vontade dos cidadãos, estado do bem-estar social.
3.6. Estado Medieval
Evolui através do declínio do Império Romano que ao passo dividiu-se em reinos, este
Estado representa uma fase bem longa e difícil de definir: era instável e heterogéneo
composto centralmente de eventos como cristianismo colocado na épice de influência e poder,
as invasões bárbaras e o feudalismo como organização da sociedade.

A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Samuel Francisco Chamusse

19
O Estado Medieval emergiu culminantemente na Europa Ocidental, através do
declínio do Império Romano, que ao passo dividiu-se em reinos, quando o comércio
praticamente desapareceu das relações sociais e trouxe a agricultura como principal atividade
econômica.

Este Estado representa uma fase bem longa e difícil de definir: era instável e
heterogêneo, composto centralmente de eventos como o cristianismo colocado no ápice de
influência e poder, as invasões bárbaras, e o feudalismo como organização da sociedade.

Em um primeiro momento, pode-se dizer que a religião católica aproveitou se da


expansão do Império Romano para disseminar seu credo, a fim de universalizar o
cristianismo. Com os representantes da Igreja ocupando posições de poder, o cristianismo
passou a deter cada vez maior influência política na época.

Em seguida, a respeito das invasões bárbaras, o domínio dos territórios na Europa


começou a se modificar, pulverizando-se. Quebrava-se assim a eugenia que se estabelecera
anteriormente, ficando difícil a unificação com tantas invasões e guerras. Esta mudança do
domínio dos territórios estatais ora consolidados para outros, fragmentados, foi o que gerou o
Feudalismo, com desenvolvimento diversificado de entes estatais em cada lugar.

Houve grande impacto na complexidade social e do Estado em razão desta divisão de


terras, polos de poder, e da coexistência destes diferentes núcleos de controle. Neste tempo, os
donos de terra (senhores feudais) é que detinham os poderes jurídicos, econômicos e políticos.
Possuíam eles trabalhadores em regime de servidão, e muitos eram os submissos, os pobres,
os servos. A sociedade feudal era estática e hierarquizada. Tinha poder descentralizado (pois
que distribuído nas mãos dos senhores feudais) e economia baseada na agricultura e utilização
do trabalho dos servos, já que as invasões e guerras também dificultaram muito o
desenvolvimento comercial na época.

4. TEORIAS SOBRE A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ESTADO MODERNO

A parte seguinte do trabalho foi elaborada por: Alexandra Dário Muchongo

20
4.1. Origem do Estado Moderno
Segundo Fernando Loureiro Bastos24, o Estado Moderno surgiu nos séculos XIII-XIV,
nas diversas partes da Europa, com a crise do sistema político medieval. Segundo Jean Bodin,
a soberania é a base do Estado Moderno.

A criação do Estado Moderno implica:

 centralização do poder;
 emancipação política em relação ao Papa e ao imperador;
 imediatividade ou a ligação directa entre o estado e o indivíduo;
 poder centrado no rei.

4.1.1. O Estado Moderno e o mercantilismo: absolutista

Segundo o Estado Moderno surgiu com o absolutismo. O absolutismo era um


aparelho de dominação feudal. O feudalismo era um sistema de produção que funcionava
como uma unidade orgânica de economia e política.

O mercantilismo, era dominante na época absolutista, foi um tipo de comércio


praticado dentro de um território nacional, com vista a criar um mercado interno unificado
com a produção de mercadorias.

4.1.2. Estado Moderno e o liberalismo: Democracia liberal

O liberalismo foi um movimento económico-político, da classe burguesa. O


liberalismo político engloba os direitos humanos e a separação de poderes, e o liberalismo
econômico foca-se na economia do mercado livre.

A sociedade burguesa criava condições políticas a favor do desenvolvimento do


liberalismo econômico. Os cidadãos do Estado eram passivos, tinham um representante,
eleito, que intervinha nas instituições políticas. Os seus representantes para o exercício da
soberania popular eram eleitos democraticamente, porém, o sistema representativo não era a
favor da democracia liberal, pois para eles o povo não pode se autogovernar ou guiando-se
pelas suas próprias leis.

24
BASTOS, Fernando Loureiro (1999) Ciência Política – guia de estudo, Faculdade de Direito, UEM/Livraria
Universitária, Maputo, Moçambique.

21
O Estado Moderno surge com a transição da idade média para a idade moderna. O
Estado Moderno transformou a organização política do mundo inteiro. No caso do Brasil, o
Estado Moderno fez-se sentir no período pós-independência, resultando na constituição de
1988. O Estado Moderno na contemporaneidade, enfrentou os desafios da globalização e
movimentos de descentralização.

