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Legislação Do Trabalho, Direitos e Deveres

A legislação trabalhista no Brasil estabelece direitos e deveres de empregadores e empregados, regulando assuntos como férias, licenças, jornada de trabalho e salário. Após reformas recentes, as leis foram adaptadas ao contexto atual e reduziram o número de processos trabalhistas, mas ainda há um alto volume em razão do descumprimento de direitos por empresas.

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Legislação Do Trabalho, Direitos e Deveres

A legislação trabalhista no Brasil estabelece direitos e deveres de empregadores e empregados, regulando assuntos como férias, licenças, jornada de trabalho e salário. Após reformas recentes, as leis foram adaptadas ao contexto atual e reduziram o número de processos trabalhistas, mas ainda há um alto volume em razão do descumprimento de direitos por empresas.

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LEGISLAÇÃO DO TRABALHO, DIREITOS DO

TRABALHADOR, DEVERES DO TRABALHADOR.


O que é LEGISLAÇÃO DO TRABALHO? Lei
trabalhista.

A Lei trabalhista foi criada através do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, com
o objetivo de regular as relações de trabalho no Brasil. Em suma, ela estabelece os
direitos e deveres de empregadores e empregados. Assuntos como férias, licenças,
rescisões, jornada de trabalho e salário são contemplados pela legislação.

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A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) levou 13 anos para ser elaborada e
sancionada pelo presidente Getúlio Vargas, durante o Estado Novo. Ela nasceu de uma
necessidade de proteger o trabalhador de jornadas abusivas.

Em 2017, as leis trabalhistas passaram por uma modernização, ou seja, foram adaptadas
ao novo contexto do mundo do trabalho do século XXI. As mudanças buscam equilibrar
os pilares de produtividade, desenvolvimento econômico e geração de empregos e
renda.

Os novos arranjos do mercado de trabalho, como o home office e as jornadas flexíveis,


justificam as leis trabalhistas atuais. Por esse motivo, a Lei 13.467/17 (reforma
trabalhista) e Lei 13.429/2017 (regulamentação da terceirização) passaram a fazer parte
da vida dos brasileiros.

O Brasil se destaca como um dos países com mais processos trabalhistas. Depois que a
reforma foi efetuada, no entanto, houve uma redução no número de ações em 32%, de
janeiro a outubro de 2019, em comparação com o mesmo período de 2017.

Após a criação da nova lei trabalhista, as ações movidas na Justiça do Trabalho tiveram
queda de 43% em cinco anos. Em 2016, antes da reforma, foram registrados mais de 2,7
milhÕes de novos casos. Já em 2021, o número de processos caiu para 1,5 milhões.

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Principais leis trabalhistas do Brasil

Confira quais são as 10 principais leis trabalhistas do Brasil, ou seja, que todo
trabalhador deve conhecer:

1 – Registro na Carteira de Trabalho


Conforme o artigo 29 da CLT, no primeiro dia de trabalho, o empregado já deve estar
com o registro empregatício na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), onde
deve conter informações como data da admissão, cargo, valor do salário e forma de
pagamento.

Para que seja feito este registro, o emprego deve entregar sua CTPS ao empregador, que
deve devolvê-la ao trabalhador no prazo máximo de 48h. Vale ressaltar que o período
de experiência também deve constar na carteira de trabalho.

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2 – Jornada de trabalho, hora extra e período de descanso

A duração da jornada de trabalho não pode exceder 8 horas diárias, ou 44 horas


semanais, conforme descrito na Constituição da República de 1988, no artigo 7º, Inciso
VXI. Com exceção aos contratos excepcionais que possuem jornadas diferenciadas.

Caso funcionário trabalhe além do tempo determinado, o empregador deve pagar hora
extra com um acréscimo mínimo de 50% ao valor da hora trabalhada. Para as empresas
que trabalham com bancos de horas, o funcionário tem direito a compensar essas horas
posteriormente.

