INTRODUÇÃO À ECONOMIA
A economia é a ciência que estuda como as sociedades utilizam recursos escassos para
atender às suas necessidades e desejos. Analisa a produção, distribuição e consumo de
bens e serviços, bem como os comportamentos económicos individuais e coletivos.
A economia abrange diversos campos, como a microeconomia (que se concentra em
agentes individuais), a macroeconomia (que se concentra em questões económicas ao nível
de países ou regiões), e desempenha um papel fundamental na compreensão e na gestão
das questões financeiras e sociais.
Recursos Escassos/Limitados - referem-se aos fatores de produção limitados que estão
disponíveis numa economia para a produção de bens e serviços. Esses recursos escassos
são os elementos fundamentais que as empresas utilizam para criar produtos e que as
pessoas usam para atender às suas necessidades e desejos.
Bens Económicos - são bens que possuem características específicas que os tornam
escassos, ou seja, têm valor económico e estão sujeitos à lei da oferta e da procura.
Dilema da Economia
O dilema da economia consiste no fato de que, devido à escassez de recursos, as
sociedades e os indivíduos precisam fazer escolhas sobre como utilizar esses recursos
limitados para satisfazer suas necessidades e desejos. Isto envolve decisões sobre o que
produzir, como produzir e para quem produzir.
Até mesmo nos países desenvolvidos existem pessoas que não conseguem ter todas as
suas necessidades satisfeitas e mesmo as pessoas com as necessidades praticamente
satisfeitas, ambicionam sempre mais um bem ou serviço.
Para lidar com este dilema, a economia concentra-se em questões fundamentais, como
eficiência, equidade, utilização de recursos e distribuição de riqueza. Examina como a
produção e a distribuição de bens e serviços podem ser organizados de forma a maximizar
o bem-estar da sociedade, considerando as restrições da escassez de recursos.
Eficiência
Pela existência do dilema é necessário que a Economia faça o melhor uso dos seus
recursos limitados, ou seja realize uma gestão eficaz dos seus recursos.
Em economia, eficiência refere-se à capacidade de utilizar recursos de forma a maximizar a
produção de bens e serviços, de modo a que a sociedade atinja o maior nível de satisfação
possível a partir desses recursos escassos. Por outras palavras, a eficiência económica
envolve a obtenção do benefício máximo a partir dos recursos disponíveis.
A economia está a produzir eficientemente quando o bem-estar económico de um indivíduo
não pode aumentar sem prejudicar o bem estar do outro indivíduo.
Microeconomia
A microeconomia é um ramo da economia que se concentra no estudo do comportamento
económico de agentes individuais, como consumidores, empresas e mercados específicos.
Analisa como estes agentes tomam decisões relacionadas à utilização de recursos
escassos, a produção e o consumo de bens e serviços.
Macroeconomia
A macroeconomia é um ramo da economia que se concentra no estudo de questões
económicas ao nível de uma escala mais ampla, que abrange uma economia como um todo
ou regiões económicas. Em contraste com a microeconomia, que se concentra em agentes
individuais, a macroeconomia analisa tendências, comportamentos e fenómenos
económicos em grande escala.
A Economia como Ciência
Na economia é utilizada abordagem científica (observação + recolha e observação de dados
estatísticos e registos históricos).
Utiliza análises e teorias, o que permite realizar análises abrangentes e realiza análise
estatística dos dados (Econometria).
Contudo existem alguns erros (falácias) em que se pode cair.
Falácias do Pensamento Económico
As falácias do pensamento económico são erros comuns de raciocínio ou preconceitos que
podem levar a conclusões equivocadas ou à má compreensão de conceitos económicos. É
importante estar ciente destas falácias para uma análise económica mais precisa.
- Falácia do Post Hoc: Por se pensar que um acontecimento proceder outro, o primeiro
causou o segundo;
- Falha em manter todo o resto constante;
- Falácia da Composição: Quando se pensa que aquilo que se aplica à parte se aplica
ao todo.
Economia Positiva
A economia positiva é um ramo da economia que se concentra na descrição e explicação
objectiva dos fenómenos económicos da forma como são, sem emitir juízos de valor ou
fazer recomendações sobre o que deveria ser feito.
Todas as questões são resolvidas com recurso à análise e a dados empíricos.
Por outras palavras, a economia positiva preocupa-se em entender e analisar o que ocorre
na economia, sem fazer julgamentos morais ou normativos sobre determinados eventos.
Características da economia positiva:
- Baseada em fatos e evidências;
- Modelos e teorias;
- Descritiva e explicativa;
- Objetiva e imparcial;
- Testabilidade.
Economia Normativa
Concentra-se em fazer julgamentos de valor e recomendações sobre como a economia
deve funcionar. Procura descrever objetivamente como a economia opera. Está envolvida
em avaliações subjetivas e prescritivas sobre o que é desejável ou indesejável em termos
económicos.
Características da Economia Normativa:
- Julgamentos de Valor;
- Objetivos Sociais;
- Política Económica;
- Perspetiva Subjetiva;
- Debate Contínuo.
Três Problemas da Organização Económica
- O que produzir? - Qualquer sociedade tem que decidir quais os bens e serviços que
devem produzir e quantos devem produzir.
- Como produzir? - Quais as técnicas que devem utilizar para combinar os fatores de
produção disponíveis por forma a obter o output que desejam.
- Para quem produzir? - A quem é que os produtos e serviços se destinam.
Economia de Mercado
A economia de mercado é um sistema económico em que a produção, distribuição e preços
de bens e serviços são determinados principalmente pela interação da oferta e da procura
no mercado, com pouca intervenção do governo.
Neste sistema, os recursos são utilizados com base nas escolhas e decisões de
consumidores e empresas, em vez de serem centralmente planeados pelo governo.
Os indivíduos e as empresas privadas tomam decisões sobre a produção e consumo. O
sistema de preços, de mercados, de existência ou não de lucro, de incentivos determina a
resposta às três grandes questões.
Características da economia de mercado:
- Propriedade Privada;
- Livre Concorrência;
- Autonomia do Consumidor;
- Preços determinados pelo Mercado;
- Liberdade de Empreendedorismo;
- Mínima Intervenção Governamental;
A economia de mercado é frequentemente associada ao capitalismo, e muitas economias
ocidentais, como os Estados Unidos e países europeus, operam sob este sistema.
No entanto, é importante notar que a maioria das economias do mundo é uma mistura de
elementos de mercado e regulamentação governamental, conhecidas como economias de
mercado misto.
A economia de mercado tem a vantagem de incentivar a eficiência, a inovação e o
crescimento económico, mas também pode levar a desigualdades na distribuição de renda
e a questões sociais, o que muitas vezes requer intervenção governamental para correção.
A combinação de mercado e regulação varia de um país para outro, dependendo das
preferências políticas e culturais.
Economia de Direção Central
A economia de direção central, é um sistema económico em que o governo ou uma
autoridade centralizada assume o controlo de praticamente todos os aspetos da produção,
utilização de recursos, distribuição e tomada de decisões económicas.
Neste sistema, as forças do mercado não desempenham nenhum papel ou desempenham
um papel limitado na determinação de preços e na alocação de recursos.
