Instituto Federal do Espirito Santo – IFES Campus Vila Velha/ES
Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: Ensino de Geografia I Teoria e Prática
Docente: Miquelina Aparecida Deina
N.º Matricula: 20211LPVV0515
Turma: 3.º Período
FICHAMENTO TEXTO 06
SUBVERTENDO A CARTOGRAFIA ESCOLAR NO BRASIL – Jörn Seemann
Pagina TRECHO
03 [No contexto da cartografia, subversão implica uma
ideia critica sobre o modelo normativo da disciplina
que é geralmente considerada como uma ciência exata
baseada em fatos objetivos, cálculos, medições e
convenções (Harley, 1989] Sem esse pensamento critico
o modelo normativo da disciplina continuaria longe da
realidade dos alunos.
04 [Trata-se de uma busca por formas diferentes de
mapeamento que se baseiam em valores, desejos e
necessidades diferentes e que desafiam o status quo
da disciplina.] Partindo do que já existe, expandindo seu
alcance e significância.
05 [Vale salientar que essas cartográficas subversivas
não devem ser vistas como um paradigma para a
“ciência e arte de fazer mapas”, mas como maneiras
alternativas e complementares de repensar
representações cartográficas (Dodge, Perkins e
Kitchin, 2009).] Subversão cartográfica não é destruir os
conceitos existentes mas leva-los a novas aplicações ou
formas de aplicações.
05 [Primeiro, é preciso questionar as bases dos
conhecimentos e saberes cartográficos que
determinam a produção e o uso de mapas e que
frequentemente são dados como fatos consumados
que não precisam ser analisados. Segundo, qualquer
conhecimento sobre a cartografia deve ser situado no
contexto da sociedade e do tempo em que foi
concebido e aplicado] A atitude crítica tira a característica
de “escrito na pedra” e situa os conceitos dentro do
contexto social.
06 [Trata-se de uma releitura dos conceitos e princípios
cartográficos (escala, projeção e simbologia) e como
essas ideias e categorias surgiram e se consolidaram,
com o intuito de pensar em possibilidades alternativas
(Crampton e Krygier, 2006).] Conceito de releitura: Ação
de interpretar novamente alguma coisa, acrescentando
algo novo e original.
07 [Mapas representam a realidade, mas eles não são a
realidade.] A realidade é a base para se ler o mapa.
10 [... eles não concebem os mapas como produtos, mas
como processos (Rundstrom, 1989; Seemann, 2002).]
Contrariando uma tendência de considerar o mapa como
um fim em si mesmo.
11 [Com as suas obras, os artistas não procuram rejeitar
os mapas, mas a sua autoridade como maneira
verdadeira, exata e única de representar a realidade
(Wood, 2006a, p.10).] Autoridade essa atribuída por
pessoas dentro de outros contextos diferentes dos atuais.
11 [A arte cartográfica aponta para mundos que são
diferentes daqueles mapeados pela cartografia oficial
(Wood, 2006a, p.10).] Justamente por que a arte
cartográfica força os limites estabelecidos.
17 [No projeto dos situacionistas, há dois aspectos que
merecem a atenção e que transformam a cartografia em
uma arte de performance: o mapeamento em
movimento e o registro de emoções.] Esses aspectos
explorados humanizam a descrição do espaço aumentando
sua significância para quem lê.
20 [A cartografia na arte serve como incentivo e ponto de
partida para desenvolver projetos subversivos no
ambiente escolar.] Projetos subversivos igual visão critica
daquilo que lhe é apresentado, releitura.
21 [Esses estudos culturais sobre a cartografia mostram
que o mapa não é necessariamente uma mera
representação, mas também pode servir como
discurso, argumento ou visão de mundo.] Por isso a
importância do letramento cartográfico de forma que ao ler
o mapa, o leitor compreenda e compreendendo o questione
a partir de sua própria realidade.