Resumos 3º Teste - Geografia
As áreas urbanas
1. Definir espaço urbano
A distinção entre espaço urbano e espaço rural baseia-se nas características demográficas e económicas de cada uma. O espaço urbano caracteriza-se por uma forte
densidade populacional, por uma ocupação contínua e concentrada do solo, e por ser um polo de atividades do segundo e terceiro setor, sendo a terciarização um fenómeno
muito evidente. Por outro lado, o espaço rural caracteriza-se por uma fraca densidade populacional, em que o solo é maioritariamente ocupado por zonas verdes e campos
agrícolas, dominando o setor primário.
Esta distinção tem sido cada vez mais difícil de fazer, uma vez que com o desenvolvimento das acessibilidades e dos transportes, o aparecimento de novos espaços
comerciais, a difusão das indústrias e o aumento da população, esta tem-se dispersado para áreas na periferia e dispersando o modo de vida urbano para as áreas mais
rurais, tornando-se mais difícil demarcar com precisão o que é o espaço urbano e o que é o espaço rural.
1.1. Definir cidade
Apesar de ser difícil estabelecer uma definição única e universal de cidade – uma vez que os critérios podem variar de país
para país - existem certas características que podemos associar ao conceito de cidade, como a elevada densidade populacional Centro urbano: aglomeração
(com um elevado número de habitantes), uma forte concentração das atividades económicas (sobretudo do setor terciário), uma populacional com mais de 10 mil
concentração do poder político, um estilo de vida urbano e um espaço urbano com densidade de edifícios e construções com habitantes, que engloba as sedes
estilos arquitetónicos distintos. de distrito e com predomínio de
NOTA: Muitas vezes, os conceitos de centro urbano e cidade são utilizados como sinónimos, mas nem todos os centros atividades do 2º e 3º setor.
urbanos são considerados cidade e nem todas as cidades são centros urbanos. Centro urbano é um conceito estatístico, enquanto Cidade: estatuto de uma área
cidade é um conceito legislativo. urbana, atribuído com base em
Os critérios que auxiliam na definição de cidade são: certos critérios que variam de
- Demográfico, que considera a população absoluta (número mínimo de eleitores) e a densidade populacional (habitantes por país para país.
2
km )
- Funcional, que relaciona-se com as funções centrais existentes, com o peso da população ativa no setor terciário, com os movimentos pendulares e com a área urbana
funcional
- Jurídico-administrativo, que se relaciona com as decisões legislativas
- Morfológico, que se refere à fisionomia do lugar: tipo de edifícios, existência de praças, monumentos, etc. Cidade-dormitório:
aglomeração que fica dentro da
No entanto, qualquer um destes critérios colocam problemas de aplicabilidade universal. área abrangida pelos movimentos
No caso do demográfico, verifica-se a impossibilidade de se estabelecer um valor mínimo universal de habitantes para que pendulares de uma cidade,
um aglomerado seja considerado cidade. Outro problema é a existência de cidades-dormitório, com forte densidade funcionando como suporte
populacional, mas que servem de apoio às cidades centrais, não possuindo funções urbanas significativas para além da residencial às pessoas que
residencial. trabalham nessa cidade.
No caso do critério funcional, em muitas situações, a população residente de um aglomerado urbano trabalha no 2º ou no 3º setor, mas não exerce a sua atividade na
sua área de residência. Existe, também, uma grande desigualdade entre países, sendo que nos PD a percentagem de população de uma cidade a trabalhar no 1º setor pode
ser inferior a 25%, enquanto que num PD esse mesmo valor corresponde a 80%.
No caso do critério jurídico-admnistrativo, muitas cidade, especialmente portuguesas, foram elevadas a cidades por decisão régia, mas na atualidade não cumprem os
restantes critérios e não seriam assim classificadas nos dias de hoje.