Além disso, as leis trabalhistas também preveem um intervalo durante o expediente de


trabalho. Para os funcionários que trabalham entre 4 a 6 horas diárias, o intervalo deve
ser de 15 minutos. Acima de 6 horas, o empregador deve conceder um intervalo mínimo
de 1 hora.

Quanto ao período de descanso, entre uma jornada e outra, o trabalhador deve descansar
por ao menos 11h consecutivas. Além de um descanso semanal de 24h, sendo ao menos
um domingo ao mês, conforme está disposto na CLT no artigo 66.

3 – FGTS

A lei ainda determina que o empregador deve pagar o Fundo de Garantia Pelo Tempo
de Serviço (FGTS) ao colaborador todo mês, com valor equivalente a 8% do salário do
funcionário. Este direito está garantido pela Lei 5.107/1966.

O FGTS é um direito trabalhista que protege o empregado em casos de demissão sem


justa causa, o valor também pode ser sacado na aposentadoria, para a compra de
imóveis ou quando o trabalhador ficar três anos consecutivos sem carteira assinada.

4 – Estabilidade
Embora seja direito do empregador dispensar seus funcionários e colocar fim ao
contrato de trabalho, algumas situações garantem estabilidade ao trabalhador. Caso um
empregado sofra um acidente de trabalho, o artigo 118 da Lei nº 8.213/91 determina o
direito de um ano de estabilidade.
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Já as funcionárias gestantes possuem estabilidade desde a confirmação da gravidez até


cinco meses após o parto, conforme artigo 10 da ADCT da Constituição. A lei se
estende, inclusive, para os casos de gravidez confirmadas no período de aviso prévio.

5 – Licença Maternidade e Licença Paternidade

Conforme a lei 392 da CLT, toda mulher tem direito a licença maternidade por um
período de 120 dias a 180 dias, sem prejuízo no salário, o início do afastamento pode ser
concedido até 28 dias antes do parto. Já o homem tem direito à licença paternidade por
um período de 5 dias corridos.

Vale ressaltar que a licença maternidade, de 120 dias, também é garantida por lei em
casos de adoção ou guarda judicial.

6 – Adicional Noturno, de Periculosidade e Insalubridade

As leis trabalhistas também garantem adicionais ao salário em condições específicas de


trabalho. No caso do artigo 73 da CLT, o empregado que trabalha em horário noturno,
das 22h às 05h, tem direito ao adicional noturno, correspondente a um acréscimo de
20% do salário.

Já o adicional de periculosidade e insalubridade é uma norma constitucional, presente


no artigo 7º, Inciso XXIII da CRFB de 1988.

O adicional de insalubridade é devido aos funcionários que trabalham em um ambiente


que pode colocar em risco sua saúde e integridade física por estarem expostos a agentes
nocivos, como agentes químicos e biológicos ou calor e ruído excessivo.

O adicional de periculosidade deve ser pago aos trabalhadores que exercem funções que
envolvem atividades perigosas, como contato constante com explosivos, inflamáveis, e
energia elétrica, porte de arma de fogo, cargos que deixam os funcionários sujeitos a
roubos e violência física ou que trabalham com motocicletas (motoboy).
7 – Férias

E o que diz a nova lei trabalhista sobre as férias? Muitos trabalhadores se fazem
essapergunta.

O artigo 134 da CLT garante o direito do trabalhador à 30 dias de férias


remuneradas após o período de um ano de trabalho, além de um acréscimo do
constitucional de férias, que corresponde a 1/3 do salário do empregado. Além disso, o
empregado também pode converter 1/3 de seu período de férias em dinheiro, conhecido
como abono pecuniário.

