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Geo. de Turismo

Este documento discute o papel do turismo no desenvolvimento da cidade da Beira, Moçambique. Primeiro, define turismo e descreve brevemente o turismo em Moçambique e na cidade da Beira. Em seguida, argumenta que o turismo pode servir como alavanca para o desenvolvimento econômico e social local na cidade, que enfrenta altos níveis de pobreza.

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Geo. de Turismo

Este documento discute o papel do turismo no desenvolvimento da cidade da Beira, Moçambique. Primeiro, define turismo e descreve brevemente o turismo em Moçambique e na cidade da Beira. Em seguida, argumenta que o turismo pode servir como alavanca para o desenvolvimento econômico e social local na cidade, que enfrenta altos níveis de pobreza.

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O papel do turismo no desenvolvimento local, caso cidade da Beira

Ana Achiba Rufumo - 708205138

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Geografia de Moçambique
Ano De Frequência: 3° Ano
Turma:

Docente:

Beira, Julho, 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 2.0
citações e citações/referências
s
bibliografia bibliográficas
Folha de Feedback dos tutores:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

1.2. Objectivos............................................................................................................................4

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................4

1.3. Metodologias........................................................................................................................4

2. Fundamentação teórica...........................................................................................................5

2.1. Turismo: definições.............................................................................................................5

2.2. O Turismo em Moçambique................................................................................................6

2.3. O turismo na Cidade da Beira..............................................................................................7

2.4. O turismo como alavanca para o desenvolvimento na cidade da Beira...............................7

Conclusão..................................................................................................................................12

Referências bibliográficas.........................................................................................................13
1. Introdução
No mundo globalizado em que vivemos hoje, onde o desemprego é estrutural e o crescimento
da pobreza e das desigualdades é visível não obstante os bons resultados alcançados por
muitos países os setores de produção e venda de serviços, em especial o do turismo, podem
apresentar alternativas para o desenvolvimento socioeconómico de muitas sociedades. É neste
quadro que o presente trabalho procura compreender de forma profunda o contributo que o
setor turístico pode representar no desenvolvimento da Cidade da Beira.

Do ponto de vista social, apesar do forte crescimento económico que Moçambique vem
registando, muitos moçambicanos continuam a viver abaixo da linha da pobreza. O mesmo
acontece na Cidade da Beira, cuja situação económica ainda reflete, em boa medida, os
impactos severos da guerra civil e do brutal declínio da economia do Zimbábue, de onde
provinha um número significativo de turistas.

Reconhecendo-se a relevância do tema e do local para a compreensão do fenómeno turístico e


seu papel no desenvolvimento, daqui decorre a importância da análise compreensiva de
conceitos fundamentais para esta investigação, como são os do turismo, bem como a relação
entre este e o aumento das oportunidades, para uma população que vive maioritariamente em
situação de pobreza.

3
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


 Compreender o papel do turismo no desenvolvimento local, caso cidade da Beira
1.2.2. Objectivos específicos
 Conceitualizar o Turismo;
 Explicar o papel do turismo na cidade da Beira;

1.3. Metodologias
A realização deste estudo foi baseada na revisão de literatura, que consistiu num apanhado
sobre os principais trabalhos científicos já realizados sobre o tema em estudo e que são
revestidos de importância por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes. Abrangeu
publicações avulsas, livros, jornais, revistas, relatórios de inventários florestais provinciais,
nacionais, de concessões florestais e respectivos planos de maneio.

4
2. Fundamentação teórica

2.1. Turismo: definições


O conceito de turismo assume diferentes posições/sentidos atendendo a transversalidade e
complexidade que caracteriza esse setor. Theobald (2002) afirma queé “extremamente difícil
definir com precisão os termos turista e turismo, porque têm significados diferentes para
povos diferentes, e, além disso, ainda não foi adotada uma definição universal” (p. 29).

A Organização Mundial do Turismo (OMT, 2003), organismo das Nações Unidas que
responde pelo setor do turismo em escala planetária, na busca de trazer uma definição global,
afirma que, por sua natureza, o turismo é uma atividade realizada por “pessoas que viajam e
permanecem em lugares fora de seu ambiente habitual por não mais de um ano consecutivo
para lazer, negócios ou outros objetivos” (p. 18).