O Estado Moderno influenciou a formação de estados nacionais em diversas regiões.


O Estado Moderno trouxe estabilidade e desenvolvimento, mas enfrentou vários desafios na
busca por direitos individuais, a dinâmica internacional e as necessidades de adaptação as
demandas contemporâneas.

Ainda na origem do Estado Moderno, vários pensadores como Nicolau Maquiavel,


Jean Bodin e Thomas Hobbes contribuíram para a conceituação do Estado Moderno,
enfatizando a necessidade de um poder centralizado para garantir a estabilidade e a ordem.

A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Daúdo Abel Estêvão

4.2. Formação do Estado Moderno


O Estado Moderno surge como um novo tipo de organização política, caracterizado
pela centralização do poder, pela monopolização do uso legítimo da força e pela formação de
um corpo de funcionários públicos.25

As formas de organização dos Estados modernos podem ser classificadas de acordo


com diversos critérios, como a forma de governo, a distribuição do poder e a ideologia
política. Entre as principais formas, podemos destacar:

4.2.1. Quanto à forma de governo


4.2.1.1. Monarquia
Segundo NEVES (2012): "A monarquia é a forma de governo mais antiga,
caracterizada pela concentração do poder nas mãos de um monarca, geralmente de forma
hereditária." (p. 10). A monarquia pode ser absolutista, quando o monarca concentra todos
os poderes, ou parlamentar, quando o poder do monarca é limitado por um parlamento.

4.2.1.2. República
O poder é exercido por representantes eleitos pelo povo. A república pode ser
presidencialista, quando o presidente é o chefe de Estado e de governo, ou parlamentarista,
25
SUNDFELD, Carlos (2019) Teoria Geral do Estado, 7.ª edição, Malheiros Editores, p. 10.

22
quando o chefe de governo é o primeiro-ministro, indicado pelo parlamento.

4.2.2. Quanto à distribuição do poder


De acordo com SILVA (2017): "As formas de Estado, quanto à distribuição do poder,
podem ser classificadas em três categorias principais: Estado unitário, Estado federativo e
confederação de Estados" (p. 150).

4.2.2.1. Estado Unitário


O poder é centralizado em um único governo nacional. Uma única esfera de
organização político-administrativa. Consequentemente, existe uma só soberania (autoridade
suprema) interna e externa, não existindo outras organizações soberanas colocadas em posição
de igualdade ou diferenciação. No Estado Unitário, a unicidade do poder é expressa pela
existência de: uma única ordem política; uma única ordem jurídica; e uma única ordem
administrativa.

4.2.2.2. Estado Federativo

O poder é dividido entre um governo nacional e governos regionais ou estaduais. São


denominados Estados complexos ou federados porque congregam vários poderes políticos:
um soberano – do Estado federal e vários dependentes – os dos Estados federados.

4.2.3. Quanto à ideologia política


4.2.3.1. Estado Liberal
O Estado tem um papel limitado na economia e na sociedade, priorizando a liberdade
individual e o livre mercado.

4.2.3.2. Estado Social


O Estado assume um papel mais activo na economia e na sociedade, buscando garantir
o bem-estar social e a justiça social.

São outras formas de organização:

 confederação: uma união de Estados soberanos que mantêm sua


independência política;
 união de Estados: um Estado formado pela união de dois ou mais Estados,
com a perda da soberania individual.

23
A parte seguinte do trabalho foi elaborado por: Egídio Hericlénio Mateus
Simango

4.3. Características do Estado Moderno


As deficiências do Estado Medieval determinaram as importantes características do
Estado Moderno. O Estado Medieval tinha a ambição de obter a antiga unidade do Estado
Romano, sendo que este objetivo não foi realizado. Mas, este sentimento foi crescendo por
resultado da nova distribuição da terra, ou seja, o feudalismo, que caracterizava-se pela
valorização das terras, organizada economicamente e socialmente por pequenos produtores
que tinham famílias que dedicavam-se a produção de subsistência e segundo Dalmo De
Abreu, este fenómeno ampliou o número de proprietários, tanto dos latifundiários, tanto dos
que adquiriram o domínio de áreas menores. Os senhores feudais não aceitavam o domínio
monárquico e os impostos elevados e as guerras constantes que não melhoravam a economia e
a sociedade.26