O Estado toma todas as decisões de produção e repartição. O Estado tomava conta do
indivíduo desde o berço até à morte.
Características da Economia de Direção Central:
- Propriedade Estatal;
- Plano Centralizado;
- Utilização de Recursos Controlada;
- Falta de Concorrência;
- Objetivos Políticos e Sociais;
- Intervenção Governamental Significativa;
- Propaganda.
São exemplos de economias de direção central a antiga União Soviética, China, Cuba e a
Coreia do Norte.
Estes sistemas enfatizam o planeamento central e a propriedade estatal dos meios de
produção.
No entanto, muitos países que operam sob sistemas de economia mista também têm
setores controlados pelo Estado, particularmente em áreas como a saúde, a educação e a
infraestrutura.
A economia de direção central é criticada pela falta de incentivo à inovação, pela sua
ineficiência na utilização de recursos e falta de liberdade económica.
No entanto, os defensores deste sistema argumentam que este pode ser usado para
alcançar objetivos de igualdade social e controlo do governo sobre setores-chave da
economia. A eficácia e a viabilidade deste sistema continuam a ser tópicos de debate na
teoria económica e na política.
Fatores de Produção (Inputs)
Os fatores de produção, também conhecidos como inputs, são bens ou serviços utilizados
para a produção de outros bens e serviços numa economia. São os elementos essenciais
que as empresas combinam e utilizam para criar produtos ou serviços.
Os principais fatores de produção são tradicionalmente divididos em quatro categorias:
- Trabalho (Mão de Obra);
- Terra (Recursos Naturais);
- Capital;
- Tecnologia e Conhecimento.
Em várias análises económicas, é também considerado o empreendedorismo como uma
categoria separada dos principais fatores de produção. Os empreendedores desempenham
um papel crucial na organização dos outros fatores de produção, identificando
oportunidades de negócios, utilizando recursos e tomando riscos.
A combinação e a gestão eficiente destes fatores de produção são fundamentais para o
sucesso das empresas e da economia como um todo.
A teoria económica explora como estes fatores interagem, como são utilizados e como as
decisões sobre a produção são tomadas, com o objetivo de maximizar a eficiência e a
produção de bens e serviços.
A compreensão dos fatores de produção é essencial para a análise económica e a
formulação de políticas económicas.
Fronteira de Possibilidades de Produção
A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP), é um conceito fundamental na economia
que ilustra as combinações possíveis de dois bens ou tipos de produção que uma economia
pode alcançar, dadas as suas limitações de recursos e tecnologia num determinado
momento. A FPP é uma ferramenta gráfica que demonstra a escassez de recursos e as
escolhas enfrentadas por uma economia.
Alguns dos principais pontos relacionados à Fronteira de Possibilidades de Produção:
- Escassez de Recursos;
- Trade-Offs;
- Eficiência e Ineficiência;
- Deslocamento da FPP;
- Custo de Oportunidade;
- Casos Especiais;
A Fronteira de Possibilidades de Produção é uma ferramenta útil para analisar questões
económicas, como a utilização de recursos, o comércio internacional, a especialização e a
eficiência da produção.
Ajuda a ilustrar as limitações e as oportunidades enfrentadas por uma economia na tomada
de decisões sobre o que produzir e como utilizar os seus recursos de forma eficaz.
Qualquer um dos pontos sobre a FPP é possível e significa que se está a produzir o máximo
face aos recursos e tecnologia existentes, logo é um ponto em que temos pleno emprego
dos recursos e eficiência produtiva. O comportamento decrescente da FPP reflete a
escassez desses recursos: só é possível aumentar a produção de X, reduzindo a de Y, e
vice-versa.
Qualquer ponto exterior à FPP é impossível, nem os recursos nem a tecnologia permitem
produzir simultaneamente essa quantidade de X e Y. Um ponto interior é possível, significa
que a Economia se encontra a produzir aquém do máximo. Porquê? - Desemprego de
recursos ou ineficiência na utilização dos mesmos.
Ao longo do tempo, as FPP’s das sociedades vão sofrendo alterações, pois varia o nível de
recursos e há evolução da tecnologia. Dizemos que há progresso técnico quando com a
mesma quantidade de recursos se consegue produzir uma maior quantidade de output.
Assim, havendo aumento de recursos e/ou progresso técnico a FPP afasta-se da origem,
pois aumentam as possibilidades de produção dessa economia.
Havendo uma redução dos recursos disponíveis de uma economia, por exemplo, devido a
uma guerra ou catástrofe natural, a FPP recua, aproximando-se da origem.
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
A função de produção é um conceito fundamental na economia que descreve a relação
entre os inputs (fatores de produção) e a quantidade de bens ou serviços produzidos por
uma empresa ou uma economia.
Determina a quantidade máxima de produto que pode ser produzida com uma dada
quantidade de fatores de produção, dado o conhecimento técnico e a tecnologia utilizada.
É representada como a combinação de recursos produtivos, como trabalho, capital, terra e
tecnologia, resulta na produção de bens e serviços.
A produção de um qualquer bem necessita de fatores de produção.
A relação entre a quantidade necessária de fatores de produção e a quantidade de output
que pode ser obtida é designada de função de produção.
Samuelson: “determina a quantidade máxima de produto que pode ser produzida com uma
dada quantidade de fatores de produção” dado o conhecimento técnico e a tecnologia
utilizada.
A função de produção é geralmente expressa na forma de uma equação matemática que
relaciona os recursos (inputs) e a produção (output). Pode ser representada de diversas
maneiras, dependendo do contexto económico e das suposições feitas. No entanto, uma
forma comum de representação é a seguinte:
Quantidade de Produto = f(Trabalho, Recursos Naturais, Capital, Tecnologia)
Principais características da função de produção:
- Tecnologia e Eficiência: A função de produção reflete a tecnologia disponível e a
eficiência com que os insumos são combinados para produzir bens e serviços.
Mudanças na tecnologia ou na eficiência podem afetar a forma e o comportamento
da função de produção.
- Retornos Decrescentes: Uma característica comum das funções de produção é a
existência de retornos decrescentes, o que significa que, à medida que mais insumos
são adicionados, a produção adicional aumenta a taxas cada vez menores.
- Substituibilidade dos Inputs: A função de produção pode variar dependendo da
substituibilidade dos insumos. Em alguns casos, o trabalho e o capital podem ser
substituídos uns pelos outros, enquanto em outros casos eles são complementares.
- Economias de Escala: A função de produção também pode refletir economias de
escala, onde a produção média por unidade de insumo aumenta à medida que a
produção total aumenta.
- Análise de Custos: A função de produção é fundamental na análise de custos de
produção, pois está diretamente relacionada à quantidade de insumos necessária
para produzir uma determinada quantidade de bens ou serviços.
A função de produção é uma ferramenta essencial na teoria económica e na gestão
empresarial, permitindo entender como os recursos são utilizados na produção, como
otimizar a alocação de recursos e como planejar a produção de forma eficiente.
Desempenha um papel central na análise económica e na tomada de decisões de produção.
PRODUTIVIDADE
A produtividade é um conceito central na economia e na gestão de negócios e refere-se à
relação entre a quantidade de produção (ou saída) e a quantidade de insumos (ou recursos)
utilizados na produção. Em termos mais simples, a produtividade mede a eficiência com
que os recursos são usados para gerar bens ou serviços.