8 – Equiparação Salarial

O Artigo 461 da CLT proíbe que haja diferenciação de salários dos trabalhadores que
exercem as mesmas funções, de igual valor (mesma experiência e técnica), na mesma
empresa e localidade e com o mesmo tempo de serviço. Não deve haver distinção entre
sexo, nacionalidade ou idade.
9 – Faltas permitidas no trabalho

Além disso, a legislação trabalhista admite que o funcionário se ausente ao trabalho em


determinadas situações, sem que haja desconto no salário, como no caso de:

 doença (comprovada por atestado médico);

 doação de sangue (uma vez ao ano);

 alistamento eleitoral (dois dias de folga);

 casamento (três dias consecutivos);

 morte de parente próximo (até dois dias)

 convocação na Justiça.

Estas informações estão presentes no Artigo 473 da CLT.

10 – Rescisão Indireta

Respaldado pelo Art. 483 da CLT, o empregado também tem direito de quebrar
o contrato com o empregador por justa causa, ato conhecido como rescisão
indireta ou justa causa no empregador.

Para isso, o empregado deve requerer junto à justiça do trabalho para que seja
reconhecida a rescisão indireta nos casos em que o empregador praticar abuso
ou não cumprir as leis previstas na CLT ou obrigações previstas em contratos.
Desta forma, o funcionário irá receber os mesmos direitos como se tivesse sido
demitido sem justa causa, como aviso prévio, pagamento da multa de 40% do
FGTS, acesso ao FGTS e seguro desemprego.

DIREITOS DO TRABALHADOR

Em um mundo onde as relações de trabalho estão cada vez mais


complexas, compreender direitos trabalhistas é essencial para
garantir condições justas. A legislação trabalhista no Brasil
assegura diversos direitos aos trabalhadores contratados sob o
regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Além dos
benefícios amplamente conhecidos, como o 13º salário, férias e
seguro desemprego, há uma série de outros direitos importantes,
como hora extra superior a 50%, auxílio alimentação, auxílio
refeição, estabilidade pré-aposentadoria, faltas justificadas
superiores às que constam no art. 473 da CLT, dentre outros como
a saúde e segurança do empregado que são garantidas pela
Constituição Federal.

De acordo com os dados mais recentes do Relatório Anual da


Justiça do Trabalho de 2022, divulgado pelo Tribunal Superior do
Trabalho, para cada Juiz do Trabalho havia cerca de 910 processos
a serem solucionados, para cada Desembargador 2.771 e para
cada Ministro do TST, 32 mil processos. Mas o que justifica essa
avalanche de processos?

Segundo a especialista em direito trabalhista, Alessandra Cobo,


Coordenadora Jurídica, do escritório Aparecido Inácio e Pereira
Advogados Associados, essa elevada carga de processos pode ser
atribuída, em parte, às empresas que não cumprem as leis
trabalhistas previstas e não cedem as negociações extrajudiciais
propostas pelos Sindicatos dos empregados que sempre buscam
mediar os problemas ocorridos entre trabalhadores e empresas.

“O caminho mais curto para que as relações de trabalho sejam


equilibradas é a propagação de conhecimento sobre os direitos
trabalhistas e a quem e quais Órgãos os trabalhadores devem
recorrer em caso de descumprimento, podendo assim, pleitear os
direitos suprimidos.”, comenta. “portanto, é de suma importância
que a empresa cumpra com o seu papel, qual seja, fornecer
treinamentos os seus empregados, bem como, disponibilize
canais de comunicação efetivos para que possam auxiliar os seus
empregados em caso de dúvidas, sugestões e até denúncias de
assédio moral e sexual, fim de que possam conhecer e exercer
melhor os seus direitos” conclui a advogada.

Confira abaixo 5 direitos trabalhistas que você deve conhecer

PJ não cumpre horário


O modelo de Contrato de Pessoa Jurídica (PJ) tem se tornado
cada vez mais comum no mercado de trabalho, especialmente
para profissionais autônomos. Uma das questões que tem gerado
debates é a falta de cumprimento das horas de trabalho por parte
dos contratados como PJ, mas é importante ressaltar que o PJ não
possui a obrigação de cumprir um horário específico.