Assim, isto foi contribuindo para a procura da unidade, que teria por consequência um
novo tipo de Estado, caracterizado por um poder soberano, que será o Estado Moderno.27

Quanto as características do Estado Moderno, segundo o Prof. Jorge Miranda 28,


podemos apontar as seguintes:

a) Complexidade de organização e de actuação – onde há uma maior separação de


funções, órgãos e serviços, que se traduz na:
 centralização do poder;
 multiplicidade de funções;
 diferenciação de órgãos e serviços;
 inserção dos indivíduos na comunidade, tendo em conta as suas
capacidades, prestações e imposições;
b) Institucionalização ou subsistência do poder – a forma como o poder persiste e
permanece sem a dependência dos que detém actualmente o poder, que se traduz
na:
 fundamentação do poder nas qualidades profissionais do governante, mas
não nas qualidades pessoais do governante, não concentrando se no seu
26
DALARI, Dalmo de Abreu (1998) Elementos de Teoria Geral do Estado, 2.ª edição, actualizada, Editora
Saraiva, p. 29 (livro electrónico).
27
Ibid.
28
MIRANDA, Jorge (2004) Manual de Direito Constitucional, Tomo III, Estrutura Constitucional do Estado, 5.ª
edição, revista e actualizada, Coimbra Editora, p. 9.

24
carisma;
 existência contínua do poder mesmo após a mudança de governantes;
 o poder deve-se submeter ao fim último que é o bem comum e não a fins
que não tem em conta os cidadãos;
 criação de órgãos jurídicos tendo em conta à vontade colectiva.
c) Autonomia – o Estado possui suas metas próprias como assegurar a integração,
orientação e a segurança da sociedade, na qual a sua actuação para atingir os
mesmos é justificada.
d) Coercibilidade – que pode ser o uso exclusivo da força fundado na justiça. Assim,
o Estado deve:
 assegurar a justiça entre as pessoas e os grupos;
 usar a força exclusivamente fundamentando-se pela justiça.
e) Peculiar sedentariedade – significa a não-deslocação e a fixação de um certo
território que se traduz em:
 a comunidade e o poder político concentrando-se num território. Segundo
Salif Maluf: “O Estado Moderno é rigorosamente territorial, afirma
Queiroz Lima. Esse elemento físico (…) é indispensável à configuração do
Estado”.29
f) A secularização ou laicidade – a comunidade não se baseará em religião, quer
dizer, o poder político não terá fins religiosos e os sacerdotes não serão
caracterizados pelo poder político.30
g) A concepção do poder em termos de soberania – sendo que é um poder
independente, que possui uma autoridade suprema dentro do seu território e não
depende completamente dos outros Estados mas sim coexiste e tem uma relação
com os mesmos.

H)

29
MALUF, Sahid (2019) Teoria Geral do Estado, 35.ª edição, Editora Saraiva, p. 25.
30
Fernando Loureiro Bastos, Ciência Política – guião de estudo, Associação Académica da Faculdade Direito
Lisboa, Lisboa, 1999, p. 123.

25
5. CONCLUSÃO
O Estado no geral pode ser definido como uma sociedade politicamente organizada,
que tem elementos como: o território, o povo, o poder político e a soberania. Existem diversas
teorias criadas para explicar a origem do Estado mas duas delas se destacam: a teoria
naturalista e a teoria contratualista.

Segundo Dalmo de Abreu Dalari, a criação do Estado por formação deriva, isto é, a
partir dos Estados pré-existentes. Esta formação é verificada através de dois processos típicos
e opostos: o processo de fracionamento e processo de união dos Estados.

Os Estados mais antigos que a história relata foram os grandes impérios que se
formaram no oriente a 3000 a.C.

O Estado Medieval culminantemente na Europa através do declínio do Império


Romano e finalmente o Estado Moderno, que segundo Fernando Loureiro Bastos, este teria
surgido no sec. XIII-XIV, nas diversas partes da Europa, com a crise do sistema medieval.

26
6. RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO
O presente trabalho foi formado por 10 membros. Para a execução do trabalho,
começamos por criar subgrupos, de modo que, o tema sobre Teorias sobre a origem e
formação do Estado, esteve encarregue ao subgrupo 1; Evolução histórica do Estado esteve
encarregue ao subgrupo 2 e por fim, Teorias sobre a origem e formação do Estado
Moderno ficou encarregue ao subgrupo 3.