Aqui estão alguns pontos-chave relacionados à produtividade:
Fórmula de Produtividade: A produtividade pode ser calculada de várias maneiras, mas uma
fórmula comum é a seguinte:
Produtividade = Outputs (Produção) / Inputs (Recursos)
Tipos de Produtividade:
Existem várias medidas de produtividade, incluindo produtividade do trabalho, produtividade
do capital, produtividade total dos fatores (PTF) e outras. Cada uma concentra-se na
eficiência de diferentes recursos em processos de produção.
Aumento da Produtividade:
Aumentar a produtividade é uma meta comum nas empresas e na economia, pois leva a
uma melhor alocação de recursos e ao crescimento econômico. Isso pode ser alcançado
por meio de automação, treinamento da força de trabalho, inovação tecnológica e outras
práticas de gestão.
Relação com Custos:
A produtividade está relacionada aos custos de produção. Um aumento na produtividade
pode levar a uma redução nos custos unitários, tornando os produtos ou serviços mais
competitivos no mercado.
Medição e Avaliação:
A medição da produtividade é fundamental para avaliar o desempenho das empresas e
economias. É comum comparar a produtividade ao longo do tempo e entre diferentes
empresas ou setores.
Fatores Determinantes:
Vários fatores podem influenciar a produtividade, incluindo tecnologia, capital, treinamento
da mão de obra, organização do trabalho e gestão eficaz.
Produtividade e Crescimento Económico:
A produtividade desempenha um papel crítico no crescimento econômico. O aumento da
produtividade permite que uma economia produza mais bens e serviços com os mesmos
recursos, resultando em maior riqueza e bem-estar.
Desafios da Produtividade:
Melhorar a produtividade pode ser um desafio, e muitos setores e países enfrentam
questões relacionadas à estagnação da produtividade. Encontrar maneiras de aumentar a
produtividade continua sendo um objetivo importante em economias em todo o mundo.
A produtividade é um indicador-chave da eficiência económica e da capacidade de uma
empresa ou economia em transformar recursos em resultados desejados.
Desempenha um papel crucial na formulação de políticas económicas e na gestão de
negócios, pois pode afetar significativamente a competitividade e o desempenho
económico.
São necessárias medidas, com base na função de produção, e podemos calcular:
- Produto Médio;
- Produto Marginal;
- Produto Total.
Produto Médio
O produto médio é um conceito económico que se refere à quantidade média de produção
gerada por unidade de um fator de produção (como trabalho ou capital) durante um
determinado período de tempo. É uma medida importante na análise da produtividade e
eficiência da produção.
Fórmula para calcular o produto médio:
Produto Médio = Produção Total / Quantidade de Recursos Utilizado
- Medida de Eficiência: O produto médio é uma medida que ajuda a avaliar a eficiência
da produção. Indica a quantidade média de produção que cada unidade de um
recurso específico contribui para a produção total.
- Interpretação: Um produto médio superior a 1 indica que, em média, cada unidade do
recurso contribui para uma produção superior à unidade, o que é considerado
eficiente. Se o produto médio for inferior a 1, significa que cada unidade de recurso
está a contribuir para uma produção inferior à unidade, o que pode indicar
ineficiência.
- Variação ao Longo do Tempo: O produto médio pode variar ao longo do tempo à
medida que a produção e a utilização de recursos mudam. Pode aumentar à medida
que a produção se torna mais eficiente ou diminuir se a produção for mal gerida ou
se houver subutilização de recursos.
- Relação com o Produto Marginal: O produto médio está relacionado ao produto
marginal, que é a mudança na produção que ocorre quando uma unidade adicional
do recurso é utilizada. Quando o produto marginal é maior que o produto médio, o
produto médio tende a aumentar. Quando o produto marginal é menor que o produto
médio, o produto médio tende a diminuir.
- Aplicação na Teoria da Produção: O produto médio é um conceito importante na
teoria da produção e é usado para tomar decisões sobre o nível ótimo de utilização
de insumos, a alocação de recursos e a otimização da produção.
O produto médio é uma ferramenta essencial na análise da produtividade e da eficiência na
produção de bens e serviços. É usado em diversos campos, desde a economia até a gestão
de negócios, para avaliar o desempenho da produção e tomar decisões informadas sobre o
uso de recursos produtivos.
Produto Marginal
O produto marginal é um conceito fundamental na economia e se refere à mudança na
produção total que ocorre quando uma unidade adicional de um fator de produção (como
trabalho ou capital) é utilizada, mantendo todos os outros fatores constantes. É uma medida
crítica para entender como o aumento ou a diminuição na utilização de insumos afeta a
produção.
A fórmula para calcular o produto marginal:
Produto Marginal = ΔProdução / ΔQuantidade de Insumo Utilizado
Medida de Acréscimo: O produto marginal é uma medida do acréscimo na produção
resultante da adição de uma unidade adicional do insumo em questão. Ele indica a
mudança na produção que ocorre quando se contrata mais um trabalhador, compra um
equipamento adicional, etc.
Interpretação: Quando o produto marginal é positivo, isso indica que a produção está a
aumentar à medida que mais recursos são utilizados, o que é geralmente considerado
eficiente. Quando o produto marginal é negativo, indica que a produção está a diminuir, o
que pode sugerir que os recursos estão a ser sobreutilizados ou que a produção está a
ocorrer numa escala inadequada.
Produto Marginal Decrescente: A lei do produto marginal decrescente afirma que, à medida
que mais unidades de um recurso são utilizadas, o produto marginal tende a diminuir. Isso
ocorre porque, num cenário normal, os recursos não são perfeitamente substituíveis, e à
medida que mais unidades de um recurso são adicionadas, podem ocorrer diminuições na
eficiência.
Relação com o Produto Médio: Quando o produto marginal é maior que o produto médio, o
produto médio tende a aumentar, e quando o produto marginal é menor que o produto
médio, o produto médio tende a diminuir.
Tomada de Decisões Empresariais: As empresas geralmente procuram maximizar os lucros,
e uma maneira de fazer isso é ajustar a quantidade de recursos utilizados de acordo com o
produto marginal. Quando o produto marginal é positivo e maior que o custo do recurso
adicional, faz sentido aumentar a produção.
O produto marginal é um conceito fundamental na análise econômica e na gestão de
negócios, pois ajuda a determinar como otimizar a utilização de recursos produtivos para
alcançar os objetivos desejados, como maximizar lucros ou eficiência de produção.
Produto Total
O produto total, frequentemente abreviado como PT, é uma medida na economia que
representa a quantidade total de bens ou serviços produzidos por uma empresa, indústria
ou economia em um determinado período de tempo. É uma medida fundamental que reflete
a capacidade de produção e o desempenho de uma organização ou de uma economia como
um todo.
Fórmula básica para calcular o produto total:
Produto Total (PT) = Quantidade de Recursos Utilizados x Produtividade
Onde:
- Quantidade de Recursos Utilizados: Refere-se à quantidade de recursos produtivos,
como trabalho, capital, terra, etc., utilizados na produção.