Licença paternidade
A CLT garante a licença paternidade por cinco dias consecutivos
em caso de nascimento de filho, de adoção ou de guarda
compartilhada. Em 2016, através da Lei 13.257, restou
estabelecido que a licença paternidade obrigatória de 5 dias pode
receber um acréscimo de 15 dias, totalizando 20. Contudo, só é
possível caso a empresa esteja devidamente cadastrada no
Programa Empresa Cidadã.A iniciativa tem como objetivo
incentivar as empresas a estenderem o período da licença
paternidade. Por fim, esse direito pode constar de forma mais
benéfica em Convenção Coletiva de Trabalho ou Acordo Coletivo
de Trabalho.

Hora extra: Existe limite?


De acordo com a CLT e a Constituição Federal, a jornada de
trabalho não pode exceder 8 horas por dia ou 44 horas por
semana. Contudo, a duração diária poderá ser acrescida de horas
extras, contudo, existe um limite de acréscimo. É permitido um
acréscimo diário de até duas horas, nos termos do art. 59 da CLT
“A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas
extras, em número não excedente de duas, por acordo individual,
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.”

Mediante convenção coletiva de trabalho, acordo individual entre


empresa e empregado ou acordo coletivo de trabalho poderá
ocorrer exceção ao limite de acréscimo diário de até duas horas
onde as partes poderão acordar horário de trabalho de doze
horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso,
observados ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação, nos exatos termos do art. 59-A da CLT.

Por fim, nos termos do Art. 61 da CLT se ocorrer uma necessidade


de urgência e que vai contra à vontade das partes (empregado e
empregador), sendo de força maior, para atender à realização ou
conclusão de serviços inadiáveis que senão realizados poderão
causar prejuízo irreparável, a duração do trabalho poderá exceder
do limite legal ou convencionado.

Intervalo interjornada
O intervalo interjornada é o tempo decorrido entre o término de
uma jornada e o início de outra. O Art 66. da CLT trata sobre a
limitação do intervalo interjornada para descanso dos
trabalhadores, sendo, no mínimo, um período de 11 horas
consecutivas de descanso entre uma jornada e outra.

Do intervalo Intrajornada
O intervalo intrajornada é a pausa que acontece durante o
expediente, quando o empregado deve parar de trabalhar por um
período de tempo, seja para descanso, almoço ou tomar um café.
Nos termos da CLT, os empregados com jornadas de 4 a 6 horas
devem fazer um intervalo de 15 minutos durante o expediente de
trabalho. Já os trabalhadores com jornada acima de 6 horas, o
direito é de no mínimo de 1 hora de intervalo.

Ressalta-se que o período de intervalo não é contado como horas


trabalhadas. Sendo assim, se um trabalhador trabalha 8 horas por
dia, por exemplo, ele deverá permanecer em expediente por 9
horas diárias, sendo 8 horas de trabalho e 1 hora de intervalo.

Licença para serviço militar


De acordo com a legislação brasileira, todo homem brasileiro, a
partir dos 18 anos e até os 45 anos de idade, é obrigado a cumprir
o serviço militar. Conforme dispõe o artigo 473, inciso VI, da CLT,
o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário, ou seja, terá justificada a sua falta ao trabalho,
no período necessário em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar, conforme dispõe a Lei nº 4.375, de 17 de agosto
de 1964, em seu artigo 65, alínea “c”, ou seja, apresentar-se,
anualmente, no local e data que forem definidos, com finalidade
de exercício de apresentação das reservas ou cerimônia cívica do
Dia do Reservista.

A obrigação de alistar-se ocorre a partir de 1º de janeiro do ano


em que o trabalhador completar 18 (dezoito) anos. E, anualmente,
as Forças Armadas notificam os meses em que acontecerá o
alistamento militar (Lei nº 4.375/1964, art. 60, art. 5º).

A seleção para o serviço militar é composta de 3 etapas: 1)


alistamento; 2) exame da saúde; 3) convocação ou dispensa.