Em Moçambique, o turismo é definido na Lei do Turismo (MOÇAMBIQUE, 2004, p. 5)


como um “conjunto de atividades profissionais relacionadas com o transporte, alojamento,
alimentação e actividades de lazer destinadas a turistas”.

Cunha (1997) explica que não podem ser classificadas como atividades turísticas as atividades
“econômicas, culturais e recreativas que, embora se possam inscrever na categoria das
turísticas por prestarem os mesmos serviços, são predominantemente destinadas à utilização
dos residentes ou das pessoas que se desloquem para o local onde se situam para aí exercerem
uma profissão” (p. 10).

O presente trabalho adota o conceito da OMT (2003) por apresentar elementos que permitam
a compreensão da atividade turística, principalmente por mostrar deslocamentos e
temporariedade da viagem que devem ser observados no conceito de turista. Outro conceito
importante em estudos de turismo é o de turista, dado que este é um elemento importante na
dinamização da atividade, pois sem sua presença nos destinos não há ocorrência da atividade,
isto é, o lugar não se denomina turístico.

Segundo a Lei de Turismo de Moçambique (MOÇAMBIQUE, 2004), turistas são pessoas que
passam pelo menos uma noite em locais que não sejam de residência habitual e sua

5
deslocação não seja para fins de emprego ou atividades remuneradas no local visitado. Por sua
vez, a OMT (2003) define turistas como visitantes que “desfrutam de pelo menos
um pernoite em alojamento coletivo ou particular no lugar visitado” (p. 18).

Para além dos elementos descritos na Lei do Turismo de Moçambique (MOÇAMBIQUE,


2004) e pela OMT (2003), Castelli (2004) conceitua turistas como todos aqueles incluídos nas
estatísticas do setor, não sendo turistas os que estão fora.

O turismo é um setor económico em constante crescimento em todo o Mundo. É um negócio


internacional em crescimento e altamente competitivo. Como um setor económico, o turismo
é um dos poucos que eventualmente pode contribuir para o crescimento e oferta de emprego à
escala necessária para fazer a diferença em Moçambique.

2.2. O Turismo em Moçambique


A atividade turística em Moçambique é mais antiga que a própria proclamação de
Moçambique como território independente e soberano no ano de 1975. Nhantumbo (2009)
sustenta essa idéia ao afirmar que, antes da independência, Moçambique foi um dos primeiros
destinos turísticos da África Austral, particularmente para os portugueses, sul-africanos e para
os zimbabueanos, visto que, áreas de conservação e infraestrutura turística já existiam,
atraindo turistas domésticos e estrangeiros. Exemplifica-se o Parque Nacional de Gorongosa
que foi criado em 1960.

Desde a época colonial, a partir de 1959, quando o Departamento de Turismo foi criado, até
1975, o setor do turismo desempenhou papel importante para a economia da Província de
Moçambique1.

O Fias (2008), citado por Nhantumbo (2009), salienta que o setor do turismo nesse período
contribuiu consideravelmente para o PIB; no entanto, os conflitos armados (guerra de
libertação nacional e guerra civil) impuseram uma paragem às chegadas internacionais,
afetando, consideravelmente, a economia nacional.

1
Antes de Junho de 1975, Moçambique era considerado por Portugal como província ultramarina.
6
2.3. O turismo na Cidade da Beira
O turismo na Cidade da Beira, e em Moçambique em geral, é dominantemente interno ou
doméstico2. Nos dias de hoje, ao lado da diversificação da oferta e da emergência de novos
produtos e práticas turísticas, também cresce em importância no mercado mundial de viagens
o turismo interno ou doméstico. Alguns autores, como Pearce (1989), há muito que chamam a
atenção para o crescimento do turismo doméstico, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos
países em desenvolvimento. Uma outra questão que vale a pena fazer menção é referente aos
riscos inerentes ao modelo de desenvolvimento do turismo que o governo e Município da
Cidade da Beira vêm adotando, no que diz respeito às infraestruturas, que mostram uma
clarividência de indução à urbanização turística através de implantação das infraestruturas
necessárias à expansão do turismo e também por conta de determinados empreendimentos
turísticos, como complexos hoteleiros e parques temáticos. Chama-se a atenção para os
impactos ambientais negativos que tais empreendimentos podem ocasionar no futuro.