- Produtividade: Representa a eficiência com que os recursos são utilizados para
gerar a produção.
Medida da Produção: O produto total é uma medida da produção total gerada em um
determinado período de tempo. Reflete a quantidade agregada de bens ou serviços
produzidos.
Interpretação: O produto total pode ser interpretado como o resultado da combinação de
recursos produtivos para produzir bens ou serviços. Um aumento no produto total indica
que se está a produzir mais, enquanto que uma diminuição indica o oposto.
Desempenho da Empresa: As empresas usam o produto total para avaliar o seu
desempenho e eficiência na produção. Aumentar o produto total geralmente é um objetivo,
pois pode levar a maiores receitas e lucros.
Variação ao Longo do Tempo: O produto total pode variar ao longo do tempo, devido a
mudanças na utilização de recursos, inovações tecnológicas, mudanças nas preferências
dos consumidores e outras variáveis.
Medição na Economia: A nível macroeconómico, o produto total de uma economia é referido
frequentemente como o Produto Interno Bruto (PIB), que é a medida da produção total de
bens e serviços numa economia durante um determinado período.
O produto total desempenha um papel fundamental na análise económica, na gestão de
empresas e na avaliação do desempenho económico de uma nação.
Lei dos Rendimentos Decrescentes
A Lei dos Rendimentos Decrescentes acontece quando existe um fator produtivo variável
(cujas unidades de fator vão aumentando) e existem um ou mais fatores produtivos fixos
(os fatores que permanecem inalterados) durante a produção.
Estamos perante a lei quando: o produto marginal de cada unidade de factor de produção
diminui com o aumento da quantidade utilizada desse fator, mantendo-se todos os outros
fatores constantes.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes, também conhecida como Lei da Produtividade
Marginal Decrescente, é um conceito importante na economia que descreve a relação entre
a adição de unidades adicionais de um fator de produção (como trabalho ou capital) e o
aumento na produção total.
A lei estabelece que, mantendo-se os outros fatores constantes, à medida que mais
unidades de um fator produtivo são adicionadas, a produtividade marginal desse fator tende
a diminuir. Por outras palavras, cada unidade adicional do fator produtivo contribui menos
para o aumento da produção do que a unidade anterior.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes pode ser resumida da seguinte forma:
1. À medida que uma empresa ou produtor aumenta a quantidade de um fator de
produtividade específico, como a contratação de mais trabalhadores, a produtividade
marginal desse fator começa a diminuir.
2. Isso ocorre porque os recursos não são perfeitamente substituíveis e a produção
pode atingir um ponto de capacidade máxima.
3. A diminuição da produtividade marginal reflete que, à medida que mais unidades de
um fator são adicionadas, os recursos existentes podem ficar mais sobrecarregados,
e a eficiência da produção pode diminuir.
4. A Lei dos Rendimentos Decrescentes é uma das razões pelas quais as empresas
precisam tomar decisões sobre a gestão eficiente de recursos e fatores para
otimizar a produção.
Esta lei é um conceito-chave na teoria da produção e na gestão de negócios.
Ajuda as empresas a entender o equilíbrio ideal entre a utilização de recursos e a produção
para maximizar os lucros.
É importante referir que a aplicação desta lei pode variar dependendo do contexto, do setor
e das circunstâncias específicas de cada empresa.
RENDIMENTOS À ESCALA
Os rendimentos à escala, também conhecidos como retornos à escala, são um conceito
importante na economia que descreve a relação entre a alteração na escala de produção de
uma empresa ou economia e a mudança correspondente na produção total.
Os rendimentos à escala refletem como a produção aumenta, diminui ou permanece
constante quando todos os fatores de produção (como trabalho, capital e tecnologia) são
aumentados em proporções iguais.
Existem três tipos de rendimentos à escala:
- Rendimentos Constantes à Escala: Verificam-se quando uma variação de todos os
fatores produtivos leva a uma variação proporcional da produção total. Exemplo:
Se os fatores produtivos duplicarem, a produção total também duplicará. Este tipo de
rendimentos caracteriza o setor de serviços.
- Rendimentos Crescentes à Escala: Ocorrem quando uma variação de todos os
fatores produtivos leva a uma variação mais que proporcional da produção total.
Exemplo: Um aumento dos fatores produtivos em 20%, fará aumentar a produção
total em mais de 20%. A indústria de uma forma geral é caracterizada por este tipo
de rendimentos.
- Rendimentos Decrescentes à Escala: Ocorrem quando uma variação de todos os
fatores produtivos leva a uma variação menos que proporcional da produção total.
Exemplo: Um aumento de 30% nos fatores produtivos, terá como resultado um
aumento da produção total em menos de 30%. A produção agrícola e as indústrias
extrativas apresentam este tipo de rendimentos.
A compreensão dos rendimentos à escala é fundamental para a análise da produção e para
as decisões de negócios.
As empresas necessitam de considerar a relação entre os fatores produtivos e a produção
para otimizar a sua operação e maximizar os lucros.
Além disso, os rendimentos à escala desempenham um papel importante na formulação de
políticas económicas e na análise de tendências económicas ao nível de país ou região. São
também relevantes na avaliação de setores específicos da economia.
CUSTOS DE PRODUÇÃO
A produção de um bem ou serviço implica a utilização de processos produtivos. As
empresas têm de pagar para adquirirem os inputs necessários à produção, suportando
assim as empresas os chamados custos de produção.
Os custos de produção são influenciados pelos preços dos fatores produtivos:
- Preços mais elevados dos fatores produtivos implicam custos de produção também
mais elevados;
- Preços mais baixos dos fatores produtivos implicam custos de produção menores.
Os custos de produção são despesas incorridas por uma empresa na fabricação de bens ou
na prestação de serviços. Representam o gasto de recursos, como trabalho, capital,
matérias-primas, energia e outros fatores, para criar produtos ou oferecer serviços.
Os custos de produção podem ser divididos em várias categorias, incluindo:
- Custos Fixos (CF): Custos que não variam com o nível de produção ou de vendas.
Permanecem constantes, independentemente de a empresa produzir um ou milhares
de unidades de produto. Exemplos de custos fixos incluem aluguer de instalações,
depreciação de ativos, seguros e salários da equipa de gestão.
- Custos Variáveis (CV): Custos que variam em proporção direta com a produção ou o
volume de vendas. À medida que a produção aumenta, os custos variáveis também
aumentam. Exemplos: Matérias-Primas, mão de obra de produção direta e despesas
com embalagens.
- Custos Totais (CT): Soma dos custos fixos e dos custos variáveis. Representam o
custo total de produção para uma determinada quantidade de produtos ou serviços.
- Custos Médios (CM): Medida dos custos por unidade de produção e podem ser
divididos em dois tipos:
- Custo Médio Total (CMT): divisão dos custos totais pelo número de unidades
produzidas e
- Custo Médio Variável (CMV): divisão dos custos variáveis pelo número de
unidades produzidas.
- Custo Marginal (CMg): Representa a mudança nos custos totais que ocorrem ao
produzir uma unidade adicional de produto. É calculado como a diferença entre os
custos totais de produção com uma unidade a mais e os custos totais sem essa
unidade adicional. O custo marginal é importante para a tomada de decisões sobre a
quantidade ideal a ser produzida.