Assim, no período de alistamento e seleção, o empregado


precisará afastar-se para providenciar o alistamento, realizar os
exames de saúde e nas demais datas em que, porventura, venha a
ser solicitado o seu comparecimento. Sendo dispensado, o
trabalhador será chamado para a cerimônia de juramento à
Bandeira Nacional.

Todos esses afastamentos listados acima deverão ser


considerados como faltas justificadas ao trabalho, devidamente
remunerados pelo empregador, devendo o empregado
apresentar à empresa um documento que comprove o seu
comparecimento às Forças Armadas – Exército, Marinha ou
Aeronáutica (Inciso VI, artigo 473 da CLT).
Caso o empregado venha a prestar o serviço militar, o seu
contrato de trabalho será interrompido, porém não cessará o
vínculo de emprego, isto é, o empregado no seu retorno do
serviço militar terá as mesmas garantias do contrato de trabalho
que tinha antes de prestar o serviço militar, conforme os artigos
471 a 476-A da CLT. Portanto, durante o serviço militar o
empregado terá seu contrato de trabalho interrompido, nos
termos do art. 2º da Lei nº 4.375/1964.

Estando o contrato de trabalho interrompido durante o período


de afastamento do empregado para prestar o serviço militar, o
empregador não será obrigado a pagar os salários e durante esse
período, o empregado não poderá ter rescindido ou alterado o
seu contrato de trabalho. Não obstante, todo o período que o
empregado prestar serviço militar será contado como tempo de
serviço para efeito de indenização e estabilidade.

Nesse período de afastamento, o empregador deverá realizar o


recolhimento do FGTS na conta vinculada do empregado (artigo
28 do Decreto n° 99.684/1990), inclusive ao 13º Salário pela sua
totalidade, conforme previsto no artigo 4º, parágrafo único, da
CLT (Instrução Normativa SIT nº 84/2010, artigo 6º, inciso I). A sua
base de cálculo será revisada sempre que ocorrer aumento geral
na empresa ou na categoria profissional a que pertencer o
trabalhador (parágrafo único, do artigo 28 do Decreto nº
99.684/1990).

O empregado terá direito ao recebimento do 13º Salário,


correspondente ao período anterior e posterior (se houver) ao
afastamento e no momento de retorno ao trabalho, terá direito a
todas as vantagens que em sua ausência tenham sido concedidas
à categoria. No que tange à Previdência Social, o empregador não
tem obrigação de nem um recolhimento, seja da parte da
empresa e nem da parte do empregado.

A Lei nº 4.375/1964, artigo 60, § 3º estabelece que autoridade


competente poderá solicitar o afastamento do empregado do
serviço ou do local de trabalho, desde que ocorra motivo
relevante de importância para a segurança nacional, sem que
ocorra a suspensão do contrato de trabalho e durante os
primeiros 90 (noventa) dias do afastamento, o empregado
continuará recebendo os salários.

Assim, a remuneração que trata o artigo 472 da CLT é devida em


caso de afastamento militar em caráter excepcional, que se dá em
razão de motivo relevante de interesse para a segurança nacional.
Após o fim do serviço militar, o empregado terá prazo de 30
(trinta) dias para retornar ao seu trabalho, devendo notificar o
empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada,
dentro do prazo máximo já citado, sob pena de perder o seu
direito (§ 1º, artigo 472 da CLT).

Os tiros-de-guerra fazem parte dos órgãos de formação de praças


e se destinam também à instrução militar dos convocados não
incorporados ou acionados em organizações militares da ativa e
funcional das Forças Armadas (Artigo 56 da Lei nº 4.375/1964).
Portanto, durante o serviço militar no tiro-de-guerra, quando
prestado de forma não sucessiva, não ocorrerá a suspensão do
contrato de trabalho, vez que o empregado permanecerá
prestando as suas atividades civis. Assim, o empregador deverá
abonar as faltas ocorridas em virtude do serviço no tiro-de-guerra.