Assim, se por um lado, os investimentos em massa que vêm sendo feitos no litoral da região
são importantes para incrementar o turismo em escala regional, por outro, eles não deixam de
despertar preocupações em virtude dos impactos negativos ao meio ambiente, pelo que há a
grande necessidade em desenhar planos que satisfaçam essas atenções, sob o risco de
desenvolver o turismo em detrimento de outros setores.

2.4. O turismo como alavanca para o desenvolvimento na cidade da Beira


Na Cidade da Beira o turismo tem sido propulsionado também pelos fluxos provenientes dos
países vizinhos de forte presença branca, como o Zimbábue e a África do Sul. Ela pode
também beneficiar destes fluxos, incluindo os que se relacionam com as viagens de cruzeiro.
A partir de um estudo sobre os destinos turísticos da Cidade da Beira, segundo o Plano
Estratégico de Desenvolvimento da eira (2004- 2013) estabeleceu-se uma interessante relação
entre o ritmo de desenvolvimento e os reflexos da atividade, quer na natureza, quer na
comunidade de acolhimento. Os dados revelam que o crescimento turístico, como o que
carateriza a Cidade da Beira, é lento pois este devia potenciar não só uma maior participação
local no financiamento e desenvolvimento das atividades turísticas e conexas, como também
os serviços e comércio, bem assim as possibilidades de controlo dos impactos no território.
Pelo contrário, um crescimento muito rápido e controlado conduz ao aparecimento de novas

2
Plano Estratégico de Desenvolvimento da Beira (2004 – 2013).
7
estruturas económicas, o que pode traduzir-se numa progressiva perda de protagonismo
político e social das comunidades dos arredores da Cidade da Beira. Com vista a obter
informações mais detalhadas sobre a dinâmica do turismo na Cidade da Beira e o movimento
dos turistas naquele ponto de Moçambique, achou-se conveniente interagir com os próprios
turistas como forma de colher suas opiniões no que toca a vários aspetos desde a viagem, o
ambiente de estadia, período de viagens, bem como o tratamento proporcionado pelas
comunidades locais. Deste modo, foram submetidos a entrevista vários turistas nacionais e de
outras nacionalidades, no caso zimbábueanos, sul-africanos e zambianos. Entretanto, em
conformidade com os dados obtidos da entrevista, houve o entendimento que as distâncias
percorridas variam de acordo com a proveniência de cada um, sendo que a mínima é de
194km (da província central de Manica à Beira), e a máxima de 1500km (de algumas regiões
da África do Sul).

No tocante aos meios de transporte, na sua maioria os turistas usam transportes pessoais,
viajando em grupos ou caravanas, levando consigo, em muitos casos, alguma comida e
bebida, facto que nalgum momento reduz a geração de receitas aos nacionais locais. Segundo
informações prestadas pelos turistas internacionais dá-se conta que preferem viajar de
transportes terrestres para melhor usufruir da paisagem natural que Moçambique apresenta.
Nesta mesma questão, houve queixas das condições das estradas e ainda lamentaram o facto
de nalgumas regiões verificar-se a problemática das queimadas descontroladas, ato destruidor
do meio ambiente natural. Quanto ao aspeto ligado às condições das estradas, é importante
deixar claro que o Estado devia fazer muito para que as estradas fossem reconstruídas e
beneficiem de manutenção constante, visto que estas são vias de comunicação bastante
importantes e necessárias também para o escoamento de produtos agrícolas, que também
fornecem o setor de turismo, para além do seu papel preponderante a desempenhar na área de
turismo no que respeita as viagens e circulação dos turistas. Indo ao segundo aspeto,
respeitante às queimadas descontroladas, que deixam a cada dia o ambiente natural com
degradado e desagradável aspeto, entre outros prejuízos, seria pertinente que um trabalho
fosse levado a cabo pelas autoridades governamentais de forma que haja um conjunto de
ações visando sensibilizar a população sobre o papel e a necessidade de manter o equilíbrio
ecológico, tal como Pinheiro (2003) afirma que o turismo é responsável pela paisagem nas
zonas cultivadas, é uma forma de vida, visto que para além da atividade económica
desenvolvida pelos agentes turísticos, tem outros papéis de grande interesse para a sociedade:

8
serve de guardião da paisagem e do meio natural. Por outro lado, os turistas nacionais dizem
preferir usar transporte terrestre porque encontram dificuldades em viajar por via aérea.
Embora entendam ser mais confortável para um momento de descanso e lazer, o facto é que
os preços das viagens aéreas são elevados devido a falta de competitividade naquele setor de
transporte.

