EVOLUÇÃO DO TURISMO NO DISTRITO DE NAMAPA-ERÁTI
Nome do Estudante: Baptista Manuel Nassope
Código: 81210524
Disciplina: Gestão de Turismo Ecológico
Nampula, Maio de 2024
INTRODUÇÃO E CONTEXTO
Moçambique, banhado pelo Oceano Índico e adornado por paisagens exuberantes,
emerge como um destino turístico promissor. Neste trabalho far-se-á uma pesquisa do campo
sobre evolução do turismo no distrito de namapa-eráti, destacando as modalidades praticadas,
as potencialidades e impactos das práticas turísticas no seio do distrito.
Eráti, também conhecido como Namapa-Eráti, é um distrito da província de Nampula,
em Moçambique, com sede na vila de Namapa. Tem limite, a norte com o distrito de Chiúre
da província de Cabo Delgado, a oeste com o distrito de Mecubúri, a sul com os distritos de
Muecate e Nacarôa, e a este com o distrito de Memba. O distrito de Namapa-Eráti, se destaca
por suas belezas naturais, riqueza cultural e potencialidades para o desenvolvimento
sustentável do turismo. O nome Eráti provém do nome duma montanha, que se situa no Posto
Administrativo de Namirôa.
O monte Eráti constitui património cultural do Distrito pois é neste lugar onde foi
enterrado o primeiro régulo da região, de nome Komala, que deu a sua vida pela resistência
contra a penetração colonial portuguesa no distrito. O monte Eráti é considerado como sendo
um lugar sagrado e de práticas de cultos, é também uma fonte de água considerada sagrada
pelos seus povos que acreditam ter puder de cura de várias enfermidades. Eráti é atravessado
por rios de grande importância social, cultural, política e sobretudo económica, aproveitam-se
os mesmos para a prática de agricultura e pesca artesanal, referem-se aos rios Lúrio e
Mecuburi. No interior do distrito atravessam alguns pequenos rios como é o caso dos rios
Muchequeche 1 e 2, Namapa, Muache, Municua, Nacolola, Muethe, Nahopa, Muerethe,
Mutiki, Maka, M’papika, Rururio, Nanui, Nassetje, Kulue, Thumari, Mutina e outros.
No distrito faz-se a exploração de madeiras para uso interno e externo, podendo- se
encontrar com maior predominância a umbila, jambire, chanfuta e pau-rosa. Dentro destas
florestas podem-se encontrar riquezas animais de grande valor como é o caso de leões,
leopardos, palaves, inhalas, pivas, etatas, zebras, gazelas, cabritos, impalas, macacos, javalis,
etc.
MODALIDADES DE TURISMO PRATICADAS NO DISTRITO
Turismo Cultural: A rica história e cultura local podem ser vivenciadas através da
visita a aldeias tradicionais, museus e sítios arqueológicos como o Forte de Santo
António do Lumbo, que remonta ao século XVI.
Quer manter o contacto com os seus
antepassados?
Deseja beber água sagrada com
puder de cura de várias doenças?
Visite o Monte Eráti!
(Dista 75km da Vila Sede)
Turismo de Aventura: O distrito proporciona actividades emocionantes como surf,
rafting, canoagem e caiaque nos rios e lagoas da região.
Foto do autor (2024)
Turismo Religioso: As igrejas e mesquitas do distrito atraem peregrinos e visitantes
interessados em conhecer a diversidade religiosa local.
POTENCIALIDADES TURÍSTICAS DO DISTRITO
Beleza Natural: Praias paradisíacas, florestas tropicais, rios caudalosos e montanhas
imponentes compõem um cenário deslumbrante.
Paisagem do distrito de erati.
Riqueza Cultural: A diversidade étnica e cultural do distrito se manifesta em
tradições, culinária, artesanato e festivais vibrantes.
Mulheres de Eráti preparando chima de
Milho.
Património Histórico: Sítios arqueológicos e monumentos históricos contam a
história da região e enriquecem a experiência turística.
Fauna e Flora: A região abriga uma grande variedade de animais selvagens, como
elefantes, leões, leopardos e búfalos, além de uma rica flora endémica.
Infra-estrutura Turística: O distrito dispõe de acomodações, restaurantes e serviços
turísticos em constante desenvolvimento.
Estes atractivos oferecem as seguintes oportunidades de negócios:
Elaboração do roteiro turístico de Erati, caça e pesca
desportiva, criação de 2 novos alojamentos e 2
restaurantes nos postos administrativos de Alua e
Namirôa, uma microempresa para gestão de visitas
turísticas guiadas, produção de 10 Canoas e 10 barcos
de passeio, 5 associações de artesanato, 3 viaturas de
Complexo Cahora bassa é nossa: temos 4
quartos casais, 2 quartos especiais com casas transporte dos turistas aos atractivos turísticos, 10
de banho privativo, 10 quartos solteiros.
grupos locais de dança e música tradicional.
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Os visitantes que vão a Cabo Delgado provenientes de Nampula,
aproveitam visitar a nossa riqueza antropológica e cultural por
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alimentares e de hospedagem nos complexos Fole e Cahora Bassa
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IMPACTOS SÓCIO AMBIENTAIS DO TURISMO NO DISTRITO
Impactos Positivos:
a) O turismo impulsiona a economia local, gerando oportunidades de trabalho em
diversos sectores, como hotelaria, restaurantes, artesanato e guia turístico.
b) O turismo pode gerar renda para as comunidades locais através da venda de
produtos e serviços aos turistas.
c) O turismo contribui para a preservação e valorização da cultura local,
promovendo o intercâmbio cultural e o respeito à diversidade.
d) O desenvolvimento do turismo incentiva a melhoria da infra-estrutura do
distrito, como estradas, pontes, acesso à água potável e saneamento básico.
Impactos Negativos:
a) O turismo em massa pode levar à degradação ambiental, como poluição,
desmatamento e perda de biodiversidade.
b) A exploração comercial da cultura local pode levar à perda de autenticidade e à
deturpação das tradições.
c) O aumento da demanda por bens e serviços pode levar ao aumento do custo de
vida para os residentes locais.
d) O turismo pode gerar conflitos sociais entre a população local e os turistas,
caso não haja uma gestão adequada dos impactos sociais.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento turístico no distrito de Eráti, apresenta um grande potencial para
impulsionar a economia local, gerar renda para a comunidade e promover a valorização da
rica cultura e do património natural da região. No entanto, este desenvolvimento deve ser feito
de forma sustentável, minimizando os impactos negativos que o turismo pode causar no meio
ambiente e na sociedade local.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Módulo da disciplina de Gestão do Turismo Ecológico;
2. República de Moçambique. (2006). ESTRATÉGIA DE MARKETING TURÍSTICO
2006 -2013.
