Exame pulmonar/ Roteiro NIS
Profa Patrícia Garcia 2020.1
Antes conhecendo as DELIMITAÇÕES DAS REGIÕES
Linhas verticais
Médio-esternal
Hemiclavicular Escapular
Vertebral
Axilar-anterior
Axilar-posterior
Axilar-anterior
Axilar-média
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LINHAS VERTICAIS: ESPAÇOS INTERCOSTAIS
Definições Anatômicas
Supraclavicular: acima das clavículas
Infraclavicular: abaixo das clavículas
Interescapular: entre as escápulas
Ápices pulmonares: extremidade superior
Bases pulmonares: extremidade inferior
Campos pulmonares: superior, médio e inferior
Agora sim...
1. Anamnese:
- Preferencialmente sentado – Estudo comparativo -> Sintomas (início, motivo, duração)
- Manifestações clínicas mais comuns: tosse, dispneia (repouso ou em atividade física –
leve/moderada), Ortopneia (deitada), Dispneia Paroxística Noturna (se o acorda a noite com
falta de ar), cianose, escarro (característica, odor, qualidade e quantidade, além de presença
de sangue),* Hemoptise (expectoração de sangue pela boca proveniente da ruptura dos vasos
brônquicos, em geral, é vermelho-vivo), dor torácica, rouquidão (suspeita de Tumor).
- investigar: história familiar e trabalho, além do estilo de vida (drogas licitas e ilícitas),
doenças respiratórias crônicas.
- Classificada em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços.
*diferenciar das hemorragias das vias aéreas superiores (epistaxe) e da hematêmese
(sangramento proveniente do estômago - aspecto de borra de café)
2. Métodos propedêuticos: 04 => Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta
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A. INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA:
1. Inspeção Estática
- Inspeção Geral: mucosa, dedos e unhas (baqueteamento e manchas de fumo), pele (cicatriz
e/ou manchas, coloração - CIANOSE), Abaulamentos, Retrações, forma do tórax.
FORMATO DE TÓRAX
Normal Tonel Pectus escavatun/ Carinatun /
Cifótico
Infundibuliforme Cariniforme ou
Peito de Pombo
2. Inspeção Dinâmica – Verificar Padrão Respiratório ou Dinâmica Respiratória -> observar a
amplitude ou profundidade de expansão e ritmo.
2.1 EXPANSIBILIDADE TORÁCICA
• Aumentada: compensador (Derrame pleural ou atelectasia unilateral)
• Diminuída: unilateral (PNM)
2.2 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (IPM - Incursões por minuto) – através da movimentação da
caixa torácica: amplitude ou profundidade e ritmo. Eupneico (12-20ipm)
2.3 RITMOS RESPIRATÓRIOS Vídeo: goo.gl/tDD46Z
▪ Taquipneia: respiração rápida e superficial
▪ Bradipnéia: respiração lenta e superficial
▪ Hiperpnéia: respiração rápida e profunda (fisiológica exercícios físicos)
▪ Apnéia: ausência de movimentos respiratórios
▪ Outros: Cheyne-Stokes, Respiração de Biot, Kussmaul, etc.
2.4 TIRAGEM INTERCOSTAL – fisiologicamente observável em pessoas magras.
Mas, quando um obstáculo em uma via dificultando à passagem, ocorre o esforço
respiratório Retração respiratória dos espaços intercostais, supra-esternal, supraclavicular
(goo.gl/HVq4z9)
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B. PALPAÇÃO: traqueia, av. parede torácica, expansibilidade e frêmito (toracovocal e
brônquico).
TRAQUÉIA
Posicionar suavemente o dedo em um dos lados da traqueia (observa o espaço), em geral
apresenta discreta mobilidade;
Avalie quanto à consistência e tamanho.
AVALIAÇÃO DA PAREDE TORÁCICA
é realizada com a base palmar ou com a face ulnar da mão, que é posicionada contra o tórax
do paciente;
avaliar: presença de crepitações, dor na parede torácica (áreas hipersensíveis), tônus
muscular, presença de massas, edema e frêmito palpável.
EXPANSIBILIDADE TORÁCICA (Expansibilidade preservada bilateralmente)
• Examinador se coloca atrás do paciente. Iniciar pela base - ápice
• Colocar os polegares no mesmo nível e paralelo às 10 costelas, com a palma da mão
espalmada, solicite ao paciente que inspire profundamente: observar a divergência
dos polegares, a amplitude e simetria dos movimentos respiratórios.