Assim, entendemos que o Estado devia promover algumas reformas, através de


implementação de políticas que viabilizassem a melhoria das condições dos serviços
prestados, tal como apresenta Rocha (2010), ao salientar que a reforma do Estado deve ser
entendida dentro do contexto da redefinição do seu papel, que deixa de ser o responsável
direto pelo desenvolvimento económico e social pela via da produção de bens e serviços, para
fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvolvimento.

O turismo assume hoje um lugar significativo na atividade económica de um destino, não


sendo exceção para o nosso país e para a Beira, em particular. No entanto, o aumento
crescente de visitantes e a crescente atenção virada para este setor, considerado estratégico
pela maioria, tem conduzido a uma intensificação da concorrência na atividade. Atualmente, o
setor turístico na Cidade da Beira enfrenta um conjunto de desafios, que vão desde a
transformação das estruturas internas da oferta até à globalização do setor, passando pelas
novas exigências da procura dos consumidores.

Portanto, a qualidade em turismo pode ter uma perspetiva individual como a qualidade num
hotel, qualidade dos serviços públicos, ou geral, que engloba a qualidade do transporte aéreo,
qualidade de um destino turístico. Porém, em ambos o caso é importante manter uma atitude
aberta, considerando a importância das relações entre os componentes do turismo como um
todo. Tendo em conta os paradigmas apresentados, há uma clarividência de que a Cidade da
Beira não se encontra num mau caminho em relação aos padrões de qualidade, precisando de
os melhorar, de modo a que possa atrair e oferecer uma nova imagem aos antigos e novos
visitantes. Assim, entendemos que como qualquer serviço, o turismo é heterogéneo e que a
qualidade da experiência turística se construi com a participação de diversas pessoas e
organizações, desde o planeamento da viagem até o visitante regressar à casa. A sua
satisfação depende de cada pessoa com quem contata. Do resultado destes momentos depende
a boa impressão do visitante, seja através da rapidez do serviço, o trato, a eficácia, a empatia

9
ou qualquer outro atributo que se dá ao turista durante a sua visita. Cada um destes momentos
supõe excelentes oportunidades para demonstrar a capacidade de satisfazer as necessidades do
cliente e de superar as suas expetativas.

Uma das estratégias não menos importante que pode ser adotada para o desenvolvimento do
turismo na Beira deve ser o desafio do marketing que deve igualmente preocupar-se em fazer
com que os serviços oferecidos para os turistas satisfaçam os desejos e as vontades desse
público e que todas as suas expetativas positivas com relação ao lugar ou produto turístico
realmente ocorram. Para que isso aconteça, as empresas que trabalham com o turismo, devem
preocupar-se com a satisfação do turista acima de tudo. Também precisam dar prioridade às
políticas de recursos humanos, tentando sempre manter os membros da equipa de trabalho
motivados, pois esses é que estarão sempre em contato com os turistas; por isso há
importância em capacitá-los da melhor forma, para que assim sejam prestados os melhores
serviços.

Portanto, o turismo tem proporcionado a cidade da Beira uma rápida mudança em suas
características urbanas. Ele realmente pode contribuir para a conservação dos ecossistemas
das comunidades receptoras, bem como pode proporcionar o desenvolvimento do orgulho
étnico. As comunidades passam a ter orgulho da originalidade dos recursos naturais e
culturais de sua localidade, atuando como agentes protetores desses recursos. O turismo
proporciona também campanhas e programas de educação ambiental, bem como pode ajudar
na conscientização para preservação do patrimônio histórico-cultural.

O turismo contribui para e com o desenvolvimento local no sentido de criar renda e empregos
em locais debilitados socioeconomicamente. No que diz respeito à criação de empregos, o
turismo gera novos postos de mercado de trabalho, gerados tanto direta quanto indiretamente.