- Custos Diretos e Indiretos: Os custos diretos estão diretamente associados à
produção de um produto específico e podem ser atribuídos diretamente ao mesmo.
Os custos indiretos (ou custos fixos) não podem ser atribuídos diretamente a um
produto específico e afetam toda a operação da empresa.
A análise dos custos de produção é essencial para a determinação de preços de venda,
avaliação do lucro, planeamento de produção e gestão financeira.
Com base nos custos de produção, as empresas podem calcular margens de lucro,
determinar os pontos de equilíbrio e tomar decisões estratégicas para otimizar a operação.
Os custos de produção são também influenciados pela tecnologia. Uma melhoria
tecnológica permite à empresa produzir na mesma quantidade de produto com menos
fatores produtivos, diminuindo assim os custos de produção, ou produzir mais output com
os mesmos fatores.
Custos de Produção e Horizonte Temporal
Nas decisões relacionadas com a produção podemos distinguir dois períodos de tempo:
- O curto prazo, período em que se pode alterar os fatores produtivos variáveis, mas
não os fatores produtivos fixos. Assim existem fatores produtivos fixos e variáveis. O
que se traduz em custos fixos e custos variáveis.
- No longo prazo, todos os fatores produtivos podem ser ajustados, os fatores
produtivos fixos e variáveis podem ser alterados conforme as necessidades e os
objetivos a atingir. No longo prazo todos os custos são variáveis.
Custo Total
O custo total (CT) é uma medida dos gastos totais incorridos por uma empresa na produção
de bens ou na prestação de serviços durante um determinado período de tempo.
O custo total representa a soma de todos os custos associados à operação da empresa,
incluindo custos fixos e custos variáveis.
Esta medida é fundamental para a gestão de negócios e a avaliação da eficiência e
rentabilidade das operações.
Fórmula de cálculo do Custo Total:
Custo Total (CT) = Custo Fixo Total (CFT) + Custo Variável Total (CVT)
- Custo Fixo Total (CFT): São despesas que não variam com a quantidade de
produção ou o volume de vendas. Permanecem relativamente constantes,
independentemente do nível de atividade da empresa. Exemplos: aluguer, salários de
funcionários administrativos, depreciação de ativos, seguros e juros de
empréstimos.
- Custo Variável Total (CVT): São despesas que variam diretamente com o volume de
produção ou vendas. Aumentam à medida que a empresa produz mais unidades.
Exemplos: matérias-primas, mão de obra direta de produção, custos de embalagem
e comissões de vendas.
Análise de Custos: O cálculo do custo total é essencial para a análise de custos em uma
empresa. Com base no custo total, as empresas podem calcular o custo médio, o custo
marginal e determinar o impacto dos custos na rentabilidade.
Tomada de Decisões: O custo total é usado para a tomada de decisões estratégicas, como a
definição de preços de venda, a avaliação da rentabilidade de produtos ou serviços, a
determinação do ponto de equilíbrio (o nível de produção em que as receitas igualam os
custos) e a análise de projetos de investimento.
Gestão de Custos: A gestão eficaz dos custos é fundamental para a rentabilidade e a
sobrevivência de uma empresa. Isso envolve o controle e a otimização de custos fixos e
variáveis para alcançar a eficiência operacional.
Escalabilidade: O custo total pode variar com o nível de produção. À medida que a produção
aumenta, o custo total pode aumentar ou diminuir, dependendo dos custos fixos e variáveis
envolvidos. Compreender essa dinâmica é fundamental para a gestão de crescimento de
uma empresa.
MERCADO
Em economia, o termo "mercado" refere-se a um ambiente ou instituição onde compradores
e vendedores interagem para realizar transações económicas.
É um conceito central na teoria económica e descreve o local ou o sistema pelo qual bens e
serviços são trocados entre diferentes participantes.
Alguns aspectos essenciais do conceito de mercado na economia:
- Local de Troca: O mercado é um local físico ou virtual onde as transações
econômicas ocorrem. Isso pode incluir espaços físicos como mercados tradicionais,
shoppings, feiras, ou plataformas online, como sites de comércio eletrônico.
- Interação entre Compradores e Vendedores: No mercado, compradores e
vendedores se encontram para realizar trocas. Os compradores procuram adquirir
bens ou serviços, enquanto os vendedores procuram comercializar e vender seus
produtos.
- Preço e Quantidade: As transações de mercado envolvem a determinação de preços
e quantidades. A interação entre oferta e demanda influencia os preços, e a
quantidade de bens ou serviços transacionados é determinada pelo equilíbrio entre
oferta e demanda.
- Competição: A presença de múltiplos compradores e vendedores cria um ambiente
competitivo no mercado. A competição pode afetar os preços, a qualidade dos
produtos e a inovação.
- Oferta e Procura: A procura representa a quantidade de um bem ou serviço que os
consumidores estão dispostos a adquirir a diferentes preços, enquanto que a oferta
representa a quantidade que os produtores estão dispostos a fornecer a diferentes
preços. O equilíbrio entre oferta e procura determina os preços de mercado.
- Segmentação de Mercado: Mercados podem ser segmentados com base em
diversos critérios, como geografia, demografia, comportamento do consumidor, entre
outros. A segmentação ajuda a entender melhor as características e necessidades
específicas de diferentes grupos de consumidores.
- Instituições Financeiras: Numa perspectiva mais abrangente, o termo "mercado"
também é usado para descrever instituições financeiras, como o mercado de ações,
mercado de câmbio, mercado de commodities, onde instrumentos financeiros são
comprados e vendidos.
- Informação: A eficiência do mercado depende da disponibilidade e qualidade da
informação. Mercados eficientes têm informações amplamente disponíveis,
permitindo que os participantes tomem decisões informadas.
- Intervenção Governamental: Nalguns casos, os governos podem intervir nos
mercados para corrigir falhas de mercado, regular práticas comerciais ou promover
objetivos sociais.
Os mercados desempenham um papel crucial na alocação de recursos em uma economia.
São fundamentais para a operação do sistema econômico e para a coordenação entre as
atividades de produtores e consumidores.
Diferentes tipos de mercados, como mercados de bens de consumo, mercados financeiros
e mercados de trabalho, coexistem em uma economia complexa, desempenhando papéis
distintos na facilitação das transações económicas.
FUNÇÃO DA PROCURA
A função da procura, também conhecida como curva da procura, representa a relação entre
o preço de um bem ou serviço e a quantidade procurada por consumidores. Por outras
palavras, mostra como a quantidade procurada de um bem varia em resposta a mudanças
no seu preço.
Geralmente, a lei da procura afirma que, mantendo-se outros fatores constantes, a
quantidade de procura de um bem diminui à medida que seu preço aumenta e aumenta à
medida que seu preço diminui.
Esta relação inversa entre preço e quantidade é capturada pela função da procura.
A lei da procura com inclinação negativa: se o preço de um bem aumenta, mantendo-se o
restante constante, os compradores tendem a consumir uma menor quantidade desse bem.
Por duas razões:
- Efeito Substituição: Quando o preço de um bem aumenta, será substituído por
outros produtos semelhantes, que satisfazem o mesmo tipo de necessidade
(exemplo: Óleo e Azeite).