O subgrupo 1 é composto pelos seguintes elementos: Edyvânia Fernanda Maholela


Mananze, Alya Marlene Tembe Mate, Telma Gaspar Machava e Alberaldo Mosse Ngulele.
Edyvânia Mananze abordou sobre o Estado, breve evolução do conceito do Estado e as teorias
sobre a origem do Estado nas páginas 5, 6 e 7 do trabalho. Alya Mate abordou sobre a teoria
naturalista e teoria contratualista nas páginas 7, 8, 9 e 10 do trabalho. À formação do Estado,
coube ao Alberaldo Ngulele falando especificamente sobre o Platão: o rei-filósofo,
Aristóteles: o animal político, Máquiavel e o Estado, contratualistas, Hegel: do Estado surge o
indivíduo e Marx e Engels: Estado como instrumento do domínio de classe nas páginas 10,
11, 12, 13 e 14 do trabalho, tendo Telma Machava dado continuidade, contribuindo a sua
parte na página 14 e 15 do trabalho.

O subgrupo 2 é composto pelo Renato A. Ginama, Samuel Francisco Chamusse e


Dinalvia Vilanculos. Renato Ginama começa a abordar sobre a evolução histórica do Estado,
Estado antigo, características fundamentais do Estado Antigo, contribuições do Estado Antigo
e por fim o Estado Judeu (Israel), nas páginas 16, 17, e 18, Dinalvia Vilanculos deu
continuidade, contextualizando a evolução histórica do Estado e apresentando sobre os
factores influenciadores para a evolução do Estado, Estado Romano e o Estado
Contemporâneo nas páginas 18, 19. Samuel Chamusse abordou sobre o Estado Medieval na
página 20 do trabalho.

O subgrupo 3 é composto pelos seguintes membros: Alexandra Dário Muchongo,


Egídio Hericlénio Mateus Simango e Daúdo Abel Estêvão. Alexandra Muchongo começa por
falar sobre a origem do Estado Moderno na página 21e 22, Daúdo Estêvão abordou sobre a
formação do Estado Moderno nas páginas 22, 23 e 24 e por fim, Egídio Simango abordou
sobre as características do Estado Moderno nas páginas 24 e 25 do trabalho.

A introdução do trabalho foi feita por Egídio Simango, a conclusão foi feita por
Edyvânia Mananze e o trabalho foi compilado por Egídio Simango. O grupo se organizou de
forma eficiente e contou com uma variedade de habilidades e contribuições.
27
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APPIO, Eduardo, Teoria Geral do Estado e da Constituição, Curitiba: Juruá, 2005.

AZAMBUJA, Darcy, Teoria geral do Estado, 2.ª edição, Editora Globo, São Paulo.

AZAMBUJA, Darcy, Teoria geral do Estado, 4.ª edição, São Paulo: Globo.

AZAMBUJA, Darcy, Introdução à Ciência Política, 2.º edição, São Paulo: Globo, 2008.

BARRATA, Oscar Soares, estados políticos e sociais, Volume XVI, Lisboa, 1988.

BASTOS, Fernando Loureiro, Ciência Política – guião de estudo, Associação Académica da


Faculdade Direito Lisboa, Lisboa, 1999.

COTTA, Maurizio, Democracia, partidos e elites políticas, (colecção estudos políticos) livros
horizontes, 2008.

DALARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 2.ª edição, atualizada,
Editora Saraiva, 1998.

DALARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 3.ª edição, São Paulo:
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DE MORAIS, José Luís Bolzan; STRECK, Lenio Luz, Ciência Política e Teoria do Estado,
7.ª edição, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.

MALUF, Salid, Teoria Geral do Estado, 26ª edição, revista e atualizada, São Paulo: Saraiva,
2006.

MALUF, Sahid, Teoria Geral do Estado, 35.ª edição, Editora Saraiva, 2019.

MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo III, Estrutura Constitucional do


Estado, 5.ª edição, revista e actualizada, Coimbra Editora, 2004.

28
MURTEIRA, Mário, Lições de economia política e desenvolvimento, 1.ª edição, revista e
actualizada.

ROUSSEAU, Jean-Jacques, Contrato Social, Petrópolis, Editora Vozes, 2017.

SOARES, Mário Lúcio Quintão, Teoria do estado: Introdução, 2.ª edição, Belo Horizonte,
2004.

SUNDFELD, Carlos, Teoria Geral do Estado, 7.ª edição, Malheiro Editores, 2019.
Mundo Educação, Estado Moderno, in
https://mundoeducação.uol.com.br/historiageral/estado-moderno.htm, acedido no dia
13.04.2024.

29

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