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Mosca

Gaetano Mosca estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em toda sociedade existe sempre uma minoria detentora do poder em detrimento de uma maioria privada dele. Mosca também estudou as justificativas utilizadas pelos detentores do poder para manterem o comando.
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Gaetano Mosca estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em toda sociedade existe sempre uma minoria detentora do poder em detrimento de uma maioria privada dele. Mosca também estudou as justificativas utilizadas pelos detentores do poder para manterem o comando.
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Teoria das Elites, pela qual ele, o político, enquadrando-se como elite, justifica sua

permanência no poder e, para tanto, busca um ponto de apoio para sua alavanca.

Vilfredo Pareto (1848-1923). Ele diz no Trattato di Sociologia Generale que a ideologia
serve para defesa dos interesses particulares, isto é, de um grupo com interesses
específicos (Cf. PARETO, 1916). É, ainda conforme ele, uma teoria não científica
exatamente porque não é lógico-experimental. Há três tipos de teorias, conforme Pareto.
A objetiva, a subjetiva e a utilitária. Nossa hipótese é que o grupo que almeja perpetuar-
se, vale-se do segundo e terceiro significado da ideologia: subjetiva e utilitária, isto é, de
um uso ideológico da teoria.

Essa Teoria das Elites teve, na atualidade, duas experiências históricas que justificaram a
permanência no poder de um grupo ou partido. Esses grupos conseguiram manter-se no
poder, justificando-se, ideologicamente, através da Teoria das Elites. Trata-se do fascismo
italiano e do nacional-socialismo alemão, materializados na ideologia do fascismo e do
nazismo.

Gaetano Mosca e a fundação da ciência política


contemporânea
Mosca estabeleceu os pressupostos do elitismo ao salientar que em
toda sociedade, seja ela arcaica, antiga ou moderna, existe sempre
uma minoria que é detentora do poder em detrimento de uma maioria
que dele está privado. De acordo com esta teoria as sociedades estão
divididas entre dois grupos: os governantes e os governados. Os
governantes são menos numerosos, monopolizam o poder e impõem
sua vontade valendo-se de métodos legítimos ou arbitrários e
violentos ao restante da sociedade. a originalidade da teoria das elites
formulada por Mosca, advém da preocupação em explicar que a
classe dirigente (ou seja, os governantes) constitui uma minoria
detentora do poder pelo fato de serem mais organizados. Desse
modo, seja por afinidade de interesses ou por outros motivos, os
membros da classe dirigente constituem um grupo homogêneo e
solidário entre si, em contraposição aos membros mais numerosos da
sociedade, que se encontram divididos, desarticulados e
consequentemente, desorganizados. Importante enfatizar também
que, segundo o estudo realizado por Mosca, a dominação política
exercida por um grupo minoritário dentro da sociedade pode ser
presenciada em qualquer sistema de governo: ditadura ou
democracia. Desigualdades sociais Depois que Gaetano Mosca
formulou a teoria das elites, outros pensadores sociais empregaram o
termo "elite" de maneira diversa, dando origem a novos conceitos e
teorias. No campo das ciências sociais, por exemplo, o estudo das
elites políticas beneficiou o desenvolvimento da ciência política.

Neste aspecto, devemos considerar os estudos do economista e


sociólogo, Vilfredo Pareto (1848-1923), que publicou dois estudos
importantes: "Manual de Economia Política" (1906) e "Tratado de
Sociologia Geral" (1916). No "Tratado de Sociologia Geral", Pareto se
preocupou com o estudo da interação social entre as diversas classes
de elites, cujas mais importantes, segundo ele, são: as elites políticas
e as elites econômicas. O mais importante destaque do estudo é o
processo de decadência das elites, observado por Pareto,ou seja,
historicamente as elites lutam entre si e se sucedem umas às outras
no exercício da dominação política. Pareto também chama a atenção
para o fato de que, em qualquer sociedade, os homens são desiguais.
As desigualdades entre os indivíduos contribuem diretamente para o
surgimento das elites. Pareto tinha convicção na superioridade das
elites econômicas e políticas porque acreditava que as desigualdades
sociais faziam parte da "ordem natural" das coisas. Devido à sua
intransigente defesa da dominação das elites, e também por ser um
crítico contumaz de qualquer forma de regime socialista, Pareto é
apontado como o ideólogo precursor do fascismo. Não obstante, ele
nunca aderiu ao regime fascista italiano

MOSCA

Entendia que toda a história apontava para a existência nas


sociedades de dois tipos de indivíduos: os que comandam e os que
são comandados. Em cada sociedade surgem justificações do
comando que mais não são que um exercício explicativo destinado a
preservar o poder. Mosca estudou as várias fórmulas políticas
utilizadas pelos sujeitos detentores do poder para obter a
concordância dos sujeitos subordinados. Identificou, também,
as forças sociais responsáveis por mudanças de composição na
classe política. Reconhecendo as diferenças entre sistemas
autocráticos e sistemas cujos líderes são eleitos, Mosca negava que
estes últimos correspondessem a "governos do povo" ou a "governos
da maioria". Segundo Gaetano Mosca, os governos correspondem
necessariamente a minorias pois são os militares, ou o clero, ou
grupos privilegiados pela sua riqueza ou pelo seu mérito que regulam
as sociedades. As suas ideias foram frequentemente mal
interpretadas e adotadas, com deturpações, por partidários do
fascismo entretanto nascente. Na verdade, Mosca opôs-se a Mussolini
e ao racismo da Alemanha nazi. Este autor condenou também o
marxismo e desconfiou da democracia pela extensão do sufrágio às
camadas menos instruídas da população.O autor recusa a classificação
aristotélica das diferentes formas de governo de acordo com o número de governantes -
democráticos, aristocráticos e monárquicos. A essa classificação Mosca opôs a máxima
que organizou sua reflexão ao longo das décadas seguintes:

Em todas as sociedades regularmente constituídas, nas quais há aquilo que se denomina


um governo, nós, em vez de ver que a autoridade deste se exerce em nome do universo
do povo, ou de uma aristocracia dominante, ou de um único soberano [...], encontramos,
constantíssimo, outro fato: que os governantes, ou seja, aqueles que têm em suas mãos e
exercem o público poder, são sempre uma minoria, e que abaixo destes há uma classe de
pessoas que nunca participam realmente de algum modo do governo, e não fazem senão
subi-lo; esses podem ser chamados de os governados (Mosca, 1982a, p. 203).

Mosca construiu seu argumento: a "massa, a maioria" tomaria parte da política apenas
como um meio que permitiria aos governantes exercer seu poder. Frequentemente essa
participação não seria sequer consciente ou voluntária, seja porque a maioria não
reconheceria a utilidade dela, seja porque seria coagida a agir, seja porque se submeteria
passivamente a ação política dos governantes.
O programa de pesquisa mosquiano reverberava assim influencias maquiavelianas. Para o
autor de Il principe, a conquista e a manutenção do poder político encontravam-se no
centro de sua reflexão. Mosca não estava longe dessa impostação quando mobilizou suas
forças para estudar como a classe política exercia seu poder, ou seja, como, apesar de ser
uma pequena minoria, conseguia sobrepor-se ao grande número e subordiná-lo.

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