- Efeito Rendimento: Quando o preço de um bem aumenta ficamos com menos
possibilidade de comprarmos as mesmas quantidades que comprávamos com
preço anterior.
Determinantes da Procura
- Rendimento Médio dos Consumidores;
- Dimensão do Mercado;
- Preços de Bens Relacionados (Bens Substitutos, Bens Complementares);
- Gostos e Preferências
- Influências Específicas.
Curva da Oferta
- À relação entre a quantidade oferecida de um bem e o respetivo preço e o respetivo
preço, permanecendo tudo o resto constante, chamamos função oferta.
- A oferta mostra a quantidade do bem que os produtores/vendedores desejam vender
para cada nível do preço.
- É uma função crescente do preço, pois quanto mais elevado for o preço maior a
quantidade oferecida.
- A curva da oferta é crescente, mostra a relação positiva entre o preço e a quantidade
oferecida.
- A curva da oferta tem inclinação positiva, devido à lei dos rendimentos marginais
decrescentes.
Determinantes da Oferta
- Tecnologia;
- Preço dos fatores produtivos;
- Preço dos bens relacionados;
- Política do Governo;
- Influências Específicas.
ELASTICIDADE
Elasticidade Preço-Procura
A elasticidade preço-procura é uma medida que avalia como a quantidade procurada de um
bem ou serviço responde a uma mudança percentual no preço desse bem ou serviço.
A fórmula geral da elasticidade preço-procura é dada por:
%∆𝑄𝑑
𝐸𝑑 =
%∆𝑃
Onde:
- ( 𝐸𝑑 ) é a elasticidade preço-procura;
- ( %∆𝑄𝑑 ) é a mudança percentual na quantidade procurada;
- ( %∆𝑃 ) é a mudança percentual no preço.
A interpretação da elasticidade preço-procura é crucial e pode ser classificada em três
categorias principais:
- Elasticidade Perfeitamente Inelástica (𝐸𝑑 = 0): A quantidade procurada não muda,
independentemente da mudança no preço. A curva da procura é vertical.
- Elasticidade Inelástica (0 < |𝐸𝑑| < 1): A quantidade procurada responde menos do
que proporcionalmente à mudança no preço. A elasticidade é inelástica.
- Elasticidade Elástica (|𝐸𝑑| > 1): A quantidade procurada responde mais do que
proporcionalmente à mudança no preço. A elasticidade é elástica.
Em termos práticos:
- Se 𝐸𝑑 > 1: O bem é elástico. Uma redução no preço aumentará a receita total, e um
aumento no preço diminuirá a receita total.
- Se 0 < 𝐸𝑑< 1: O bem é inelástico. Uma redução no preço diminuirá a receita total, e
um aumento no preço aumentará a receita total.
- Se 𝐸𝑑 = 1: O bem tem elasticidade unitária. A receita total permanece constante,
independentemente de mudanças no preço.
A elasticidade preço-procura é uma ferramenta essencial para as empresas entenderem
como as mudanças nos preços afetam a procura pelos seus produtos, o que pode
influenciar as estratégias de precificação e as projeções de receita.
Procura Elástica:
- Quando a procura é elástica significa por exemplo que um aumento de 10% nos
preços tem como resultado uma diminuição na quantidade procurada em 15%.
- Considerando a receita total do produtor (preço x quantidade), se a procura é
elástica, um aumento dos preços, conduz a uma diminuição da receita total do
produtor.
Procura Inelástica:
- Quando a procura é inelástica significa por exemplo que um aumento de 10% nos
preços tem como resultado uma diminuição na quantidade procurada em 8%.
- Considerando a receita total do produtor (preço x quantidade), se a procura é
inelástica, um aumento dos preços, conduz a um aumento da receita total do
produto.
Procura Unitária:
- Quando a procura tem elasticidade unitária significa por exemplo que um aumento
de 10% nos preços tem como resultado uma diminuição na quantidade procurada
em 10%.
- Considerando a receita total do produtor (preço x quantidade), se a procura é
unitária, um aumento dos preços,não tem qualquer efeito na receita total.
Casos Extremos de Elasticidade:
- Procura Perfeitamente Elástica: Neste caso a percentagem de variação do preço é
nula, a quantidade procurada é infinita para o preço como tal a elasticidade é infinita.
- Procura Perfeitamente Rígida: Neste caso a percentagem de variação da quantidade
procurada é nula e como tal o valor da elasticidade é também zero. Não há qualquer
variação da quantidade procurada perante alterações no preço.
Fatores que Influenciam a Elasticidade Preço-Procura
A elasticidade preço-procura é influenciada por diversos fatores que determinam a
sensibilidade dos consumidores às mudanças nos preços.
Aqui estão alguns dos principais fatores que afetam a elasticidade preço-procura:
- Disponibilidade de Substitutos: Quanto mais substitutos disponíveis para um bem
ou serviço, maior a probabilidade de a procura ser elástica. Se os consumidores
podem facilmente trocar para alternativas quando o preço aumenta, a elasticidade
será maior.
- Necessidade ou Luxo: Bens considerados necessidades essenciais, como alimentos
básicos e medicamentos, tendem a ter procura menos elástica, pois os
consumidores são menos sensíveis a mudanças nos preços desses itens
essenciais. Bens de luxo, por outro lado, geralmente têm uma procura mais elástica.
- Horizonte de Tempo: No curto prazo, os consumidores podem ter menos opções
para reagir a mudanças nos preços, resultando em uma procura menos elástica. No
longo prazo, os consumidores têm mais flexibilidade para ajustar seus
comportamentos e hábitos de consumo, tornando a procura mais elástica.
- Proporção da Renda Gasta: Se um bem representa uma grande proporção da renda
de um consumidor, mudanças nos preços desse bem terão um impacto mais
significativo na procura, tornando-a mais elástica.
- Natureza da Necessidade: Bens que são considerados essenciais para a
sobrevivência, como alimentos básicos, podem ter uma procura menos elástica, pois
os consumidores têm poucas alternativas para esses itens.
- Possibilidade de Adiamento: Se os consumidores podem adiar a compra de um bem
sem enfrentar grandes consequências, a procura por esse bem pode ser mais
elástica.
- Hábito do Consumidor: Produtos ou serviços que estão enraizados nos hábitos dos
consumidores podem ter uma procura menos elástica, pois os consumidores podem
ser menos propensos a mudar seus comportamentos de compra.
- Diferenciação do Produto: Se um produto é altamente diferenciado e único, os
consumidores podem ter menos opções substitutas, tornando a procura menos
elástica.
Compreender estes fatores é essencial para as empresas ao ajustarem as suas estratégias
de precificação e preverem como as mudanças nos preços afetarão a procura pelos seus
produtos ou serviços.
Paradoxo da Boa Colheita
A existência de elasticidades procura preço, baixas nos produtos agrícolas leva a que exista
nos mercados agrícolas, a situação do paradoxo da boa colheita.
A intervenção do Estado nos mercados agrícolas na diminuição da produção leva a um
aumento da receita do produtor.