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Em 2022, existiam 159 cidades no território português, que se localizavam maioritariamente no norte e litoral, entra Braga e Setúbal. No caso das R.A., localizavam-
se, maioritariamente, no litoral. Apesar da população urbana ter aumentado significativamnete nos últimos tempos, a taxa de urbanização em Portugal ainda é inferior à
média da União Europeia.
A lei que regula a determinação de cidades em Portugal é a Lei n.º 11/1982, de 2 de junho, e assenta numa conjugação dos critérios demográfico, funcionais e
jurífico-administrativos.
ARTIGO 13º
Uma vila só pode ser elevada à categoria de cidade quando conte com um número de eleitores, em aglomerado populacional contínuo, superior a 8000 e possua, pelo menos, metade dos
seguintes equipamentos coletivos:
ARTIGO 14º
Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica poderão justificar uma ponderação diferente dos requisitos enumerados nos artigos 12º e 13º.
2. Funções urbanas
2.1. Principais funções urbanas
A cidade é um espaço multifuncional, onde coexistem diversas funções urbanas: atividades (económica, política, social, etc) que se desenvolvem no interior das
cidades com vista à satisfação das necessidades da população, sendo estas:
- Terciária, relacionada com os serviços e comércio.
- Residencial, a que permite a fixação da população e a que ocupa mais espaço no perímetro das cidades
- Industrial, associada à presença de unidades de produção industrial
- Político-administrativa, associada à administração central, incluindo os órgãos do governo
- Religiosa, relacionada com a existência de santuários, igrejas, seminários, etc.
- Cultural, associada à existência de universidades, bibliotecas, monumentos, etc.
- Defensiva, relacionada com a existência de castelos e muralhas construídos para a defesa da cidade.
- Turística, relaciona-se com atividades de recreio, lazer, bem-estar, descanso e férias em geral.
As diferentes funções podem-se classificar como funções raras – atividades fornecedores de um bem ou serviço de utilização pouco frequente e, por isso, encontram-
se em centros urbanos de nível superior (ex.: médico especialista, comércio especializado, etc.) – ou como funções vulgares – atividades fornecedoras de um bem ou
serviço de uso muito frequente, pelo que estão disponíveis em qualquer lugar central (ex.: padaria, mercearia, etc.).
As funções que mais ocupam o perímetro urbano são a função residencial, a terciária e a industrial.
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O preço do solo urbano, isto é, a renda locativa, reflete o equilíbrio entre a procura e a oferta num dado território. O centro é geralmente o local da cidade em que o
solo é mais valorizado, sendo que é onde se cruzam os eixos de comunicação, apresentando maior acessibilidade. Aqui, a procura é elevado e a oferta reduzida. Assim,
nesta área o preço do solo é bastante elevado, dando origem à especulação fundiária, afastando as atividades com menor poder de compra e atraindo as atividades mais
rentáveis. À medida que nos afastamos do centro, a renda locativa diminui, devido à diminuição da acessibilidade, ao aumento dos terrenos disponíveis e à diminuição da
procura.
As diferenças registadas no espaço em termos de funções urbanas explicam-se pela capacidade e pela necessidade de aproximação ao centro de cada uma delas. Assim:
- as atividades terciárias, por apresentarem um maior nº de utilizadores, têm maior capacidade financeira e são o tipo de atividade que mais compete por esta localização.
- a atividade industrial ocupa espaços mais vastos, pelo que não compete tanto pela localização no centro
- a atividade residencial está numa stuação intermediária, sendo necessário ter em conta as características morfológicas e a que classe sociais se destinam.
2.2. Caracterização das áreas funcionais
As áreas funcionais são espaços mais ou menos homogéneos e individualizados, relacionados com a localização das diferentes funções no espaço urbano. A diferenciação
funcional do espaço urbano – especialização da ocupação do solo urbano - permite delimitar três grandes áreas funcionais: as áreas terciárias, as áreas residenciais e as
áreas industriais.