O turismo se apresenta hoje, “como segmento econômico que mais cresce em nível mundial,
chegando a contribuir com 5% a 10% do PIB nacional” (OMT, 2003, p.19). Na sociedade
capitalista moderna, ele é considerado uma força socioeconômica de grandes proporções. As
próprias organizações internacionais são as primeiras a considerar que o turismo favorece a
expansão econômica, a compreensão internacional, a paz, a prosperidade, bem como o

10
fortalecimento dos direitos e das liberdades humanas que são fundamentais para o
conhecimento de uma outra cultura.

No contexto da Economia, ele é um grande gerador de capital, contribuindo para geração de


renda fora do lugar onde eles são gerados. Por ser um mercado que está em expansão, alguns
países, principalmente aqueles que se encontra em processo de desenvolvimento, se utilizam
da atividade como alavanca para o desenvolvimento socioeconômico. É uma atividade que
estimula a abertura de novos postos de trabalho, a geração de renda, de impostos e incremento
de novos investimentos, contribuindo assim, para uma melhor distribuição de renda, favorável
para o desenvolvimento local.

11
Conclusão
As atividades turísticas têm sido realizadas na sua maioria pela população estrangeira em
detrimento da local, por não possuir algumas das atribuições citadas. Essa situação não agrada
a uma parte da população, tendo em conta que não percebe a necessidade de se recrutar
pessoal com qualificação para responder às exigências do próprio mercado de trabalho.

Embora o turismo possa contribuir sensivelmente para o desenvolvimento socioeconómico e


cultural da cidade, tem, ao mesmo tempo, o potencial para degradar mais o ambiente natural,
as estruturas sociais e a herança cultural dos povos. Assim, para tornar a Cidade da Beira
num ponto preferencialmente turístico será necessário delinear um conjunto de estratégias que
se inserem no investimento em pessoas que possam assegurar o crescimento do turismo, na
promoção de emprego de nacionais com os mais diversos níveis de formação no turismo e
setores relacionados, incluindo áreas de conservação e setores vocacionados para apoiar o seu
desempenho, recorrendo à formação e capacitação; na adoção de medidas apropriadas de
modo a dar resposta às questões de oferta de mão-de-obra e implementação dos padrões
nacionais de formação e educação de competências; no comprometimento com o investimento
e desenvolvimento de um sistema de educação que conduza à autossuficiência e redução da
dependência em relação à mão-de-obra e habilidades importadas; na formação de recursos
humanos qualificados para a gestão e fiscalização das áreas de conservação, tendo em conta a
importância destas para o ecoturismo e a importância de um turismo baseado nos recursos
naturais, incluindo os relacionados com a fauna bravia; no apoio e envolvimento do setor
privado e instituições relacionadas, na disponibilização de educação e de formação específica
para o setor.

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Referências bibliográficas
Carlos, R. Cruz (Orgs.), Turismo - Espaço, Paisagem e Cultura. São Paulo: Hucitec.
Castelli, Geraldo. (2004). Turismo: atividade marcante do século XX. Caxias do Sul: EDUCS.
chain analysis. Vol. 1 [online]. Recuperado em:
http://www.ifc.org/ifcext/fias.nsf/Content/FIAS_Resources_Country_Reports
Cunha, Licínio. (1997). Economia e política do turismo. Lisboa: McGraw-Hill.
FIAS (Foreign Investment Advisory Service). The tourism sector in Mozambique: a value
MOÇAMBIQUE. (2004). Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo em
Moçambique 2004-2013. Maputo: MITUR.
Nhantumbo, Emídio S. (2009). Tourism development and community response: the case of
the Inhambane coastal zone, Mozambique. Stellenbosch. 2009. 166f. Dissertação (Mestrado
em Geografia e Estudos Ambientais) – Universidade de Stellenbosch, África do Sul.
OMT, Organização Mundial de Turismo. (2003). E-business para turismo/Guia prático para
destinos e empresas turísticas. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Bookman.
Pearce, Douglas (1989), Tourist Development, Londres: Longman.
Pinheiro, A. C. A., M. L. S. Carvalho, (2003), Economia e políticas agrícolas. Silabo Lda:
Lisboa.
Rocha, O. J. A. (2010), Gestão do processo político e políticas públicas. Escolar Editora.
Theobald, William F.(Org). (2002). Turismo global. 2 ed. São Paulo: SENAC SP.

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