UTILIDADE E COMPORTAMENTO DE CONSUMIDOR
O consumidor ao utilizar determinado bem ou serviço tem como objetivo satisfazer
necessidades.
O benefício ou satisfação que uma pessoa tem de um bem ou serviço em economia
chama-se Utilidade.
Comportamento do Consumidor:
- Preferências: Os consumidores têm preferências diferentes por bens e serviços. A
teoria das preferências do consumidor procura explicar como os consumidores
fazem escolhas entre diferentes cestas de bens para maximizar sua utilidade.
- Restrição Orçamental: Os consumidores enfrentam restrições financeiras e
precisam fazer escolhas dentro dessas restrições. A restrição orçamentária mostra
as combinações de bens que um consumidor pode comprar com um orçamento
limitado.
- Curva de Indiferença: Representa as combinações de bens e serviços que
proporcionam a um consumidor o mesmo nível de satisfação ou utilidade. A
inclinação negativa da curva de indiferença reflete a taxa marginal de substituição
entre os bens.
- Maximização da Utilidade: Os consumidores procuram alocar o seu orçamento de
modo a maximizar a sua utilidade total, escolhendo a combinação de bens que os
coloca na curva de indiferença mais alta possível, dado seu orçamento.
- Efeito Renda e Efeito Substituição: Mudanças nos preços dos bens têm dois efeitos:
o efeito renda, que ocorre devido a mudanças no poder de compra, e o efeito
substituição, que ocorre devido a mudanças nas taxas marginais de substituição
entre bens.
- Curva da Procura: Representa a relação inversa entre o preço de um bem e a
quantidade demandada, refletindo o comportamento dos consumidores diante de
mudanças nos preços.
A utilidade é um conceito fundamental na teoria económica que se refere à satisfação ou
benefício que um consumidor obtém ao consumir um bem ou serviço. O comportamento do
consumidor é influenciado pela procura pela maximização da utilidade, dadas as restrições
orçamentais e as preferências individuais.
Utilidade:
- Utilidade Total: É o benefício ou a satisfação que um consumidor tem quando
consome a totalidade dos bens ou serviços. A utilidade total aumenta na medida em
que aumenta o consumo de bens ou serviços.
- Utilidade Marginal: É o acréscimo de satisfação que se tem quando se consome
uma unidade adicional de um bem ou serviço. À medida que o consumo aumenta, a
utilidade marginal decresce.
- Lei da Utilidade Marginal Decrescente: Quando uma pessoa consome uma unidade
adicional de um bem, a utilidade marginal diminui. As primeiras unidades
consumidas de um bem proporcionam uma maior satisfação aos consumidores do
que as últimas unidades consumidas.
Supondo que um consumidor durante um fim de semana decide ver 5 filmes. Apresentando
a satisfação numa escala de (0-50), no quadro abaixo:
QUANTIDADE UTILIDADE TOTAL UTILIDADE MARGINAL
0 0 0
1 50 50
2 88 38
3 121 33
4 150 29
5 175 25
Lei da Procura Decrescente:
- Uma vez que a satisfação vai diminuindo à medida que o consumo aumenta, o preço
que os consumidores estão dispostos a pagar pelo bem também vai diminuir.
- Assim a utilidade marginal decrescente constitui o terceiro fator explicativo da
procura decrescente.
- A procura é decrescente devido:
- Efeito Substituição;
- Efeito Rendimento;
- Utilidade Marginal Decrescente.
Maximização da Utilidade Total:
- O objetivo de qualquer consumidor é obter o máximo de satisfação com os bens que
consome. Assim um consumidor vai tentar maximizar a sua utilidade total;
- Para maximizar a utilidade o indivíduo vai ter que escolher um conjunto de bens do
seu cabaz de bens que cumprem esta função;
- Conhecendo os preços dos n bens que compõem o cabaz de compras de um
determinado consumidor, a condição para que ele maximize a sua utilidade, isto é, a
satisfação que esse consumo lhe proporciona é:
𝑈𝑀𝐵𝑒𝑚 1 𝑈𝑀𝐵𝑒𝑚 2 𝑈𝑀𝐵𝑒𝑚 𝑛
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 1
= 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 2
= 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑛
- O consumidor maximiza assim a sua utilidade total quando a utilidade marginal por
unidade monetária é igual para todos os bens;
- Se eventualmente esta igualdade não se verificar o consumidor está em
desequilíbrio e tem tendência para ajustar o seu consumo;
- Supondo que apenas existem dois bens, 1 e 2, no cabaz de compras do consumidor
e que se verifica esta desigualdade:
𝑈𝑀𝐵𝑒𝑚 1 𝑈𝑀𝐵𝑒𝑚 2
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 1
> 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 2
Paradoxo do Valor
- Quanto mais abundante for um bem, menor é o desejo relativo da sua última
unidade.
- A existência de grandes quantidades de um bem faz com que exista uma descida
das utilidades marginais para níveis muito baixos.
Excedente do Consumidor
O excedente do consumidor é um conceito económico que representa a diferença entre o
valor que os consumidores estão dispostos a pagar por um bem ou serviço e o valor que
realmente pagam. Mede o benefício líquido que os consumidores obtêm ao participar de
transações de mercado.
Mostra o facto de estarmos dispostos a pagar um preço mais elevado pelas primeiras
unidades consumidas, mas efetivamente pagarmos todas as unidades ao mesmo preço e
isto se refletir num ganho para o consumidor.
Interpretação do excedente do consumidor:
- Se um consumidor está disposto a pagar mais por um bem ou serviço do que o
preço de mercado, obtém um excedente do consumidor positivo.
- Se um consumidor paga menos do que está disposto a pagar, o excedente do
consumidor é positivo.
- A soma dos excedentes do consumidor para todos os consumidores num mercado é
conhecida como excedente total do consumidor.
MERCADO CONCORRENCIAL
Num mercado de concorrência perfeita:
- Existem muitos produtores e consumidores de pequena dimensão para produtos
idênticos, sendo nulo o grau de controlo sobre o preço de cada agente económico;
- As empresas são “price-takers”, isto é, tomam o preço como um dado do mercado,
não tendo capacidade para o influenciar;
- A procura enfrentada por cada uma das empresas num mercado de concorrência
perfeita é horizontal ao nível do preço de equilíbrio, podendo cada empresa vender a
quantidade que quiser a esse nível de preço.
O mercado de concorrência perfeita é um tipo de estrutura de mercado que atende a
determinadas condições ideais, caracterizando-se por um grande número de compradores e
vendedores, produtos homogéneos, livre entrada e saída de empresas, informação perfeita e
inexistência de poder de mercado individual.
Características fundamentais deste tipo de mercado:
- Muitos Compradores e Vendedores: Existe um grande número de compradores e
vendedores no mercado, e nenhum deles tem controle significativo sobre o preço de
mercado.
- Homogeneidade do Produto: Os produtos oferecidos pelos diferentes vendedores
são homogêneos ou idênticos em termos de qualidade e características. Isso
significa que um consumidor não tem preferência por um produto de um vendedor
específico em detrimento de outro.
- Livre Entrada e Saída: Novas empresas podem entrar no mercado facilmente, e as
empresas existentes podem sair sem restrições significativas. Isso impede que
qualquer empresa individual tenha poder de mercado duradouro.