As áreas terciárias – o CBD (Central Business District)
O CBD é a área onde as rendas locativas atingem os valores mais altos, reflexo da grande competição por este espaço. Caracteriza-se:
- Pela boa acessibilidade por transportes coletivos
- Pela construção em altura, por haver grande competição por uma área restrita
- Pela forte terciarização do espaço, destacando-se: o comércio, quer seja vulgar como especializado, destinado a servir os morados e a população flutuante, que lá
trabalha ou visita; a atividade turística, com uma procura crescente; os espaços de cultura e lazer; as sedes de bancos, de empresas de companhias de seguros e bolsa de
valores; os órgãos da administração pública, como ministérios, tribunais superiores, governos regionais ou municipais.
- Pela forte concentração de população flutuante, o que determina o trânsito intenso e engarrafamentos frequentes durante o dia.
- Pela fraca representatividade da função residencial, resultante da migração da população para as periferias, havendo um contraste entre os pisos superiores dos
edifícios mais degradados ocupados por uma população mais envelhecida ou recém-imigrada; e habitações de luxo, ocupada por população de elevado estrato
socioeconómico, ou ocupada temporariamente por visitantes e turistas.
O zonamento vertical
- A atividade comercial, que precisa de maior contacto com o consumidor, ocupa o rés-do-chão dos edifícios
- As funções menos nobres, com menor necessidade de contacto direto com os consumidores, ocupam os pisos superiores
- A função industrial é menos representativa, encontrando-se no CBD unidades pequenas que fabricam produtos raros e valiosos, como joalharias, ou que necessitam de
contacto direto com os consumidores, como a alta-costura
O zonamento horizontal
É possível individualizar no CBD:
- O centro financeiro, onde se encontram bancos, companhias de seguros, a bolsa de valores e as sedes das grandes empresas
- Os centros comerciais e de serviços, onde predomina o comércio retalhista, os hotéis e os restaurantes
- O centro de diversão e lazer, que concentra os teatros, discotecas, bares, e outros
Nas margens do centro, encontra-se o comércio grossista.
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Nos últimos anos, assistiu-se a um declínio demográfico das áreas centrais, assim como o aumento da população nas áreas mais periféricas, onde a renda
locativa é mais baixa. Os fatores responsáveis por esta mudança na função residencial do centro são: a sobrelotação do espaço; o desenvolvimento dos transportes urbanos,
que favorecem o aumento da mobilidade e a deslocação da população para áreas mais afastadas do centro; o aumento do congestionamento de trânsito e das dificuldades
de estacionamento; o aumento da poluição sonora e atmosférica; a degradação das habitações antigas; e a conversão de edifícios em alojamentos locais, diminuindo a
oferta de habitações e agravando a especulação fundiária.
O congestionamento das áreas centrais leva também à migração das atividades terciárias para outras áreas da cidade, devido: ao elevado congestionamento funcional;
à elevada especulação fundiária; à escassez de espaço para a expansão das atividades; à existência de ruas estreitas e a saturação das vias de acesso, que implicam uma
perda de acessibilidade; à expansão suburbana, que determina que o CBD já não seja muito central; às dificuldades de estacionamento. Vão-se formando assim novas
centralidades à volta das originais, em resultado do acréscimo da sua importância terciária.
A multiplicação dos hipermercados e dos centros comerciais deve-se, não só às suas características próprias, mas também à facilidade de estacionamento e à elevada
acessibilidade. Estas novas formas comerciais tendem a localizar-se em áreas periféricas das cidades, onde a renda locativa é menor e a disponibilidade maior; e em locais
de boa acessibilidade, junto de importantes eixos rodoviários e de conexão com diferentes meios de transportes.
As áreas residenciais
A função residencial é a que mais espaço ocupa no tecido urbano. Em geral, as áreas residenciais estão segregadas de acordo com a classe ou com o nível de rendimento da
população residente, influenciados pelo preço do solo, pela qualidade ambiental, pela qualidade de redes de transportes, e até pela imagem prestigiante do lugar. É possível
estabelecer-se, então, a seguinte diferenciação social.
