CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO
PLANO DE AULA
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Aula: Fármacos que atuam no SNC
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Dados de Identificação: Mariana Carolina Maziero
Curso: Medicina
Disciplina: Farmacologia médica II
Período: 5º
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Tema: Psicotrópicos
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Objetivos:
Objetivo geral:
● Apresentar os princípios básicos dos fármacos psicotrópicos
Objetivos específicos:
● Diferenciar os Aminoácidos inibitórios e exitatórios
● Esclarecer os mecanismos de ação dos fármacos que atuam no SNC
● Diferenciar os efeitos adversos
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Conteúdo
● GABA , GLUTAMATO, SERTRALINA, NORADRENALINA E DOPAMINA
● ANTIDEPRESSIVOS
● ANSIOLÍTICOS
● HIPNÓTICOS E SEDATIVOS
● ANTIPSICÓTICOS
● ANIEPILÉTICOS
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Metodologia: Aulas teóricas (com recursos audio-visuais) e discussão do tratamento e conduta
farmacológica de casos clínicos. A aula se baseia em sala de aula invertida. O aluno deverá estudar a
aula anteriormente baseado no caso clínico
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O aluno deverá ver o vídeo sobre anestésicos e fármacos para tratamento do Parkinson, conteúdo do SAVA.
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Recursos didáticos: (quadro, giz, retro-projetor, etc.) e fontes histórico-escolares (filme)
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Avaliação:
Esta aula será avaliada com base na participação do aluno
Critérios adotados para correção das atividades:
Os critérios adotados para correção serão a capacidade do aluno em discutir as atividades propostas,
de forma coerente ao tema abordado a aula.
O aluno deverá responder o caso clínico proposto antes da aula. Este caso clínico deverá ser
entregue no SAVA
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
GOODMAN, Louis Sanford; GILMAN, Alfred. As Bases farmacológicas da terapêutica. Décima
segunda edição, Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 2012.
RANG, H. P. et al. Farmacologia. Sétima edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2012.
KATZUNG, Bertram G. Farmacologia: básica & clínica. Décima edição, Rio de Janeiro, McGraw-
Hill, 2010.
Caso clínico pré-norteador
S.B., um homem de 70 anos de idade, está apresentando transtorno do sono. Lembra então
que a sua irmã está tomando fenobarbital sob prescrição médica, um barbitúrico para controlar suas
crises epilépticas, e que os barbitúricos também são algumas vezes prescritos como soníferos.
Decide tomar apenas “alguns comprimidos” com uma pequena quantidade de álcool para ajudá-lo a
dormir. Pouco depois, o Sr. B é levado às pressas ao departamento de emergência quando a irmã
percebe que ele não apresentava quase nenhuma reação. Ao ser examinado, observa-se uma
dificuldade em despertar o paciente, que também apresenta disartria, com marcha instável e redução
da atenção e da memória. A freqüência respiratória é de cerca de seis respirações superficiais por
minuto. A seguir, o Sr. B é intubado para protegê-lo de uma possível aspiração do conteúdo
gástrico. Administra-se carvão ativado através de uma sonda nasogástrica para limitar qualquer
absorção adicional de fenobarbital. O Sr. B recebe também bicarbonato de sódio por via intravenosa
para alcalinizar a urina até um pH de 7,5, com o objetivo de facilitar a excreção renal do fármaco.
Três dias depois, o Sr. B está suficientemente recuperado para retornar à sua casa.
QUESTÕES
1. De que maneira os barbitúricos atuam para controlar as crises epilépticas e induzir o sono?
2. Como a idade do paciente afeta o grau de depressão do SNC causada pelos barbitúricos?
3. Qual a interação entre barbitúricos e etanol que resulta em profunda depressão do SNC e
respiratória?
4. Quais os sinais de intoxicação por barbitúricos, e como esses sinais são explicados pelo
mecanismo de ação desses fármacos?
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1. Os barbitúricos atuam como depressores do sistema nervoso central (SNC) ao potencializar a
ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inibitório. Isso resulta em
redução da excitabilidade neuronal, controlando assim as crises epilépticas e induzindo o sono.
2. A idade do paciente pode aumentar a sensibilidade aos efeitos dos barbitúricos, levando a uma
maior depressão do SNC. Isso ocorre devido a alterações no metabolismo e na excreção de
medicamentos associadas ao envelhecimento, o que pode prolongar a ação dos barbitúricos e
aumentar o risco de efeitos colaterais.
3. A interação entre barbitúricos e álcool resulta em uma potencialização dos efeitos depressores do
SNC, incluindo uma profunda depressão respiratória. Ambos os agentes têm efeitos sinérgicos,
aumentando o risco de sedação excessiva, coma e até mesmo morte por parada respiratória.
4. Os sinais de intoxicação por barbitúricos incluem sonolência extrema, dificuldade em despertar,
disartria, marcha instável, redução da atenção e da memória, bem como depressão respiratória.
Esses sinais são explicados pelo mecanismo de ação dos barbitúricos, que potencializam a ação do
GABA, resultando em uma supressão generalizada da atividade neuronal no SNC, afetando áreas
responsáveis pela vigília, coordenação motora e função respiratória.