Diante do exposto, observa-se que é um direito específico e


certamente desconhecido por muitos trabalhadores. Portanto, é
de suma importância que os trabalhadores conheçam as leis que
garantem os seus direitos, para que possam exercê-los e cultivar
uma relação de trabalho mais equilibrada.
Inicialmente, vamos definir o que é direito, dever e obrigação.

Direito é um conjunto de regras, leis, costumes e decisões


judiciais que regulam a vida do homem e a sua relação com a
sociedade.
Dever e obrigação são regras impostas, sendo o primeiro
uma espécie de respeito ideológico e a segunda uma ordem
legal.
Por exemplo: "um aluno assiste aula por dever, não por
obrigação".

Vamos aos tópicos principais.

1) As obrigações do empregado.
As obrigações do trabalhador nascem em virtude do contrato
de trabalho, assim, ele tem a missão contratual de prestar
serviços, cumprir as regras, obedecer a hierarquia funcional,
transferir a condução do seu trabalho ao chefe, de entregar o
produto desenvolvido pelo seu esforço ao empregador, dentre
outras inúmeras obrigações, desde que sejam permitidas pela
Lei.

2) Os deveres do empregado.
O trabalhador deve fidelidade, diligência, colaboração,
respeitar a situação hierárquica dos seus superiores, colegas de
serviço e outros sujeitos que estejam no ambiente de trabalho.
Jamais o empregado deve ofender alguém, seja com palavras
ou com agressões físicas.
O artigo 482 da CLT dispõe sobre o dever de fidelidade na
negociação habitual, concorrência e habilidade (alíneas a c)
está previsto alínea a; o dever de diligência da figura da
desídia, conhecido como ausência de cuidado ou atenção no
serviço (alínea e); dever de colaboração nas faltas
denominadas de indisciplina e insubordinação (alínea h).
Caso o trabalhador descumpra essas regras, ele pode
ser despedido por justa causa, conforme se compreende da
leitura do artigo acima citado.
3) Os direitos do empregado.
Os direitos do trabalhador se relacionam com
a contraprestação dos serviços prestados, sendo cada
contrato de trabalho ajustado de uma maneira previamente
acordada entre o empregado e o empregador, tendo por base as
leis trabalhistas o acordo coletivo e trabalho e a convenção
coletiva de trabalho de cada categoria, logo não é salutar
explicar de uma forma detalhada todos os direitos do
empregado.
De uma forma mais abrangente, o empregado tem direito a
uma jornada de trabalho, salário, salário-família, décimo
terceiro salário, horas extras, férias, férias coletivas, intervalo
de descanso, licença maternidade/paternidade, adicional
noturno, repouso semanal, vale-transporte, FGTS, PIS,
insalubridade, periculorisade, contribuição sindical, seguro
desemprego, rescisão de contrato, acordo/convenção coletiva
de trabalho.
Atente-se para o artigo 449 da CLT: "os direitos oriundosda
existência do contrato de trabalho subsistirão em caso de
falência, concordata ou dissolução da empresa".
Em algumas situações, a remuneração deve ser paga ao
empregado, simplesmente, pela razão do mesmo estar à
disposição do patrão, juridicamente denominado empregador.
Noutros casos, o trabalhador tem direito de receber o salário
mesmo se não trabalhar, como acontece quando há hipóteses
de interrupção do contrato de trabalho.

Desta forma, trabalhador e empregador figuram em polos


diferentes, cada qual assumindo uma função.

Este é um artigo meramente informativo, sem cunho


acadêmico.

Espero contribuir para o desenvolvimento da ciência do Direito


e ajudar na simplificação dos textos jurídicos para a melhor
compreensão dos mesmos pela comunidade popular.
AUTORESSITE

 ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO

 MODELOS DE CURRÍCULO PRONTO

 RELATÓRIO INDIVIDUAL DE ALUNO

 NORMAS ABNT

 FRASES MOTIVACIONAIS CURTAS

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