Áreas residenciais da classe alta
- Áreas bem planeadas - Áreas com serviços de proximidade e comércio de luxo, pouco concentrados
- Elevada acessibilidade, com fraca intensidade de trânsito - Áreas de elevado preço do solo
- Qualidade ambiental e paisagística - Habitações unifamiliares, com construções de elevada qualidade e por vezes
- Espaços verdes e de lazer inseridas em condomínios fechados de luxo.
- Afastadas das áreas industriais
Áreas residenciais da classe média
- Ocupam a maior parte do espaço urbano - Habitações plurifamiliares espaçosas, de elevada densidade, de arquitetura
- Áreas com boas acessibilidades e bem servidas de transportes públicos uniforma e com qualidade de construção, situadas em áreas mais periféricas da
- Áreas de preço do solo mais acessíveis cidade
- Áreas dotadas de equipamentos sociais diversificados e comércio de - Procuradas por famílias jovens, que usam frequentemente o carro particular
proximidade
Áreas residenciais da classe baixa
No CBD:
- Edifícios antigos e degradados
- População idosa, famílias carenciadas e imigrantes
- Rendas muito baixas
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Nas áreas afastadas do centro: - Arquitetura uniforme
- Bairros sociais construídos pelo Estados/autarquias - Áreas de reduzido valor do solo
- Construções de fraca qualidade - Construções ilegais, bairros clandestinos, sem planeamento, de acordo com as
- Habitação plurifamiliar de elevada densidade necessidades dos residentes
- Áreas de pequena dimensão
A indústria
Nos últimos anos, tem-se assistido a uma desconcentração das unidades industriais, que têm vindo a migrar para zonas fora da área urbana. A localização das unidades
industriais é influenciado por fatores como a acessibilidade, o desenvolvimento dos transportes públicos, a mão-de-obra disponível e diversificada, o número de
consumidores e a maior diversificação dos serviços de apoio.
A desconcentração da indústria é explicada pelos seguintes fatores:
- Elevados custos do solo urbano, o congestionamento do trânsito e dificuldade de circulação dos veículos pesados nas áreas centrais
- Grande necessidade de espaço
- Maior facilidade de transporte de matérias-primas, dos produtos e da mão-de-obra (mais numerosa nas áreas periféricas)
- Criação de parques industriais nas zonas periféricas
No entanto, ainda se encontram algumas indústrias no centro da cidade, apesar de a sua importância ser diminuta. Estas caracterizam-se por serem indústrias de bens de
consumo de pequena dimensão e consumidas diariamente, como tipografias; indústrias ligadas aos estabelecimentos comerciais existentes (confeção, reparação); indústrias
de produtos de alto valor (joalharia, óticas); ou que exigem contacto direto com o consumidor, como a alta-costura. Estas indústrias são pouco poluentes e ocupam pouco
espaço.
2.3 Alterações na organização interna das cidades
Ao longo dos últimos anos, com a descentralização das funções urbanas, os centros têm apresentado uma crescente degradação. No entanto, tem-se vindo a assistir a
um processo de gentrificação, que consiste na renovação de certas áreas desvalorizadas da cidade, de modo a dar-lhes uma nova relevância tanto a nível económico como
social, processo que é levado a cabo por grupos de classe-média alta, e muitas vezes, por jovens. Este processo, apesar de trazer um novo valor aos centros, tem sérias
consequências, como o desalojamento de inquilinos de nível socioeconómico mais baixo, como idosos ou imigrantes, mas sobretudo a especulação fundiária, que também
tem esse efeito, uma vez que esse grupo de pessoas não tem capacidade financeira para acompanhar os crescentes valores de custo da habitação.
Outro fenómeno que tem ocorrido recentemente é o aumento da população flutuante, que afeta a população original tanto a nível residencial como funcional. Tal
como o processo de gentrificação, o aumento de população flutuante leva ao aumento de construção de hotéis e alojamentos locais, que substituem as funções originais dos
edifícios, expulsando inquilinos que lá viviam ou que lá praticavam a sua atividade. Assiste-se assim, ao agravamento do desalojamento da população original, e à
impossibilidade desta aceder à habitação nessas áreas.