- Informação Perfeita: Os compradores e vendedores têm acesso total e perfeito à
informação sobre preços, custos e condições de mercado. Isso garante que todos
tenham conhecimento completo das condições do mercado ao tomar decisões.
- Independência de Ação: As decisões tomadas por um comprador ou vendedor não
afetam significativamente os outros participantes do mercado. Cada empresa age
de forma independente, sem considerar o impacto de suas decisões sobre os preços
de mercado.
- Mobilidade de Fatores de Produção: Os recursos, como trabalho e capital, podem se
mover livremente entre as diferentes atividades econômicas e setores.
- Inexistência de Poder de Mercado Individual: Nenhuma empresa individual tem
poder para influenciar o preço de mercado. Cada empresa é considerada uma
tomadora de preço, aceitando o preço determinado pelo equilíbrio de mercado.
Num mercado de concorrência perfeita, as forças de oferta e procura interagem para
determinar o preço de equilíbrio e a quantidade transacionada. Este tipo de mercado serve
como um ponto de referência teórico, e muitos mercados do mundo real desviam-se em
maior ou menor grau dessas condições ideais.
Uma característica-chave do mercado de concorrência perfeita é a eficiência alocativa, onde
os recursos são alocados de maneira que maximizam o bem-estar económico total.
Maximização do Lucro no Mercado Concorrencial
O lucro é sempre igual à diferença entre a Receita Total e o Custo Total:
L(Q) = RT(Q) - CT(Q) = P x Q - CT(Q)
Maximização da Função Lucro:
- Condição de 1ª Ordem:
- Condição de 2ª Ordem:
Receita Marginal: Acréscimo de receita total por cada unidade adicional do bem que é
vendida. Em concorrência perfeita a Receita Marginal é constante e igual ao preço de
mercado pelo qual o bem é transacionado.
O Lucro da empresa é então máximo quando P = CMg e CMg crescente, o que significa que
a curva da oferta da empresa em concorrência perfeita corresponde à parte crescente da
sua curva do Custo Marginal.
Assim Q* é a quantidade produzida que maximiza o lucro quando a curva da procura é d:
- Se houver uma subida do preço de equilíbrio (Pe) a curva da procura da empresa (d)
desloca-se para cima (d’) e a empresa aumenta a quantidade produzida para Q**.
- Pelo contrário, se o preço de equilíbrio baixar a empresa diminui a produção.
A quantidade produzida por uma empresa em concorrência perfeita depende assim do
Custo Marginal e do Preço.
Ponto Crítico (Ponto Limiar) e Ponto de Encerramento
- O Ponto Crítico (Ponto Limiar) ocorre quando o
preço é igual ao custo médio (CMe), enquanto
que o nível de encerramento ocorre quando o
preço é igual ao custo variável médio (CMeV).
- A curva da oferta da empresa (S) coincide com a
curva de custo marginal até ao ponto de
encerramento.
- No ponto de encerramento, o preço (Ps) é um
preço tão baixo que as receitas que a empresa
recebe só conseguem fazer face aos custos
variáveis, tem prejuízo no valor dos custos fixos.
Se o preço descer abaixo de Ps, a empresa tem
de fechar.
A quantidade produzida por uma empresa em concorrência pefeita depede do Custo
Marginal e do Preço.
- Pode acontecer uma empresa estar a maximizar o lucro e ter prejuízo, ou seja, ter um
lucro negativo. A partir de que nível de quantidade de uma empresa começa a ter um
lucro positivo, o chamado ponto limiar, em que o lucro é nulo:
- L(Q) = 0
- RT(Q) = CV(Q)
- P = CVMe (Preço igual ao custo variável médio)
Fontes de Imperfeição do Mercado
1) Condições de Custos
Em setores que se verificam fortes economias de escala (Custo Médio Unitário
diminui com o aumento da quantidade produzida) as empresas instalam-se com
uma elevada capacidade, satisfazendo de imediato uma parte muito considerável da
procura. Consequência: Poucas empresas de grande dimensão.
2) Barreiras à Concorrência
2.1) Legais, quando é o próprio Estado que limita a concorrência
- Patentes: Quando se concede a patente está-se a dar o direito de
exclusividade na utilização do novo produto ou processo produtivo ao seu
inventor, que fica com um monopólio temporário. Objetivo: Incetivar a
Investigação & Desenvolvimento (R&D) das empresas;
- Direitos de Monopólio: Concedidos pelo Estado a empresas que aceitam
fornecer um serviço público (água, eletricidade, telefone, etc) em
exclusividade, sujeitando-se ao controlo do Estado.
- Restrições ao Comércio Externo: Impostos aduaneiros e quotas às
importações, que reduzem a entrada de produtos estrangeiros no país.
2.2) Diferenciação do Produto
- Quando para preços iguais o consumidor revela uma preferência por um bem
em detrimento do outro, significa que há algumas diferenças nos produtos.
Sendo assim o produto acaba por ter um certo grau de liberdade para
manipular o preço. Muitas vezes a diferenciação resulta mais da publicidade
do que de qualquer característica intrínseca ao produto.
Tipos de Concorrência Imperfeita
- Monopólio : Um produtor/vendedor;
- Oligopólio: Poucos vendedores (2, 5, 10);
- Concorrência Monopolista: Número elevado de produtores/vendedores e produtos
diferenciados.
Comportamento do Monopolista:
Tal como em concorrência perfeita o objectivo da empresa é maximizar o lucro, o que
ocorre quando a receita marginal é igual ao custo marginal (RMg=CMg).
Diferença: A procura do monopolista é a procura de mercado e a receita marginal deixa de
ser constante e igual ao preço.
A receita marginal é derivada da curva da procura e passa a ser função da quantidade
vendida, sendo sempre inferior ao preço.
Sendo CMg a curva do Custo Marginal, o monopolista está em equilíbrio no ponto EM, que
corresponde à igualdade entre Receita Marginal e Custo Marginal.
Para maximizar o lucro, o monopolista vai produzir QM, praticando o preço PM.
Se estivesse em concorrência perfeita, a empresa iria situar-se em EC, ou seja, na
intersecção da curva do Custo Marginal com a curva da procura (D). EC corresponde a uma
maior quantidade transacionada e a um preço mais baixo, evidenciando assim as principais
falhas da concorrência imperfeita: menor produção e preços mais elevados.
Tanto em monopólio como em concorrência perfeita a maximização do lucro ocorre quando
o CMg = RMg.
A Receita Marginal do produtor é diferente consoante se encontre num mercado de
concorrência perfeita ou em monopólio.
Maximização do Lucro do Monopolista
- Sendo CMg a curva do Custo Marginal, o monopolista está em equilíbrio no ponto
EM, que corresponde à igualdade entre Receita Marginal e Custo Marginal. Para
maximizar o lucro, o monopolista vai produzir QM, praticando o preço PM.
- Se fosse em concorrência perfeita, a empresa iria situar- se em EC, ou seja, na
intersecção da curva do Custo Marginal com a curva da procura (D). EC corresponde
a uma maior quantidade transacionada e a um preço mais baixo, evidenciando assim
as principais falhas da concorrência imperfeita: menor produção e preços mais
elevados.