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FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV) - “33”: é a transmissão da vibração do movimento do ar
através da parede torácica durante a fonação. (FTV uniformemente palpável bilateralmente).
Utilizar a parte óssea da palma das mãos para obter a sensibilidade vibratória dos ossos da
mão, a fim de detectar o frêmito. Pode ser utilizada apenas uma das mãos ou ambas (lados)
FRÊMITO BRÔNQUICO - é provocado pela vibração das secreções durante a respiração (fase
inspiratória e expiratória). Pode desaparecer, diminuir ou mudar de localização com a
mobilização das secreções (tosse, mudança de decúbito).
C. PERCUSSÃO: Determina se os tecidos estão cheios de ar, líquidos ou sólidos. Os sons
encontrados podem ser - claro pulmonar, hipersonoro, timpânico, maciço e submaciço.
- Técnica: Digito - digital (falanges distais do dedo médio);
- Percutir entre os espaços intercostais / Sempre comparar bilateralmente.
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SONS
Claro pulmonar - (som ressoante) - timbre grave e oco.
Hipersonoros – timbres intensos (indicam aumento do ar nos pulmões ou no espaço pleural) -
pneumotórax e no enfisema pulmonar.
Timpânico - oco, semelhante ao rufar de um tambor (indica caso de amplo pneumotórax).
Sons maciços e submaciço – indicam diminuição ou inexistência de ar no interior dos alvéolos.
Sons maciços são ruídos surdos e secos identificados normalmente sobre a coxa ou as
estruturas ósseas.
Submaciço são suaves, de alta frequência, como, por exemplo, na percussão sobre o fígado.
(indicam pneumonia, no derrame pleural e no tumor).
Som claro pulmonar Som claro pulmonar
Som maciço
Som maciço
Som claro pulmonar Som maciço
Som submaciço
Som submaciço
D. AUSCULTA - ouvir os ruídos torácicos com o diafragma do estetoscópio durante todo o ciclo
respiratório (inspiração e expiração).
*Preferencialmente com paciente sentado e tórax descoberto ou parcial
*Respirando com a boca entreaberta e profunda
*Mesma localização da Percussão
*Avaliar três elementos: características dos ruídos respiratórios, presença de ruídos
adventícios e característica da voz falada e sussurrada.
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*SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS: atuam na transmissão de vibrações produzidas pelo
movimento do ar, denominados: som traqueal, som brônquico, murmúrio vesicular e som
broncovesicular.
Som traqueal: auscultado nas áreas de projeção da traqueia, região supraesternal. Timbre
intenso, agudo e pouca qualidade sonora.
Som brônquico: auscultado nas áreas de projeção da traqueia. Timbre agudo, intenso e oco.
Murmúrio vesicular: auscultado em toda extensão do tórax, sendo mais intenso nas bases
pulmonares. Timbre grave e suave.
Som broncovesicular: é auscultado em condições normais, no: 1º e 2ª EIC no tórax anterior.
Murmúrio Murmúrio
Bronco
Vesicular Brônquico Vesicular
vesicular
Bronco
vesicular
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* RUÍDOS ADVENTÍCIOS: sons anormais.
Crepitações (estertores): são ruídos finos, homogêneos, de mesma altura, timbre e
intensidade, (esfregando-se uma mecha de cabelo contra os dedos, próximo ao ouvido),
ocorre quando há abertura súbita das pequenas vias aéreas contendo líquidos. São
auscultadas durante a inspiração.
Roncos: ocorrem em consequência da passagem de ar através de estreitos canais repletos de
líquidos/secreções. Ocorrem quando há grande produção de muco, são auscultados na fase
expiratória e podem desaparecer com a tosse.
Sibilos: ruídos musicais ou sussurrantes, decorrentes da passagem do ar por vias aéreas
estreitadas. São auscultados na inspiração e na expiração, e quando intensos, podem ser
audíveis sem estetoscópio.
Cornagem: respiração ruidosa devido à obstrução localizada na laringe e/ou na traquéia, ruído
intenso.
Vídeo Semiologia - Exame do aparelho respiratório:
goo.gl/K3MzUg – parte 1
goo.gl/SJWykJ – parte 2