3. Fases da expansão urbana
Nas últimas décadas, a taxa de urbanização tem vindo a aumentar, resultado da maior procura das cidades pelas indústrias, serviços e pela população (êxodo rural e
imigração). Por isso, tem-se assistido ao processo de expansão urbana, o qual consiste num processo que decorre ao longo do tempo e do espaço e que se caracteriza pelo
aumento da população a viver nas cidades e pela extensão geográfica das áreas urbanas – pode ser referido como o fenómeno de urbanização do território que rodeia as
áreas urbanas. Este crescimento decorre em duas fases: a centrípeta e a centrífuga.
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Na fase centrípeta assiste-se à concentração de pessoas e atividades económicas no centro da cidade. Esta concentração faz aumentar o preço do solo (muita procura e
pouca oferta) e à redução da qualidade de vida da população. Assiste-se, assim, à falta de habitação, ao aumento da poluição e do trânsito, o que origina a fase centrípeta –
que consiste da deslocação da população (segregação social) e das atividades económicas (segregação funcional) para a periferia e surgem, assim, novos centros urbanos.
Esta expansão ocorre devido, para além dos elevados preços dos solos e das habitações, ao desenvolvimento das vias de comunicação e dos transportes urbanos coletivos,
bem como à maior disponibilização de espaços, o seu preço mais reduzido e a vulgarização do transporte individual.
Este processo de desconcentração levou ao fenómeno da suburbanização, que consiste no desenvolvimento de subúrbios em volta das grandes cidades e pelo
processo de expansão das cidades para o exterior dos seus limites – que, ao ser acompanhado pelo surgimento de atividades económicas, deu origem a novas
centralidades. Assim, a cidade original continua a existir, mas está complementada por novos espaços urbanos. Este processo deu origem às:
- Cidade-satélite: apresenta uma função residencial e funcional capaz de satisfazer as necessidades da população, gerando emprego para muitos dos seus habitantes;
possuem equipamentos e infraestruturas de apoio que lhes conferem uma relevância socioeconómico, no entanto, ainda são dependentes económica e financeiramente da
cidade principal
- Cidade-dormitório: apresentam, sobretudo, uma função residencial, sendo que o número de atividades económicas é insuficiente para dar emprego à população
residente; não apresenta equipamentos ou infraestruturas que satisfaçam as necessidades da população; são as que mais contribuem para os movimentos pendulares.
Os movimentos pendulares refletem alguns transtornos e problemas, como:
- O congestionamento das vias de acesso às áreas centrais da cidade
- O aumento da poluição
- O stress e cansaço, causado pelo aumento do tempo gasto na estrada
- O aumento das despesas em transportes
- A destruição de solos com aptidão agrícola
- A desorganização urbanística, que acaba por conferir à paisagem um aspeto pouco aprazível.
A periurbanização resulta da expansão física das cidades para as áreas rurais circundantes. Assim, para lá da cintura suburbana, assiste-se a uma ligação entre as
estruturas urbanas e rurais, sendo, muitas vezes, difícil demarcar com exatidão o espaço urbano e o rural. Na maioria dos casos, a densidade populacional é reduzida e os
traços rurais prevalecem. Os espaços periurbanos caracterizam-se:
- Pela descontinuidade dos espaços construídos
- Por um forte dinamismo do uso e ocupação do solo
- Por uma forte mobilidade pendular
- Por uma elevada dependência funcional em relação à cidade centro
- Por uma elevada interdependência
Por sua vez, a rurbanização é entendido como um processo de êxodo da população da cidade para o meio rural, em que as pessoas levam o seu modo de viba urbano
para o campo, que está relacionado com a procura de uma melhor qualidade de vida, uma vez que esta tem-se vindo a degradar nas cidades e nos subúrbios. Este processo
não implica só a expansão física das cidades, mas também a introdução de novos hábitos e vivências e a progressiva mudança de mentalidade por parte dos ex-citadinos.